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Redes de Computadores

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Redes de Computadores
Jackes Ridan da Silva Guedes
Márcia Lima da Cruz Guedes
2014
Brasília - DF
e-Tec
rede
Brasil
e-Tec
rede
Brasil
Presidência da República Federativa do Brasil
Ministério da Educação
Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica
Equipe de Elaboração
Escola Técnica de Brasília / ETB
Coordenação do Curso
Luiz Carlos Vitorino/ETB
Professor-autor
Jackes Ridan da Silva Guedes/ETB
Márcia Lima da Cruz Guedes/ETB
Comissão de Acompanhamento e Validação
Universidade Federal de Santa Catarina / UFSC
Coordenação Institucional
Araci Hack Catapan/UFSC
Coordenação do Projeto
Silvia Modesto Nassar/UFSC
Coordenação de Design Instrucional
Beatriz Helena Dal Molin/UNIOESTE e UFSC
Coordenação de Design Gráfico
Juliana Tonietto/UFSC
Design Instrucional
Dóris Roncarelli/UFSC
Web Master
Rafaela Lunardi Comarella/UFSC
Web Design
Beatriz Wilges/UFSC
Maria Eduarda Susin Francalacci/UFSC
Diagramação
Bárbara Zardo/ UFSC
Juliana Tonietto/UFSC
Revisão
Júlio César Ramos
Projeto Gráfico
e-Tec/MEC
Catalogação na fonte pela Biblioteca Universitária da
 Universidade Federal de Santa Catarina
© Escola Técnica de Brasília - ETB
Este Caderno foi elaborado em parceria entre a Escola Técnica de Brasília e a 
Universidade Federal de Santa Catarina para a Rede e-Tec Brasil.
 
G924r Guedes, Jackes Ridan da Silva
 Redes de computadores / Jackes Ridan da Silva Guedes, Márcia 
Lima da Cruz Guedes – Brasília : Escola Técnica de Brasília, 2014.
 113p. : il., tabs.
 Inclui bibliografia
 Rede e-Tec Brasil. Curso Técnico em Telecomunicações.
 1. Redes de computadores. 2. Sistemas de transmissão de dados. 3. 
Tecnologia da informação. I. Guedes, Márcia Lima da Cruz. II. Título.
 
 CDU: 681.31.011.7
3
Apresentação e-Tec Brasil
Prezado estudante,
Bem-vindo ao e-Tec Brasil!
Você faz parte de uma rede nacional pública de ensino, a Escola Técnica 
Aberta do Brasil, instituída pelo Decreto nº 6.301, de 12 de dezembro 2007, 
com o objetivo de democratizar o acesso ao ensino técnico público, na mo-
dalidade a distância. O programa é resultado de uma parceria entre o Minis-
tério da Educação, por meio das Secretarias de Educação a Distancia (SEED) 
e de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), as universidades e escolas 
técnicas estaduais e federais.
A educação a distância no nosso país, de dimensões continentais e grande 
diversidade regional e cultural, longe de distanciar, aproxima as pessoas ao 
garantir acesso à educação de qualidade, e promover o fortalecimento da 
formação de jovens moradores de regiões distantes, geograficamente ou 
economicamente, dos grandes centros.
O e-Tec Brasil leva os cursos técnicos a locais distantes das instituições de en-
sino e para a periferia das grandes cidades, incentivando os jovens a concluir 
o ensino médio. Os cursos são ofertados pelas instituições públicas de ensino 
e o atendimento ao estudante é realizado em escolas-polo integrantes das 
redes públicas municipais e estaduais.
O Ministério da Educação, as instituições públicas de ensino técnico, seus 
servidores técnicos e professores acreditam que uma educação profissional 
qualificada – integradora do ensino médio e educação técnica, – é capaz de 
promover o cidadão com capacidades para produzir, mas também com auto-
nomia diante das diferentes dimensões da realidade: cultural, social, familiar, 
esportiva, política e ética.
Nós acreditamos em você! 
Desejamos sucesso na sua formação profissional!
Ministério da Educação 
Janeiro de 2010
Nosso contato
etecbrasil@mec.gov.br
e-Tec Brasil3
Ícones
Atenção
Indica pontos de maior relevância no texto ou que servem de in-
tegração ou remissão a vários aspectos de um tema.
Descubra Mais
Oferece novas informações que enriquecem o assunto ou “curio-
sidades” e notícias recentes relacionadas ao tema em estudo. Ser-
vindo também de fio condutor para alguma situação de aprendi-
zagem que possa pertencer à integração dos cursos, a integração 
dos eixos ou a especificidade do curso.
Glossário
Indica a definição de termos, palavras ou expressões utilizadas na 
unidade temática.
Multimídia
Incentiva o desenvolvimento de atividades de aprendizagem a 
partir de diferentes mídias: vídeos, filmes, jornais, ambiente AVEA 
e outras, estabelecendo uma ponte transversal entre os conheci-
mentos estudados e a realidade do estudante.
Hipertextualidade/Integração
Propõe situações de aprendizagem que estabelecem ligações entre 
os temas, as habilidades, as competências, e as bases tecnológicas.
Transversalidade/Contexto
Orienta o estudante a perceber os temas estudados no seu con-
texto tornando-o capaz de ampliar o conceitual a partir da obser-
vação da realidade e vice-versa.
e-Tec Brasil5
Sumário
Palavra do professor-autor 9
Apresentação da componente curricular 11
Unidade 1 - Introdução a redes de computadores 13
Comunicação de dados 15
Como ocorrem a troca de informações na rede local 16
História da rede de computadores 16
Conceitos de redes de computadores 19
Por que implantar uma rede de computadores? 20
Unidade 2 - Classificação das redes de computadores 23
Classificações quanto à área de abrangência 25
Classificações quanto às topologias 30
Unidade 3 - Meios de transmissão 35
Meios de transmissão guiados 37
Meios de transmissão não guiados 44
Unidade 4 - Equipamentos para interconexão das redes 47
Adaptadores de redes 49
Comutador ou switch 51
Patch panel 53
Repetidores 54
Bridges (pontes) 54
Roteadores 54
Access Point 55
e-Tec Brasil7
Unidade 5 - Modelo OSI da ISO 59
 A camada física ou nível 1 63
A camada link de dados/enlace (ligação) ou nível 2 63
A camada de rede ou nível 3 63
A camada transporte ou nível 4 64
A camada sessão ou nível 5 64
A camada apresentação ou nível 6 65
A camada aplicação ou nível 7 65
Unidade 6 - Modelo TCP/IP – pilha de protocolos 
da internet 67
Camada de aplicação 70
Camada de transporte 74
Camada de rede 74
Camada de enlace de dados 75
Camada física 75
Unidade 7 - Arquitetura/padrões das redes 
de computadores 77
Padrão ARCNET 79
Token ring 80
Padrão Ethernet 81
Unidade 8 - Cabeamento estruturado 89
Principais ferramentas para cabeamento 
estruturado utilizando fios de cobre 
entrelaçados 93
Conectores 95
Padrões EIA/TIA 568 A e 568 B 96
Fibras ópticas 98
Unidade 9 - Endereçamento IP 103
Endereçamento IPv4 105
Referências 110
Currículo dos professores-autores 111
Redes de Telecomunicações Ie-Tec Brasil 8
e-Tec Brasil9
Palavra do professor-autor
Caro estudante,
A comunicação é uma das maiores necessidades da sociedade humana des-
de os primórdios da sua existência. Conforme as civilizações se espalhavam, 
ocupando áreas cada vez mais dispersas geograficamente, a comunicação 
de longa distância se tornava cada vez mais uma necessidade e um desafio.
Atualmente as redes de computadores estão incluídas em várias situações 
do nosso cotidiano, tornando-se um meio facilitador e indispensável. No 
ambiente profissional, melhoram a produtividade, aceleram a troca de in-
formações e, em consequência, a tomada de decisões; nas redes sociais, es-
treitam os relacionamentos interpessoais e profissionais e, no setor público, 
facilitam as atividades e diminuem consideravelmente o tempo de resposta 
dos serviços solicitados em todas as esferas governamentais.
Podemos acessar ou disponibilizar informações por meio de sites, e-mails e 
blogs, entre outros. Temos também um grande número de atividades, rela-
cionadas às empresas e serviços públicos, que podem ser feitas utilizando 
as redes, como informaçõessobre impostos, compras, serviços bancários, 
exames laboratoriais e Educação a Distância. 
Todas essas atividades podem ser feitas a partir de qualquer lugar: de uma 
rede doméstica com banda larga; das redes tradicionais presentes nos órgãos 
públicos, empresas privadas, universidades e escolas; por meio de redes wi-fi 
(wireless) disponíveis em aeroportos, bares, lanchonetes, shoppings, hotéis; 
ou, utilizando dispositivos móveis que acessam a internet em qualquer local 
através das redes das operadoras de celular.
A modalidade Educação a Distância (EaD) já viveu momentos de descrédito, 
mas atualmente encontra-se em franca expansão. A grande demanda em to-
dos os níveis de formação obriga as instituições educacionais a se adequarem 
a essa realidade, comprovadamente eficaz. Vamos juntos entrar nesse mundo 
mágico de aprendizagem, dedicando-nos e garantindo que a falta de tempo 
não caracteriza uma dificuldade para a formação técnica profissional. Esta-
remos juntos nesta viagem, buscando o aperfeiçoamento e garantindo que 
chegaremos juntos ao final da disciplina com todos os objetivos alcançados.
Sucesso no seu curso!
Jackes Ridan da Silva Guedes
Márcia Lima da Cruz Guedes
e-Tec Brasil 10 Redes de Computadores
Apresentação 
da componente curricular
Nesta disciplina você estudará os principais conceitos referentes à comuni-
cação de dados e as redes locais de computadores. Estes assuntos serão de 
extrema utilidade para você, tanto nos estudos quanto na vida profissional.
As redes de computadores foram criadas com o objetivo de compartilhar 
recursos; então, iniciaremos o estudo da disciplina conhecendo um pouco 
da história das redes de computadores, desde o surgimento até os tempos 
atuais, com algumas considerações sobre a necessidade vital dessas redes.
