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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO Professor: Andrio Fonseca Email: andrio@uol.com.br; prof.andriofonseca@gmail.com; Provas: Grau A: 26/09/2014 Grau B1: 30/10/2014 Grau B2: 21/11/2014 GRAU A Aula dia 07/08/2014 Competência Art. 652, da CLT (esse artigo é de 1º de maio de 1943 e é muito pequeno) Emenda 45/2004 – reforma do art. 114, da CF/88 (ampliou a competência da Justiça do Trabalho): Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: I as ações oriundas da relação de trabalho (a CLT abrange as relações de emprego), abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; ADIN: suspendeu a competência da justiça do trabalho, para os casos de servidores públicos. Obs.: a colocação da expressão “relação de trabalho” amplia muito a competência, uma vez que na CLT temos apenas relação de emprego. II as ações que envolvam exercício do direito de greve; (art. 722, da CLT) III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; (ampliar competência) O inciso III fala de diversos tipos de ações, portanto, em caso de dúvida, a competência não deve ser restringida, mas sim ampliada, até porque o legislador tinha como objetivo trazer mais processos para a Justiça do Trabalho. Tipos de ação: ação de representação sindical, qualquer ação que envolva sindicatos, qualquer ação que envolva sindicatos e trabalhadores e qualquer ação que envolva sindicatos e empregadores. Sendo assim, ao invés de uma ação, temos quatro tipos de ações. IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; Na justiça do trabalho, as decisões interlocutórias são irrecorríveis, ou seja, não cabe qualquer recurso referente a essas decisões, conforme súmula 214, do TST: Súmula nº 214 do TST DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE (nova redação) - Res. 127/2005, DJ 14, 15 e 16.03.2005 Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT. Sendo assim, a parte, quando a decisão interlocutória for desfavorável (trouxer prejuízo), pode protestar. O protesto tem a finalidade de evitar a preclusão. Sendo assim, o protesto não é recurso. Se a sentença for desfavorável, a parte pode interpor o recurso ordinário e arguir o protesto (tem que arguir no primeiro recurso), em preliminar. Portanto, se não houver o protesto, não pode mais discutir a decisão interlocutória desfavorável. (SEMPRE cai alguma coisa desse artigo no Grau A) O PROTESTO OCORRE EM AUDIÊNCIA OU POR ESCRITO: art. 795, da CLT: As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão arguí-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos. O art. 799, §2º: conceito implícito de protesto: Art. 799 - Nas causas da jurisdição da Justiça do Trabalho, somente podem ser opostas, com suspensão do feito, as exceções de suspeição ou incompetência. § 2º - Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, salvo, quanto a estas, se terminativas do feito, não caberá recurso, podendo, no entanto, as partes alegá-las novamente no recurso que couber da decisão final. OBSERVAÇÃO: decisão final é sentença, para a CLT; QUANDO A DECISÃO INTERLOCUTÓRIA TROUXER PREJUÍZO DE IMEDIATO, O QUAL NÃO PODE AGUARDAR ATÉ O FINAL DO PROCESSO PARA QUE SEJA REVERTIDO, CABE MANDADO DE SEGURANÇA. Mandado de segurança: não é recurso, mas sim uma ação, que deve ser protocolada no TRT. HABEAS CORPUS: protocolada no TRT. HABEAS DATA: atualmente, é mais utilizada a ação cautelar de exibição de documento. V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; Aula dia 08/08/2014 VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho ; Dano patrimonial (princípio da alteridade) – art. 2º e 462, da CLT; Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo. Princípio da Alteridade (Maurício Godinho Delgado): A característica da assunção dos riscos do empreendimento ou do trabalho consiste na circunstância de impor a ordem justrabalhista à exclusiva responsabilidade do empregador, em contraponto aos interesses obreiros oriundos do contrato pactuado, os ônus decorrentes de sua atividade empresarial ou até mesmo do contrato empregatício celebrado. Por tal característica, em suma, o empregador assume os riscos da empresa, do estabelecimento e do próprio contrato de trabalho e sua execução. Dano extrapatrimonial: 1. Dano moral (dano extrapatrimonial) 2. Assédio moral (vertical e horizontal) Diferença entre dano e assédio – no dano, ocorrem fatos isolados (ocorreu o fato = ocorreu o dano). Já o assédio corresponde a condutas reiteradas (quer atingir a tua autoestima e fazer com que peça demissão). “VIS RELATIVA” 3. Dumping social: é o dano coletivo. O dinheiro referente a esse dano vai para o FAT – União (Fundo de Amparo ao Trabalhador). 4. Dano existencial: quando o empregado “deixa de existir”, pelo excesso de trabalho. 5. Dano estético 6. Dano sexual Acidente de trabalho: Doença profissional: responsabilidade civil objetiva (tem que provar o dano e o nexo causal) Doença do trabalho: responsabilidade civil subjetiva (tem que provar o dano, nexo causal e culpa) Aula dia 14/08/2014 VI – observação: - ação contra o INSS em decorrência de acidente de trabalho a competência é da Justiça Estadual Comum, súmula 15, do STJ; - Já a ação de indenização por acidente de trabalho contra a empresa, a competência é da Justiça do Trabalho; - Benefício Previdenciário, que não seja o auxílio-acidente, a competência é da Justiça Federal Comum; VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; - se houver multa, pode ingressar com reclamação judicial (é diferente de TAC); - art. 876, da CLT – títulos executivos extrajudiciais; VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; - acordo (sentença com resolução de mérito). Irrecorrível para as partes, mas não para terceiros, exemplo: INSS; - Art. 831 - A decisão será proferida depois de rejeitada pelas partes a proposta de conciliação. REGRA IMPORTANTE: na Justiça do Trabalho, só existe a possibilidade de acordo com o processo tramitando, ou seja, não existe acordo extrajudicial. Acordo, duas quitações: quitação inicial (pedidos) e do contrato de trabalho (isso faz com que não possa ingressar com nova ação, fazendo novos pedidos); Nas parcelas indenizatórias, não há incidência do INSS; Nas parcelas remuneratórias, há incidência do INSS; Art. 28, da Lei n. 8.212/91: §9º: parcelas indenizatórias – FGTS, multa do FGTS, férias, 1/3 de férias, multa do art. 477, CLT; Indenização: dano moral, vale, lavagem? Art. 879, CLT, §2º: reclamante/reclamado = “poderá” (facultativo); §3º INSS= “procederá” (imposição). O INSS atua no processo; IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. - exceto: crimes ocorridos no ambiente de trabalho; - proposta de emprego (bem adiantada) já faz parte do contrato de trabalho; - dano por ricochete é na justiça do trabalho. Aula dia 15/08/2014 FRANÇA 1. Formação paritária Composição paritária (pares – empregados e empregadores) Juntas de Conciliação e Julgamento (1999) Antigamente, havia um juiz presidente – juiz classista, um da classe patronal e outro da classe dos empregados (também vogais), art. 660, CLT Art. 660 a 667 – REVOGADOS 2. Obrigatoriedade da conciliação Comissão de Conciliação Prévia (2000) – art. 625, CLT (filtros de passagem) Para o ingresso da ação trabalhista, o empregado, antes de processar a empresa, era obrigado a passar pela comissão (de até 10 representantes, compostos por 50% da classe patronal e 50% dos empregados com estabilidade. O TST, com base no art. 5º. XXXV, da CF/88, disse que a passagem obrigatória pela comissão é inconstitucional, estas são então de passagem facultativa. 