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EDUCAÇÃO NUTRICIONAL APOSTILA 2017

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CONTEÚDO 2 - Histórico e situação atual da educação nutricional no Brasil
Educação alimentar e nutricional: histórico e situação atual no Brasil
Breve resumo:
As ações de Educação Nutricional começaram no Brasil nos anos 40, com as pesquisas de Josué de Castro e outros médicos, que identificando e reconhecendo o problema da fome no Brasil, propunham entre outras ações, a realização da educação nutricional para resolver a questão, partindo da premissa que a população não sabia se alimentar. Nos anos que se seguiram, o uso da Educação Nutricional se altera entre o incentivo a alimentos doados para o Programa de alimentação escolar que não eram de hábito da população brasileira, ou mesmo da soja, que também não era do nosso hábito alimentar. O uso destas estratégias, principalmente com as populações mais carentes, só fez com que a Educação nutricional fosse mal vista por cientistas e população em geral. 
Esta situação perdura até os anos 80, época que a transição nutricional começa a acontecer no país, trazendo uma demanda maior para nutricionistas. Paralelamente avanços na discussão do tema “Promoção da Saúde” em conferências internacionais, traz de volta a importância do papel da educação em saúde na promoção da mesma. Temas como “Desenvolvimento de habilidades pessoais por meio de processos participativos e permanentes” e o “reforço da ação comunitária”, resgatam o espaço para novas proposições de educação. Forte influência no campo da educação brasileira, as ideias de Paulo Freire também irão influenciar positiva e definitivamente a educação nutricional, em saúde e a educação como um todo.
Fonte:  Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional para as políticas Públicas
Para saber esta história em detalhes, sugere-se a leitura de dois artigos:
SANTOS, Ligia Amparo da Silva. Educação alimentar e nutricional no contexto da promoção de práticas alimentares saudáveis. Rev. Nutr.,  Campinas,  v. 18,  n. 5, Oct.  2005 .  
SANTOS, Ligia Amparo da Silva. O fazer educação alimentar e nutricional: algumas contribuições para reflexão. Ciênc. saúde coletiva,  Rio de Janeiro,  v. 17,  n. 2, Feb.  2012 .
Ver também o item Contexto e Histórico da Educação Alimentar e Nutricional no documento “Marco de referência da Educação Alimentar e Nutricional para as Políticas Públicas”, de maio de 2012.
Apesar do histórico da Educação nutricional não ter contribuído para sua consolidação e estruturação, é inegável sua importância para a Nutrição. Hoje a assim chamada, Educação alimentar e nutricional (EAN), é um componente importante para as políticas públicas, no que se refere à promoção da alimentação adequada e saudável (PAAS). A EAN está presente na Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), no programa Nacional de Alimentação escolar (PNAE) e no Sistema nacional de segurança Alimentar e Nutricional (SISAN), sendo ainda considerada fundamental para o alcance do Direito Humano a Alimentação Adequada (DHAA). Desta forma, com o desafio de unificar práticas de EAN no país foi elaborado a partir de encontros e conferências relacionadas à área, divulgado para discussão em maio de 2012, o documento: Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional para as políticas Públicas. 
Esta é a definição de EAN presente no documento: PDF
Educação Alimentar e Nutricional é um campo de conhecimento e prática contínua e permanente, intersetorial e multiprofissional, que utiliza diferentes abordagens educacionais problematizadoras e ativas que visem principalmente o diálogo e a reflexão junto a indivíduos ao longo de todo o curso da vida, grupos populacionais e comunidades, considerando os determinantes, as interações e significados que compõem o comportamento alimentar que visa contribuir para a realização do DHAA e garantia da SAN, a valorização da cultura alimentar, a sustentabilidade e a geração de autonomia para que as pessoas, grupos e comunidades estejam empoderadas para a adoção de hábitos alimentares saudáveis e a melhoria da qualidade de vida.
Princípios da EAN:
Somatória dos princípios do SUS e do SISAN (rodapé da pg 9).
Sustentabilidade social, ambiental e econômica.
Abordagem do sistema alimentar na sua integralidade
Resgate e valorização da cultura alimentar local e respeito às diversidades de opiniões e perspectivas considerando a legitimidade dos saberes de diferentes naturezas (cultura, religião, ciência).
A comida e o alimento como referências; valorização da culinária enquanto prática emancipatória e de auto-cuidado dos indivíduos.
Participação ativa e informada dos sujeitos visando a promoção da autonomia e autodeterminação. Educação enquanto processo permanente e gerador de autonomia
Diversidade nos cenários de prática
Intersetorialidade
Planejamento, avaliação e monitoramento das ações.
CONTEÚDO 3 - Fatores que influenciam o comportamento alimentar
Fatores que influenciam o Comportamento Alimentar
Entender as características do comportamento alimentar de um indivíduo ou grupo de pessoas e identificar os fatores que influenciam este comportamento é parte importante em um trabalho de educação nutricional. Esta identificação de fatores nos ajuda a construir um trabalho educativo mais efetivo, com objetivos mais claros e definidos.
A alimentação humana é um acontecimento tão abrangente, influenciado e determinado por inúmeros fatores, que foi chamada por Oliveira e Thébaud-Mony (1997) de “fato social total”, e sua análise deve implicar em uma abordagem a mais ampla possível, incluindo as ciências humanas (história, sociologia, psicologia, economia) e as ciências biológicas. Diversos autores propõem modelos para explicar este fenômeno.
Estudar o comportamento alimentar significa abordar todas as práticas alimentares desde os hábitos, que incluem a seleção, a aquisição, a conservação, ao preparo e ao consumo dos alimentos (Motta e Boog, 1984). Uma definição importante sobre o comportamento alimentar seria "Procedimentos relacionados às práticas alimentares de grupos humanos (o que se come, quanto, como, quando, onde e com quem se come; a seleção de alimentos e os aspectos referentes ao preparo da comida) associados a atributos socioculturais, ou seja, aos aspectos subjetivos individuais e coletivos relacionados ao comer e à comida (alimentos e preparações apropriadas para situações diversas, escolhas alimentares, combinação de alimentos, comida desejada e apreciada, valores atribuídos a alimentos e preparações e aquilo que pensamos que comemos ou que gostaríamos de ter comido) (Alves e Boog, 2007 e Galisa, 2014).
Para saber mais:
GALISA, Mônica Santiago. Educação Alimentar e Nutricional - Da Teoria à Prática. Roca, 2014. VitalBook file.
JOMORI, Manuela Mika; PROENCA, Rossana Pacheco da Costa; CALVO, Maria Cristina Marino. Determinantes de escolha alimentar. Rev. Nutr.,  Campinas,  v. 21,  n. 1, fev.  2008 .  
Os fatores que influenciam nossas escolhas alimentares partem de fatores individuais, como a percepção de sabor e gosto de cada um, suas experiências e conhecimento em relação aos alimentos e sua saúde, até padrões sociais do consumo alimentar, na escola, no trabalho em festas, etc.. Além do nível familiar e do contexto social em que se está inserido, há ainda influências da sociedade de forma mais ampla: a própria disponibilidade dos alimentos, seu preço, bem como o papel da mídia no comportamento do consumidor. A publicidade de alimentos voltada para o público infantil é um tema em discussão na sociedade brasileira atual, com propostas para sua regulamentação. O artigo abaixo descreve o tema com enfoque na família.
Segundo Canesqui e Garcia (2005), comer não é somente ingerir nutrientes e calorias para manter nosso corpo funcionando; comer envolve seleção, escolhas, ocasiões e rituais. Envolve também sociabilidade, ideias e significados, ou seja, interpretações de experiências e situações. A cultura influencia o que se deve ou não comer, molda os gostos das pessoas, bem como os modos de consumir.
O comportamento alimentaré efeito de determinantes internos e externos ao sujeito. Tem suas bases fixadas na infância, a partir do que é transmitido na família, sendo mantido por tudo o que é parte da tradição: crenças, valores e tabus (Motta e Boog, 1984). Adquiridos inicialmente por imitação (condicionamento), tais comportamentos itensificam suas raízes, sobretudo, por conta da forte carga emocional que carregam, o que torna sua modificação uma tarefa ainda mais difícil.
O comportamento alimentar também é reflexo da difusão da ciência nos meios de comunicação, bem como do uso do discurso científico nos informes publicitários (Garcia, 2003). Segue a divisão da formação do comportamento alimentar nos três componentes propostos por Motta e Boog (1984).
--> Componente cognitivo O componente cognitivo corresponde a tudo o que o indivíduo sabe sobre alimentos e nutrição, tanto o conhecimento científico, bem como o popular, e que influencia, em maior ou menor grau, seu comportamento alimentar  
--> Componente afetivo O componente afetivo pode desempenhar um papel muito importante na formação do comportamento alimentar, correspondendo ao que sentimos sobre os alimentos, expresso em atitudes frente aos alimentos e nas práticas alimentares. Considerando motivos intrínsecos decorrentes de valores sociais, culturais e religiosos. A comida é um meio de prazer, desejo e satisfação fisiológica e emocional, que carrega diversas lembranças da infância.
-->  Componente situacional O componente situacional corresponde aos fatores sociais, culturais, econômicos e estruturais que interferem na alimentação, isto é, as normas sociais, os padrões culturais, os apoios estruturais e a coerção social. 
 Artigo: Determinantes do comportamento alimentar: uma revisão com enfoque na família
 
CONTEÚDO 4 - Modelo Transteórico ou Modelo de estágios de mudança
Modelo de Estágios de Mudanças ou modelo transteórico
 O Modelo Transteórico ou Modelo de Estágios de Mudança foi estruturado por dois pesquisadores americanos, com o intuito de entender como se dá a mudança de comportamentos de risco. Após revisar inúmeras teorias e seus resultados, eles perceberam que:
Nenhuma teoria sozinha dá conta de todas as complexidades da mudança de comportamento.
 mudança de comportamento é um processo que ocorre no tempo em uma sequência de estágios.
Estágios são estáveis e abertos a mudanças assim como um comportamento de risco.
Sem uma intervenção planejada as pessoas permanecem nos estágios iniciais, pois não há uma motivação para progredir na mudança de comportamento.
A maioria da população de risco não está preparada para ação e não será atingida pelos programas tradicionais de orientação da ação.
Processos e princípios específicos de mudança devem ser aplicados para níveis específicos de progresso nos estágios.
Padrões de comportamento são fruto de uma combinação de fatores biológicos, sociais e de auto-controle. As intervenções em cada estágio tem o objetivo principal de alcançar o auto-controle.
 A composição do Modelo Transteórico se baseia em 5 estágios de mudança, 10 processos de mudança, os prós e contras da mudança, auto-eficácia e tentação.
 
