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aprendizagem aula 5

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09/04/2018
APRENDIZAGEM E 
CONTROLE MOTOR
Aula 5 – Organização Central do 
Controle Neural
Profa. Ms. Mara Laiz Damasceno Antunes
email: mara_laiz@yahoo.com.br
Perceber 
vários 
odores
Produzir a 
fala
Memorizar Fornecer 
sinais de 
controle dos 
movimentos 
corporais
Regular o 
funcioname
nto dos 
órgãos 
internos
O sistema nervoso é responsável por um conjunto de tarefas 
complexas
09/04/2018
Essas diversas atividades podem ser 
agrupadas em três funções básicas. São elas:
corpo – como o aumento da temperatura
sanguínea – quanto fora dele – como a sensibilidade da pele.
Os neurônios que conduzem a informação dos nervos cranianos e espinhais
para o encéfalo e a medula espinhal são chamados
de sensitivos ou aferentes.
O sistema nervoso integra a informação sensitiva, analisa uma parte dela e
toma decisões para dar as respostas apropriadas.
Receptores sensitivos detectam uma grande
variedade de estímulos tanto no interior do
Essas diversas atividades podem ser 
agrupadas em três funções básicas. São elas:
Muitos neurônios que participam das 
funções integradoras são 
denominados interneurônios, cujos 
axônios estendem-se em uma curta 
distância e conectam os neurônios 
adjacentes no cérebro, na medula 
espinhal ou em gânglios.
09/04/2018
Essas diversas atividades podem ser 
agrupadas em três funções básicas. São elas:
A função motora do sistema 
nervoso engloba as respostas às 
decisões integradoras. Os 
neurônios que a exercem são 
os motores ou eferentes, os 
quais conduzem a informação 
do cérebro para todas as partes 
do corpo, a fim de que a ação se 
realize.
SN humano é dividido em duas grandes partes:
09/04/2018
Excitação dos nervos e das fibras musculares 
esqueléticas
 Tanto o tecido nervoso quanto o muscular são
excitáveis, ou seja, suas membranas podem ser
despolarizadas. Ademais, a despolarização pode
ser propagada ao longo da membrana do nervo ou
músculo.
 Um neurônio que inerva musculoesquelético e o
próprio musculoesquelético não são apenas
excitáveis, mas também possuem características
de membrana que asseguram que a excitação
ocorrida gere um potencial de ação.
Excitação dos nervos e das fibras musculares 
esqueléticas
 Os potenciais de ação, por sua vez, são
propagados sem nenhuma alteração em amplitude
(intensidade), independente da distância que
tenham de percorrer para atingir seu alvo.
 O estímulo que produz contração muscular pode
ser elétrico, mecânico, químico ou térmico.
Usualmente, ele é de origem química, nasce no
sistema nervoso e é conduzido a cada fibra
muscular por uma nervosa.
09/04/2018
Neurônios periféricos
 Um tronco nervoso periférico é composto de muitas fibras 
nervosas que são ligadas entre si por tecido conjuntivo de suporte.
Funcionalmente, esse tipo de nervo contém uma ou mais das 
seguintes classes de fibras:
 Fibras motoras
 Aquelas que conduzem impulsos nervosos da medula espinhal às 
fibras musculares esqueléticas para o controle da atividade 
muscular voluntária.
 Muitas vezes, as fibras motoras são designadas como eferentes, e 
seus corpos celulares estão localizados na substância cinzenta da 
medula espinhal e do tronco cerebral.
Fibras sensitivas
 Aquelas que transportam impulsos originados a
partir de vários receptores na pele, nos
músculos e nos órgãos dos sentidos especiais
para o SNC – local em que os impulsos são
interpretados.
 Muitas vezes, os nervos sensitivos são designados
como aferentes, e seus corpos celulares residem
em gânglios especiais.
09/04/2018
Fibras autonômicas
 Aquelas que se ocupam com o controle
involuntário das atividades glandulares e dos
músculos lisos – incluindo aqueles que rodeiam a
arteríola e as vênulas.
Sistema Nervoso Autônomo - subdivisões:
09/04/2018
Agora, você deve estar se perguntando:
Qual é a relação desses sistemas com 
a aprendizagem?
Vamos descobrir?
