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Direito Processual do Trabalho

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Prévia do material em texto

DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Professor: Andrio Fonseca
Email: andrio@uol.com.br; prof.andriofonseca@gmail.com;
Provas:
Grau A: 26/09/2014
Grau B1: 30/10/2014
Grau B2: 21/11/2014
GRAU A
Aula dia 07/08/2014
Competência
Art. 652, da CLT (esse artigo é de 1º de maio de 1943 e é muito pequeno)
Emenda 45/2004 – reforma do art. 114, da CF/88 (ampliou a competência da Justiça do Trabalho):
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
I as ações oriundas da relação de trabalho (a CLT abrange as relações de emprego), abrangidos os
entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios;
ADIN: suspendeu a competência da justiça do trabalho, para os casos de servidores públicos.
Obs.: a colocação da expressão “relação de trabalho” amplia muito a competência, uma vez que
na CLT temos apenas relação de emprego.
II as ações que envolvam exercício do direito de greve; (art. 722, da CLT)
III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre
sindicatos e empregadores; (ampliar competência)
O inciso III fala de diversos tipos de ações, portanto, em caso de dúvida, a competência não deve
ser restringida, mas sim ampliada, até porque o legislador tinha como objetivo trazer mais
processos para a Justiça do Trabalho.
Tipos de ação: ação de representação sindical, qualquer ação que envolva sindicatos, qualquer
ação que envolva sindicatos e trabalhadores e qualquer ação que envolva sindicatos e
empregadores. Sendo assim, ao invés de uma ação, temos quatro tipos de ações.
IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver
matéria sujeita à sua jurisdição;
Na justiça do trabalho, as decisões interlocutórias são irrecorríveis, ou seja, não cabe
qualquer recurso referente a essas decisões, conforme súmula 214, do TST:
Súmula nº 214 do TST
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE (nova redação) - Res. 127/2005, DJ 14, 15 e
16.03.2005
Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não
ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho
contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível
de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência
territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o
juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT.
Sendo assim, a parte, quando a decisão interlocutória for desfavorável (trouxer prejuízo), pode
protestar.
O protesto tem a finalidade de evitar a preclusão. Sendo assim, o protesto não é recurso.
Se a sentença for desfavorável, a parte pode interpor o recurso ordinário e arguir o protesto (tem
que arguir no primeiro recurso), em preliminar. Portanto, se não houver o protesto, não pode mais
discutir a decisão interlocutória desfavorável.
(SEMPRE cai alguma coisa desse artigo no Grau A) O PROTESTO OCORRE EM AUDIÊNCIA OU POR 
ESCRITO: art. 795, da CLT: As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das 
partes, as quais deverão arguí-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos 
autos.
O art. 799, §2º: conceito implícito de protesto:
Art. 799 - Nas causas da jurisdição da Justiça do Trabalho, somente podem ser opostas, com
suspensão do feito, as exceções de suspeição ou incompetência.
§ 2º - Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, salvo, quanto a estas, se
terminativas do feito, não caberá recurso, podendo, no entanto, as partes alegá-las novamente
no recurso que couber da decisão final.
OBSERVAÇÃO: decisão final é sentença, para a CLT;
QUANDO A DECISÃO INTERLOCUTÓRIA TROUXER PREJUÍZO DE IMEDIATO, O QUAL NÃO PODE
AGUARDAR ATÉ O FINAL DO PROCESSO PARA QUE SEJA REVERTIDO, CABE MANDADO DE
SEGURANÇA.
Mandado de segurança: não é recurso, mas sim uma ação, que deve ser protocolada no TRT.
HABEAS CORPUS: protocolada no TRT.
HABEAS DATA: atualmente, é mais utilizada a ação cautelar de exibição de documento.
V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no
art. 102, I, o;
Aula dia 08/08/2014
VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho ;
Dano patrimonial (princípio da alteridade) – art. 2º e 462, da CLT;
Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da
atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo
quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo.
Princípio da Alteridade (Maurício Godinho Delgado): A característica da assunção dos riscos do
empreendimento ou do trabalho consiste na circunstância de impor a ordem justrabalhista à
exclusiva responsabilidade do empregador, em contraponto aos interesses obreiros oriundos do
contrato pactuado, os ônus decorrentes de sua atividade empresarial ou até mesmo do contrato
empregatício celebrado. Por tal característica, em suma, o empregador assume os riscos da
empresa, do estabelecimento e do próprio contrato de trabalho e sua execução.
Dano extrapatrimonial:
1. Dano moral (dano extrapatrimonial)
2. Assédio moral (vertical e horizontal)
Diferença entre dano e assédio – no dano, ocorrem fatos isolados (ocorreu o fato = ocorreu o
dano). Já o assédio corresponde a condutas reiteradas (quer atingir a tua autoestima e fazer com
que peça demissão). 
“VIS RELATIVA”
3. Dumping social: é o dano coletivo. O dinheiro referente a esse dano vai para o FAT – União
(Fundo de Amparo ao Trabalhador).
4. Dano existencial: quando o empregado “deixa de existir”, pelo excesso de trabalho.
5. Dano estético
6. Dano sexual
Acidente de trabalho:
Doença profissional: responsabilidade civil objetiva (tem que provar o dano e o nexo causal)
Doença do trabalho: responsabilidade civil subjetiva (tem que provar o dano, nexo causal e culpa)
Aula dia 14/08/2014
VI – observação:
- ação contra o INSS em decorrência de acidente de trabalho a competência é da Justiça Estadual
Comum, súmula 15, do STJ;
- Já a ação de indenização por acidente de trabalho contra a empresa, a competência é da Justiça
do Trabalho;
- Benefício Previdenciário, que não seja o auxílio-acidente, a competência é da Justiça Federal
Comum;
VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de
fiscalização das relações de trabalho;
- se houver multa, pode ingressar com reclamação judicial (é diferente de TAC);
- art. 876, da CLT – títulos executivos extrajudiciais;
VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus
acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;
- acordo (sentença com resolução de mérito). Irrecorrível para as partes, mas não para terceiros,
exemplo: INSS;
- Art. 831 - A decisão será proferida depois de rejeitada pelas partes a proposta de conciliação.
REGRA IMPORTANTE: na Justiça do Trabalho, só existe a possibilidade de acordo com o processo
tramitando, ou seja, não existe acordo extrajudicial.
 Acordo, duas quitações: quitação inicial (pedidos) e do contrato de trabalho (isso faz com
que não possa ingressar com nova ação, fazendo novos pedidos);
 Nas parcelas indenizatórias, não há incidência do INSS;
 Nas parcelas remuneratórias, há incidência do INSS;
 Art. 28, da Lei n. 8.212/91: §9º: parcelas indenizatórias – FGTS, multa do FGTS, férias, 1/3
de férias, multa do art. 477, CLT;
Indenização: dano moral, vale, lavagem?
 Art. 879, CLT, §2º: reclamante/reclamado = “poderá” (facultativo); §3º INSS= “procederá”
(imposição). O INSS atua no processo;
IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.
- exceto: crimes ocorridos no ambiente de trabalho;
- proposta de emprego (bem adiantada) já faz parte do contrato de trabalho;
- dano por ricochete é na justiça do trabalho.
Aula dia 15/08/2014
FRANÇA
1. Formação paritária
Composição paritária (pares – empregados e empregadores)
Juntas de Conciliação e Julgamento (1999)
Antigamente, havia um juiz presidente – juiz classista, um da classe patronal e outro da classe dos
empregados (também vogais), art. 660, CLT
Art. 660 a 667 – REVOGADOS
2. Obrigatoriedade da conciliação
Comissão de Conciliação Prévia (2000) – art. 625, CLT (filtros de passagem)
Para o ingresso da ação trabalhista, o empregado, antes de processar a empresa, era obrigado a
passar pela comissão (de até 10 representantes, compostos por 50% da classe patronal e 50% dos
empregados com estabilidade.
O TST, com base no art. 5º. XXXV, da CF/88, disse que a passagem obrigatória pela comissão é
inconstitucional, estas são então de passagem facultativa.
3. Fontes do Direito do Trabalho
Art. 764 - Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do Trabalho
serão sempre sujeitos à conciliação.
§ 1º - Para os efeitos deste artigo, os juízes e Tribunais do Trabalho empregarão sempre os seus
bons ofícios e persuasão no sentido de uma solução conciliatória dos conflitos.
§ 2º - Não havendo acordo, o juízo conciliatório converter-se-á obrigatoriamente em arbitral,
proferindo decisão na forma prescrita neste Título.
§ 3º - É lícito às partes celebrar acordo que ponha termo ao processo, ainda mesmo depois de
encerrado o juízo conciliatório.
Art. 846 - Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação.
§ 1º - Se houver acordo lavrar-se-á termo, assinado pelo presidente e pelos litigantes,
consignando-se o prazo e demais condições para seu cumprimento.
§ 2º - Entre as condições a que se refere o parágrafo anterior, poderá ser estabelecida a de ficar a
parte que não cumprir o acordo obrigada a satisfazer integralmente o pedido ou pagar uma
indenização convencionada, sem prejuízo do cumprimento do acordo.
Art. 850 - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente
de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de
conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão.
Parágrafo único - O Presidente da Junta, após propor a solução do dissídio, tomará os votos dos
vogais e, havendo divergência entre estes, poderá desempatar ou proferir decisão que melhor
atenda ao cumprimento da lei e ao justo equilíbrio entre os votos divergentes e ao interesse social.