Logo em seguida você irá entender que a classificação das redes de compu-
tadores guiadas e não guiadas é definida de acordo com o seu alcance geo-
gráfico, e também conhecerá as topologias das redes. Estudará os principais 
tipos e as características dos meios de transmissão guiados e não guiados, 
e com isso entenderá o processo de transferência de dados entre todas as 
redes de computadores existentes.
Estudará os dispositivos de interconexão de redes responsáveis pelo envio 
e recebimento de todos os dados, pois sem eles os meios de transmissão 
guiados serviriam apenas como cordas para varal.
Entenderá, também, que o modelo de referência OSI (Open System Inter-
conect), dividido em sete camadas (Aplicação, Apresentação, Sessão, Trans-
porte, Rede, Enlace e Física), foi criado pela ISO (International Organization 
for Standardization), com o intuito de conectar dispositivos de diferentes 
fabricantes e, com isso, permitir a transferência de dados entre pontos dis-
tantes do planeta. 
Conhecerá outro modelo de referência, o TCP/IP, que é dividido em cinco ca-
madas (aplicação, transporte, rede, enlace e física). Esse modelo foi criado pelo 
Departamento de Defesa dos EUA, com o intuito de manter ativas as suas 
comunicações, mas se tornou a solução definitiva e simples para os problemas 
de conexão entre redes com as mais diferentes tecnologias. É o modelo pa-
drão de comunicação atual e o principal responsável pelo boom da internet. 
e-Tec Brasil11
O estudo dos padrões de rede ampliará seus conhecimentos sobre os órgãos 
de padronização nacionais e internacionais, que são os responsáveis pela de-
finição dos padrões e tecnologias existentes. Esses padrões compatibilizam as 
redes de comunicação dos mais variados tipos e conseguem com isso efetivar 
a troca de informações entre os equipamentos dos mais variados fabricantes.
Você, estudante, conhecerá as normas 568 A e 568 B, que normatizam a 
construção de um cabeamento estruturado. Entenderá que as normas se apli-
cam tanto para os cabos com fios de cobres quanto para os com fios ópticos, 
e visualizará os vários sistemas e subsistemas de cabeamento, bem como os 
conectores, ferramentas e equipamentos que facilitam a sua implantação.
E finalizando você estudará o endereçamento IPv4 com os seus 4 bilhões de 
endereços existentes, mal distribuídos e formado por 32 bits, divididos em 
quatro octetos. Entenderá por que os endereços IPv4 são divididos em cinco 
classes, sendo apenas três utilizadas na prática. Conhecerá os endereços 
reservados para redes internas e também os conceitos e a aplicabilidade das 
máscaras, endereço de redes e de broadcast.
Vamos iniciar os estudos!
Redes de Telecomunicações Ie-Tec Brasil 12
Unidade n 
Introdução a redes 
de computadores
Unidade 1
e-Tec Brasil
Unidade 1 
e-Tec Brasil15Unidade 1 – Introdução a redes de computadores
Segundo Furgeri (2009), um dos aspectos tecnológicos de maior 
destaque nos últimos anos tem sido a comunicação entre pessoas 
e empresas. Dentro desse contexto, as redes de computadores têm 
um papel muito importante, uma vez que através delas as empre-
sas têm aprimorado sua comunicação, reduzindo custos, tempo 
de produção e tornando-se mais flexíveis diante das constantes 
mudanças. A aquisição, o processamento e a distribuição da in-
formação têm sido os aspectos mais importantes dessa nova era.
Comunicação de dados
Figura 1.1: Comunicação de dados
Fonte: http://www.shutterstock.com
Comunicação de dados é uma troca de informações entre dois ou mais pon-
tos utilizando a linguagem dos protocolos de comunicação (HTTP, DNS, 
TCP/IP, etc.) e um meio de transmissão, que pode ser delimitado (cabos par 
trançado, coaxial e fibra óptica) e/ou não delimitados (satélite, infraverme-
lho, micro-ondas de rádio, bluetooth).
HTTP
É sigla de Hyper Text Transfer 
Protocol, que em português 
significa “Protocolo de Trans-
ferência de Hipertexto”. É um 
protocolo de comunicação entre 
sistemas de informação que 
permite a transferência de dados 
entre redes de computadores, 
principalmente na World Wide 
Web (internet). Disponível em 
http://www.significados.com.
br/http/
DNS
É a sigla para Domain Name 
System, em português Sistema 
de Nomes de Domínios, 
que tem o objetivo de geren-
ciar nomes hierárquicos em 
um sistema, através de duas 
funções: examina e atualiza 
banco de dados e resolve nomes 
de domínios em endereços de 
rede. Disponível em http://www.
significados.com.br/dns/
TCP/IP
Para que a transferência de 
dados na internet seja realizada, 
o protocolo HTTP necessita estar 
agregado a outros dois protoco-
los de rede: TCP (Transmission 
Control Protocol) e IP (Internet 
Protocol). Esses dois últimos pro-
tocolos formam o modelo TCP/
IP, necessário para a conexão 
entre computadores clientes-
servidores. Disponível em http://
www.significados.com.br/http/
Redes de Computadorese-Tec Brasil 16
Satélite Fibra ópticaCabo Coaxial
Figura 1.2: Meios de transmissão
Fonte: http://www.shutterstock.com – Adaptada pelos autores
Como ocorrem a troca de informações 
na rede local
Meio Físico
Mensagem Protocolos
Figura 1.3: Troca de informação
Fonte: Elaborada pelos autores
Os protocolos são regras, linguagens usadas para comunicação entre os 
computadores (ou máquinas em geral), que fazem parte de uma ou mais 
redes de transmissão de dados. As mensagens são constituídas dos dados 
com a formatação (endereço de origem, endereço de destino, etc.) definida 
por cada tipo de protocolo.
A troca de informações em longa distância acontece essencialmente através 
de dispositivos como modens e roteadores, que utilizam os meios de trans-
missão disponíveis, como as fibras ópticas, através de cabos submarinos ou 
micro-ondas de rádio para interligar os cinco continentes do planeta.
História da rede de computadores
Segundo Tanenbaum e Wetherall (2013), cada um dos três séculos anterio-
resfoi dominado por uma única nova tecnologia. O século XVIII foi a época 
dos grandes sistemas mecânicos que acompanharam a Revolução Industrial. 
O século XIX foi a era das máquinas a vapor. As principais conquistas tecnoló-
Caso você queira encontrar 
o significado de outras siglas 
ou abreviações da área de 
tecnologia, você pode acessar 
http://www.significados.com.br/
tecnologia/ e fazer uma busca. 
Lembre-se que é importante 
entender o vocabulário do qual 
estamos nos aproximando. 
Não fique com dúvidas, busque 
respostas sempre que precisar.
Modem
Vem da junção das palavras 
modulador e demodulador. É 
um dispositivo eletrônico que 
transforma um sinal digital 
oriundo de um computador 
numa onda analógica 
(modulação) e o transmite pela 
linha telefônica. Ao chegar ao 
receptor, o sinal analógico é 
demodulado para o formato 
digital original, em que 
poderá ser utilizado por outro 
computador em qualquer lugar 
do mundo que possuir um link 
de internet e que tenha interesse 
nessa informação. 
Saiba mais em http://
pt.wikipedia.org/wiki/Modem
e-Tec BrasilUnidade 1 – Introdução a redes de computadores 17
gicas do século XX se deram no campo da aquisição, do processamento e da 
distribuição de informações. Entre outros desenvolvimentos vimos a instalação 
das redes de telefonia em escala mundial, a invenção do rádio e da televisão, 
o nascimento e o crescimento sem precedentes da indústria da informática, o 
lançamento dos satélites de comunicação e, naturalmente, a internet.
A rede telefônica era a rede de comunicação dominante no mundo intei-
ro. Com o crescente número de computadores, houve a necessidade de 
interligá-los para que pudessem ser compartilhados entre usuários geogra-
ficamente dispersos.
Detalharemos agora as últimas décadas com o advento das redes de com-
putadores.
década de 1960
Com a importância cada vez maior dos computadores e o seu surgimento 
em tempo compartilhado, surge a necessidade de interligá-los para que pu-
dessem ser compartilhados por usuários geograficamente dispersos.
J. C. R. Licklider e Lawrence Roberts lideraram o programa de ciência de 
computadores na ARPA (Advanced Research Projects Agency – Agência de 
Projetos de Pesquisa Avançada), nos Estados Unidos – a ARPAnet é a primei-
ra rede de computadores e ancestral direta da internet.
1.3.2 década de 1970
Segundo Kurose e Ross (2013), a ARPAnet inicial era uma rede isolada, fe-
chada, quando surgem novas redes independentes: ALOHAnet – ligando 
universidades das ilhas do Havaí – RFC 829 e Kahn da DARPA. Telenet – rede 
comercial baseada na tecnologia ARPAnet, Cyclades – pioneira da França, 
entre outras que surgiram no final da década.
E mais: surgem as primeiras experiências com o TCP. Os três protocolos fun-
damentais da internet que temos hoje – TCP, UDP e IP – estavam concei-
tualmente disponíveis no final da década de 1970, quando cerca de 200 
máquinas estavam conectadas à ARPAnet.
década de 1980
Ao final da década de 1980, o número de máquinas ligadas à internet pú-
blica, uma confederação de redes muito parecida com a internet de hoje, 
alcançaria cem mil, consequência da criação das redes de computadores 
para interligar as universidades.
http://www.tecmundo.com.br/
infografico/9847-a-historia-da-
internet-pre-decada-de-60-ate-
anos-80-infografico-.htm
TCP
Transmission Control Proto-
col – Protocolo de Controle de 
Transmissão.
UDP
User Datagram Protocol – 
Protocolo de Datagramas de 
Utilizador (ou usuário).
IP
Protocolo de internet
Redes de Computadorese-Tec Brasil 18
Na ARPAnet já se encontravam muitos componentes da arquitetura da in-
ternet de hoje.
O TCP/IP foi adotado oficialmente como novo padrão de protocolo de má-
quinas para a ARPAnet.
No início dessa década os franceses lançaram o projeto Minitel, um plano 
ambicioso para levar as redes de dados para todos os lares, que oferecia 
mais de 20 mil serviços, que iam desde home banking até bancos de dados 
especializados para pesquisa. As redes de computadores estavam presentes 
em lares franceses dez anos antes de os norte-americanos sequer ouvirem 
falar em internet.
década de 1990
A ARPAnet, a progenitora da internet, deixou de existir.