Importância do SNA para a 
aprendizagem
 Metring (2011) enfatiza que, quando nascemos, o SNAs já começa
a atuar e vai continuar atuando até o final de nossas vidas.
Contudo, o SNAp precisa ser treinado. Isso significa que estamos
organicamente prontos para manter estado de vigília, mas não
para relaxarmos.
 De acordo com o autor, estamos sempre em alerta: as funções
viscerais estão preocupadas somente com a manutenção da vida.
Por isso, agimos instintivamente sem, muitas vezes, recorrer às
funções mentais superiores.
 Disso resulta a importância do treinamento do SNAp. A ideia é
instruir os alunos a manter o organismo em situação de equilíbrio,
de repouso relativo, para que, assim, as funções mentais
superiores – tão necessárias à aprendizagem – possam ser mais
bem utilizadas.
09/04/2018
 Ambientes que colocam o estudante em situação de estresse
ativam as atividades do SNAs, permitindo que a adrenalina
seja despejada na corrente sanguínea.
Entretanto, Metring (2011) atenta para o fato de que 
o cérebro é um grande consumidor de energia, a 
qual, por sua vez, é alimentada pelo sangue. Sendo 
assim:
MENOS SANGUE = MENOS ENERGIA
MENOS ENERGIA = MENOS CAPACIDADE 
COGNITIVA
Então, a aprendizagem é dificultada e, em casos 
mais graves, impossibilitada.
09/04/2018
Os processos mentais do homem em geral e
sua atividade consciente em particular
sempre ocorrem com a participação de três
unidades funcionais (LURIA, 1981).
Cada unidade exige uma estrutura
hierarquizada e consiste em três zonas
corticais, construídas uma acima da outra.
São elas:
09/04/2018
Zonas Terciárias (de 
superposição)
Aquelas responsáveis pelas 
formas mais complexas de 
atividade mental, que 
requerem a participação 
em conjunto de muitas 
áreas corticais.
Zonas secundárias (de 
projeção/ associação)
Aquelas em que as 
informações recebidas 
são programadas e 
preparadas.
Zonas primárias (de projeção)
Aquelas que recebem 
impulsos da periferia ou os 
enviam para ela.
As unidades funcionais de Luria
 1ª Unidade Funcional
 Aquela responsável pela regulação tônica e pelo alerta dos
estados mentais, e que:
- Mantém os tônus cortical e corporal;
- Experimenta as influências superiores do córtex;
- Colabora com os sistemas superiores corticais em todas as 
manifestações da atividade consciente do ser humano –
programações de ações voluntárias, processos de decodificação 
e de codificação simbólica.
 Com seu aparecimento, o cérebro do homem e dos animais
deixou de ser encarado como um aparelho responsivo
puramente passivo. Assim, demos os primeiros passos para
reconhecê-lo como um sistema ativo e vigilante.
09/04/2018
As unidades funcionais de Luria
 2ª Unidade Funcional
 Aquela responsável pela recepção, pela análise e pelo
armazenamento da informação. Esta unidade se localiza nas divisões
posteriores dos hemisférios e incorpora os seguintes lóbulos:
 - Occipital (visão);
- Parietal (tatilquinestésico);
- Temporal (audição).
 Sua organização é hierarquizada e se subdivide em:
 - Zonas nucleares primárias (projetivas) – aquelas que recebem
aferências dos analisadores específicos;
 - Zonas secundárias (projetivo-associativas) – aquelas incumbidas da
codificação e da síntese;
 - Zonas terciárias (associativas) – aquelas encarregadas do cotrabalho
dos vários analisadores de sistemas supramodais (simbólicos), e
básicas para as atividades gnósicas e cognitivas.
As unidades funcionais de Luria
 3ª Unidade Funcional
Aquela responsável pela regulação dos movimentos voluntários,
pela programação e verificação da atividade, bem como pelo
governo das funções de expressão (sistemas motores
eferentes).
Esta unidade se localiza nas regiões anteriores do córtex,
formando os lóbulos frontais. Além disso, propicia ao ser
humano a capacidade de reagir ativamenteà informação
recebida e, simultaneamente, de criar intenções, formar
planos e estratégias, e planejar suas ações.
09/04/2018
As unidades funcionais de Luria
 3ª Unidade Funcional
O objetivo é inspecionar a realização das tarefas e, em
consequência, comandar seu comportamento, de modo que esteja
em conformidade com os fins para que foi estruturado e
organizado.