ITÁLIA
1. Fontes
1926 – fontes – acordos coletivos, convenção coletiva, dissídio coletivo – art. 661, CLT;
Contratos de trabalho também são fontes do próprio direito;
1927 – criada a figura de auxiliar do juiz;
2. Perícias
Peritos: médico, engenheiro, contabilista;
Perícia: médica, insalubridade, periculosidade, contábil, ergonômica, grafodocumentoscópica, art.
830, CLT.
Quem paga a perícia? Art. 790,B, CLT:
Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na
pretensão objeto da perícia, salvo se beneficiária de justiça gratuita.
As perícias custam em média R$ 3.000,00.
ALEMANHA
Estrutura da Justiça
Pegamos a estrutura do Tribunal
Tribunal Constitucional - atual STF
Tribunal do REICH – atual TST
Tribunal de Apelação – atual TRT
Tribunal Distrital – atual Vara
Aula dia 21/08/2014
Surgimento do Processo do Trabalho no Brasil
- Decreto n. 22.132/1932: as pessoas podiam fazer reclamações. Surge, então, a expressão
reclamatória.
- Decreto-Lei n. 5.452 de 01/05/1943: surge o “jus postulandi” = o empregado e o empregador;
Art. 791, CLT
Art. 843, CLT: os advogados são dispensáveis
ação de consignação em pagamento: “jus postulandi” do empregador
Art. 731, CLT: Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação verbal, não se
apresentar, no prazo estabelecido no parágrafo único do art. 786, à Junta ou Juízo para fazê-lo
tomar por termo, incorrerá na pena de perda, pelo prazo de 6 (seis) meses, do direito de
reclamar perante a Justiça do Trabalho. (Perda do direito de reclamar, por 6 meses).
Pode ser alegado que esse artigo é inconstitucional, art. 5º, XXXV, CF.
Art. 853 – ação de inquérito por falta grave, diferente de reclamação escrita.
Art. 732, CLT: Na mesma pena do artigo anterior incorrerá o reclamante que, por 2 (duas) vezes
seguidas, der causa ao arquivamento de que trata o art. 844.
O reclamante que usa o processo de forma irresponsável, por duas vezes seguidas, na terceira vez
que a parte ingressar com a ação, o reclamado pode pedir que seja dada a punição desse artigo (6
meses).
Observações:
Processo Civil: citação
Processo do Trabalho: notificação por AR
Na Justiça do Trabalho, as notificações não são pessoais, portanto basta que chegue ao endereço
correto (não importa quem assinou).
Existe uma presunção de que a empresa recebeu (presunção de recebimento).
Súmula 16, TST – ônus do destinatário
Art. 221, do CPC
Art. 841, do CPC: 48 horas
Os AR´s não são juntados no processo.
Em 1932, o processo tinha duas fases, quais sejam, uma de conhecimento (na justiça do trabalho)
e uma segunda fase (na justiça cível). Somente a cível tinha eficácia de execução.
No ano de 1939, o processo trabalhista passou a ser sincrético.
Decreto n. 779 de 21/08/1969 – PRAZOS DOS ENTES PÚBLICOS
Na Justiça do Trabalho: art. 188, CPC (prazo diferenciado):
- quádruplo para contestar
- dobro para recorrer
Cuidado: art. 191, CPC, não se aplica na Justiça do Trabalho (procuradores diferentes – prazo em
dobro)
Art. 841 - Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de 48 (quarenta e
oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao
mesmo tempo, para comparecer à audiência do julgamento, que será a primeira desimpedida,
depois de 5 (cinco) dias.
O PRAZO PARA CONTESTAR É DE NO MÍNIMO 5 DIAS.
Em quádruplo para ente público: mínimo 20 dias.
Quando não for respeitado esse prazo, pode pedir a sua devolução.
Analisar o art. 840, CLT comparando com o art. 282, do CPC:
FALTA O VALOR DA CAUSA.
Em 1943, quando a CLT foi criada, havia somente um rito processual, qual seja, o rito ordinário.
Somente em 1970, surgiu o segundo rito processual, qual seja, o rito sumário/alçada.
Dessa forma, em 1970, passamos a ter “dois caminhos”.
O QUE DEFINE O RITO PROCESSUAL NA JUSTIÇA DO TRABALHO É O VALOR DA CAUSA.
Ler e entender a súmula 71, do TST
Súmula nº 71 do TST
ALÇADA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
A alçada é fixada pelo valor dado à causa na data de seu ajuizamento, desde que não impugnado,
sendo inalterável no curso do processo.
Hoje temos três ritos processuais:
ATÉ DOIS SALÁRIOS MÍNIMOS RITO SUMÁRIO (1970)
ATÉ 40 SALÁRIOS MÍNIMOS RITO SUMARÍSSIMO (2000)
ACIMA DE 40 SALÁRIOS MÍNIMOS RITO ORDINÁRIO (1943)
Aula dia 22/08/2014
Novidades trazidas pela Lei n. 5.584 de 1970
1) Art. 6º - unificou os prazos dos recursos;
2) Criou o rito sumário (alçada) – valor da causa até dois salários mínimos (R$ 1.448,00).
Somente pode haver recurso se o assunto do processo a ser recorrido versar sobre Direito
Constitucional;
3) Impugnação ao valor da causa surgiu com essa lei. Por que não existia impugnação ao valor
da causa antes dessa lei?
O valor da causa passou a existir somente depois da criação do segundo rito processual,
qual seja, o rito sumário.
Lembrete: hojeainda temos o sumaríssimo, criado em 2000.
Qual o momento correto para impugnarmos o valor da causa?
O momento é nas razões finais (art. 850, CLT – 10 minutos no final da audiência, antes da
sentença).
4) Justiça Gratuita (99%) – Lei n. 1.060 de 1950
Justiça Gratuita para a empresa é negado com base no art. 2º, da CLT, uma vez que o risco do
empreendimento é da empresa (princípio da alteridade).
Isento do pagamento de custas para recorrer, ao final do processo, não paga as perícias que
serão suportadas pela União (art. 790-B da CLT)
As custas são de 2% sobre o valor da condenação, em caso de acordo entre as partes, a CLT diz
que cada uma das partes paga 1% (contudo, o reclamante fica dispensado por ter AJG).
Valor dos depósitos recursais (muda 1º de agosto):
R$ 485, 83 (RO)
R$ 14.971,65 (RR, Emb. Diverg., Rec. Ext.)
Quem paga? Somente as empresas!!!
5) Assistência Judiciária – AJ (Serviço Advocatício Gratuito)
Não tem Defensoria Pública.
Cabe ao sindicato, de forma obrigatória e gratuita, prestar tal serviço para todos,
independentemente de serem sindicalizados ou não.
O pequeno e médio empresário/contratante – não tem qualquer auxílio.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS NA JUSTIÇA DO TRABALHO
O percentual é de 15% sobre o valor da condenação.
O advogado do sindicato sempre ganha os 15%. Assim, se a empresa for processada pelo
sindicato em um processo com uma condenação no valor de R$ 100.000,00, o prejuízo no total
é de R$ 115.000,00 (súmula 219, TST).
Se o advogado fosse particular, a empresa pagaria somente o valor de R$ 100.000,00 (o acerto
do percentual do advogado é com o seu cliente, na forma de contrato de honorário).
Atualmente, alguns juízes de 1º grau e Turma do TRT passaram a conceder os honorários de
15% aos advogados privados (é uma hipótese). O TST nunca concede tais honorários.
O advogado da empresa jamais percebe honorários sucumbenciais.
Aula dia 28/08/2014
Princípios
Princípios “normas não positividas” – Américo Plá Rodriguez
1) Princípio da alteridade (art. 2º e art. 462, CLT): o risco do empreendimento é toda da
empresa;
2) Princípio da irrecorribilidade das decisões interlocutórias (Súmula 214, do TST): para toda
decisão interlocutória não cabe recurso de imediato, somente protesto;
Veja uma das exceções: toda vez que o processo for remetido de uma região para outra, cabe
a interposição de recurso ordinário (o processo distante pode acarretar a desistência pelo
reclamante). Então, dentro da mesma região, cabe somente protesto;
3) Princípio do devido processo legal: a nulidade de processos na Justiça do Trabalho é bem
comum, pela quebra do princípio do devido processo legal (art. 765, CLT).
Temos três ritos: sumário, sumaríssimo e ordinário. Cada rito é diferente do outro.
Buscamos o devido processo legal para assegurar a segurança jurídica;
4) Princípio da oralidade (o processo é verbalizado):
Art. 791, CLT (inicial – oral)
Art. 847, CLT (defesa oral em 20 minutos)
Art. 850, CLT (razões finais em 10 minutos)
5) Princípio do “jus postulandi” (súmula 425, TST e art. 791, CLT): o “jus postulandi” vai até o
recurso ordinário, porque este recurso é simples (art. 889, CLT).
“não concordo com a sentença e desejo reforma”.
6) Princípio da Unirrecorribilidade: após cada decisão judicial, temos um único recurso. Não
podemos “pular” recursos. Somente chegamos ao próximo, passando pelo primeiro.
7) Princípio da primazia da realidade: a verdade real vale mais do que a verdade contratual.
Súmula 12 do TST – Atenção – tem que impugnar o documento.
8) Princípio da concentração dos atos: art. 852-C, 852-H, CLT e art. 845, CLT.
9) Da Irrenunciabilidade de Direitos pelo Empregado – art.9º da CLT. Ex. Solicitar que o
representante ou funcionário abra uma empresa, ou transformar o empregado em gerente.
