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Aula 08 Direito Tributario AFRFB Resposabilidade PT1 V3

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Curso: Direito Tributário p/ AFRFB 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Pablo Rodrigues - Aula 08 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 08 – parte 01 
Curso: Direito Tributário p/ Auditor da Receita Federal 
Professor: Pablo Rodrigues 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso: Direito Tributário p/ AFRFB 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Pablo Rodrigues - Aula 08 
 
 
Prof. Pablo Rodrigues 2 de 49 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
Assunto Página 
1- Responsabilidade 3 
1.1 – Modalidades de Responsabilidade 3 
1.2 – Responsabilidade por transferência 5 
1.2.1 – Responsabilidade por transferência: sucessão 5 
1.2.1.1 – Responsabilidade por sucessão: 
imóveis 
5 
1.2.1.2 – Responsabilidade por sucessão: 
Causa Mortis 
7 
1.2.1.3 – Responsabilidade por sucessão: 
Empresas 
8 
1.2.2 – Responsabilidade por transferência: terceiros 14 
1.2.2.1 – Responsabilidade de terceiros: 
atuação regular 
15 
1.2.2.2 – Responsabilidade de terceiros: 
atuação irregular 
17 
1.3 – Responsabilidade por Substituição 19 
1.4 – Responsabilidade por Infrações 22 
2- Questões comentadas 26 
3- Lista de exercícios 41 
4- Gabarito 50 
 
Continuamos no conteúdo do Livro Segundo do CTN, agora para 
aprendermos os assuntos: Responsabilidade e Crédito Tributário. 
Se você abrir o CTN no Capítulo V (art. 128 em diante), irá se deparar 
com longos dispositivos, com parágrafos e alíneas. Mas não se preocupe, 
porque a lógica é tranquila, você vai ver. 
Mais uma vez é necessário quebrar o assunto da aula 08 em duas 
partes, pois a quantidade de páginas é um pouco maior que o nosso padrão. 
Portanto, na parte 01 veremos a Responsabilidade, ficando para a 02 o 
estudo do Crédito Tributário. 
Vamos em frente? 
 
Aula 08 – Responsabilidade e Crédito Tributário 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso: Direito Tributário p/ AFRFB 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Pablo Rodrigues - Aula 08 
 
 
Prof. Pablo Rodrigues 3 de 49 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
Como vimos na aula passada, o sujeito passivo da relação tributária 
poderá ser contribuinte ou responsável, sim? Se ele tiver relação direta e 
pessoal com o fato gerador, então será contribuinte. Eu havia citado a 
frase “O contribuinte faz acontecer o fato gerador”. Se não tiver essa relação, 
se ele não fizer acontecer, porém for estabelecido em lei como sujeito 
passivo, ele será chamado de responsável. E poderá ser invocada qualquer 
pessoa como responsável? Não! É necessário haver vinculação com o fato 
gerador, é o que nos traz o artigo 128 do CTN, o primeiro dessa aula: 
“Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de 
modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a 
terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva 
obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou 
atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou 
parcial da referida obrigação.” 
Pela lógica, o responsável não fará acontecer o FG, mas terá vínculo 
com ele. Contudo, qualquer vínculo que você possa estabelecer por raciocínio 
lógico não é suficiente, requer-se disposição legal para figurar no polo 
passivo como responsável. Existe vínculo do mero transportador de 
mercadorias com o FG do IPI, você concorda? Contudo, ele somente será 
responsável se previsto em lei. Não adianta usar o seu infalível raciocínio 
lógico e dedutível pra encontrar algum responsável em toda a obrigação, ok? 
Então, vamos aprender os tipos de responsabilidade que nos traz o CTN. 
 
 
No momento que se define por lei um responsável, a doutrina cria uma 
separação, de modo que a responsabilidade poderá se dar por substituição 
ou por transferência. Separou-se a responsabilidade de acordo com o 
momento em que ela ocorre, no mundo real. Reforço que essa é uma divisão 
doutrinária, no CTN não há tal classificação. 
 Utilizando a doutrina de Ricardo Alexandre, de maneira bastante sucinta 
(veremos os tipos em detalhes a seguir), temos que a responsabilidade por 
substituição acontece junto com o fato gerador. A intenção da lei é 
concentrar em um só sujeito passivo mais de uma obrigação (daqui alguns 
parágrafos eu explico melhor). Já na responsabilidade por transferência 
existe inicialmente uma pessoa no polo passivo, porém posteriormente 
acontece a transferência da obrigação para outro indivíduo. Veja no esquema 
a subdivisão da responsabilidade por transferência. 
1- Responsabilidade 
 
1.1 – Modalidades de Responsabilidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso: Direito Tributário p/ AFRFB 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Pablo Rodrigues - Aula 08 
 
 
Prof. Pablo Rodrigues 4 de 49 
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 Antes de seguir em frente eu quero relembrar com você o artigo 124 do 
CTN, que não está no Capítulo V: 
Art. 124. São solidariamente obrigadas: 
I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que 
constitua o fato gerador da obrigação principal; (Solidariedade 
de fato) 
II - as pessoas expressamente designadas por lei. 
(Solidariedade de direito) 
 
Caso você tenha reparado, dentro do esquema que acabei de colocar há 
a palavra solidariedade. Eu preciso explicar pra que você não tenha 
dificuldade aqui. O CTN escreve a solidariedade fora do Capítulo da 
Responsabilidade (Capítulo V), porém a doutrina a considera como uma das 
subdivisões da responsabilidade por transferência. Deixa eu relembrar o 
exemplo dos irmãos: 3 irmãos são donos do mesmo apartamento. Os 3 
possuem relação direta e pessoal com o fato gerador do IPTU? Sim! Então eles 
são contribuinte solidários, é solidariedade de fato. Visto que não há 
benefício de ordem, quando 1 deles for chamado a cumprir com a totalidade 
da obrigação, ele pagará 100% do valor, mesmo que seja dono de apenas 
10% do imóvel. Nesse caso, pagará 10% na qualidade de contribuinte, e 
outros 90% qualidade de responsável solidário. 
Atente bem! Inicialmente os 3 irmãos eram na realidade contribuintes: 
fizeram acontecer o FG. Contudo, em casos como o mencionado acima, eles 
poderão ser considerados responsáveis, quando existir a transferência da 
qualidade de contribuinte dos sujeitos que não pagam. Tivemos somente 1 
pagamento pelos 3. Percebeu? Não tem mistério! Se ficou confuso, então me 
procure no fórum! É uma ideia bem simples que você não pode deixar 
complicada só porque o CTN não estruturou o tema como seria melhor. 
“Pera aí, você tinha dito que o responsável sempre será estabelecido em 
lei! Cade a lei no exemplo do apartamento dos irmãos?” É o CTN! Ele mesmo 
prevê a responsabilidade solidária e a solidariedade ;) 
Responsabilidade 
por Substituição
por Transferência
por Sucessão
por Solidariedade
de Terceiros
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Então a subdivisão “por solidariedade” da responsabilidade por 
transferência nós já vimos. Agora vamos em frente para as outras. 
 
 
 
Como sucessão entende-se a transferência, por algum evento 
ocorrido após o FG, da obrigação de um sujeito passivo para outro. Temos 
que o responsável sucede o contribuinte como sujeito passivo do tributo. 
Temos no artigo 129 a responsabilidade por sucessão, mas ele tem a 
redação um pouco confusa. O artigo quer falar que a sucessão ocorrerá 
quando se verificarem situações previstas, importando a data do 
surgimento da obrigação, e não importando se já estádefinitivamente 
constituída em crédito ou não. Guarde isso. Caso contrário, somente poderia 
alguém ser sucessor numa obrigação caso ela já estivesse definitivamente 
constituída, averiguada e lançada pelo fisco. Mas não tem muito sentido, não 
é? Para determinar a sucessão, é preciso verificar a data do surgimento da 
obrigação, olhar para o fato gerador. 
 Existe mais de um tipo de responsabilidade por transferência por 
sucessão, veja o esquema abaixo antes de entrarmos em cada um dos tipos. 
 
