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Eletroterapia e Terapias Combinadas

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Material de Apoio 
Eletroterapia
Curso: Estética e Cosmética
Ribeirão Preto
2016
Apostila eletroterapia e eletrofisiologia
Material de apoio
INTRODUÇÃO
O profissional esteticista deve conhecer não apenas o problema que afeta sua cliente como também, anatomia, fisiologia, conceito de eletricidade e o mecanismo pelo qual a aplicação das diversas correntes afetará os tecidos.
Caso o profissional ignore os fenômenos químicos e fisiológicos que acontecem quando há aplicabilidade de descarga elétrica, não poderá escolher o melhor procedimento á ser aplicado.
O objetivo deste curso é dar ao profissional o conhecimento das correntes e das técnicas eletroestéticas para se obter melhores resultados em suas cabines.
1.1. Como conceituar eletroterapia
Classicamente o termo eletroterapia consiste na aplicação da energia eletromagnética ao organismo com a finalidade de produzir sobre ele reações fisiológicas com o intuito terapêuticas. 
Podemos mencionar ainda que a eletroterapia seria a "Avaliação ou tratamento usando estímulos elétricos" (Robertson, 2009).
A energia eletromagnética dá origem a corrente elétrica e suas derivações: 
Ondas curtas;
Ondas médias; 
Radiofrequência e 
Ultrassom.
1.2. Considerações históricas
A história da utilização de correntes elétricas com fins terapêuticos iniciou-se em tempos remotos, antes mesmo da compreensão dos mecanismos de ação da mesma. 
Nos primórdios dessa modalidade terapêutica era comum a utilização de um peixe capaz de produzir corrente elétrica, descrevendo tal técnica como capaz de produzir analgesia. Galeno (200 - 130 a. C.) e o médico Scribonius Largus (10 a.C. e 54 d.C.) indicavam tal tratamento aos seus pacientes portadores de gota.
A evolução da eletroterapia decorreu da atuação de vários pesquisadores.
Alexander von Humboldt publicou os seus estudos sobre a eletricidade animal em 1797 concluindo que toda contração muscular é precedida por uma descarga dos nervos para os músculos.
A galvanoterapia merece destaque na historia da eletroterapia oriunda dos estudos do fisiologista italiano Luigi Galvani.
Seu trabalho ajudou a entender o mecanismo da excitação elétrica nervosa, através de experiências com patas de rãs.
Outro pesquisador de relevância para o desenvolvimento da eletroterapia é Michael Faraday, que desenvolveu a bobina de indução em 1831, permitindo a geração continuada de corrente elétrica.
Renné D'Ansorval, considerado o pai da radiofrequência, em 1908 formulou o termo diatermia associando-o ao equipamento de geração de ondas (conversao corrente eletrica- energia termica) denotando aquecimento tecidual.
Em 1965 o fisiologista Kotz dá início à utilização da eletroestimulação com finalidade de buscar o aumento de força e massa muscular.
A era contemporânea da eletroterapia, no entanto, só ocorrera em 1995 co industrialização e comercialização dos primeiros aparelhos eletroestimuladores profissionais para o tratamento de inúmeras alterações teciduais.
1.3. Fundamentos físicos
A eletricidade, de modo singelo, é nada mais do que a força produzidas pelos elétros, partícula atômica com carga negativa que circunda o núcleo atômico de carga positiva, composto de prótons e neutrôns.
 
Alguns conceitos físicos são importantes para a correta compreensão do mecanismo de ação das correntes elétricas tais como:
Carga elétrica: Propriedade da matéria formada por íons (átomos carregados) que é a base da força eletromagnética.
Íons: Átomos com carga;
Cátions: Átomos com carga positiva + (prótons);
Ânions: Átomos com carga negativa – (elétons);
Polaridade: Toda corrente elétrica caminha em direção a um campo elétrico, do polo positivo para o negativo e negativo positivo, respeitando sempre o fechamento do campo elétrico.
Corrente elétrica: Movimento de partículas carregadas através de um condutor em resposta a um campo elétrico aplicado. 
A energia eletromagnética exerce ação sobre estruturas excitáveis do organismo, portadoras de cargas elétricas desencadeando reações através da rede nervosa (neurônios) e entre o meio intra e extracelular.
O conhecimento do comportamento elétrico do organismo frente às respostas aos tratamentos em eletroterapia, oferece ao profissional o máximo de coêrencia ao aplicar as correntes oferecidas nos aparelhos.
1.4. Equipamentos e Técnicas
Atualmente os equipamentos empregam diferentes tipos de correntes, onde a emissão de energia eletromagnética é conduzida através de cabos condutores até os eletrodos que ficam aderidos à pele do paciente. 
Existe uma diversidade de correntes que podem ser utilizadas na eletroestimulação, cada qual com particularidades próprias quanto às indicações e contra-indicações.
Considerando a diversidade de formas, os equipamentos surgidos nos últimos anos contribuiram grandemente para esclarecer e agrupar as correntes da seguinte maneira:
Segundo os efeitos de produzem;
Segundo a frequência;
Segundo as formas de onda e impulso
Sobre as reações biológicas podemos afirmar que os efeitos nos tecidos a serem tratados são obtidos através das reações físicas, biológicas e fisiológicas que tais tecidos desenvolvem ao ser submetido à terapia.
Dentre as reações resultantes da eletroterapia devemos destacar os efeitos térmicos, que nada mais são do que o aumento da temperatura tecidual e a produção de contração muscular (auxiliares na complementação dos programas de exercícios fisioterapêuticos).
2. ELETROFISIOLOGIA
2.1. Célula
Membrana Celular
A célula é a unidade funcional básica do organismo. O corpo humano tem aproximadamente 75 trilhões de células.
Temos, na célula, o Meio Intra-Celular (MIC) e o Meio Extra-Celular (MEC), que são delimitados pela parede da membrana celular ou membrana citoplasmática.
O MEC e o MIC são soluções diferentes quanto à concentração de muitos compostos carregados eletricamente.
Enquanto no MEC há um fluído líquido intersticial onde predomina a concentração de ions sódio (NA+) carregados positivamente, no MIC existe um líquido intracelular com predominância de cargas negativas (íons K), devido a elevada concentração de proteínas carregadas negativamente que não atravessam a membrana.
A membrana plasmática é constituída de proteínas que permitem a passagem de substâncias entre o meio interno e externo, dentre elas podemos citar as proteínas periféricas, que permitem a passagem de glicoproteínas e lipídeos, e as proteínas integrais, que propiciam a passagem de íons (NA+,K e Ca).
O equlíbrio da célula com relação aos seus compostos é definido como homeostase, com base nas concentrações de NA+ e k dentro e fora da célula ( > concentração de NA+ fora da célula, e > concentração de K dentro).
O transporte de íons (NA+ K e Ca) entre o MEC e o MIC através das proteínas integrais da célula são conhecidos por canais iônicos. Tal transporte está diretamente envolvido com a geração da atividade elétrica nos tecidos excitáveis (músculos) e independem do gasto de ATP (energia gerada pelo mitocôndrias).
2.2. Potencial de ação muscular
Potencial De Repouso
Trata-se do momento em que a membrana encontra-se estável, antes que ocorra excitação (estímulo elétrico), sendo o interior da célula negativo, pois há maior concentração de K e menor concentração de Na+.
Conforme já mencionamos o meio extracelular é positivo, pois a concentração de Na+ é maior que a de K+ sendo que o potencial de repouso é resultado da diferença de concentração dos íons Sódio e Potássio.
Potencial de Ação
A maioria das células excitáveis do corpo humano fica pouco tempo em seus potenciais de membrana ou repouso, pois as células estão sendo continuamente submetidas a eventos que mudam sua permeabilidade de membrana aos íons Na+ e K+.
Quando a célula muscular recebe um estimulo de qualquer natureza ( Ex. elétrico), vai desencadear um potencial de ação, ou seja, abrem-se os canais iônicos e permite a passagem de íons Na+, abundantes no MEC. 
O NA+ entra na célula e alterao potencial de repouso, pois eleva a carga positiva resultando em DESPOLARIZAÇÃO (Devido a entrada do NA+). 
Da mesma maneira durante o estímulo fecham-se os canais de Na+ e abrem-se os canais de K que saem da célula deixando o MEC negativo.
O íon Na+ começa a sair da célula tornando-se novamente o MEC positivo. A este evento chama-se REPOLARIZAÇÃO.
Em seguida a bomba de Na+ e K+ torna o MIC e o MEC nas concentrações normais retornando ao potencial de repouso.
Este período entre a despolarização até o momento do potencial de repouso, chama de PÓS-HIPERPOLARIZAÇÃO.
2.3. Fisiologia do tecido muscular
Tecido muscular
Permite locomoção;
Manutenção e postura do equilíbrio;
Proteção;
Produção de calor.
Propriedades fisiológicas
O músculo através de um estímulo (Elétrico, físico, quimico), tem a capacidade de responder à este estímulo através da contração muscular. Ainda após este evento da contração o músculo relaxa, sem provocar alterações neste tecido quando em condições normais ( Fadiga).
O tecido muscular no organismo humano pode ser classificado em:
Músculo liso;
Músculo estriado: Esquelético e cardíaco
O músculo estriado esquelético recebe esse nome pelo seu ponto de inserção no osso através do tendão.
O músculo estriado esquelético é regulado pelo sistema nervoso central (estímulo físico). A organização celular do tecido muscular está classificado da seguinte maneira:
Sarcômero: Unidade básica da contração muscular onde estão localizadas as proteínas de contração actina, miosina, troponina e tropomiosina e as fibras de sustentação, colágeno e elastina).
Sarcolema: Membrana plasmática da célula muscular onde ocorre da troca de íons durante a contração ( Potencial de ação).
Citoplasma: Sarcoplasma, local da célula que recebe nutrientes e exporta o íon K e recebe o NA+ durante a contração.
Retículo endoplásmatico: Compartimento da célula que transporta as fibras musculares produzidas durante a contração para o tecido muscular.