3. Fontes do Direito do Trabalho Art. 764 - Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos à conciliação. § 1º - Para os efeitos deste artigo, os juízes e Tribunais do Trabalho empregarão sempre os seus bons ofícios e persuasão no sentido de uma solução conciliatória dos conflitos. § 2º - Não havendo acordo, o juízo conciliatório converter-se-á obrigatoriamente em arbitral, proferindo decisão na forma prescrita neste Título. § 3º - É lícito às partes celebrar acordo que ponha termo ao processo, ainda mesmo depois de encerrado o juízo conciliatório. Art. 846 - Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação. § 1º - Se houver acordo lavrar-se-á termo, assinado pelo presidente e pelos litigantes, consignando-se o prazo e demais condições para seu cumprimento. § 2º - Entre as condições a que se refere o parágrafo anterior, poderá ser estabelecida a de ficar a parte que não cumprir o acordo obrigada a satisfazer integralmente o pedido ou pagar uma indenização convencionada, sem prejuízo do cumprimento do acordo. Art. 850 - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão. Parágrafo único - O Presidente da Junta, após propor a solução do dissídio, tomará os votos dos vogais e, havendo divergência entre estes, poderá desempatar ou proferir decisão que melhor atenda ao cumprimento da lei e ao justo equilíbrio entre os votos divergentes e ao interesse social. ITÁLIA 1. Fontes 1926 – fontes – acordos coletivos, convenção coletiva, dissídio coletivo – art. 661, CLT; Contratos de trabalho também são fontes do próprio direito; 1927 – criada a figura de auxiliar do juiz; 2. Perícias Peritos: médico, engenheiro, contabilista; Perícia: médica, insalubridade, periculosidade, contábil, ergonômica, grafodocumentoscópica, art. 830, CLT. Quem paga a perícia? Art. 790,B, CLT: Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, salvo se beneficiária de justiça gratuita. As perícias custam em média R$ 3.000,00. ALEMANHA Estrutura da Justiça Pegamos a estrutura do Tribunal Tribunal Constitucional - atual STF Tribunal do REICH – atual TST Tribunal de Apelação – atual TRT Tribunal Distrital – atual Vara Aula dia 21/08/2014 Surgimento do Processo do Trabalho no Brasil - Decreto n. 22.132/1932: as pessoas podiam fazer reclamações. Surge, então, a expressão reclamatória. - Decreto-Lei n. 5.452 de 01/05/1943: surge o “jus postulandi” = o empregado e o empregador; Art. 791, CLT Art. 843, CLT: os advogados são dispensáveis ação de consignação em pagamento: “jus postulandi” do empregador Art. 731, CLT: Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação verbal, não se apresentar, no prazo estabelecido no parágrafo único do art. 786, à Junta ou Juízo para fazê-lo tomar por termo, incorrerá na pena de perda, pelo prazo de 6 (seis) meses, do direito de reclamar perante a Justiça do Trabalho. (Perda do direito de reclamar, por 6 meses). Pode ser alegado que esse artigo é inconstitucional, art. 5º, XXXV, CF. Art. 853 – ação de inquérito por falta grave, diferente de reclamação escrita. Art. 732, CLT: Na mesma pena do artigo anterior incorrerá o reclamante que, por 2 (duas) vezes seguidas, der causa ao arquivamento de que trata o art. 844. O reclamante que usa o processo de forma irresponsável, por duas vezes seguidas, na terceira vez que a parte ingressar com a ação, o reclamado pode pedir que seja dada a punição desse artigo (6 meses). Observações: Processo Civil: citação Processo do Trabalho: notificação por AR Na Justiça do Trabalho, as notificações não são pessoais, portanto basta que chegue ao endereço correto (não importa quem assinou). Existe uma presunção de que a empresa recebeu (presunção de recebimento). Súmula 16, TST – ônus do destinatário Art. 221, do CPC Art. 841, do CPC: 48 horas Os AR´s não são juntados no processo. Em 1932, o processo tinha duas fases, quais sejam, uma de conhecimento (na justiça do trabalho) e uma segunda fase (na justiça cível). Somente a cível tinha eficácia de execução. No ano de 1939, o processo trabalhista passou a ser sincrético. Decreto n. 779 de 21/08/1969 – PRAZOS DOS ENTES PÚBLICOS Na Justiça do Trabalho: art. 188, CPC (prazo diferenciado): - quádruplo para contestar - dobro para recorrer Cuidado: art. 191, CPC, não se aplica na Justiça do Trabalho (procuradores diferentes – prazo em dobro) Art. 841 - Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência do julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias. O PRAZO PARA CONTESTAR É DE NO MÍNIMO 5 DIAS. Em quádruplo para ente público: mínimo 20 dias. Quando não for respeitado esse prazo, pode pedir a sua devolução. Analisar o art. 840, CLT comparando com o art. 282, do CPC: FALTA O VALOR DA CAUSA. Em 1943, quando a CLT foi criada, havia somente um rito processual, qual seja, o rito ordinário. Somente em 1970, surgiu o segundo rito processual, qual seja, o rito sumário/alçada. Dessa forma, em 1970, passamos a ter “dois caminhos”. O QUE DEFINE O RITO PROCESSUAL NA JUSTIÇA DO TRABALHO É O VALOR DA CAUSA. Ler e entender a súmula 71, do TST Súmula nº 71 do TST ALÇADA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A alçada é fixada pelo valor dado à causa na data de seu ajuizamento, desde que não impugnado, sendo inalterável no curso do processo. Hoje temos três ritos processuais: ATÉ DOIS SALÁRIOS MÍNIMOS RITO SUMÁRIO (1970) ATÉ 40 SALÁRIOS MÍNIMOS RITO SUMARÍSSIMO (2000) ACIMA DE 40 SALÁRIOS MÍNIMOS RITO ORDINÁRIO (1943) Aula dia 22/08/2014 Novidades trazidas pela Lei n. 5.584 de 1970 1) Art. 6º - unificou os prazos dos recursos; 2) Criou o rito sumário (alçada) – valor da causa até dois salários mínimos (R$ 1.448,00). Somente pode haver recurso se o assunto do processo a ser recorrido versar sobre Direito Constitucional; 3) Impugnação ao valor da causa surgiu com essa lei. Por que não existia impugnação ao valor da causa antes dessa lei? O valor da causa passou a existir somente depois da criação do segundo rito processual, qual seja, o rito sumário. Lembrete: hojeainda temos o sumaríssimo, criado em 2000. Qual o momento correto para impugnarmos o valor da causa? O momento é nas razões finais (art. 850, CLT – 10 minutos no final da audiência, antes da sentença). 4) Justiça Gratuita (99%) – Lei n. 1.060 de 1950 Justiça Gratuita para a empresa é negado com base no art. 2º, da CLT, uma vez que o risco do empreendimento é da empresa (princípio da alteridade). Isento do pagamento de custas para recorrer, ao final do processo, não paga as perícias que serão suportadas pela União (art. 790-B da CLT) As custas são de 2% sobre o valor da condenação, em caso de acordo entre as partes, a CLT diz que cada uma das partes paga 1% (contudo, o reclamante fica dispensado por ter AJG). Valor dos depósitos recursais (muda 1º de agosto): R$ 485, 83 (RO) R$ 14.971,65 (RR, Emb. Diverg., Rec. Ext.) Quem paga? Somente as empresas!!! 5) Assistência Judiciária – AJ (Serviço Advocatício Gratuito) Não tem Defensoria Pública. Cabe ao sindicato, de forma obrigatória e gratuita, prestar tal serviço para todos, independentemente de serem sindicalizados ou não. O pequeno e médio empresário/contratante – não tem qualquer auxílio. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS NA JUSTIÇA DO TRABALHO O percentual é de 15% sobre o valor da condenação. O advogado do sindicato sempre ganha os 15%. Assim, se a empresa for processada pelo sindicato em um processo com uma condenação no valor de R$ 100.000,00, o prejuízo no total é de R$ 115.000,00 (súmula 219, TST). Se o advogado fosse particular, a empresa pagaria somente o valor de R$ 100.000,00 (o acerto do percentual do advogado é com o seu cliente, na forma de contrato de honorário). Atualmente, alguns juízes de 1º grau e Turma do TRT passaram a conceder os honorários de 15% aos advogados privados (é uma hipótese). O TST nunca concede tais honorários. O advogado da empresa jamais percebe honorários sucumbenciais. Aula dia 28/08/2014 Princípios Princípios “normas não positividas” – Américo Plá Rodriguez 1) Princípio da alteridade (art. 2º e art. 462, CLT): o risco do empreendimento é toda da empresa; 2) Princípio da irrecorribilidade das decisões interlocutórias (Súmula 214, do TST): para toda decisão interlocutória não cabe recurso de imediato, somente protesto; Veja uma das exceções: toda vez que o processo for remetido de uma região para outra, cabe a interposição de recurso ordinário (o processo distante pode acarretar a desistência pelo reclamante). Então, dentro da mesma região, cabe somente protesto; 3) Princípio do devido processo legal: a nulidade de processos na Justiça do Trabalho é bem comum, pela quebra do princípio do devido processo legal (art. 765, CLT). Temos três ritos: sumário, sumaríssimo e ordinário. Cada rito é diferente do outro. Buscamos o devido processo legal para assegurar a segurança jurídica; 4) Princípio da oralidade (o processo é verbalizado): Art. 791, CLT (inicial – oral) Art. 847, CLT (defesa oral em 20 minutos) Art. 850, CLT (razões finais em 10 minutos) 5) Princípio do “jus postulandi” (súmula 425, TST e art. 791, CLT): o “jus postulandi” vai até o recurso ordinário, porque este recurso é simples (art. 889, CLT). “não concordo com a sentença e desejo reforma”. 6) Princípio da Unirrecorribilidade: após cada decisão judicial, temos um único recurso. Não podemos “pular” recursos. Somente chegamos ao próximo, passando pelo primeiro. 7) Princípio da primazia da realidade: a verdade real vale mais do que a verdade contratual. Súmula 12 do TST – Atenção – tem que impugnar o documento. 8) Princípio da concentração dos atos: art. 852-C, 852-H, CLT e art. 845, CLT. 9) Da Irrenunciabilidade de Direitos pelo Empregado – art.9º da CLT. Ex. Solicitar que o representante ou funcionário abra uma empresa, ou transformar o empregado em gerente. 10) Da Ampla Defesa e do Contraditório – o processo deve ter equilíbrio - ou seja - prazos iguais (exceção para o ente publico – decreto 779 de 21/08/69). Os embargos declaratórios em regra não tem prazo para o contraditório (exceção quando tiver efeito infringente / modificativo – art. 897 da CLT). 