O principal evento da década de 1990 foi o surgimento da World Wide Web, 
que levou a internet para os lares e as empresas de milhões de pessoas no 
mundo inteiro. A web serviu também como plataforma para a habilitação 
e a disponibilização de centenas de novas aplicações, inclusive busca (por 
exemplo, Google e Bing), comércio pela internet (por exemplo, Amazon e 
eBay) e redes sociais (por exemplo, Facebook).
No final do milênio a internet dava suporte a centenas de aplicações popu-
lares, entre elas três de enorme sucesso:
O e-mail com anexos;
O serviço de mensagem instantânea, com lista de contatos;
O comércio pela internet.
O novo milênio
Segundo Kurose e Ross (2013), a inovação na área de redes de computadores 
continua a passos largos. Há progressos em todas as frentes, incluindo distri-
buição de roteadores mais velozes e velocidades de transmissão mais altas nas 
redes de acesso. Mas os seguintes desenvolvimentos merecem atenção especial:
Desde o início do milênio, vimos a implementação agressiva do acesso à 
internet por banda larga nos lares. Esse acesso de alta velocidade preparou 
a cena para uma série de aplicações de vídeo, incluindo a distribuição de 
vídeos gerado pelo próprio usuário (por exemplo, YouTube), fluxo contínuo 
por demanda de filmes e shows de televisão (por exemplo, Netflix) e video-
conferência entre várias pessoas (por exemplo, Skype).
e-Tec BrasilUnidade 1 – Introdução a redes de computadores 19
A onipresença cada vez maior das redes wi-fi públicas de alta velocidade e 
o acesso à internet com velocidade de alguns Mbits/s por redes de telefonia 
celular 3G e 4G. Redes sociais on-line, como Facebook e Twitter, criaram 
redes de pessoas maciças em cima da internet.
Muitas empresas de comércio na internet agora estão rodando suas aplica-
ções na “nuvem” – como EC2 da Amazon, na Application Engine da Google 
ou na Azure da Microsoft. Diversas empresas e universidades também mi-
graram suas aplicações da internet (por exemplo, e-mail e hospedagem de 
páginas web) para a nuvem.
Figura 1.4: Computação em nuvem
Fonte: http://www.shutterstock.com/pic.mhtml?id=141489301&src=id
Conceitos de redes de computadores
Tanenbaum e Wetherall (2013), afirmam que a fusão dos computadores e 
comunicações teve uma profunda influência na forma como os sistemas 
computacionais são organizados. O conceito então dominante de “Centro 
de Computação” como uma sala com um grande computador ao qual os 
usuários levam seu trabalho para processamento agora está completamente 
obsoleto (embora os centros de dados com milhares de servidores de inter-
net estejam se tornando comuns). O velho modelo de um único computador 
atendendo a todas as necessidades computacionais da organização foi subs-
tituído por outro em que os trabalhos são realizados por um grande núme-
ro de computadores, porém interconectados. Esses sistemas são chamados 
redes de computadores.
Redes de Computadorese-Tec Brasil 20
Definir o que seria uma rede de computadores depende muito da visão de 
cada técnico e/ou usuário; por exemplo, um técnico metódico a definiria 
como um conjunto de módulos processadores capazes de trocar informações 
e compartilhar recursos, interligados por um sistema de comunicação; um 
técnico simplista definiria como um sistema de comunicação formado por en-
laces físicos (meios de transmissão) e um conjunto de regras de comunicação 
(protocolos); um usuário comum com algum conhecimento técnico poderia 
definir como ligação de um oumais computadores com a finalidade de com-
partilhar link de internet e periféricos; todas essas definições estão corretas.
Segundo Tanenbaum e Wetherall (2013), redes de computadores é um con-
junto de computadores autônomos interconectados por uma única tecno-
logia. Dois computadores estão interconectados quando podem trocar in-
formações. A conexão não precisa ser feita por um fio de cobre; também 
podem ser usadas fibras ópticas, micro-ondas, ondas de infravermelho e 
satélites de comunicação. Existem redes de muitos tamanhos, modelos e 
formas. Elas normalmente estão conectadas para criar redes maiores, sendo 
a internet o exemplo mais conhecido de uma rede de redes.
Por que implantar uma rede 
de computadores?
O principal motivo para implantarmos uma rede de computadores sem dú-
vida é a grande necessidade de compartilhamento. Em locais como resi-
dências, pequenos comércios e escritórios, onde existem pelo menos dois 
computadores, é aconselhável implantar uma pequena rede para comparti-
lhar o link da internet e a impressora. Em pequenas e médias empresas com 
um número maior de funcionários e consequentemente de computadores, é 
necessário implantar uma rede com, no mínimo, um gerenciamento centrali-
zado utilizando servidores de redes que compartilham softwares, impressoras 
e o link de internet. Empresas de médio e grande porte simplesmente não 
sobrevivem sem a utilização das redes de computadores, com um projeto de 
segurança tecnológico, profissionais qualificados e contratados especifica-
mente para desenvolver e manter toda essa tecnologia funcionando.
e-Tec BrasilUnidade 1 – Introdução a redes de computadores 21
Figura 1.5: Rede de computadores de pequeno porte
Fonte: http://www.shutterstock.com
Estamos iniciando os estudos da disciplina redes de computadores. En-
tendo que estamos no início de uma jornada, é interessante que você 
faça uma descrição sucinta da sua rede doméstica, destacando como é 
o seu acesso à internet, sem se esquecer de informar o(s) dispositivo(s) 
utilizado(s), e qual a sua expectativa em relação ao futuro das redes de 
computadores no Brasil. Utilizando o AVEA, instigue seus colegas a in-
formar como acessam a grande rede e se essa forma de acesso atende 
às suas necessidades cotidianas.
Síntese da unidade
Nesta unidade apresentamos a você a história das redes de computadores 
desde o surgimento até os tempos atuais, e algumas considerações sobre 
a necessidade vital das redes de computadores. Com estes conhecimentos, 
você poderá assimilar melhor o conteúdo que será tratado neste material. 
Sempre que encontrar dúvidas, reveja os conceitos já estudados, pois isso é 
bem importante para o seu aprendizado. 
Unidade n 
Classificação das redes 
de computadores
Unidade 2
e-Tec Brasil
Unidade 2 
As redes de computadores podem ser classificadas de acordo com 
vários critérios, podendo-se levar em conta: a topologia, o tipo de 
transmissão, a conexão ou área de abrangência.
Classificações quanto à área de abrangência
Quanto à área de abrangência, as redes de computadores podem ser classi-
ficadas em:
Redes PAN (Personal Area Network)
Redes LAN (Local Area Network)
Redes MAN (Metropolitan Area Network)
Redes WAN (Wide Area Network)
Com o advento das novas tecnologias de redes wireless (sem fio), novas 
classificações foram adotadas. 
São elas:
Redes WPAN (Wireless PAN)
Redes WLAN (Wireless LAN)
Redes WMAN (Wireless MAN)
Redes WWAN (Wireless WAN)
2.1.1 Redes Pan (Personal area network)
PAN (Personal Área Network) ou rede pessoal é uma rede (conectada por fios 
ou wireless) com tecnologia para interligar aparelhos em uma área pessoal, 
com um alcance de até 10 metros. O objetivo principal é proporcionar a 
comunicação entre um notebook e os outros dispositivos do usuário (como 
PDAs, smartphones etc.), por exemplo.
Ela também é chamada de WPAN, nesse caso, para ressaltar a qualidade de 
ser uma conexão sem fios (wireless). Enquanto uma WPAN normalmente 
utiliza o bluetooth para o estabelecimento da rede, uma PAN que utiliza fios 
para estabelecer a troca de dados o faz por meio de USB ou FireWire.
Como complementação deste 
conceito, leia as informações 
contidas no site http://
www.tecmundo.com.br/
bluetooth/11029-tecnologias-
promissoras-pan-rede-
sem-fio-de-area-pessoal.
htm#ixzz2qKAcJQfl
e-Tec Brasil25Unidade 2 – Classificação das redes de computadores
Figura 2.1: Rede Pessoal – PAN
Fonte: http://www.shutterstock.com
Redes Lan (Local area network)
LANs (Local Area Network) ou rede local são redes particulares que operam 
dentro e próximas de um único prédio, como uma residência ou um escritó-
rio. São usadas para conectar computadores pessoais e aparelhos eletrôni-
cos, para compartilhar recursos e trocar informações.
São grupos de computadores conectados entre si, numa área com tamanho 
restrito, gerenciamento de usuários e computadores sem muita complexidade, 
baixo custo, com alta velocidade na troca de informações (100 Mbps, 1Gbps, 
10 Gbps) e muito utilizadas em residências, empresas, escritórios e escolas.
Figura 2.2: Rede local – LAN
Fonte: http://www.shutterstock.com
Redes de Computadorese-Tec Brasil 26
Redes Man (Metropolitan area network)
MAN (Metropolitan Area Network), ou rede metropolitana, como o próprio 
nome diz, abrange uma cidade.
O exemplo mais conhecido de MAN é a rede de televisão a cabo disponível 
em muitas cidades.
Figura 2.3: Rede Metropolitana – MAN, baseada na TV a cabo
Fonte: Tanenbaum e Wetherall (2013 p. 14)
Redes Wan (Wide area network)
WAN (Wide Área Network) ou rede de longa distância abrange uma grande 
área geográfica, um país ou continente. O principal exemplo desta rede é a 
internet, que interliga computadores do mundo inteiro.
Figura 2.4: Redes de longa distância
Fonte: http://www.shutterstock.com
e-Tec BrasilUnidade 2 – Classificação das redes de computadores 27
WPan (Wireless Personal area network)
Está normalmente associada ao bluetooth. Pode ser vista como a interação 
entre os dispositivos móveis de um utilizador. A WPAN é projetada para pe-
quenas distâncias, baixo custo e baixas taxas de transferência.
