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AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM PROCESSO COMENTÁRIOS E RECOMENDAÇÕES PEDAGÓGICAS Subsídios para o Professor de Língua Portuguesa 6º ano do Ensino Fundamental Prova de Língua Portuguesa São Paulo 2° Semestre de 2013 5ª Edição 29 RPLP-6EF-AAP-20130520-1150.indd 1 20/05/2013 11:50:33 2 Comentários e Recomendações Pedagógicas / Avaliação de Língua Portuguesa – 6º ano do Ensino Fundamental Avaliação da Aprendizagem em Processo APRESENTAÇÃO A Avaliação da Aprendizagem em Processo é uma ação desenvolvida de modo colaborativo entre a Coordenadoria de Informação, Monitoramento e Avaliação Educacional (CIMA) e a Coordenadoria de Gestão da Educação Básica (CGEB), com a contribuição de um grupo de Professores Coordenadores do Núcleo Pedagó- gico (PCNP) de diferentes Diretorias de Ensino. Iniciada no segundo semestre de 2011, a aplicação foi voltada para o 6° ano do Ensino Fundamental e a 1ª série do Ensino Médio. No primeiro e segundo semes- tres de 2012, as provas abrangeram os 6° e 7° anos do EF e as 1ª e 2ª séries do EM. Em 2013, envolve todos os anos finais do Ensino Fundamental e todas as séries do Ensino Médio. Essa ação, fundamentada no Currículo Oficial da SEE, dialoga com as habilida- des contidas nas Matrizes de Referência para a Avaliação (SARESP, SAEB, ENEM) e tem sido bem avaliada pelos educadores da rede estadual paulista. Propõe o acompanhamento da aprendizagem das turmas e do aluno de forma individu- alizada, por meio de um instrumento de caráter diagnóstico. Objetiva apoiar e subsidiar os professores de Língua Portuguesa e de Matemática, que atuam nos Anos Finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio da Rede Estadual de São Paulo, na elaboração de estratégias para reverter desempenhos insatisfatórios, inclusive em processos de recuperação. Além da formulação dos instrumentos de avaliação – na forma de cadernos de provas para os alunos , também foram elaborados documentos específicos de orientação para os professores – Comentários e Recomendações Pedagógicas – contendo o quadro de habilidades, gabaritos, itens, interpretação pedagógica das alternativas, sugestões de atividades subsequentes às análises dos resulta- dos e orientação para aplicação e correção das Produções Textuais. Espera-se que, agregados aos registros que o professor já possui, sejam instrumentos para a definição de pautas individuais e coletivas que, organizadas em um plano de ação, mobilizem procedimentos, atitudes e conceitos necessários para as ativida- des de sala de aula, sobretudo, aquelas relacionadas aos processos de recupera- ção da aprendizagem. Coordenadoria de Informação, Monitoramento e Avaliação Educacional Coordenadoria de Gestão da Educação Básica RPLP-6EF-AAP-20130520-1150.indd 2 20/05/2013 11:50:33 Comentários e Recomendações Pedagógicas / Avaliação de Língua Portuguesa – 6º ano do Ensino Fundamental 3 Avaliação da Aprendizagem em Processo - Língua Portuguesa A Avaliação da Aprendizagem em Processo de Língua Portuguesa, em sua 5ª edi- ção, apresenta quinze questões objetivas compostas por quatro alternativas e prova de produção textual para os quatro anos finais do Ensino Fundamental e para as três séries do Ensino Médio. Para a seleção/elaboração das provas objetivas, foram considerados conteúdos e habi- lidades pautados no Currículo Oficial do Estado de São Paulo, Caderno do Professor: Língua Portuguesa, Matriz de Referência para a Avaliação - SARESP, Prova Brasil, ENEM. Quanto às produções escritas, os gêneros textuais abaixo elencados, conforme série/ ano, obedecem ao que está previsto no Currículo do Estado de São Paulo e, consequentemente, às Situações de Aprendizagem presentes nos Cadernos do Professor e do Aluno e a temas propostos pelo SARESP e ENEM. - 6º ano do Ensino Fundamental: conto; - 7º ano do Ensino Fundamental: notícia; - 8º ano do Ensino Fundamental: narrativa de aventura; - 9º ano do Ensino Fundamental: artigo de opinião; - 1ª série do Ensino Médio: artigo de opinião; - 2ª série do Ensino Médio: artigo de opinião; - 3ª série do Ensino Médio: artigo de opinião. Com o intuito de apoiar o trabalho do professor em sala de aula e também de subsidiar a elaboração do plano de ação para os processos de recuperação, são colocados à disposição da escola, materiais com orientações para leitura e refle- xão sobre as provas de Língua Portuguesa. Esses materiais contêm as matrizes de referência elaboradas para essa ação, as questões comentadas, a habilidade ou o descritor em cada um dos itens, as recomendações pedagógicas, as indi- cações de outros materiais impressos ou disponíveis na internet e as referências bibliográficas. Em relação à composição da prova, foram elaborados itens inéditos e outros adaptados/retirados de avaliações externas (SARESP, ENEM, Prova Brasil). Lembramos que, em se tratando de avaliação, a cada aplicação, os itens são tes- tados e avaliados, inclusive, pelos professores da rede. Alguns desses itens, certa- mente, precisam ser modificados e, por vezes, substituídos, de forma a garantir a eficácia da proposta para próximas edições. Equipe de Língua Portuguesa RPLP-6EF-AAP-20130520-1150.indd 3 20/05/2013 11:50:33 4 Comentários e Recomendações Pedagógicas / Avaliação de Língua Portuguesa – 6º ano do Ensino Fundamental MATRIZ DE REFERÊNCIA PARA A AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE LíNGuA PORTuGuESA 6º ANO - ENSINO FuNDAMENTAL Nº do item Habilidades - 6º ano Habilidade e Grupo – Matrizes do SARESP 01 Inferir a moral de uma fábula, estabelecendo sua relação com o tema. H 39 GIII (4ª Série/ 5º Ano) 02 Estabelecer relações entre imagens (foto ou ilustra- ção) e o corpo do texto, comparando itens de infor- mação explícita. H11 GII (4ª Série/ 5º Ano) 03 Identificar a finalidade de um texto, mobilizando conhecimentos prévios sobre o formato do gênero, tema ou assunto principal. H01 GI (4ª Série/ 5º Ano) 04 Estabelecer relações entre segmentos de texto, identificando substituições por formas pronomi- nais de grupos nominais de referência. H18 GII (4ª Série/ 5º Ano) 05 Inferir informação pressuposta ou subentendida em texto literário, com base em sua compreensão global. H38 GIII (4ª Série/ 5º Ano) 06 Organizar os episódios principais de uma narrativa literária em sequência lógica. H35 GII (6ª Série/ 7º Ano) 07 Estabelecer relações de causa/consequência, entre os segmentos de um texto, sendo que a causa é relativa a um fato referido pelo texto e a consequ- ência está explícita. H19 GII (4ª Série/ 5º Ano) 08 Identificar o efeito de sentido produzido em um texto literário pelo uso intencional de pontuação expressiva (interrogação, exclamação, reticências, aspas etc.) H27 GI (4ª Série/ 5º Ano) 09 Inferir informação pressuposta ou subentendida em um texto com base nos recursos gráfico-visuais presentes. H12 GIII (4ª Série/ 5º Ano) 10 Inferir o efeito de humor produzido em um texto pelo uso intencional de palavras, expressões ou imagens ambíguas. H22 GIII (4ª Série/ 5º Ano) 11 Identificar o efeito de sentido produzido, em um texto literário, pela exploração de recursos orto- gráficos ou morfossintáticos. H25 GI (6ª Série/7º Ano) RPLP-6EF-AAP-20130520-1150.indd 4 20/05/2013 11:50:33 Comentários e Recomendações Pedagógicas / Avaliação de Língua Portuguesa – 6º ano do Ensino Fundamental 5 12 Identificar os possíveis elementos constitutivos da organização interna dos gêneros não literários: histórias em quadrinhos, regulamentos, receitas, procedimentos, instruções para jogos, cardápios, indicações escritas em embalagens, verbetes de dicionário ou de enciclopédia, textos