De acordo com Luria (1981):
“[...] o desenvolvimento desta 3ª unidade funcional
está [...] associado à progressiva corticalização das
funções de programação, regulação e verificação das
atividades conscientes – funções essas inseparáveis do
instrumento fundamental da linguagem, que se tornou
no maior regulador do comportamento humano”.
 As ações humanas são guiadas pela consciência, por intenções 
e por motivações individuais e sociais complexas.
 Para manter essa intenção, é necessário:
 Estabelecer uma relação inteligível entre ação e situação;
 Fixar a finalidade na memória;
 Dirigir o decurso da ação;
 Analisar, posteriormente, seus efeitos;
 Relacionar esses efeitos com as intenções iniciais.
 A ação voluntária acontece, então, a partir de um projeto 
consciente, resultante de uma memória prévia de dados 
intracorporais que interagem em um programa interior com os 
extracorporais, além de integrar uma sequencialização e uma 
ordenação temporal de comandos motores.
09/04/2018
Tipos de movimentos gerados pelo sistema 
motor
Os músculos, sob o comando do sistema 
nervoso, são capazes de realizar 
fundamentalmente três tipos de 
movimentos:
movimentos reflexos;
 movimentos rítmicos ou automáticos;
movimentos voluntários. 
 REFLEXOS
• Exemplos: reflexo patelar, o reflexo de retirada por dor e a 
deglutição. 
 Esses movimentos são os mais simples, dependem das 
informações sensoriais e muito pouco do controle motor 
voluntário. 
 Simples
 Rápidas
 Estereotipada
 Involuntárias
 Integradas na medula
Tipos de movimentos gerados pelo sistema 
motor
09/04/2018
A medula espinhal contém os elementos 
mínimos necessários para a execução de 
tarefas motoras simples, como os reflexos. 
Esses movimentos requerem para sua 
execução um arco reflexo incluindo:
 receptores sensoriais;
vias aferentes;
 interneurônios em número variável e;
motoneurônio, que representam as vias 
eferentes que propiciarão o movimento. 
Arcos reflexos e circuitos reflexos
 Nível mais simples de integração sensório-motora, onde
as respostas são rápidas, estereotipadas e involuntárias e
reguladas diretamente pelo estímulo desencadeante.
 A capacidade dos receptores sensoriais em fornecer
respostas rápidas baseada na existência de conexões de
curta latência entre o impulso (sinal aferente) e a
resposta (sinal eferente)
09/04/2018
Reflexo miotático
PERCEPÇÃO E CONTROLE MUSCULAR NERVOSO
Reflexo motor que ocorre em resposta ao 
estiramento de um músculo, pode ocorrer em 
todos os músculos esqueléticos do corpo. O 
exemplo mais famoso de reflexo miotático é 
o reflexo patelar
09/04/2018
Funções específicas de diferentes estruturas
MEDULA ESPINHAL
Reflexo de retirada – chapa quente.
Calor Retirada
Sinal 
sensitivo 
aferente
Sinal motor 
eferente
Reflexo de inibição recíproca
 Servem para inibir ou diminuir a excitabilidade dos 
motoneurônios que inervam os músculos antagonistas.
09/04/2018
Receptores musculares
 Os fusos musculares são receptores mecânicos ou
sensoriais proprioceptivos em forma de fuso composta
por feixes de fibras musculares modificadas contidas
dentro de uma cápsula fibrosa. Estão dispostos
paralelamente às fibras musculares extrafusais (do
músculo em que está inserido) e respondem às
variações no comprimento (estiramento ou contração)
das fibras musculares fazendo contatos sinápticos na
medula espinhal com os motoneurônios alfa.
 O órgão tendinoso de Golgi ou corpúsculo tendinoso
de Golgi é um receptor sensorial proprioceptivo que
está localizado nas inserções das fibras musculares com
os tendões dos músculos esqueléticos. Este
mecanorreceptor está disposto em série com o
músculo. A contração muscular é o estímulo que mais
gera ativação elétrica desta estrutura.
 Os receptores de Golgi medem, portanto o grau de
tensão muscular, levando essas informações para o
sistema nervoso central.