Figura 2.5: WPAN
Fonte: http://www.shutterstock.com
WLan (Wireless Local Área network)
É uma rede local que utiliza ondas de rádio com curto alcance. Esse sinal é 
distribuído através de um dispositivo muito comum atualmente, o Access 
Point (pontos de acesso) ou simplesmente AP. O ponto de acesso faz a in-
terconexão entre os diversos dispositivos que possuem antenas receptoras, 
evitando a utilização de cabos, facilitando a troca informações local ou 
simplesmente disponibilizando acesso à internet.
Figura 2.6: WLAN
Fonte: http://www.shutterstock.com
Redes de Computadorese-Tec Brasil 28
WMan (Wireless Metropolitan area network)
É uma rede de área metropolitana sem fio, ou seja, é uma rede sem fio de 
maior alcance em relação a WLAN, isto é, cobre cidades inteiras ou gran-
des regiões metropolitanas e centros urbanos. É conhecida pelo nome de 
Anel Local Rádio (BLR). Atinge velocidades de transmissão de 1 a 10 Mbps 
e alcança distâncias entre quatro e dez quilômetros. Geralmente é utilizada 
pelas operadoras de telecomunicações. A rede metropolitana sem fios mais 
conhecida é o WiMAX, que permite alcançar velocidades de aproximada-
mente 70 Mbps num raio de vários quilômetros; porém, o seu alto custo e 
tendência de acesso massificado à tecnologia 4G através da banda de trans-
missão na faixa de 700 MHz dificultam a sua utilização em grande escala.
Figura 2.7: WMAN
Fonte: http://www.shutterstock.com/pic.mhtml?id=52139242&src=id
WWan (Wireless Wide area network)
É uma rede sem fio de maior alcance em relação à WAN, isto é, pode cobrir 
diversos paísesatingindo milhares de quilômetros de distância. Para que isso 
seja possível, existe a necessidade de utilização de antenas potentes para 
retransmissão do sinal.
Um exemplo de WWAN se refere à rede de celulares que cobre as diversas 
regiões do globo. A distância alcançada é limitada apenas pela tecnologia de 
transmissão utilizada, uma vez que o nível do sinal vai depender dos equipa-
mentos de transmissão e recepção.
Por cobrir grandes distâncias ela é mais propensa a perdas de sinais por cau-
sa dos ruídos e condições climáticas.
Para saber mais sobre a 
tecnologia Wimax, acesse o 
endereço http://www.teleco.
com.br/wimax.asp e para saber 
mais sobre a transmissão na 
faixa de 700 MHz, veja o link 
http://www.tecmundo.com.
br/4g/27888-governo-federal-
vai-usar-a-faixa-de-700-mhz-
para-transmitir-sinais-4g.htm
e-Tec BrasilUnidade 2 – Classificação das redes de computadores 29
Figura 2.8: WWAN
Fonte: http://www.shutterstock.com
Classificações quanto às topologias
As topologias descrevem como os elementos de uma rede estão interligados. 
Esses elementos podem ser computadores, impressoras e outros equipamentos.
Essas topologias podem ser classificadas em:
Topologia física: é o layout, forma como os cabos se conectam fisicamente 
aos switches e aos micros; é a distribuição das estações de trabalho.
Topologia lógica: descreve como os dados trafegam através de switches, 
placas e cabos da rede. 
Figura 2.9: Topologias das redes
Fonte: http://www.shutterstock.com
Redes de Computadorese-Tec Brasil 30
Topologia física
As topologias físicas podem ser divididas em: estrela, anel e barramento.
estrela
Os computadores são conectados a um componente central chamado hub 
ou switch. Os sinais são transmitidos ao hub ou switch, que os retransmite 
aos computadores interligados através dos meios de transmissão.
Topologia Estrela
Figura 2.10: Topologia em estrela
Fonte: http://www.shutterstock.com – Adaptada pelos autores
anel
Consiste em várias estações ligadas em série formando um caminho fecha-
do. Uma mensagem enviada por uma estação passa por outras estações 
(através de retransmissões) até ser retirada pela estação destino ou pela esta-
ção fonte. Os dados circulam de forma unidirecional. Como há um repetidor 
em cada estação, os sinais sofrerão menos distorção e atenuação no enlace 
entre estações. O defeito em uma estação afeta o desempenho de toda a 
rede. Há uma queda de confiabilidade para grandes quantidades de esta-
ções. A cada estação inserida há um aumento de retardo na rede.
e-Tec BrasilUnidade 2 – Classificação das redes de computadores 31
Topologia Anel
Figura 2.11: Topologia em anel
Fonte: http://www.shutterstock.com – Adaptada pelos autores
Barramento
É formada de por um cabo central, onde são conectadas as estações e se 
caracterizam pela comunicação direta entre as estações de trabalho. Possui 
boa confiabilidade, uma vez que não existe uma estação intermediária para 
a comunicação. A falha de um computador não afeta a rede.
Topologia em Barramento
Figura 2.12: Topologia em barramento
Fonte: http://www.shutterstock.com
Redes de Computadorese-Tec Brasil 32
Síntese da unidade
Esta unidade mostrou a você a classificação das redes cabeadas e sem fio 
para as redes locais, metropolitanas e de longo alcance. Mostrou que a 
classificação pode ser definida através da área de abrangência, topologia 
ou tipo de transmissão. Você conheceu também, as suas características e as 
suas aplicabilidades.
e-Tec BrasilUnidade 2 – Classificação das redes de computadores 33
Unidade n 
Meios de transmissão
Unidade 3 
e-Tec Brasil
Unidade 3 
Os meios de transmissão se enquadram em duas categorias: meios 
guiados e meios não guiados. Meios guiados – as ondas são dirigi-
das ao longo de um meio sólido; nos meios não guiados – as ondas 
se propagam na atmosfera e no espaço. Exemplos de meios guia-
dos – cabo de fibra óptica, par de fios de cobre trançado e cabo 
coaxial. Exemplos de meios não guiados – as ondas se propagam 
na atmosfera e espaço.
Meios de transmissão guiados
No meio guiado, o sinal percorre através de meios confinados e sólidos. Os 
meios de transmissão guiados são: pares de fios de cobre trançado, cabo 
coaxial e cabo de fibra óptica.
Par de fios de cobre trançado
Segundo Kurose e Ross (2013, p. 14), “o meio de transmissão guiado mais 
barato e mais usado é o par de fios de cobre trançado, que vem sendo em-
pregado há mais de cem anos nas redes de telefonia”.
Recebem esse nome devido ao entrelaçamento dos fios em pares espirais, a 
fim de, através do efeito de cancelamento, reduzir os ruídos e manter cons-
tantes as suas propriedades elétricas.
Existem dois tipos de cabo par trançado: sem blindagem – UTP (Unshielded 
Twisted Pair) e com blindagem – STP (Shielded Twisted Pair). Eles se diferen-
ciam pela existência de uma malha em volta do cabo que protege contra 
as interferências eletromagnéticas – EMI e de radiofrequência – RFI. Alguns 
modelos STP utilizam também, uma blindagem interna envolvendo cada par 
trançado com o objetivo de diminuir a diafonia (medida de interferência 
elétrica gerada em um par pelo sinal que está trafegando num par adjacente 
dentro do mesmo cabo).
e-Tec Brasil37Unidade 3 – Meios de transmissão
Figura 3.1: Par de fios de cobre sem blindagem e com blindagem
Fonte: http://www.shutterstock.com
http://www.hardware.com.br/livros/redes/cabos-blindados-stranded.html Adaptada pelos autores 
Vantagens: fácil instalação; barato; instalação flexível.
Desvantagens: cabo curto – máximo 100 metros por segmento; Interferên-
cia eletromagnética.
A EIA/TIA (Electronic Industries Alliance – Aliança das Indústrias Eletrônicas/ Te-
lecommunications Industry Association – Associação das Indústrias de Teleco-
municações), órgãos norte-americanos responsáveis pelas padronizações, dividi-
ram os tipos de cabos par trançado em categorias no que se refere à bitola dos 
fios e aos níveis de segurança. O Quadro 3.1 mostra as principais características 
do cabeamento em par metálico segundo as normas ISO e EIA/TIA. 
Quadro 3.1: Características do cabeamento em par metálico
CATEGORIA CARACTERÍSTICAS
Categoria 1
Cabo não entrelaçado e com pouca resistência a atenuação. Transmitia somente voz (serviços 
telefônicos) e dados de baixa velocidade.
Categoria 2
Fio sólido de cobre entrelaçado UTP com largura de banda de 1 MHz.* Não é mais reconhe-
cida pela EIA/TIA.
Categoria 3
Fio sólido de cobre com pares entrelaçados UTP utilizados para transmissão de dados e voz, 
impedância** de 100 W, largura de banda de até 16 MHz, velocidade de até 16 Mbps***. 
Utilizado em redes com padrão Ethernet 10BaseT e também para Token Ring de 4 Mbps***. 
Continua sendo usado em instalações telefônicas.
Categoria 4
Fio sólido de cobre com pares entrelaçados UTP utilizados para transmissão de dados e voz, 
impedância** de 100 W, largura de banda de 20 MHz*. Comum para redes com padrão 
TokenRing. Não é mais fabricado.
Categoria 5
Fio sólido de cobre com pares entrelaçados UTP utilizado para transmissão de dados e voz 
impedância** de 100 W, largura de banda de 100 MHz* e velocidade de até 100 Mbps*** 
em distâncias de até 100 metros por segmento. Utiliza conectores RJ45. Utilizado em redes 
com padrão Ethernet, Token-ring e Fast-ethernet .
Categoria 5e 
(“e”enhanced – 
melhorada)
Fio sólido de cobre com pares entrelaçados UTP e STP utilizado para transmissão de dados 
e voz, impedância* de 100 W e 150 W respectivamente, largura de banda de 155 MHz* e 
velocidades de até 1000 Mbps** em distâncias de até 100 metros por segmento. Utilizado 
em redes padrão Ethernet, fast-ethernet e Gigabit ethernet. Utiliza conectores RJ45, é a 
categoria mais utilizada atualmente.
Façauma pesquisa em sites 
especializados na internet e 
descubra o significado do termo 
delay skew, depois poste no 
Ambiente Virtual de Ensino-
Aprendizagem (AVEA) o que 
você achou e discuta 
com os colegas.
EIA
Aliança das Indústrias 
Eletrônicas.