10) Da Ampla Defesa e do Contraditório – o processo deve ter equilíbrio - ou seja - prazos
iguais (exceção para o ente publico – decreto 779 de 21/08/69). Os embargos declaratórios
em regra não tem prazo para o contraditório (exceção quando tiver efeito infringente /
modificativo – art. 897 da CLT).
11) Da proporcionalidade / razoabilidade – art.8º da CLT, art.944 do CC.
12) Da Aplicação subsidiária de outras normas (CPC): art.769 da CLT. A utilização do art.475J
do CPC na justiça do trabalho? O TRT da 4ª região sumulou dizendo que pode, mas o TST
diz que não pode.
Aula dia 29/08/2014
Competência
Diferenças entre jurisdição e competência processual?
Jurisdição = capacidade do juiz em julgar
Competência = Local; assunto (matéria); pessoas (partes). Delimita essa jurisdição.
Competência Territorial – Artigo 112 da CF, Artigo 795 (cai na prova) caput da CLT + art. 799 da CLT.
Art. 795 - As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais
deverão argüi-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos.
Foro = a matéria e pessoa, quando o erro recai sobre esses elementos devemos alegá-lo em
preliminar na contestação.
§ 1º - Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em incompetência de foro.
Nesse caso, serão considerados nulos os atos decisórios.
Mediante Provocação.
Hipóteses de competência em razão do Lugar somente no Artigo 651 da CLT.
Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade
onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha
sido contratado noutro local ou no estrangeiro.
Competência territorial interna do trabalhador, local de trabalho do trabalhador;
§ 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do
contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do
contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.
Competência territorial externa do trabalhador, trabalhador que presta serviços em diversos
municípios poderá entrar com ação trabalhista em qualquer município onde prestou serviço. 
Atenção: lembrar do Papai Noel (hohohoho)
§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da
localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na
falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade
mais próxima. SOMENTE USAR EM CASO DE AGENTE OU VIAJANTE COMERCIAL.
§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se
aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e
não haja convenção internacional dispondo em contrário. ATENÇÃO: só vale para brasileiros.
É caso de brasileiro contratado no Brasil e está trabalhando fora – contratados no Brasil e trabalha
fora, não trabalhou nem um dia no Brasil
Súmula 207 do TST está revogada
Lei 7064 de 1982
Competência em razão da matéria e da pessoa – Artigo 114 CF, art. 795 §1° da CLT.
Art. 795 - As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais
deverão argüi-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos.
§ 1º - Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em incompetência de foro.
Nesse caso, serão considerados nulos os atos decisórios.
Ex ofício
Aula dia 04/09/2014
Continuação competência
Exceção de incompetência em razão do lugar
Art. 795, caput, CLT
Art. 800, CLT = excepto (reclamante) prazo de 24h
Art. 795, §1º, CLT = competência de foro (por exemplo, a matéria não é de competência da justiça
do trabalho) – pode ser reconhecida a qualquer tempo – gera nulidade absoluta – deve ser arguida
em preliminar de contestação – exceção territorial é arguida em peça autônoma.
Exceção de incompetência relativa em relação à matéria e pessoa
art.114, CF/ art. 795, §1º, CLT (IMPORTANTE)
Art. 652, CLT
Art. 652, III, CLT: entra com a ação somente para receber o valor do contrato
Súmula 331, IV, TST
art. 2°,§2°, CLT (grupo econômico – responsabilidade solidária)
OJ 191, SDI-1 – dono da obra
Art. 455 – empreiteiros e subempreiteiros
IV – dissídios individuais
art. 843: ação plúrima: mais de um reclamante processando a mesma empresa com o mesmo
pedido.
Dissídio individual ou dissídio coletivo – ações plúrimas e ações de cumprimento?
- ações fundamentadas em leis ou normas que já existem: dissídio individual (ações
condenatórias);
- dissídio coletivo: ação constitutiva que vai criar uma norma que não existe. Não se ingressa na
vara do trabalho, mas sim no TRT/TST.
V – art. 7º, XXXIV, CF – não possuem vínculo, não são empregados, mas sim trabalhadores
b) ação constitutiva proposta exclusivamente pela empresa para fazer a rescisão do contrato do
empregado com estabilidade absoluta
art. 853, CLT
art. 494, CLT
c) embargos de declaração – art. 897-A
Aula dia 05/09/2014
1) Autodefesa: a própria parte toma alguma atitude para resolver o conflito (ex.: empregado
– greve; empregador – locaut, art. 722);
2) Autocomposição (homocomposição): A autocomposição é a forma de solução dos
conflitos trabalhistas realizada pelas próprias partes. Elas mesmas chegam à solução de
suas controvérsias sem a intervenção de um terceiro. Este é, realmente, o melhor meio de
solução dos conflitos, pois ninguém melhor do que as próprias partes para solucionar suas
pendências, porque conhecem os problemas existentes em suas categorias.
3) Heterocomposição:
 Mediação (art. 616, art. 114): Mediação vem do latim mediare, com o sentido de
mediar, dividir ou meio de intervir. A mediação ocorre quando um terceiro, chamado
pelas partes, vem a solucionar o conflito, propondo a solução às partes. O mediador
pode ser qualquer pessoa, como até mesmo um padre, não necessitando de
conhecimentos jurídicos. O que interessa é que a pessoa venha a mediar o conflito,
ouvindo as partes e fazendo propostas. Para que se chegue a termo. O mediador tenta,
mediante diálogo, fazer com que as partes cheguem a consenso. Aproxima as partes
para que elas dialoguem. Dá orientações, mas não decide. Ouve e interpreta o desejo
das partes. Aconselha, faz sugestões às partes. As partes não estarão obrigadas a
aceitar as propostas, mas poderá haver a composição mediante o acordo de vontades.
O mediador não tem poder de coação ou de coerção sobre as partes; não toma
qualquer decisão ou medida, apenas serve de intermediário entre as partes.
 Arbitragem (Lei n. 9.307/96), não confundir com arbitramento que é forma de
liquidação de sentença (art. 879, CLT): A arbitragem é uma forma de solução de
conflitos feita por um terceiro estranho à relação das partes ou por um órgão, que é
escolhido por elas, impondo a solução do litígio. É uma forma voluntária de terminar o
conflito, o que importa em dizer que não é obrigatória. A pessoa designada chama-se
árbitro. Sua decisão denomina-se sentença arbitral. As partes interessadas podem
submeter à solução de seus litígios ao juízo arbitral, mediante convenção de
arbitragem, assim entendida a cláusula compromissória e o compromisso arbitral (art.
3º da Lei n' 9.307/96).
DISTINÇÃO de arbitragem e mediação: Distingue-se a arbitragem da mediação, pois
nesta o mediador apenas faz propostas para a solução do conflito, enquanto o árbitro
decide, impõe a solução ao caso que lhe é submetido à apreciação.
Só é válida, na Justiça do Trabalho, para questões coletivas. De uma sentença arbitral,
cabe apenas uma ação anulatória (ex.: por vício de consentimento), com prazo de 90
dias da sentença;
 TAC (Termo de Ajuste de Conduta): art. 876 da CLT é o único dispositivo que aponta os
títulos executivos extrajudiciais da Justiça do Trabalho. Cheque não pode ser executado
na Justiça do Trabalho;
 Comissão de Conciliação Prévia (art. 876, CLT e art. 625-A e ss, da CLT): As empresas e
os Sindicatos podem Instituir Comissões de Conciliação, de composição paritária, com
representantes dos empregados e dos empregadores, com a atribuição de tentar
conciliar os conflitos individuais do trabalho (art. 625-A da CLT). O fator positivo da nova
norma é que o conflito pode ser resolvido na própria empresa e não irá para a Justiça
do Trabalho, sendo uma espécie de filtro. Pode diminuir o número de processos na
Justiça do Trabalho em razão do efetivo funcionamento das Comissões. Algumas
empresas tinham instituído uma espécie de comissão de conciliação, que diminuiu
muito as reclamações trabalhistas e o custo com tais ações. A natureza jurídica das
comissões é de mediação. Seu objetivo e de conciliar dissídios individuais entre
empregado e empregador e não dizer o direito aplicável ao litígio.
As comissões não decidem, nem devem "homologar" a rescisão do contrato de
trabalho. As comissões têm natureza de órgão privado, de solução de conflitos
extrajudiciais e não público. A CLT não índica um número mínimo de empregados para
que a comissão possa ser instituída, como existia no projeto de lei em que a matéria foi
discutida, que era em tomo de 50 empregados. A lei não obriga a constituição das
comissões, pois emprega o verbo poder. Isso quer dizer que a instituição das
comissões é facultativa.
Obs.: diferença entre dissídio individual e dissídio coletivo:
Dissídio coletivo (competência):
 Mesma região é do TRT daquela região;
 Regiões diferentes é do TST;
 Exceção: Estado de São Paulo têm duas regiões (2º e 15º). No conflito entre elas,
prevalece a 2º região, pois é a capital.
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA NA JUSTIÇA DO TRABALHO
Prescrição:
Art. 7º, XXIX, CF;
Art. 11, CLT
Ação quinária por Ovídio Baptista
Ação Condenatória
Ação (des) Constitutiva
Ação declaratória
Os arts. 205 e 206 do CC estabelecem prazos prescricionais. O restante é prazo decadencial.
TODA AÇÃO CONDENATÓRIA É A QUE PRESCREVE.