Receptores musculares
09/04/2018
• Combina características de movimento reflexo e 
voluntário
• Pode ser modificado ou interrompido por impulsos 
provenientes do encéfalo ou informações 
sensoriais da periferia.
 MOVIMENTOS RÍTMICOS OU VOLUNTÁRIOS 
 São mais complexos e dependem geralmente, do ato 
voluntário para seu início e seu término. 
 Como exemplo podemos citar o caminhar, a 
mastigação e a respiração. 
Tipos de movimentos gerados pelo sistema 
motor
 MOVIMENTOS VOLUNTÁRIOS 
 São os mais complexos, são muito diversificados e 
altamente dependentes do aprendizado, como o 
movimento de escrever e falar.
 São elaborados com a participação das áreas do 
córtex cerebral e cerebelo.
Proposicionais
Complexo
Execução melhora 
com a prática
Tipos de movimentos gerados pelo sistema 
motor
09/04/2018
Estruturas cerebrais envolvidas no controle 
de movimentos:
• Córtex Cerebral 
• Medula Espinhal 
• Cerebelo 
• Núcleos da base
Controle motor
 O desenvolvimento motor é uma contínua alteração no comportamento ao
longo da vida, que acontece por meio das necessidades de tarefa, da
biologia do indivíduo e do ambiente em que vive.
 Ele é viabilizado tanto pelo processo evolutivo biológico quanto pelo social.
 Dessa forma, uma evolução neural proporciona progresso ou integração
sensório-motor(a), que ocorre via SNC em operações cada vez mais
complexas (FONSECA, 1988).
09/04/2018
 Em cada idade, o movimento assume características
significativas, e a aquisição ou aparição de determinados
comportamentos motores tem repercussões importantes no
desenvolvimento da criança.
 Cada aquisição influencia a anterior – com relação ao domínio
mental e ao motor –, mediante a experiência e a troca com o
meio (FONSECA, 1988).
 Todo comportamento envolve processos neurais específicos, que vão desde a
percepção do estímulo até a efetivação da resposta selecionada. Esses processos
potencializam o comportamento e o aprendizado, que sucedem de maneiras
diferentes no cérebro.
Desde que 
nascemos, a 
maturação do SN 
possibilita o 
aprendizado 
progressivo de 
habilidades.
Na medida em que 
determinada área 
cerebral amadurece, a 
pessoa exibe 
comportamentos 
correspondentes a ela –
desde que tal função 
seja estimulada.
Assim o 
desenvolvimento 
comportamental é 
restringido pela 
maturação das 
células cerebrais.
Embora bebês e crianças
sejam capazes de fazer mov.
complexos, os níveis de
coordenação e de controle
motor fino só serão
alcançados na adolescência,
após o término da formação
da mielina.
09/04/2018
Maturação nervosa
 A aprendizagem motora é complexa e envolve
praticamente todas as áreas corticais de associação.
 Por isso, é necessário compreender o funcionamento
neurofisiológico na maturação, a fim de fornecer
bases teóricas para a estruturação de um plano de
ensino que considere as fases de desenvolvimento
neural da criança, maximizando, assim, o
aprendizado.
A noção de maturação nervosa é 
uma das mais fundamentais para 
explicarmos o processo de 
aprendizagem. Os psicólogos 
acreditam que os comportamentos 
não podem ser externados até que 
seu mecanismo neural tenha se 
desenvolvido.
O conhecimento da célula nervosa 
é, portanto, essencial para 
entender o funcionamento do 
sistema nervoso e seus processos 
maturacionais.
09/04/2018
 Afinal, os neurônios são dotados de extensa plasticidade eadaptabilidade, o que lhes converte nos grandes
responsáveis pelos sistemas de informação e comunicação
dos seres vivos.
 Eles são compostos de três partes: dendritos, axônio e
corpo celular.
 Quando o corpo celular envia uma mensagem, cabe ao
axônio conduzi-la até o dendrito do próximo neurônio para
fazer a sinapse. Mas, para que consiga realizar essa
transmissão, o axônio precisa estar maduro – quando é
envolvido por uma camada de gordura e proteína
(mielina).
 O processo de mielinização acontece com o tempo, de
modo que diferentes neurônios se mielinizam em épocas
distintas do desenvolvimento do organismo
 Para entendermos melhor a aprendizagem sob a ótica da
maturação nervosa, é necessário saber como o
comportamento acontece, a fim de investigar os processos
neurais de sua mudança.