1.       Estágios de mudança: estáveis e abertos
 
	Pré-contemplação
	A pessoa não tem intenção de mudar um comportamento nos próximos 6 meses. O indivíduo encontra-se desmotivado e tende a apresentar resistencia para seguir orientações nutricionais.
	Contemplação
	A pessoa tem a intenção de mudar nos próximos 6 meses. O indivíduo está decidido a mudar mas sem um comprometimento decisivo. São reconhecidos os possíveis benefícios mas diversas barreiras são percebidas como a falta de tempo, o sabor e o preço dos alimentos, a falta de habilidade na cozinha, etc.
	Decisão ou preparação
	A pessoa pretende agir nos próximos 30 dias e já fez algum plano nesta direção. Mas as mudanças são pequenas e inconsistentes.
	Ação
	A pessoa mudou o comportamento por menos de 6 meses. O indivíduo colocou em prática o plano e superou de alguma forma as barreiras.
	Manutenção
	A pessoa já incorporou mudanças por mais de 6 meses. Há uma consolidação dos ganhos obtidos até o momento.
	Termo
	A pessoa mudou por mais de 2 anos
	Relapso ou recaída
	É o retorno ao comportamento de risco
 
2.       Balanço Decisório ou equilíbrio das decisões.
 
Prós e contras dos benefícios de mudar e dos custos ou barreiras de mudar
3.  Auto-eficácia:
Confiança que a pessoa tem que pode enfrentar tentações, e manter o comportamento mais saudável
Tentação em geral são as situações afetivas negativas, situações sociais positivas e presença de impulsos.
 4.       Processos de mudança: são as estratégias e técnicas cognitivas, afetivas, experimentais e comportamentais que as pessoas usam para mudar o comportamento. São:
Conscientização: aumento de consciência sobre o próprio indivíduo e sobre o problema e seu comportamento de saúde
liberação (ou alívio) dramática (o) (catarse) : experimentação e expressão dos sentimentos sobre o próprio problema de comportamento e as possíveis soluções
reavaliação do ambiente: avaliação dos efeitos do seu comportamento no ambiente ou no próprio indivíduo
auto-reavaliação: o indivíduo reavalia seus pensamentos e sentimentos sobre seu problema
liberação social: identificação das alternativas disponíveis na sociedade para superar problemas de comportamento
auto-liberação: reconhecimento de opções para agir e aumento da confiança para realizar a modificação do comportamento
administração das contingências: o indivíduo é recompensado por ele mesmo e por outras pessoas pela mudança do comportamento
relacionamento colaborativo e de suporte: o indivíduo procura ou aceita a ajuda proveniente de outras pessoas para modificar um comportamento
substituição comportamental: substituição de ações e pensamentos contrários à mudança de comportamento por práticas positivas
controle de estímulos situacionais: o indivíduo evita ou controla estímulos (situações ou locais) que podem prejudicar sua mudança de comportamento.
 Os processos de mudança ocorrem na mesma ordem que os estágios de mudança, ou seja, os 3 primeiros processos ocorrem no estágio de pré-contemplação, assim sucessivamente até os 4 últimos que ocorrem no estágio de Ação.
Estratégias de intervenção propostas para cada estágio de mudança, visando a modificação do comportamento alimentar
	ESTÁGIO
	FOCO DA INTERVENÇÃO
	O QUE FAZER?
	O QUE NÃO FAZER?
	PRÉ-CONTEMPLAÇÃO
	Aumentar o conhecimento sobre alimentação saudável e a consciência do indivíduo sobre a sua prática alimentar inadequada
	Oferecer informações sobre recomendações nutricionais e os benefícios de uma dieta adequada e prover o indivíduo de ferramentas para avaliar sua própria alimentação
	Não assumir que a mudança de comportamento será rápida, diante da grande resistência e pouca motivação do indivíduo.
	CONTEMPLAÇÃO
	Aumentar a confiança na própria habilidade do indivíduo para adotar as recomendações nutricionais em sua alimentação
	Identificar quais são as barreiras que impedem a mudança, segundo o indivíduo, e traçar meios de superá-las.
	Não criticar a ambivalência do indivíduo: diversas barreiras podem ser apresentadas em diferentes momentos.
	PREPARAÇÃO
	Definir o plano de ação que será implementado nos próximos 30 dias
	Estimular o alcance de objetivos específicos, sem sobrecarregar o indivíduo com várias metas.
	Não menosprezar pequenas mudanças realizadas pelo indivíduo em sua alimentação.
	AÇÃO
	Treinar as habilidades do indivíduo para alterar o comportamento por mais tempo
	Fornecer materiais individualizados e estratégias práticas, envolvendo suporte social (relacionamentos de auxílio a mudança) e recompensas
	Não oferecer apenas informações gerais, considerando que o indivíduo já está colocando em prática uma alimentação saudável
	MANUTENÇÃO
	Desenvolver a habilidade do indivíduo para enfrentar novas dificuldades
	Estimular a manutenção dos objetivos alcançados.
	Não assumirque a ação inicial será permanente, nem criticar recaídas.
	
	
	
	
 CONTEÚDO 5 - Correntes pedagógicas na educação
Tendências ou correntes pedagógicas
 Existem modos diferentes de ensinar? Como aprendemos um conteúdo novo? Qual a melhor forma de fazer isto? Na pedagogia há diferentes formas de responder a estas questões, pois há diferentes formas de se entender o papel da escola, do aluno, do professor e mais ainda: daquilo que se chama “processo ensino-aprendizagem”. De uma forma bem simplificada, estas concepções estão representadas por pelo menos quatro correntes pedagógicas. São elas:
1.       concepção tradicional
2.       concepção comportamental ou tecnicista
3.       concepção humanista ou cognitivista
4.       concepção crítico-social ou problematizadora
 
Cada concepção muitas vezes é conhecida por outros nomes ou sinônimos. Dois trabalhos resumem bem as características de cada corrente. São os artigos abaixo relacionados:
PEREIRA ALF. As tendências pedagógicas e a prática educativa nas ciências da saúde. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 19(5): 1527-1534, set-out, 2003.
SANTOS, Roberto Vatan. As abordagens do processo de ensino e aprendizagem. Integração. Ano XI, 40: 19-31, jan/fev-mai, 2005.
	Tipo
	Tradicional
	Tecnicista /Pedagogia por condicionamento
	Humanista/ cognitivista/construtivismo
	Sócio cultural/ crítico-social dos conteúdos
	Propósito
	Manter estável a ordem social. Adaptar-se à situação social estabelecida sem questionamentos
	Mudar as pessoas para servir a sociedade. Modificar certos aspectos sem modificar as causas.
	Modificar o meio social em benefício das pessoas. Mudar o ambiente social que impede o crescimento o bem estar das pessoas.
	Mobilizar a comunidade e influir nas relações de poder. Educar para transformar a sociedade e conseguir maior equidade.
	Método
	Transmissão passiva da informação, ênfase no professor; relação vertical
	Dinâmicas interativas e trabalho em grupos, guiado pelo instrutor.
	Investigação e análise, discussão, reflexão, troca de conhecimentos e experiências.
	Processo de ensino aprendizagem mútuo, diálogo, crítico e horizontal.
	Autores
	Durkeeim
	Skinner
	C. Rogers/ Piaget, etc.
	Paulo Freire
	Outras denominações
	 
	comportamental
	 
	Educação popular, problematização/libertadora
 
Enfoques e tipos de educação: quadro-resumo
   Fonte: OPAS. Educacion para la salud em la comunidad: experiências latinoamericanas. 1996.
 