Mitocôndrias: Sarcosomas, fornece energia para o metabolismo celular durante a contração.
Fibras Musculares ou Miofibrilas
São proteínas que atuam diretamente na contração muscular. De acordo com o número de vezes em que o músculo recebe estímulo elétrico, aumenta a nutrição do tecido provocado pela vasodilatação, produção de fibras de sustentação, contração e oxigenação muscular. 
Portanto estas fibras são classificadas em:
Fibras vermelhas ou do tipo I: Faz parte deste grupo apenas a proteína miosina, que durante a contração muscular promove o deslizamento entre os músculos e promove resistência para mantê-lo contraído. Para isso é necessário gasto de energia.
Fibras brancas ou do tipo II: Faz parte deste grupo as proteínas actina, troponina e tropomiosina. Possuem papel principal na manutenção do tempo de contração, ou seja, o tempo em segundos em que o músculo fica contraído sem causar lesão (fadiga ou estiramento). Esse processo não necessita gasto de energia.
Placa motora ou junção neuromuscular: Regiao onde se encontra a porção final de um neurônio ( axônio) e a membrana plasmática do tecido muscular. O estímulo elétrico é levado até o músculo através do axônio (parte do neurônio), e transmitido à membrana da célula muscular (sarcolema), assim é ativada a bomba de N+ e K ( potencial de ação) e início da contração muscular.
Neurotransmissores: São liberados juntos com o estímulo elétrico no axônio. A acetilcolina é um neurotransmissor responsável pela liberação de íon cálcio (Ca+) para que as fibras musculares realizem contração.
2.4. Fisiologia do tecido adiposo
Classificação: O tecido adiposo é um tipo de tecido conjuntivo, sua célula é denominada adipócito onde faz reserva de lipídeos( triglicerídeos).Os adipócitos podem ser encontrados agrupados ou isolados no tecido conjuntivo, sendo considerado o maior depósito de energia corporal. 
Devido à fatores estruturais, é conhecido que a mulher possui um percentual maior de tecido adiposo que homem, pois as fibras que sustentam o tecido adiposo na mulher possui posição diferente (vertical), e no homem estas fibras estão dispostas na posição diagonal, portanto na mulher os adipócitos possuem um espaço maior entre eles promovendo o aumento e crescimento do número de adipócitos, e no homem estas fibras bloqueiam este mecanismo. 
Portanto uma das funções do tecido adiposo é preencher o espaço entre os orgãos e manutenção da temperatura corporal.
Tipos de tecido adiposo:
Tecido adiposo amarelo ou unilocular: Está localizado na camada subcutânea do corpo;
A membrana destas células adiposas contém receptores para hormônios, insulina e noradrenalina;
O interior da célula é composta por lipídeos que provém da alimentação.
Tecido adiposo pardo ou multilocular:
Distrbuído em todo corpo, predominante nos recém-nascidos;
Os lípideos estão localizados dentro da célula em pontos;
Propriedade de gerar calor.
Componentes que regulam a atividade do tecido adiposo:
Neurotransmissores: Noradrenalina e adrenalina ( estimulam a hidrólise dos triglicerídeos).
Insulina: Estimula a síntese de ácidos graxos a partir da glicose e inibe o acúmulo.
2.5. Patologias do tecido adiposo
FEG: Fibroedema gelóide (Celulite)
É uma alteração da que acomete a pele principalmente nas regiões dos quadris, glúteos, membros inferiores e abdome.
Distúrbios hormonais são os principais causadores do FEG, (estrógeno é o principal envolvido) e é responsável pelo agravamento de tal afecção (GUIRRO & GUIRRO, 2004).
“Apesar do FEG ser confundido ou relacionado com a obesidade, atualmente pode-se afirmar que são processos diferentes, sendo este fato fundamentado por observações clínicas (não é preciso ser obeso para possuir o quadro)” (GUIRRO & GUIRRO, 2004; ROSSI & VERGNANINI, 2000).
Fisiopatologia do FEG: Fibroedema gelóide (Celulite)
A causa geralmente está relacionada com um maior acúmulo de gordura no interior das células gordurosas, associado a alterações microcirculatórias com formação de edema.
Geralmente a formação da FEG está associado ao sobrepeso, alimentos ricos em gordura, falta de exercício físico e hidratação
Desse modo o lipídeo é acumulado dentro do adipócito, e o espaço entre essas células fica comprometido formando edema (inchaço) e o aspecto da pele fica ondulado.
Outro fator a ser considerado para formação da FEG é a predisposição genética. No Brasil a população que apresenta um grau elevado de percentual de gordura é denominado tipo ginóide (Gordura localizada na região do quadril). Em outros países como na Europa é predominante o tipo andróide, onde a gordura se encontra localizada em várias partes do corpo.
Envelhecimento cutâneo
Divisões das camadas da pele
Epiderme: Camada mais externa;
Derme: Logo abaixo da epiderme é composta por capilares, glândulas e nervos.
Hipoderme: Ou tecido subcutâneo é formado po tecido adiposo, folículo piloso (formação de pêlos).
Classificação das rugas
Rugas dinâmicas: Depressões na pele que se alteram conforme a expressão das emoções.
Rugas estáteis: Depressões na pele que não se alteram conforme as emoções.
Principais causas:
Radiação solar (UVA e UVB);
Apoptose celular ( morte programada da célula pelo passar dos anos);
Diminuição da produção de colágeno e elastina;
Pouca hidratação
Herança genética ( classificação por fototipos).
3. CORRENTES TERAPÊUTICAS 
3.1. Conceitos Básicos
Condutor Elétrico: Substância que permite a passagem da eletricidade
Eletrodo: Condutor metálico por onde uma corrente elétrica entra num sistema e sai do mesmo.
Íon: Um átomo que perde a neutralidade, Istoé perdeu ou ganhou um elétron.
Íons Positivos: Cátions
Íons Negativos: Ânions
Intensidade: Quantidade de corrente elétrica que passa pelo condutor.
Ampére (A): É a medida da intensidade. Um(1) ampére é a quantidade de 1 Coulomb ( +/- 6 trilhoes de elétrons) que passa por segundo numa seção do Condutor.
Frequência: Intervalo de tempo entre a saída da carga de energia e a formação de uma outra.
Resistênciaou impedância tecidual
Alguns materiais permitem que os elétrons se movimentem com maior facilidade no seu interior na medida em que oferecem menor resistência:
soluções salinas
metais como ouro, prata, cobre, alumínio etc.
Por outro lado têm os materiais que por conta dos elétrons estarem fortemente ligados ao núcleo, é os que oferecem maior resistência a passagem da corrente. São chamados de materiais isoladores ou isolantes:
Plástico
Cerâmica
Cristal
Azeite
Água destilada
Tecido
A expressão mais utilizada para definir esta resistência é a impedância.
A impedância mede a oposição gerada pelos corpos a passagem da corrente em geral, sendo medida em Ohm(Ω).
No corpo humano esta impedância esta relacionada a freqüência do estimulo aplicado, ou seja, quanto maior a freqüência imposta menor a resistência oferecida.
3.2. Introdução As Correntes Elétricas
Várias são as correntes aplicadas na eletroterapia estética, sendo que podemos classificá-las com base em diferentes fatores:
Formato de onda
Contínua: Fluxo de energia é contínuo, ininterrupto e unidirecional.
Alternada: Fluxo de partículas bidirecional, ininterrupto e contínuo, ocorre reversão de polaridade.
Pulsada: Fluxo de partículas bidirecional ou unidirecional, mas interrompido por um período finito.
Eletroterapia de alta, média e baixa frequência
Impulsos elétricos: É causado pela carga elétrica presente no condutor.
Largura de pulsos: Quantidade de energia inicial x quantidade de energia final.
Forma de ondas:
Retangular 
Quadrada
Triangular
3.3. Correntes de baixa frequência
3.3.1. Corrente Galvânica
Corrente elétrica do tipo contínua, constante, com ajuste de intensidade e polaridade que pode ser positiva, negativa ou bipolar. O movimento iônico é sempre unidirecional de acordo com a polaridade pré definida.
Sua principal característica é o fato da mesma atravessar as soluções eletrolíticas do organismo e produzir uma série de alterações físicas e químicas que são efetivamente a origem de seus efeitos fisiológicos e a base de maior parte de sua aplicabilidade na estética.
A principal resposta fisiológica ocorre em níveis celulares e teciduais. A mudança do pH da pele sob o eletrodo causa uma vaso dilatação por aumento do fluxo sanguíneo arterial para a pele, e conseqüente melhora nas trocas metabólicas.
A corrente polarizada exerce os efeitos polares e interpolares.
3.3.1.1. Efeitos polares
	Pólo positivo
Reação ácida
Liberação de oxigênio
Vaso constrição
Sedante
Repulsão de íons (+)
Queimadura acida
	Pólo negativo
Reação alcalina
Liberação de hidrogênio
Vasodilatação
Excitante
Repulsão de íons (-)
Queimadura alcalina
		
3.3.1.2. Efeitos Interpolares
Ocorrem várias alterações com o uso da corrente como segue: 
Hiperemia: ocorre aumento do aporte de oxigênio e de substancias nutritivas para os tecido
Efeito térmico: efeito produzido pela corrente através de sua passagem ao tecido. A temperatura aumenta proporcionando vasodiltação com aumento de fluxo sanguíneo.
Secreção glandular: a passagem da corrente produz aumento da função secretora das glândulas.
3.3.1.3. Aplicações da Corrente Galvânica
Ionização;
Desencruste;
Eletrolifiting;
Microgalvanopuntura.
3.3.1.3.1. Ionização
Ionização é o aproveitamento da corrente galvânica para introduzir na pele integra substâncias ionizáveis (com cargas iônicas positivas, negativas ou bipolares).
A técnica da-se com a aplicação da substância ionizável e um eletrodo (normalmente um rolinho) que deverá estar em contato com a pele e um bastão que a cliente segura na mão para fechar o circuito da corrente.