 
 
 Aqui é tranquilo, gente. Resumindo é assim: se você comprou um 
imóvel, comprou junto o imposto em dívida. “Mas quem não pagou o que 
devia foi o antigo dono!” Não importa, o antigo dono era contribuinte, mas 
você sucedeu ele e agora é responsável! É esse o conteúdo do artigo 130 do 
CTN. 
 Ainda há menção específica de que eventuais taxas de serviços 
ligadas ao imóvel e também contribuição de melhoria serão objeto de 
sucessão. Dessa observação podemos tirar a conclusão que somente taxas de 
Responsabilidade 
por 
Transferência
por 
Sucessão
Imóveis
Causa 
Mortis
Empresas
1.2 – Responsabilidade por Transferência 
 
1.2.1 – Responsabilidade por Transferência: Sucessão 
 
1.2.1.1 – Responsabilidade por Sucessão: Imóveis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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serviços, e não as de polícia, serão objeto de sucessão. Atente para essa 
informação, pois alguma questão poderá confundir você exatamente nesse 
detalhe. 
 Ainda no artigo 130 há 2 possibilidades de “escapar” da sucessão: 
 Havendo prova de sua quitação 
 Em arrematação, a dívida fica contida no preço 
 
A primeira previsão é bem tranquila, afinal não há obrigação para ser 
transferida, pois houve quitação. Mesmo que imediatamente após você ter 
conseguido a prova da quitação - que é certidão negativa, certificando que 
nada consta - seja verificado algum débito, você não será responsável. Se 
você, de boa fé, cumpriu com a lei e fez tudo certinho, não será sucessor de 
nada. A dívida verificada ficará com o antigo proprietário do imóvel. 
No segundo caso, se você comprar um imóvel em leilão, toda a dívida 
que houver será abatida do preço pago, e você não será chamado a pagar 
nada além do valor do arremate. Pelo texto do CTN, “a sub-rogação ocorre 
sobre o respectivo preço” e segundo já cobrado pela ESAF, nessa situação 
você nem se qualificaria como responsável, percebe? A sucessão ocorre sobre 
o preço. E mais, veja que esse caso especial diz respeito a dívidas relativas à 
propriedade de bens imóveis. Se você comprar arrematar um carro ou 
barco, pelo CTN o tratamento não será o mesmo: você pagaria o preço do 
arremate e ainda seria chamado a pagar a dívida tributária. Contudo, há 
pronunciamentos do STJ, reservando aos bens móveis, o mesmo tratamento 
dos imóveis, na questão de bem em arrematação. Atente para a diferença 
entre CTN e jurisprudência, para os bens móveis arrematados. Para imóveis a 
situação é pacífica: a dívida é paga pelo preço de arremate. 
 
 
Antes de entrarmos na responsabilidade por sucessão “causa mortis” 
quero comentar sobre como funciona a sucessão em bens móveis, que eu 
Responsabilidade
por Sucessão
Imóveis
impostos cujo FG seja a 
propriedade, o domínio útil ou a 
posse de bens imóveis
taxas pela 
prestação de 
serviços
contribuições de 
melhoria
subrogam-se na 
pessoa dos respectivos 
adquirentes
salvo quando: 
Há prova de sua quitação
For arrematação em hasta pública
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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havia rapidamente mencionado antes do esquema. Ela não tem os dois casos 
de fuga da sucessão, tanto no arremate (de acordo com o CTN), como já 
dito, como na prova de quitação. Quando você comprar um carro, não 
adianta pedir certidão negativa, pois você será, de qualquer forma, 
responsável por sucessão. Só isso! 
 
 
Já falamos essas palavras antes. Lembra? Qual o fato gerador do ITCD 
Causa Mortis? Era a abertura da sucessão, né? E ela acontece com a 
morte. Imediatamente após o falecimento, o patrimônio do de cujus é 
transferido, para quem quer que seja. Contudo, somente é formalizada a 
transferência com a conclusão do inventário ou arrolamento. Essa é a 
ideia geral que você precisa saber. Agora, vamos estudar como funciona a 
questão tributária quando alguém vem a falecer. Veja o que diz o CTN: 
Art. 131. São pessoalmente responsáveis: 
II - o sucessor a qualquer título e o 
cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de 
cujus até a data da partilha ou adjudicação, 
limitada esta responsabilidade ao montante do 
quinhão do legado ou da meação; 
III - o espólio, pelos tributos devidos pelo 
de cujus até a data da abertura da sucessão. 
Vou explicar tudo com um exemplo, tá bem? 
Imagine que a Dona Maria, casada e mãe de 2 filhos, faleceu no dia de hoje. 
Ela tinha um IPTU não pago, e a partilha dos seus bens levou a um inventário 
bem complexo, que demorou anos para ser concluído. Durante o período em 
que se resolvia o inventário, incidiu novamente imposto sobre a propriedade. 
Então eu pergunto: Quem é responsável pelo IPTU devido até a morte da 
Dona Maria? E pelo IPTU devido após sua morte, antes da conclusão da 
partilha? O artigo 131 traz a resposta para essas 2 perguntas. Veja a lógica: 
 
MOMENTO Contribuinte Responsável por 
sucessão 
Até a morte (abertura 
da sucessão) 
Dona Maria 
(de cujus) 
Espólio 
Da morte até a 
conclusão da partilha 
Espólio Sucessor e cônjuge 
 
1.2.1.2 – Responsabilidade por Sucessão: Causa Mortis 
 
Cônjuge meeiro: é a 
outra parte do casal, 
tem direito à 
metade(meação) dos 
bens mútuos. 
Legado: determinado 
bem destinado à uma 
determinada pessoa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Então, aquilo que a Dona Maria não pagou antes da sua morte, será de 
responsabilidade do espólio. Aquilo que o espólio não pagar, é 
responsabilidade do cônjuge e dos sucessores. “Mas o que é espólio?” É o 
nome dado ao conjunto dos bens do de cujus que existe durante o período do 
inventário. O espólio é equiparado a uma pessoa física e deve pagar tributos. 
Entendido? Espólio não é um termo do direito tributário, ele existe para que as 
sucessões patrimoniais aconteçam. Enfim, tudo que você precisa saber para a 
prova é bem simples, mas caso não tenha ficado claro, por favor me procure 
no fórum. Ah! E se por acaso o espólio não pagar os tributos que sucedeu? 
Então os responsáveis são o sucessor e cônjuge. Vai ficando tudo pra frente. 
Ainda, no final do inciso I do art. 131, temos a previsão de que a 
responsabilidade é limitada ao quinhão. Significa que você não será 
chamado a pagar a dívida – que originalmente era de outra pessoa - 
colocando dinheiro do seu próprio patrimônio. Se a dívida que veio a estar sob 
sua responsabilidade é maior que o que você herdou, o problema não é seu. 
Você só responderá até o limite daquilo que você recebeu, aquilo que não era 
seu e passou a ser. 
 
 
 A ideia da sucessão empresarial aqui engloba a fusão, cisão, 
incorporação e tantas outras operações que possam acontecer. Tenha isso em 
mente. 
 Imagine que, de modosimilar à compra de um imóvel, uma empresa 
adquira outra, ou que um investidor adquira o negócio de outra pessoa, física 
ou jurídica. Seja qual for o caso, é perceptível que haja a transferência de 
patrimônio de uma pessoa para outra. E como fica a questão tributária? Bem, 
se houve sucessão empresarial, e com ela, haverá sucessão tributária. 
“Quem compra ativo, compra passivo!”. Um dos meus professores sempre 
usava essa frase, se referendo aos termos contábeis de ativo e passivo. Não 
confunda com os sujeitos, não tem nada a ver. Lembre-se da frase e sua 
compreensão será facilitada. 
 O artigo 132 nos ensina, em outras palavras, que “a empresa que 
resultar da fusão, transformação ou incorporação será responsável por 
sucessão pelos tributos devidos pela PJ de direito privado anterior”. 
 Fusão: 2 empresas formam uma 3ª. 
 Transformação: alteração de sua forma jurídica, de limitada para SA, 
por exemplo. 
 Incorporação: uma empresa compra, absorve outra. 
Em todos os 3 casos, a PJ que resultar estará carregando não só o 
ativo, mas também o passivo, e nele se encontram as obrigações tributárias. 
1.2.1.3 – Responsabilidade por Sucessão: Empresas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Veja que eu ressaltei a palavra tributos, porém há entendimento que as 
eventuais sanções e punições, como multas, também serão de 
responsabilidade da nova PJ. 
Esses foram os casos de criação e continuidade de empresas. Vamos 
ver agora como fica quando houver cisão ou extinção. 
 Cisão: Uma PJ se quebra, se divide. Poderá haver cisão total ou parcial. 
o Total: Empresa “A” transfere todo seu patrimônio para “B” e “C” 
e deixa de existir (extinção). Oposto da fusão. 
o Parcial: Empresa “A” transfere parte do seu patrimônio para “B” 
e “C” e permanece existindo. 
 Extinção: Uma PJ deixa de existir, ela morre. 
 