informativos de interesse escolar, curiosidades (vocêsabia?), notícias, cartazes informativos, folhetos de infor- mação, cartas pessoais ou bilhetes H02 GI (4ª Série/ 5º Ano) 13 Identificar o sentido denotado de vocábulo ou expressão utilizados em segmento de um texto, selecionando aquele que pode substituí-lo por sinonímia no contexto em que se insere. H04 GI (4ª Série/ 5º Ano) 14 Localizar itens de informação explícita em um texto, com base em dada proposição afirmativa de conhecimento de mundo social. H8 GI (4ª Série/ 5º Ano) 15 Localizar item de informação explícita, com base na compreensão global de um texto. H06 GI (4ª Série/ 5º Ano) RPLP-6EF-AAP-20130520-1150.indd 5 20/05/2013 11:50:33 6 Comentários e Recomendações Pedagógicas / Avaliação de Língua Portuguesa – 6º ano do Ensino Fundamental Gabarito de Prova QuESTÕES A B C D 1 X 2 X 3 X 4 X 5 X 6 X 7 X 8 X 9 X 10 X 11 X 12 X 13 X 14 X 15 X RPLP-6EF-AAP-20130520-1150.indd 6 20/05/2013 11:50:34 Comentários e Recomendações Pedagógicas / Avaliação de Língua Portuguesa – 6º ano do Ensino Fundamental 7 Habilidade: Inferir a moral de uma fábula, estabelecendo sua relação com o tema. (H39 – GIII) Leia o texto abaixo e responda à questão 1. O lobo e o cão doméstico Um dia um lobo encontrou um cão bem nutrido. Viu que o cão usava uma grossa coleira. Perguntou ao cão: — Quem te alimentou tão bem? — Meu dono, o caçador — respondeu o cão. — E que é isto que tens no pescoço? — perguntou ainda o lobo. — A coleira com que ele me prende — respondeu ainda o cão. — Prefiro a fome à coleira — disse o lobo. […] FIGUEIREDO, Guilherme. Fábulas de Esopo. Rio de Janeiro: Ediouro, s/d. p. 15 Questão 01 A moral dessa história é: A) Mais vale um pássaro na mão do que dois voando. B) Quem espera sempre alcança. C) O invejoso não reconhece o que os outros fazem. D) Mais vale a fome do que a escravidão. Comentários e recomendações pedagógicas Nelly Novaes Coelho (2008, p. 136, 137) define ”fábula” como uma forma nar- rativa breve que, tal como o apólogo e a parábola, visa a dar uma lição de vida aos homens. As personagens são animais falantes que se comportam como humanos. Nela, as situações narradas denunciam problemas comportamen- tais, que resultam na exploração do homem pelo homem. A questão, ao trabalhar a moral de uma fábula, propõe a habilidade da infe- rência. Para tanto, do aluno se espera a mobilização de conhecimentos prévios sobre as características desse gênero textual. RPLP-6EF-AAP-20130520-1150.indd 7 20/05/2013 11:50:34 8 Comentários e Recomendações Pedagógicas / Avaliação de Língua Portuguesa – 6º ano do Ensino Fundamental Em O lobo e o cão doméstico, pretende-se a compreensão de que a persona- gem lobo representa a liberdade, tem como característica o espírito livre e, por isso, prefere enfrentar as incertezas, ter a vida instável a se submeter a alguém. Em contrapartida, o cachorro se apresenta como alguém que para ter algumas necessidades supridas, escolheu sacrificar a liberdade; aliás, o próprio título da fábula já o caracteriza como domesticado. Essa ideia de oposição entre liber- dade (do lobo) e a subserviência, a submissão (do cachorro) está contemplada na alternativa D. Para trabalhar com os alunos que ainda não conseguem inferir a moral de uma fábula, uma possível estratégia seria levantar os seguintes questionamentos: - Onde vivem o lobo e o cachorro? Como se comportam? - Qual personagem da fábula é considerada livre? Por quê? Qual é a submissa? Por quê? - Como essas características opostas das personagens se relacionam dentro do texto? Além do confronto entre a liberdade e a submissão expresso em O lobo e o cão doméstico, podemos trabalhar também com o poder do explorador, do forte contra o fraco, em O lobo e o cordeiro; o desdém frente ao que não se pode alcançar, exemplificado em A raposa e as uvas, o prazer e o dever expresso em A cigarra e a formiga. Esse trabalho contribui para garantir varie- dade de exemplos do mesmo gênero, de forma que os alunos possam explorar comparativamente a moral das histórias, foco da habilidade aferida na questão proposta. As dicas textuais dadas acima, somadas ao texto de La Fontaine, a seguir, podem ser encontrados em Nelly Novaes Coelho (2008, p. 47 e 48): Sirvo-me de animais para instruir os homens. […] Procuro tornar vício, o ridículo. Por não poder atacá-lo com braço de Hércules. […] Algumas vezes oponho, através de uma dupla imagem, O vício à virtude, a tolice ao bom senso. […] Uma moral nua provoca o tédio: O conto faz passar o preceito com ele. Nessa espécie de fingimento, é preciso instruir e agradar, Pois, contar por contar, me parece coisa de pouca monta. RPLP-6EF-AAP-20130520-1150.indd 8 20/05/2013 11:50:34 Comentários e Recomendações Pedagógicas / Avaliação de Língua Portuguesa – 6º ano do Ensino Fundamental 9 Habilidade: Estabelecer relações entre imagens (foto ou ilustração) e o corpo do texto, comparando itens de informação explícita. (H11-GII) Leia a capa da revista e responda à questão 2. Disponível em: <http://leiamaisrevistas.blogspot.com.br/2010/12/revista-superinteressante-e-as-verda- des.html>. Acesso em: 17 de fevereiro de 2013. Questão 02 A capa da Revista Superinteressante de outubro de 2012 informa que A) há muito mais mito do que verdade sobre os perigos que causam os alimentos. B) os cuidados com o corpo e com o planeta não se relacionam com a alimentação. C) a comida produzida atualmente castiga o planeta e provoca danos no corpo. D) não há provas para afirmar de que o que se come prejudica o planeta e o corpo. RPLP-6EF-AAP-20130520-1150.indd 9 20/05/2013 11:50:34 10 Comentários e Recomendações Pedagógicas / Avaliação de Língua Portuguesa – 6º ano do Ensino Fundamental Comentários e recomendações pedagógicas As capas das revistas impressas trazem em sua composição as linguagens ver- bais e visuais com o objetivo claro: despertar a atenção de seus potenciais lei- tores, uma vez que elas são o primeiro (e geralmente o único) elemento que irá estabelecer contato com o leitor no processo de compra. Por isso relaciona a linguagem visual, por meio do uso das cores e dos diversos tamanhos de letras, com a linguagem verbal trazendo um conteúdo criativo, por vezes, até provocativo para fazer o leitor se interessar pela revista, comprá- -la e lê-la. Essa questão solicita que o aluno estabeleça relações entre a imagem e o corpo do texto, que estão na capa, comparando-os, o que o auxiliará na localização da resposta mais adequada (C). A habilidade aferida, portanto, solicita do aluno estratégias de leitura não só do texto verbal, mas das relações existentes entre o texto e os recursos gráficos e visuais que compõem a capa. Sob a mediação do professor, o aluno poderá ser levado a estabelecer essas ligações a partir de questionamentos, tais como: - Você conhece a Revista Superinteressante ? Que tipo de assuntos ela traz? - Por que a reportagem faz parte da revista? - O que mais se destaca na capa da revista? - Qual é a relação da imagem com o texto escrito? - Por que algumas informações estão mais destacadas que outras? Os questionamentos propostos exploram a funcionalidade, a formatação, o sentido global e permitem ao professor observar os conhecimentos estraté- gicos de leitura do aluno a respeito dos procedimentos utilizados para leitura dessa capa. Algumas sugestões de atividades implicadas à análise de capas de revistas podem ser encontradas no portal do professor, por meio do endereço: <http:// portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=21199>. Acesso em: 20 de fevereiro de 2013. RPLP-6EF-AAP-20130520-1150.indd 10 20/05/2013 11:50:34 Comentários e Recomendações Pedagógicas/ Avaliação de Língua Portuguesa – 6º ano do Ensino Fundamental 11 Leia o texto abaixo e responda às questões 3 e 4. Bidu está fazendo aniversário Bidu, o cachorrinho azul criado por Mauricio de Sousa, apareceu pela primeira vez em 1959, nas páginas da Folha. Para comemorar o aniversário de quatro anos da personagem, a “Folhinha” repu- blicou as primeiras tirinhas de Bidu na edição de 29 de dezembro de 1963. Leia o texto publicado, na época, quando a Turma da Mônica ainda estava longe de nascer. Bidu, artista principal da primeira série vitoriosa de histórias em quadrinhos bra- sileiras para jornais, está completando, neste mês, 4 anos de vida. Ele nasceu aqui mesmo, na FOLHA, quando seu criador, o Mauricio, ainda era repórter policial. Depois, as historietas do Mauricio começaram a ter tal aceita- ção que ele largou da reportagem e desde então vem-se dedicando somente à historieta. E criou os mais famosos personagens de histórias em quadrinhos já nascidos por essas bandas. Entre eles o Cebolinha, o Raposão, o Piteco, o meninos roceiros Hiro e Zé, o Horácio e alguns outros. [...] Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folhinha/1226427-bidu-nasceu-embaixo-de-caixa-veja- -as-primeiras-tirinhas-do-personagem.shtml>. Texto Adaptado. Acesso em: 22 de fevereiro de 2013. Habilidade: Identificar a finalidade de um texto, mobilizando conhecimentos prévios sobre o formato do gênero, tema ou assunto principal. (H01-GI) Questão 03 O assunto principal do texto é falar sobre A) as personagens criadas por Mauricio de Sousa. B) a aceitação das historietas sobre o Bidu. C) a carreira bem sucedida de Maurício de Souza. D) a comemoração do surgimento do Bidu. RPLP-6EF-AAP-20130520-1150.indd 11 20/05/2013 11:50:34 12 Comentários e Recomendações Pedagógicas / Avaliação de Língua Portuguesa – 6º ano do Ensino Fundamental Comentários e recomendações pedagógicas A questão propõe que o aluno identifique o assunto principal de que trata o texto. Ainda que todas as informações das alternativas estejam nele presentes, o tema é a comemoração que a “Folhinha” faz pelo aniversário da primeira publicação da tirinha de Bidu, uma das personagens de Mauricio de Souza, e seu surgimento (alternativa D). Para que os alunos adquiram essa habilidade, o professor pode, antes mesmo da leitura do texto a ser trabalhado, retomar conhecimentos prévios, fazendo perguntas sobre o tema tratado. A seguir, o professor pode recuperar o título e o subtítulo (se houver), solicitar aos alunos que verifiquem o tamanho e a cor da fonte. Essas são estratégias que podem ajudá-los a levantar hipóteses a respeito do assunto abordado e antecipar as possíveis ideias principais do texto. Em seguida, pode-se efetuar uma leitura atenta, permeada de questionamentos e retomando as hipóteses levantadas, para verificar se foram ou não confirmadas. Finalmente, solicitar que adotem alguns procedimentos durante a leitura, tais como: sublinhar, copiar, iluminar informações relevantes o que lhes permitirá chegar às infor- mações essenciais do texto. Habilidade: Estabelecer relações entre segmentos de texto, identificando substituições por formas prono- minais de grupos nominais de referência. (H18 - GII) Questão 04 No trecho do texto “Ele nasceu aqui mesmo...”. A palavra em negrito refere-se ao A) Bidu. B) Maurício de Souza. C) repórter policial. D) Cebolinha. RPLP-6EF-AAP-20130520-1150.indd 12 20/05/2013 11:50:34 Comentários e Recomendações Pedagógicas / Avaliação de Língua Portuguesa – 6º ano do Ensino Fundamental 13 Comentários e recomendações pedagógicas O item procura avaliar se o aluno consegue reconhecer os elementos de coesão utilizados para estabelecer relações entre os segmentos do texto por substitui- ções de palavras ou expressões (pronome pessoal). Para isso, a identificação desses elementos é necessária, facilitando a compreensão do sentido global do texto (alternativa A). Além de observar que o pronome concorda em gênero e número com o termo a ser substituído (o que poderia remeter a qualquer uma das alternativas), o aluno deve observar o contexto em que a expressão está inserida para com- preender e escolher a substituição adequada. A partir de vários gêneros textuais, o professor poderá chamar a atenção para esse recurso linguístico que, nesse item, além de mostrar o movimento de reto- mada de termos anteriores, pode auxiliar no exercício de evitar a repetição de palavras quando o aluno estiver elaborando textos escritos. Leia o trecho do texto Branca de Neve responda às questões 5 e 6. Branca de Neve e os sete anões Adaptado do conto dos Irmãos Grimm Há muito tempo, num reino distante, viviam um rei, uma rainha e sua filhinha, a princesa Branca de Neve. Sua pele era branca como a neve, os lábios vermelhos como o sangue e os cabelos pretos como o ébano. Um dia, a rainha ficou muito doente e morreu. O rei, sentindo-se muito sozinho, casou-se novamente. O que ninguém sabia é que a nova rainha era uma feiticeira cruel, invejosa e muito vaidosa. Ela possuía um espelho mágico, para o qual perguntava todos os dias: — Espelho, espelho meu! Há no mundo alguém mais bela do que eu? — És a mais bela de todas as mulheres, minha rainha! — respondia ele. Branca de Neve crescia e ficava cada vez mais bonita, encantadora e meiga. Todos gostavam muito dela, exceto a rainha, pois tinha medo que Branca de Neve se tornasse mais bonita que ela. Depois que o rei morreu, a rainha obrigava a princesa a vestir-se com trapos e a trabalhar na limpeza e na arrumação de todo o castelo. Branca de Neve passava os dias lavando, passando e esfregando, mas não reclamava. Era meiga, educada e amada por todos. RPLP-6EF-AAP-20130520-1150.indd 13 20/05/2013 11:50:34 14 Comentários e Recomendações Pedagógicas / Avaliação de Língua Portuguesa – 6º ano do Ensino Fundamental Um dia, como de costume, a rainha perguntou ao espelho: — Espelho, espelho meu! Há no mundo alguém mais bela do que eu? — Sim, minha rainha! Branca de Neve é agora a mais bela! A rainha ficou furiosa, pois queria ser a mais bela para sempre. Imediatamente mandou chamar seu melhor caçador e ordenou que ele matasse a princesa e trouxesse seu coração numa caixa. No dia seguinte, ele convidou a menina para um passeio na floresta, mas não a matou. — Princesa, — disse ele — a rainha ordenou que eu a mate, mas não posso fazer isso. Eu a vi crescer e sempre fui leal a seu pai. — A rainha?! Mas, por quê? — perguntou a princesa. — Infelizmente não sei, mas não vou obedecer à rainha dessa vez. Fuja, princesa, e, por favor, não volte ao castelo, porque ela é capaz de matá-la! Branca de Neve correu pela floresta muito assustada, chorando, sem ter para onde ir. O caçador matou uma gazela, colocou seu coração numa caixa e levou para a rainha, que ficou bastante satisfeita, pensando que a enteada estava morta. Anoiteceu. Branca de Neve vagou pela floresta até encontrar uma cabana. Era pequena e muito graciosa. Parecia habitada por crianças, pois tudo ali era pequeno. A casa estava muito desarrumada e suja, mas Branca de Neve lavou a louça, as roupas e varreu a casa. No andar de cima da casinha encontrou sete caminhas, uma ao lado da outra. A moça estava tão cansada que juntou as caminhas, dei- tou-se e dormiu. Os donos da cabana eram sete anõezinhos que, ao voltarem para casa, se assus- taram ao ver tudo arrumado e limpo. [...] Disponível em: <http://www.educacional.com.br/projetos/ef1a4/contosdefadas/brancadeneve.html>. Acesso em: 20 de fevereiro de 2013. RPLP-6EF-AAP-20130520-1150.indd 14 20/05/2013 11:50:34 Comentários e Recomendações Pedagógicas / Avaliação de Língua Portuguesa – 