Para que ocorra a ionização, deve-se respeitar a lei de física de atração e repulsão de cargas, já vista anteriormente.
Lembramos que o eletrodo que fica ativo na pele deverá sempre estar em movimento e a pele sempre úmida para não causar queimaduras.
3.3.1.3.1.1. Efeitos terapêuticos:
Hiperemia local; 
Elevação da temperatura local;
Elevação do metabolismo;
Otimização da circulação sanguínea; 
Analgesia.
3.3.1.2.1.2. Técnicas de aplicação:
Longitudinal: eletrodos na mesma face anatômica 
Transversal: eletrodos em faces anatômicas diferentes.
Dosagem do aparelho: 0,5 ou 500 µA
3.3.1.3.1.3. Indicações:
Diminuição de edemas;
Cicatrizações;
Flacidez tecidual;
Pós operatório;
Queimaduras
3.3.1.3.1.4. Contra-indicações:
Extremos Cronológicos;
Região Précordial;
Neoplasias;
Pacientes com distúrbios de sensibilidade;
Ferida Aberta;
Gônadas;
Olhos;
Útero Gravídico;
Pacientes Mentalmente Confusos.
3.3.1.3.2. Iontoforese
É uma corrente de baixa frequência, conhecida também como corrente contínua, a corrente galvânica no modo de iontoforese é utilizada para permeação de ativos, sendo eles cosméticos ou não, ou seja, para facilitar a “entrada” desses princípios ativos através da barreira espessa que é a pele.
3.3.1.3.2.1. Características:
Corrente pulsada monofásica em miliàmperes (mA);
Por meio das propriedades da corrente ocorre a migração iônica do medicamento para o interior dos tecidos;
Ação através de eletrorepulsão (Cargas = se repelem/ cargas diferentes atraem-se)
Ação local do medicamento.
3.3.1.3.2.2. Técnica de aplicação corporal:
Duas placas de alumínio com as esponjas vegetais azuis, ambas as esponjas deverão ser umidificadas em água. 
O jacaré vermelho é sempre o pólo ativo e o preto é o pólo dispersivo.
O princípio ativo deverá ficar no pólo ativo (jacaré vermelho). O equipamento deve ser ajustado na mesma polaridade do ativo. 
CORRENTE POLARIZADA
Ambos os eletrodos devem ser posicionados na pele da paciente sobre o local a ser tratado com uma distância de ± 3 ou 4 dedos entre eles.
Deve-se ajustar a intensidade no equipamento segundo a sensibilidade e tolerância da paciente.
O tempo não deve ultrapassar 5 a 10 minutos de aplicação. 
3.3.1.3.2.3. Técnica de aplicação facial e corporal:
Ponteira rolinho (pólo ativo) placa de alumínio e esponja vegetal (pólo dispersivo)
Ajustar no equipamento a mesma polaridade do princípio ativo.
Deve-se ajustar a intensidade no equipamento segundo a sensibilidade e tolerância da paciente.
O tempo não deve ultrapassar 5 a 10 minutos de aplicação. 
INDICAÇÕES: protocolos de hidratação e revitalização. 
Dosagens do aparelho em iontoforese: 100 Hz ou 100 µA
 
 
3.3.1.3.2.4. Indicações:
Tratamentos de celulite;
Estrias;
Tratamentos de cicatrização;
Pós-operatório;
Edemas.
3.3.1.3.2.5. Contra-indicações:
Próteses metálicas;
Marca-passo;
Aparelhos auditivos;
Pessoas com cardiopatias;
Infecção ativa;
Feridas e úlceras;
Epilepsia;
Alergia ao princípio ativo administrado;
Alteração de sensibilidade na área de aplicação e problemas circulatórios;
3.3.1.3.3. Microcorrentes
Trata-se de corrente contínua, unidirecional. Dois eletrodos são utilizados, um com polo positivo e outro com polo negativo. Os eletrodos devem estar em contato com o paciente fechando o circuito.
3.3.1.3.3.1.Características:
Corrente pulsada, monofásica
Aplicação em estrias, rugas e linhas de expressão
Método não invasivo, porém a agulha atinge tão somente a epiderme.
3.3.1.3.3.2. Efeitos fisiológicos:
Síntese de ATP ( Energia para a célula)
Transporte de aminácidos
Síntese de proteínas
Drenagem
Aumento da temperatura tecidual em 1 a 3C.
3.3.1.3.3.3. Efeitos esperados
Acarreta inflamação sutil da epiderme sobre as linhas de expressão, nas regiões nasolabial, periorbicular e frontal.
Tal tratamento também se aplica à estrias visto que aumenta os níveis de colágeno, podendo ocorrer, igualmente, sutil inflamação da área tratada.
O retorno, apos o fim do processo inflamatório é de cerca de 3-4 dias.
ATENÇÃO: Pacientes que possuem dificuldade de cicatrização podem não obter o resultado esperado, assim é importante questionar quanto à presença dessa condição. Não devem ser utilizados anti-inflamatórios.
3.3.1.3.3.4. Técnica de Aplicação
Antissepsialocal com clorexidina a 0,2%;
Rugas: aplicar a agulha em uma inclinação a 30o a nível de epiderme
Intensidade: 70 a 100 ㎛A
Aplicação: Eletrodos canetas esféricas e gel condutor nas linhas da direção das fibras musculares
Tempo: 5 minutos cada face.
Dosagens para nutrição celular: 100HZ / 100µA
Aumento da irrigação sanguínea
Aumento da elasticidade da pele.
Dosagens para bioestimulação e sustentação da pele:
Estímulo aos fibroblastos, reorganização das fibras de colágeno e fibras elásticas;
Melhora da elasticidade;
Fibras colágenas;
Reparação com tecido de granulação.
3.3.1.3.3.5. Indicações:
Pós peeling na busca de uma normalização da pele;
Rejuvenescimento facial
Processo inflamatório
Normalização, bioestimulação de colágeno e nutrição da pele.
3.3.1.3.3.6. Contra-indicações:
Alergia ou irritação à corrente elétrica;
Sobre útero grávido;
Eixo cardíaco;
Eixo de marca-passo;
Região com toxina botulínica.
3.3.1.3.4. Microgalvanopuntura:
 
São correntes polares (monofásicas) constantes ou pulsadas cuja intensidade está limitada à microamperagem. 
As correntes monofásicas, apresentam efeito galvânico, portanto deve-se respeitar a polaridade da corrente. 
3.3.1.3.4.1. Características:
Apresenta dois eletrodos:
um passivo tipo placa (positivo)
um ativo do tipo fina agulha sustentada por uma caneta (negativo).
 
3.3.1.3.4.2. Efeitos fisiológicos:
Acarreta inflamação sutil da epiderme sobre as linhas de expressão, nas regiões nasolabial, periorbicular e frontal.
Tal tratamento também se aplica à estrias visto que aumenta os níveis de colágeno, podendo ocorrer, igualmente, sutil inflamação da área tratada.
O retorno, após o fim do processo inflamatório é de cerca de 3-4 dias.
3.3.1.3.4.3. Aplicação facial (eletrolifting)
Os efeitos da corrente galvânica na pele causam uma lesão no tecido, hiperemia (vermelhidão), edema local (inchaço) e uma maior sensibilidade à dor. 
Já os efeitos fisiológicos agem pela ação da corrente sobre os nervos vasomotores, causando maior vascularização e consequentemente uma hiperemia local.
Esta inflamação local e controlada, produz um tecido fibroso que preenche os espaços das rugas, cicatrizes de acne, etc. Tudo isso por conta de estímulo aos fibroblastos em conjunto com a resposta de reparação da lesão que é efetuada pelo corpo.
3.3.1.3.4.4. Técnicas de aplicação:
Antissepsia local com clorexidina a 0,2%;
Rugas: aplicar a agulha em uma inclinação a 30o a nível de epiderme;
Aplicação: Eletrodos canetas acoplados a agulhas na direção das estrias.
Estrias: Técnica de xevron e punturação
Rugas: Escarificação
Tempo: Varia de acordo com a área à ser tratada. Esta técnica pode ser aplicada 1 vez por semana, ou a cada 15 dias, o importante é que não haja processo inflamatório na área a ser tratada para realizar novamente a técnica.
Intensidade: A intensidade varia de acordo com cada autor, pode-se seguir:
Rugas finas 70µA
Rugas profundas 150µA
Estrias 150 a 200µA
Para pacientes que possuem dificuldade de cicatrização podem não obter o resultado esperado, assim é importante questionar quanto à presença dessa condição. Não devem ser utilizados Anti-inflamatórios.
3.3.1.3.4.5. Indicações:
Pós peeling na busca de uma normalização da pele;
Rejuvenescimento facial;
Processo inflamatório;
Normalização, bioestimulação de colágeno e nutrição da pele;
3.3.1.3.5. Desencruste
É uma técnica que utiliza a corrente galvânica para facilitar a retirada do excesso de secreção sebácea da superfície da pele e/ou do couro cabeludo, no caso procedimentos capilares. Geralmente é utilizado um produto com ativos à base de carbonato de sódio, salicilato de sódio ou lauril sulfato de sódio, que possuem características alcalinas.
A retirada da secreção ocorre pois há um efeito de saponificação, ou seja a oleosidade (gordura) é transformada em sabão facilitando assim a eliminação do mesmo, já que sabão é solúvel em água.
O eletrodo ativo neste caso será sempre o negativo, ou seja o eletrodo que passa sobre o rosto do cliente, o eletrodo passivo será então o positivo e aquele no qual o cliente irá segurar fechando o campo elétrico. Esta técnica tem o objetivo de transformar o sebo da pele em sabão por um processo eletroquímico.
3.3.1.3.5.1. Método de aplicação:
Nesta técnica de aplicação não se deve higienizar a pele anteriormente, utiliza-se um eletrodo chamado gancho com um algodão embebido na solução desincrustante que é aplicado sobre a pele.
3.3.1.3.5.2. Tempo de aplicação:
Aplicação facial de 3 a 4 minutos com intervalo de aplicação de 15 a 20 dias.