 Comportamento
 De maneira geral, existem duas abordagens básicas para
explicar o comportamento.
 A primeira é a abordagem comportamental ou de estímulo-
resposta, desenvolvida por Skinner (1904-1990).
 Essa abordagem acredita que é possível reduzir todo o
comportamento a um modelo matemático de conexões de
estímulo-resposta, de forma que o conhecimento daquele
permita predizer esta.
 Essa proposta funciona com animais, mas, com humanos, parece muito
simplista.
09/04/2018
Modelo de Processamento de Informação
 Para suprir essa lacuna entre estímulo e resposta, Magill (2001)
desenvolveu o modelo de processamento de informação, que
envolve:
 Dentro desse modelo, podemos encaixar outras 
variáveis – como atenção, memória e ansiedade –
que podem prejudicar o processamento de 
informação e, consequentemente, a aprendizagem 
motora de crianças em fase de desenvolvimento.
 A ansiedade, por exemplo, afeta o resgate de 
informação, promovendo um aumento excessivo na 
ativação do sistema límbico – fundamental para o 
bom funcionamento da memória.
09/04/2018
 Quando desconhecemos os problemas e as
consequências do excesso de ansiedade e da
falta de atenção em crianças hiperativas,
corremos o risco de que estas apresentem falhas
no aprendizado que poderiam ser resolvidas com
tratamento médico, adaptação das aulas e
maior prudência por parte dos profissionais do
ensino.
 Embora existam muitas crianças com falhas no
aprendizado em função de transtornos de
atenção, não se sabe ao certo quando elas
realmente os desenvolvem.
09/04/2018
Ao compreendermos como a atenção evolui
dentro dos processos de maturação neural,
conseguimos verificar se:
Seu nível é normal ou não – de acordo com a
maturação da criança em determinada faixa
etária;
A aula está adequada à capacidade e ao
desenvolvimento cerebral da criança.
Áreas cerebrais e maturação da aprendizagem
 A aprendizagem resulta da recepção e da troca de 
informações entre o meio ambiente e os diferentes 
centros nervosos.
 Desse modo, esse processo se inicia com um estímulo de 
natureza físico-química advindo do ambiente, que é 
transformado em impulso nervoso pelos órgãos dos 
sentidos.
 O impulso – transportado pela inervação sensitiva – passa 
pelo tronco cerebral via tálamo e chega até um centro 
nervoso do córtex cerebral – correspondente à natureza 
do estímulo.
09/04/2018
Áreas cerebrais e maturação da aprendizagem
 Sendo assim, o estímulo visual termina no lobo occipital.
 O estímulo auditivo termina no temporal.
 E o estímulo táctil ou somestésico, no parietal.
 Essas áreas nas quais os estímulos são recebidos 
são chamadas de zonas primárias ou de projeção –
sobre as quais discutimos anteriormente.
 O estímulo nelas projetado é chamado 
de sensação, que requer uma passagem 
obrigatória para a percepção.
 Por meio dos neurônios associativos, a informação 
que chega à área primária é transmitida para a 
secundária.
09/04/2018
 Área Secundária
 A decodificação da informação nessa área proporciona 
a percepção, na qual as imagens (auditivas, visuais e táteis) 
recebem significados. Isso permite que a pessoa veja e 
reconheça, por exemplo, de quem é determinado rosto ou 
determinada voz.
 A sensação é comum no recém-nato, pois suas áreas 
secundárias ainda não amadureceram. Os adultos dificilmente 
vivenciam a sensação, porque a informação recebida passa 
para regiões mais complexas.
 Por isso, estamos sempre questionando:
 - O que é isso?
- De quem é essa voz?
- O que está encostando em mim?
 A percepção requer um ótimo estado de atenção.
 Das áreas secundárias ou de associação, passamos às 
terciárias ou de integração, nas quais ocorre a adição 
e combinação de todos os aspectos do estímulo. 
Nessas áreas, o sujeito faz associações entre os 
sentidos.
 Exemplo: Este é meu amigo, cuja voz me é 
agradável, e cuja pele é macia.
09/04/2018
 A maturação acontece de forma progressiva –
das áreas primárias até as terciárias.