11) Da proporcionalidade / razoabilidade – art.8º da CLT, art.944 do CC. 12) Da Aplicação subsidiária de outras normas (CPC): art.769 da CLT. A utilização do art.475J do CPC na justiça do trabalho? O TRT da 4ª região sumulou dizendo que pode, mas o TST diz que não pode. Aula dia 29/08/2014 Competência Diferenças entre jurisdição e competência processual? Jurisdição = capacidade do juiz em julgar Competência = Local; assunto (matéria); pessoas (partes). Delimita essa jurisdição. Competência Territorial – Artigo 112 da CF, Artigo 795 (cai na prova) caput da CLT + art. 799 da CLT. Art. 795 - As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argüi-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos. Foro = a matéria e pessoa, quando o erro recai sobre esses elementos devemos alegá-lo em preliminar na contestação. § 1º - Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em incompetência de foro. Nesse caso, serão considerados nulos os atos decisórios. Mediante Provocação. Hipóteses de competência em razão do Lugar somente no Artigo 651 da CLT. Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. Competência territorial interna do trabalhador, local de trabalho do trabalhador; § 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços. Competência territorial externa do trabalhador, trabalhador que presta serviços em diversos municípios poderá entrar com ação trabalhista em qualquer município onde prestou serviço. Atenção: lembrar do Papai Noel (hohohoho) § 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. SOMENTE USAR EM CASO DE AGENTE OU VIAJANTE COMERCIAL. § 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. ATENÇÃO: só vale para brasileiros. É caso de brasileiro contratado no Brasil e está trabalhando fora – contratados no Brasil e trabalha fora, não trabalhou nem um dia no Brasil Súmula 207 do TST está revogada Lei 7064 de 1982 Competência em razão da matéria e da pessoa – Artigo 114 CF, art. 795 §1° da CLT. Art. 795 - As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argüi-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos. § 1º - Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em incompetência de foro. Nesse caso, serão considerados nulos os atos decisórios. Ex ofício Aula dia 04/09/2014 Continuação competência Exceção de incompetência em razão do lugar Art. 795, caput, CLT Art. 800, CLT = excepto (reclamante) prazo de 24h Art. 795, §1º, CLT = competência de foro (por exemplo, a matéria não é de competência da justiça do trabalho) – pode ser reconhecida a qualquer tempo – gera nulidade absoluta – deve ser arguida em preliminar de contestação – exceção territorial é arguida em peça autônoma. Exceção de incompetência relativa em relação à matéria e pessoa art.114, CF/ art. 795, §1º, CLT (IMPORTANTE) Art. 652, CLT Art. 652, III, CLT: entra com a ação somente para receber o valor do contrato Súmula 331, IV, TST art. 2°,§2°, CLT (grupo econômico – responsabilidade solidária) OJ 191, SDI-1 – dono da obra Art. 455 – empreiteiros e subempreiteiros IV – dissídios individuais art. 843: ação plúrima: mais de um reclamante processando a mesma empresa com o mesmo pedido. Dissídio individual ou dissídio coletivo – ações plúrimas e ações de cumprimento? - ações fundamentadas em leis ou normas que já existem: dissídio individual (ações condenatórias); - dissídio coletivo: ação constitutiva que vai criar uma norma que não existe. Não se ingressa na vara do trabalho, mas sim no TRT/TST. V – art. 7º, XXXIV, CF – não possuem vínculo, não são empregados, mas sim trabalhadores b) ação constitutiva proposta exclusivamente pela empresa para fazer a rescisão do contrato do empregado com estabilidade absoluta art. 853, CLT art. 494, CLT c) embargos de declaração – art. 897-A Aula dia 05/09/2014 1) Autodefesa: a própria parte toma alguma atitude para resolver o conflito (ex.: empregado – greve; empregador – locaut, art. 722); 2) Autocomposição (homocomposição): A autocomposição é a forma de solução dos conflitos trabalhistas realizada pelas próprias partes. Elas mesmas chegam à solução de suas controvérsias sem a intervenção de um terceiro. Este é, realmente, o melhor meio de solução dos conflitos, pois ninguém melhor do que as próprias partes para solucionar suas pendências, porque conhecem os problemas existentes em suas categorias. 3) Heterocomposição: Mediação (art. 616, art. 114): Mediação vem do latim mediare, com o sentido de mediar, dividir ou meio de intervir. A mediação ocorre quando um terceiro, chamado pelas partes, vem a solucionar o conflito, propondo a solução às partes. O mediador pode ser qualquer pessoa, como até mesmo um padre, não necessitando de conhecimentos jurídicos. O que interessa é que a pessoa venha a mediar o conflito, ouvindo as partes e fazendo propostas. Para que se chegue a termo. O mediador tenta, mediante diálogo, fazer com que as partes cheguem a consenso. Aproxima as partes para que elas dialoguem. Dá orientações, mas não decide. Ouve e interpreta o desejo das partes. Aconselha, faz sugestões às partes. As partes não estarão obrigadas a aceitar as propostas, mas poderá haver a composição mediante o acordo de vontades. O mediador não tem poder de coação ou de coerção sobre as partes; não toma qualquer decisão ou medida, apenas serve de intermediário entre as partes. Arbitragem (Lei n. 9.307/96), não confundir com arbitramento que é forma de liquidação de sentença (art. 879, CLT): A arbitragem é uma forma de solução de conflitos feita por um terceiro estranho à relação das partes ou por um órgão, que é escolhido por elas, impondo a solução do litígio. É uma forma voluntária de terminar o conflito, o que importa em dizer que não é obrigatória. A pessoa designada chama-se árbitro. Sua decisão denomina-se sentença arbitral. As partes interessadas podem submeter à solução de seus litígios ao juízo arbitral, mediante convenção de arbitragem, assim entendida a cláusula compromissória e o compromisso arbitral (art. 3º da Lei n' 9.307/96). DISTINÇÃO de arbitragem e mediação: Distingue-se a arbitragem da mediação, pois nesta o mediador apenas faz propostas para a solução do conflito, enquanto o árbitro decide, impõe a solução ao caso que lhe é submetido à apreciação. Só é válida, na Justiça do Trabalho, para questões coletivas. De uma sentença arbitral, cabe apenas uma ação anulatória (ex.: por vício de consentimento), com prazo de 90 dias da sentença; TAC (Termo de Ajuste de Conduta): art. 876 da CLT é o único dispositivo que aponta os títulos executivos extrajudiciais da Justiça do Trabalho. Cheque não pode ser executado na Justiça do Trabalho; Comissão de Conciliação Prévia (art. 876, CLT e art. 625-A e ss, da CLT): As empresas e os Sindicatos podem Instituir Comissões de Conciliação, de composição paritária, com representantes dos empregados e dos empregadores, com a atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho (art. 625-A da CLT). O fator positivo da nova norma é que o conflito pode ser resolvido na própria empresa e não irá para a Justiça do Trabalho, sendo uma espécie de filtro. Pode diminuir o número de processos na Justiça do Trabalho em razão do efetivo funcionamento das Comissões. Algumas empresas tinham instituído uma espécie de comissão de conciliação, que diminuiu muito as reclamações trabalhistas e o custo com tais ações. A natureza jurídica das comissões é de mediação. Seu objetivo e de conciliar dissídios individuais entre empregado e empregador e não dizer o direito aplicável ao litígio. As comissões não decidem, nem devem "homologar" a rescisão do contrato de trabalho. As comissões têm natureza de órgão privado, de solução de conflitos extrajudiciais e não público. A CLT não índica um número mínimo de empregados para que a comissão possa ser instituída, como existia no projeto de lei em que a matéria foi discutida, que era em tomo de 50 empregados. A lei não obriga a constituição das comissões, pois emprega o verbo poder. Isso quer dizer que a instituição das comissões é facultativa. Obs.: diferença entre dissídio individual e dissídio coletivo: Dissídio coletivo (competência): Mesma região é do TRT daquela região; Regiões diferentes é do TST; Exceção: Estado de São Paulo têm duas regiões (2º e 15º). No conflito entre elas, prevalece a 2º região, pois é a capital. PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA NA JUSTIÇA DO TRABALHO Prescrição: Art. 7º, XXIX, CF; Art. 11, CLT Ação quinária por Ovídio Baptista Ação Condenatória Ação (des) Constitutiva Ação declaratória Os arts. 205 e 206 do CC estabelecem prazos prescricionais. O restante é prazo decadencial. TODA AÇÃO CONDENATÓRIA É A QUE PRESCREVE. Art.11, CLT e art. 7º, XXIX, CF: dois anos para ingressar com a ação. Após a rescisão do contrato voltamos 5 anos no tempo. Sendo assim, após a rescisão, cada dia que pensar em ingressar com a ação está perdendo um dia de reclamatória pela prescrição. Súmula nº 268 do TST PRESCRIÇÃO. INTERRUPÇÃO. AÇÃO TRABALHISTA