3.3.1.3.5.3. Indicações:
Tratamento de seborreia ou oleosidade no couro cabeludo e peles oleosas.
3.3.1.3.5.4. Contra indicações:
Feridas, lesões, ou inflamações no local da aplicação
Gestantes
Próteses metálicas no local da aplicação
Portadores de marca-passo
Neoplasias
Pessoas com distúrbios de sensibilidade
Pessoas epiléticas
Hipertensos ou hipotensos descompensados
Diabéticos descompensados.
3.3.1.3.6. Eletrolipoforese:
A eletrolipólise também chamada de eletrolipoforese é uma técnica destinada ao tratamento das adiposidades e acúmulo de ácidos graxos localizados. 
Caracteriza-se pela aplicação de microcorrente específica de baixa freqüência (ao redor de 25 Hz) que atua diretamente a nível dos adipócitos e dos lipídios acumulados produzindo sua destruição e favorecendo sua posterior eliminação.
3.3.1.3.6.1. Mecanismo de ação:
Ação anti-inflamatória: Diminui a formação de edemas, devido a ação da contração muscular.
Ação vasodilatadora: Por estimulação elétrica, ocorre dilatação dos vasos e extravasamento de nutrientes modificando o metabolismo das células aumentando as trocas metabólicas e nutrição celular.
Ação hidrolipolítica: A estimulação elétrica ativa lipase ( enzima intraadipocitária) que quebra lipídeo em particulas menores. A água presente no meio extracelular agita os adipócitos através da corrente, e o lipídeo extravasa para o fora da célula.
Ação mecânica: A estimulação das fibras do tecido conjuntivo subcutâneo dá sustentação e firmeza à pele.
3.3.1.3.6.2. Método de aplicação:
Método com Agulhas: Os eletrodos são agulhas de acupuntura de 15 cm de comprimento por 0,3 mm de diâmetro, de uso único. 
As correntes são contínuas, mas existem algumas correntes utilizadas para a prática da eletrolipoforese que são alternadas. 
O pulso bifásico assimétrico (como o pulso do TENS), é uma forma de onda utilizada na eletrolipoforese. 
As agulhas podem medir entre 4, 5, 7, e 12 cm, introduzidas a nível hipodérmico, utilizando-se uma distância de 4 cm entre elas. 
São sugeridas agulhas de acupuntura, fabricadas em aço inoxidável ou em prata, descartáveis, medindo de 0,25 a 0,3 mm de diâmetro com comprimentos que variam de 1 a 3 cm, ou de 10 a 12 cm. Agulhas mais grossas (0,30 mm) podem apresentar melhores efeitos.
A técnica de aplicação consiste em colocar o paciente em posição cômoda, com a área de tratamento exposta, antes de penetrar agulha e realizado os procedimentos de assepsia e antissepsia pertinentes ao procedimento.
Nesta “zona” de tratamento normalmente pinçamos o tecido, comprimindo a pele intensamente e procurando dar a angulação necessária para a colocação da agulha.
Com a outra mão seguramos a agulha no máximo 0,5 cm da ponta do bisel. Evitando que no ato da penetração, a agulha fique fletida e perca o direcionamento da mesma. 
Devem ser introduzidos pares de agulhas de forma paralela, de acordo com a saída dos cabos no aparelho. As agulhas são separadas por mais de 5 cm, de modo que cubram toda a área a tratar. Se inicia uma sessão aumentando a intensidade gradativamente, partindo até o limiar suportável do paciente.
Tempo deduração: 50 minutos, após costuma-se aplicar algum tratamento complementar como: 
Estímulo muscular; 
Drenagem linfática;
Estimulação de pontos de acupuntura, etc. 
Quase sempre é somado ao tratamento uma dieta hipocalórica e hidrosalina controlada parafavorecer a saída de água intracelular.
A intensidade da corrente aumentará em função da sensibilidade do paciente, de forma que não resulte em dor intensa na pessoa tratada. 
Vale ressaltar, que a pessoa tratada deve notar uma sensação de "pico máximo não doloroso" e esta será ajustada segundo a tolerância do mesmo, preocupando-se com a acomodação individual.
As sessões podem ser semanais, com um mínimo de 6, podendo alcançar até 10, devendo-se levar em conta que os efeitos se prolongam durante umas semanas a mais, sendo que para julgar os resultados se espera até 45 dias após o fim do tratamento. É sugerida uma aplicação por semana, os resultados tornam-se mais significativos após a 3ª sessão.
A principal indicação da eletrolipólise está no tratamento da obesidade localizada, celulite e lipodistrofia localizada. Há também indicação pós lipoaspiração, como complemento da cirurgia. 
Podemos utilizar a eletrolipoforese para diminuição do perímetro em abdome, coxa e quadril. Há também, discreta, porém não espetacular, perda de peso, melhora circulatória local e melhora da troficidade da pele da área tratada. 
Pode ser indicada também o uso da eletrolipoforese na lipodistrofias localizadas, nas complicações de "placas onduladas" após a lipoaspiração e aptose abdominal e das nádegas.
3.3.1.3.6.2.Contra Indicações:
Não existe nenhuma região do corpo onde o método está contra-indicado, sempre e quando a indicação seja correta. Algumas contra-indicações da eletrolipoforese:
Transtornos cardíacos (alteração do rítmo e da condução; insuficiência cardíaca) e portadores de marca-passo e cardiopatias congestivas;
Pinos ou placas no corpo, em á reas onde a corrente elétrica será aplicada;
Gravidez em qualquer idade gestacional;
Paciente renais crônicos (insuficiência renal)
Trombose venosa profunda ou estado venoso catastrófico.
Patologias ginecológicas, tipo fibroma uterino;
Utilização de medicamentos, como corticosteróides, e anticoagulantes ;
Progesterona;
Neoplasias;
Alterações dermatológicas na área a tratar ( Dermatites, dermatoses, feridas, inflamações, eczemas, etc.);
 .
3.3.1.3.7. Eletroforese:
A Eletroforese de grande extensão é uma técnica importante dentro dos recursos de tratamentos corporais e faciais. 
A redução do fluxo veno-linfático traz inúmeros inconvenientes ao organismo que se refletem em todo metabolismo celular e tecidual levando a quadros severos como a formação de edemas.
Um dos objetivos principais da eletroforese orgânica é atuar promovendo uma maior ativação da circulação venolinfática atenuando os quadros de comprometimento vascular como linfoedemas, celulite, insuficiências de retorno circulatório, etc.
A eletroforese consiste na aplicação do polo positivo da corrente Galvânica no tronco e do polo negativo nos membros inferiores, ocorrendo inversão de polaridade na metade do tempo programado para haver mudança na direção do fluxo de íons. 
Desta forma, a ação do polo positivo e do polo negativo sobre o organismo proporciona a formação de um campo magnético que provocará a mobilização dos íons presentes nos líquidos intersticiais e consequentemente, haverá aumento das trocas iônicas a nível tecidual.
3.3.1.3.7.1. Efeitos fisiológicos:
• Ativação do metabolismo tecidual;
• Aumento da diurese;
• Maior eliminação dos detritos orgânicos;
• Melhoria da circulação sanguínea;
• Regeneração dos tecidos;
• Regularização da circulação linfática.
O aparelho possui simples aplicação, utilizando bandagens de tecido laváveis e faixas elásticas. O eletrodo não pode estar em contato direto com a pele para que não haja cauterização (queimaduras).
3.3.1.3.7.2. Indicações da Eletroforese:
Nas LDG de qualquer grau;
Nas adiposidades;
Nas deficiências do retorno venolinfático;
Na desintoxicação orgânica;
Na normalização do metabolismo orgânico.
3.3.1.3.7.3. Contraindicações:
Pessoas submetidas à cirurgias recentes:
Câncer;
Febre;
Processo inflamatório;
Gestante. 
3.4. Correntes de média frequência
3.4.1. Corrente Russa
A corrente russa é um estímulo elétrico usado para produzir uma contração muscular no local em que ele é aplicado. Com isso, pode haver melhora no tônus muscular e na flacidez da pele, além de estimular a circulação sanguínea e linfática e a oxigenação celular.
3.4.1.1. Características:
Corrente alternada despolarizada;
Formato da onda: retangular ou senoidal;
Intensidade da corrente: Conforme o limiar de dor do paciente;
Frequência do impulso: 2500 HZ para tratamentos estéticos;
Duração do impulso: Permite um ciclo completo para recrutamento muscular;
3.4.1.2. Tipo de ondas eletromagnéticas (corrente elétrica)
Isotônica: Utilizada com objetivo de proporcionar trofismo muscular, solicitando reserva energética, sendo indicada esta forma de onda para:
aumento da força muscular;
hipotonia muscular;
consumo calórico.
Isométrica: melhora do trofismo com aumento de massa muscular, também solicita reserva de energia, embora ocorra aumento da massa muscular.
3.4.1.2.1. Diferença entre isomeria e isometria:
Até 3 segundos de contração, realiza um trabalho isotônico (aeróbico).
Acima de 3 segundos de contração, realiza um trabalho isométrico (muscular).
3.4.1.3. Tratamento inicial 
O tempo de duração deve ter 3 segundos (rampa de subida e descida). 
O tempo de repouso ou relaxamento muscular deve ser o dobro para que evitar fadiga muscular.
A duração total do procedimento é de 5-20 minutos.
3.4.1.4. Efeitos fisiológicos:
Contração voluntária: Fase de estimulação ou contração (on-off), após fase de repouso ou pausa.
Durante a contração: Vascularização capilar é interrompida, caso o tempo de contração for excessivo pode ocorrer isquemia ( diminuição da oxigenação tecidual e necrose).
Durante o repouso: Retorno do fluxo e incremento do metabolismo ( O2, proteínas e enzimas.)