Em caso de cisão parcial, precisamos olhar para fora do CTN, uma vez 
que ele não prevê essa possibilidade. A cisão foi regulada dez anos depois do 
nascimento do CTN, pela Lei das AS (6.404/76). É uma questão complicada, 
porque a lei 6.404 determina que o ato de cisão poderá estipular a 
responsabilidade solidária da totalidade das obrigações entre todos os 
adquirentes, ou somente responsabilidade pelas obrigações transferidas. 
Mas... uma convenção particular pode ser contrária à Fazenda na 
determinação do sujeito passivo? Segundo o CTN (art. 123), salvo disposição 
de lei em contrário, não poderá. Como existe a lei 6.404 autorizando 
autonomia dos particulares, possibilitando alterar as obrigações para os 
sujeitos passivos, a cisão parcial não tem regra geral, o ato de cisão 
parcial é que irá estipular como fica a responsabilidade pelas obrigações 
constituídas. Fique muito atento se esse assunto cair na sua prova de direito 
tributário, ok? Não é rotineiro que caia, mas fique com essa informação 
guardada! 
Em casos de extinção, prevê o CTN no parágrafo único do artigo 132 
que, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por 
qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão 
social, ou sob firma individual, será essa “empresa” responsável pelos tributos 
devidos anteriormente. Portanto, as regras de fusão, transformação ou 
incorporação se aplicam da mesma maneira, você percebe? 
Imagine uma revenda de carros usados chamada Alfa. Se o 
empreendedor extinguiu a PJ Alfa, somente para abrir a empresa Ômega e 
continuar a vender carros usados, ou seja, permanecer na exploração da 
mesma atividade, a Fazenda poderá cobrar desse indivíduo, na condição de 
responsável, os tributos que ficou devendo na empresa Alfa. Se ele realmente 
fechar a empresa, da mesma maneira deverá quitar o que deve, porém, sem 
haver transferência de nada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Veja que coloquei a palavra empresa entre “ ”, quando falamos de 
extinção. Fiz isso, porque pouco importa que a PJ esteja de fato constituída 
para que se qualifique o empreendedor como responsável. Mesmo que não 
seja realmente uma empresa com CNPJ, será chamado perante o fisco, pois a 
capacidade tributária passiva independe de a pessoa jurídica estar 
regularmente constituída (CTN, art. 126, III). Assim, evita-se fraudes 
(evasão) através da extinção da empresa, você percebe? 
Seguindo em frente nos artigos do CTN, encontramos, no art. 133, uma 
previsão interessante e bastante cobrada em provas, portanto redobre sua 
atenção! Ele nos diz que, quando alguma pessoa (física ou jurídica) adquire 
um fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou 
profissional, responderá pelos tributos respectivos, mas somente se prosseguir 
na respectiva atividade. Até aí tranquilo, pois “quem compra ativo, compra 
passivo”. Mas veja os incisos, determinando como ele responde: 
I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, 
indústria ou atividade; 
II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na 
exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação, 
nova atividade no mesmo ou em 
outro ramo de comércio, indústria ou 
profissão. 
Se o empresário que alienou a 
revenda de carros Alfa nunca mais vier 
a ter atividade nesse ou em outro 
ramo de comércio, indústria ou 
profissão, então realmente, aquele que 
comprou o ativo, comprou o passivo. 
Como irá o Fisco cobrar imposto de 
Responsabilidade
por Sucessão
Empresas
fusão, 
transformação 
ou 
incorporação 
a empresa que resultante 
será responsável por 
sucessão pelos tributos 
devidos.
Cisão parcial
pode haver responsabilidade 
solidária do total das 
obrigações entre todos os 
adquirentes, ou somente
responsabilidade pelas 
respectivas obrigações
transferidas.
Extinção
quando a exploração da 
respectiva atividade seja 
continuada, a “empresa” 
será responsável pelos 
tributos em dívida.
Fundo de comércio ≠ Estabelecimento 
Fundo de comércio: conjunto de bens, 
materiais e imateriais, que o empresário 
agrega para a consecução das suas 
atividades. O fundo é mais valioso do que 
a soma algébrica do valor de cada bem 
considerado isoladamente. 
Estabelecimento: unidade física 
autônoma em que uma PF ou PJ realiza 
suas atividades. 
 
Um fundo de comércio é a totalidade dos 
bens agregados, enquanto o 
estabelecimento é parte, fração do todo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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quem não está manifestando riqueza? O adquirente responde integralmente 
pela obrigação. 
Porém, se houver a venda, e dentro de até 6 meses do ato, o alienante 
inicia nova atividade, no mesmo ou em outro ramo, então primeiramente 
responderá o alienante, o antigo dono da Alfa, e subsidiariamente 
responde o adquirente. Tem sentido, não é? Primeiro vou cobrar de quem 
deixou de pagar, e se não for possível, cobro de quem adquiriu. 
Atenção: o caput do artigo 133 diz que o adquirente responde “pelos 
tributos, relativos ao fundo (de comércio) ou estabelecimento adquirido”. 
Então, o novo dono responderá pelos impostos que possam especificamente 
ser imputados conjunto de bens, ou àquela unidade, como por exemplo o 
IPTU, IPI, ICMS. 
Atenção novamente: veja quepara a alienação do fundo de comércio 
ou estabelecimento, pouco importa qual seja a atividade que venha a ser 
exercida pelo alienante, ele será ainda cobrado pela dívida. No caso da 
extinção, o antigo sócio somente responde se continuar na exploração da 
mesma atividade! Tenha muito cuidado com esses detalhes! Separe bem a 
alienação e a extinção! 
Para resumir essa parte, pego emprestado um esquema do professor 
João Marcelo Rocha: 
 
 
O adquirente será 
responsável.... 
Se o Alientante... 
..Integralmente Cessar a 
exploração e 
Não voltar a se 
estabelecer 
em qualquer 
atividade 
 
Dentro de 6 
meses a 
partir da 
alinentação 
..Subsidiariamente Prosseguir, ou Voltar à 
atividade 
Mesmo ramo 
ou outro 
somente se 
prosseguir na 
mesma atividade. 
 
Existe ainda hipótese de exclusão da responsabilidade. Há 3 
parágrafos no artigo 133 tratando disso. Aconteceu que em 2005 surgiu a lei 
das falências, e ela adotou como diretriz a preservação da empresa, 
organização geradora de empregos e produção (e também geradora de 
impostos). Sendo assim, mecanismos de estímulo à continuidade da atividade 
foram inseridos no nosso ordenamento, tendo reflexo em vários ramos do 
direito. Nos interessa como refletiu no CTN, e essa é uma informação bem 
lógica, você verá. 
de fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Determina o §1º do artigo 133 que não se aplica regra geral(exposta 
acima em esquema) em caso de aquisição de fundo de comércio ou 
estabelecimento em processo de falência ou recuperação judicial. Em 
casos assim, o adquirente de boa-fé fica livre das dívidas tributárias surgidas 
anteriormente à aquisição, e os tributos continuam exigíveis da sociedade 
falida ou em recuperação. Faz sentido, se a diretriz da lei das falências visa a 
preservar a empresa, você concorda? Imagine uma fábrica com mil 
funcionários e um milhão em dívidas tributárias. Se não fosse a exclusão da 
responsabilidade do adquirente, certamente essa fábrica fecharia suas portas, 
gerando desemprego, diminuição da produção e da arrecadação. Nesse caso, 
o adquirente fica livre do um milhão em dívidas tributárias, mantém os 
funcionários, e o fisco vai dar um jeito de cobrar a dívida do alienante, 
chamado de falido. 
Contudo, determina o §2º do art. 133 que nem sempre a falência irá 
eximir o adquirente da dívida tributária. Em linhas gerais, saiba que se o 
adquirente for pessoa ligada à sociedade falida ou em recuperação, não se 
afasta a responsabilidade. Também faz sentido, não é? No exemplo da 
fábrica, imagine que seja a filha do antigo dono adquirente do 
estabelecimento. Fica com cara de fraude, não é? Eu levo uma empresa à 
falência, aí para me livrar somente das dívidas, uso um laranja para adquiri-la. 
Bonito, né? Sem chance, gente. Em resumo, o CTN previu o seguinte, com 
intenção de impedir tais ações fraudulentas: 
 
