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SOCIEDADES PERSONIFICADAS E SOCIEDADE SIMPLES

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SOCIEDADES PERSONIFICADAS 
1. Conceito 
São as sociedades que possuem personalidade jurídica, sendo as pessoas jurídicas 
registradas nos órgãos competentes. 
Por possuírem personalidade jurídica, gozam de: 
a) Titularidade obrigacional: é sujeito de direitos e obrigações; pode contratar 
com terceiros. 
 
b) Titularidade processual: pode demandar e ser demandada em juízo. 
 
c) Titularidade patrimonial: possui patrimônio distinto dos bens pessoais que 
integram o patrimônio dos sócios. 
2. Previsão legal e espécies 
Os artigos 1039 ao 1092 do Código Civil tratam das espécies de sociedades 
personificadas sendo a quantidade desta divida em 5 que são: 
Sociedade em Nome Coletivo 
Sociedade em Comandita Simples; 
Sociedade Limitada (LTDA) 
Sociedade em Comandita por Ações 
Sociedade Anônima (S/A) 
Destaca-se que essa lista é taxativa e não há possibilidade de se criar novas espécies de 
sociedades sem que haja previsão legal. 
3. Sociedades Simples 
Além destas espécies há também a Sociedade Simples. 
Diante do novo Código Civil a antiga sociedade civil, com atividade de prestação de 
serviços, cede lugar à Sociedade Simples, tendo, inclusive suas disposições como 
legislação subsidiária para os demais tipos societários. 
 
 
 
3.1 Conceito 
Trata-se de um tipo de sociedade personificada e não empresária, constituída 
especialmente para a exploração de atividade de prestação de serviços decorrentes 
de atividade intelectual e de cooperativa. 
A Sociedade Simples deve se limitar à atividade específica para a qual foi criada. A 
prestação de serviços deve estar vinculada à habilidade técnica e intelectual dos 
sócios, não devendo abranger serviços estranhos, sob pena de configurar elemento de 
empresa, fato que a transformaria em sociedade empresária. 
Portanto, será Sociedade Simples aquela que praticar a atividade econômica de 
natureza não-empresarial, cujo objeto social não seja atividade voltada à produção ou 
circulação de bens e de serviços. 
Se o exercício da profissão intelectual constituir elemento da empresa, isto é, se 
estiver voltado para a produção ou circulação de bens e serviços, essas atividades 
intelectuais enquadram-se como sendo de natureza econômica, ficando caracterizadas 
como atividades empresariais. 
3.2 Constituição 
A Sociedade Simples poderá ser constituída sobre qualquer uma dessas espécies de 
sociedades, exceto na forma de Sociedade por Ações que subdivide-se em Sociedade 
Comandita por Ações e Sociedade Anônima. 
Ou seja, a sociedade simples que não é uma sociedade empresarial e portanto, não 
exerce atividade econômica empresária, poderá assumir qualquer forma prevista para 
a sociedade empresária. Ou seja, a Sociedade Simples pode ter a forma de Sociedade 
Limitada (LTDA), Sociedade em Comandita Simples e nem Sociedade em Nome 
Coletivo ela continuará a ser uma Sociedade Simples. Possuirá como característica 
principal ter em seu objeto social alguma das 
atividades: Artística, Científica, Literária ou Intelectual. 
As sociedades simples são dedicadas para as atividades profissionais ou técnicas. Ou 
seja, seus serviços prestados decorrem de atividades intelectuais e de cooperativas. 
Por qual razão as Sociedades Simples não poderão ter em sua forma as espécies de 
Sociedades por Ações (que são Sociedade Anônima e Sociedade Comandita por 
Ações) ? Isso decorre da previsão legal disposta no artigo 982 parágrafo único que 
determina que a Sociedade por Ações independente de seu Objeto Social sempre será 
uma sociedade empresária, veja o que diz o texto legal: 
Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem 
por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 
967); e, simples, as demais. 
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a 
sociedade por ações; e, simples, a cooperativa. 
Se a Sociedade Simples se constituir na forma de Sociedade Anônima, por exemplo, 
ela deixará de ser sociedade Simples e tornar-se Sociedade Empresária. Como já 
abordamos o que caracteriza a diferença entre as Sociedades Simples e as Sociedades 
Empresarias é o modo como se explora o objeto social da empresa. 
3.3 – Do contrato social da sociedade simples 
A Sociedade Simples deve ser constituída mediante contrato particular ou escritura 
pública, que deverá conter as cláusulas essenciais elencadas nos incisos I a VIII do 
artigo 997 do Código Civil, quais sejam: 
a) nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, se pessoas 
naturais, e a firma ou a denominação, nacionalidade e sede dos sócios, se jurídicas; 
b) denominação, objeto, sede e prazo da sociedade; 
c) capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender qualquer 
espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária; 
d) a quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la; 
e) as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista em serviços; 
f) as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus poderes e 
atribuições; 
g) a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas; 
h) se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais. 
A regra de responsabilidade dos sócios de qualquer sociedade é de responsabilidade 
subsidiária (art. 1023 e 1024 CC), ilimitada, na proporção da participação das perdas 
sociais. Caso os sócios quiserem dispor de forma diferente no contrato social, poderão 
prever a responsabilidade solidária com relação à sociedade. Ou seja, se no contrato 
estiver previsto que a responsabilidades do sócio é solidária, o credor dos mesmos 
poderá cobrar o saldo devedor de qualquer dos sócios. 
Regra: responsabilidade subsidiária, ilimitada, na proporção da participação nas 
perdas sociais. 
Exceção: responsabilidade subsidiária, ilimitada, solidária com relação aos sócios. 
Art.999 As modificações do contrato social, que tenham por objeto matéria indicada 
no art. 997, dependem do consentimento de todos os sócios; as demais podem ser 
decididas por maioria absoluta de votos, se o contrato não determinar a necessidade 
de deliberação unânime. 
Parágrafo único. “Qualquer modificação do contrato social será averbada, cumprindo-
se as formalidades previstas no artigo antecedente.” 
A doutrina critica o quorum necessário estipulado legalmente para alteração do 
contrato, pelo fato do rigor da lei dificultar excessivamente as deliberações sociais. 
Os sócios deveriam ter autonomia de vontade para fixar o quorum de deliberação das 
matérias diversas das elencadas no art.997 CC, ao invés de terem que optar entre a 
unanimidade ou maioria absoluta de votos. 
 