3.4.1.5. Parâmetros:
Até 16 canais para estimulação:
Modo Síncrono: canais ligados ao mesmo tempo
Modo Sequencial: Drenagem Linfática, canais programados na sequência (proximal para distal)
Modo Contínuo: Analgesia. Sensação de leve formigamento.
Recíproco: Canais alternados: 1 e 3 depois, 2 e 4.
3.4.1.6. Frequências de estimulação:
F até 10 Hz = aquecimento e finalização do fortalecimento
F de 30 a 40 Hz = fibrasvermelhas
F acima de 60 Hz = fibras brancas
3.4.1.7. Indicações:
Flacidez muscular
Fortalecimento muscular
Favorecimento de contrações musculares
Redução de edema
Gordura localizada
Drenagem
3.4.1.8. Contra Indicações:
Cardiopatas
Pacientes com patologias circulatórias
Gestantes
Hipertensos e Hipotensos
Lesões musculares
Pacientes diagnosticados com neoplasia
Pacientes que possuem prótese metálica.
3.4.2. Corrente Aussie ( Australiana):
Apresenta estimulação intensa e motora eficiente com desconforto mínimo e se insere no grupo de média frequência, assim como a Russa (2500 Hz);
Atua estimulando a circulação local no tratamento da celulite.
3.4.2.1.Parâmetros:
Forma da onda: curta ( 1000 KHz-2m/s e 4000khz-4m/s)
Intensidade da corrente: A intensidade de corrente necessária ao tratamento depende do tipo de disfunção a ser tratada assim como dos limiares de cada paciente
Frequência do impulso: 500Hz a 20kHz
Duração do impulso: 2m/s.
3.4.2.2. Contra Indicação:
Que é regra para qualquer equipamento Eletroterápico:
Cardiopatas, portadores de marcapasso
Gestantes de qualquer idade gestacional
Sobre áreas com distúrbios vasculares periféricos (trombose ou aterosclerose severa)
Sobre a pele com lesões cutânea, afecções ou irritações
Sobre pele hipoestésica (com diminuição da sensibilidade)
Sobre tecidos gravemente isquêmicos
Hemofílicos
Portadores de tumores malignos
Processo infeccioso agudo
Gestantes de qualquer idade gestacional
Período de fluxo menstrual intenso
Sobre abdôme de mulheres com DIU
Fragilidade vascular
Tumores
Hipertensão não controlada
Tratamentos com anticoagulantes
Flebite e Trombose
Afecções de pele
Hérnias e varizes
Diabetes
Uso de corticóidesZonas umbilical e inguinal
4. Energia mecânica ( Ondas)
4.1. Ultrassom
4.1.1 Introdução
O Ultra Som constitui-se como uma das mais recentes técnicas incorporadas no âmbito da estética.
As suas aplicações clássicas são muito variadas na medida em que podem ser utilizadas em tratamentos de recuperação e reabilitação, no âmbito de processos pós traumáticos como agente analgésico, também é especialmente indicado para litotripsia de cálculos renais, para diagnósticos de eventuais doenças e para acompanhamento na gravidez, sem esquecer obviamente as suas inúmeras aplicações no âmbito da estética.
4.1.2. Definição
São um conjunto de vibrações mecânicas, essencialmente as mesmas das ondas sonoras, mas com uma freqüência acima da capacidade de audição humana.
Esta vibração mecânica bem como sua aplicação e quantificação baseiam-se na freqüência (quanto maior, menor a penetração).
E emissão das ondas ultrasônicas pode ser contínua ou pulsada e quanto mais alta a freqüência por exemplo 3mhz mais superficial vai atuar, atingindo cerca de 2 a 4 cm de profundidade na camada dérmica.
Modo Contínuo: Durante a emissão da onda sonora contínua predomina-se o chamado efeito térmico, geralmente utilizado quando o objetivo for produzir um aumento da temperatura local pois a vibração do transdutor é constante.
Modo Pulsado: Durante a emissão da onda sonora, verifica-se entre um pulso e outro um breve intervalo que facilita a dispersão do calor, consequentemente gera-se um efeito térmico menor.
Efeitos Biofísicos: Este efeito ocorre através da vibração das moléculas do tecido e deste fenômeno decorrem os efeitos biofísicos do Ultra Som que podem ser térmicos e mecânicos.
Estes efeitos biofísicos dependem da forma como são emitidas as ondas, se forem emitidas no modo contínuo ocorrerá efeito térmico e mecânico e se emitidas em modo pulsado o efeito térmico não ocorre e o efeito mecânico prevalecerá.
Efeito Térmico: Consiste no aumento da temperatura secundária a agitação das moléculas dos tecidos que ocorre através do resultado da energia ultra sonora. Tal aquecimento pode gerar diversos efeitos terapêuticos como por exemplo à aceleração no processo de cicatrização, alívio da dor, redução de rigidez articular e aumento do fluxo sanguíneo local.
Efeitos Mecânicos: Os efeitos mecânicos são divididos em três etapas, cavitação, correntes acústicas, ondas estacionárias e micromassagem.
Cavitação: Consiste na formação de pequenas bolhas gasosas no interstício devido à vibração produzida pela energia sonora.
Correntes Acústicas: Consiste ao fluxo localizado e unidirecional de líquidos ao redor das células, fibras teciduais entre outras.
Este movimento por um lado podem danificar macromoléculas e células e por outro lado alterar o ritmo de difusão de partículas e permeabilidade da membrana.
Ondas Estacionárias: resultam da sobreposição de ondas refletidas as ondas incidentes no tecido, tal efeito pode levar a uma lesão tecidual e podemos evitá- lo, basta movimentar o cabeçote de forma contínua.
Micro massagem: A vibração do Ultra Som produz uma forma de micromassagem celular capaz de reduzir edemas.
4.1.3. Tempo de aplicação
O tempo de aplicação oscila entre 05 e 15 minutos consecutivos, respeitando um intervalo de 5 minutos para o transdutor esfriar evitando assim danificá-lo.
O tratamento pode ser realizado em dias alternados até perfazer um máximo de 20 sessões após as quais se recomenda um período de repouso de 1 a 2 meses antes de sua retomada (caso seja necessário).
Relativamente à duração da sessão é de 5 a 10 minutos por área localizada podendo prolongar-se até um máximo de 20 minutos em áreas mais extensas.
Existe uma regra bem prática para se estabelecer o tempo de tratamento com o Ultra Som.
Primeiro delimite a área da pele a ser tratada, sugerimos que esta área na o seja maior do que um punho fechado, ou seja, a área da pele deve ser de no máximo 100 cm2, tratar áreas maiores implica em perda na eficácia do tratamento.
4.1.4. Intensidade
A intensidade da vibração sonora é mensurada em W/cm2, quanto maior for a intensidade, maior a profundidade de penetração da onda sonora, entretanto a regulagem da intensidade é a medida que requer maior cuidado por parte do profissional, visto que a intensidade ajustada maior que a necessidade poderá promover queimaduras e lesão tecidual.
A profundidade tratada em estética é bem superficial (cerca de 2 a 4 cm), desta forma a intensidade variada de 0,3 à 1,0 w/cm2 é o suficiente para atingir tais tecidos.
4.1.5. Ultracavitação
 
Forma diferenciada de ultrassom terapêutico, onde há uma produção de energia ultrassônica de alta potência (acima de 3W/cm2) gerando ALTÍSSIMO NÍVEL DE CAVITAÇÃO INSTÁVEL, em um determinado ponto ou região, a uma profundidade precisa. Em geral, é utilizado na área da estética para o tratamento de gordura localizada (Celulite).
4.1.5.1. Indicações
Tratamento de fibro edema gelóide (celulite)
Tratamento de lipodistrofia localizada (gordura localizada)
Potencializar o efeito terapêutico da intradermoterapia
Pós-operatório
Aumento da penetração de princípios ativos contidos em dermocosméticos e gel.
4.1.5.2. Contra-indicações
Cardiopatas, portadores de marcapasso;
Gestantes de qualquer idade gestacional;
Sobre gônodas (ovários/testículos);
Sobre olhos;
Sobre epífises de crescimento em crianças e jovens;
Sobre áreas com distúrbios vasculares periféricos (trombose ou aterosclerose severa);
Sobre áreas com risco de hemorragias;
Sobre a pele com lesões cutânea, afecções ou irritações;
Sobre pele hipoestésica (com diminuição da sensibilidade);
Sobre tecidos gravemente isquêmicos;
Clientes com hemofilia;
Portadores de tumores malignos;
Processo infeccioso agudo.;
4.2. Terapias combinadas em ultrassom:
4.2.1. Ultrasom+ Eletroterapia (Radiofrequência)
Redução de medidas (lipólise) e enrijecimento muscular.
4.2.2. Ultrasom + Mesoterapia sem agulhas
Vibria: Aparelho que promove emissão simultânea do ultrassom com correntes estereodinâmicas para tratamentos de celulite, gordura localizada e flacidez.
4.2.3. Sonoforese ou Fonoforese
Referem-se à capacidade do ultrassom em incrementar a introdução de fármacos ativos através da pele. Os efeitos térmicos, mecânicos e químicos do ultrassom sobre o tecido facilitam a difusão dos ativos presentes no gel condutor, sendo que a principal via de entrada desses fármacos são os folículos pilosos, glândulas sebáceas e sudoríparas.
4.2.4. Hifu – Higt Intensity Focused Ultrasound (Ultrassom focalizado)
Esta produção de energia, normalmente se obtém pela concentração de ondas sonoras de forma focalizada num ponto ou região, obtidas através de transdutores estruturados fisicamente com forma e frequencia ultrassônica específica.
Ultrassom focalizado de alta intensidade, atinge celulas adiposas conforme a região do corpo, realiza a quebra de gordura( apoptose) sem causar lesões de tecidos adjacentes, preservando nervos e vasos sanguíneos.
4.2.4.1. Indicações
Adiposidade localizada, celulite e flacidez de Pele. Após o tratamento com o HIFU, as células mortas induzem a uma resposta de reparação e atraem os macráfagos (junto com outras células), onde fagocitam e transportam lipídios, restos celulares para longe da área de tratamento. A maior parle de adipócitos destruidos são reabsorvidos dentro de 12 semanas após o tratamento e 95% são reabsorvidos após 18 semanas. 