A lógica é simples: o sócio falido não pode, através de pessoa ligada à 
sociedade, readquirir sua empresa com a intenção de excluir-se da 
responsabilidade tributária. 
O terceiro e último parágrafo do art. 133 diz que, nas alienações feitas 
em falência, os recursos angariados devem permanecer depositados em conta 
Responsabilidade
por Sucessão
Empresas
Aquisição de fundo 
de comércio ou 
estabelecimento 
em processo de 
falência ou 
recuperação
Exclui-se a 
responsabilidade do 
adquirente, exceto se o 
adquirente for:
sócio da sociedade, ou 
sociedade controlada pelo 
devedor 
parente, em linha reta ou 
colateral até o 4º grau, 
consangüíneo ou afim, do 
devedor ou de qualquer de 
seus sócios
identificado como agente do 
falido/devedor em 
recuperação - objetivo de 
fraudar a sucessão tributária
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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à disposição do Juízo por 1 ano. Durante esse período, os valores só poderão 
ser movimentados para pagar dívidas contraídas pela sociedade ao longo da 
própria falência(créditos extraconcursais) ou pagar dívidas que possuem, na 
falência, preferência em relação ao crédito tributário. 
(ESAF/2007/PGFN/PROCURADOR DA FAZENDA 
NACIONAL) A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de 
outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, 
industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma 
ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos 
tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data 
do ato, subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou 
iniciar, dentro de seis meses, a contar da data da alienação, nova atividade no 
mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão. 
No entanto, há casos em que isso não ocorrerá. Entre os casos em que não 
haverá responsabilidade por sucessão, está a de qualquer alienação judicial: 
a) a sócio da falida. 
b) a sociedade controlada pelo devedor em recuperação judicial. 
c) em processo de falência, a um concorrente do devedor que não tenha 
relação com ele nem com sócio seu. 
d) em processo de liquidação extrajudicial quando a relação com o devedor é 
de mero cunhadio. 
e) em processo de falência quando a relação com o falido for até o quinto 
grau. 
Resolução: 
Apesar da questão constar na prova de direito empresarial, encontramos a 
resposta no artigo 133 do CTN. Vejamos: 
a) Incorreta. Há responsabilidade por sucessão, art. 133, §2º, I. 
b) Incorreta. Há responsabilidade por sucessão, art. 133, §2º, I. 
c) Correta. Pessoa não ligada à entidade em falência ou recuperação está 
excluída da responsabilidade por sucessão. 
d) Incorreta. Cunhadio é sinônimo de cunhado. Ainda assim, a exclusão da 
responsabilidade somente aplica-se em casos de falência ou recuperação 
judicial, não liquidação extrajudicial. 
e) Incorreta. Apesar do artigo 133, §2º, II tratar de parentesco até 4º grau, a 
alternativa é dada como incorreta. 
Gabarito letra C. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Fechamos os 3 tipos de responsabilidade por transferência por 
sucessão. Antes de seguir em frente, um resumo rápido: 
 Imóveis: o comprador sucede o vendedor nos impostos sobre a 
propriedade, taxas de serviços e contribuições de melhoria. Exceto com 
comprovação de quitação e em arrematação em hasta pública. 
 Causa Mortis: o cônjuge e herdeiros respondem até o quinhão. 
Lembre-se que o espólio é equiparado a pessoa física. 
 Empresas: regra geral “comprou ativo, comprou passivo”. 
o Exceções: 
 na extinção: quando a exploração da respectiva 
atividade continua por qualquer sócio, a responsabilidade 
se transfere para a nova “empresa”. 
 Para alienação de fundo de comércio e estabelecimento: 
quando alienante continua, em qualquer atividade, a 
responsabilidade do adquirente pode ser integral (se 
após 6 meses) ou subsidiária(antes de 6 meses); 
 Lei das Falências: diretriz de preservar a empresa. 
Responsabilização do adquirente ligado ao alienante falido. 
 
 
Diferentemente da transferência por sucessão, a transferência da 
responsabilidadea terceiros (artigos 134 e 135) não se fundamenta na 
transmissão patrimonial, mas sim no dever legal, que algumas pessoas tem, 
de zelar, de cuidar do patrimônio de outros. Uma vez que essas pessoas, 
os “terceiros”, não tomam as atitudes necessárias para quitar a obrigação 
tributária, falham no seu dever legal de cuidar do patrimônio do 
contribuinte. Logo, passarão a ser responsáveis tributários por 
transferência. Repito: não há transferência patrimonial, como nos outros 
casos, somente responsabilização por uma falta. 
Essa transferência pode se originar de uma falha, considerada uma 
situação regular, que não fere nenhuma lei ou contrato, ou se originar de 
uma situação irregular, que consiste em atos que infringem leis, contratos 
sociais e estatutos. Essa diferenciação serve para enquadrar a 
responsabilidade em regimes jurídicos típicos. 
 Responsabilidade por transferência a terceiros: decorrente de 
atuação regular 
 Responsabilidade por transferência a terceiros: decorrente de 
atuação irregular 
 
1.2.2 – Responsabilidade por transferência: Terceiros 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 A responsabilidade de terceiros em atuação regular está prevista no 
artigo 134 do CTN. Veja só o seu caput: 
Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da 
obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente 
com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que 
forem responsáveis: 
Antes de seguir em frente e colocar as figuras responsáveis, vamos 
explicitar as duas circunstâncias que estruturam, se percebidas 
concomitantemente, a hipótese de responsabilidade dos terceiros em atuação 
regular. 
 
 
a) Só existe exigência sobre o responsável, caso a Fazenda 
tenha tentado, sem sucesso, a execução dos bens do 
contribuinte. E por mais que o artigo dite que eles respondem 
solidariamente, em verdade há benefício de ordem, você 
percebe? Pois se primeiramente é cobrado contribuinte, em 
segundo lugar o responsável, então não há 
responsabilidade solidária, mas sim subsidiária, como 
vimos acima no caso peculiar do fundo de comércio. Fique 
atento para o termo usado em questões. 
b) Se apenas não houver patrimônio em nome do contribuinte, 
não há sentido que se imponha sobre outra pessoa a 
exigência dos tributos, você concorda? Por exemplo, quando o 
filho menor não possui patrimônio para quitar alguma 
obrigação, o pai deve responder com o seu? Não! Somente 
quando verifica-se ato ou alguma omissão dos pais (ou outra 
das pessoas listadas no artigo 134, veja tabela abaixo) no 
dever de zelar pelo patrimônio, elas poderão responder por 
essa omissão, desde que não seja possível que seja cobrado o 
contribuinte. Lembre-se que esse ato ou omissão deve ser 
considerado regular, que não seja contrário à lei, contrato ou 
estatuto. 
Os terceiros respondem 
solidariamente quando, em 
atuação regular ...
a) For impossível, para o Fisco, exigir a 
dívida sobre o contribuinte
b) Respectivo responsável tenha colaborado 
pelo não pagamento, mediante ação ou 
omissão que lhe seria exigível
1.2.2.1 – Responsabilidade de Terceiros: Atuação Regular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Agora dê uma olhada nas figuras de responsáveis, em caso que se 
verifique concomitantemente as condições (A + B), listadas de modo 
exaustivo no art. 134 do CTN: 
Art. 134 Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da 
obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos 
atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis 
os pais pelos tributos devidos por seus filhos 
menores 
os tutores e curadores pelos tributos devidos por seus 
tutelados ou curatelados 
os administradores de bens de 
terceiros 
pelos tributos devidos por estes 
o inventariante pelos tributos devidos pelo espólio 
o síndico e o comissário 
(hoje chamado administrador judicial) 
pelos tributos devidos pela massa 
falida ou pelo concordatário 
os tabeliães, escrivães e demais 
serventuários de ofício 
pelos tributos devidos sobre os atos 
praticados por eles, ou perante eles, 
em razão do seu ofício 
os sócios no caso de liquidação de sociedade de 
pessoas 
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de 
penalidades, às de caráter moratório. 
 
Preciso fazer um comentário sobre a última das figuras de responsáveis: 
os sócios. Há um entendimento que não é todo o sócio que poderá ser 
responsável, mas somente o sócio-gerente na liquidação. O sócio-
quotista, aquele que não toma decisões, não possui relação com nenhuma 
ação ou omissão em dever de zelar pela empresa, afinal ele não tem poder 
decisório nenhum. Ainda, existe entendimento que, por si só, o ato de não 
pagar tributos não gera responsabilidade “solidária” do sócio gerente. 
Para tal, é necessário que se verifique conduta de excesso de poderes, ato 
contrário à lei, contrato ou estatuto. 
Jurisprudência, Súmula 430 do STJ: “O inadimplemento da obrigação 
tributária pela sociedade não gera, por si só, a responsabilidade solidária do 
sócio-gerente.” 
 
E não esqueça que, embora no artigo 143 esteja escrito solidariamente, 
em verdade respondem de maneira subsidiária, sendo cobrado primeiro o 
contribuinte, depois o responsável. Já está pacificado pelo STJ. Se vier a 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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aparecer na sua prova, atente para a menção de cobrança literal, questões 
tipo “de acordo com o CTN, marque a resposta”. 
 