6º ano do Ensino Fundamental 15 Habilidade: Inferir informação pressuposta ou subentendidaem texto literário, com base em sua compre- ensão global. (H38-GIII) Questão 05 A leitura do trecho do texto nos permite concluir que Branca de Neve era A) invejada pela madrasta porque era mais bela que ela. B) explorada pela cruel madrasta e pelos anõezinhos. C) desejada pelo caçador que a conhecia desde o seu nascimento. D) desprezada pelo espelho que a considerava a mais bela de todos. Comentários e recomendações pedagógicas A questão proposta requer a inferência de uma informação pressuposta ou subentendida no trecho de um conto adaptado. Nele, não se vê explicitado que a madrasta invejava a menina, há a informação de que a rainha era “... cruel, invejosa e muito vaidosa”, sem particularizar se essas características de sua personalidade se dirigiam especificamente a alguém; é preciso levar em consideração outros excertos do texto, por exemplo, “Todos gostavam muito dela, exceto, a rainha, pois tinha medo que Branca de Neve se tornasse mais bonita que ela.” “Depois que o rei morreu, a rainha obrigava a princesa a vestir- -se com trapos e a trabalhar na limpeza e na arrumação de todo o castelo.” Portanto, a alternativa correta é a A. Essa habilidade pode ser trabalhada, fazendo com que o aluno volte ao texto para buscar pistas que lhe permitam inferir uma dada informação. É tam- bém pertinente o trabalho com vocabulário e questionamentos que ativem o conhecimento de mundo do aluno1. 1 Para saber mais a respeito, sugerimos a leitura do capítulo “Competências e habilidades de leitura”, em que Roxane Rojo (2009), às páginas 76, 77 e 78, aborda o estudo referente a capacidades de decodificação e de compreensão/ estratégias aplicadas à leitura. RPLP-6EF-AAP-20130520-1150.indd 15 20/05/2013 11:50:34 16 Comentários e Recomendações Pedagógicas / Avaliação de Língua Portuguesa – 6º ano do Ensino Fundamental Habilidade: Organizar os episódios principais de uma narrativa literária em sequência lógica. (H30 – GI) Questão 06 A ordem na qual os fatos do texto ocorrem, obedecendo à sequência de aconte- cimentos, é indicada na alternativa: A) Branca de Neve crescia bela / Branca de Neve correu pela floresta / espelho responde que a menina é mais bela / rainha mandou o caçador matar a princesa / a menina encontrou uma cabana. B) Branca de Neve crescia bela / espelho responde que a menina é mais bela / rainha mandou o caçador matar a princesa / Branca de Neve correu pela floresta / a menina encontrou uma cabana. C) Espelho responde que a menina é mais bela / Branca de Neve crescia bela / rainha mandou o caçador matar a princesa / Branca de Neve correu pela floresta / a menina encontrou uma cabana. D) Branca de Neve crescia bela / espelho responde que a menina é mais bela / Branca de Neve correu pela floresta / rainha mandou o caçador matar a princesa / a menina encontrou uma cabana. Comentários e recomendações pedagógicas O enunciado da questão remete à retomada do texto em busca de elemen- tos que marquem a temporalidade com a sucessão das ações: Branca de Neve que crescia bela, o espelho respondendo à rainha que a menina era mais bela que ela, a ordem da rainha ao caçador para matar a princesa que correu pela floresta atendendo ao pedido do caçador e ali encontra uma cabana; fatos pre- sentes na alternativa B, garantem, portanto, a sequência lógica dos episódios da narrativa. Para que o aluno adquira essa habilidade, o professor pode selecionar, pre- ferencialmente, textos curtos, que priorizem o estudo de ações sequenciadas das personagens, mostrando que tais ações acontecem em decorrência das anteriores, como no caso desse texto: a rainha obteve do espelho uma res- posta diferente do que acontecia antes (que era a mais bela) porque anterior- mente há a informação de que “Branca de Neve crescia e ficava cada vez mais bonita, encantadora e meiga. Todos gostavam muito dela, exceto a rainha, pois tinha medo que Branca de Neve se tornasse mais bonita que ela.” Esse fato vai desencadear todos os demais. RPLP-6EF-AAP-20130520-1150.indd 16 20/05/2013 11:50:34 Comentários e Recomendações Pedagógicas / Avaliação de Língua Portuguesa – 6º ano do Ensino Fundamental 17 Habilidade: Estabelecer relações de causa/consequência, entre segmentos de um texto, sendo que a causa é relativa a um fato referido pelo texto e a consequência está explícita. (H19-GII). Leia o texto abaixo e responda à questão 7. Feias, sujas e imbatíveis Fernanda Colavitti As baratas estão na Terra há mais de 200 milhões de anos, sobrevivem tanto no deserto como nos polos e podem ficar até 30 dias sem comer. Vai encarar? Férias, sol e praia são alguns dos bons motivos para comemorar a chegada do verão e achar que essa é a melhor estação do ano. E realmente seria, se não fosse por um único detalhe: as baratas. Assim como nós, elas também ficam bem ani- madas com o calor. Aproveitam a aceleração de seus processos bioquímicos para se reproduzirem mais rápido e, claro, para passearem livremente por todos os cômodos de nossas casas. Nessa época do ano, as chances de dar de cara com a visitante indesejada, ao acordar durante a noite para beber água ou ir ao banheiro, são três vezes maiores. Disponível em: <http://revistagalileu.globo.com/Galileu/0,6993,ECT669491-1948,00.html>.Texto adapta- do. Acesso em: 26 de março de 2013. Questão 07 As baratas ficam bem animadas com o calor e com isso A) se reproduzem mais rápido, pois aproveitam a aceleração de seus pro- cessos bioquímicos. B) estão na Terra há mais de 200 milhões de anos e sobrevivem tanto no deserto como nos polos. C) estão na Terra há mais de 200 milhões de anos e podem ficar até 30 dias sem comer. D) sobrevivem tanto no deserto como nos polos e comemoram a chegada do verão. RPLP-6EF-AAP-20130520-1150.indd 17 20/05/2013 11:50:34 18 Comentários e Recomendações Pedagógicas / Avaliação de Língua Portuguesa – 6º ano do Ensino Fundamental Comentários e recomendações pedagógicas O objetivo desse item é avaliar se os alunos conseguem estabelecer relações de causa/consequência entre segmentos de um texto informativo, produzido para leitores em geral, sendo que a causa é relativa a um fato referido pelo texto e a consequência está explícita. Nessa questão, espera-se que o aluno perceba que assim como nós, as baratas ficam bem animadas com o calor e consequentemente, “Aproveitam a acele- ração de seus processos bioquímicos para se reproduzirem mais rápido”, con- forme descrito na alternativa A. As informações contidas nas demais alterna- tivas também são encontradas no texto, mas não são a consequência do fato exposto no enunciado. Para aquisição dessa habilidade, o professor pode selecionar textos de varia- dos gêneros e estimular, a partir de estratégias de leitura, como as trabalha- das por Isabel Sole1, a percepção de que um fato, na maioria das vezes, gera consequências. 1 SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura. Porto Alegre: Artmed, 1998. Habilidade: Identificar o efeito de sentido produzido em um texto literário pelo uso intencional de pontua- ção expressiva (interrogação, exclamação, reticências, aspas etc.). (H27-GI) Leia o texto e responda à questão 8. Convite José Paulo Paes Poesia é brincar com as palavras como se brinca com bola, papagaio, pião. Só que bola, papagaio, pião de tanto brincar se gastam. RPLP-6EF-AAP-20130520-1150.indd 18 20/05/2013 11:50:34 Comentários e Recomendações Pedagógicas / Avaliação de Língua Portuguesa – 6º ano do Ensino Fundamental 19 As palavras não: quanto mais se brincam com elas mais novas ficam. Como a água do rio que é água sempre nova. Como cada dia que é sempre um novo dia. Vamos brincar de poesia? PAES, José Paulo. Il. Luiz Lima. Poemas Para Brincar. 