Dentre as formas da pedagogia que são mais indicadas para a educação em saúde estão as formas participativas, que são o construtivismo e a corrente problematizadora ou sócio-cultural. Estas são formas de ensinar indicadas no Marco de referência da Educação Alimentar e Nutricional para as políticas públicas.
 Um método pedagógico está inserido em uma visão de desenvolvimento humano, em um mundo de valores e em uma maneira de conceber o objeto de educação (Bru, 2008).
Entre os behavioristas, Skinner (apud Bru, 2008) é um dos autores que mais influenciaram as ideias e os métodos pedagógicos. De acordo com ele, a aprendizagem é o resultado do condicionamento operante, sendo produzida com base em reforços. Assim, mediante reforços positivos ou negativos, é possível provocar a aprendizagem de comportamentos a serem adotados ou evitados.
No entanto, segundo as concepções construtivistas, a aprendizagem não pode ser reduzida a um treinamento que associe estímulo e resposta, ou mesmo a uma simples passagem de conhecimento.
Ensinar não deve somente repetir um modelo até que se aprenda o que ele quer dizer, porque ensinar é compartilhar as dificuldades do aprendiz e analisá-las, entendendo-as e sugerindo soluções.
Nas propostas pedagógicas, os métodos são constituídos com foco nas teorias de aprendizagem, que podem ser genericamente reunidas em duas categorias:
• Teorias do condicionamento: definem a aprendizagem pelas suas consequências comportamentais, enfatizando as condições ambientais como forças propulsoras da aprendizagem
•Teorias cognitivistas: define-se a aprendizagem como um processo de relação do sujeito com o mundo externo e que tem consequências no plano da organização interna do conhecimento.
A inteligência humana é um sistema cognitivo que extrai diversas informações e tem a capacidade de organizá-las, relacionando-as com conhecimentos já adquiridos. Portanto, o conhecimento é construído pelo sujeito na interação com o meio e a atividade do sujeito cognoscente (Piaget, 1982).
O processo de interação com o meio ocorre desde o nascimento do indivíduo, por intermédio da família e depois da escola, para, a partir daí, inserir-se no seu grupo, produzindo a cultura no seu cotidiano.
Vygotsky (1991) aponta o uso dos instrumentos e os signos como elementos mediadores dessa relação, onde inicialmente, é experimentado nas vivências da criança com os meios físico e social e, posteriormente, internalizado em uma atividade de reconstrução.
Este aspecto é muito importante, pois tenta explicar a aquisição do conhecimento, em que toda nova informação deve ser submetida às estruturas de desenvolvimento que o sujeito traz consigo, o que implica transformações constantes e recriações contínuas, em oposição a uma concepção uniforme e condicionante de aprendizagem sem subjetividade. 
É interessante quando Piaget destaca que o indivíduo frente a novas necessidades entra em desequilíbrio, em um rompimento da rotina, buscando novas indagações, até chegar em um novo ponto de equilíbrio. O indivíduo procura novas maneiras de se relacionar com o mundo, buscando melhor adaptação, que pode estar diretamente ligada ao alimento, à utilização do talher e da faca pela primeira vez, à colocação do alimento no prato, às escolhas alimentares, ao rompimento com mitos da alimentação, à reflexão dos malefícios da alimentação deste século e à busca por uma alimentação mais saudável. Todas essas novas práticas e esses questionamentos podem levar o sujeito ao desequilíbrio até interiorizar novos procedimentos e mudança de hábitos. O papel do educador é mediar tal processo, para que ocorra a internalização do novo, de modo consciente e ajustado.
Portanto, o ensino deve ser centrado na pessoa, em um processo de atualização constante, decorrente das relações interpessoais em que educador e educando se envolvem, em uma dinâmica de interação que supõe respeito incondicional à figura do outro, além de empatia e abertura para novas aprendizagens e interações.
CONTEÚDO 6 - Etapas de um Programa de Educação Nutricional
Programa de Educação Nutricional
São processos de ensino, treinamento e facilitação pelos quais a população alvo é auxiliada a selecionar e implementar comportamentos desejáveis de alimentação e estilo de vida. O nutricionista deve ser o decodificador da ciência da nutrição, deve estar capacitado a interpretar os avanços nesta área e “traduzi-los” em práticas alimentares que permitam a melhoria da alimentação de indivíduos e coletividades.
É necessário produzir impacto na população alvo. O educador deverá conseguir que o público siga suas orientações alimentares, do contrário o programa não será efetivo.
Para alcançar resultados mais positivos é necessário que o educador em nutrição torne-se altamente qualificado, saiba usar de forma adequada as técnicas de comunicação e que conheça as bases de um planejamento de programa de intervenção que envolva aprendizagem.
Deve ter um planejamento sistemático, “sob medida” para cada situação problema e a cada população alvo, elaborados sempre com vistas a mudanças que levam a práticas alimentares conducentes a saúde.
 
		Planejar é decidir, racionalmente, as atividades que devem ser desenvolvidas, para obter os objetivos determinados.
 
O planejamento de um PCRA deve responder às seguintes questões:
 
	Questões
	    Etapas do PCRA
	Qual o problema?
	1. DIAGNÓSTICO
	O que deve ser mudado?
	2. OBJETIVOS
	O que fazer para que as mudanças esperadas se produzam?
	3. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
	Comofazer?
	4. RECURSO DE ENSINO
ESTRATÉGIA                                                      MOTIVAÇÃO                                                          MÉTODOS DE ENSINO                                                                               
	O que e como analisar para determinar se os objetivos estão sendo atingidos?
	5. AVALIAÇÃO
 
1. DIAGNÓSTICO EDUCATIVO
 
O diagnóstico educativo é a fase inicial do planejamento de um programa de comunicação que envolve aprendizagem, possibilita: identificação do problema e suas possíveis causas; formulação de hipóteses; determinação de objetivos e prioridades; identificação e análise dos recursos disponíveis; e estabelecimento de parâmetros para posterior avaliação do programa.
 
		“Um bom diagnóstico é condição indispensável para a eficácia de programa de comunicação que envolve aprendizagem”.
 
2 . OBJETIVOS
A determinação precisa de objetivos é condição fundamental para o sucesso não só de programas que envolvem ensino-aprendizagem, mas de qualquer trabalho e ação profissional. 
CONCEITO:
É a diretriz para toda ação que se pretende alcançar em trabalho ou programa que envolve aprendizagem. Define para que se está fazendo o programa.
3 . CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
CONCEITO:
Conjunto de temas que devem ser tratados no programa para a consecução dos objetivos já definidos.
Deve possibilitar o desenvolvimento de capacidades mostrando as relações com os outros e com o meio em que vive.
		“Aprender não significa acumulação de dados, mas a adaptação satisfatória do aluno às situações, através das mudanças de comportamento tanto em relação ao cognitivo, habilidade ou atitude”.
 