 
Nos ensina o artigo 135 do CTN que, quando o “terceiro” responsável 
atuar de maneira irregular, contrariando a lei, contrato ou estatuto, a 
responsabilidade será pessoal. Eu havia dito que a separação entre uma 
conduta regular e irregular serve para enquadrar a responsabilidade em 
regimes jurídicos típicos. 
Enquanto na atuação regular existe a responsabilidade solidária 
(subsidiária), exigindo-se a obrigação primeiro de uma pessoa, e após 
transferindo o sujeito passivo para o responsável, na atuação irregular é 
diferente. Quando verificada violação, atuação irregular, o “terceiro” responde 
sozinho, com todo o seu patrimônio, ficando a pessoa física ou jurídica, que 
deveria ser cuidada, afastada de qualquer possibilidade de figurar como 
sujeito passivo. Você percebe que há maior gravidade nesse caso? É regime 
jurídico diferenciado. Veja o que diz o artigo 135 do CTN: 
 
 Excesso de poder não pressupõe falta de pagamento pelo 
responsável, mas sim hipótese de terceiro agir além dos poderes 
que a lei, estatuto ou contrato social lhe conferem. O terceiro age 
fora das suas atribuições, excedendo, indo além daquilo que 
pode. Por exemplo, quando um empregado de empresa adquire 
um imóvel, em nome da sociedade, quando não tem poderes 
para faze-lo. Nesse caso, o empregado deve ser pessoalmente 
responsável pelo pagamento do ITBI, e não a empresa. 
Vou tentar resumir os 2 tipos de responsabilidade de terceiros com um 
exemplo. Imagine que um menor, chamado Alex, possui propriedade em seu 
nome. Esse menor, que é incapaz, tem capacidade para figurar no polo ativo 
da obrigação? Sim,art. 126! Então, o Alex deve pagar os tributos respectivos 
na condição de contribuinte. Contudo, sendo menor e incapaz, é dever dos 
São pessoalmente
responsáveis pelos 
créditos
correspondentes a 
obrigações tributárias
as pessoas referidas no 
artigo 134
os mandatários, 
prepostos e empregados
os diretores, gerentes 
ou representantes de 
pessoas jurídicas de 
direito privado
resultantes de atos 
praticados com excesso 
de poderes ou 
infração de lei, contrato 
social ou estatutos
1.2.2.2 – Responsabilidade de Terceiros: Atuação Irregular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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pais zelar pelo patrimônio desse contribuinte, do Alex. Em regra geral, há 
responsabilidade(por transferência) dos pais nesse pagamento? Não! Eles 
podem realizar o ato de pagar, porém é o patrimônio do Alex que será 
subtraído, é ele o contribuinte. Os pais, até aqui são representantes do menor. 
Contudo, se Alex não tiver condições de pagar, aí então serão os pais 
responsáveis? Ainda não! Somente veremos os pais na qualidade de 
responsáveis quando houver ato ou omissão indevida - nada ilegal, tudo 
regular. E será de modo solidário(na realidade subsidiário) que haverá 
responsabilidade: os pais pagarão se o Alex não tiver como. 
Agora, se os pais do Alex, representando o filho, praticarem algum ato 
ilegal ou com excesso de poder – conduta irregular - então figuram 
pessoalmente responsáveis. O Alex não teve nada a ver com isso! Se 
compraram uma casa na praia pro Alex, eles é que serão responsáveis pelo 
ITBI. 
Em casos como o acima, é interessante que você saiba como a 
classificação da responsabilidade tem sido tratada pela doutrina. Considera-
se, claramente, nos casos do artigo 134(atuação regular) que há 
transferência da responsabilidade: se o Alex não teve como pagar, em caso 
de omissão ou ato indevido dos pais, então a obrigação se desloca do 
contribuinte para um terceiro, responsável. Mas veja, nos casos de ilegalidade 
ou excesso de poder, não existe essa troca na obrigação, porque o fato 
gerador já acontece “torto”. Desde o ato – portanto desde o momento do FG - 
o representante já é responsabilizado, você nota? Quando os pais, 
representando o Alex, agiram com excesso de poder, foram eles que fizeram 
nascer o fato gerador, e não a vontade do Alex. Por isso que parte da doutrina 
diz que a responsabilidade pessoal do art. 135 não seria uma transferência, 
mas sim substituição da responsabilidade: o Alex não é contribuinte, ele não 
está no fato gerador! Entendeu o raciocínio? Qualquer coisa me chama lá no 
fórum ou no e-mail, ok? 
Então, para questões envolvendo responsabilidade pessoal, guarde bem 
o que diz o artigo 135 e essa peculiaridade doutrinária! Antes de seguir, olhe 
esse mapa mental com a organização do que estudamos até agora: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Aproveitando o gancho, vamos entrar na responsabilidade por 
substituição. Eu havia dito, lá no início da aula, que a responsabilidade por 
substituição acontece junto com o fato gerador. No exemplo que eu dei, o do 
Alex, esse aspecto ficou claro para você? Caso não tenha ficado, me pergunte 
no fórum ou por e-mail, fechado? Eu também havia dito que, nessa 
classificação, a intenção da lei é concentrar em um só sujeito passivo mais de 
uma obrigação. No exemplo do Alex isso não se aplica, não é? Porque temos 
somente 1 FG para 1 obrigação. Preste atenção em como acontece a 
concentração de vários FG’s em um sujeito passivo. 
O caso mais clássico é o do responsável pelo pagamento do IR, a fonte 
de rendimentos das pessoas físicas. Agora, você entende que, desde o 
momento do fato gerador(geração de riqueza) a empresa está designada 
como responsável pelo imposto de renda dos seus empregados? E nesse 
exemplo você percebe que há vários fatos geradores concentrados em um só 
sujeito passivo? E então, você concorda comigo que não há transferência na 
responsabilidade, mas sim substituição? A fonte de rendimentos tomou o 
lugar que pertenceria, habitualmente, ao indivíduo que adquiriu renda ou 
proventos de qualquer natureza já desde o FG. 
Agora vamos para a responsabilidade por substituição que se classifica 
de acordo com os sujeitos, que estão sendo substituídos, e respectivos fatos 
geradores, em uma perspectiva de localização na cadeia econômica. 
A substituição para trás ou regressiva é aquela em que alguém no 
final, ou no meio, substitui agentes que estão no começo da cadeia, portanto 
aqueles que estão atrás do responsável substituto. Muito comum é essa 
substituição na indústria de laticínios, quando as empresas que compram o 
Responsabilidade 
por 
Substituição
por 
Transferência
por Sucessão
Imóveis
Causa Mortis
Empresas
por 
Solidariedade
de Terceiros
Atuação 
Regular
Atuação 
Irregular
1.3 – Responsabilidade por Substituição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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leite dos produtores rurais concentram a sujeição passiva dos seus 
fornecedores. Veja no exemplo abaixo como isso ocorre, dentro da cadeia do 
ICMS, imposto consagrado pelos casos de substituição tributária: 
 
 
Essa prática segue, em todos os aspectos, a lógica até agora exposta: o 
responsável por substituição não possui relação pessoal e direta com o 
fato gerador, mas tem vínculo com tal situação, derivado de lei. Ainda, veja 
que a sua responsabilidade já nasce com o fato gerador, portanto a 
obrigação não é transferida do produtor para o industrial. Ainda, a 
substituição acontece para que a arrecadação e fiscalização seja facilitada. 
Imagine que seria mais complicado fazer centenas de pequenos produtores 
declararem e pagarem seus impostos corretamente, do que certificar que 1 
empresa faça todo o trabalho. E caso fosse trabalho para os produtores, como 
ficaria o trabalho dos fiscais? 
A substituição para frente ou progressiva é o contrário da anterior. É 
aquela em que alguém no início, ou no meio, substitui os agentes que estão 
no final da cadeia econômica, portanto aqueles que estão na frente do 
responsável substituto. Um exemplo bastante comum é o da indústria de 
bebidas, em que a fábrica substitui os bares e restaurantes, sendo 
responsável na substituição progressiva, concentrando os fatos geradores 
futuros. “Hein? Alguém vai ser responsável por uma obrigação de fato 
gerador que ainda nem aconteceu?” É isso mesmo! Inclusive está na CF, 
artigo 150, §7º. “Mas e como a indústria vai saber por quanto de imposto ela 
fica responsável, se não teve fato gerador ainda?” É um cálculo de um valor 
de venda presumido, utilizando valor agregado para ter uma noção do preço 
final de venda do produto. Acredito, é mais fácil para a Fazenda cobrar a 
Vários produtores 
rurais vendem para 
indústria: não 
recolhem ICMS
• São substituídos
Indústria de 
laticínios: recolhe o 
ICMS de quem está 
atrás: os 
produtores
• É responsável por 
substituição
Comércio
• Contribuinte 
normal
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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www.exponencialconcursos.com.brBrahma do que os milhares de bares, mesmo que a substituição para frente 
seja um pouco complicada. Veja no desenho abaixo como ela funciona: 
 