Isto resulta numa redução global do volume de adiposidade localizada. Estas alterações ocorrem sem aumentos significativos nos lipídios plasmáticos (Shehata, 2012). Os resultados do processo da cascata de reparação resultam na atração de células inflamatórias, seguido de indução de fibroblastos. Assim, o colágeno desnaturado pelo calor, resulta na formação de um novo colágeno seguido por tensão dos septos da pele (Fatemi e Kane, 2010). 
4.2.4.2. Efeitos Adversos ou secundários durante a aplicação
Formigamento;
Calor;
Desconforto. 
4.2.4.3. Contra-indicaçõesGravidez
Lactantes
Hérnia abdominal
Diástase reto-abdominal
Obesidade
Marcapasso
Zonas ósseas
Região traqueal ou tireoidiana.
4.2.4.4.Duração do tratamento
Durante a sessão: 5 minutos por área.
Uma vez por semana.
4.3. RADIOFREQUÊNCIA
Os equipamentos de RF, geram uma corrente alternada com alta freqüência, variável de 640Khz a 2400Khz e gera um circuito de aplicação. 
Este circuito inclui eletrodos destinados a emitir uma corrente alternada elétrica de alta freqüência, gerando calor na área aplicada. 
4.3.1. A fisiologia na radiofrequência
As células do corpo não interpretam a corrente elétrica de Alta Frequência como eletricidade e sim como fonte de energia.
As camadas da pele agem como resistores em série para a corrente elétrica de AF e dependendo de sua resistência são aquecidos em graus variáveis (como uma lâmpada que aquece quando a eletricidade passa através dela) Em geral as células de gordura são mais resistentes a corrente elétrica de AF, do que as outras células da pele, pois o óleo é menos condutor de corrente elétrica do que a água que é a maior composição química da pele. Portanto as células de gordura se aquecem mais rapidamente do que qualquer outro tecido da pele.
4.3.2. Objetivo
O objetivo deste procedimento é alcançar a temperatura entre 40º e 42º na superfície da pele, enquanto a temperatura na profundidade pode alcançar temperaturas mais elevadas.
O aquecimento promove regeneração do colágeno, consumo de tecido adiposo, quebra de tecido fibroso, aumento da circulação e aumento da drenagem linfática.
O aquecimento pode ser feito por: 
A produção de calor é predominantemente causada pela corrente elétrica, ou seja, deslocamento de íons - processo indutivo. O aquecimento dielétrico produz calor em frequências elevadas através da movimentação/agitação molecular.
4.3.3. Formas de transmissão para os tecidos:
4.3.3.1. Radiofrequência capacitiva
Gera onda para dentro do equipamento e passa para o tecido por isso a ponteira aquece muito e a aplicação deve ser feita o mais rápido possível.
4.3.3.2. Radiofrequência resistiva
Gera onda dentro do tecido e o mesmo absorve energia, por isso a aplicação é mais agradável.
4.3.4. Frequência 
Quanto a maior a frequência, maior é a profundidade 
640KHZ: Atinge somente epiderme 
1200KHZ: Atinge Derme 
2400KHZ: Atinge hipoderme 
4.3.5. Potência 
Varia entre 10 a 150 watts - aquecimento RADIOFREQUÊNCIA .
4.3.6. Efeitos fisiológicos:
Efeito energético: alimentando o tecido com energia eletromagnética, facilitando reações químicas permitindo uma maior movimentação entre os íons através da membrana lipoprotéica e facilitando a transformação de ADP em ATP. 
Efeito térmico: como a movimentação dos íons e seus atritos, provocado pela variação da freqüência do campo eletromagnético, é gerada uma hipertermia local, que determina um aumento no fluxo sanguíneo, com aumento da demanda de oxigênio e nutriente, com também, aumento da saída dos catabólicos ou subprodutos. Ocorre imediatamente a retração das fibras de colágeno existentes (efeito lifting). 
Efeito tardio: estimulação fibroblástica com maior produção de colágeno e elastina: ação reafirmante. 
Desnaturação Colágena: Colágeno aquecido ruptura das ligações sensíveis ao calor; 
Contração desdobramento da tríplice hélice quando as uniões intermoleculares cruzadas são destruídas e as tensões residuais se estabilizam. 
→ 
4.3.7. Tipos de cabeçotes
BIPOLAR DE CAMPO CONCÊNTRICO: É mais superficial, indicada para flacidez do colo, pescoço, região mandibular, região malar e fronte. 
BIPOLAR DE CAMPO LONGITUDINAL: Permite maior profundidade e um menor espalhamento do campo, sendo a aplicãção mais precisa. Indicada para pequenas áreas como sulco nasogeniano, orbiculares de olhos e bocas, dedo e dorso de mão. Um pouco mais difícil para acoplar. 
BIPOLAR DE CAMPO DISPERSIVO: Indicado para lesões traumato-ortopédicas devido a sua ação mais profunda. Necessita de eletrodo dispersivo para aplicação que deve ser colocado próximo a área a ser tratada e mudar a posição caso o paciente reclame do aquecimento. Na estética pode ser usado em pontos de fibrose. 
Nunca usar em face e região abdominal!
TRIPOLAR: Possui profundidade média de ação, indicado para ttos corporais (abdome, coxas, glúteos, braços), pescoço com muita flacidez, papada com muita gordura. 
4.3.8. Contra-Indicações Absolutas
Transtornos de sensibilidade
Gravidez (paciente e profissional)
Sobre áreas onde se localizam metais
Portadores de marca-passo cardíaco
Sobra a glândula tireóide e genitais
Em focos infecciosos e processo inflamatório agudo
Condições hemorrágicas
Tecido neoplásico
Sobre o globo ocular
Sobre implantes de silicone
Trombose Venosa Profunda. 
4.3.8. Indicações
Flacidez de pele e envelhecimento
Fibrose e aderências
Rugas
Analgesia
Acne em fase cicatricial. 
4.3.9. Frequência
Facial 
8 a 10 sessões; 
Intervalo quinzenal; 
Manutenção mensal. 
Corporal 
10 sessões; 
2x por semana; 
Manutenção contínua. 
4.3.10. Técnica de Aplicação
 
Movimentos lentos e contínuos; 
Pressão do eletrodo uniforme e bom contato; 
Controle da temperatura; 
Alcançar 40º e manter de 3 a 5 minutos. 
Sugestão de movimentos com a manopla. 
4.3.11. Duração das Sessões
Cada sessão dura em média de 20 para tratamentos facias e 30 minutos em grandes áreas do corpo como abdome, coxas e glúteos.
4.3.12. Resultados
Cada pessoa responde de maneiras diferentes. Em média o resultado é imediato e dura alguns dias depois do tratamento após cada tratamento consecutivo os resultados são duradouros devido a formação de colágeno novo sob a pele
O intervalo deve ser de 15 dias no mínimo entre as sessões, respeitando a sensibilidade de cada cliente.
4.4.Criolipólise
A criolipólise é o uso de crioterapia (frio) em temperaturas abaixo de -1°C, para tratar gordura localizada, sendo um recurso seguro, aprovado pela Health Canadá e Food and Drug Administration (FDA) apresentada como um novo método de redução de camada de gordura de maneira não-invasiva. (JEWELL; SOLISH; DESILETS, 2011; ZELICKSON )et al., 2009.
4.4.1. Aplicação
VÁCUO
CRIO
Suga (seleciona) a gordura para a crio agir
Mata as células de gordura por congelamento
As células congeladas são lentamente eliminadas do corpo (processo natural)
4.4.2. Efeitos Fisiológicos
Redução da gordura localizada pelo congelamento dos adipócitos
Os triglicérides na temperatura corporal se encontram no estado líquido.
O resfriamento gera uma modificação dos triglicérides de líquido a sólido.
Fractal de gordura 
Histologia do tecido adiposo após uma exposição ao frio. Após 14 dias, observa-se redução do tamanho dos adipócitos e o aumento inflamação, sem aumento de lipídeos circulantes.
Histologia do tecido adiposo após exposição ao frio
Processo de Inflamação Crônica
As células adiposas apresentam uma resposta inflamatória pós a exposição a temperaturas baixas (-1 a -7°C).
Até 72 horas esta fase inflamatória inicia-se de forma
crônica, atingindo um máximo de 14 dias após o tratamento.
Entre 14 e 30 dias, a fagocitose de células adiposas começa.
Por 60 a 90 dias ocorre diminuição do processo inflamatório
e redução do tecido adiposo.
O volume de célula diminui com espessamento dos septos interlobulares adjacentes em aproximadamente 90 dias.
4.4.3. Efeitos Adversos Comuns
Eritema localizado
Equimose (vácuo)
Sujeitos em uso de aspirina e anticoagulantes
Dormência temporária (98%)
Redução da sensibilidade
Dor e temperatura 15 dias após o resultado.
Aplicações:
4.4.4. Parâmetros de Tratamento
45 a 60 minutos por área, varia de acordo com o equipamento
Temperatura varia de - 5°C a -10°C
Densidade de energia removida: -60 / -70mW/cm2 - CIF: Cool Intensity Factor.
4.4.5. Contra-indicações
Dermatites ou pruridos na região a ser tratada
Urticária induzida pelo frio
Cirurgia recente, cicatriz ou hérniana região a ser tratada;
Gravidez ou lactação
Feridas abertas ou infectadas
Doenças neuropáticas (neuralgia pós herpes)
Sensibilidade ao frio
Sensação dérmica prejudicada
Hemoglobinúria paroxística ao frio
Crioglobulinemia
Alterações nos fatores de coagulação *(Dengue)
Diabetes grave
4.4.6. Indicações:
Gordura localizada ( Percentual mínimo de 5 cm)
Celulite
Flacidez.