3.4 – Do Registro 
De acordo com o disposto no artigo 998 do Código Civil, após a assinatura do contrato 
ou a lavratura da escritura pública de constituição da Sociedade Simples, os sócios 
deverão levar o instrumento constitutivo perante o Cartório do Registro Civil das 
Pessoas Jurídicas, para o competente registro, nos 30 (trinta) dias subsequentes à sua 
constituição. 
O pedido de inscrição será acompanhado do instrumento autenticado do contrato e, 
se algum sócio nele houver sido representado por procurador, o da respectiva 
procuração, bem como, se for o caso, da prova de autorização da autoridade 
competente. 
Lembramos que a Sociedade Simples que instituir sucursal, filial ou agência na 
circunscrição de outro Registro Civil das Pessoas Jurídicas, neste também deverá 
inscrevê-la, juntamente com a prova da inscrição originária. 
 
3. 5 – Da Integralização do Capital 
A principal obrigação do sócio, a partir da assinatura do contrato social, é integralizar o 
valor das cotas por ele adquiridas. 
O capital social poderá ser integralizado com dinheiro, bens ou serviços. 
Decorrido o prazo de 30 (trinta) diassem o cumprimento da obrigação, o sócio é 
considerado remisso e a sociedade poderá optar por uma indenização pelos danos 
causados pela mora do sócio, pela exclusão do mesmo, ou pela redução de sua quota 
ao valor integralizado, conforme disposto no artigo 1.004 do Código Civil. 
 
3. 6 - Transferência de Cotas 
Qualquer mudança no quadro social ou transferência de cotas deve ser objeto de 
alteração contratual. 
O artigo 1.003 do Código Civil exige o consentimento dos demais sócios para a cessão 
parcial ou total de cotas, sob pena da mesma tornar-se ineficaz. 
Devemos ressaltar que, até 2 (dois) anos depois de averbada a modificação do 
contrato, responde o cedente solidariamente com o cessionário, perante a sociedade e 
terceiros, pelas obrigações que tinha como sócio. 
 
3.8 - Participação em Serviços 
A Sociedade Simples é a única espécie societária que concede a possibilidade de 
admissão de sócio de serviço, que não participa do capital, mas tem direito aos lucros 
na proporção da média de valor das cotas; não vota nas deliberações sociais e deve se 
dedicar integralmente à sociedade, salvo se o contrato dispuser de forma diversa. 
Destaca-se que esta participação em serviços deve ser devidamente especificada no 
contrato social, através de detalhada descrição das atividades que serão 
desempenhadas pelo sócio. 
 
3.9 - Apuração e Distribuição de Lucros 
É considerada nula qualquer estipulação contratual que exclua sócio de participar dos 
lucros e perdas. 
A distribuição de lucros ilícitos ou fictícios acarreta responsabilidade solidária dos 
administradores que a realizarem e dos sócios que os receberem, conhecendo ou 
devendo conhecer-lhes a ilegitimidade. 
Considerando que o lucro resulta das contas de balanço patrimonial, ele somente será 
real e existente quando os lançamentos nos registros contábeis forem verdadeiros e 
não fruto de artifícios e superestimação de receitas. 
3.10 - Decisão dos Sócios 
De acordo com o artigo 1.010 do Código Civil, quando competir aos sócios decidir 
sobre os negócios da sociedade, as deliberações serão tomadas por maioria dos votos, 
contados segundo o valor das cotas de cada um. 
Para a formação da maioria absoluta são necessários votos correspondentes a mais de 
metade do capital. 
Se algum sócio tiver interesse em deliberação que for contrária ao interesse da 
sociedade, este não poderá participar do processo de votação, sob pena de responder 
por perdas e danos perante a sociedade. 
 
Destaca-se que as espécies mais comuns de Sociedades Empresarias são as 
Sociedades Limitadas e as Sociedade Anônimas. As demais são mais raramente 
vistas. 
 GÊNERO TIPO 
 
 
Sociedades 
 
- Empresárias 
 
- Sociedade limitada 
- Sociedade anônima 
- Sociedade em nome coletivo 
- Sociedade em comandita simples 
- Sociedade em comandita por ações 
 
- Simples 
- Sociedade Simples pura 
- Sociedade simples limitada 
- Sociedade em nome coletivo 
- Sociedade em Comandita Simples 
- Sociedade Cooperativa

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