Art.11, CLT e art. 7º, XXIX, CF: dois anos para ingressar com a ação. Após a rescisão do contrato
voltamos 5 anos no tempo. Sendo assim, após a rescisão, cada dia que pensar em ingressar com
a ação está perdendo um dia de reclamatória pela prescrição.
Súmula nº 268 do TST
PRESCRIÇÃO. INTERRUPÇÃO. AÇÃO TRABALHISTA ARQUIVADA (nova redação) - Res. 121/2003, DJ
19, 20 e 21.11.2003
A ação trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a prescrição somente em relação aos pedidos
idênticos.
Aula dia 11/08/2014
Prazo decadencial
 Art. 1560, CC (ação de anulação de casamento);
 Ações constitutivas ou desconstitutivas: prazo decadencial;
 Art. 853: Para a instauração do inquérito para apuração de falta grave contra empregado
garantido com estabilidade, o empregador apresentará reclamação por escrito à Junta ou
Juízo de Direito, dentro de 30 (trinta) dias, contados da data da suspensão do empregado.
(Desconstitutiva de estabilidade)
Súmula nº 62 do TST
ABANDONO DE EMPREGO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
O prazo de decadência do direito do empregador de ajuizar inquérito em face do
empregado que incorre em abandono de emprego é contado a partir do momento em que
o empregado pretendeu seu retorno ao serviço.
 Art. 836, da CLT: único dispositivo da CLT que fala de ação rescisória. Desconstituir a
sentença: prazo decadencial;
 Mandado de segurança ((des) constitutivo): o prazo é decadencial;
 Obs.: as ações declaratórias são imprescritíveis (a ação declaratória serve para declarar
uma situação pré-existente, como interdição e paternidade). Existe uma única ação
declaratória na Justiça do Trabalho a qual está prevista no art. 11,§1º, CLT – ação
declaratória para fins previdenciários.
A PRESCRIÇÃO DO ACIDENTE DE TRABALHO
Após emenda 45/2004 (art. 114, VI, CF)
1) “Actio nata”(data do acidente): art. 7º, XXIX, da CF – dois anos para ingressar com a ação;
2) Art. 206, §3º, V, CC: 3 anos para ingressar com a ação;
Qual é a melhor? Depende de quando ocorreu o acidente.
3) O art. 206, §3º, V, CC: refere o prazo de três anos para a reparação civil, sendo a reparação
de âmbito trabalhista, a prescrição seria a do art. 205, CAPUT, CC: 10 anos da “actio nata”
(não é usado);
4) Os direitos personalíssimos (art. 11, CC) são imprescritíveis. Como o acidente de trabalho
está dentro do capítulo II da CF, a reparação por esse tipo de acidente seria imprescritível.
ATENÇÃO: essa tese é acadêmica. Como a ação é condenatória, tem que ter prazo
prescricional;
5) Vícios redibitórios? OCULTOS.
Súmula 278, do STJ: O termo inicial do prazo prescricional, na ação de indenização, é a data em
que o segurado teve ciência inequívoca da incapacidade laboral.
Obs.: a prescrição é preliminar de mérito, ou defesa indireta de mérito. A parte pode alegar até
a interposição do RO. Após, não pode alegar, por ausência de pré-questionamento.
RITOS PROCESSUAIS
Já aprendemos que o valor da causa define o rito processual, na forma da súmula 71 do TST.
Súmula nº 71 do TST
ALÇADA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
A alçada é fixada pelo valor dado à causa na data de seu ajuizamento, desde que não
impugnado, sendo inalterável no curso do processo.
Rito Sumário (1970);
Rito Sumaríssimo (2000);
Rito Ordinário (1943).
Procedimento Sumaríssimo – criado pela Lei n. 9.957/2000
OBJETIVO: agilizar o andamento processual, desde que respeitado o valor de até 40 salários
mínimos (R$ 28.960,00).
1) Após a interposição da ação, a primeira audiência deve ocorrer em 15 dias (mas tal prazo se
mostrou inviável);
2) Tem uma pauta realmente especial;
3) Todo o pedido deve ser certo e determinado, ou seja, tem valor, sob pena de o pedido ser
inepto;
4) O valor determinado no pedido limita a procedência;
5) Nesse rito processual, não podemos processar entes públicos. Dessa forma, independente
do valor, devemos ingressar no rito ordinário;
6) A lei diz que no rito sumaríssimo não há edital (art. 841, §1º, CLT). DICA: nos últimos dois
anos, para evitar a mudança de rito, os juízes estão expedindo editais de notificação
mesmo no rito sumaríssimo (contrariando o que está disposto na lei);
7) Nesse rito os prazos sempre serão computados de forma simples;
8) A audiência é feita para ser uma (uma só);
9) Três hipóteses de fracionamento da audiência:
a) Caso seja necessário realizar perícia;
b) Comprovar no dia da audiência que a testemunha foi convidada, mas que se recusou a
comparecer (por exemplo, por email). Nesse caso, a audiência será adiada. Na segunda
audiência a testemunha também não comparece. Na terceira audiência a testemunha será
conduzida;
c) Testemunha que resida em outro município. Pede em audiência a expedição de carta
precatória;
10) Todos os ritos processuais são resolvidos em audiência – aqueles mais complexos em
sentença.
Não há possibilidade de pedir o prazo do art. 800, CLT: Apresentada a exceção de
incompetência, abrir-se-á vista dos autos ao exceto, por 24 (vinte e quatro) horas
improrrogáveis, devendo a decisão ser proferida na primeira audiência ou sessão que se
seguir.
A sentença não tem relatório e é líquida!
11) Na Justiça do Trabalho não existe tecnicamente a réplica, mas sim a manifestação sobre
documentos. Nesse rito, é feito oralmente na audiência;
12) A sentença não apresenta relatório. É para ser dada em audiência e é líquida;
Recurso ordinário no procedimento sumaríssimo: art. 895, §1º, da CLT.
Aula dia 18/09/2014
Procedimento Ordinário (1943)
 Nomenclatura, art. 651, CLT
Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela
localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador,
ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.
 Audiência uma – foi adotado depois duas audiências;
 Ausência das partes:
Reclamante, art. 844, da CLT: o processo é arquivado;
Reclamado: revelia + confissão ficta (vale para matéria de fato, mas o direito tem que ser
analisado).
1ª AUDIÊNCIA 2º AUDIÊNCIA
Reclamante: arquivamento Reclamante: confissão ficta (dos fatos
contestados na primeira audiência)
Reclamado: revelia + confissão ficta Reclamado: revelia + confissão ficta
Súmula nº 9 do TST
AUSÊNCIA DO RECLAMANTE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada a ação em audiência, não
importa arquivamento do processo.
Súmula nº 74 do TST
CONFISSÃO. (nova redação do item I e inserido o item III à redação em decorrência do julgamento
do processo TST-IUJEEDRR 801385-77.2001.5.02.0017) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30
e 31.05.2011
I – Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não
comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. (ex-Súmula nº 74 - RA
69/1978, DJ 26.09.1978)
II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a confissão
ficta (art. 400, I, CPC), não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas
posteriores. (ex-OJ nº 184 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000)
III- A vedação à produção de prova posterior pela parte confessa somente a ela se aplica, não
afetando o exercício, pelo magistrado, do poder/dever de conduzir o processo.
Obs.: se o preposto não vai à audiência, o que o advogado de defesa faz? Tem que pedir a juntada
dos documentos, pois a confissão é da matéria de fato;
 Capacidade das partes: art. 791 a 793, CLT (o art. 792 está revogado). O art. 793 é a
hipótese mais usada: curador nomeado;
 Sucessão de??? Documento: certidão de dependente do INSS ou inventário negativo,
quando alguém falece e não deixa bens;
 Sucessão empresarial: art. 10 e 448, CLT.
Juntada de documentos: do art. 845 ao art. 850, CLT.
Reclamante: petição inicial
Reclamado: contestação
Se juntado em outro momento, pode pedir o desentranhamento;
 A sentença é a continuação da audiência (seria a terceira parte). Por isso que é marcado dia
e hora para a entrega da sentença (porque audiência sempre tem dia e hora).

Aula dia 25/09/2014
Mandatos
 Tácito: presunção de que é o advogado, art. 38, CPC: Art. 38. A procuração geral para o
foro, conferida por instrumento público, ou particular assinado pela parte, habilita o
advogado a praticar todos os atos do processo, salvo para receber citação inicial, confessar,
reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre que se
funda a ação, receber, dar quitação e firmar compromisso.
Quem tem mandado tácito pode substebelecer?
200. MANDATO TÁCITO. SUBSTABELECIMENTO INVÁLIDO (inserido dispositivo) - DJ 20.04.2005
É inválido o substabelecimento de advogado investido de mandato tácito.
Qual a forma de conseguir substabelecer?
Juntar procuração expressa.
 Expresso: é um documento particular e deve conter a identificação de quem está
assinando.
Súmula nº 456 do TST
REPRESENTAÇÃO. PESSOA JURÍDICA. PROCURAÇÃO. INVALIDADE. IDENTIFICAÇÃO DO
OUTORGANTE E DE SEU REPRESENTANTE. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 373 da
SBDI-1 com nova redação) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014
É inválido o instrumento de mandato firmado em nome de pessoa jurídica que não contenha, pelo
menos, o nome do outorgante e do signatário da procuração, pois estesdados constituem
elementos que os individualizam.
 Apud Acta: mandato escrito na ata. Mandato com fé pública (por instrumento público).
Art. 791, §3º, da CLT.
Obs.: quem tem mandato expresso ou apud acta pode substabelecer.