4 . ESTRATÉGIA
CONCEITO: Conjunto de procedimentos, técnicas e métodos que visam engajar o participante em situações capazes de estimular a aprendizagem, é a dinâmica propriamente dita de um processo de comunicação.
A estratégia envolve:
MOTIVAÇÃO:
Identificação e utilização do motivo que despertará o indivíduo vontade de mudar seu comportamento, é uma condição interna.
TIPOS DE MOTIVAÇÃO:
Coação: pode ser negativa ou positiva, a população alvo é levada a agir pela coerção, é induzida pela necessidade. Exemplo de coação negativa: um diabético não pode ingerir doces em excesso porque morre; o educando se faltar à palestra não receberá o certificado. Exemplo de coação positiva: crianças que prestarem atenção à aula de educação alimentar ganharão uma pirâmide de presente; em grupo de acompanhamento de obesos, quem tiver a maior perda de peso ganha uma cesta de frutas.
Apelo ao raciocínio: recebe esse nome quando a população alvo é levada a acessar conhecimentos já adquiridos, fazer associações tendo em vista o significado da ação para sua vida, sente necessidade de aprender o que está sendo tratado. Cabe ao nutricionista como educador proporcionar situações que induzam a um esforço intencional, a uma atividade visando a certos resultados queridos e compreendidos. Exemplo: o diabético para compor seu cardápio escolhe como sobremesa uma fruta e não um doce, isso porque, através dos conhecimentos adquiridos entende os danos que o excesso de açúcar faria a sua saúde. O mesmo diabético assiste a uma palestra de nutrição, porque tem interesse em adquirir maiores conhecimentos e assim ter uma escolha consciente de sua alimentação.
Participação do indivíduo no processo: o educador orienta a população alvo a procurar soluções em conjunto, construir o conhecimento, onde todos contribuem, aprendem fazendo, debatendo, participando do processo. O educador apóia o educando a fazer suas próprias análises. Exemplo: grupo de vivência, como vigilantes do peso onde a própria população dá seu testemunho, mostra como está tentando solucionar o seu problema.
MÉTODOS E TÉCNICAS DE ENSINO:
Método é o caminho, a técnica é a forma como percorrê-lo. São utilizados para se levar o educando a seguir um esquema para maior eficiência da aprendizagem.
TIPOS DE MÉTODOS E TECNICAS DE ENSINO
Método expositivo: a figura central é o professor, exige grande competência técnica como: voz audível com modulação adequada; boa dicção e facilidade para expor as idéias entre outras. Exemplo: aula expositiva, painel, simpósio, palestras.
Método de laboratório: processo centralizado no aluno que participa diretamente do processo. Exemplos:
Philips 6.6: consiste na divisão do grupo em frações de seis pessoas que discutem um assunto durante seis minutos.
Estudo de caso: consiste em apresentar um problema que estimule o pensamento reflexivo para alcançar uma solução satisfatória.    
Seminário: consiste na divisão de um tema em afirmações básicas, as quais são distribuídas entre os grupos, que deverão pesquisar e apresentar a população alvo em uma seqüência lógica e dentro do tempo determinado.
Dramatização: apresentação de um tema pelo grupo adaptado na forma de peça teatral.
Demonstração: um grupo apresenta o experimento para os demais; essa técnica requer salas especiais como laboratórios ou cozinhas experimentais. 
Brainstorming: tempestade de idéias, cada um manifesta sua opinião sobre um determinado tema, o redator deve anotar todas opiniões em um painel e finalizar com uma conclusão englobando tudo.
RECURSOS MATERIAIS E HUMANOS
Todos os seres humanos podem aprender e podem mudar suas práticas alimentares se necessário, independente de idade, sexo ou condição social e cultural. Depende de COMO se transmitem as informações, os conceitos, ou seja, da estratégia de ensino utilizada.
Recursos Humanos:
a)  professor: considerado a maior fonte de estímulo para o aluno. São qualidades essenciais a um professor: personalidade firme, conhecimento do assunto, habilidade para ensinar, sociabilidade e a liderança;
b) alunos: muitas atividades exigem trabalho de grupo em que há ajuda mútua, ou intervenção direta dos alunos em debates, seminários, visitas, dramatizações, etc;
c) comunidade: pais, profissionais e autoridades são elementos que podem auxiliar o professor no seu trabalho.
Recursos Materiais:
a) naturais: natureza como frutas e verduras.
b) do ambiente escolar: visuais, auditivos e audiovisuais;
c) comunidade: biblioteca, exposições, etc.
 5 . AVALIAÇÃO
Um Programa de educação nutricional pode ser de curto e longo prazo. Mesmo nos de curto prazo, é possível que se passem vários anos antes que as mudanças cheguem à população alvo. Por exemplo, os efeitos de um programa educativo para promover a utilização de novos alimentos em uma dieta tradicional podem demorar por volta de 5 anos. Ainda assim é necessário medir tais resultados. Essa medida se chama avaliação.
Conceito:
Avaliação é um processo contínuo, desde o momento que as estratégias de intervenção foram implementadas. Visa determinar o valor ou volume do êxito na consecução dos objetivos pré – estabelecidos.
		É medir, comparar e concluir.
 TIPOS DE AVALIAÇÃO
Avaliação diagnóstica: é realizada no início do programa, fornece subsídios para elaboração de todo o programa; determina a situação problema, os componentes do comportamento alimentar (cognitivo, afetivo, situacional) e as características da população alvo e do local.
Avaliação em curso ou formativa: é a análise da validade, eficiência e efetividade das atividades e resultados. Esta avaliação se realiza durante a implantação do projeto e é feita em intervalos previamente determinados. Esta avaliação auxilia nos reajustes dos objetivos, do conteúdo programático, das estratégias de implementação ou em outros aspectos.
Avaliação terminal ou somativa: realiza-se na conclusão ou um pouco antes do encerramento do programa. Este tipo de avaliação, além da análise das atividades e resultados, deverá proporcionar bases para decidir sobre ações futuras, como extensão da experiência para outras áreas, necessidades de realizar uma segunda fase para o programa, etc.
Avaliação posteriori: efetua-se algum tempo depois de concluído o programa, quando se espera contar com o desenvolvimento total dos benefícios que se pretendiaalcançar. Esta avaliação analisará o impacto do projeto sobre a população beneficiária.
Para o desenvolvimento e detalhamento dos temas busque por:
Esperança LMB, Galisa, MS. Programa de Comunicação e reeducação alimentar (PCRA) in: Fagioli D, Nasser LA. Educação nutricional na infância e na adolescência: planejamento, intervenção, avaliação e dinâmicas. São Paulo: RCN Editora, 2006.
ORGANIZAÇÕES DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A AGRICULTURA E ALIMENTAÇÃO. Guia meto todológico de comunicação social em nutrição. Roma, 1999.
CONTEÚDO 7 - Características e comportamento de crianças e adolescentes para um Programa de Educação Nutricional
Fatores envolvidos no comportamento alimentar
A base dos hábitos alimentares é formada nos primeiros anos de vida e são definidos à medida que se estabelece o desenvolvimento: motor, cognitivo e social da criança. Os aspectos emocionais, psicológicos, sociais, econômicos e culturais são de fundamental importância, pois contribuem de forma favorável ou não para a determinação de um padrão alimentar saudável.
            1- Alimentação do pré-escolar
A regulação da ingestão alimentar é influenciada pela sensação de fome e saciedade. Logo a criança pequena come quando sente fome. O controle sobre a ingestão alimentar com o passar do tempo é reduzido devido às pressões sociais que determinam os horários para a realização das refeições. Desta forma, as práticas alimentares adotadas com as crianças institucionalizadas podem desestimular a regulação da ingestão de alimentos pelos sinais internos de fome e saciedade, podendo levar a um excesso de ingestão de alimentos e obesidade em locais onde existe abundância de alimentos com elevada concentração calórica e pouco nutritivos.
Outra característica da alimentação na infância é a rejeição a novos alimentos. Esta situação, chamada de neofobia, pode se manifestar em crianças pequenas e o incentivo à experimentação freqüente é a melhor alternativa para diminuir a rejeição. Estudos têm demonstrado que são necessárias oito a dez exposições para que o alimento seja aceito. Esta situação é pouco conhecida dos pais e/ou cuidadores que muito freqüentemente a interpretam como sedo uma aversão permanente ao alimento deixando de oferecê-lo à criança.
2- Alimentação do Escolar
A alimentação do escolar tem grande influência da experiência vivenciada no período pré-escolar e os fatores externos passam a ter representação na alimentação deste grupo. O horário escolar, o tipo de alimento disponível para o consumo, a alimentação da família, a influencia do grupo de amigos e as propagandas de alimentos são aspectos importantes. As crianças passam a ter maior independência nas suas escolhas alimentares e as propriedades sensoriais dos alimentos (cor, odor, sabor e textura) passam a definir o padrão de ingestão. Por outro lado, como passam a ter maior autonomia as crianças se interessam pelo preparo das refeições e orgulham-se de seus feitos culinários.
 3 – Alimentação do Adolescente
A adolescência é um dos períodos mais desafiadores no desenvolvimento humano. O crescimento relativamente estável da infância é subitamente alterado por um aumento em sua velocidade que resultam em necessidades nutricionais especiais. Por outro lado, é neste período que modificações nos hábitos alimentares ocorrem em decorrência da mudança no estilo de vida e, muitas vezes, não contribuem para a adequada ingestão de nutrientes.