13. ed.. São Paulo: Ática, 1998. Questão 08 Os dois-pontos utilizados no9º verso “As palavras não:” indicam: A) uma enumeração. B) uma citação. C) uma explicação. D) uma dúvida. Comentários e recomendações pedagógicas A questão proposta requer a identificação de efeito de sentido produzido pelo uso intencional de pontuação e a do efeito de sentido que o sinal tem no texto. O aluno deve observar que após os dois-pontos, há a explicação do motivo pelo qual as palavras não se gastam com o uso, como os brinquedos citados nos versos anteriores, levando-o a assinalar a alternativa C. O professor pode selecionar textos que apresentem esse sinal com seus vários empregos, como o presente no texto acima, também para indicar citação; caracterizar os diálogos, antes do discurso direto; marcar o início de cartas, ofícios ou quaisquer documentos endereçados a alguém, depois do nome da pessoa a quem nos dirigimos. Os sinais de pontuação marcam na escrita as diferenças de entonação, contri- buem para tornar mais preciso o sentido que se quer dar a um texto, mas o pro- fessor pode ir além dos conceitos gramaticais e mostrar como o uso expressivo da pontuação é explorado em textos literários e nos não literários. Evidenciar esse recurso é uma estratégia para trabalhar a habilidade referenciada. RPLP-6EF-AAP-20130520-1150.indd 19 20/05/2013 11:50:34 20 Comentários e Recomendações Pedagógicas / Avaliação de Língua Portuguesa – 6º ano do Ensino Fundamental Habilidade: Inferir informação pressuposta ou subentendida em um texto com base nos recursos gráfico-- -visuais presentes. (H12 - GIII) Questão 09 Observa-se na tirinha que: A) Quinzinho e Magali estão namorando e apreciando a noite estrelada. B) Quinzinho fica com dúvida, se está agradando à menina. C) Quinzinho fica zangado porque Magali falou em comida. D) Quinzinho fica satisfeito porque descobre o que Magali quer ganhar. Leia a tirinha abaixo e responda às questões 9 e 10. Disponível em <http://www.monica.com.br/comics/tirinhas/tira50.htm>. Acesso em: 20 de fevereiro de 2013. Comentários e recomendações pedagógicas A questão pretende investigar se o aluno infere informação pressuposta ou subentendida em um texto com base em recursos verbais e não verbais. Para que os alunos assinalem corretamente a alternativa C, é necessário que inter- pretem as imagens, compreendam o contexto na qual as personagens se encontram e conheçam as características e comportamento das personagens da Turma da Mônica, no caso, a da Magali, cuja característica principal é seu apetite voraz. Ela come de tudo, normalmente em alta velocidade e sente fome o tempo todo. Como consequência, seus pensamentos giram em torno de comida, por isso, apesar do clima romântico presente no primeiro quadrinho, são os vários tipos de queijo que lhe ocorre, após ver a lua cheia, inteira no céu. Se outras alternativas foram assinaladas, é importante que o professor explore os motivos. Perguntas ou discussões podem favorecer ao aluno perceber o que RPLP-6EF-AAP-20130520-1150.indd 20 20/05/2013 11:50:34 Comentários e Recomendações Pedagógicas / Avaliação de Língua Portuguesa – 6º ano do Ensino Fundamental 21 não está explicitado no texto, mas apenas pressuposto ou insinuado e que precisa ser inferido para que a compreensão se efetive. Para o texto em questão, pode-se formular algumas perguntas que venham a auxiliar a reformulação de hipóteses pelos alunos, tais como: - A que história em quadrinhos essas personagens pertencem? - Quem é o autor dessas histórias? - Quais as características de suas personagens? - Que tipo de situação está sendo apresentada no quadrinho? - Qual o relacionamento entre Magali e Quinzinho? - Qual a razão de Quinzinho perguntar à Magali “Quando você olha pro céu numa noite como esta...o que você pensa?” As inferências autorizadas pelo texto, marcadas pelas pistas ou determinadas pelo contexto de produção, justapondo-se com uma interpretação livre e pes- soal pode levar o aluno a construir os sentidos que a leitura do texto pede. Os quadrinhos, por suas características visuais e lúdicas, podem ser bastante explorados pela escola. A compreensão desse gênero textual supõe o estabe- lecimento de relações entre texto, imagem e recursos gráficos, de intertextua- lidade e a produção de inferências. Habilidade: Inferir o efeito de humor produzido em um texto pelo uso intencional de palavras, expressõe- sou imagens ambíguas. (H22 – GIII) Questão 10 O humor na tirinha se faz presente porque A) Magali gosta mais de namorar do que comer. B) Magali pensa em comida em todos os momentos. C) Magali ganha de Quinzinho diversos tipos de queijo. D) Magali e Quinzinho estão namorando numa noite de luar. RPLP-6EF-AAP-20130520-1150.indd 21 20/05/2013 11:50:34 22 Comentários e Recomendações Pedagógicas / Avaliação de Língua Portuguesa – 6º ano do Ensino Fundamental Comentários e recomendações pedagógicas A questão solicita que o aluno infira o efeito de humor produzido no quadrinho pelo uso da linguagem verbal e não verbal. Nas histórias da Turma da Mônica, a personagem Magali adora comida, seu apetite surpreende os colegas e leva Quinzinho, filho do padeiro do bairro e apaixonado pela menina, perguntar se ela gosta mesmo dele ou simplesmente de sua comida, uma vez que sempre faz diversos pães e bolos para ela. Ao interpretar as imagens das tiras, percebe-se, no primeiro quadrinho, um contexto romântico. Quinzinho e Magali estão sentados num banco (provavel- mente de um jardim), os braços estão se tocando, pode-se deduzir que estão de mãos dadas. A lua cheia, posta um pouco acima dos dois. Quinzinho, ale- gre, pergunta à menina, que não apresenta nenhuma emoção significativa, “Quando você olha pro céu numa noite como esta... o que você pensa?” No segundo quadrinho vemos Magali olhando pensativa para a lua e a linguagem verbal confirma seu estado; no último quadrinho, ela feliz, exultante responde à pergunta do garoto, falando, é claro, de comida (alternativa B). Ele fica zan- gado com a reação da menina, e na quebra do clima romântico, na inversão dos estados de ânimos das personagens é que se encontra o humor da tira. Caso os alunos tenham dificuldades em perceber o sentido de humor do qua- drinho e estabelecer relações entre a imagem e o texto escrito, o professor poderá instigá-los com perguntas tais como: - Vocês conhecem essas personagens? - Sabem como eles se chamam? - Quais as características dessas personagens? O professor poderá aprofundar a análise da história a partir das seguintes perguntas: - O que estão vendo nos quadrinhos? - Em que contexto elas se encontram? - As expressões faciais e gestuais das personagens, por exemplo, começam e terminam do mesmo jeito? Muitas vezes, só é possível compreender o humor presente em um texto, no caso da história em quadrinhos, quando se vai além do contexto de produção. Para auxiliar na escolha de textos que explorem o gênero HQ, o professor poderá buscar o conteúdo presente em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=732>. Acesso em: 17 de maio de 2013. <http://jornalescolar.org.br/ensinar-aprender-com-jornal/sequencias-didaticas/>. Acesso em: 17 de maio de 2013. RPLP-6EF-AAP-20130520-1150.indd 22 20/05/2013 11:50:35 Comentários e Recomendações Pedagógicas / Avaliação de Língua Portuguesa – 6º ano do Ensino Fundamental 23 Habilidade: Identificar o efeito de sentido produzido, em um texto literário, pela exploração de recursos ortográficos ou morfossintáticos. (H25 – GI) Leia o trecho do conto “O Fantasma Camarada” e responda à questão 11. [...] O dia passou normalmente. Fiz uns desenhos, dona Lucinha falou umas coisas. Não me lembro na verdade como eram as aulas do pré-primário. Na hora do lanche tinha uma coisa que sempre acontecia. A gente ficava emmesinhas de quatro pessoas. Na minha mesa se sentava uma menina, a Sandra. Na garrafinha da lancheira, ela trazia sempre leite frio. Ninguém fazia isso. Em geral era suco de uva. Mas com a Sandra era leite. E toda vez ela derramava leite em cima da mesa. Com o tempo, a mesa foi ficando com cheiro de leite azedado. Naquele dia aconteceu de novo. A Sandra derra- mou o leite. Era bem nojento. Eu imaginava o leite entrando pela garganta dela e azedando na barriga. Mas tenho de admitir que suco de uva na barriga também deve ser nojento. [...] COELHO, Marcelo. Il. Luiz Maia. A professora de desenho e outras histórias. 