TIA
Associação das Indústrias de 
Telecomunicações.
e-Tec Brasil 38 Redes de Computadores
Categoria 6
Fio sólido de cobre com pares entrelaçados UTP e STP, largura de banda de até 250 Mhz*, 
velocidades de até 10 gigabits em distâncias de 55 metros por segmento. Possui conectores 
específicos, mas também pode utilizar os RJ45 da categoria 5e.
Categoria 6 a
(“a” de “augmen-
ted“ ou ampliado”)
Fio sólido de cobre com pares entrelaçados UTP e STP, largura de banda de até 500 MHz 
com velocidades de até 10 gigabits em distâncias de até 100 metros por segmento; Usa 
um separador para distanciar os pares e reduzir o crosstalk (interferências entre os pares de 
cabos), diminuindo a perda de sinal e tornando o cabo mais resistente a interferências. Possui 
conectores específicos, mas também podem utilizar os RJ45 utilizados na categoria 5e.
Categoria 7
Fio sólido de cobre com pares entrelaçados STP. Suporta 600 a 700 MHz e 1.2 GHz em pares 
com conector Siemon. Criado para utilização nos padrões de 10 e 100 gigabits. A acessibili-
dade cada vez maior aos cabeamentos ópticos atrapalhou a sua homologação.
Fonte: Elaborado pelos autores
*Megahertz
**Resistência a atenuação
***Megabits por segundo
W - ohms
Impedância = resistência a atenuação (diminuição do sinal). Exemplo: im-
pedância de 100 W =o cabo resiste a uma atenuação de 100 W sem haver 
perda de dados.
Acesse o material da General Cable, disponível no link http://www.ge-
neralcable.pt/LinkClick.aspx?fileticket=CzimZ1bjuQg%3D leia da pá-
gina 9 a 35, organizem-se em grupos, conforme orientações no AVEA, e 
façam discussões sobre as categorias 5e, 6 e 6a, dos cabos par trançado, 
definindo como são adquiridos, em qual segmento da rede utilizá-los, qual 
o material utilizado para isolamento, por que existem variações nas cores 
externas, qual a atenuação e o raio de curvatura suportada. Disponibilizem 
no fórum de discussões as suas opiniões sobre cada tópico solicitado.
Cabo coaxial
Cabos coaxiais são cabos constituídos de quatro camadas: um condutor in-
terno, o fio de cobre que transmite os dados; uma camada isolante de plásti-
co, chamada de dielétrico, que envolve o cabo interno; uma malha de metal 
que protege as duas camadas internas; e, finalmente, uma nova camada de 
revestimento, chamada de jaqueta.
Existem quatro tipos diferentes de cabos coaxiais: 
O 10Base5 – o mais antigo, era usado geralmente em redes baseadas em 
mainframes;
O RG62/U – utilizado em redes ARCNET;
O RG-59/U – usado na fiação de antenas de TV;
O 10Base2 – também chamado de cabo coaxial fino, ou cabo thinnet. Era 
usado em redes Ethernet de 10Mbps. 
Como complementação desta 
seção, leia as informações 
contidas no arquivo em formato 
PDF no endereço
http://www.generalcable.pt/Lin
kClickaspx?fileticket=CzimZ1b
juQg%3D
onde você encontrará 
informações detalhadas 
sobre cabos de energia, 
telecomunicações, transmissão 
de dados, instrumentação e 
controle especiais.
e-Tec Brasil39Unidade 3 – Meios de transmissão
Figura 3.2: Cabos coaxiais
Fonte: http://www.shutterstock.com – Adaptada pelos autores
Vantagens:
Sua blindagem permite que o cabo seja longo o suficiente;
Mais barato que o par trançado blindado;
Melhor imunidade contra ruídos e contra atenuação de sinal que o par tran-
çado sem blindagem.
Por não ser flexível o suficiente, quebra e apresenta mau contato com facilidade;
Mais caro que o par trançado sem blindagem;
Taxa de transferência máxima 10 Mbps.
Fibras ópticas
Segundo Kurose e Ross (2013), a fibra óptica é um meio delgado e flexível 
que conduz pulsos de luz, cada um deles representando um bit. Uma única 
fibra óptica pode suportar taxas de transmissão elevadíssimas, de até deze-
nas ou mesmo centenas de gigabits por segundo. Fibras ópticas são imunes 
à interferência eletromagnética, têm baixíssima atenuação de sinal até cem 
quilômetros e são muito difíceis de derivar. Essas características fizeram da 
fibra óptica o meio preferido para a transmissão guiada de grande alcance, 
em especial para cabos submarinos.
Redes de Computadorese-Tec Brasil 40
Capa Núcleo
Revestimento
Figura 3.3: Partes do cabo de fibra óptica multimodo
Fonte: http://www.shutterstock.com – Adaptada pelos autores
Figura 3.4: Cabos de fibra óptica instalados ao longo das rodovias
Fonte: http://www.shutterstock.com
Figura 3.5: Tipo de cabo de fibra óptica instalado ao longo das rodovias
Fonte: http://www.shutterstock.com/pic.mhtml?id=65498242&src=id
e-Tec BrasilUnidade 3 – Meios de transmissão 41
Figura 3.6: Distribuição de cabos entre os continentes e os países
Fonte: http://www.shutterstock.com
Figura 3.7: Lançamento dos cabos de fibra óptica nos oceanos
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=MKmJrDs0nnk
Figura 3.8: Cabo de fibra óptica submarino
Fonte: http://www.shutterstock.com
Redes de Computadorese-Tec Brasil 42
Características da fibra óptica
Hoje existem vários tipos de comunicações espalhadas pelo mundo e, para 
atendê-las, a fibra óptica possui dois tipos principais de cabo: monomodo e 
multimodo. O tipo monomodo é usado para comunicação em grandes dis-
tâncias, utiliza laser para transmissão dos dados, tem um custo elevado, pos-
sui um manuseio difícil e exige muita técnica para implementação. O sistema 
multimodo tem um diâmetro maior e, assim, é possível transitar mais de um 
sinal através de lasers e LEDs, possui alcance limitado a 2 km e geralmente é 
utilizado em redes locais.
Capa
Núcleo
Revestimento
MULTIMODO
MONOMODO
Figura 3.9: Fibra óptica multímodo e monomodo
Fonte: http://www.shutterstock.com – Adaptada pelos autores
Veja a seguir algumas das vantagens e desvantagens da fibra óptica.
Vantagens:
Dimensões reduzidas;
Capacidade para transportar grandes quantidades de informação;
Imunidade às interferências eletromagnéticas;
Matéria-prima muito abundante (vidro, produzido da sílica, especificamente 
do quartzo);
Segurança no sinal.
Desvantagens:
Custo elevado para implementação, devido ao alto valor da fusão dos cabos 
e da aquisição dos dispositivos de comunicação (conectores, placas de rede 
e switches);
Fragilidade, pois não permite dobras acentuadas;
Dificuldade de conexões e conectorização das fibras ópticas. Atualmente é 
mais aconselhável comprar os pigtails (cabos já conectorizados a pedaços 
Assista ao vídeo que mostra 
como ocorre o lançamento do 
cabeamento submarino de fibra 
óptica em http://www.youtube.
com/watch?v=HRnfPhjSl8M
Veja também como esse 
lançamento ocorre no Brasil, 
especificamente na cidade de 
Marambaia-RJ, no endereço 
http://www.youtube.com/
watch?v=MKmJrDs0nnk
Para saber mais sobre as 
particularidades da fibra óptica, 
acesse http://www.tecmundo.
com.br/web/1976-o-que-e-
fibra-otica-.htm#ixzz30qtbuZGn
Como complementação 
deste conceito, leia as 
informações contidas em 
http://www.oficinadanet.
com.br/artigo/redes/o-
que-e-fibra-otica-e-como-
funciona#ixzz2qtZ1M2Ew 
Observe que a data é 
16/05/2011; caso você encontre 
um material mais atualizado, 
poste no AVEA e discuta com 
seus colegas.
e-Tec BrasilUnidade 3 – Meios de transmissão 43
de um ou dois metros de fibra ótica que necessitam apenas da fusão com o 
cabeamento óptico);
Falta de padronização dos componentes ópticos; 
Não podem sofrer dobras acentuadas.
A fibra óptica é uma tecnologia que conquistou o mundo, e vem sen-
do utilizada cotidianamente na área das telecomunicações. Utilizando 
o AVEA, debata com seus colegas, através de um fórum, sobrequais 
as outras áreas, além das telecomunicações, que estão utilizando esse 
meio de transmissão para melhorar o seu desempenho e confiabilidade.
Meios de transmissão não guiados
No meio não guiado, o sinal propaga-se na atmosfera, como é o caso das 
redes sem fio e transmissões via rádio e via satélite.
Os meios de transmissão não guiados são: rádio; micro-ondas; infravermelho.
Rádio
De acordo com Tanenbaum e Wetherall (2013), as ondas de rádio são fá-
ceis de gerar, podem percorrer longas distâncias e penetrar facilmente nos 
prédios; portanto, são amplamente utilizadas para a comunicação, seja em 
ambientes fechados, seja em ambientes abertos. As ondas de rádio também 
são omnidirecionais, o que significa que elas viajam em todas as direções a 
partir da origem; desse modo, o transmissor e o receptor não precisam estar 
fisicamente alinhados.
Figura 3.10: Transmissão via rádio
Fonte: http://www.shutterstock.com/pic.mhtml?id=57984553&src=id
Assista ao vídeo “Como é 
feita a fibra ótica” que faz 
parte do artigo e discuta com 
seus colegas no AVEA, sobre 
as características, bem como 
as vantagens e desvantagens, 
conforme vimos nesta unidade.
Redes de Computadorese-Tec Brasil 44
Micro-ondas
De acordo com Tanenbaum e Wetherall (2013), acima de 100 MHz, as ondas 
trafegam praticamente em linha reta e, portanto, podem ser concentradas 
em uma faixa estreita. Essa concentração oferece uma relação sinal/ruído 
muito alta, o que requer que as antenas de transmissão e recepção estejam 
alinhadas com o máximo de precisão, o que permite o alinhamento de vários 
transmissores em uma única fileira, fazendo com que se comuniquem com 
vários receptores também alinhados sem que haja interferência, desde que 
sejam observadas algumas regras mínimas de espaçamento.