4.4.7. Queimaduras, porque ocorrem?
Aparelhos clandestinos sem registro na Anvisa
Aparelhos com problemas técnicos e/ou sem manutenção periódica e calibração
Manta sem procedência ou Reaproveitamento
Profissional sem capacitação
Pele com hipersensibilidade ao frio
Tempo excessivo de exposição a baixas temperaturas
CIF protege contra este risco: cálculo exato de energia retirada
Avaliação da espessura da prega adiposa (adipômetro) e temperatura
Combinações de protocolos (MAIOR RISCO).
4.4.8. Frequência do tratamento
Intervalo de 60 dias entre as sessões na mesma área;
Outras terapias só devem ser realizadas respeitando um intervalo de aproximadamente 20 dias pós criolipólise, portanto deve-se respeitar o período de resposta inflamatória;
5. ENDERMOTERAPIA 
Também chamada dermotonia, engloba equipamentos específicos baseados na aspiração (sucção), acrescidos de uma mobilização tecidual efetuada por rolos motorizados, localizados no cabeçote. 
Produz uma mobilização profunda da pele e tela subcutânea, permitindo um incremento na circulação superficial. Isso ocorre devido ao vácuo formado, que produz uma pressão negativa.
As manobras devem ser realizadas no sentido das fibras musculares e linhas de tensão da pele, visando evitar flacidez tecidual (GUIRRO & GUIRRO, 2002). 
A técnica inicia-se com o Palper-Rouler , detectando as zonas de congestão denominadas dermalgias ou dermodistonias. Após a localização da alteração, é realizada a terapia por depressodrenagem linfática.
5.1. Efeitos Fisiológicos e Terapêuticos
Favorece as trocas gasosas
O uso das ventosas pode fortalecer os vasos sanguíneos, pois os capilares e vasos linfáticos reagem à pressão negativa das ventosas, se expandindo e contraindo-se frente à aplicação de massagem de vácuo rolamento.
Lei das trocas gasosas – eliminando os gases estagnados no corpo e promovendo a limpeza do sangue.
Ação nas glandulas sudoríparas e sebáceas para eliminarem toxinas gasosas pelo suor.
5.2 Indicações:
Estética facial e corporal
Pré e pós cirurgia plástica
Cicatrizes hipertróficas
Queimaduras
5.3 Contra-indicações:
Tumores cutâneos
Afecções da pele
Fragilidade capilar
Gravidez
5.4. Endermoterapia facial
Benefícios
Aumento do aporte sanguíneo, melhor oferta de oxigênio e nutrição celular
Aumento da eliminação de resíduos tóxicos
Recuperação, manutenção ou melhora da função linfática
Auxílio na redução de edemas e hematomas
Estimulação dos fibroblastos para a produção de colágeno e elastina
Remoção de infiltrados subcutâneos, líquidos intersticiais e nódulos hipodérmicos
Revascularização superficial e tonificação vascular
Melhora da elasticidade cutânea
Melhor nutrição muscular e tissular
Atenuação de rugas e melhora do aspecto de cicatrizes, recentes ou não.
5.5. Vacuoterapia
Técnica que utiliza pressão negativa contínua e pulsada (intermitente) associada às ventosas de diversos tamanhos e formatos para realizar aplicações de acordo com a necessidade e a extensão da área a ser tratada. Esta técnica favorece as trocas gasosas, aumenta e melhora a tonificação tissular, favorece a mobilidade dos líquidos corporais, aumenta o fluxo sanguíneo local e auxilia na nutrição do tecido, melhorando o aspecto da pele.
5.5.1. Efeitos Fisiológicos E Terapêuticos
Favorecimento das trocas gasosas: Durante o movimento de sucção da pele pelo vácuo, ocorre aumento do fluxo sangúineo local, e formação de edema em virtude da passagem de proteínas e de outras moléculas até os capilares dos tecidos, aumentando a pressão osmótica do tecido intersticial e da água dos capilares, que se dirige ao tecido subcutâneo
Aumento da mobilidade dos líquidos corporais: a mobilização do sangue dentro dos capilares cutâneos melhora a troficidade e favorece a nutrição celular e as trocas metabólicas;
Melhora da tonificação tissular: a aplicação permite estimular fibras colágenas e elásticas; Ação sobre os gânglios linfáticos: permite a estimulação dos gânglios linfáticos devido ao efeito reflexo (simpaticolítico). 
5.5.2. Indicações 
Sequelas de acne
Sequelas de queimadura
Auxiliar na extração de comedões
Linhas de expressão
Envelhecimento cutâneo; 
Paniculopatia edemato fibro esclerótica (PEFE = FEG = celulite)
Estrias
Pré e pós-operatório
Cicatrizes em geral
Flacidez cutânea em geral, incluindo mamas e glúteos
Distúrbios músculo-esqueléticos e dermatológicos.
5.5.3. Contra-indicações 
Tumores e lesões cutâneas
Fragilidade capilar
Doenças infecciosas evolutivas 
 Reumatismos inflamatórios. 
5.6. Pressoterapia
A Pressoterapia constitui um método terapêutico utilizado em fisioterapia e também em estética.
É indicado no tratamento de edemas venosos e linfáticos de diversas causas, na celulite e na prevenção de alterações circulatórias e manutenção da circulação de retorno
É usada frequentemente no tratamento dos linfedemas do membro superior após mastectomias.
A imagem acima demonstra uma massagem pneumática, que utiliza um par de "botas de borracha impermeáveis", vestidas dos pés até à cintura, como se calças fossem.
Estas "botas de borracha" encontram-se ligadas a um aparelho computadorizado que controla os bombeamentos, enchendo e as esvaziando.
Este bombeamento, devido à pressão, age sobre o sistema linfático, incentivando-o a eliminar as substâncias tóxicas do organismo.
Os resultados começam a surgir com 15 ou 20 aplicações, com 2 a 3 sessões por semana.
O sistema linfático é um dos responsáveis pela drenagem dos fluídos dos espaços intersticiais para a corrente sanguínea.
Assim sendo, quando por algum motivo esta circulação está comprometida, ou desfuncionante, a formação de edemas é inevitável.
O edema nas pernas (“inchaço”) é responsável pela sensação de peso e cansaço nos membros inferiores.
Recorrendo a uma massagem que estimula e acelera a drenagem (favorecendo a circulação “de retorno”) é possível eliminar, ou reduzir, os micro-edemas e os edemas que se formaram, aliviando significativamente os sintomas.
Este tratamento é semelhante a uma versão mecânica da drenagem linfática, e é indicada nos casos de pernas inchadas, pesadas e/ou com varizes, assim como para casos de celulite e retenção de líquidos.
5.6.1. Indicações
Estimula e preserva a circulação de retorno (venosa e linfática)
Melhora a circulação sanguínea e a retenção hídrica
Favorece a reabsorção de edemas (linfedemas e edemas venosos) e a eliminação dos líquidos retidos.
Previne o aparecimento de varizes.
Elimina a sensação de cansaço e “peso” nos membros inferiores.
Melhora o trofismo e a elasticidade cutâneas
É um complemento imprescindível de qualquer tratamento anticelulite e anti- obesidade
5.6.2. Contra Indicações
Tromboflebites ou Linfangite
Insuficiência renal
Insuficiência cardíaca descompensada
Processos inflamatórios agudos
Eczemas agudos na região a tratar
Cardiopatas
Gestantes
Lesões de pele
Problemas renais
Doenças descompensadas.
5.7. Microdermoabrasão (Peeling de Cristal)
Trata-se de técnica de esfoliação que consiste em projetar sobre a pele uma quantidade de micro cristais de óxido de alumínio, quimicamente inertes com equipamento Peeling Jet e Peeling Jet Compact, que possibilitam regular o nível de esfoliamento sobre pressão assistida.
Neste método, os micros cristais são jateados sobre a pele e simultaneamente são aspirados, recolhendo impurezas obtidas da capa córnea, espinhosa, granulosa e malpegliana (Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica) dependendo do numero de passagens sobre a área tratada e pressãoutilizada.
A técnica é não dolorosa e de rápida execução. Cada sessão dura aproximadamente de 10 a 25 minutos dependendo da indicação.
5.7.1. Indicações
Rejuvenescimento; 
Linhas finas; cicatrizes; 
Estrias; 
Desordens pigmentares; 
Comedões fechados e abertos; 
Preparação para aplicação de ativos; 
Nutrição celular; 
Produção de colágeno; 
Preparação pré peeling para médicos; antes da luz pulsada (para médicos) e antes de luz com baixa intensidade.
5.7.2. Contra indicações
Acne ativa (grau I e II); 
Lesões abertas ou sem diagnóstico; 
Lesões virais (herpes) ou feridas frias em atividade; 
Eczema e psoríase em atividade; 
Diabetes, doenças de imunodeficiência; 
Lesões vasculares, imediatamente após exposição solar; 
Peles de espessura muito fina que não necessitam afinamento,
Hipersensibilidade ao óxido de alumínio;
Pessoas em uso de isotretinoína ou flutamida; 
Pessoas em uso de ácidos fortes.
5.7.3. Aplicação
Cuidados:
Remova lentes de contato, brincos, piercings faciais.
Cubra o cabelo do cliente com touca descartável e faixa para cabelo
Proteja bem os olhos com algodão cortado em pequenos retângulos e umedecidos
 Cubra área da clavícula e peito com toalha 
Proteja bem os ouvidos
Nunca reaproveitar o óxido de alumínio
Instruir o cliente para evitar exposição solar imediatamente após o procedimento
Recomendações
Limpe a pele do cliente com demaquilante, use loção tônica, seque bem a pele antes do procedimento. 
Caso a pele estiver úmida, o cristal de óxido fica todo grudado, impossibilitando o uso correto do aparelho. Limpe o excesso de cristais com gaze ou algodão seco. Re-hidrate sempre.
Cuidado com a região perioral para não esfoliar o vermelhão do lábio.
Cuidados pós tratamento
Evitar exposição solar; 
Uso de FPS; 
Uso de hidratante; 
Deixar descamar naturalmente, sem puxar peles soltas.