Súmula 395, TST
Súmula 383, I, TST
Aula dia 26/09/2014
Prova GRAU A
GRAU B1
Aula dia 02/10/2014
Má-fé na Justiça do Trabalho
Art. 769, da CLT
Art. 14, do CPC
Súmula 159 do STF
Art. 14, V, CPC - O advogado pode ser condenado por litigância de má-fé, como, por exemplo,
quando realiza atos procrastinatórios.
No processo do trabalho existe reconvenção.
Há a possibilidade de pagar em dobro.
Súmula 159, STF.
Súmula 159
COBRANÇA EXCESSIVA, MAS DE BOA-FÉ, NÃO DÁ LUGAR ÀS SANÇÕES DO ART. 1.531 DO CÓDIGO
CIVIL.
Art. 1531 do CC revogado, atual art. 940, CC/2002.
Intervenção de Terceiros na Justiça do Trabalho
Na Justiça do Trabalho, a seleção do polo passivo é realizada exclusivamente pelo reclamante.
Súmula 331, IV, TST.
1) Assistência: art. 50, CPC, súmula 82, TST. É vedada essa possibilidade, porque o direito do
trabalho não pode ser motivado, primeiramente, pela questão financeira.
Súmula nº 82 do TST
ASSISTÊNCIA (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
A intervenção assistencial, simples ou adesiva, só é admissível se demonstrado o interesse
jurídico e não o meramente econômico. 
Art. 50, CPC: Pendendo uma causa entre duas ou mais pessoas, o terceiro, que tiver interesse
jurídico em que a sentença seja favorável a uma delas, poderá intervir no processo para
assisti-la.
Parágrafo único. A assistência tem lugar em qualquer dos tipos de procedimento e em todos os
graus da jurisdição; mas o assistente recebe o processo no estado em que se encontra.
O interesse do assistente deve ser jurídico e não econômico, como mencionado no art. 50 do
CPC. Aliás, o TST tem súmula de sua Jurisprudência predominante que trata do tema, a de n.
82, assim ementada: “A intervenção assistencial, simples ou adesiva, só é admissível se
demonstrado o interesse jurídico e não meramente econômico”.
2) Oposição: art. 56, CPC
Art. 56. Quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que controvertem
autor e réu, poderá, até ser proferida a sentença, oferecer oposição contra ambos.
Não pode para direitos personalíssimos (ex.: horas extras do empregado). Aqui pode ter
interesse econômico.
3) Denunciação à lide: art. 70, III, CPC.
Art. 70. A denunciação da lide é obrigatória:
III - àquele que estiver obrigado, pela lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o
prejuízo do que perder a demanda.
Em virtude das ações de indenização.
A empresa denúncia a seguradora, porque tem um contrato de seguro para esses empregados.
O reclamante pode aceitar OU NÃO.
Aula dia 03/10/2014
Condições da Ação
1) Possibilidade jurídica do pedido: as fontes do direito do trabalho são mais amplas. Sendo
assim, podemos utilizar o contrato de trabalho, a convenção coletiva. Art. 337, CPC.
Se não tiver a base legal, tem que fazer prova da fonte do direito.
2) Interesse de agir: em relação aos direitos personalíssimos, em regra, quem tem
legitimidade para ingressar com a ação é o empregado.
3) Legitimidade das partes
4) Jurisdição: art. 651, CLT (competência territorial).
5) Pedido: pedido inepto, art. 840, §1º, CLT. No direito do trabalho, o pedido deve estar
relacionado a um fato, sob pena de inépcia do pedido.
Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal.
§ 1º - Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do Presidente da Junta, ou do
juiz de direito a quem for dirigida, a qualificação do reclamante e do reclamado, uma breve
exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, a data e a assinatura do reclamante
ou de seu representante.
6) Insuspeição do magistrado: art. 801 e 802 da CLT.
Art. 134 e 135 (suspeição e impedimento). Não põe fim ao processo. Tem que ser alegado.
A CLT não fala em impedimento, portanto se utiliza o CPC.
Deve ser alegado no primeiro momento da ciência do fato.
Art. 802 + são complementados com as hipóteses do art. 134 e 135.
Art. 802, §1º: Juntas de Conciliação, não há mais.
JUÍZO PREVENTO: pela data da interposição da ação (interrompe a prescrição e começam a
contar os juros – 1% a.m)
Litisconsórcio art. 843, da CLT: Art. 843 - Na audiência de julgamento deverão estar presentes o
reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes
salvo, nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados
poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria.
Relacionado aos pedidos, ou seja, é a cumulação de pedidos.
Cumulação Objetiva: os pedidos são compatíveis entre si e estão interligados (Se não ganha
um, não ganha o outro).
Cumulação Simples: os pedidos são compatíveis, mas são independentes um do outro.
Cumulação Sucessiva: ganha um ou outro pedido. Ex.: declaração do período estabilitário com
a reintegração da reclamante no seu emprego ou a indenização correspondente a todo período
estabilitário com os devidos reflexos legais em férias, abono constitucional, gratificação
natalina, FGTS, multa de 40% sobre o FGTS.
Aula dia 09/10/2014
Classificação dos prazos
Quanto à origem
 Legais: art. 6º, da Lei n. 5.584/70 (Art 6º Será de 8 (oito) dias o prazo para interpor e
contra-arrazoar qualquer recurso, qualquer prazo fixado em lei.
 Judiciais: prazo fixado pelo juiz. Exemplo: prazo para manifestação em relação aos
documentos.
 Convencionais: as partes estipulam, em comum acordo, art. 265, II, CPC.
Obs.: nos prazos judiciais e convencionais, pode ser pedido dilação, por óbvio, esse pedido deve
ser feito dentro do prazo.
Quanto à natureza
 Peremptórios: são os prazos legais que não podem ser ampliados a pedido das partes.
 Dilatórios
Quanto aos destinatários
 Próprios
 Impróprios: art. 841, da CLT (prazo 48h). Os prazos impróprios não geram punição em
relação a sua não observância.
Contagem de prazos
Art. 184, do CPC
Art. 774 e 775, da CLT
IP: início do prazo
IC: início da contagem do prazo – 1º
Questão
 O advogado do reclamante é notificado, mediante informação de audiência já realizada,
de uma sentença a ser publicada no dia 13/10. Qual o prazo fatal para a interposição de
RO? 21/10 (8 dias).
IP: oficial de justiça, edital, informação sentença.
Art. 4º, da Lei n. 11.469/2006
 O advogado da reclamante é notificado eletronicamente pelo DOU no dia 17/10.
@ - 1º dia útil: IP – 1º dia útil: IC
Obs.: fax na justiça do trabalho, somente para recurso (súmula 387, TST)
No recesso os prazos ficam suspensos: dia 19/12 – 07/01
 No dia 18/12/2014, o advogado é notificado eletronicamente de uma sentença. Deseja
interpor um RO, qual é o prazo?
Dia 14/01
Obs.:
Recurso extemporâneo: interposto antes de começar a contar o prazo.
Recurso Intempestivo: interposto além do prazo estipulado.
ED – 5 dias, art. 897-A, da CLT.
Oficial de Justiça que apresenta mandado de penhora – 5 dias
Embargos à execução art. 884
Aula dia 16/10/2014
Contestação (resposta do réu)
A empresa que terá o ônus da prova.
 Defesa Indireta do Processo: onde serão discutidos pressupostos para o válido
desenvolvimento do processo, com efeito dilatório (exceção, art. 304, do CPC) ou
peremptório (preliminares do art. 301 do CPC).
Defesas de caráter dilatório: são aquelas que não põem fim ao processo, mas apenas atrasam o
andamento processual. São elas:
1. Exceção de incompetência em razão do lugar (art. 799, da CLT)
2. Exceção de suspeição do juiz
3. Exceção de impedimento do juiz
Obs.: essas defesas são realizadas por meio de peças em separado e é possível pedir o prazodo
art. 800, da CLT (24h).
Defesas de caráter peremptório: são aquelas que põem fim ao processo (sem resolução do
mérito). São elas:
1. Incompetência em relação à pessoa ou à matéria
2. Preliminar em contestação (ou defesa indireta do processo), art. 301, do CPC
Obs.: a prescrição e decadência não são preliminares, uma vez que há resolução do mérito. Essa
alegação deve ser chamada de preliminar do mérito ou defesa indireta do mérito.
 Defesa Indireta do Mérito: que se poderia chamar de preliminares do próprio mérito da
ação, como se observa na prescrição e na decadência, em que o processo é resolvido com
julgamento do mérito (art. 269, IV, do CPC).
 Defesa Direta do Mérito: em que o réu pretende ver a ação julgada em sua substância,
com a rejeição da pretensão do autor (art. 269, I, do CPC). É a defesa fática, ou seja, a
defesa dos fatos articulados.
 Reconvenção (art. 299, CPC)
Na reconvenção, a empresa pode pedir indenização de algum valor.
 Compensação e retenção (art. 767, CPC)
Somente podem ser compensadas as parcelas do mesmo tipo (férias com férias, por
exemplo). Exceção: periculosidade com insalubridade.
A retenção é a possibilidade de abater valores, em razão de um bem que esteja em posse
do reclamante.
 Impugnar os fatos (se não impugnar, não pode mais contestar), art. 467, CLT
 Improcedência do pedido
PROVA
 Condução pelo juiz, art. 131, CPC e 765, CLT.
Art. 131. O juiz apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e circunstâncias
constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes; mas deverá indicar, na
sentença, os motivos que Ihe formaram o convencimento.