 Na região anterior do cérebro (lobos frontais), 
diretamente associada ao planejamento, ao 
controle e à execução dos movimentos 
voluntários, a maturação ocorre de modo um 
pouco diferente.
Nessa região, o movimento acontece 
da seguinte forma:
09/04/2018
Outras áreas também participam da ação 
motora por meio das ações listadas a seguir:
Envio de mensagens;
Dosagem de força e agilidade;
Fornecimento de feedback visual, táctil e 
auditivo;
Permissão de ajuste constante do movimento.
09/04/2018
 A região pré-frontal é conhecida como um centro 
executivo, responsável pelas nossas vontades, por 
nossos desejos e pelo comportamento social.
 Essa região provoca a consciência do eu, a 
subjetividade, bem como estimula os valores e as 
motivações. Em outras palavras, trata-se da área 
mais humana do cérebro (GOLDBERG, 2002).
 Talvez por esses atributos, sua maturação seja mais 
lenta: a mielinização completa dessa área só 
acontece por volta dos 18 anos de idade.
Está localizado atrás do tronco cerebral e abaixo
do cérebro.
mesencéfalo
ponte
bulbo
cerebelo
medula 
espinhal
Cerebelo
09/04/2018
CEREBELO
Funções cerebelares na motricidade
Manutenção do equilíbrio e da postura
Controle do tônus muscular
Planejamento dos movimentos voluntários
Aprendizagem motora
CONEXÕES DO CEREBELO
 Conexão com órgão vestibular tendo
função na manutenção do equilíbrio.
 Conexão com a medula espinhal sendo
responsável pelo tônus muscular e postura.
 Conexão com córtex cerebral tendo função
no controle dos movimentos finos.
09/04/2018
CEREBELO
LESOES DO CEREBELO: perda de coordenação dos movimentos 
(ataxia) com efeitos sobre a postura e o tônus muscular (perda). 
Não afetam a percepção proprioceptiva as funções corticais 
superiores e não causa paralisia. 
Visão posterior
O cerebelo possui uma 
organização semelhante ao 
cérebro
Córtex convoluta (uniforme de 3 
camadas) e núcleos em sua base
Está conectado ao neuro-eixo 
através dos pedúnculos 
09/04/2018
CLASSIFICAÇÃO DO CEREBELO
(Zona medial)
Zona lateral
Zona intermédia
ANATOMICA
transversal
ANATÔMICA
longitudinal
FILOGENETICA FUNCIONAL
Lobo anterior Zona medial + 
Intermedia
Paleocerebelo Espinocerebelo
Lobo 
posterior
Zona lateral Neocerebelo Cérebrocerebelo
Lobo flóculo-
nodular
Floculo-nodulo Arquicerebelo Vestibulocerebelo
Divisão Filogenética
Arquicerebelo (cerebelo vestibular)
1ª Fase: vertebrados mais antigos como a
lampréia.
São desprovidos de membros, fazem
movimentos ondulatórios, têm necessidade de
manter o equilíbrio no meio líquido.
Canais semicirculares mandam impulsos
que informam sobre a posição da cabeça e
permitem ao cerebelo coordenar a atividade
muscular para manter o animal em equilíbrio.
09/04/2018
Paleocerebelo (cerebelo espinhal)
2ª fase: surgiu com os peixes que já possuemnadadeiras (membros). Nestes animais surgiram
pela primeira vez os fusos neuromusculares e
órgãos neurotendinosos de Golgi que originam
impulsos proprioceptivos que entram pela
medula e bulbo e atingem o cerebelo levando
informações sobre o grau de contração dos
músculos.
Estas informações são importantes para a
regulação do tônus muscular e da postura do
animal.
Neocerebelo (cerebelo cortical)
3ª fase: Surgiu com os mamíferos que
desenvolveram a capacidade de realizarem
movimentos delicados e assimétricos que
requerem uma coordenação nervosa mais
elaborada. Concomitantemente houve aumento
do córtex cerebral com o qual o cerebelo passou
a ter amplas conexões.
O neocerebelo relaciona-se com o controle dos
movimentos finos.
09/04/2018
LESÕES NO CEREBELO
• Perda do equilíbrio;
• Diminuição do tônus da musculatura 
esquelética;
• Ataxia: os movimentos se tornam 
descoordenados;
• Dismetria: dificuldade para "calcular" o 
movimento.