Neste estágio de vida ocorre a maturação da mente e do corpo, que se desenvolvem rapidamente. A capacidade do pensamento abstrato é uma característica desta fase, porém o desenvolvimento cognitivo e emocional pode ser dividido em adolescência inicial, intermediária e tardia. A determinação do estágio da adolescência pode ser útil no planejamento de intervenções educativas para este grupo.
Na adolescência inicial o adolescente está preocupado com o corpo e a imagem corpórea; confia e respeita os adultos; é ansioso sobre as relações com os colegas e é ambivalente sobre a sua autonomia. Adolescentes neste estágio desejam fazer e experimentar qualquer coisa para melhorar a sua imagem corporal, porém, os resultados têm que ser imediatos.
Na adolescência intermediária o adolescente é muito influenciado por seu grupo de amigos, desconfia da opinião dos adultos e deseja ter independência. O padrão alimentar da família é rejeitado temporariamente e eles assumem maior autonomia quanto as escolhas alimentares fora de casa.
Na adolescência tardia o adolescente já estabeleceu sua imagem corporal, faz planos para o futuro, está cada vez mais independente e é mais consistente com seus valores e crenças.
Características dos Programas de Educação Nutricional segundo grupo etário
Uma ampla revisão da literatura, sobre programas de intervenção educativa em nutrição, revelou que são efetivos os programas que utilizam múltiplas experiências de aprendizagem para facilitar a adoção voluntária de comportamentos relacionados à alimentação e nutrição e que poderão conduzir à saúde e ao bem-estar.
            1- Pré-escolar
Segundo a teoria construtivista de Jean Piaget os pré-escolares, para assimilarem um novo conhecimento, utilizam os esquemas sensório-motor e perceptivo, que se caracterizam pela necessidade da manipulação concreta de objetos materiais, até a progressiva evolução para a aprendizagem por meio da observação.
As crianças não nascem com habilidade inata de escolher alimentos nutritivos, esta habilidade é aprendida por meio das experiências sociais e educativas. Portanto, as atividades educativas dirigidas a este grupo devem envolver a exploração de todos os sentidos na busca do conhecimento sobre o alimento e sobre práticas alimentares saudáveis.
Os principais objetivos da educação nutricional do pré-escolar devem ser:
Desenvolver atitude favorável com relação a alimentos variados e nutritivos;
Encorajar a experimentação de alimentos variados;
Promover a compreensão sobre a associação entre alimentação e saúde.
            1.2 - Fatores que contribuem para o sucesso das intervenções educativas em nutrição e alimentação:
Envolvimento dos pais e familiares
Comportamentos e atitudes exemplares de familiares e adultos;
Atividades adequadas ao nível de desenvolvimento psicomotor da criança;
            Crianças de 4 a 7 anos podem compreender conceitos como: alimentos energéticos, coração forte; alimentos que combatem os germes; alimentos com pouca gordura que fazem o coração mais forte. O entendimento da função dos nutrientes e como agem no organismo é muito complexa e exige maior desenvolvimento cognitivo.
Atividades baseadas em alimentos como: culinária; cuidado com hortas envolvendo os cinco sentidos, juntamente com refeições nutritivas favorecem o desenvolvimento da preferência por alimentos saudáveis.
Estratégias educativas que envolvam atividade corporal, tais como: projetos de arte, música, teatro, marionetes e quebra-cabeça.
2- Escolar e Adolescentes
O desenvolvimento cognitivo do escolar se caracteriza pela possibilidade de buscar explicações diferentes e até divergentes a respeito das características do objeto de estudo. Contudo, ainda não possui capacidade de abstração, necessitando partir de dados concretos-materiais de sua experiência para que possa fazê-lo. A reflexão sobre a alimentação deverá ser promovida a partir da apresentação de aspectos da realidade alimentar do grupo. Atividades lúdicas são fundamentais tanto para fomentar a discussão como para tornar concreta as alternativas de reconstrução da realidade em estudo. 
            Segundo Piaget, na adolescência o desenvolvimento cognitivo já se caracteriza pela independência dos dados materiais e concretos para que generalizações e abstrações sejam feitas. Entretanto, esta capacidade somente se estabelece se as etapas anteriores do desenvolvimento cognitivo tiverem sido alcançadas. Ou seja, que o indivíduo tenha tido experiências e oportunidades sociais capazes de promover os estímulos necessários.
Atividades de reflexão sobre a realidade alimentare os fatores externos que influenciam as escolhas alimentares podem ser desenvolvidas com este grupo. A utilização de atividades que envolvam experiências artísticas tais como: teatro, música, dança e artes plásticas são bem aceitas.          
Programas de educação nutricional dirigidos ao público escolar, em geral, apresentam duas abordagens.
São planejados para oferecer conhecimento sobre nutrição com o objetivo de formar consumidores.
Direcionam-se a oferecer conhecimento sobre nutrição e a sua relação com a saúde e o desenvolvimento de doenças, com o objetivo de modificar conhecimento, atitude e/ou ingestão alimentar, reduzir risco de doenças e promover a saúde. 
2.1 - Fatores que contribuem para o sucesso das intervenções em nutrição e alimentação:
Estudos revelaram que as intervenções dirigidas à mudança de comportamentos específicos (redução do consumo de gordura; aumentar o consumo de frutas ou hortaliças; aumentar o consumo de leite) apresentam maior sucesso do que aquelas que abordam aspectos gerais (alimentação saudável).
As estratégias educativas devem estar relacionadas ao comportamento que se deseja modificar e não apenas na transmissão de conhecimento. Devem, portanto, incluir as dimensões da aprendizagem, que incluem aspectos cognitivos, afetivos e comportamentais.
A intervenção deve explorar não apenas os conceitos necessários para o entendimento da necessidade de mudança do comportamento, mas também as causas; as conseqüências e o contexto que contribuem para que o comportamento aconteça.
Os elementos comportamentais da intervenção devem ser dirigidos à auto-avaliação da dieta e das práticas alimentares, ao estabelecimento de metas, à observação de comportamento de referência (personagens e/ou adultos) e ao aumento da auto-eficácia por meio do desenvolvimento de habilidades e incentivos para a mudança.
Os métodos instrucionais devem ser ativos. A participação ativa do grupo alvo é importante e inclui, não somente a utilização de atividades envolvendo alimentos, como as que envolvem degustação de alimentos ou aulas de culinária, mas também, atividades de análise da alimentação e estabelecimento de objetivos e participação em projetos para modificação do ambiente.
As intervenções bem-sucedidas contribuem para o desenvolvimento do suporte social e ambiental para a manutenção dos resultados obtidos.
As intervenções devem ter duração adequada para que tenha resultados. As intervenções mais longas e mais intensivas apresentam melhores resultados do que as pontuais. 
O envolvimento familiar aumenta a efetividade da intervenção, mas para crianças maiores e adolescentes não se observa a mesma importância.
Quadro 1: Recursos educativos, sugestão de utilização e características
	Recursos
	Faixa etária
	Características
	Álbum seriado
	Pré-escolar e escolar (7 a 14 anos)
	Facilita a abordagem de diversos temas de forma seqüenciada. Depende de confecção de ilustrações que os próprios alunos podem desenvolver.
	Flanelógrafo e imãntógrafo
	Pré-escolar e escolar (7 a 14 anos)
	Utilizado para abordar diversos temas. Os próprios alunos podem confeccionar as figuras. Possibilita diversas formas de manipulação e trabalho em grupo.
	Histórias em quadrinhos
	Pré-escolar e escolar (7 a 10 anos)
	Podem ser desenvolvidas pelos próprios alunos a partir de uma pesquisa inicial sobre o tema central.
	Peça teatral
	Pré-escolar e escolar (7 a 14 anos)
	Pode ser desenvolvida pelos próprios alunos a partir de uma pesquisa inicial sobre o tema central.
	Teatro de fantoches
	Pré-escolar e escolar (7 anos)
	Pode ser desenvolvida pelos próprios alunos a partir de uma pesquisa inicial sobre o tema central.
	Jogos de percurso, dominó e baralho.
	Pré-escolar e escolar (7 a 10)
	Podem ser elaborados pelos alunos. Existem produtos sobre o tema alimentação no mercado.
	Jornal
	Pré-escolar e escolar (7 a 14)
	A produção pode ser feita pelos próprios alunos. Depende de impressão. Boa forma de investigação do contexto local sobre alimentação e nutrição.
	Mural
	Pré-escolar e escolar (7 a 14)
	Os alunos podem produzir. Boa forma de despertar o interesse para determinado tema.
	Sucata
	Pré-escolar e escolar (7 a 8 anos)
	Utilização de materiais diversos para a para a construção de canteiros para horticultura.
	Máscaras
	Pré-escolares
	Personagens “alimentos” para criação de peça teatral.
	Carimbo
	Pré-escolares
	Confeccionados a partir dos alimentos ou partes dos alimentos (folhas, talos).
	Modelagem
	Pré-escolares
	Modelos de alimentos podem ser feitos para serem utilizados em jogos ou imãntógrafos.
	Culinária
	Pré-escolares e escolares (7 a 14 anos)
	Já existe literatura disponível em livrarias. Propicia a manipulação e a experimentação de alimentos. Pode ser utilizada para a abordagem de diversos temas relacionados à alimentação (higiene, nutrição, cultura, etc.)
	Horticultura
	Pré-escolares e escolares (7 a 10 anos)
	Favorece a manipulação de alimentos e a abordagem de diversos temas relacionados à alimentação (meio ambiente, nutrição, higiene, comercialização e industrialização de alimentos, safra)
Fonte: Adaptado de Bonato e Parra, Nutrição, Saúde e Performance. Anuário Nutrição e Pediatria, 2005.
Para maiores esclarecimentos, consulte também:
FAGIOLI, D.; NASSER, L.A. Educação nutricional na infância e na adolescência: planejamento, intervenção, avaliação e dinâmicas. São Paulo: RCN Editora, 2006.