Art. 765 - Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo
e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência
necessária ao esclarecimento delas.
 “Juiz conhece o direito” – art. 335 e 337, CPC, art. 8º, CLT
Art. 335. Em falta de normas jurídicas particulares, o juiz aplicará as regras de experiência comum
subministradas pela observação do que ordinariamente acontece e ainda as regras da experiência
técnica, ressalvado, quanto a esta, o exame pericial.
Art. 337. A parte, que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário, provar-
lhe-á o teor e a vigência, se assim o determinar o juiz.
Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou
contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros
princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo
com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de
classe ou particular prevaleça sobre o interesse público.
Parágrafo único - O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo em que
não for incompatível com os princípios fundamentais deste.
Obs.: “juri novit curie”: o direito de âmbito nacional.
 “Aquilo que não está na ação não está no mundo”
Princípios das Provas
 Lealdade: art. 17, I, CPC: 
Art. 17. Reputa-se litigante de má-fé aquele que: I - deduzir pretensão ou defesa contra texto
expresso de lei ou fato incontroverso; 
 Legalidade: art. 5º, LVI, CF – o juiz não pode fundamentar a sua decisão com prova
ilícita;
 Contraditório: art. 787 e 845, CLT:
 Art. 787 - A reclamação escrita deverá ser formulada em 2 (duas) vias e desde logo acompanhada
dos documentos em que se fundar.
Art. 845 - O reclamante e o reclamado comparecerão à audiência acompanhados das suas
testemunhas, apresentando, nessa ocasião, as demais provas.
 Obrigatoriedade
 Ônus da prova, art. 818, CLT:
Art. 818 - A prova das alegações incumbe à parte que as fizer.
Aula dia 17/10/2014
 Verdade real e verdade legal
A verdade Real buscamos mediante a prova, qual seja, a prova testemunhal. Já a verdade legal
tem que provar com documentos. Se estiver com o ônus da prova e não tiver os documentos que a
lei exige, tem a probabilidade de perder no processo.
Conforme súmula 338, se a empresa possuir cartões ponto britânicos, considerará verdadeira a
jornada apontada na inicial, mesma que não seja verdadeira.
Súmula nº 338 do TST
JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA (incorporadas as Orientações Jurispruden-
ciais nºs 234 e 306 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de tra-
balho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles de frequên-
cia gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova
em contrário. (ex-Súmula nº 338 – alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003)
II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento normati-
vo, pode ser elidida por prova em contrário. (ex-OJ nº 234 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001)
III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos
como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do
empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. (ex-OJ nº 306 da SBDI-
1- DJ 11.08.2003)
A súmula 449 do TST modificou o artigo 58, §1º da CLT. Trata sobre os 10 minutos de tolerância na
contabilidade de hora extra. Agora contabilizar minuto a minuto.
Súmula nº 449 do TST
MINUTOS QUE ANTECEDEM E SUCEDEM A JORNADA DE TRABALHO. LEI Nº 10.243, DE
19.06.2001. NORMA COLETIVA. FlEXIBILIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. (conversão da Orientação Ju-
risprudencial nº 372 da SBDI-1) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014 
A partir da vigência da Lei nº 10.243, de 19.06.2001, que acrescentou o § 1º ao art. 58 da CLT, não
mais prevalece cláusula prevista em convenção ou acordo coletivo que elastece o limite de 5 minu-
tos que antecedem e sucedem a jornada de trabalho para fins de apuração das horas extras.
A súmula 212 presume a continuidade do contrato de trabalho. Precisa documento escrito solici-
tando a demissão. Hoje é costumeiro o empregador pedir para que o empregado escreva o pedido
de demissão.
Súmula nº 212 do TST
DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o
despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui
presunção favorável ao empregado.
MEIOS DE PROVA
 Prova documental - Artigo 830 CLT. O advogado se responsabiliza pela cópia fidedigna dos
documentos. Se impugnado, terá de apresentar os originais.
Na questão da equiparação salarial, a súmula 6 do TST aponta o ônus da prova para o empregador.
 Depoimento das partes – Só pode pedir o depoimento da parte contrária, com objetivo de
buscar a confissão.
Art. 820, CLT - As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou presidente, podendo ser
reinquiridas, por seu intermédio, a requerimento dos vogais, das partes, seus representantes
ou advogados.
Art. 848, CLT - Terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, podendo o presidente,
ex officio ou a requerimento de qualquer juiz temporário, interrogar os litigantes.
A oitiva das partes pode ser feita a qualquer momento. 
Confissão ficta: quando o preposto diz que “não lembra, não sabe”.
Confissão real: art. 302, CPC.
 Prova testemunhal – O momento processual para contraditar (para evitar que seja ouvida –
dizer que tem interesse, entre outros...Usar CPC) uma testemunha é no final da qualifica-
ção. 
obs.: a contradita consiste em fazer com que o juiz realize a oitiva da testemunha sem com-
promisso (portanto, pode mentir).
O pedido de contradita já sumulado,357 TST - o fato de já haver processo contra a empresa
não afasta o direito de testemunhar.
Art. 405 e seguintes.
Súmula nº 357 do TST
TESTEMUNHA. AÇÃO CONTRA A MESMA RECLAMADA. SUSPEIÇÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ
19, 20 e 21.11.2003
Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou de ter litigado contra o mes-
mo empregador.
Aula dia 23/10/2014
Continuação
Somente pode ser utilizada testemunha, a fim de obter a verdade real (somente fatos).
As testemunhas são levadas independentemente de intimação. Sendo assim, não se junta rol de
testemunhas. 
Obs.: a primeira audiência é o momento para apresentar testemunhas. Caso não apresente,
preclui.
Art. 821 - Cada uma das partes não poderá indicar mais de 3 (três) testemunhas, salvo quando se
tratar de inquérito, caso em que esse número poderá ser elevado a 6 (seis).
Art. 825 - As testemunhas comparecerão a audiência independentemente de notificação ou
intimação.
Art. 845 - O reclamante e o reclamado comparecerão à audiência acompanhados das suas
testemunhas, apresentando, nessa ocasião, as demais provas.
Rito Sumaríssimo: 2 testemunhas
Rito Ordinário: 3 testemunhas
Questão: ação plúrima no rito sumaríssimo – 3 reclamantes e 2 reclamadas. Quantas testemunhas
podem ser ouvidas ao máximo? 
Reclamante: duas testemunhas (sempre como se fosse uma parte)
Reclamadas: duas testemunhas para cada uma
 Incidente de falsidade - art. 390, do CPC. O processo fica suspenso até que seja verificado o
incidente.
 Perícia – o juiz é obrigado a determinar a realização de perícia, porém não é obrigado a
acatar a decisão do laudo pericial.
Art . 195 - A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as
normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho
ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho.
Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte
sucumbente na pretensão objeto da perícia, salvo se beneficiária de justiça gratuita.
OJ 165, da SDI I, TST - 165. PERÍCIA. ENGENHEIRO OU MÉDICO. ADICIONAL DE
INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE. VÁLIDO. ART. 195 DA CLT (inserida em 26.03.1999)
O art. 195 da CLT não faz qualquer distinção entre o médico e o engenheiro para efeito de
caracterização e classificação da insalubridade e periculosidade, bastando para a elaboração do
laudo seja o profissional devidamente qualificado.
OJ 278 da SDI I, TST - 278. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. PERÍCIA. LOCAL DE TRABALHO
DESATIVADO (DJ 11.08.2003)
A realização de perícia é obrigatória para a verificação de insalubridade. Quando não for
possível sua realização, como em caso de fechamento da empresa, poderá o julgador utilizar-se
de outros meios de prova.
Súmula nº 448 do TST
ATIVIDADE INSALUBRE. CARACTERIZAÇÃO. PREVISÃO NA NORMA REGULAMENTADORA Nº
15 DA PORTARIA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO Nº 3.214/78. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS.
(conversão da Orientação Jurisprudencial nº 4 da SBDI-1 com nova redação do item II ) – Res.
194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014. 
I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado
tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na
relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho.
II – A higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande circulação, e a
respectiva coleta de lixo, por não se equiparar à limpeza em residências e escritórios, enseja o
pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, incidindo o disposto no Anexo 14
da NR-15 da Portaria do MTE nº 3.214/78 quanto à coleta e industrialização de lixo urbano.
Súmula nº 453 do TST
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. PAGAMENTO ESPONTÂNEO. CARACTERIZAÇÃO DE FATO
INCONTROVERSO. DESNECESSÁRIA A PERÍCIA DE QUE TRATA O ART. 195 DA CLT. (conversão
da Orientação Jurisprudencial nº 406 da SBDI-1) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e
23.05.2014 
O pagamento de adicional de periculosidade efetuado por mera liberalidade da empresa, ainda
que de forma proporcional ao tempo de exposição ao risco ou em percentual inferior ao
máximo legalmente previsto, dispensa a realização da prova técnica exigida pelo art. 195 da
CLT, pois torna incontroversa a existência do trabalho em condições perigosas.
 Inspeção Judicial – art. 440, do CPC.
 Prova emprestada – Pode ser utilizado, por exemplo, um depoimento de outro processo.
Nesse caso, é utilizada como prova documental.
Grau B2
Procedimentos Especiais
 Consignação em pagamento (art. 890 e ss, do CPC): não tem previsão na CLT, mas sim
no Código de Processo Civil. Possui seu próprio procedimento. 
Não existe consignação extrajudicial na Justiça do Trabalho.
Tem como objeto a quitação.