ARQUIVADA (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A ação trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a prescrição somente em relação aos pedidos idênticos. Aula dia 11/08/2014 Prazo decadencial Art. 1560, CC (ação de anulação de casamento); Ações constitutivas ou desconstitutivas: prazo decadencial; Art. 853: Para a instauração do inquérito para apuração de falta grave contra empregado garantido com estabilidade, o empregador apresentará reclamação por escrito à Junta ou Juízo de Direito, dentro de 30 (trinta) dias, contados da data da suspensão do empregado. (Desconstitutiva de estabilidade) Súmula nº 62 do TST ABANDONO DE EMPREGO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O prazo de decadência do direito do empregador de ajuizar inquérito em face do empregado que incorre em abandono de emprego é contado a partir do momento em que o empregado pretendeu seu retorno ao serviço. Art. 836, da CLT: único dispositivo da CLT que fala de ação rescisória. Desconstituir a sentença: prazo decadencial; Mandado de segurança ((des) constitutivo): o prazo é decadencial; Obs.: as ações declaratórias são imprescritíveis (a ação declaratória serve para declarar uma situação pré-existente, como interdição e paternidade). Existe uma única ação declaratória na Justiça do Trabalho a qual está prevista no art. 11,§1º, CLT – ação declaratória para fins previdenciários. A PRESCRIÇÃO DO ACIDENTE DE TRABALHO Após emenda 45/2004 (art. 114, VI, CF) 1) “Actio nata”(data do acidente): art. 7º, XXIX, da CF – dois anos para ingressar com a ação; 2) Art. 206, §3º, V, CC: 3 anos para ingressar com a ação; Qual é a melhor? Depende de quando ocorreu o acidente. 3) O art. 206, §3º, V, CC: refere o prazo de três anos para a reparação civil, sendo a reparação de âmbito trabalhista, a prescrição seria a do art. 205, CAPUT, CC: 10 anos da “actio nata” (não é usado); 4) Os direitos personalíssimos (art. 11, CC) são imprescritíveis. Como o acidente de trabalho está dentro do capítulo II da CF, a reparação por esse tipo de acidente seria imprescritível. ATENÇÃO: essa tese é acadêmica. Como a ação é condenatória, tem que ter prazo prescricional; 5) Vícios redibitórios? OCULTOS. Súmula 278, do STJ: O termo inicial do prazo prescricional, na ação de indenização, é a data em que o segurado teve ciência inequívoca da incapacidade laboral. Obs.: a prescrição é preliminar de mérito, ou defesa indireta de mérito. A parte pode alegar até a interposição do RO. Após, não pode alegar, por ausência de pré-questionamento. RITOS PROCESSUAIS Já aprendemos que o valor da causa define o rito processual, na forma da súmula 71 do TST. Súmula nº 71 do TST ALÇADA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A alçada é fixada pelo valor dado à causa na data de seu ajuizamento, desde que não impugnado, sendo inalterável no curso do processo. Rito Sumário (1970); Rito Sumaríssimo (2000); Rito Ordinário (1943). Procedimento Sumaríssimo – criado pela Lei n. 9.957/2000 OBJETIVO: agilizar o andamento processual, desde que respeitado o valor de até 40 salários mínimos (R$ 28.960,00). 1) Após a interposição da ação, a primeira audiência deve ocorrer em 15 dias (mas tal prazo se mostrou inviável); 2) Tem uma pauta realmente especial; 3) Todo o pedido deve ser certo e determinado, ou seja, tem valor, sob pena de o pedido ser inepto; 4) O valor determinado no pedido limita a procedência; 5) Nesse rito processual, não podemos processar entes públicos. Dessa forma, independente do valor, devemos ingressar no rito ordinário; 6) A lei diz que no rito sumaríssimo não há edital (art. 841, §1º, CLT). DICA: nos últimos dois anos, para evitar a mudança de rito, os juízes estão expedindo editais de notificação mesmo no rito sumaríssimo (contrariando o que está disposto na lei); 7) Nesse rito os prazos sempre serão computados de forma simples; 8) A audiência é feita para ser uma (uma só); 9) Três hipóteses de fracionamento da audiência: a) Caso seja necessário realizar perícia; b) Comprovar no dia da audiência que a testemunha foi convidada, mas que se recusou a comparecer (por exemplo, por email). Nesse caso, a audiência será adiada. Na segunda audiência a testemunha também não comparece. Na terceira audiência a testemunha será conduzida; c) Testemunha que resida em outro município. Pede em audiência a expedição de carta precatória; 10) Todos os ritos processuais são resolvidos em audiência – aqueles mais complexos em sentença. Não há possibilidade de pedir o prazo do art. 800, CLT: Apresentada a exceção de incompetência, abrir-se-á vista dos autos ao exceto, por 24 (vinte e quatro) horas improrrogáveis, devendo a decisão ser proferida na primeira audiência ou sessão que se seguir. A sentença não tem relatório e é líquida! 11) Na Justiça do Trabalho não existe tecnicamente a réplica, mas sim a manifestação sobre documentos. Nesse rito, é feito oralmente na audiência; 12) A sentença não apresenta relatório. É para ser dada em audiência e é líquida; Recurso ordinário no procedimento sumaríssimo: art. 895, §1º, da CLT. Aula dia 18/09/2014 Procedimento Ordinário (1943) Nomenclatura, art. 651, CLT Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. Audiência uma – foi adotado depois duas audiências; Ausência das partes: Reclamante, art. 844, da CLT: o processo é arquivado; Reclamado: revelia + confissão ficta (vale para matéria de fato, mas o direito tem que ser analisado). 1ª AUDIÊNCIA 2º AUDIÊNCIA Reclamante: arquivamento Reclamante: confissão ficta (dos fatos contestados na primeira audiência) Reclamado: revelia + confissão ficta Reclamado: revelia + confissão ficta Súmula nº 9 do TST AUSÊNCIA DO RECLAMANTE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada a ação em audiência, não importa arquivamento do processo. Súmula nº 74 do TST CONFISSÃO. (nova redação do item I e inserido o item III à redação em decorrência do julgamento do processo TST-IUJEEDRR 801385-77.2001.5.02.0017) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 I – Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. (ex-Súmula nº 74 - RA 69/1978, DJ 26.09.1978) II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta (art. 400, I, CPC), não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores. (ex-OJ nº 184 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) III- A vedação à produção de prova posterior pela parte confessa somente a ela se aplica, não afetando o exercício, pelo magistrado, do poder/dever de conduzir o processo. Obs.: se o preposto não vai à audiência, o que o advogado de defesa faz? Tem que pedir a juntada dos documentos, pois a confissão é da matéria de fato; Capacidade das partes: art. 791 a 793, CLT (o art. 792 está revogado). O art. 793 é a hipótese mais usada: curador nomeado; Sucessão de??? Documento: certidão de dependente do INSS ou inventário negativo, quando alguém falece e não deixa bens; Sucessão empresarial: art. 10 e 448, CLT. Juntada de documentos: do art. 845 ao art. 850, CLT. Reclamante: petição inicial Reclamado: contestação Se juntado em outro momento, pode pedir o desentranhamento; A sentença é a continuação da audiência (seria a terceira parte). Por isso que é marcado dia e hora para a entrega da sentença (porque audiência sempre tem dia e hora). Aula dia 25/09/2014 Mandatos Tácito: presunção de que é o advogado, art. 38, CPC: Art. 38. A procuração geral para o foro, conferida por instrumento público, ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, salvo para receber citação inicial, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre que se funda a ação, receber, dar quitação e firmar compromisso. Quem tem mandado tácito pode substebelecer? 200. MANDATO TÁCITO. SUBSTABELECIMENTO INVÁLIDO (inserido dispositivo) - DJ 20.04.2005 É inválido o substabelecimento de advogado investido de mandato tácito. Qual a forma de conseguir substabelecer? Juntar procuração expressa. Expresso: é um documento particular e deve conter a identificação de quem está assinando. Súmula nº 456 do TST REPRESENTAÇÃO. PESSOA JURÍDICA. PROCURAÇÃO. INVALIDADE. IDENTIFICAÇÃO DO OUTORGANTE E DE SEU REPRESENTANTE. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 373 da SBDI-1 com nova redação) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014 É inválido o instrumento de mandato firmado em nome de pessoa jurídica que não contenha, pelo menos, o nome do outorgante e do signatário da procuração, pois estesdados constituem elementos que os individualizam. Apud Acta: mandato escrito na ata. Mandato com fé pública (por instrumento público). Art. 791, §3º, da CLT. Obs.: quem tem mandato expresso ou apud acta pode substabelecer. Súmula 395, TST Súmula 383, I, TST Aula dia 26/09/2014 Prova GRAU A GRAU B1 Aula dia 02/10/2014 Má-fé na Justiça do Trabalho Art. 769, da CLT Art. 14, do CPC Súmula 159 do STF Art. 14, V, CPC - O advogado pode ser condenado por litigância de má-fé, como, por exemplo, quando realiza atos procrastinatórios. No processo do trabalho existe reconvenção. Há a possibilidade de pagar em dobro. Súmula 159, STF. Súmula 159 COBRANÇA EXCESSIVA, MAS DE BOA-FÉ, NÃO DÁ LUGAR ÀS SANÇÕES DO ART. 1.531 DO CÓDIGO CIVIL. Art. 1531 do CC revogado, atual art. 940, CC/2002. Intervenção de Terceiros na Justiça do Trabalho Na Justiça do Trabalho, a seleção do polo passivo é realizada exclusivamente pelo reclamante. Súmula 331, IV, TST. 1) Assistência: art. 50, CPC, súmula 82, TST. É vedada essa possibilidade, porque o direito do trabalho não pode ser motivado, primeiramente, pela questão financeira. Súmula nº 82 do TST ASSISTÊNCIA (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A intervenção assistencial, simples ou adesiva, só é admissível se demonstrado o interesse jurídico e não o meramente econômico. Art. 50, CPC: Pendendo uma causa entre duas ou mais pessoas, o terceiro, que tiver interesse jurídico em que a sentença seja favorável a uma delas, poderá intervir no processo para assisti-la. Parágrafo único. A assistência tem lugar em qualquer dos tipos de procedimento e em todos os graus da jurisdição; mas o assistente recebe o processo no estado em que se encontra. O interesse do assistente deve ser jurídico e não econômico, como mencionado no art. 50 do CPC. Aliás, o TST tem súmula de sua Jurisprudência predominante que trata do tema, a de n. 82, assim ementada: “A intervenção assistencial, simples ou adesiva, só é admissível se demonstrado o interesse jurídico e não meramente econômico”. 2) Oposição: art. 56, CPC Art. 56. Quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que controvertem autor e réu, poderá, até ser proferida a sentença, oferecer oposição contra ambos. Não pode para direitos personalíssimos (ex.: horas extras do empregado). Aqui pode ter interesse econômico. 3) Denunciação à lide: art. 70, III, CPC. Art. 70. A denunciação da lide é obrigatória: III - àquele que estiver obrigado, pela lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo do que perder a demanda. Em virtude das ações de indenização. A empresa denúncia a seguradora, porque tem um contrato de seguro para esses empregados. O reclamante pode aceitar OU NÃO. Aula dia 03/10/2014 Condições da Ação 1) Possibilidade jurídica do pedido: as fontes do direito do trabalho são mais amplas. Sendo assim, podemos utilizar o contrato de trabalho, a convenção coletiva. Art. 337, CPC. Se não tiver a base legal, tem que fazer prova da fonte do direito. 2) Interesse de agir: em relação aos direitos personalíssimos, em regra, quem tem legitimidade para ingressar com a ação é o empregado. 3) Legitimidade das partes 4) Jurisdição: art. 651, CLT (competência territorial). 5) Pedido: pedido inepto, art. 840, §1º, CLT. No direito do trabalho, o pedido deve estar relacionado a um fato, sob pena de inépcia do pedido. Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal. § 1º - Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do Presidente da Junta, ou do juiz de direito a quem for dirigida, a qualificação do reclamante e do reclamado, uma breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. 6) Insuspeição do magistrado: art. 801 e 802 da CLT. Art. 134 e 135 (suspeição e impedimento). Não põe fim ao processo. Tem que ser alegado. A CLT não fala em impedimento, portanto se utiliza o CPC. Deve ser alegado no primeiro momento da ciência do fato. Art. 802 + são complementados com as hipóteses do art. 134 e 135. Art. 802, §1º: Juntas de Conciliação, não há mais. JUÍZO PREVENTO: pela data da interposição da ação (interrompe a prescrição e começam a contar os juros – 1% a.m) Litisconsórcio art. 843, da CLT: Art. 843 - Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria. Relacionado aos pedidos, ou seja, é a cumulação de pedidos. Cumulação Objetiva: os pedidos são compatíveis entre si e estão interligados (Se não ganha um, não ganha o outro). Cumulação Simples: os pedidos são compatíveis, mas são independentes um do outro. Cumulação Sucessiva: ganha um ou outro pedido. Ex.: declaração do período estabilitário com a reintegração da reclamante no seu emprego ou a indenização correspondente a todo período estabilitário com os devidos reflexos legais em férias, abono constitucional, gratificação natalina, FGTS, multa de 40% sobre o FGTS. Aula dia 09/10/2014 Classificação dos prazos Quanto à origem Legais: art. 6º, da Lei n. 5.584/70 (Art 6º Será de 8 (oito) dias o prazo para interpor e contra-arrazoar qualquer recurso, qualquer prazo fixado em lei. Judiciais: prazo fixado pelo juiz. Exemplo: prazo para manifestação em relação aos documentos. Convencionais: as partes estipulam, em comum acordo, art. 265, II, CPC. Obs.: nos prazos judiciais e convencionais, pode ser pedido dilação, por óbvio, esse pedido deve ser feito dentro do prazo. Quanto à natureza Peremptórios: são os prazos legais que não podem ser ampliados a pedido das partes. Dilatórios Quanto aos destinatários Próprios Impróprios: art. 841, da CLT (prazo 48h). Os prazos impróprios não geram punição em relação a sua não observância. Contagem de prazos Art. 184, do CPC Art. 774 e 775, da CLT IP: início do prazo IC: início da contagem do prazo – 1º Questão O advogado do reclamante é notificado, mediante informação de audiência já realizada, de uma sentença a ser publicada no dia 13/10. Qual o prazo fatal para a interposição de RO? 21/10 (8 dias). IP: oficial de justiça, edital, informação sentença. Art. 4º, da Lei n. 11.469/2006 O advogado da reclamante é notificado eletronicamente pelo DOU no dia 17/10. @ - 1º dia útil: IP – 1º dia útil: IC Obs.: fax na justiça do trabalho, somente para recurso (súmula 387, TST) No recesso os prazos ficam suspensos: dia 19/12 – 07/01 No dia 18/12/2014, o advogado é notificado eletronicamente de uma sentença. Deseja interpor um RO, qual é o prazo? Dia 14/01 Obs.: Recurso extemporâneo: interposto antes de começar a contar o prazo. Recurso Intempestivo: interposto além do prazo estipulado. ED – 5 dias, art. 897-A, da CLT. Oficial de Justiça que apresenta mandado de penhora – 5 dias Embargos à execução art. 884 Aula dia 16/10/2014 Contestação (resposta do réu) A empresa que terá o ônus da prova. Defesa Indireta do Processo: onde serão discutidos pressupostos para o válido desenvolvimento do processo, com efeito dilatório (exceção, art. 304, do CPC) ou peremptório (preliminares do art. 301 do CPC). Defesas de caráter dilatório: são aquelas que não põem fim ao processo, mas apenas atrasam o andamento processual. São elas: 1. Exceção de incompetência em razão do lugar (art. 799, da CLT) 2. Exceção de suspeição do juiz 3. Exceção de impedimento do juiz Obs.: essas defesas são realizadas por meio de peças em separado e é possível pedir o prazodo art. 800, da CLT (24h). Defesas de caráter peremptório: são aquelas que põem fim ao processo (sem resolução do mérito). São elas: 1. Incompetência em relação à pessoa ou à matéria 2. Preliminar em contestação (ou defesa indireta do processo), art. 301, do CPC Obs.: a prescrição e decadência não são preliminares, uma vez que há resolução do mérito. Essa alegação deve ser chamada de preliminar do mérito ou defesa indireta do mérito. Defesa Indireta do Mérito: que se poderia chamar de preliminares do próprio mérito da ação, como se observa na prescrição e na decadência, em que o processo é resolvido com julgamento do mérito (art. 269, IV, do CPC). Defesa Direta do Mérito: em que o réu pretende ver a ação julgada em sua substância, com a rejeição da pretensão do autor (art. 269, I, do CPC). É a defesa fática, ou seja, a defesa dos fatos articulados. Reconvenção (art. 299, CPC) Na reconvenção, a empresa pode pedir indenização de algum valor. Compensação e retenção (art. 767, CPC) Somente podem ser compensadas as parcelas do mesmo tipo (férias com férias, por exemplo). Exceção: periculosidade com insalubridade. A retenção é a possibilidade de abater valores, em razão de um bem que esteja em posse do reclamante. Impugnar os fatos (se não impugnar, não pode mais contestar), art. 467, CLT Improcedência do pedido PROVA Condução pelo juiz, art. 131, CPC e 765, CLT. Art. 131. O juiz apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes; mas deverá indicar, na sentença, os motivos que Ihe formaram o convencimento. Art. 765 - Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas. “Juiz conhece o direito” – art. 335 e 337, CPC, art. 8º, CLT Art. 335. Em falta de normas jurídicas particulares, o juiz aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observação do que ordinariamente acontece e ainda as regras da experiência técnica, ressalvado, quanto a esta, o exame pericial. Art. 337. A parte, que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário, provar- lhe-á o teor e a vigência, se assim o determinar o juiz. Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. Parágrafo único - O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo em que não for incompatível com os princípios fundamentais deste. Obs.: “juri novit curie”: o direito de âmbito nacional. “Aquilo que não está na ação não está no mundo” Princípios das Provas Lealdade: art. 17, I, CPC: Art. 17. Reputa-se litigante de má-fé aquele que: I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; Legalidade: art. 5º, LVI, CF – o juiz não pode fundamentar a sua decisão com prova ilícita; Contraditório: art. 787 e 845, CLT: Art. 787 - A reclamação escrita deverá ser formulada em 2 (duas) vias e desde logo acompanhada dos documentos em que se fundar. Art. 845 - O reclamante e o reclamado comparecerão à audiência acompanhados das suas testemunhas, apresentando, nessa ocasião, as demais provas. Obrigatoriedade Ônus da prova, art. 818, CLT: Art. 818 - A prova das alegações incumbe à parte que as fizer. Aula dia 17/10/2014 Verdade real e verdade legal A verdade Real buscamos mediante a prova, qual seja, a prova testemunhal. Já a verdade legal tem que provar com documentos. Se estiver com o ônus da prova e não tiver os documentos que a lei exige, tem a probabilidade de perder no processo. Conforme súmula 338, se a empresa possuir cartões ponto britânicos, considerará verdadeira a jornada apontada na inicial, mesma que não seja verdadeira. Súmula nº 338 do TST JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA (incorporadas as Orientações Jurispruden- ciais nºs 234 e 306 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de tra- balho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles de frequên- cia gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário. (ex-Súmula nº 338 – alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003) II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento normati- vo, pode ser elidida por prova em contrário. (ex-OJ nº 234 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001) III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. (ex-OJ nº 306 da SBDI- 1- DJ 11.08.2003) A súmula 449 do TST modificou o artigo 58, §1º da CLT. Trata sobre os 10 minutos de tolerância na contabilidade de hora extra. Agora contabilizar minuto a minuto. Súmula nº 449 do TST MINUTOS QUE ANTECEDEM E SUCEDEM A JORNADA DE TRABALHO. LEI Nº 10.243, DE 19.06.2001. NORMA COLETIVA. FlEXIBILIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. (conversão da Orientação Ju- risprudencial nº 372 da SBDI-1) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014 A partir da vigência da Lei nº 10.243, de 19.06.2001, que acrescentou o § 1º ao art. 58 da CLT, não mais prevalece cláusula prevista em convenção ou acordo coletivo que elastece o limite de 5 minu- tos que antecedem e sucedem a jornada de trabalho para fins de apuração das horas extras. A súmula 212 presume a continuidade do contrato de trabalho. Precisa documento escrito solici- tando a demissão. Hoje é costumeiro o empregador pedir para que o empregado escreva o pedido de demissão. Súmula nº 212 do TST DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado. MEIOS DE PROVA Prova documental - Artigo 830 CLT. O advogado se responsabiliza pela cópia fidedigna dos documentos. Se impugnado, terá de apresentar os originais. Na questão da equiparação salarial, a súmula 6 do TST aponta o ônus da prova para o empregador. Depoimento das partes – Só pode pedir o depoimento da parte contrária, com objetivo de buscar a confissão. Art. 820, CLT - As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou presidente, podendo ser reinquiridas, por seu intermédio, a requerimento dos vogais, das partes, seus representantes ou advogados. Art. 848, CLT - Terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, podendo o presidente, ex officio ou a requerimento de qualquer juiz temporário, interrogar os litigantes. A oitiva das partes pode ser feita a qualquer momento. Confissão ficta: quando o preposto diz que “não lembra, não sabe”. Confissão real: art. 302, CPC. Prova testemunhal – O momento processual para contraditar (para evitar que seja ouvida – dizer que tem interesse, entre outros...Usar CPC) uma testemunha é no final da qualifica- ção. obs.: a contradita consiste em fazer com que o juiz realize a oitiva da testemunha sem com- promisso (portanto, pode mentir). O pedido de contradita já sumulado,357 TST - o fato de já haver processo contra a empresa não afasta o direito de testemunhar. Art. 405 e seguintes. Súmula nº 357 do TST TESTEMUNHA. AÇÃO CONTRA A MESMA RECLAMADA. SUSPEIÇÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou de ter litigado contra o mes- mo empregador. Aula dia 23/10/2014 Continuação Somente pode ser utilizada testemunha, a fim de obter a verdade real (somente fatos). As testemunhas são levadas independentemente de intimação. Sendo assim, não se junta rol de testemunhas. Obs.: a primeira audiência é o momento para apresentar testemunhas. Caso não apresente, preclui. Art. 821 - Cada uma das partes não poderá indicar mais de 3 (três) testemunhas, salvo quando se tratar de inquérito, caso em que esse número poderá ser elevado a 6 (seis). Art. 825 - As testemunhas comparecerão a audiência independentemente de notificação ou intimação. Art. 845 - O reclamante e o reclamado comparecerão à audiência acompanhados das suas testemunhas, apresentando, nessa ocasião, as demais provas. Rito Sumaríssimo: 2 testemunhas Rito Ordinário: 3 testemunhas Questão: ação plúrima no rito sumaríssimo – 3 reclamantes e 2 reclamadas. Quantas testemunhas podem ser ouvidas ao máximo? Reclamante: duas testemunhas (sempre como se fosse uma parte) Reclamadas: duas testemunhas para cada uma Incidente de falsidade - art. 390, do CPC. O processo fica suspenso até que seja verificado o incidente. Perícia – o juiz é obrigado a determinar a realização de perícia, porém não é obrigado a acatar a decisão do laudo pericial. Art . 195 - A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho. Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, salvo se beneficiária de justiça gratuita. OJ 165, da SDI I, TST - 165. PERÍCIA. ENGENHEIRO OU MÉDICO. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE. VÁLIDO. ART. 195 DA CLT (inserida em 26.03.1999) O art. 195 da CLT não faz qualquer distinção entre o médico e o engenheiro para efeito de caracterização e classificação da insalubridade e periculosidade, bastando para a elaboração do laudo seja o profissional devidamente qualificado. OJ 278 da SDI I, TST - 278. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. PERÍCIA. LOCAL DE TRABALHO DESATIVADO (DJ 11.08.2003) A realização de perícia é obrigatória para a verificação de insalubridade. Quando não for possível sua realização, como em caso de fechamento da empresa, poderá o julgador utilizar-se de outros meios de prova. Súmula nº 448 do TST ATIVIDADE INSALUBRE. CARACTERIZAÇÃO. PREVISÃO NA NORMA REGULAMENTADORA Nº 15 DA PORTARIA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO Nº 3.214/78. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 4 da SBDI-1 com nova redação do item II ) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014. I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho. II – A higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande circulação, e a respectiva coleta de lixo, por não se equiparar à limpeza em residências e escritórios, enseja o pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, incidindo o disposto no Anexo 14 da NR-15 da Portaria do MTE nº 3.214/78 quanto à coleta e industrialização de lixo urbano. Súmula nº 453 do TST ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. PAGAMENTO ESPONTÂNEO. CARACTERIZAÇÃO DE FATO INCONTROVERSO. DESNECESSÁRIA A PERÍCIA DE QUE TRATA O ART. 195 DA CLT. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 406 da SBDI-1) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014 O pagamento de adicional de periculosidade efetuado por mera liberalidade da empresa, ainda que de forma proporcional ao tempo de exposição ao risco ou em percentual inferior ao máximo legalmente previsto, dispensa a realização da prova técnica exigida pelo art. 195 da CLT, pois torna incontroversa a existência do trabalho em condições perigosas. Inspeção Judicial – art. 440, do CPC. Prova emprestada – Pode ser utilizado, por exemplo, um depoimento de outro processo. Nesse caso, é utilizada como prova documental. Grau B2 Procedimentos Especiais Consignação em pagamento (art. 890 e ss, do CPC): não tem previsão na CLT, mas sim no Código de Processo Civil. Possui seu próprio procedimento. Não existe consignação extrajudicial na Justiça do Trabalho. Tem como objeto a quitação. Audiência de oblação: em regra, termina aqui. Obs.: quitação apenas da consignação. Art. 896: é possível contestar a ação, se assim quiseres. A sentença da consignação em pagamento é de caráter constitutivo, contudo, se contestada a ação, podemos ter uma sentença de caráter condenatório, uma vez que deverá ocorrer o pagamento da diferença que está sendo contestada. Aula dia 24/10/2014 OBS.: SOMENTE AS SENTENÇAS CONDENATÓRIAS TÊM DEPÓSITO RECURSAL. Inquérito de apuração de falta grave (art. 853, CLT): utiliza-se somente para empregados que possuem estabilidade absoluta. O empregador busca ser constituído na autorização de afastar o empregado por justa causa, por esse motivo que devem ser apresentadas 6 testemunhas (art. 821, da CLT). Súmula nº 62 do TST ABANDONO DE EMPREGO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O prazo de decadência do direito do empregador de ajuizar inquérito em face do empregado que incorre em abandono de emprego é contado a partir do momento em que o empregado pretendeu seu retorno ao serviço. Obs.: o contrato fica suspenso. Se for improcedente, provavelmente haja uma indenização por dano moral. O art. 853 prevê que a ação deve ser apresentada de forma expressa, afastando assim o jus postulandi. Portanto, deve haver a contratação de um advogado. Reconvenção (art. 299, CPC): nessa ação, não se pede em reconvenção a reintegração do empregado, uma vez que a sentença apresenta efeito de duplicidade. Aula dia 30/10/2014 Razões Finais Devem ser reiterados os protestos lançados (não é uma regra, mas é aconselhável) Sentença: identifica as partes Relatório: somente é apresentado no rito ordinário. Fundamentação: análise dos pedidos feitos pelo reclamante. Ao final de cada pedido, teremos a procedência ou improcedência de cada um. Dispositivo: somente os pedidos procedentes. Valor. Custas: 2%. Obs.: o reclamado recorre do dispositivo. Já o reclamante recorre da fundamentação. SOMENTE AS SENTENÇAS CONDENATÓRIAS TÊM DEPÓSITO RECURSAL. O depósito recursal corresponde ao valor que deve ser pago pela empresa para que possa recorrer. No dia 1º de agosto de cada ano, o Presidente do TST determina a alteração dos valores correspondentes aos depósitos recursais. Recurso Ordinário R$ 7.485,83 Recurso de Revista R$ 14.971,65 Embargos Recurso Extraordinário Revisão (ação rescisória) Obs. 1: O reclamante nunca vai pagar o depósito recursal. Obs. 2: tudo que estiver acima do teto tranca no teto. Devem ser juntadas as guias de depósito e das custas para interpor o recurso. Se conseguir reverter a sentença, o dinheiro do depósito recursal é devolvido. Questão A reclamada ingressou com RO e RR. Aponte o valor das custas e dos depósitos recursais do RO e RR. R$ 9.000,00 RO – depósito: R$ 7.485,83 – custas: R$ 180,00 RR – depósito: R$ 1.514,17 (diferença até atingir o valorda condenação) Obs. 3: as custas são pagas na interposição do primeiro recurso ou cada vez que houver um acréscimo na condenação. Se houver acréscimo na condenação, as custas são pagas somente em relação a esse. Agravo de Instrumento: o teto do depósito recursal é a metade do teto do recurso que quer destrancar. RO: R$ 3.742,92 RR: R$ 7.485,83 Art. 899, §7º, CLT Exemplo: Valor da condenação: R$ 16.000,00 RO: R$ 7.485,83 Custas: R$ 320,00 AI do RO: R$ 3.742,92 RR: R$ 4.771,25 Obs. 4: depois que atingir o valor da condenação, todos os recursos são gratuitos. Valor da condenação: R$ 11.000,00 RO: R$ 7.485,83 Custas: R$ 220,00 AI do RO: R$ 3.742,92 RR: R$ Custas: R$ 70,00 acréscimo de 3.500 Aula dia 31/10/2014 Prova Aula dia 06/11/2014 Continuação: Questão Sentença parcialmente procedente de R$ 15.000,00. A reclamada interpôs RO que não foi recebido. A reclamada interpôs AI que foi procedente. O RO foi julgado, mas foi improcedente e depois RR. Ocorre que o reclamante também ingressou com RO que foi procedente, acrescendo na condenação de 1º grau mais R$ 11.000,00. Calcule o valor das custas e dos depósitos recursais. RO: R$ 7.485,83 Custas: 300,00 AI do RO: R$ 3.742,92 RR: R$ 14.771,25 Custas: 220,00 (acréscimo de R$ 11.000,00) Observações importantes: 1) Somente as sentenças condenatórias têm depósito recursal; 2) Toda sentença tem valor, inclusive a de improcedência; 3) Toda vez que houver procedência do recurso do reclamante com o aumento do valor da condenação, a reclamada tem que depositar custas + depósito; 4) O prazo para a comprovação do pagamento de custas e do depósito é o mesmo do recurso; 5) Não há a hipótese de complementação do pagamento das custas e do depósito; 6) As guias de custas e do depósito são diferentes. Princípios dos Recursos 1. Aplicação imediata da nova Lei OJ 260 DA SDI I DO TST 260. AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO. LEI Nº 9.957/00. PROCESSOS EM CURSO (inserida em 27.09.2002) I - É inaplicável o rito sumaríssimo aos processos iniciados antes da vigência da Lei nº 9.957/00. II - No caso de o despacho denegatório de recurso de revista invocar, em processo iniciado antes da Lei nº 9.957/00, o § 6º do art. 896 da CLT (rito sumaríssimo), como óbice ao trânsito do apelo calcado em divergência jurisprudencial ou violação de dispositivo infraconstitucional, o Tribunal superará o obstáculo, apreciando o recurso sob esses fundamentos. Obs.: sentença que saí depois do dia 1º de agosto tem mudança no valor do depósito recursal. Sérgio Pinto Martins: A parte não tem direito adquirido a determinado recurso, mas direito de recorrer, de acordo com o recurso que estiver previsto em lei. A lei processual tem aplicação imediata e apanha os processos em curso. Assim, se a lei nova disser que não mais existe recurso ordinário e o prazo para apelar e de dois dias, não haverá direito adquirido a recorrer mediante o recurso ordinário. Com a publicação da sentença é que nasce o direito de recorrer, pois antes disso só se pode falar em mera expectativa do direito de recorrer, visto que o direito de recorrer é inexistente antes de ser prolatada e publicada a sentença. O recurso é regido pela lei vigente na data da publicação da decisão. E nessa data que surge o direito de recorrer. Entretanto, devem ser respeitados os atos anteriormente praticados sob a égide da lei velha. 2. Necessidade de garantir o juízo Obrigação exclusiva da reclamada, quando a sentença for condenatória. Súmula 128, I e III, TST Súmula nº 128 do TST DEPÓSITO RECURSAL (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 139, 189 e 190 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - É ônus da parte recorrente efetuar o depósito legal, integralmente, em relação a cada novo recurso interposto, sob pena de deserção. Atingido o valor da condenação, nenhum depósito mais é exigido para qualquer recurso. III - Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, o depósito recursal efetuado por uma delas aproveita as demais, quando a empresa que efetuou o depósito não pleiteia sua exclusão da lide. 3. Irrecorribilidade das decisões interlocutórias Súmula 214, do TST. 4. Efeito devolutivo Art. 899, CLT - Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora. Art. 515, CPC - A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. Obs.: o único recurso simples é o RO, pois é até este que vai o jus postulandi. Súmula nº 285 do TST RECURSO DE REVISTA. ADMISSIBILIDADE PARCIAL PELO JUIZ-PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO. EFEITO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.20036. O fato de o juízo primeiro de admissibilidade do recurso de revista entendê-lo cabível apenas quanto a parte das matérias veiculadas não impede a apreciação integral pela Turma do Tribunal Superior do Trabalho, sendo imprópria a interposição de agravo de instrumento. (efeito devolutivo. Sendo assim, não precisa interpor AI). 5. Juízo de admissibilidade Súmula 285, do TST Dois juízos de admissibilidade: “a quo” (de origem) e “ad quem” (Tribunal). Aula dia 07/11/2014 Continuação: 6. Uniformização dos prazos recursais Art. 6º, da Lei 5.584/70 e art. 893, da CLT Art 6º Será de 8 (oito) dias o prazo para interpor e contra-arrazoar qualquer recurso. 7. Recurso adesivo Art. 500, CPC. Tem depósito recursal e pagamento de custas. Art. 500. Cada parte interporá o recurso, independentemente, no prazo e observadas as exigências legais. Sendo, porém, vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir a outra parte. O recurso adesivo fica subordinado ao recurso principal e se rege pelas disposições seguintes: I - será interposto perante a autoridade competente para admitir o recurso principal, no prazo de que a parte dispõe para responder; II - será admissível na apelação, nos embargos infringentes, no recurso extraordinário e no recurso especial; III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal, ou se for ele declarado inadmissível ou deserto. Parágrafo único. Ao recurso adesivo se aplicam as mesmas regras do recurso independente, quanto às condições de admissibilidade, preparo e julgamento no tribunal superior. 