GALISA, M. S. Educação alimentar e nutricional: da teoria a prática. São Paulo: Roca, 2014.
http://www.fnde.gov.br/ (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação)
http://www.who.int/en/ (site da Organização Mundial da Saúde)
http://ecos-redenutri.bvs.br/ (Rede de Alimentação e Nutrição do Sistema Único de Saúde)
http://bvsms.saude.gov.br/index.php (biblioteca do Ministério da Saúde)
http://www.mds.gov.br/segurancaalimentar/educacao-alimentar-e-nutricional (Site do Ministério do Desenvolvimento Social)
http://ideiasnamesa.unb.br/index.php (atividades de educação alimentar e nutricional)
http://www.ufrgs.br/cecane/downloads/ (publicações do Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição do Escolar da Universidade Federal  do Rio Grande do Sul)
CONTEÚDO 8 - Características e comportamento de adultos e idosos para um Programa de Educação Nutricional
A pessoa que busca um aconselhamento nem sempre está preparada para tal, pois a mudança de estilo de vida para promover a adesão e alcançar resultados satisfatórios pode causar ansiedade e favorecer a descontinuidade do tratamento, neste momento, é importante que o profissional identifque em qual estágio de mudança de comportamento o indivíduo se encontra para que possa escolher as estratégias mais adequadas.
No momento da consulta, o profissional deve estar preparado para captar a insatisfação, o nervosismo e a ansiedade do cliente, o que poderá ser declarado verbalmente ou por meio de gestos, posturas, movimentos do corpo, expressões faciais, tom de voz e até pelo silêncio. O nutricionista deve saber identificar qual a melhor maneira de criar um ambiente favorável para a construção de estratégias que facilitem o desenvolvimento de ações pelo cliente (Rodrigues et al., 2005).
O aconselhamento nutricional é efetivo quando realizado em três etapas, conforme o Quadro 1: identificação do problema, elaboração da ação e estratégia da solução (Rodrigues et al., 2005).
	Quadro 1 Etapas de aconselhamento nutricional, estratégia e conduta do profissional.
	Etapa
	Estratégia
	Conduta profissional
	Identificação do problema
	Encorajamento do cliente
	Problematização do cotidiano alimentar. Por exemplo: uma festa
	Elaboração da ação
	O paciente deverá sentir-se como o protagonista
	Quais são suas escolhas alimentares em uma festa? Identificação dos erros alimentares
Orientá-lo quanto às melhores escolhas
	Estratégia da solução
	Exige tempo, disciplina e paciência
	O que conseguiu fazer diante das orientações? O paciente deverá receber elogios quanto às expectativasalcançadas
REZENDE LTT., 2014. 
Falta de adesão
O motivo da falta de adesão é multifatorial e entre os fatores que contribuem para a falta de adesão estão:
• Dificuldade de entender os erros alimentares: inconscientemente, consome-se quantidade maior do que o necessário
• Efeitos rápidos: quando se propõe a seguir uma dieta, há a expectativa de obter efeitos rápidos; caso contrário, desiste-se
• Baixa autoestima: o indivíduo tem comportamentos que podem estar atrelados à baixa autoestima, o que o leva a comer para compensar o lado emocional
• Preconceito: o paciente tem preconceito quanto ao atendimento nutricional, resiste às orientações, julga que vai sofrer privações alimentares e não relata sua realidade para que possa ser ajudado
• Autojulgamento: o indivíduo consegue se tratar por determinado tempo e abandona o tratamento quando faz algo que considere errado
• Dietas restritivas: fazem dietas que não condizem com suas preferências, seus horários e sua situação econômica.
A educação nutricional é um fator relevante para a melhora no comportamento alimentar e na saúde em geral. Já a educação alimentar e nutricional fundamenta-se como uma ação que orienta seus recursos em direção à aprendizagem, à adequação e à aceitação de hábitos alimentares saudáveis durante todo o ciclo de vida, incluindo, nesse caso, o processo de envelhecimento (Cervato et al., 2005; Alencar et al., 2008).
Para se desenvolver o trabalho em grupo, especialmente quando envolve pessoas idosas, deve-se lembrar de algumas considerações estratégicas:
• Modo de convidar: o convite para os indivíduos participarem do grupo pode ser feito de várias maneiras, como, por exemplo, fixando cartazes em pontos estratégicos (escolas, associações, supermercados, no caminho para o consultório ou nas clínicas de atendimento, entre outros)
• Temas a serem abordados: de preferência, sempre que possível, deve-se discutir os assuntos e as atividades a serem propostas com os participantes, para melhor se adequarem às demandas, necessidades, expectativas e realidades locais
• Local para a realização das atividades em grupo: o lugar escolhido deve superar as limitações relativas à locomoção e às condições socioeconômicas adversas. Convém privilegiar locais próximos às residências, como escolas, associações comunitárias, igrejas e a própria unidade de saúde
• Coordenação do grupo: dentro do conceito do autocuidado, na opção educativa da autonomia, o coordenador, em função de sua habilitação e sua responsabilidade, desempenha, portanto, o papel de facilitador de mudanças. Assim, os profissionais que coordenam grupos devem ter uma definição clara dos objetivos a serem alcançados e considerar algumas condições básicas:
?As peculiaridades do contexto socioeconômico e cultural dos participantes
?As mobilizações emocionais emergidas nos processos em grupo
?Os saberes disponíveis nas comunidades em que se inserem
?A busca por fazer um acordo ético de funcionamento entre os participantes já no primeiro encontro, visando ao respeito aos seus direitos e liberdade de expressão; à garantia de sigilo e respeito aos conteúdos expressos no grupo; ao favorecimento do acolhimento e da escuta ativa de todos os membros do grupo; e à assiduidade e à pontualidade dos participantes e do coordenador
?A discussão para se definir conjuntamente o melhor dia da semana, além de horário e frequência, em que deve acontecer o encontro
?A manutenção da efetiva integração do grupo, lembrando que ocorre à medida que as pessoas sentem-se tranquilas e seguras para transmitirem suas intimidades em uma rede de confiança mútua. A intervenção do coordenador ocorre segundo seu cabedal de conhecimentos técnicos, teóricos e práticos, sem deixar de lado a sensibilidade e o tato, para os quais não existem regras
?O relacionamento coordenador/participantes do grupo deve ser estabelecido sem hierarquia, já que todos apresentam conhecimento próprio, eliminando-se a relação de autoridade, pois tal prática inviabilizaria o trabalho
•Equipe: todos os membros da equipe de saúde podem participar do grupo, tomando-se o devido cuidado para a quantidade de profissionais não ser excessiva, pois pode vir a inibir a participação das pessoas. A postura dos profissionais é fundamental para o sucesso do grupo. Neste aspecto, destaca-se a maneira de se expressar. As figuras de linguagem (metáforas) podem auxiliar na compreensão, por reproduzirem uma imagem mental. Por exemplo: “a osteoporose é uma doença que causa a redução da massa óssea; é como se o nosso osso virasse uma esponja e fosse perdendo o cálcio.” Ao mesmo tempo, convém lembrar que não se deve:
?Infantilizar a linguagem (“comer uma laranjinha”, por exemplo)
?Usar falas autoritárias
?Interromper a fala de alguém do grupo
?Desconsiderar, ignorar ou desvalorizar a participação de algum membro do grupo
?Utilizar termos técnicos sem esclarecer o significado. Isso pode causar um distanciamento entre os profissionais e os membros do grupo, além de, muitas vezes, provocar a compreensão errônea do que está sendo dito
•Metodologia para o trabalho em grupo: sugere-se um método problematizador que parta da realidade das pessoas envolvidas – por exemplo, a proposta de Paulo Freire, entendida mais como uma teoria do conhecimento do que de uma metodologia de ensino, representa muito mais um método de aprender que um de ensinar (Brasil, 2006; Cervato et al., 2005; Lima et al., 2000).
Fatores que interferem na comunicação com idosos
Segundo o Ministério da Saúde (Brasil, 2006), deve-se considerar, também, que há vários fatores relacionados com a comunicação e que envolvem as dimensões biofisiológica, psicológica, sociológica, cultural e/ou espiritual. Assim, são fatores que interferem na comunicação:
•Integridade dos órgãos sensoriais e do sistema locomotor
•Déficits cognitivos
•Processo de senescência em si
•Inteligência
•Percepção
•Personalidade
•Emoções
•Ambiente
•Pessoas que participam do processo de comunicação, educação e cultura
•Status social.
Em se tratando da alimentação da pessoa idosa, é importante que o nutricionista também esteja atento a alguns aspectos:
•Perda da autonomia para comprar os alimentos, inclusive financeira
•Perda da capacidade/autonomia para preparar os alimentos e para alimentar-se sozinho e com o uso de talheres habituais
•Perda de apetite e diminuição da sensação de sede e da percepção da temperatura dos alimentos
•Perda parcial ou total da visão que dificulte a seleção, o preparo e o consumo dos alimentos
•Perda ou redução da capacidade olfatória, interferindo no seu apetite
•Algum motivo que faça o idoso restringir determinados tipos de alimentos, como dietas para perda de peso, diabetes, hipertensão, hipercolesterolemia
•Alterações de peso recentes
•Dificuldade de mastigação por lesão oral, uso de prótese dentária ou problemas digestivos.
GALISA, Mônica Santiago. Educação Alimentar e Nutricional - Da Teoria à Prática. Roca, 06/2014. VitalBook file.
http://bvsms.saude.gov.br/index.php (biblioteca do Ministério da Saúde)
http://www.mds.gov.br/segurancaalimentar/educacao-alimentar-e-nutricional (Site do Ministério do Desenvolvimento Social)
http://ideiasnamesa.unb.br/index.php (atividades de educação alimentar e nutricional)
SITES
 