Ao contrário das ondas de rádio, as micro-ondas não transitam bem dentro 
de edifícios.
Figura 3.11: Transmissão via micro-ondas
Fonte: http://www.shutterstock.com/pic.mhtml?id=164353244&src=id
infravermelho
Segundo Tanenbauem e Wetherall (2013), as ondas de infravermelho não 
guiadas são extensamente utilizadas na comunicação de curto alcance. Todos 
os dispositivos de controle remoto utilizados nos aparelhos de televisão, vide-
ocassetes e equipamentos estereofônicos empregam a comunicação de infra-
vermelho. Eles são relativamente direcionais, econômicos e fáceis de montar, 
mas têm uma desvantagem importante: não atravessam objetos sólidos.
e-Tec BrasilUnidade 3 – Meios de transmissão 45
Figura 3.12: Dispositivos que utilizam as ondas de infravermelho
Fonte: http://www.shutterstock.com – Adaptada pelos autores
Síntese da unidade
Você estudou nesta unidade os principais meios de transmissão guiados, 
tais como par trançado, cabo coaxial e fibra ótica, e não guiados, tais como 
as micro-ondas, o bluetooth e os raios infravermelhos. Para o par trançado 
você pôde observar as diversas categorias existentes, com suas devidas li-
mitações de velocidade. Viu a diferença entre os dois tipos de cabo coaxial. 
Compreendeu o princípio do funcionamento dos diversos tipos das fibras 
ópticas disponíveis e como ocorre a comunicação na grande rede (internet) 
utilizando esse espetacular meio de transmissão de dados.
Redes de Computadorese-Tec Brasil 46
Unidade n 
Equipamentos para 
interconexão das redes
Unidade 4 
e-Tec Brasil
Unidade 4 
e-Tec Brasil49Unidade 4 – Equipamentos para interconexão das redes
São utilizados na interligação dos computadores em uma rede, rea-
lizando tarefas de organização, otimização, filtragem e roteamento.
adaptadores de redes
São placas de circuito impresso com velocidades de 10, 100 e 1000 Mbps, 
que são conectadas aos computadores desktop ou portáteis (notebooks, 
tablets, smartphones), e interligam fisicamente através de cabos com conec-
tores ou sinal de micro-ondas de rádio, as redes de computadores.
Figura 4.1: Placa de rede 
Fonte: http://www.shutterstock.com 
Figura 4.2: Placa de rede wi-fi
Fonte: http://www.shutterstock.com
Redes de Computadorese-Tec Brasil 50
Além de proporcionar a conexão, elas:
Preparam os dados – convertendo os bits de dados em um sentido e no 
outro quando estes passam do computador para o meio de transmissão e 
depois para o computador novamente;
Endereçam os dados – cada adaptador de rede tem endereço próprio e 
único, que é inserido aos dados durante a troca de informações;
Controlam o fluxo de dados – através de uma memória RAM, evitando 
sobrecarga no meio de transmissão;
Faz a conexão com outro computador – as placas de rede (transmissora 
e receptora) iniciam um diálogo para definir a quantidade total dos dados, 
o tamanho máximo dos pacotes, o intervalo de tempo entre os pacotes e 
o intervalo de tempo para confirmação da chegada dos pacotes. Somente 
após essas definições iniciam a troca das informações.
Hubs
Os hubs são dispositivos concentradores, responsáveis por centralizar a distri-
buição dos pacotes de dados em redes ligadas fisicamente com a topologia 
estrela, que trabalha via broadcast (enviando o sinal para todos os computa-
dores interligados), recebendo os sinais transmitidos por um computador e 
retransmitindo-os para o resto. Atualmente em desuso.
Figura 4.3: Hub
Fonte: http://www.shutterstock.com
Hubs Passivos
Concentradores de cabos que não possuem qualquer tipo de alimentação 
elétrica e funcionam como um espelho, refletindo os sinais recebidos sem 
fazer qualquer tipo de amplificação.
e-Tec BrasilUnidade 4 – Equipamentos para interconexão das redes 51
Hubs ativos
São hubs que regeneram os sinais que recebem de suas portas antes de 
enviá-los para todas as portas. Funcionam como repetidores. Na maioria das 
vezes, quando só dizemos “hub”, referimo-nos a esse tipo de hub.
Comutador ou switch
É um equipamento utilizado para conectar os computadores de uma LAN, pos-
sui geralmente entre oito e 48 portas, utiliza os endereços de origem e destino 
incluídos nos pacotes de dados para efetuar a troca de informações, entre vários 
computadores ao mesmo tempo ou dois a dois de uma rede de computadores. 
Figura 4.4: Comutador ou switch
Fonte: http://www.shutterstock.com
Switches e hubs inteligentes
São modelos específicos que permitem qualquer tipo de monitoramento via 
software, sendo capazes de detectar e se preciso desconectar da rede com-
putadores com problemas que prejudiquem o tráfego ou mesmo derrubem 
a rede inteira. Também pode detectar pontos de congestionamento na rede, 
fazendo o possível para normalizar o tráfego, detectar e impedir tentativas 
de invasão ou acesso não autorizado à rede entre outras funções, que va-
riam de acordo com a fabricante e o modelo.
Redes de Computadorese-Tec Brasil 52
Cascateamento de switches e hubs
É uma interligação que tem como finalidade ampliar a rede de computadores 
através de uma porta especial chamada uplink, utilizando cabo com a pina-
gem 568A nas duas pontas, ou através de uma porta comum utilizando um 
cabo cross over com a pinagem 568 A numa ponta e 568 B na outra ponta.
Figura 4.5: Porta uplink
Fonte: http://www.shutterstock.com/pic.mhtml?id=632309&src=id
arquiteturas básicas de switches de rede
Cut-through: apenas examina o endereço de destino antes de reencaminhar 
o pacote.
Store-and-forward: aceita e analisa o pacote inteiro antes de o reencami-
nhar. Este método permite detectar alguns erros, evitando a sua propagação 
pela rede.
Fragment-free: elimina os erros mais comuns, verificando se não há colisões 
dentro dos primeiros 64 bytes do pacote ( tamanho mínimo da mensagem). 
Funcionamento de um switch
Quando você liga um switch a uma rede, ele não a conhece ainda; então, ele 
precisará aprender assim como ela funciona: considere uma rede com quatro 
computadores(computador A, computador B, computador C e computador 
D) conectados nas portas 1, 2, 3 e 4 respectivamente; o computador A envia 
um quadro ao computador D (eu sou o computador A e quero enviar este 
e-Tec BrasilUnidade 4 – Equipamentos para interconexão das redes 53
quadro ao computador D), o switch ainda não sabe onde está o computador 
D; por isso, ele faz broadcast para todas as outras três portas (2, 3 e 4), mas 
ele já gravou que o computador A está na porta 1. Num outro momento, o 
computador C envia um quadro ao computador A; então, o switch não faz 
mais broadcast porque ele já aprendeu que o computador A está na porta 
1; então, ele envia somente para essa porta, e também já aprendeu que o 
computador C está na porta 3, e assim sucessivamente até aprender em 
quais portas estão todos os computadores da rede; a partir e então, ele envia 
somente à porta de destino específico (unicast).
diferenças entre hubs e switches
Fisicamente, são bem parecidos, porém, logicamente o switch trabalha no 
formato de uma estrela, sem conflitos, entregando os pacotes de dados 
somente no computador de destino; um hub simplesmente retransmite os 
dados para todos os computadores da rede, mas apenas o computador de 
destino os recebe; porém, o excesso de pacotes circulando no meio de trans-
missão causa congestionamentos e, consequentemente, lentidão na rede de 
computadores.
O switch, em vez de simplesmente encaminhar os pacotes para todas as es-
tações, encaminha apenas para o destinatário correto, pois identifica as má-
quinas pelo endereço MAC (Medium Access Control), que é único em cada 
placa de rede. Isso traz uma vantagem considerável de desempenho para as 
redes com um grande fluxo de dados, além de permitir que, em casos das re-
des onde são misturadas placas com velocidades de 10/100 e 10/100/1000, 
as comunicações possam ser feitas na velocidade das placas envolvidas; ou 
seja, quando duas placas 100/1000 trocarem dados, a comunicação será 
feita a 1000 Mbits. Quando uma das placas de 100 Mbits estiver envolvida, 
será feita a 100M bits.
Patch panel
Trata-se de um painel com portas RJ-45 fêmea que deve ser parafusado em um 
rack. Na parte traseira dessas portas são conectados cabos que se ligam aos di-
versos equipamentos da rede. As portas devem ser numeradas, e o administrador 
da rede ou o responsável pela instalação física deve fazer uma identificação do 
computador interligado em cada porta para facilitar futuras manutenções.
Redes de Computadorese-Tec Brasil 54
Figura 4.6: Patch panel
Fonte: http://www.shutterstock.com – Adaptada pelos autores
Repetidores
São componentes que servem para filtrar e regenerar um sinal atenuado, 
permitindo a conexão entre os segmentos da rede limitados pela distância 
dos meios físicos de transmissão. Atualmente em desuso, foram sendo gra-
dativamente substituídos pelos switches.
Bridges (pontes)
São pontes que permitem interligar dois segmentos de rede, de forma que eles 
passem a formar uma única rede. Hoje em dia não faz sentido usar bridges para 
dividir a rede em segmentos porque os switches já desempenham essa função.
Roteadores
Os roteadores, por sua vez, são ainda mais avançados, pois permitem interli-
gar várias redes diferentes, criando a comunicação, mas mantendo-as como 
redes distintas.
Figura 4.7: Roteador
Fonte: http://www.shutterstock.com
e-Tec BrasilUnidade 4 – Equipamentos para interconexão das redes 55
Características
Permitem a comunicação remota entre redes do tipo WAN.
Roteiam pacotes entre redes com topologias diferentes e protocolos diferen-
tes (multiprotocolo). 
Compactam dados / tratam erros.
Trocam informações para permitir a escolha da melhor rota para o tráfego 
dos pacotes de um ponto ao outro.
Retransmitem os pacotes para as redes e não para a estação final (função 
do switch).