4. Reimpressão. São Paulo: Cia das Letrinhas, 1999. p.34. Questão 11 Assinale a alternativa em que o narrador personagem mostra fatos que aconte- ciam repetitivamente. A) “Fiz uns desenhos, dona Lucinha falou umas coisas.” B) “...suco de uva na barriga também deve ser nojento.” C) “A gente ficava em uma mesinha de quatro pessoas.” D) “O dia passou normalmente.” “A Sandra derramou o leite.” RPLP-6EF-AAP-20130520-1150.indd 23 20/05/2013 11:50:35 24 Comentários e Recomendações Pedagógicas / Avaliação de Língua Portuguesa – 6º ano do Ensino Fundamental Comentários e recomendações pedagógicas A habilidade requer a indicação do efeito de sentido produzido pela explo- ração de recursos ortográficos ou morfossintáticos em um texto literário. No trecho lido, ressaltou-se a ideia expressa pelo uso do pretérito imperfeito do modo indicativo, de ações que aconteceram no passado, mas que não se concluíram e, sim, repetiam-se constantemente como na frase que consta na alternativa C “A gente ficava em uma mesinha de quatro pessoas.”. Essa ação e outras que estão no texto, como, por exemplo (“Na hora do lanche tinha uma coisa que sempre acontecia.” “Na minha mesa se sentava uma menina, a San- dra.” “Na garrafinha da lancheira, ela trazia sempre leite frio.” “Ninguém fazia isso.”), contrapõe-se a algumas outras ações, cujos verbos estão no pretérito perfeito indicando que elas começaram e terminaram (fiz, falou, passou, der- ramou, presentes nas alternativas A e D). A alternativa B traz uma frase com a locução verbal “deve ser”, cujo sentido é de uma informação atemporal. O emprego do pretérito perfeito e imperfeito do indicativo pode ser melhor observado a partir das definições desses dois tempos verbais: a) pretérito perfeito simples: indica uma ação que se produziu em certo momento do passado. (CUNHA, 1985, p. 443) b) pretérito imperfeito: designa um fato passado, mas não concluído (imper- feito = não perfeito, inacabado). Encerra, pois, uma ideia de continuidade, de duração do processo verbal mais acentuada do que os outros tempos preté- ritos, razão por que se presta especialmente para descrições e narrações de acontecimentos passados. (CUNHA, 1985, p.439). Para aquisição da habilidade, o professor pode, sempre que levar textos lite- rários aos alunos, chamar atenção ao uso dos verbos e ao sentido que estão expressando. RPLP-6EF-AAP-20130520-1150.indd 24 20/05/2013 11:50:35 Comentários e Recomendações Pedagógicas / Avaliação de Língua Portuguesa – 6º ano do Ensino Fundamental 25 Leia o texto abaixo e responda às questões 12 e 13. Como forma o galo na cabeça? O que acontece quando você bate a cuca? Texto: Maria Carolina Cristianini | Ilustração: Isabela Coelho Dourado Saiba como um galo é formado Todo mundo já bateu a cabeça e, em minutos, ganhou um galo. Entenda como acontece. 1. Quase não há músculos entre o crânio e o couro cabeludo e os vasos sanguí- neos ficam perto da superfície. 2. Após uma batida, vasos sanguíneos que passam logo abaixo do couro cabe- ludo podem se romper. Aí, um pouco de sangue vaza e se acumula entre o couro cabeludo e o crânio, formando uma bolsa cheia de líquido. 3. O sangue empurra o couro cabeludo, que é mais macio do que o crânio. Com a pressão, o galo aparece. Quanto mais sangue ficar acumulado no local, maior será o galo. 4. Cerca de sete dias após a pancada, tudo volta ao normal, pois o sangue acu- mulado é absorvido pelo organismo. VOCÊ SABIA QuE... O galo tem esse nome porque lembra a crista dessa ave? BATEu! E AGORA? Logo depois da pancada, é legal fazer compressas de gelo no local. Aí, menos sangue vaza e o galo fica menor. Algumas pessoas têm o costume de encostar uma faca sobre o galo. Como a lâmina é fria, também ajuda. Mas atenção: se a pancada for forte, fique onde está e chame alguém para levá-lo ao médico. E fique de olho no galo: se ele ficar muito grande ou demorar para sumir, procure um médico. Disponível em: <http://www.recreio.com.br/licao-de-casa/como-se-forma-o-galo-cabeca-entenda-o- -que-acontece-quando-voce-bate-a-cachola>. Acesso em: 24 de fevereiro de 2013. RPLP-6EF-AAP-20130520-1150.indd 25 20/05/2013 11:50:35 26 Comentários e Recomendações Pedagógicas / Avaliação de Língua Portuguesa – 6º ano do Ensino Fundamental Habilidade: Identificar os possíveis elementos constitutivos da organização interna dos gêneros não lite- rários: histórias em quadrinhos, regulamentos, receitas, procedimentos, instruções para jogos, cardápios, indicações escritas em embalagens, verbetes de dicionário ou de enciclopédia, tex- tos informativos de interesse escolar, curiosidades (você sabia?), notícias, cartazes informativos, folhetos de informação, cartas pessoais ou bilhetes. (H02 GI) Questão 12 O texto apresenta três partes. Podemos afirmar que a primeira parte é informa- tiva porque A) apresenta um relato de como conseguir um galo na cabeça. B) mostra como um galo é formado após bater a cabeça. C) mostra personagens comentando sobre o galo na cabeça. D) apresenta personagem gritando de dor após bater a cabeça. Comentários e recomendações pedagógicas O item objetiva investigar se os alunos reconhecem a organização interna de gêneros não literários, no caso um texto informativo, como uma espécie de passo a passo sobre o que acontece depois de uma batida na cabeça. A res- posta correta, portanto, é a alternativa B. Para que o aluno se aproprie da organização interna dos gêneros não literá- rios, o professor pode trabalhar com a diversidade de textos que apresentem outros elementos estruturais lembrando-se de como eles caracterizam um gênero textual, como por exemplo: histórias em quadrinhos, regulamentos, receitas, procedimentos, instruções para jogos, cardápios, indicações escritas em embalagens, verbetes de dicionário ou de enciclopédia, textos informati- vos de interesse escolar, curiosidades (você sabia?), notícias, cartazes informati- vos, folhetos de informação, cartas pessoais ou bilhetes. Nessa questão, o professor pode solicitar aos alunos que verifiquem elementos do texto como título, subtítulos, referências, partes constitutivas da informa- ção. Também pode levantar as seguintes questões: » Quem o escreveu? » Para quem o escreveu? » Por que (ou para que) o escreveu? » Onde foi publicado? Ter conhecimentos do suporte onde o texto se encontra, a seção em que foi RPLP-6EF-AAP-20130520-1150.indd 26 20/05/2013 11:50:35 Comentários e Recomendações Pedagógicas / Avaliação de Língua Portuguesa – 6º ano do Ensino Fundamental 27 publicado também é uma estratégia para identificar, reconhecer o gênero tex- tual e os elementos que os constituem. No texto em questão, o professor pode chamar a atenção dos detalhes sobre o que acontece quando se bate a cabeça. Há mais duas partes destacadas no texto, após a primeira, que