http://bvsms.saude.gov.br/index.php (biblioteca do Ministério da Saúde)
 
http://www.mds.gov.br/segurancaalimentar/educacao-alimentar-e-nutricional (Site do Ministério do Desenvolvimento Social)
 
http://ideiasnamesa.unb.br/index.php (atividades de educação alimentar e nutricional)
 
http://www.fnde.gov.br/ (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação)
 
http://www.who.int/en/ (site da Organização Mundial da Saúde)
 
http://ecos-redenutri.bvs.br/ (Rede de Alimentação e Nutrição do Sistema Único de Saúde)
 
http://www.ufrgs.br/cecane/downloads/ (publicações do Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição do Escolar da Universidade Federal  do Rio Grande do Sul)
 
http://fs.unb.br/opsan/ (Observatório de Políticas de SegurançaAlimentar e Nutrição)
 
 
Exercícios Conteúdo 3 
1. Após um programa de doação de cestas de alimentos a uma população carente, contendo hortaliças, verificou-se que apenas metade do grupo estava consumindo estes alimentos (hortaliças). Quais os fatores que podem ter influenciado este comportamento?
a.As famílias não possuíam o hábito de consumo destes alimentos
b. as famílias não sabiam preparar as hortaliças
c. as pessoas não apreciavam tais alimentos
Escolha a alternativa correta
A. todas as alternativas
B. alternativas a e b
C. alternativas a e c
D. apenas a alternativa a
C. apenas a alternativa c
2. Alguns fatores são amplamente conhecidos pela sua influência nas escolhas alimentares dos indivíduos. (papel da família, renda, conhecimento, mídia, disponibilidade de alimentos) quais são os outros fatores fundamentais para entender o comportamento e as escolhas alimentares?
A. Papéis desempenhados ao longo da vida e o clima do país
B. Aspectos psicológicos e de motivação dos indivíduos
C. O clima do país e a política de importação de alimentos
D. A religião e o nível de escolaridade da comunidade em que mora o indivíduo
E. O tipo de mídia a que a população tem acesso e a legislação referente a isto no país.
3. Dentre os fatores que influenciam as escolhas alimentares um dos mais abrangentes são os relacionados às ações do marketing. Exemplo disto são as ações realizadas pelas redes de fast-food para comercialização de seus produtos (uso de personagens infantis, brindes, etc.). em relação a este tema, assinale a alternativa INCORRETA:
A. apesar de não poder evitar as ações de marketing, pois sua resolução se dá a nível de legislação específica, o nutricionista pode conscientizar seu público, em relação às propriedades nutricionais dos lanches vendidos nas redes de fast-food.
B. A motivação e o conhecimento dos indivíduos são fatores que podem ser trabalhados pelos nutricionistas para a mudança de comportamento.
C. Há uma hierarquia entre os fatores que influenciam as escolhas alimentares, sendo os determinantes socioambientais os mais importantes e mais influentes.
D. As pessoas podem encarar de forma diferente o processo saúde-doença, influenciando a forma de se fazer educação nutricional.
E. O gosto ou as preferências alimentares são aprendidos na família, mas podem ser diferentes para cada membro da mesma, pois são fatores individuais.
4.QUESTÃO 34 do ENADE 2007
1.º depoimento:
“Quanto mais falam pra eu emagrecer, daí eu como mais. Meu pai falava tem que emagrecer. Aquilo dava um desespero, eu comia mais.”
2.º depoimento:
“Às vezes uma conversa é melhor que algo escrito no papel. Se a gente tá pensando no assunto, pode mudar.”
3.º depoimento:
“Dizem pra eu não ficar nervoso por ser gordo, que Deus me fez assim.”
Érika M. Rodrigues e Maria Cristina F. Boog. In: Cad.Saúde Pública, maio/2006, p. 923-31 (com adaptações).
As falas apresentadas acima foram obtidas em um estudo de educação nutricional realizado com adolescentes obesos e em que foi adotado o método da problematização. Nessa pesquisa, a fala dos adolescentes emergiu trazendo temáticas que nem sempre estão contempladas em intervenções educativas nutricionais. Nesse contexto, assinale a opção que apresenta associação correta entre depoimento e temática.
A 1.º – estigma social; 2.º – religiosidade; 3.º – práticas alimentares
B 1.º – contexto familiar; 2.º – práticas alimentares; 3.º – religiosidade
C 1.º – práticas alimentares; 2.º – profissionais de saúde; 3.º – contexto familiar
D 1.º – contexto familiar; 2.º – profissionais de saúde; 3.º – religiosidade
E 1.º – religiosidade; 2.º – contexto familiar; 3.º – estigma social
EXERCICIOS CONTEUDO 2
1.Desde o seu início nos anos 40 até hoje a Educação Nutricional deveria levar em conta os diferentes fatores que influenciam a alimentação dos indivíduos, de forma a propor mudanças mais adequadas para a alimentação. No entanto, ao desenvolver as diferentes formas de atuação, um fator deixado de lado. Identifique na relação abaixo qual foi este fator:
A . A influência da família na formação do hábito alimentar nos anos 40 a 60.
B. A influência do fator renda na formação do hábito alimentar nos anos 40 a 70.
C .A influência do fator conhecimento sobre nutrição nos anos 40 a 80.
D.A influência da mídia nos anos 40 a 60.
E.A influência do fator renda e disponibilidade de alimentos no período atual.
2. Em seu artigo sobre o Educação Nutricional nos programas oficiais de prevenção da deficiência de Vitamina A no Brasil, Rodrigues e Roncada (2010) relacionam que apenas mais recentemente as políticas públicas buscam a prevenção deste problema a nível populacional, por meio da educação nutricional, recomendando e incentivando o aleitamento materno e a alimentação saudável, como medidas fundamentais de prevenção desta carência bem como de outras doenças carenciais. Em relação a esta afirmação e ao histórico da EN no Brasil, escolha as frases corretas e identifique a alternativa.
1. O enfoque atual da EN e políticas públicas é o de priorizar ações de promoção da alimentação saudável no curso da vida.
2. a afirmação dos autores é injusta, pois o enfoque da prevenção de doenças carenciais, bem como das doenças do excesso (obesidade) sempre foram foco da EN no país
3. antigamente as doenças carenciais podiam ser resolvidas se as pessoas fossem ensinadas a comer corretamente
A. As frases corretas são apenas a 1 e a 2.
B. Todas as frases estão corretas
C. Todas as frases estão incorretas
D. Estão corretas apenas as frases 1 e 3
E. Está correta apenas a frase 1.
3.Em relação ao histórico da educação nutricional no Brasil, leia as afirmações abaixo e assinale falso (F) ou verdadeiro (V).
( ) o programa criado no governo de Vargas com visitadoras de alimentação teve um impacto positivo na saúde da população.
( ) o público alvo da Educação Nutricional tem se mantido o mesmo historicamente, sendo constituído pela população de baixa renda.
( ) a correção dos hábitos alimentares errôneos era o objetivo da educação nutricional nos anos 40-60.
( ) em termos históricos o período que busca a ênfase na promoção da alimentação saudável é o período dos anos 80-90
( ) uma das causas da rejeição à educação nutricional no país foi a forma de seu direcionamento para com a população mais carente.
Assinale a sequência correta:
A.V, F, V, V, F
B. F, F, V, F, F
C.F, V, V, F, V
D.F, F, V, F, V
E.V, F, V, F, V
4.Uma proposta de implantação de um sacolão comunitário, gerenciado pela comunidade, com FLV já higienizado e/ou pré-preparado, com aproveitamento integral de alimentos, pode se configurar em relação à promoção da alimentação saudável, como uma medida de:
A. proteção
B. apoio
C. incentivo
D. implantação
E. normatização
5.Vasconcelos (1991) evidencia maneiras distintas e possíveis de se trabalhar com educação em saúde. Na abordagem tradicional ela pode ser considerada como uma maneira de fazer as pessoas mudarem algum comportamento prejudicial à saúde como se dependesse exclusivamente delas tais soluções. Segundo outra perspectiva, mas ainda tradicional, ela se baseia também na transmissão de conhecimentos para levar para a população a compreensão e as soluções corretas que os profissionais conscientizados, politizados e conhecedores da ciência já descobriram. Uma outra maneira de se abordar a educação em saúde identificase com a pedagogia de Paulo Freire: “educação baseada no diálogo, ou seja, na troca de saberes. Um intercâmbio entre o saber científico e o popular em que cada um deles tem muito a ensinar e aprender”. Diante de tais esclarecimentos, considere as afirmativas abaixo e identifique aquelas que retratam a Educação Nutricional no Brasil.
I) A Educação Nutricional despontou na década de 1940, quando surgiram os “programas governamentais de proteção ao trabalhador”, que se preocupavam com a alimentação dos mesmos e com a reprodução da força de trabalho.
II)Entreas décadas de 1950 e 1960, a Educação Nutricional voltava-se para as campanhas direcionadas à introdução de soja na alimentação, devido a interesses econômicos.
III) No ano de 1964, a Educação Nutricional começa a ser renegada, pois foram instituídas medidas que “privilegiaram a suplementação alimentar, a racionalização do sistema produtor de alimentos e as atividades de combate às carências nutricionais específicas”.
IV) Na década de 1970, a Educação Nutricional entrou em um período de evolução, que durou aproximadamente duas décadas. A partir do Estudo Nacional de Despesas Familiar (ENDEF), foi evidenciado que o principal obstáculo à alimentação adequada era a baixa renda da população. Assim, o “binômio alimentação / educação” até então utilizado, transformou-se em “binômio alimentação / renda”.
A. Somente a afirmativa I está correta.
B. Somente as afirmativas III e IV estão corretas.
C. Somente a afirmativa II está correta.
D. Somente as afirmativas I e II estão corretas.
E. Todas as afirmativa estão corretas.
EXERCICIOS CONTEUDO 4
1. Analise o seguinte texto e depois responda a pergunta:
No processo de educação nutricional de um grupo de gestantes, um nutricionista constatou que nem todas as participantes estavam prontas para mudar o comportamento e adotar uma alimentação mais adequada e saudável. Ele observou que a maioria das participantes necessitava de outro tipo de intervenção, pois não estava preparada para a ação imediata. O Modelo transteórico ou de estágios de mudança, um estudo de comportamento humano, demonstra realmente que as pessoas se encontram em diferentes estágios em um processo de mudança de comportamento e que a mudança intencional do mesmo ocorre por meio de 5 etapas, na seguinte ordem (PROCHASKA et al, 1997):
A. Preparação, pré-contemplação, contemplação, ação e manutenção.
B. Contemplação, pré-contemplação, preparação, ação e manutenção.
C. Pré-contemplação, contemplação, preparação, ação e manutenção
D .Pré-contemplação, preparação, contemplação, ação e manutenção
E.Pré-contemplação, contemplação, preparação, manutenção e ação.
2. Dentre os princípios que caracterizam o Modelo Transteórico ou de Estágios de Mudança assinale F (falso) ou V (verdadeiro).
( ) se baseia em teorias psicológicas, que identificam benefícios e barreiras para mudanças de comportamento.
( ) reconhece que a mudança de um comportamento de risco é um processo que ocorre no tempo e em uma sequência de etapas
( ) a maioria da população de risco está preparada para ação, basta informá-la corretamente
( ) a intervenção educativa visa o controle social.
( ) uma vez adotado um novo comportamento há possibilidade de voltar ao comportamento de risco.
 
A. V, V, V, V, V
B .V, F, V, F, V
C.V, V, V, V, F
D.V, V, F, F, V
E .V, F, F, F, V
3. O estudo de Mardonez et al. ( 2009) pesquisou os estágios de mudança em relação à prática de atividade física entre estudantes universitários chilenos.  Observe os dados apresentados na tabela abaixo e selecione a afirmativa corretO
	Etapas de mudança
	Masculino
	Feminino
	Total
	
	n
	%
	n
	%
	n
	%
	Pré-contemplação
	29
	5,0
	37
	10,0
	66
	7,0
	Contemplação
	94
	16,0
	74
	20,0
	168
	17,6
	Preparação para ação
	122
	21,0
	101
	27,0
	223
	23,3
	Ação
	134
	23,0
	89
	24,0
	223
	23,3
	Manutenção
	204
	35,0
	71
	19,0
	275
	28,8
A. A maior parte da população feminina não precisa de nenhum tipo de intervenção, pois já faz atividade física.
B. A maioria dos universitários do gênero masculino não pratica atividade física.
C. Os universitários que precisam ser conscientizados da importância da prática de atividade física são em sua maioria mulheres.
D. As estratégias educativas podem ser aplicadas igualmente entre homens e mulheres, pois não há diferença entre os grupos, com relação à atividade física.
E. A pesquisa mostra que 24% das mulheres estão no estágio de”ação”, o que mostra que elas praticam mais atividade física que os homens.
4. QUESTÃO 33 – Enade 2007 -
Em uma unidade básica de saúde (UBS), foi realizado um levantamento com o objetivo de fornecer informações para a elaboração de um projeto de educação alimentar e nutricional para meninas adolescentes. O diagnóstico com as adolescentes mostrou a seguinte situação: 80% relatam já ter feito pelo menos em uma ocasião dieta para redução de peso; 50% delas não ingerem leite ou derivados, apesar de o considerarem um alimento bastante nutritivo; quanto ao desjejum, 40% delas não tomavam café da manhã.
Considerando o resultado desse diagnóstico, é correto afirmar que
A. a condição socioeconômica da clientela avaliada sugere a adoção da teoria tecnicista de educação nutricional, como modelo de projeto a ser adotado na referida UBS.
B. o comportamento alimentar identificado é característico de adolescentes, os quais são resistentes a mudanças, o que sugere o emprego de estratégia de negociação nas ações educativas.
C. o projeto a ser elaborado na referida UBS é uma iniciativa experimental na área de educação e foge do modelo de assistência previsto no Sistema Único de Saúde.
D. o diagnóstico identifica que as adolescentes se encontram no estágio de ação, segundo o modelo transteórico de mudança de comportamento
E.as adolescentes têm boa percepção quanto ao seu peso corporal, refletindo em sucessivas experiências de dieta
5. "O estudo do comportamento alimentar tem despertado grande interesse por se tratar de um elemento importante para o sucesso de intervenções nutricionais. Considerando–se a complexidade do tema e as inúmeras influências a que está submetido, sugere–se que o aprofundamento de pesquisas sobre os determinantes do comportamento alimentar possibilite maior impacto nas ações de promoção de práticas alimentares saudáveis. A adoção cada vez mais freqüente de uma alimentação inadequada no Brasil e no mundo leva a um questionamento sobre o impacto das intervenções nutricionais tradicionalmente utilizadas em âmbito populacional. Diversas estratégias de educação nutricional são atualmente descritas na literatura; contudo, alcançar a motivação da população para uma mudança efetiva do padrão alimentar ainda é um dos grandes desafios para a saúde pública. A aplicação do modelo transteórico parece ter um papel promissor em relação à melhor compreensão da mudança de comportamento alimentar, almejada nas intervenções nutricionais. Estratégias que envolvam o direcionamento para cada estágio de mudança de comportamento, identificado segundo essa teoria, podem ser mais eficazes quanto à motivação dos indivíduos a adotar práticas alimentares mais saudáveis (TORA, 2007)."
TORAL, Natacha and SLATER, Betzabeth. Abordagem do modelo transteórico no comportamento alimentar. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2007, vol.12, n.6, pp. 1641-1650. ISSN 1413-8123. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232007000600024. 
 