O álcool também pode provocar 
dismetria (temporária)
As lesões do cerebelo podem ser agrupadas em
três categorias:
-Incoordenação dos movimentos (ataxia)
transtorno neurológico caracterizado pela falta de
coordenação de movimentos musculares
voluntários e o equilíbrio.
- Perda do equilíbrio que se manifesta pela
dificuldade em se manter na posição ereta. O
doente tende a abrir as pernas para aumentar a
base de sustentação.
- Diminuição do tônus da musculatura esquelética
que se manifesta por uma hipotonia.
09/04/2018
Síndromes cerebelares:
Síndrome do arquicerebelo.
São causadas normalmente por tumores. Nestes
casos há somente perda de equilíbrio, sem que
haja alteração no tônus muscular.
Síndrome do paleocerebelo.
Ocorre em consequência da degeneração do
córtex do lobo anterior no alcoolismo crônico,
por exemplo. Manifesta-se pela perda do
equilíbrio que leva o paciente a andar com a
base alargada com ataxia dos membros
inferiores.
Síndrome do neocerebelo
As lesões do neocerebelo causam incoordenação motora
(ataxia) que pode ser testada por vários sinais, como:
•Dismetria: consiste na execução defeituosa de
movimentos que visem atingir um alvo, pois o indivíduo
não consegue dosar a quantidade de força necessária para
isso. Pode ser verificado este sintoma pedindo para o
paciente colocar a ponta dos dedos no nariz e verificar se
ele é capaz.
•Decomposição: Os movimentos são decompostos,
articulação por articulação e são executados em etapas
sucessivas.
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Síndrome do neocerebelo
•Rechaço: Verifica-se este sintoma com o
paciente forçando a flexão do antebraço contra
uma resistência. Ao se retirar a resistência o
indivíduo não consegue evitar, sendo atingido
pelo próprio antebraço.
•Tremor: trata-se de um tremor característico que
se acentua no final do movimento.
•Nistagmo: Movimento oscilatório rítmico dos
olhos que ocorrem em lesões do sistema
vestibular e do cerebelo.
•Disdiadococinesia: dificuldade de fazer
movimentos rápidos e alternados.
Núcleos da Base
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Núcleos da Base 
Sob a designação de núcleos da base 
compreendem-se as massas cinzentas subcorticais
situadas profundamente no interior de cada 
hemisfério cerebral. São constituídos por um 
conjunto de núcleos no cérebro com diferentes 
estruturas e atividades que atuam como uma 
unidade funcional. Emitem e recebem projeções 
entre si e com o córtex cerebral, tálamo e tronco 
cerebral, e são responsáveis por diversas funções 
como: coordenação motora, comportamentos de 
rotina (bruxismo), emoções e cognição.
Composto por 5 núcleos subcorticais:
• Substância negra
• Núcleo caudado 
• Putamen
• Globo pálido 
• Núcleo subtalâmico
NÚCLEOS DA BASE
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Todos estão interconectados e participam no 
controle do movimento.
NÚCLEOS DA BASE
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•Controlar padrões complexos da atividade motora; 
•Iniciar e parar o movimento; 
•Controle do curso temporal e a escala da 
intensidade dos movimentos (em associação com o 
córtex parietal); 
•Planejamento cognitivo das combinações de 
padrões motores seqüenciais e paralelos para 
atingir objetivos conscientes específicos. 
Funções dos Núcleos da Base 
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Estão envolvidos no controle de movimentos
automáticos e voluntários.
• Regulam Sequências de Movimento, 
• Regulam o tônus muscular, 
• Regulam a força muscular.
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Funções dos Núcleos da Base 
Os gânglios da base integram informações sensório-
motoras corticais, via múltiplos canais atuando em 
paralelo. Seus componentes recebem aferências
de praticamente todo o córtex cerebral, mas 
somente através de núcleos talâmicos enviam 
projeções para o córtex frontal. 
Lesões em componentes dos gânglios da base podem 
gerar além de déficits motores, sensíveis 
alterações cognitivas, sugerindo que essas 
estruturas processam informações motoras 
vinculadas à algum tipo de significado 
motivacional. 