Utilizam protocolos de roteamento para definir as rotas. Um dos mais utiliza-
dos é o RIP (Routing Information Protocol).
access Point
É um ponto de acesso também conhecido como AP. Funciona como se fosse 
um hub sem fio, e geralmente está conectado a uma rede cabeada. Tem a 
finalidade de interconectar todos os dispositivos que possuem uma antena 
receptora.
Figura 4.8: Acesso wi-fi
Fonte: http://www.shutterstock.com/pic.mhtml?id=52139239&src=id
Os pontos de acesso wi-fi estão se tornando cada vez mais populares em re-
sidências, lojas, empresas e aeroportos. Alguns estabelecimentos comerciais 
oferecem o acesso à internet, através de um AP, como serviço ou cortesia aos 
clientes, os já conhecidos hotspots.
Redes de Computadorese-Tec Brasil 56
Figura 4.9: Placa sinalizadora de hotspots
Fonte: http://www.shutterstock.com/pic.mhtml?id=133036226&src=id
Vários pontos de acesso podem trabalhar em conjunto para prover uma área 
maior de abrangência. Esses pontos de acesso precisam implementar a se-
gurança da comunicação entre eles e os dispositivos móveis que estão em 
contato utilizando os algoritmos de criptografia. No caso do wi-fi, o algo-
ritmo utilizado inicialmente foi wep, que atualmente é burlado facilmente. 
Surgiram então o WPA e o WPA2, que são considerados seguros caso seja 
utilizada uma senha.
Figura 4.10: Access point
Fonte: http://www.shutterstock.com/pic.mhtml?id=66743350&src=id
Hotspots wi-fi
Indicam um lugar onde é 
possível ter acesso à internet. 
É um termo que vem do inglês. 
Hotspot significa “lugar quente” 
e wi-fi significa rede sem fio, 
ou seja, um local, geralmente 
estabelecimentos comerciais, 
onde se pode utilizar a internet 
sem a necessidade de 
fios ou cabos
WEP
Wired Equivalent Privacy.
WPA
Wi-fi Protected Access.
WPA2
Wi-fi Protected Access II
 Os hotspots wi-fi são 
normalmente locais públicos, 
como shoppings, bares, hotéis, 
restaurantes, aeroportos, etc., 
que oferecem a possibilidade 
de o cliente navegar na internet 
enquanto espera por um serviço. 
A maioria dos locais com hotspot 
wi-fi exige que o indivíduo 
pague para utilizá-lo, ou, no caso 
de estabelecimentos comerciais, 
compre um produto ou algo em 
valor mínimo, para poder usufruir 
do benefício. Disponível em 
http://www.significados.com.br/
hotspot-wifi/
e-Tec BrasilUnidade 4 – Equipamentos para interconexão das redes 57
Quando configuramos uma rede wi-fi, encontramos termos como WEP, 
WPA, WPA2, etc., os conhecidos algoritmos de criptografia. Pesquise 
na internet as características de cada um e faça um ranking dos mais 
seguros. Compartilhe com seus colegas no fórum no AVEA.
Síntese da unidade
Nesta unidade você conheceu os adaptadores de rede, os hubs, switches 
e os roteadores. Adaptador de rede é a principal porta de entrada e saída 
de dados nos dispositivos de comunicação das redes. Um hub efetua a in-
terligação física entre vários dispositivos na rede, mas não possui nenhum 
recurso para manipulação dos dados. O switch tornou o hub obsoleto, pois 
possibilita maior desempenho, uma vez que evita as colisões e, devido ao 
baixo custo, está espalhado em muitos locais da rede. Conheceu o roteador, 
dispositivo utilizado para interligar sua rede local com o mundo da internet, 
e, por último, o access point, entendendo a grande importância atualmente 
desse dispositivo nas residências e empresas.
Unidade n 
Modelo OSI da ISO
Unidade 5
e-Tec Brasil
Unidade 5 
A informática era um sistema fechado. A comunicação entre as 
instituições não existia, pois cada uma criava seu próprio modelo 
para a troca de informações. À medida que as instituições cres-
ciam, percebeu-se a necessidade do compartilhamento de dados 
utilizando um sistema aberto e padronizado que atendesse a todos 
em todos os níveis da informação. 
A troca de informações em todos os níveis necessitava de umasequência lógica tanto na transmissão quanto na recepção dos da-
dos. Era necessário estabelecer e encerrar as conexões, endereçar, 
ordenar, controlar os erros, tamanho, fluxo, multiplexar, demulti-
plexar e escolher a melhor rota para os dados.
A Organização Internacional para Padronização (ISO – International Orga-
nization for Standardization), com o objetivo de padronizar a conectivida-
de e interligar sistemas computacionais locais e remotos, criou, em 1977, 
o modelo OSI (Open System Interconect) com sete camadas, facilitando a 
compatibilidade com os modelos existentes e reduzindo o tráfego de dados 
entre as camadas.
A troca de informações baseada no modelo OSI (Open System Interconect) 
ocorre permeando as sete camadas, com funções divididas e bem definidas. 
As camadas de cada computador (transmissor e receptor) se comunicam 
através de conexões virtuais. Apenas a camada física tem uma comunicação 
direta e real. Cada camada usa os serviços da camada inferior e oferece 
serviços para a camada superior. As camadas de nível mais baixo estão mais 
próximas do hardware. As camadas de nível mais alto estão mais próximas 
do usuário. Todas as camadas utilizam protocolos de algum tipo, sempre 
adequados ao tipo da função que realizam. As sete camadas definidas para 
o modelo OSI são: física, link ou enlace de dados, rede, transporte, sessão, 
apresentação e aplicação.
Multiplexar
É enviar um certo número de ca-
nais através do mesmo meio de 
transmissão. Os dois tipos mais 
utilizados são: multiplexação por 
divisão de frequências (FDM) 
e multiplexação por divisão de 
tempo (TDM).
e-Tec Brasil61Unidade 5 – Modelo OSI da ISO
Figura 5.1: Modelo OSI da ISO
Fonte: http://www.shutterstock.com
Figura 5.2: Alguns protocolos utilizados nas camadas do modelo OSI da ISO
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/TCP/IP – Adaptada pelos autores
Redes de Computadorese-Tec Brasil 62
Para facilitar o entendimento do modelo OSI, faremos uma abordagem bot-
tom-up (de baixo para cima), primeiro abordando a camada física e pros-
seguindo para cima até a camada de aplicação.
a camada física ou nível 1
Compreende os componentes físicos de uma rede de dados, por exemplo, 
cabos, conectores e switch. As principais características dessa camada são:
É chamada de física porque é a única camada visível para o usuário;
É onde efetivamente ocorre a comunicação entre transmissor e receptor;
O bit é a unidade de dados utilizada para transmissão.
a camada link de dados/enlace (ligação) 
ou nível 2
Responsável pelo acesso lógico ao ambiente físico. As principais funções 
dessa camada são:
Detectar e corrigir erros nos frames transformando a camada física em um 
ambiente livre de erros;
É dividida em: LLC – Controle de ligação lógica –, que fornece uma interface 
para camada superior (rede), e MAC – controle de acesso ao meio físico –, 
que acessa diretamente o meio físico e controla a transmissão de dados;
Os protocolos utilizados são PPP, X.25, NetBios, IPX/SX etc.;
Controlar o fluxo de dados;
O frame (quadro) é a unidade de dados utilizada para transmissão.
Os endereços MAC são endereços de 48 bits, representados através de 12 
dígitos hexadecimais (conjunto que engloba os caracteres 0, 1, 2, 3, 4, 5, 
6, 7, 8, 9, A, B, C, D, E e F), como em “00:15:00:4B:68:DB”. Os endereços 
MAC são gravados na rom da própria placa, durante sua fabricação e, a 
menos que intencionalmente modificada, cada placa de rede possui um en-
dereço MAC diferente.
a camada de rede ou nível 3
Faz o roteamento de pacotes e o controle de transmissão entre receptor e 
transmissor. As principais funções dessa camada são:
e-Tec BrasilUnidade 5 – Modelo OSI da ISO 63
Fazer o tráfego e o roteamento dos dados na rede;
Fazer a interligação entre “padrões de rede” diferentes;
Realizar o mapeamento entre os endereços lógicos (IP) e físicos (Mac);
Os dispositivos de interconexão utilizados: roteadores, switches gerenciáveis etc.;
Protocolos utilizados: OSPF, ARP, RARP, RIP, IP etc.;
O pacote é a unidade de dados utilizada para transmissão.
Figura 5.3: Formato de um pacote de dados Ethernet 802.3
Fonte: Elaborada pelos autores
a camada transporte ou nível 4
É responsável por recolher os dados enviados pela camada de sessão e dividi-
-los em pacotes que serão transmitidos para a camada de rede.
No receptor, a camada de transporte é responsável por recolher os pacotes 
recebidos da camada de rede, remontar o dado original e assim enviá-lo à 
camada de sessão. As principais funções dessa camada são:
Recuperar os dados perdidos através dos pedidos de retransmissão ou rege-
neração dos sinais;
Controlar a transferência dos dados e transmissões; 
Garantir a entrega dos dados no destino;
Estabelecer qualidade de serviço (QoS, utilizado para transmissão de vídeos);
Dividir a informação em pacotes;
Fazer a multiplexação;
Protocolos utilizados: TCP, UDP;
A mensagem é a unidade de dados utilizada para transmissão.
a camada sessão ou nível 5
Gerencia a conexão (fluxo) e faz a sincronização. As principais funções dessa 
camada são:
Redes de Computadorese-Tec Brasil 64
Fazer a compatibilização de interfaces caso ocorra uma conexão entre plata-
formas heterogêneas;
Permitir que duas aplicações em computadores diferentes estabeleçam uma 
sessão de comunicação;
Determinar pontos de checagem intermediaria.