A. No estágio de pré–contemplação, a mudança comportamental ainda não foi considerada pelo indivíduo ou não foram realizadas alterações no comportamento e não há intenção de adotá–las num futuro próximo (considerando–se, geralmente, seis meses).
B. No estágio de contemplação, o indivíduo começa a considerar a mudança comportamental. Isto é, pretende–se alterar o comportamento no futuro, mas ainda não foi estabelecido um prazo para tanto. O indivíduo, portanto, reconhece que o problema existe, está seriamente decidido a superá–lo, mas ainda não apresenta um comprometimento decisivo.
C. O estágio ação pretende alterar o comportamento num futuro próximo, como no próximo mês. Geralmente, após ter superado tentativas anteriores frustradas, são realizadas pequenas mudanças e um plano de ação é adotado, ainda sem assumir um compromisso sério com o mesmo.
 D .Somente A e B são corretas
E .Somente A e C são corretas
EXERCICIO CONTEUDO 5
1. Existem diferentes abordagens para um processo de ensino aprendizagem, que são as diferentes correntes da pedagogia.Abaixo estão apresentadas as visões de ALUNO em cada uma delas (SANTOS, 2005). Relacione cada definição com a respectiva corrente.
 
	1.       Aluno é um ser passivo que deve assimilar os conteúdos transmitidos pelo professor.
	(   ) abordagem comportamental
 
	2.       Elemento para quem o material é preparado. O aluno eficiente e produtivo é o que lida cientificamente com os problemas da realidade.
	(   ) abordagem humanista e cognitivista
 
	3.       Um ser ativo, participativo em relação ao processo de ensino aprendizagem.
	(   ) abordagem tradicional
 
	4.       Uma pessoa concreta, objetiva, que determina e é determinado pelo social. Deve ser capaz de operar conscientemente mudanças na sociedade.
	(   ) abordagem sócio-cultural
 
A. 1,2,3,4.
B .2,3,1,4.
C .3,2,1,4.
D .2,3,4,1
E .1,2,4,3
2. Existem diferentes abordagens para um processo de ensino aprendizagem, que são as diferentes correntes da pedagogia. Abaixo estão apresentadas algumas características e nome de cada uma delas (SANTOS, 2005). Relacione a definição com a respectiva corrente.
 
	1.      Os conteúdos são baseados em documentos legais, selecionados a partir da cultura universal acumulada. Predominam aulas expositivas, com exercícios de fixação, leituras-cópia.
	(   ) abordagem comportamental
 
	2.      Desenvolve a inteligência, considerando o indivíduo numa situação social. Baseado no ensaio e no erro, na pesquisa, na investigação, na solução de problemas, facilitando o “aprender a pensar”.
	(   ) abordagem tradicional
 
	3.      Os objetivos educacionais são definidos a partir das necessidades concretas do contexto histórico-social no qual se encontram os sujeitos. Busca consciência crítica. Diálogo e grupos de discussão são fundamentais.
	(   ) abordagem sócio-cultural
 
	4.      Ênfase nos meios: recursos audiovisuais, instrução programada, tecnologias de ensino, ensino individualizado, computadores.
	(   ) abordagem cognitivista
 
 
A 1,4,2,3.
B 4,3,2,1.
C 1,4,3,2.
D 4,1,2,3.
E 4,1,3,2.
3. Em relação ao Construtivismo é correto afirmar que:
A. É uma teoria psicológica que não diferencia como o aluno aprende, mas sim em quanto tempo.
B. O construtivismo considera importante resgatar os conhecimentos prévios que o aluno tem sobre o tema a ser estudado.
C .Considera que se o caráter do aprendizado é procedimental este requer atividades de memorização e repetição de ações.
D. O processo ensino-aprendizado pode ser realizado pelo professor para o aluno.
E . Foi criado no Brasil por Paulo Freire.
EXERCICIO CONTEUDO 6
1.Para a realização de um Programa de Educação Nutricional, é necessário compreender porque as pessoas se comportam de uma ou de outra forma. A realização do diagnóstico educativo é, portanto, de extrema importância para essa compreensão pois permite coletar informações que possibilitem conhecer a realidade da população estudada e propor mudanças em seus hábitos. Não existe um único método para a melhor coleta de dados, sendo que cada um possui vantagens e limitações. (FAO/OMS. Guia Metodológico de Comunicação Social em Nutrição. Roma, 1999, disponível em www.fao.org). Na tabela abaixo temos uma comparação de 6 métodos de coleta de dados, segundo 5 critérios:
 
	 
	A. Tipo de dados coletados
	B. Nível de competência requerido
	C. Tempo necessário
	D. Custo
	E. Limitações
	1.
	Os dados disponíveis na literatura variam de um país para outro, mas podem dar muito mais informações do que o esperado
	Bom conhecimento do tema no qual se realiza a revisão
	Poucos dias ou semanas, dependendo do tema em questão
 
	Baixo
	Nem sempre se pode determinar a validez e a confiabilidade dos dados obtidos
	2.
	Os dados podem ser colhidos de um número significativo de pessoas, em um lugar muito freqüentado pela população-alvo
	Os entrevistadores devem ter recebido treinamento básico.
	Poucos dias, em tempo integral
	Baixo
	Não são estatisticamente representativas, apesar da valiosa informação que se pode coletar. Os dados podem ser superficiais
	3.
	Dados colhidos de um grupo limitado de pessoas
	Os entrevistadores devem ser capazes de conduzir entrevistas em profundidade
 
	Poucos dias ou semanas, dependendo do número de pessoas a entrevistar
	Bastante caro
	Enfoques subjetivos da situação
	4.
	Dados colhidos de grupos de pessoas da população-alvo
	Facilitadores e relatores treinados para moderar a discussão, a observação e o registro, assim como para analise dos dados
	Poucas semanas
	Econômico, se não se realizam muitas sessões
	Não são estatisticamente representativos, seja qual for o número de entrevistados
	5.
	Dados obtidos da observação direta de domicílios selecionados e interpretados junto com as informações colhidas nas entrevistas
	Os pesquisadores devem estar bem treinados; necessita-se de antropólogos sociais caso se requeira um perfil etnográfico
	Várias semanas, inclusive meses
	Muito caras pelo nível requerido e pela duração do trabalho
	Viés devido à percepção que as pessoas entrevistadas têm do entrevistador
	6.
	Dados obtidos de uma amostra estatisticamente representativa da população-alvo
	Destreza para elaborar os questionários, definir a composição e o tamanho da amostra, conduzir o inquérito e para a organização e análise estatística dos dados
	Vários meses
	Muito caros
	Viés devido a desejos de prestígio social. A informação pode ser superficial
Fonte: FAO/OMS. Guia Metodológico de Comunicação Social em Nutrição. Roma, 1999.
 
 
Os métodos acima utilizados para o diagnóstico educativo podem ser denominados, respectivamente, de:
A. 1: Revisão da literatura; 2: Entrevistas realizadas em um local de concentração de pessoas; 3: Entrevistas individuais em profundidade; 4: Grupos focais; 5: Técnicas de observação; 6: Inquéritos de campo.
B. 1: Revisão da literatura; 2: Entrevistas individuais em profundidade; 3: Entrevistas realizadas em um local de concentração de pessoas; 4: Inquéritos de campo; 5: Técnicas de observação; 6: Grupos focais.
C. 1: Revisão da literatura; 2: Entrevistas realizadas em um local de concentração de pessoas; 3: Entrevistas individuais em profundidade; 4: Grupos focais; 5: Técnicas de observação; 6: Inquéritos de campo
D.1: Inquéritos de campo; 2: Entrevistas realizadas em um local de concentração de pessoas; 3: Técnicas de observação; 4: Grupos focais; 5: Entrevistas individuais em profundidade; 6: Revisão da literatura
E . 1: Grupos focais; 2: Entrevistas realizadas em um local de concentração de pessoas; 3: Entrevistas individuais em profundidade; 4: Revisão da literatura; 5: Técnicas de observação; 6: Inquéritos de campo
2.Um nutricionista foi chamado a um Centro Municipal de Educação Infantil (CEMEI) para avaliar a alimentação das crianças de 2 a 6 anos. Ele encontrou os seguintes dados referentes à alimentação dessas crianças:
 § 25% consomem hortaliças diariamente;
 § Menos de 20% consomem frutas diariamente;
 § 40% consomem leite e derivados diariamente;
 § Menos de 10% consomem carne de boi e vísceras em geral;
 § Mais de 90% consomem cereais e leguminosas diariamente;
 § Mais de 80% consomem refrigerantes e guloseimas diariamente.
A partir desses dados ele precisará estabelecer um Programa Educativo para incentivar a alimentação saudável entre essas crianças. Estabeleça a associação entre as colunas 1 e 2 relativas às fases de planejamento do programa educativo e assinale a opção com a seqüência correta.
	Coluna 1
	Coluna 2
	1) Qual o problema
	( ) Objetivos
	2) O que deve ser mudado
	( ) Avaliação
	3) O que se deve fazer para que as mudanças esperadas ocorram
	( ) Métodos e recursos
	4) Como fazer para provocar mudanças
	( ) Diagnóstico
	5) Como saber se as mudanças ocorreram
	( ) Assunto e conteúdo programático
A. 1 2 3 4 5
B .2 5 4 1 3
C .3 4 1 5 2
D .5 3 2 4 1
E .4 1 5 3 2
3. Segundo os artigos publicados pela Organização

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