 Eu poderia colocar outras pessoas no meio da cadeia, mas a lógica seria 
a mesma: quem está no começo substitui aqueles que vem na frente, quantos 
sejam os agentes. Acontece muito também na indústria de combustíveis, 
quando as refinarias são responsáveis por substituição por distribuidores e 
postos de gasolina. 
 Agora que você entendeu tudo, deixe-me trazer um conceito 
jurisprudencial sobre a substituição para frente. O STF diz que “a 
cobrança antecipada do ICMS por meio de estimativa ‘constitui simples 
recolhimento cautelar enquanto não há o negócio jurídico de circulação, em 
que a regra jurídica, quanto ao imposto, incide’ ”(RE 194.382). Significa dizer 
que o responsável por substituição não está de fato pagando o imposto 
antecipadamente, ele está apenas recolhendo com antecedência, de modo 
que o pagamento será devido quando o fato gerador ocorrer, e o valor devido 
está depositado em cofre público. Reforço com você que essa é uma posição 
jurisprudencial. Para a CF é pagamento mesmo, leia abaixo. 
 Em caso de não concretização do fato gerador futuro, será restituído o 
imposto anteriormente recolhido. Veja o que diz o artigo 150, §7º da CF: 
§ 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária 
a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou 
contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, 
assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia 
paga, caso não se realize o fato gerador presumido. 
 Ali está escrito “restituição da quantia paga”, porém a ESAF em provas 
anteriores, já considerou que, conforme a posição do STF, não há pagamento 
antecipado, apenas recolhimento. Guarde bem isso. 
(ESAF/RFB/2009/AUDITOR FISCAL DA RECEITA 
FEDERAL) Sobre a responsabilidade tributária, assinale a opção correta. 
Indústria de 
bebidas: recolhe o 
ICMS de quem 
está na frente, os 
vendedores
• É responsável
por substituição
Vários bares e 
restaurantes 
compram da
indústria: não 
recolhem ICMS
• São 
substituídos
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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a) O transportador, ao firmar termo de responsabilidade por determinada 
mercadoria, pode ser considerado, por ato da autoridade administrativa, 
responsável pelo pagamento do ICMS. 
b) O espólio, até a data da abertura da sucessão, e o sucessor, até a data da 
partilha, no que se refere aos tributos devidos pelo de cujus, podem ser 
considerados, respectivamente, responsável tributário e contribuinte. 
c) Sabendo-se que a fonte pagadora é responsável pela retenção do imposto 
de renda, não pode ser imputada ao contribuinte a obrigação pelo pagamento 
do tributo, caso o imposto não tenha sido recolhido. 
d) Na substituição tributária progressiva, o dever de pagar o tributo recai 
sobre o contribuinte que ocupa posição posterior na cadeia produtiva. 
e) Na substituição tributária para frente não há recolhimento de imposto ou 
contribuição antes da ocorrência do fato gerador, mas apenas a antecipação 
de seu pagamento por responsável definido por lei. 
Resolução: 
a) Incorreta. O transportador é apenas o agente do transporte, não o 
mediador do contrato, portanto quem está vinculado ao fato gerador é a 
empresa transportadora, é esse o teor do REsp 724295. Ainda, a definição de 
responsável deriva de lei, e não de ato da autoridade administrativa. 
b) Incorreta. O espólio, até a data da abertura da sucessão é responsável; o 
sucessor, até a data da partilha, no que se refere aos tributos devidos pelo de 
cujus também será responsável. 
c) Incorreta. Pelo entendimento em julgado(REsp 644.223), o não 
recolhimento pela fonte pagadora não isenta o contribuinte da obrigação. 
d) Incorreta. A substituição progressiva, ou para frente, consiste em 
recolhimento de fatos geradores futuros, portanto é aquela em que alguém no 
início, ou no meio, substitui os agentes que estão no final da cadeia 
econômica, portanto aqueles que estão na frente. 
e) Correta. A ESAF considerou que a substituição para frente não significa 
pagamento, mas sim “recolhimento em cautela” enquanto não se configura o 
fato gerador. (RE 194.382). 
Gabarito letra E. 
 Sobre a responsabilidade por substituição acabamos de fechar. 
 
 
Você deve ter reparado que eu não coloquei a responsabilidade por 
infrações dentro dos esquemas. Fiz isso de propósito, porque segundo a 
1.4 – Responsabilidade por Infrações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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doutrina, essa responsabilidade está erroneamente localizada nessa parte do 
CTN. 
Responsabilidade é um termo que, fora dessa nossa aula, tem um 
sentido bastante abrangente. É nessa percepção generalista que foi utilizado o 
termo responsável por infrações, porque o CTN, nos artigos 136 e 137, diz que 
esses responsáveis por infrações são, na realidade, as pessoas que cometeram 
tais infrações, tendo com estas relação pessoal e direta. Utilizando a lógica da 
nomenclatura do sujeito passivo já estudada, seria mais coerente chamarmos 
de contribuintes por infrações. E poderíamos chama-los assim, apenas se não 
fosse tão estranho. Espero que tenha servido para você guardar ;) Em suma, 
aqui a responsabilidade deve ser interpretada com seu sentido comum, aquele 
que encontramos fora do direito tributário. Responsável será a pessoa que 
assume ou pratica uma conduta e responderá pelas suas consequências. 
Infrações são as condutas positivas ou negativas (fazer ou deixar de 
fazer) que representam descumprimento de deveres determinados pelas 
normas tributárias – você já sabe disso. E ainda sabe mais, que na 
inobservância, a obrigação tributária acessória converte-se em principal, que é 
a consequência mais comum de uma infração: a multa. Mas saiba que 
existem outras punições, como a pena de perdimento e proibição de gozo 
de vantagens, como por exemplo regimes aduaneiros especiais. Então, quando 
estivermos falando na responsabilidade pelas infrações, saiba que as punições 
não necessariamente serão multa. 
O CTN nos ensina no artigo 136 que a responsabilidade por 
infrações em matéria tributária, salvo disposição de lei em contrário, é 
objetiva. Ou seja, não importa a análise de dolo ou culpa, a prática de ato ou 
omissão será imputada a quem cometeu. 
 
No artigo 137 trata da responsabilidade pessoal do agente. Quando o 
CTN usa um novo artigo para determinar a responsabilidade pessoal, ele não 
quer reforçar a ideia de que a responsabilidade recai sobre aquele que 
Responsabili-
dade por 
infrações
Descumprimento 
de deveres geram
punições, como 
multa, a pena de 
perdimento e 
proibição de gozo
Responsável será a 
pessoa que assume ou 
pratica uma conduta e 
responderá pelas suas 
consequências. Salvo disposição 
de lei em 
contrário, é 
responsabili-
dade objetiva
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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praticou o ato ou se omitiu. Ele quer caracterizar os atos praticados por 
pessoas jurídicas, nos quais se responsabiliza o agente responsável, seja 
administrador, gerente, empregado, etc. Para o direito tributário,regra 
geral se atribui a responsabilidade por infração à PJ como infratora, no 
entanto, há casos em que será responsabilizado o agente, sendo exceção 
à regra. Veja o importante artigo 137 esquematizado, que trata desses casos 
de exceções: 
 
Associando esse artigo com tudo que vimos antes, temos possibilidades 
de responsabilização pelo tributo e pela infração, atente para isso. 
Especificamente tratando do inciso I, por exemplo, se um diretor de 
empresa atua dentro de suas atividades e poderes (exercício regular) 
para cometer um crime ou contravenção, ele não responderá pelo tributo e 
nem pela infração, pois ele foi apenas mão que executou do ilícito, ele não é 
a pessoa que ordena, que assume ou pratica uma conduta. Responsável 
será a pessoa jurídica, a empresa, portanto seguindo a regra geral, e 
arcando com as consequências do seu ato. Entendido? Somente há 
responsabilidade pessoal do agente por infrações quando, por decisão própria, 
resolver praticar ilícito, caso em que não estará no exercício regular de suas 
atribuições. Ainda, nesse caso será contribuinte pelo tributo. 
Os outros 2 casos (incisos II e III) são mais simples. Determinam que o 
agente seja responsabilizado pessoalmente quando atuar deliberadamente 
para cometer uma infração. Dolo elementar é um conceito que virá na 
descrição legal da infração tributária, expressando um intuito especial visado 
pelo agente na hora do ilícito, como por exemplo: pós-datar ou antedatar 
A responsabilidade é 
pessoal ao agente
I - quanto às infrações 
conceituadas por lei como 
crimes ou 
contravenções
salvo quando praticadas 
no exercício regular(sem 
excessos), ou no 
cumprimento de ordem
II - quanto às infrações 
em cuja definição o dolo
específico do agente seja 
elementar
III - quanto às infrações 
que decorram direta e 
exclusivamente de dolo 
específico
das pessoas referidas no 
artigo 134 (tabela no 
item 1.2.2.1)
dos mandatários, 
prepostos ou 
empregados, contra seus 
representados;
dos diretores, gerentes 
ou representantes de PJ 
de direito privado, contra 
estas
DOLO: quando o agente 
pratica o ato desejando o 
resultado ou assumindo o 
risco de produzi-lo
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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documentos visando pagar tributo a menor, extraviar documento fiscal com a 
finalidade de ocultar tributação. 
Seguindo em frente, temos no artigo 138 uma ideia interessante que 
exige o conhecimento de um conceito novo: denúncia espontânea. Esse é 
outro assunto que cai bastante, fique ligado! Ao contrário da expressão usada, 
alguns autores apontam que seria melhor o termo confissão espontânea. 
Porque esse é o momento em que o infrator dirige-se, espontaneamente, à 
Administração Tributária competente para lhe aplicar a punição e confessa o 
ilícito cometido. “E por que alguém faria isso?” Porque o efeito da 
denúncia, que deve ser espontânea, é o afastamento da autuação e 
consequente exigência de multa. Veja o que determina o artigo 138 e seu 
parágrafo único: 
 