apresentam outra organização: » “VOCÊ SABIA QUE...” e depois a resposta, mas em forma de pergunta, uma estratégia para estabelecer um diálogo com o leitor, de se aproximar dele. O professor pode mostrar como o os sinais de pontuação (reticências e ponto de interrogação) são bastante utilizados no gênero textual Curiosidades.» “BATEU! E AGORA?” traz elementos do gênero prescritivo, com instruções do que deve ser feito após a batida na cabeça: “Logo depois da pancada, é legal fazer compressas de gelo no local.” Aqui pode ser evidenciado, a incidência de verbos no imperativo: “fique”, “chame”, “procure”, cuja intencionalidade é determinar o que deve ser feito. Habilidade: Identificar o sentido denotado de vocábulo ou expressão utilizados em segmento de um texto, selecionando aquele que pode substituí-lo por sinonímia no contexto em que se insere. (H04 - GI). Questão 13 Na frase: “2. Após uma batida, vasos sanguíneos que passam logo abaixo do cou- ro cabeludo podem se romper.” A palavra grifada significa: A) Juntar B) Combinar. C) Atacar. D) Partir. Comentários e recomendações pedagógicas A questão avalia a capacidade do aluno em compreender o significado das palavras que compõem o texto, seu sentido e, para isso, solicita a ele que subs- titua o vocábulo “romper” pelo sinônimo “partir”, termo presente na alternativa D. Para trabalhar a multiplicidade de sentidos de uma palavra e/ou expressão (polissemia), o aluno precisa compreender que uma mesma palavra pode ter diferentes sentidos, dependendo do contexto em que ela está empregada. Para isso, uma prática comum, mas não menos importante, é a de solicitar aos RPLP-6EF-AAP-20130520-1150.indd 27 20/05/2013 11:50:35 28 Comentários e Recomendações Pedagógicas / Avaliação de Língua Portuguesa – 6º ano do Ensino Fundamental alunos a identificação, em textos, de palavras desconhecidas; a realização de pesquisa, em dicionários, o significado de expressões sinônimas ou equivalen- tes com que está em estudo e ser capaz de escolher, dentre as definições dicio- narizadas, a que melhor mantém o sentido das palavras em estudo. Em outro momento, o professor pode solicitar que o aluno deduza o sentido de uma palavra desconhecida, levando em conta o contexto. Habilidade: Localizar itens de informação explícita em um texto, com base em dada proposição afirmativa de conhecimento de mundo social. (H8-GI) Leia o texto e responda à questão 14. Por que meninos usam roupa azul e meninas, rosa? CLARICE REICHSTUL COLUNISTA DA FOLHA Até o século 19, as roupas infantis geralmente eram brancas, afinal poderiam ser usadas por todos os filhos da família e resistiam a diversas lavagens. E as roupas eram poucas e caras. Mesmo o corte costumava ser unissex, meninos e meni- nas de até quatro anos usavam vestidos, cabelos compridos e sapatos do estilo boneca. Nos Estados Unidos, era costume a associação de rosa para meninos e azul para meninas. Dizia-se que a cor rosa era mais forte e a azul, delicada. Por volta da 2ª Guerra Mundial, a moda de usar as cores para marcar diferença entre meninos e meninas pegou e, curiosamente, se inverteu. O interessante é que adotamos um costume dos norte-americanos que nos custa mais caro. Afinal, se em uma famí- lia o primeiro filho é menino, compra-se enxoval azul, e, se nasce uma menina depois, lá se vão os pais gastar com enxoval rosa. Depois dos quatro anos, a criança começa a escolher a roupa. Mas é justo nesse primeiro período da infância que se estabelece essa separação que levamos para o resto da vida, com os carimbos rosa-menina e azul-menino. Nos anos 60 e 70, houve uma rebelião contra essa divisão e passou a valer uma moda infantil unis- sex, roupas que serviam para meninos e meninas. Mas, em meados da década de 80, o jogo mudou de novo. Acho que podemos nos inspirar na revolução dos anos 60 e 70 e exigir mais rou- pas unissex, de criança mesmo, coloridas, mas sem essa preocupação tão grande RPLP-6EF-AAP-20130520-1150.indd 28 20/05/2013 11:50:35 Comentários e Recomendações Pedagógicas / Avaliação de Língua Portuguesa – 6º ano do Ensino Fundamental 29 com o que é de menino e o que é de menina, não? Roupa boa de brincar, correr, pular. Menos regras desnecessárias nas nossas vidas, por favor! Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folhinha/1094761-por-que-meninos-usam-roupa-azul-e- -meninas-rosa.shtml>. Acesso em: 08 de março de 2013. Questão 14 Qual é a opinião da autora do artigo sobre o assunto tratado no texto “Por que meninos usam roupa azul e meninas, rosa?” A) É preciso exigir que as roupas de crianças sejam unissex. B) As crianças devem escolher as roupas a partir dos quatro anos. C) As roupas das crianças devem ser brancas para facilitar a lavagem. D) Os meninos devem continuar usando azul e as meninas, rosa. Comentários e recomendações pedagógicas As questões que envolvem a habilidade de localizar um elemento explícito em um texto e recuperar informações podem oferecer diferentes graus de comple- xidade, dependendo da posição de maior ou menor destaque em que se loca- liza no texto. No caso, a questão solicita que o aluno encontre expressões/fra- ses que possibilitem reconhecer o posicionamento da autora do artigo. Quem escreve um texto o faz sob determinadas condições de produção: escreve para alguém em um determinado local, com determinados propósitos e finalidades. Não existe neutralidade em textos, o leitor precisa, então, permanecer atento a determinadas escolhas que acabam revelando a posição do autor. No texto, em questão, a autora traz um histórico sobre as cores e o corte das roupas infantis, justificando as escolhas feitas nos contextos focados, para, no final, revelar sua opinião sobre o assunto com a expressão “acho”, e depois completar seu pensamento com “...exigir mais roupas unissex...”, o que leva à alternativa correta (A). Com essa frase, a autora, além de revelar seu posiciona- mento, também solicita aos seus leitores uma mudança de comportamento, aproximando-se deles, com um pergunta direta “...mas sem essa preocupação tão grande com o que é de menino e o que é de menina, não?”, aliás uma estra- tégia comum de se aproximar do leitor: conversar diretamente com ele. Note- -se, ainda, que no final, a autora faz um apelo aos leitores para mudar a regra da cor azul para os meninos e rosa para as meninas: “Menos regras desnecessárias nas nossas vidas, por favor!” O professor pode mostrar ao aluno essas e outras estratégias em que auto- res utilizam na construção de seu discurso, revelando sua subjetividade, sua concepção de mundo etc, como, outros recursos que a língua oferece para RPLP-6EF-AAP-20130520-1150.indd 29 20/05/2013 11:50:35 30 Comentários e Recomendações Pedagógicas / Avaliação de Língua Portuguesa – 6º ano do Ensino Fundamental que marquem seu posicionamento perante algum assunto que pode variar de acordo com o interesse social. Exemplos de palavras ou expressões: » “evidentemente”, “é certo que”, “obviamente”, “talvez” revelam como o autor se compromete com o que diz; » “é indispensável, “opcionalmente”, é necessário” indicam o caráter mais ou menos imperativo que envolve as proposições; » “infelizmente”, “curiosamente”, “inexplicavelmente” expressam o modo como o autor avalia o que diz; » “ainda é cedo para...”, “parece mais sensato” são expressões, entre outras, que podem amenizar o que o autor afirma. Reconhecer e diferenciar um fato de opinião é o início de uma jornada para se chegar à compreensão do texto argumentativo com todos os seus elementos. Essa compreensão auxilia também na produção de textos que solicita um posi- cionamento do autor sobre determinado assunto. Para outras leituras sobre o tema, pode-se citar os capítulos “Linguagem e Argumentação”1 e “O ensino da leitura: a relação entre modelo e aprendiza- gem”2, de Ingedore Villaça Koch e Angela Kleiman, respectivamente. Também o “Referencial de Expectativas para o Desenvolvimento da Competência Lei- tora e Escritora no Ciclo II do Ensino Fundamental” encontrado no site: <http://portalsme.prefeitura.sp.gov.br/Documentos/BibliPed/EnsFundMedio/CicloII/LerEs-crever/Referencial_ExpectativasDesenvolvimentoCompetenciaLeitoraEcritora_CicloII.pdf>. Acesso em: 08 de março de 2013. 