As aplicações definem como será feita a transmissão de dados e colocam 
marcações nos dados que irão ser transmitidos. Se a rede falhar, os com-
putadores reiniciam a transmissão dos dados a partir da última marcação 
recebida pelo computador receptor.
a camada apresentação ou nível 6
No transmissor converte o formato do dado recebido pela camada de aplica-
ção em um formato comum a ser usado na transmissão desse dado. No re-
ceptor transforma os dados em um formato no qual a camada de aplicação 
possa aceitar, minimizando todo tipo de interferência. As principais funções 
dessa camada são:
Executa a conversão de códigos diferentes para que eles possam ser reco-
nhecidos em qualquer tipo de equipamento;
Transferir informações de um software de aplicação para o sistema opera-
cional e vice- versa;
Fazer criptografia (segurança) e compactação (rapidez);
Esta camada nem sempre é usada. Ela funciona como uma camada extra, 
que é usada quando é necessário fazer algum trabalho adicional. Um exem-
plo de uso para a camada 6 são os túneis encriptados criados usando o pro-
tocolo SSH (que permite acessar máquinas rodando Linux ou outros sistemas 
Unix remotamente, de forma segura).
a camada aplicação ou nível 7
Compreende todos os aplicativos (softwares) utilizados pelos computadores. 
Juntamente com a camada de nível 1, são as únicas camadas visíveis para o 
usuário. A função principal desta camada é fazer a interação entre usuário e 
computador através de acessos aos sites, e-mails e serviços de rede local. Os 
protocolos mais utilizados são: DNS, HTTP, SMTP, FTP, RTP.
e-Tec BrasilUnidade 5 – Modelo OSI da ISO 65
Aplicação
Apresentação
Sessão
Transporte
Rede
Link de dados
Física
Camada de aplicação: aqui estão os programas (softwares), que enviam 
e recebem dados através da rede.
Camada de apresentação: adiciona ao pacote de dados: informações de 
formatação, apresentação e codificação.
Camada de sessão: adiciona ao pacote de dados a informação de fluxo 
de tráfego, para determinar quando o pacote será enviado.
Camada de transporte: adiciona ao pacote de dados informação de 
controle de erros.
Camada de rede: Adiciona ao pacote de dados o endereço e a sequência 
de transmissão.
Camada de link de dados ou enlace: adiciona informação de verificação 
de erro e prepara os dados para transmissão.
Camada física: o pacote de dadosé enviado como uma cadeia de bits.
Figura 5.4: Funções básicas das camadas do Modelo OSI
Fonte: Elaborada pelos autores
Em todas as sete camadas do modelo OSI encontramos protocolos de 
comunicação, algumas com muitos outras com poucos. Cada nome 
de protocolo geralmente é uma sigla. Faça uma pesquisa em sites es-
pecializados, informe o número aproximado de protocolos existentes, 
escolha cinquenta (contemple todas as camadas) de forma aleatória e 
faça a tradução dos seus significados. Poste sua atividade no AVEA.
Síntese da unidade
Nesta unidade você conheceu a ISO que é uma organização que reúne os 
órgãos de padronização de vários países e dita padrões em várias áreas do 
conhecimento.
O Modelo de Referência OSI, elaborado pela ISO, visa permitir a interopera-
bilidade entre os dispositivos de diferentes fabricantes e está dividido em sete 
camadas: aplicação, apresentação, sessão, transporte, rede, enlace e física.
Acesse o site http://www.
hardware.com.br/livros/redes/
uma-rapida-explicacao-modelo-
osi.html e dê uma olhada no 
capítulo 2 do “Guia Prático 
sobre Redes”, veja uma rápida 
explicação do modelo OSI de 
Morimoto (2011).
Redes de Computadorese-Tec Brasil 66
Unidade n 
Modelo TCP/IP – pilha 
de protocolos 
da internet
Unidade 6 
e-Tec Brasil
Unidade 6 
O padrão OSI foi proposto com a finalidade de padronização das 
redes de computadores, como citado anteriormente. Devido à 
exigência da sua aplicabilidade, para efetivar a padronização nas 
redes de comunicações, no final dos anos 1970, foi bastante di-
fundido no meio acadêmico. Esse modelo ainda continua presente 
em alguns livros sobre redes e cursos de treinamento.
A arquitetura TCP/IP surgiu por causa do Departamento de Defesa do gover-
no dos Estados Unidos da América (DoD – Department of Defense), com ob-
jetivo principal de manter conectados, mesmo que apenas em parte, órgãos 
do governo e universidades. A ARPANET surgiu como uma rede que perma-
neceria intacta caso um dos servidores perdesse a conexão; e para isso, ela 
necessitava de protocolos que assegurassem tais funcionalidades trazendo 
confiabilidade, flexibilidade e que fosse fácil de implementar. Tempos depois, 
com o surgimento das redes de rádios e satélites, os protocolos existentes 
apresentaram dificuldade de interconexão com essas novas redes. Devido à 
dificuldade na uniformidade na conexão com as novas redes, surgiu então a 
necessidade do desenvolvimento de uma nova arquitetura, que ficou conhe-
cida como modelo de referência TCP/IP.
Atualmente o modelo TCP/IP é usado na grande maioria das redes modernas 
e, segundo Kurose e Ross (2013), apesar de ser dividido em cinco camadas 
e com uma configuração bastante parecida (conforme Figura 6.1), ele não 
segue o modelo OSI.
Figura 6.1: Comparativo entre as camadas dos modelos OSI e TCP/IP
Fonte: Elaborada pelos autores
e-Tec Brasil69Unidade 6 – Modelo TCP/IP – pilha de protocolos da internet
Ainda segundo Kurose e Ross (2013), a divisão em camadas (modularização) 
proporciona um modo estruturado de discussão, facilitando a atualização 
dos componentes de sistemas. Os protocolos nas várias camadas são deno-
minados pilha de protocolos. 
Apesar de alguns autores dividirem a pilha de protocolos TCP/IP em cinco cama-
das, e outros em quatro camadas, neste material iremos trabalhar seguindo o 
modelo formado por cinco camadas: física, enlace, rede, transporte e aplicação. 
No modelo TCP/IP utilizaremos uma abordagem top-down (de cima para baixo), 
iniciando pela camada de aplicação e prosseguindo até a camada física.
Figura 6.2: Alguns protocolos utilizados nas camadas do modelo TCP/IP
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/TCP/IP – Adaptada pelos autores 
Camada de aplicação
A camada de aplicação é onde residem os protocolos que fornecem serviços 
de comunicação ao sistema ou ao usuário. São muitos os protocolos utiliza-
dos nessa camada, por exemplo:
HTTP – Protocolo de transferência de hipertexto – faz a requisição e a trans-
ferência de documentos na internet;
Redes de Computadorese-Tec Brasil 70
Figura 6.3: Protocolo HTTP
Fonte: http://www.shutterstock.com
SMTP – Protocolo de transferência de correio simples – provê a transferência 
de mensagens de correio eletrônico;
Figura 6.4: Protocolo SMTP
Fonte: http://www.shutterstock.com
e-Tec BrasilUnidade 6 – Modelo TCP/IP – pilha de protocolos da internet 71
FTP – Protocolo de transferência de arquivos – faz a transferência de arquivos;
Figura 6.5: Protocolo FTP
Fonte: http://www.shutterstock.com
RTP – Protocolo de transporte em tempo real – entrega vídeo e voz em 
tempo real;
Figura 6.6: Protocolo RTP
Fonte: http://www.shutterstock.com
DNS – Sistema de nomes de domínios – faz a tradução de nomes de sites 
para endereços de rede de 32 bits (IPV4), os endereços IP;
Redes de Computadorese-Tec Brasil 72
Figura 6.7: Protocolo DNS
Fonte: http://www.shutterstock.com
TELNET – protocolo de terminal virtual.
Figura 6.8: Protocolo Telnet
Fonte: http://www.shutterstock.com
Na camada de aplicação o pacote de informações é chamado de mensagem.
e-Tec BrasilUnidade 6 – Modelo TCP/IP – pilha de protocolos da internet 73
Camada de transporte
A camada de transporte carrega as mensagens da camada de aplicação entre 
os dois pontos de uma rede, estabelecendo uma conversação, exatamente 
como acontece na mesma camada no modelo OSI. Há dois protocolos na ca-
mada de transporte, que podem levar informações à camada de aplicação, 
o TCP e o UDP. O TCP (Transmission Control Protocol), que provê serviços 
orientados à conexão para as aplicações, garantindo a entrega de mensa-
gens na camada de aplicação através do mecanismo de checksum (soma 
de verificação), que é um código usado para verificar a integridade de da-
dos transmitidos; e o UDP (User Datagram Protocol), que provê um serviço 
não confiável e não orientado à conexão, com melhor tempo de resposta, 
muito utilizado nas transmissões de som e vídeo em tempo real na internet.
Camada de rede
A função básica da camada de rede, segundo Tanenbaum e Wetherall ( 
2013), é permitir que os hosts (computadores) injetem pacotes em qualquer 
rede e garantam que eles trafegarão independentemente até o destino (tal-
vez em uma rede diferente). Eles podem chegar até mesmo numa ordem 
diferente daquela em que foram enviados, obrigando as camadas superiores 
a reorganizá-los.
Figura 6.9: Datacenter
Fonte: http://www.shutterstock.com/pic.mhtml?id=105784187&src=id
Essa camada inclui o famoso protocolo IP (Internet Protocol). Ele transporta 
pacotes TCP, UDP, SMTP, HTTP, entre outros, pela rede local ou pela rede 
mundial e cada pacote IP leva informações como: IP de origem, IP de destino 
e número de bytes. Eles recebem pacotes IP e, de acordo com o endereço do 
destino, decidem para que rota devem ser enviados.
Datacenter
É o local onde são 
concentrados os equipamentos 
de processamento e 
armazenamento de dados de 
uma empresa ou organização. 
Projetados para serem 
extremamente seguros, abrigam 
milhares de servidores e bancos 
de armazenamento de dados, 
processando grande quantidade 
de informação.
Redes de Computadorese-Tec Brasil 74
Figura 6.10: Formato do pacote IPV4
Fonte: Elaborada pelos autores
A Figura 6.10 mostra as divisões de um pacote de dados na camada 
de rede do modelo TCP/IP. Faça uma pesquisa em sites especializados e 
descreva a função de cada uma dessas divisões e disponibilize no fórum 
da disciplina no AVEA.
Tanto na internet como na rede local trafegam pacotes IP, mas dentro de 
cada um deles existem conteúdos de diversos tipos; por exemplo, ao enviar 
um e-mail, é usado o protocolo SMTP, mas este, por sua vez, utiliza o proto-
colo IP para

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