Não faria sentido que também fosse efeito da denúncia espontânea a 
dispensa do pagamento do tributo, você concorda? Então, o primeiro ponto é 
pacífico: a denúncia deve vir acompanhada, se for o caso, do pagamento do 
tributo e do juro de mora. Veja que é necessário o pagamento, e segundo o 
STJ “a simples confissão da dívida, acompanhada do seu pedido de 
parcelamento, não configura denúncia espontânea”. Quando o montante 
dependa de apuração, o pagamento é impossível, porque não se sabe o valor 
devido. Nesse caso, o responsável pela infração deverá depositar uma quantia 
que será arbitrada, ou seja, que será provisoriamente estimada pela 
autoridade fiscal. Depois será feita a apuração exata do valor devido. 
O parágrafo único do artigo 138 é interessante. Ele nos dá a dimensão 
da espontaneidade da confissão. Se o agente bateu na porta da empresa 
para iniciar a fiscalização, não adianta o infrator manifestar-se. O trabalho do 
fiscal é justamente apurar eventuais ilícitos e irregularidades, então, para que 
a denúncia seja espontânea, o infrator deve se antecipar ao Fisco. Mas veja 
bem, caso o Fisco bata à sua porta para outro motivo, que não seja 
relacionado com aquela infração, a denúncia espontânea ainda é possível. 
Siga para a parte 2 da aula, onde trataremos do Crédito Tributário! 
A responsabilidade é
excluída pela denúncia 
espontânea da infração, 
acompanhada
se for o caso, do pagamento do tributo devido e
dos juros de mora, ou ...
quando o montante do tributo dependa de 
apuração, do depósito da importância arbitrada
pela autoridade administrativa
P.Único: Não se considera espontânea a 
denúncia apresentada após o início de 
qualquer procedimento administrativo ou 
medida de fiscalização, relacionados com a 
infração
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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01. (FCC/2013/SEFAZ-SP/AGENTE FISCAL DE RENDAS) Com 
fundamento nas previsões do CTN, considere: 
I. Supondo que Aglaope é terceira pessoa vinculada ao fato gerador de 
determinada obrigação tributária e Leucosia é o contribuinte desta obrigação 
tributária, a atribuição de responsabilidade pelo crédito tributário a Aglaope 
deve ser expressamente estipulada por meio de lei, excluindo a 
responsabilidade de Leucosia ou atribuindo-a a esta em caráter supletivo do 
cumprimento total ou parcial da referida obrigação. 
II. Perséfone é proprietária de bem imóvel e deseja vendê-lo. Logo, a 
responsabilidade pelo pagamento do crédito tributário relativo a imposto cujo 
fato gerador seja a propriedade imobiliária sub-roga-se na pessoa dos 
eventuais adquirentes do imóvel de Perséfone, mesmo quando conste do título 
a prova de sua quitação. 
III. Sabázio morre, e deixa como herança três imóveis. Selene e Sarpédon são 
os únicos herdeiros, em igualdade de condições. Após ser realizada a partilha 
dos bens de Sabázio, ficam Selene e Sarpédon pessoalmente responsáveis, 
limitado ao montante do respectivo quinhão, pelos tributos devidos até este 
momento. 
IV. A empresa Jardim das Hespérides S.A. adquire da empresa Hamadríade 
Industrial Ltda. uma fábrica instalada no Estado de São Paulo. Aproveitando 
todo o maquinário existente, a adquirente continua a exploração da mesma 
atividade. Com respeito aos tributos devidos por esta fábrica até o momento 
da transação empresarial, a empresa Jardim das Hespérides S.A. responde 
subsidiariamente com o alienante se este cessar a exploração da indústria, e 
responde a adquirente pessoalmente se o alienante iniciar dentro de seis 
meses, a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ramo de 
indústria. 
V. Na hipótese de alienação judicial em processo de falência, a pessoa jurídica 
de direito privado que adquirir fundo de comércio nesta situação e continuar a 
respectiva exploração responde, em qualquer hipótese, pelos tributos relativos 
ao fundo de comércio adquirido, devidos até a data da operação. 
Está correto o que se afirma APENAS em: 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) II e V 
d) III e IV 
e) IV e V 
Resolução: 
2 - Questões Comentadas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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I. Correta. Essa é a definição básicade responsável e contribuinte, consta no 
CTN, art. 128. Atente que a responsabilidade pode ser excluída ou atribuída a 
terceiro em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida 
obrigação. 
II. Incorreta. Em casos normais, o comprador também assume as dívidas, 
salvo quando há certificado de quitação da obrigação. Art. 130. 
III. Correta. Se não houve pagamento durante a partilha, os herdeiros 
assumem como responsáveis as obrigações do de cujus, porém no limite do 
quinhão. Art. 131. 
IV. Incorreta. “Quem compra ativo, compra passivo”. Se o alienante cessar a 
exploração, responde integralmente o adquirente. Somente há subsidiariedade 
do adquirente se o alienante seguir na exploração, de mesmo ou outro 
ramo de negócio. Art. 133. 
V. Incorreta. É caso de exclusão da responsabilidade por sucessão. Art. 133, 
§1º. 
Gabarito letra B. 
 
02. (ESAF/RFB/2012/AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL) Sobre o 
instituto da responsabilidade no Código Tributário Nacional, assinale a opção 
incorreta. 
a) A obrigação do terceiro, de responder por dívida originariamente do 
contribuinte, jamais decorre direta e automaticamente da pura e simples 
ocorrência do fato gerador do tributo. 
b) Exige-se que o responsável guarde relação com o contribuinte ou com o 
fato gerador, ou seja, que tenha possibilidade de influir para o bom 
pagamento do tributo. 
c) Pode ser um sucessor ou um terceiro e responder solidária ou 
subsidiariamente, ou ainda por substituição. 
d) Contribuinte e responsável são sujeitos passivos da mesma relação jurídica, 
cujo objeto, pagar o tributo, coincide. 
e) O vínculo que obriga o responsável ao pagamento do tributo surge de lei 
específica. 
Resolução: 
a) Correta. A obrigação de terceiro na condição de responsável decorre de lei. 
Não confundir com solidariedade. 
b) Correta. É o que nos ensina a doutrina e o artigo 128. O responsável não 
poderá ser escolhido de maneira completamente aleatória, deverá ser alguem 
que guarde relação, vínculo com o fato gerador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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c) Correta. A responsabilidade por transferência por sucessão admite que um 
terceiro responda subsidiaria ou integralmente. Ainda por transferência, existe 
a solidariedade. Em outra classificação, nos termos do momento que ocorre a 
responsabilização, existe a substituição. Exemplo clássico é o que ocorre no 
ICMS, para frente e para trás. A alternativa apenas aponta a classificação 
doutrinária da responsabilidade tributária. 
d) Incorreta. A função de pagar coincide, mas eles não são sujeitos passivos 
da mesma relação, afinal o responsável não tem relação direta e pessoal com 
o fato gerador. Ele integra a relação, em muitos momentos, apenas como 
agente do recolhimento, lembre-se do exemplo do empregador e funcionário. 
e) Correta. Apesar de que o artigo 121, II do CTN mencione somente 
“disposição expressa de lei” o doutrinador Leandro Paulsen usa a terminologia 
“lei específica”. Portanto, alternativa considerada correta pela banca. 
Gabarito letra D. 
 
03. (ESAF/2010/SMF-RJ/FISCAL DE RENDAS) Em tema de 
responsabilidade tributária, julgue os itens a seguir: 
I. sem prejuízo da responsabilidade tributária atribuída diretamente pelo 
Código Tributário Nacional, lei ordinária pode atribuir de modo expresso a 
responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa sem vínculo com o 
fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do 
contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total 
ou parcial da referida obrigação; 
II. a pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por 
qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou 
profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão 
social ou sob firma ou nome individual, responde integralmente pelos tributos, 
relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato, se 
o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade; 
III. os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito 
privado e os administradores de bens de terceiros são pessoalmente 
responsáveis pelos créditos da Fazenda Pública correspondentes a obrigações 
tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração 
de lei, contrato social ou estatutos. 
Estão corretos: 
a) apenas o item I 
b) apenas os itens I e II. 
c) apenas os itens II e III 
d) apenas os itens I e III 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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e) todos os itens estão corretos 
Resolução: 
I. Incorreta. Necessita haver vínculo do terceiro responsável com o fato 
gerador. Art. 128. 
II. Correta. Art. 133. 
III. Correta. Art. 135, III. 
Gabarito letra C. 
 