Audiência de oblação: em regra, termina aqui. Obs.: quitação apenas da consignação.
Art. 896: é possível contestar a ação, se assim quiseres.
A sentença da consignação em pagamento é de caráter constitutivo, contudo, se contestada a
ação, podemos ter uma sentença de caráter condenatório, uma vez que deverá ocorrer o
pagamento da diferença que está sendo contestada.
Aula dia 24/10/2014
OBS.: SOMENTE AS SENTENÇAS CONDENATÓRIAS TÊM DEPÓSITO RECURSAL.
 Inquérito de apuração de falta grave (art. 853, CLT): utiliza-se somente para
empregados que possuem estabilidade absoluta.
O empregador busca ser constituído na autorização de afastar o empregado por justa causa, por
esse motivo que devem ser apresentadas 6 testemunhas (art. 821, da CLT).
Súmula nº 62 do TST
ABANDONO DE EMPREGO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
O prazo de decadência do direito do empregador de ajuizar inquérito em face do empregado que
incorre em abandono de emprego é contado a partir do momento em que o empregado
pretendeu seu retorno ao serviço.
Obs.: o contrato fica suspenso. 
Se for improcedente, provavelmente haja uma indenização por dano moral.
O art. 853 prevê que a ação deve ser apresentada de forma expressa, afastando assim o jus
postulandi. Portanto, deve haver a contratação de um advogado.
 Reconvenção (art. 299, CPC): nessa ação, não se pede em reconvenção a reintegração
do empregado, uma vez que a sentença apresenta efeito de duplicidade.
Aula dia 30/10/2014
Razões Finais
Devem ser reiterados os protestos lançados (não é uma regra, mas é aconselhável)
Sentença: identifica as partes
Relatório: somente é apresentado no rito ordinário.
Fundamentação: análise dos pedidos feitos pelo reclamante. Ao final de cada pedido, teremos a
procedência ou improcedência de cada um.
Dispositivo: somente os pedidos procedentes.
Valor.
Custas: 2%.
Obs.: o reclamado recorre do dispositivo. Já o reclamante recorre da fundamentação.
SOMENTE AS SENTENÇAS CONDENATÓRIAS TÊM DEPÓSITO RECURSAL.
O depósito recursal corresponde ao valor que deve ser pago pela empresa para que possa recorrer.
No dia 1º de agosto de cada ano, o Presidente do TST determina a alteração dos valores
correspondentes aos depósitos recursais.
Recurso Ordinário R$ 7.485,83
Recurso de Revista R$ 14.971,65
Embargos
Recurso Extraordinário
Revisão (ação rescisória)
Obs. 1: O reclamante nunca vai pagar o depósito recursal.
Obs. 2: tudo que estiver acima do teto tranca no teto.
Devem ser juntadas as guias de depósito e das custas para interpor o recurso. Se conseguir
reverter a sentença, o dinheiro do depósito recursal é devolvido.
Questão
A reclamada ingressou com RO e RR. Aponte o valor das custas e dos depósitos recursais do RO e
RR. R$ 9.000,00
RO – depósito: R$ 7.485,83 – custas: R$ 180,00
RR – depósito: R$ 1.514,17 (diferença até atingir o valorda condenação)
Obs. 3: as custas são pagas na interposição do primeiro recurso ou cada vez que houver um
acréscimo na condenação. Se houver acréscimo na condenação, as custas são pagas somente em
relação a esse.
Agravo de Instrumento: o teto do depósito recursal é a metade do teto do recurso que quer
destrancar.
RO: R$ 3.742,92
RR: R$ 7.485,83
Art. 899, §7º, CLT
Exemplo:
Valor da condenação: R$ 16.000,00
RO: R$ 7.485,83 Custas: R$ 320,00
AI do RO: R$ 3.742,92
RR: R$ 4.771,25
Obs. 4: depois que atingir o valor da condenação, todos os recursos são gratuitos.
Valor da condenação: R$ 11.000,00
RO: R$ 7.485,83 Custas: R$ 220,00
AI do RO: R$ 3.742,92
RR: R$ Custas: R$ 70,00 acréscimo de 3.500
Aula dia 31/10/2014
Prova
Aula dia 06/11/2014
Continuação:
Questão
Sentença parcialmente procedente de R$ 15.000,00. A reclamada interpôs RO que não foi
recebido. A reclamada interpôs AI que foi procedente. O RO foi julgado, mas foi improcedente e
depois RR. Ocorre que o reclamante também ingressou com RO que foi procedente, acrescendo na
condenação de 1º grau mais R$ 11.000,00. Calcule o valor das custas e dos depósitos recursais.
RO: R$ 7.485,83 Custas: 300,00
AI do RO: R$ 3.742,92
RR: R$ 14.771,25 Custas: 220,00 (acréscimo de R$ 11.000,00)
Observações importantes:
1) Somente as sentenças condenatórias têm depósito recursal;
2) Toda sentença tem valor, inclusive a de improcedência;
3) Toda vez que houver procedência do recurso do reclamante com o aumento do valor da
condenação, a reclamada tem que depositar custas + depósito;
4) O prazo para a comprovação do pagamento de custas e do depósito é o mesmo do recurso;
5) Não há a hipótese de complementação do pagamento das custas e do depósito;
6) As guias de custas e do depósito são diferentes.
Princípios dos Recursos
1. Aplicação imediata da nova Lei
OJ 260 DA SDI I DO TST
260. AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO. LEI Nº
9.957/00. PROCESSOS EM CURSO (inserida em 27.09.2002)
I - É inaplicável o rito sumaríssimo aos processos iniciados antes da vigência da Lei nº 9.957/00.
II - No caso de o despacho denegatório de recurso de revista invocar, em processo iniciado antes
da Lei nº 9.957/00, o § 6º do art. 896 da CLT (rito sumaríssimo), como óbice ao trânsito do apelo
calcado em divergência jurisprudencial ou violação de dispositivo infraconstitucional, o Tribunal
superará o obstáculo, apreciando o recurso sob esses fundamentos.
Obs.: sentença que saí depois do dia 1º de agosto tem mudança no valor do depósito recursal.
Sérgio Pinto Martins: A parte não tem direito adquirido a determinado recurso, mas direito de
recorrer, de acordo com o recurso que estiver previsto em lei. A lei processual tem aplicação
imediata e apanha os processos em curso. Assim, se a lei nova disser que não mais existe recurso
ordinário e o prazo para apelar e de dois dias, não haverá direito adquirido a recorrer mediante o
recurso ordinário. Com a publicação da sentença é que nasce o direito de recorrer, pois antes disso
só se pode falar em mera expectativa do direito de recorrer, visto que o direito de recorrer é
inexistente antes de ser prolatada e publicada a sentença.
O recurso é regido pela lei vigente na data da publicação da decisão. E nessa data que surge o
direito de recorrer. Entretanto, devem ser respeitados os atos anteriormente praticados sob a
égide da lei velha.
2. Necessidade de garantir o juízo
Obrigação exclusiva da reclamada, quando a sentença for condenatória.
Súmula 128, I e III, TST
Súmula nº 128 do TST
DEPÓSITO RECURSAL (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 139, 189 e 190 da SBDI-1) -
Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I - É ônus da parte recorrente efetuar o depósito legal, integralmente, em relação a cada novo
recurso interposto, sob pena de deserção. Atingido o valor da condenação, nenhum depósito mais
é exigido para qualquer recurso.
III - Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, o depósito recursal efetuado por
uma delas aproveita as demais, quando a empresa que efetuou o depósito não pleiteia sua
exclusão da lide.
3. Irrecorribilidade das decisões interlocutórias
Súmula 214, do TST.
4. Efeito devolutivo
Art. 899, CLT - Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente
devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a
penhora.
Art. 515, CPC - A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.
Obs.: o único recurso simples é o RO, pois é até este que vai o jus postulandi.
Súmula nº 285 do TST
RECURSO DE REVISTA. ADMISSIBILIDADE PARCIAL PELO JUIZ-PRESIDENTE DO TRIBUNAL
REGIONAL DO TRABALHO. EFEITO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.20036.
O fato de o juízo primeiro de admissibilidade do recurso de revista entendê-lo cabível apenas
quanto a parte das matérias veiculadas não impede a apreciação integral pela Turma do Tribunal
Superior do Trabalho, sendo imprópria a interposição de agravo de instrumento. (efeito devolutivo.
Sendo assim, não precisa interpor AI).
5. Juízo de admissibilidade
Súmula 285, do TST
Dois juízos de admissibilidade: “a quo” (de origem) e “ad quem” (Tribunal).
Aula dia 07/11/2014
Continuação:
6. Uniformização dos prazos recursais
Art. 6º, da Lei 5.584/70 e art. 893, da CLT
Art 6º Será de 8 (oito) dias o prazo para interpor e contra-arrazoar qualquer recurso.
7. Recurso adesivo
Art. 500, CPC. Tem depósito recursal e pagamento de custas.
Art. 500. Cada parte interporá o recurso, independentemente, no prazo e observadas as exigências
legais. Sendo, porém, vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá
aderir a outra parte. O recurso adesivo fica subordinado ao recurso principal e se rege pelas
disposições seguintes: 
I - será interposto perante a autoridade competente para admitir o recurso principal, no prazo de
que a parte dispõe para responder; 
II - será admissível na apelação, nos embargos infringentes, no recurso extraordinário e no recurso
especial; 
III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal, ou se for ele declarado
inadmissível ou deserto. 