Funções dos Núcleos da Base 
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Sinais e Sintomas da Lesão nos Núcleos da 
Base 
 Discinesias, perda do controle motor voluntário e de sua 
regulação 
 Hipercinesia - excesso de movimentação de um órgão e/ou 
região específica do corpo, com maior extensão e rapidez 
desses movimentos, chegando ao estado patológico.
 Atetose - movimentos involuntários anormais é um sintoma 
neuromotor caracterizado pelo movimento lento, 
involuntário, contorcido e com tremor dos dedos, mãos, pés 
e, em alguns casos, braços, pernas, pescoço e língua.
 Balismo - consiste em movimentos involuntários dos 
músculos proximais dos membros, os quais mostram uma 
grande amplitude dos movimentos.
 Hipocinesia
 Doença de Parkinson 
Distúrbios Motores
- Tremor em repouso
- Rigidez Muscular
- Bradicinesia (lentidão na
execução dos movimentos)
- Acinesia (dificuldade para
iniciar o movimento)
- Alterações posturais
ALTERAÇÕES DOS NÚCLEOS DA BASE
Ex: Doença de Parkinson
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CONTROLE DOS MOVIMENTOS
MOVIMENTOS AUTOMÁTICOS:
Dependem de atos voluntários para seu início e fim.
Baixos níveis de atenção e consciência são exigidos.
Depende da aprendizagem (treino e repetição) e de
experiências próprias.
Durante a execução de movimentos automáticos, é
possível direcionar atenção para outras ações.
Alô, Romário? E 
ai, blz parceiro?
Blá
Blá
CONTROLE DOS MOVIMENTOS
MOVIMENTOS AUTOMÁTICOS:
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São controlados basicamente por estruturas
subcorticais (Ex: núcleos da base).
Durante a execução de movimentos automáticos, é
possível direcionar atenção para outras ações.
CONTROLE DOS MOVIMENTOS
MOVIMENTOS AUTOMÁTICOS:
Fornecida pelo Sistema límbico cujas estruturas
estão ligadas ao hipotálamo e partes dos
mesencéfalo.
Fases do movimento: Motivação e idealização
Necessidades são analisadas 
e integradas em ideias no 
Córtex associativo e se 
projeta no córtex 
sensoriomotor, cerebelo, 
gânglios da base -> programa 
motor.
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 Converte ideias em força adequada e em um
padrão de atividade muscular para um
movimento desejado.
 Impulso neural emerge do processo de
programação e é chamado de comando
central.
 As principais estruturas envolvidas na
programação incluem córtex associativo (pré-
motor), córtex motor, gânglios da base e
cerebelo
Fases do movimento: Programação
 É uma sequencia estereotipada de comando enviados da
medula espinha para músculos a fim de gerar um
comportamento específico conhecido como Programa
motor.
Fases do movimento: Execução
Embora diferentes
sequencias sejam
possíveis, parece que a
aprendizagem resulta no
desenvolvimento de uma
sequencia específica de
ativação para cada tarefa.
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 O Cerebelo é responsável pelo
ajuste nos movimentos rápidos e os
gânglios da base nos movimentos
lentos ou deliberados.
 Esses órgãosenviam o programa
para o córtex motor que envia uma
mensagem aos neurônios medulares
e finalmente para o músculo
esquelético.
Fases do movimento: Controle
Áreas pré 
motorasMotivação Ideia Córtex motor Medula
Periferia
Cerebelo
intermediário
Cerebelo 
lateral
Gânglios da 
base
Ajuste nos movimentos lentos ou 
deliberados.
Regulam Sequências de Movimento o 
tônus muscular, força muscular.
Sequencias de 
contrações 
musculares ou 
grupos 
musculares, 
músculos 
isolados.
Prepara os 
movimentos 
bilaterais.
Ajuste nos movimentos rápidos. Processa 
Informações do fuso, órgão tendinoso de 
Golgi. grau de contração dos músculos. 
regulação do tônus muscular e da postura.
Controle dos movimentos finos, 
Assimétricos e força.
Condução e 
Recepção de 
informações 
somatossensoriais
e níveis 
superiores;
Reflexo
Controle da musculatura paravertebral e proximal 
dos membros.
Regula a força e prepara para movimentos 
delicados.
Receptores 
sensoriais captam 
informações do 
meio e sobre o 
movimento e as 
envia no sentido 
oposto

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