04. (FCC/2012/PREF. SP/AUDITOR FISCAL DO MUNICIPIO) Um 
contribuinte infrator de dispositivo da legislação tributária, querendo sanear a 
irregularidade cometida, pretende promover a denúncia espontânea. Como 
essa infração resultou em sonegação do tributo, esse contribuinte infrator, 
para evitar a imposição de sanções fiscais sobre ele, decidiu efetuar o 
pagamento do tributo devido, acrescido dos juros de mora sobre ele 
incidentes. 
Para que essa denúncia esteja revestida de espontaneidade, ela deverá ser 
feita antes 
a) do julgamento de impugnação apresentada contra o lançamento de ofício 
da penalidade pecuniária. 
b) do transcurso do prazo prescricional. 
c) da ocorrência do fato gerador da obrigação tributária principal à qual a 
infração está vinculada. 
d) do transcurso do prazo decadencial. 
e) de o fisco dar início a qualquer procedimento administrativo ou medida de 
fiscalização, relacionados com a infração. 
Resolução: 
Artigo 138 do CTN: A responsabilidade (da infração) é excluída pela denúncia 
espontânea, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e 
dos juros de mora. 
Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o 
início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, 
relacionados com a infração. 
Gabarito letra E. 
 
05. (FEPESE/SEFAZ-SC/2010/AUDITOR FISCAL DA RECEITA 
ESTADUAL) Assinale a alternativa correta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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a) Conforme o art. 135, CTN, são pessoalmente responsáveis pelos créditos 
correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com 
excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos, as pessoas 
referidas no artigo 134, os mandatários, prepostos e empregados e os 
diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado. 
b) A pessoa jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer 
título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou 
profissional, e continuar a respectiva exploração, responde pelos tributos, 
relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato, 
integralmente ou subsidiariamente, se o alienante cessar a exploração do 
comércio, indústria ou atividade. 
c) Em caso de extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando a 
exploração da respectivaatividade seja continuada por qualquer sócio 
remanescente, ou seu espólio, os mesmos serão responsáveis pelos tributos 
devidos até a data da extinção se a exploração persistir unicamente sob a 
mesma razão social. 
d) Se for difícil exigir o cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, 
os pais, tutores e curadores respondem solidariamente com seus filhos 
menores, tutelados ou curatelados, nos atos em que intervierem ou pelas 
omissões de que forem responsáveis, exceto os administradores de bens de 
terceiros, em relação aos tributos devidos por estes. 
e) Da leitura do artigo 136, CTN, é correto afirmar que, salvo disposição de lei 
em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária depende 
sempre da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e 
extensão dos efeitos do ato. 
Resolução: 
a) Correto. Literalidade do artigo 135. 
b) Incorreto. Somente responde integralmente se o alienante cessar a 
atividade. Art. 133, II. 
c) Incorreto. Sob a mesma ou outra razão social. Art. 132, parágrafo único. 
d) Incorreto. Se for difícil? Não, se for impossível exigir do contribuinte, e 
somente se atos ou omissões, então os representantes respondem 
solidariamente. Art. 134. 
e) Incorreto. Independe da intenção, natureza e extensão dos atos. Art. 136. 
Gabarito letra A. 
 
06. (FGV/SEFAZ-RJ/2011/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL) 
Com relação ao adquirente de fundo de comércio ou estabelecimento 
comercial, analise as afirmativas a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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I. Terá responsabilidade integral se o alienante cessar a exploração da 
atividade. 
II. Terá responsabilidade subsidiária se o alienante iniciar, em até seis meses, 
nova atividade em outro ramo de comércio. 
III. Será responsável no caso de aquisição de filial mediante alienação judicial 
em processo de falência. 
Assinale: 
a) se somente a afirmativa I estiver correta. 
b) se somente a afirmativa II estiver correta. 
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
Resolução: 
I. Correta. Art. 133, I. 
II. Correta. Art. 133, II. Atente que a responsabilidade será subsidiária se o 
alienante iniciar, dentro de 6 meses, atividade no mesmo ou em outro ramo 
de comércio, indústria ou profissão. 
III. Incorreto. Em caso de aquisição em alienação judicial em processo de 
falência, a diretriz é de preservação da pessoa jurídica, portanto, afasta-se a 
responsabilidade integral e subsidiária do adquirente. Art. 133, §1º. 
Gabarito letra C. 
 
07. (FCC/SEFAZ-SP/2009/FISCAL DE RENDAS) A responsabilidade 
tributária deve vir prevista em lei, como decorrência dos princípios da 
legalidade e da tipicidade. Com previsão no Código Tributário Nacional, é 
responsável tributário 
a) o alienante de estabelecimento comercial, pelos tributos cujos fatos 
geradores sejam anteriores à alienação. 
b) o adquirente de estabelecimento comercial, pelos tributos cujos fatos 
geradores sejam anteriores à alienação, quando o alienante só retomar a 
exploração de comércio, indústria ou atividade seis meses após a alienação. 
c) o alienante de veículo automotor e o alienante de bem imóvel, pelos 
tributos cujos fatos geradores sejam anteriores à alienação. 
d) o incapaz submetido ao poder familiar, tutela ou curatela, pelos tributos 
cujos fatos geradores tenha praticado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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e) cada um dos sócios por obrigações tributárias resultantes de atos 
praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato ou estatuto 
social de empresa, independentemente da qualidade de representante legal. 
Resolução: 
Atenção no enunciado, a banca quer saber quem é responsável! 
a) o alienante de estabelecimento comercial, é contribuinte pelos tributos 
cujos fatos geradores sejam anteriores à alienação. 
b) o adquirente de estabelecimento comercial, é responsável 
integralmente pelos tributos cujos fatos geradores sejam anteriores à 
alienação, quando o alienante só retomar a exploração de comércio, indústria 
ou atividade seis meses após a alienação. Art. 133. 
c) o alienante de veículo automotor e o alienante de bem imóvel, é 
contribuinte pelos tributos cujos fatos geradores sejam anteriores à 
alienação. 
d) o incapaz submetido ao poder familiar, tutela ou curatela, é contribuinte 
pelos tributos cujos fatos geradores tenha praticado. 
e) é um pouco duvidoso o que a alternativa está querendo expressar. Seria 
responsabilizar todos os sócios pelo comportamento em excesso de poder de 
um deles? Seria responsabilidade por infrações? Ou seria o caso de um sócio 
executar ato em excesso de poder, fora da sua atribuição, gerando um tributo, 
consequente relação tributária na qual figura como contribuinte. De qualquer 
modo, alternativa não serve como resposta. 
Gabarito letra B. 
 
08. (ESAF/SET-RN/2005/AUDITOR FISCAL DO TESOURO ESTADUAL) 
Avalie o acerto das formulações adiante e marque com V as verdadeiras e com 
F as falsas. Em seguida, marque a resposta correta. 
( ) O sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro são pessoalmente 
responsáveis pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou 
adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado 
ou da meação. 
( ) Mesmo no caso de ser possível a exigência do cumprimento da obrigação 
principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este, nos atos em 
que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis, os tutores e 
curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados. 
( ) A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação 
ou incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até 
à data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, 
transformadas ou incorporadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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a) V, F, F. 
b) V, F, V. 
c) V, V, V. 
d) F, F, V. 
e) F, V, V. 
Resolução: 
I. Verdadeiro. Art. 131, II. 
II. Falso. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da 
obrigação principal pelo contribuinte. Art. 134. 
III. Verdadeiro. Art. 132. 
Gabarito letra B. 
 
09. (ESAF/SET-RN/2005/AUDITOR FISCAL DO TESOURO ESTADUAL) 
Em relação ao tema responsabilidade por infrações da legislação tributária, 
avalie o acerto das formulações adiante e marque com V as verdadeiras e com 
F as falsas; em seguida, marque a resposta correta. 
( ) A denúncia espontânea da infração, acompanhada de pedido de 
parcelamento do valor do tributo devido e dos juros de mora e apresentada 
antes do início de qualquer procedimento administrativo ou medida de 
fiscalização, exclui a responsabilidade do agente. 
( ) Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da 
legislação tributária depende da intenção do agente. 
( ) A responsabilidade é pessoal ao agente quanto às infrações da legislação 
tributária em cuja definição o dolo específico do agente seja elementar. 
a) V, F, F. 
b) V, V, F. 
c) F, F, V. 
d) F, V, V.

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