8. Voluntariedade Súmula nº 303 do TST FAZENDA PÚBLICA. DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 71, 72 e 73 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - Em dissídio individual, está sujeita ao duplo grau de jurisdição, mesmo na vigência da CF/1988, decisão contrária à Fazenda Pública, salvo: a) quando a condenação não ultrapassar o valor correspondente a 60 (sessenta) salários mínimos; b) quando a decisão estiver em consonância com decisão plenária do Supremo Tribunal Federal ou com súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho. (ex-Súmula nº 303 - alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003 - Lei nº 10.352, de 26.12.2001) II - Em ação rescisória, a decisão proferida pelo juízo de primeiro grau está sujeita ao duplo grau de jurisdição obrigatório quando desfavorável ao ente público, exceto nas hipóteses das alíneas "a" e "b" do inciso anterior. (ex-OJ nº 71 da SBDI-1 - inserida em 03.06.1996) III - Em mandado de segurança, somente cabe remessa "ex officio" se, na relação processual, figurar pessoa jurídica de direito público como parte prejudicada pela concessão da ordem. Tal situação não ocorre na hipótese de figurar no feito como impetrante e terceiro interessado pessoa de direito privado, ressalvada a hipótese de matéria administrativa. (ex-OJs nºs 72 e 73 daSBDI-1 – inseridas, respectivamente, em 25.11.1996 e 03.06.1996). 9. Proibição da Reformatio in Pejus 10. Da simplicidade Art. 899, caput da CLT, diz que os recursos são simples. Porém, na verdade, o único recurso simples é o RO. 11. Fungibilidade Recursal Sérgio Pinto Martins: Fungível é o que pode ser substituído por outra coisa do mesmo gênero, número e grau. A fungibilidade decorre da uni-recorribilidade. Na fungibilidade, ocorre o aproveitamento do recurso erroneamente nominado, como se fosse o que devia ser interposto. É a utilização de um recurso mediante erro, quando o referido apelo não é o previsto para aquela hipótese. Aproveita-se o referido recurso se for tempestivo. O aproveitamento do recurso erroneamente nominado adviria do princípio de que se o ato alcançou sua finalidade não há nulidade (arts. 244 e 249 do CPC) ou do princípio da economia processual. Para ser aproveitado recurso erroneamente apresentado é preciso: (a) dúvida sobre qual o recurso cabível. Em relação a recursos da União em execução da contribuição previdenciária, a CLT não é clara sobre o nome do recurso a ser usado; (b) inexistência de erro grosseiro. Se houver erro grosseiro, não se pode conhecer do recurso. É o que ocorre com a interposição de embargos de declaração e depois pretende-se que seja conhecido como recurso ordinário; da apresentação de embargos de terceiro, quando era o caso de embargos de declaração etc.; (c) deve ser apresentado no prazo para o recurso que seria cabível. OJ 69 e 152 da SDI-II do TST. Súmula 421, TST 69. FUNGIBILIDADE RECURSAL. INDEFERIMENTO LIMINAR DE AÇÃO RESCISÓRIA OU MANDADO DE SEGURANÇA. RECURSO PARA O TST. RECEBIMENTO COMO AGRAVO REGIMENTAL E DEVOLUÇÃO DOS AUTOS AO TRT (inserida em 20.09.2000) Recurso ordinário interposto contra despacho monocrático indeferitório da petição inicial de ação rescisória ou de mandado de segurança pode, pelo princípio de fungibilidade recursal, ser recebido como agravo regimental. Hipótese de não conhecimento do recurso pelo TST e devolução dos autos ao TRT, para que aprecie o apelo como agravo regimental. 152. AÇÃO RESCISÓRIA E MANDADO DE SEGURANÇA. RECURSO DE REVISTA DE ACÓRDÃO REGIONAL QUE JULGA AÇÃO RESCISÓRIA OU MANDADO DE SEGURANÇA. PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE. INAPLICABILIDADE. ERRO GROSSEIRO NA INTERPOSIÇÃO DO RECURSO. (DEJT divulgado em 03, 04 e 05.12.2008) A interposição de recurso de revista de decisão definitiva de Tribunal Regional do Trabalho em ação rescisória ou em mandado de segurança, com fundamento em violação legal e divergência jurisprudencial e remissão expressa ao art. 896 da CLT, configura erro grosseiro, insuscetível de autorizar o seu recebimento como recurso ordinário, em face do disposto no art. 895, “b”, da CLT. Súmula nº 421 do TST EMBARGOS DECLARATÓRIOS CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA DO RELATOR CALCADA NO ART. 557 DO CPC. CABIMENTO (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 74 da SBDI-2) - Res. 137/2005, DJ 22, 23 e 24.08.2005 I - Tendo a decisão monocrática de provimento ou denegação de recurso, prevista no art. 557 do CPC, conteúdo decisório definitivo e conclusivo da lide, comporta ser esclarecida pela via dos embargos de declaração, em decisão aclaratória, também monocrática, quando se pretende tão- somente suprir omissão e não, modificação do julgado. II - Postulando o embargante efeito modificativo, os embargos declaratórios deverão ser submetidos ao pronunciamento do Colegiado, convertidos em agravo, em face dos princípios da fungibilidade e celeridade processual. (ex-OJ nº 74 da SBDI-2 - inserida em 08.11.2000) Observações: para todo o processo, o primeiro recurso é o RO. O RO é o único recurso em que podemos discutir matéria fática. Recurso de Revista Sérgio Pinto Martins: O recurso de revista é apresentado ao Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, que poderá recebê-lo ou denegá-lo (§ 1º do art. 896 da CLT). Não há previsão legal para delegação do despacho de admissibilidade do recurso de revista para o vice-presidente do tribunal. Há necessidade, porém, de o despacho ser fundamentado, principalmente para indicar os motivos de seu não recebimento. Poderá o Presidente do Tribunal Regional do Trabalho reconsiderar seu despacho, conhecendo do recurso. Do contrário, mantendo o Presidente o despacho que entendeu não cabível o recurso, o remédio adequado será o agravo de instrumento, endereçado ao TST. Se a decisão impugnada estiver em consonância com súmula de jurisprudência uniforme do TST, o ministro relator do processo poderá negar seguimento ao recurso de revista, indicando a referida súmula (§ 5º do art. 896 da CLT). É faculdade do relator do TST denegar seguimento ao recurso, como também pode determinar seguimento à revista, mesmo entendendo haver matéria já sumulada no TST. Entendendo a parte que a súmula é inaplicável à espécie, poderá interpor agravo regimental do despacho que denegou seguimento à revista (paragrafo único do art. 9º da Lei n. 5.584/70 e parte final do § 5º do art. 896 da CLT). Somente se o recurso de revista for admitido é que a parte contrária será intimada para apresentar contrarrazões, no prazo de oito dias. Em alguns tribunais da Justiça Comum, é costumeiro acontecer o contrário: primeiro abre-se se o prazo para contrarrazões do recurso especial ou extraordinário, depois o Presidente do Tribunal vai verificar se recebe ou não o apelo, e qual o efeito. No processo do trabalho, quanto ao recurso de revista, ISSO não ocorre. Só após ser admitido o recurso é que se dá vistas ao ex adversa, poupando tempo, pois, se o recurso não for admitido, não há necessidade de contrarrazões. Mesmo após a apresentação das contrarrazões é facultado ao juiz presidente do TRT o reexame dos pressupostos de admissibilidade do recurso (parágrafo único do art. 518 do CPC). O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de revista, examinará previamente se a causa oferece transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou Jurídica (art. 896-A da CLT). Transcendência vem do latim transcendentia, ae, do verbo transcendere, com o sentido de transpor, exceder. Transcendência é a qualidade de que é transcendente; compreende superioridade, sagacidade. Transcendente é um adjetivo com o significado de muito elevado; sublime; superior; agudo; perspicaz; metafísico; que excede ou ultrapassa os limites ordinárioos; que dimana imediatamente da razão. Transcendência Significa relevância. É semelhante à arguição de relevância para o STF. A transcendência pode acabar compreendendo um critério subjetivo do julgador. Talvez o sentido empregado pela determinação legal represente algo que excede ou ultrapassa os limites comuns, tanto que se fala em reflexos de natureza econômica, política, social ou jurídica. Entretanto, a transcendência poderá ter um caráter de apreciação subjetiva pelo relator. Relevância jurídica pode ser decorrente de novas questões. Reflexos de natureza econômica seriam os que tivessem alguma influência na política econômica do governo, como planos econômicos, reajustes salariais de valores vultosos. Reflexos políticos também teriam o sentido dos que tivessem influência na política adotada pelo governo, que não seria apenas econômica. Isso também poderia compreender questões sociais. Reflexos sociais poderiam ser os decorrentes da garantia de emprego do acidentado, da grávida etc. O TST pode entender que se trata de mais um pressuposto de admissibilidade do recurso de revista, além dos já previstos nas alíneas a a c do art. 896 da CLT. O entendimento também poderá ser no sentido de dar preferência a recursos
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