1 KOCH, Ingerdore Villaça. “Linguagem e Argumentação”. In: A inter-ação pela linguagem. São Paulo: Contexto, 2001, p. 29-65. 2 KLEIMAN, Angela. “O ensino da leitura: a relação entre modelo e aprendizagem”. In: Oficina de leitura: teoria e prática. Campinas: Pontes, 2007, p. 49-81. RPLP-6EF-AAP-20130520-1150.indd 30 20/05/2013 11:50:35 Comentários e Recomendações Pedagógicas / Avaliação de Língua Portuguesa – 6º ano do Ensino Fundamental 31 Habilidade: Localizar item de informação explícita, com base na compreensão global de um texto. (H06-GI) Leia o texto abaixo e responda à questão 15. Disponível em: <http://majestadeverde.wordpress.com/2012/11/02/tabela-de-decomposicao-nos-rios- -lagos-e-mares/>. Adaptado. Acesso em: 27 de fevereiro de 2013. Questão 15 Pela leitura do texto, o material mais prejudicial ao meio ambiente, levando em consideração o maior tempo de decomposição é o A) nylon. B) filtro do cigarro. C) metal. D) vidro. RPLP-6EF-AAP-20130520-1150.indd 31 20/05/2013 11:50:35 32 Comentários e Recomendações Pedagógicas / Avaliação de Língua Portuguesa – 6º ano do Ensino Fundamental Comentários e recomendações pedagógicas O item avalia a possibilidade do aluno em localizar informações explícitas com base na compreensão global de um texto, no caso, averiguar o tempo de decomposição de alguns materiais jogados nos rios, lagos e no mar. Para esse fim, faz-se necessária a leitura das imagens e do texto verbal, a comparação das informações para chegar à alternativa correta D. A questão traz um texto expositivo, que é um esquema e, como tal, é composto por texto verbal e imagens. A pergunta feita é simples, mas pode se apresentar complexa ao aluno, pois além de tomar conhecimento do assunto que está sendo tratado, faz-se necessário comparar as informações dadas e a leitura não precisa ser, obrigatoriamente, linear para a construção de sentido do texto. Para levar o aluno a adquirir essa habilidade, o professor pode selecionar tex- tos de variados gêneros e não só os verbais, mas, como no caso, textos que unem o verbal e o não verbal. Em qualquer área de conhecimento, para desenvolver as capacidades leitoras, o trabalho pode iniciar com a ativação de conhecimentos prévios dos alunos não apenas em relação ao tema que será abordado, mas também em relação ao gênero do texto. Uma prática que pode ser considerada é solicitar aos alu- nos que leiam os títulos e legendas que identificam as imagens, as tabelas, os gráficos e os mapas; questioná-los se é possível antecipar o tema do texto a partir desses elementos. Ao desenvolver a leitura, retomar o questionamento, confirmando se as hipóteses levantadas estão corretas. Como sugestão de como desenvolver habilidades para os mais variados tipos de texto, sugerimos a leitura do documento Referencial de expectativas para o desenvolvimento da competência leitora e escritora no ciclo II do Ensino Fundamental, encontrado no site <http://portalsme.prefeitura. sp.gov.br/Documentos/BibliPed/EnsFundMedio/CicloII/LerEscrever/Referen- cial_ExpectativasDesenvolvimentoCompetenciaLeitoraEcritora_CicloII.pdf>. Acesso em: 08 de março de 2013. RPLP-6EF-AAP-20130520-1150.indd 32 20/05/2013 11:50:35 Comentários e Recomendações Pedagógicas / Avaliação de Língua Portuguesa – 6º ano do Ensino Fundamental 33 Referências bibliográficas COELHO, Marcelo. Il. Luiz Maia. A professora de desenho e outras histórias. 4. Reimpressão. São Paulo: Cia das Letri- nhas, 1999. p.34. COELHO, Nelly Novaes. O conto de fadas: símbolos – mitos – arquétipos. São Paulo: Paulinas, 2008. CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 2ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1885. FIGUEIREDO, Guilherme. Fábulas de Esopo. Rio de Janeiro: Ediouro, s/d. p. 15 KLEIMAN, Angela. “O ensino da leitura: a relação entre modelo e aprendizagem”. In: Oficina de leitura: teoria e prática. Campinas: Pontes, 2007, p. 49-81. KOCH, Ingerdore Villaça. “Linguagem e Argumentação”. In: A inter-ação pela linguagem. São Paulo: Contexto, 2001, p. 29-65. LAURIA, Maria Paula Parisi. A pontuação teoria e prática. São Paulo: Atual, 1989. p. 28-30. PAES, José Paulo. Il. Luiz\ Lima. Poemas Para Brincar. 13. ed.. São Paulo: Ática, 1998. ROJO, Roxane. Letramentos Múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola, 2009. SÃO PAULO (Estado), Secretaria da Educação; Ler e Escrever: guia de planejamento e orientações didáticas; professor – 3ªsérie. Secretaria da Educação. Fundação para o Desenvolvimento da Educação. FDE, São Paulo, 2010. SOLE, Isabel. Estratégias de leitura. Trad. Claudia Schilling. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998. Sites pesquisados http://educacao.uol.com.br/portugues/fabula-animais-dao-licao-de-moral.jhtm. Acesso em 12 de junho de 2012. http://leiamaisrevistas.blogspot.com.br/2010/12/revista-superinteressante-e-as-verdades.html. Acesso em 17 de fevereiro de 2013. http://www1.folha.uol.com.br/folhinha/1226427-bidu-nasceu-embaixo-de-caixa-veja-as-primeiras-tirinhas-do-persona- gem.shtml. Texto Adaptado. 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RPLP-6EF-AAP-20130520-1150.indd 33 20/05/2013 11:50:35 34 Comentários e Recomendações Pedagógicas / Avaliação de Língua Portuguesa – 6º ano do Ensino Fundamental Avaliação da Aprendizagem em Processo Comentários e Recomendações Pedagógicas – Língua Portuguesa Coordenadoria de Gestão da Educação Básica Coordenadora: Maria Elizabete da Costa Coordenadoria de Informação, Monitoramento e Avaliação Educacional Coordenadora: Maria Lucia Barros de Azambuja Guardia CIMA Departamento de Avaliação Educacional Diana Yatiyo Mizoguchi Maria Julia Filgueira Ferreira Silvio Santos de Almeida William Massei CGEB Língua Portuguesa Angela Maria Baltieri Souza, Claricia Akemi Eguti, Idê Moraes dos Santos, Katia Regina Pessoa, João Mário Santana, Mara Lúcia David, Marcos Rodrigues Ferreira, Roseli Cordeiro Cardoso, Rozeli Frasca Bueno Alves. Elaboração, Leitura Crítica e Revisão CGEB – Angela Maria Baltieri Souza, Claricia Akemi Eguti, Idê Moraes dos Santos, Katia Regina Pessoa, João Mário Santana, Mara LúciaDavid, Marcos Rodrigues Ferreira, Roseli Cordeiro Car- doso, Rozeli Frasca Bueno Alves. PCNP – Ademilde Ferreira de Souza, Adriana da Silva Guerrieri, Alexandre da Silva Rigobelo, Ana Carolina Medeiros Gatto Vieira Carvalho, Andrea Righeto, Edilene Bachega Rodrigues Viveiros, Eliane Cristina Gonçalves Ramos, Luciane Idalgo Gonçalves Gobbatto, Magda Regina Pereira Bizio, Márcia Cristina Gonçalves, Maria Márcia Zampronio Pedroso, Marisa Aparecida Palhares Raposo, Ronaldo Cesar Alexandre Formici, Sônia Maria Rodrigues. RPLP-6EF-AAP-20130520-1150.indd 34 20/05/2013 11:50:35 Comentários e Recomendações Pedagógicas / Avaliação de Língua Portuguesa – 6º ano do Ensino Fundamental 35 Anotações RPLP-6EF-AAP-20130520-1150.indd 35 20/05/2013 11:50:35 36 Comentários e Recomendações Pedagógicas / Avaliação de Língua Portuguesa – 6º ano do Ensino Fundamental RPLP-6EF-AAP-20130520-1150.indd 36 20/05/2013 11:50:35
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