5.8. Peeling de diamante
Método que remove a camada mais externa da pele (epiderme) através do uso de ponteiras diamantadas conectadas a uma ponteira de pressão negativa (Pardo, 2010).
Esta esfoliação ocorre pelo uso de ponteiras com lixas que variam de 100, 150 e 75 microns.
Indicada para todos os tipos de pele auxiliando no processo de renovação celular e uniformização do tom de pele.
5.8.1. Indicação
Atenuação de rugas superficiais e marcas de expressão;
Afinamento do tecido epitelial;
Sequelas de acne;
Clareamento epidérmico;
Tratamento para Foliculite;
Coadjuvante a tratamentos de atenuação e prevenção estrias;
Pré-tratamento de revitalização e nutrição tecidual.
5.8.2. Contra Indicação
Este peeling é absolutamente contra indicado para peles de fototipos altos, ou seja, peles muito morenas a negras;
Lesões de pele acompanhadas de processos inflamatórios;
Intervenção cirúrgica recente no local de tratamento;
Herpes ativo (facial ou labial);
Peles muito sensíveis;
Gestantes;
Pacientes em tratamento ou que tenham realizado tratamento com uso de isotretinoína a menos de 1 ano;
Exposição solar sem proteção;
5.8.3. Orientações
Evitar exposição solar 48 horas antes e depois do procedimento com uso continuo de filtro solar; independente da estadia em ambientes abertos ou fechados;
Ter controle do uso de cosméticos a base ácidos;
No caso de descamação evite escoriações.
Quantidade de sessões:
Mínimo de 5 sessões e Máximo determinado pelo grau de comprometimento cutâneo.
6. LASER DE BAIXA POTÊNCIA E LEDS
6.1. Definição
Laser - light amplification by stimulted emission of radiation ou seja, amplificação de luz por emissão estimulada da radiação.
6.2. Conceito
Emissão estimulada de radiação é uma espécie de clonagem em nível atômico, que um fóton(uma fração elementar de luz), ao interagir com um átomo excitado, produz outro fóton que é seu gêmeo idêntico.
Ambos os fótons têm a mesma cor e viajam na mesma direção e oscilam na mesma fase. Um raio laser é gerado pela emissão estimulada, que é repetida várias vezes.
6.3. Classificação
Laser de alta potência (LAP) > 1Watt
Laser de baixa potência (LBP) ou (LIB) < 1 Watt
Luz intensa pulsada
LEDs diodo emissor de luz.
6.4. Laser x LED 
6.5. Comportamento da luz na pele
Reflexão: é o retorno da radiação incidente, sem interagir com o tecido. 
Absorção: interação laser-tecido. 
Dispersão ou espalhamento: radiação atravessa o tecido colidindo com as partículas sem haver absorção.
Transmissão: é a luz transmitida para os tecidos, que dependerá de seu comprimento de onda, quanto maior o comprimento de onda maior será sua penetração.
6.6. Conceitos básicos
Fototermólise seletiva: Liberação de calor tem que ser o suficiente para destruir o alvo.
Laserterapia:
Laser de baixa potência
Laser de baixa intensidade de energia
Laserterapia
Laser Terapêutico
Laser Não- cirúrgico.
É necessário que a energia emitida seja absorvida e que haja uma interação com as estruturas moleculares e celulares a que se destina.
Cromóforos:
Lasers de baixa intensidade ocorre a conversão fotoquímica da energia absorvida por fotorreceptores específicos. 
Os cromóforos ou fotorreceptores são quaisquer tipos de moléculas (enzimas, membranas, substâncias) que apresentam uma configuração atômica capaz de ser excitada pela incidência de fótons específicos.
A melanina, porfirina, hemoglobina e citocromo c oxidase são exemplos de fotorreceptores.
Interação do laser a nível celular
Essas alterações favorecem um grande número de reações que intervêm no metabolismo celular;
Incremento de ATP mitocondrial;
Aumento de cálcio intracelular; (Passarella, 1984; Karu, 1988).
6.7. Fototerapia de baixa potência
6.7.1. Efeitos da fototerapia de baixa potência
Efeitos primários: Bioquímicos/ bioenergético
Efeitos secundários: Estimulação da microcirculação
Efeitos gerais: Antiálgico, anti-inflamatório e bio-estimulante do trofismo celular
6.7.2. Grandezas físicas e unidades de medida
Comprimento de onda em nanômetros (nm)
Potência fornecida pelo laser em Watts (w)
Energia total depositada na região tratada em Joules (J)
Área do feixe ou da lesão a ser tratada em (cm2)
6.7.3. Laser terapêutico
O Laser terapêutico acelera o transporte de elétrons aumentando a síntese de ATP
(HAMBLIN & DEMIDOVA, 2006).
Tipos de lasers terapêuticos:
Luz azul – acne (bactericida)
Luz âmbar – estímulo ao colágeno
Luz vermelha - anti inflamatório.
6.7.3.1. Luz vermelha (630 a 700 nm)
Absorvido por substâncias presentes na mitocôndria de células superficiais (tecido epitelial e tecido conjuntivo subjacente);
Aumento na síntese de ATP;
Maior quantidade de energia, maior produção colágeno, elastina, etc;
Aumento da microcirculação periférica superficial;
Liberação de endorfinas, encefalinas e inibição da cicloxigenase (analgesia);
6.7.3.2. Luz infra-vermelha ( 700 a 904 nm)
Absorvido por substâncias presentes na membrana plasmática de células mais profundas (tecido conjuntivo, tecido muscular, ósseo, cartilaginoso, etc);
Alteração na permeabilidade da membrana com aumento na absorção de nutrientes, água e dermocosméticos;
Ativação do metabolismo celular;
Aumento na microcirculação periférica profunda (excelente indicação para ativação de linfonodos em pré e pós drenagem linfática).
6.7.3.3. Led azul (+ OU - 470 nm)
Absorvido por Porfirinas;
Hidratação imediata;
Otimização de decapagens superficiais (peelings físicos ou químicos);
Formação de Espécies reativas que atuam na melanina, fracionando essa molécula, tornando-a menos absorvedora de luz (efeito clareamento em manchas melânicas);
Efeito bactericida em microorganismos que contém porfirina fisiológica (Propyonibacterium acne, dentre outras).
6.7.3.4. Led âmbar ( + ou - 590 nm)
Absorvido por ribossomos, responsáveis pela síntese de cadeias de aminoácidos;
Aceleração na velocidade da síntese proteica (fibras colágenas, elásticas, etc);
Quebra de ligações de hidrogênio que formam-se em processos de glicação,melhorando elasticidade de fibras adensadas, prevenindo processos de rupturas das mesmas (estrias).
6.7.4. Dosimetria
Colls (1984), descreve um protocolo de dosimetrias em função do efeito desejado tais como: 
Efeito anti álgico de 2 a 4 J/cm²; 
Antiinflamatório de 1 a 3 J/cm²; 
Regenerativo de 3 a 6 J/cm²; 
Circulatório de 1 a 3 J/cm².
Sucesso do tratamento depende:
Condição do tecido;
Idade do paciente;
Condição sistêmica do paciente;
Diagnóstico correto;
Parâmetros utilizados.
Tipo de aplicação:
Pontual
Varredura
6.7.5. Indicações
Fotorejuvenescimento; 
Cicatriz – regeneração; 
Fibroses e Aderências; 
Flacidez Tissular; 
Celulite; 
Drenagem Linfática; 
Pós-Operatório; 
Acne; 
Iluminação e Hidratação Facial.
6.7.6. Contra-indicações
Aplicação sobre a retina; 
Glaucoma; 
Gestantes; 
Ferida pé/diabética Escara decúbito 
Dor 
Pós-Operatório – Profundo Abdominoplastia 
Neoplasias e processos tumorais; 
Portadores de epilepsia; 
Aplicação sobre área hemorrágica, especialmente em pacientes hemofílicos; 
Irradiação sobre glândulas; 
Aplicação sobre linfonodos e glândulas mamárias; 
Histórico de fotossensibilidade; 
Cliente submetido a tratamentos com ácidos; 
Medicamentos fotossensíveis. 
(SILVA, 1997; LOW E REED, 2001; GUIRRO E GUIRRO, 2002; AGNE, 2005).
7. Referências bibliográficas
Básica:
BORGES, F. S. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 1. ed. São Paulo: Phorte, 2012.( 17)
GUIRRO, E; GUIRRO R. Fisioterapia dermato-funcional. 3. ed. São Paulo: Manole, 2010.(11)
NELSON, R. M.; CURRIER, D.P.; HAYES, K. Eletroterapia clínica. 3. ed. São Paulo: Manole, 2003.(14)
Complementar:
AGNE, J.; Eu sei eletroterapia. 3. ed. Andreoli, 2012.(2)
LOW,J.; REED,A. Eletroterapia explicada: princípios e prática.3.ed. São Paulo: Manole, 2001.(13)
ROBINSON, A. J. Eletrofisiologia clínica: eletroterapia e teste eletrofisiológico.. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.(5)
Laser e outras tecnologias na Dermatologia, Jedwab,Silvia K K; Santos, 2010
HAMBLIN, M. R.; DEMIDOVA, T. N. Mechanisms of low level light therapy.
Society of Photographic Instrumentation Engineers, Los Angeles, v. 6140, n. 1, p. 1-12, 2006.
MESTER, E.; MESTER, A. F.; MESTER, A. The biomedical effects of LASER applications. 
LASERs in Surgery and Medicine, Hoboken, v. 5, n. 1, p.31-39,1985.
MIKAIL, S. LASER terapêutico. IN: MIKAIL, S.; PEDRO, C. R. Fisioterapia veterinária. 2.ed. São Paulo: Editora Manole, 2009. p. 81-90.
COLLS, J. La terapia laser, hoy. Barcelona: Centro Documentación Laser, p. 39-70, 1984
Mª Cristina Chavantes, Laser em Biomedicina-Princípios e Prática - Ed. Atheneu- 2009
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