Parágrafo único. Ao recurso adesivo se aplicam as mesmas regras do recurso independente,
quanto às condições de admissibilidade, preparo e julgamento no tribunal superior. 
8. Voluntariedade
Súmula nº 303 do TST
FAZENDA PÚBLICA. DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais
nºs 71, 72 e 73 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I - Em dissídio individual, está sujeita ao duplo grau de jurisdição, mesmo na vigência da CF/1988,
decisão contrária à Fazenda Pública, salvo:
a) quando a condenação não ultrapassar o valor correspondente a 60 (sessenta) salários mínimos;
b) quando a decisão estiver em consonância com decisão plenária do Supremo Tribunal Federal ou
com súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho. (ex-Súmula nº 303 -
alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003 - Lei nº 10.352, de 26.12.2001)
II - Em ação rescisória, a decisão proferida pelo juízo de primeiro grau está sujeita ao duplo grau de
jurisdição obrigatório quando desfavorável ao ente público, exceto nas hipóteses das alíneas "a" e
"b" do inciso anterior. (ex-OJ nº 71 da SBDI-1 - inserida em 03.06.1996)
III - Em mandado de segurança, somente cabe remessa "ex officio" se, na relação processual,
figurar pessoa jurídica de direito público como parte prejudicada pela concessão da ordem. Tal
situação não ocorre na hipótese de figurar no feito como impetrante e terceiro interessado pessoa
de direito privado, ressalvada a hipótese de matéria administrativa. (ex-OJs nºs 72 e 73 daSBDI-1 –
inseridas, respectivamente, em 25.11.1996 e 03.06.1996).
9. Proibição da Reformatio in Pejus
10. Da simplicidade
Art. 899, caput da CLT, diz que os recursos são simples. Porém, na verdade, o único recurso simples
é o RO.
11. Fungibilidade Recursal
Sérgio Pinto Martins: Fungível é o que pode ser substituído por outra coisa do mesmo gênero,
número e grau. A fungibilidade decorre da uni-recorribilidade. Na fungibilidade, ocorre o
aproveitamento do recurso erroneamente nominado, como se fosse o que devia ser interposto. É a
utilização de um recurso mediante erro, quando o referido apelo não é o previsto para aquela
hipótese. Aproveita-se o referido recurso se for tempestivo. 
O aproveitamento do recurso erroneamente nominado adviria do princípio de que se o ato
alcançou sua finalidade não há nulidade (arts. 244 e 249 do CPC) ou do princípio da economia
processual.
Para ser aproveitado recurso erroneamente apresentado é preciso: (a) dúvida sobre qual o
recurso cabível. Em relação a recursos da União em execução da contribuição previdenciária, a CLT
não é clara sobre o nome do recurso a ser usado; (b) inexistência de erro grosseiro. Se houver erro
grosseiro, não se pode conhecer do recurso. É o que ocorre com a interposição de embargos de
declaração e depois pretende-se que seja conhecido como recurso ordinário; da apresentação de
embargos de terceiro, quando era o caso de embargos de declaração etc.; (c) deve ser
apresentado no prazo para o recurso que seria cabível.
OJ 69 e 152 da SDI-II do TST.
Súmula 421, TST
69. FUNGIBILIDADE RECURSAL. INDEFERIMENTO LIMINAR DE AÇÃO RESCISÓRIA OU MANDADO
DE SEGURANÇA. RECURSO PARA O TST. RECEBIMENTO COMO AGRAVO REGIMENTAL E
DEVOLUÇÃO DOS AUTOS AO TRT (inserida em 20.09.2000)
Recurso ordinário interposto contra despacho monocrático indeferitório da petição inicial de ação
rescisória ou de mandado de segurança pode, pelo princípio de fungibilidade recursal, ser recebido
como agravo regimental. Hipótese de não conhecimento do recurso pelo TST e devolução dos
autos ao TRT, para que aprecie o apelo como agravo regimental.
152. AÇÃO RESCISÓRIA E MANDADO DE SEGURANÇA. RECURSO DE REVISTA DE ACÓRDÃO
REGIONAL QUE JULGA AÇÃO RESCISÓRIA OU MANDADO DE SEGURANÇA. PRINCÍPIO DA
FUNGIBILIDADE. INAPLICABILIDADE. ERRO GROSSEIRO NA INTERPOSIÇÃO DO RECURSO. (DEJT
divulgado em 03, 04 e 05.12.2008) 
A interposição de recurso de revista de decisão definitiva de Tribunal Regional do Trabalho em
ação rescisória ou em mandado de segurança, com fundamento em violação legal e divergência
jurisprudencial e remissão expressa ao art. 896 da CLT, configura erro grosseiro, insuscetível de
autorizar o seu recebimento como recurso ordinário, em face do disposto no art. 895, “b”, da CLT.
Súmula nº 421 do TST
EMBARGOS DECLARATÓRIOS CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA DO RELATOR CALCADA NO ART.
557 DO CPC. CABIMENTO (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 74 da SBDI-2) - Res.
137/2005, DJ 22, 23 e 24.08.2005
I - Tendo a decisão monocrática de provimento ou denegação de recurso, prevista no art. 557 do
CPC, conteúdo decisório definitivo e conclusivo da lide, comporta ser esclarecida pela via dos
embargos de declaração, em decisão aclaratória, também monocrática, quando se pretende tão-
somente suprir omissão e não, modificação do julgado.
II - Postulando o embargante efeito modificativo, os embargos declaratórios deverão ser
submetidos ao pronunciamento do Colegiado, convertidos em agravo, em face dos princípios da
fungibilidade e celeridade processual. (ex-OJ nº 74 da SBDI-2 - inserida em 08.11.2000)
Observações: para todo o processo, o primeiro recurso é o RO.
O RO é o único recurso em que podemos discutir matéria fática.
Recurso de Revista
Sérgio Pinto Martins: O recurso de revista é apresentado ao Presidente do Tribunal Regional do
Trabalho, que poderá recebê-lo ou denegá-lo (§ 1º do art. 896 da CLT). Não há previsão legal para
delegação do despacho de admissibilidade do recurso de revista para o vice-presidente do
tribunal. Há necessidade, porém, de o despacho ser fundamentado, principalmente para indicar os
motivos de seu não recebimento.
Poderá o Presidente do Tribunal Regional do Trabalho reconsiderar seu despacho,
conhecendo do recurso. Do contrário, mantendo o Presidente o despacho que entendeu não
cabível o recurso, o remédio adequado será o agravo de instrumento, endereçado ao TST.
Se a decisão impugnada estiver em consonância com súmula de jurisprudência uniforme do
TST, o ministro relator do processo poderá negar seguimento ao recurso de revista, indicando a
referida súmula (§ 5º do art. 896 da CLT).
É faculdade do relator do TST denegar seguimento ao recurso, como também pode
determinar seguimento à revista, mesmo entendendo haver matéria já sumulada no TST.
Entendendo a parte que a súmula é inaplicável à espécie, poderá interpor agravo
regimental do despacho que denegou seguimento à revista (paragrafo único do art. 9º da Lei n.
5.584/70 e parte final do § 5º do art. 896 da CLT).
Somente se o recurso de revista for admitido é que a parte contrária será intimada para
apresentar contrarrazões, no prazo de oito dias. Em alguns tribunais da Justiça Comum, é
costumeiro acontecer o contrário: primeiro abre-se se o prazo para contrarrazões do recurso
especial ou extraordinário, depois o Presidente do Tribunal vai verificar se recebe ou não o apelo, e
qual o efeito. No processo do trabalho, quanto ao recurso de revista, ISSO não ocorre. Só após ser
admitido o recurso é que se dá vistas ao ex adversa, poupando tempo, pois, se o recurso não for
admitido, não há necessidade de contrarrazões.
Mesmo após a apresentação das contrarrazões é facultado ao juiz presidente do TRT o
reexame dos pressupostos de admissibilidade do recurso (parágrafo único do art. 518 do CPC).
O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de revista, examinará previamente se a causa
oferece transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou
Jurídica (art. 896-A da CLT).
Transcendência vem do latim transcendentia, ae, do verbo transcendere, com o sentido de
transpor, exceder.
Transcendência é a qualidade de que é transcendente; compreende superioridade,
sagacidade. Transcendente é um adjetivo com o significado de muito elevado; sublime; superior;
agudo; perspicaz; metafísico; que excede ou ultrapassa os limites ordinárioos; que dimana
imediatamente da razão. Transcendência Significa relevância. É semelhante à arguição de
relevância para o STF. A transcendência pode acabar compreendendo um critério subjetivo do
julgador.
Talvez o sentido empregado pela determinação legal represente algo que excede ou
ultrapassa os limites comuns, tanto que se fala em reflexos de natureza econômica, política, social
ou jurídica. Entretanto, a transcendência poderá ter um caráter de apreciação subjetiva pelo
relator.
Relevância jurídica pode ser decorrente de novas questões.
Reflexos de natureza econômica seriam os que tivessem alguma influência na política
econômica do governo, como planos econômicos, reajustes salariais de valores vultosos.
Reflexos políticos também teriam o sentido dos que tivessem influência na política adotada
pelo governo, que não seria apenas econômica. Isso também poderia compreender questões
sociais.
Reflexos sociais poderiam ser os decorrentes da garantia de emprego do acidentado, da
grávida etc.
O TST pode entender que se trata de mais um pressuposto de admissibilidade do recurso
de revista, além dos já previstos nas alíneas a a c do art. 896 da CLT.
O entendimento também poderá ser no sentido de dar preferência a recursos

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