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AULA CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL

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*
CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL
Lei nº 12.015, de 7 de agosto de 2009
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL
Artigos 213 a 216-A
LENOCÍNIO E DO TRÁFICO DE PESSOA PARA FIM DE PROSTITUIÇÃO OU OUTRA FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL Artigos 227 a 231-A
CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEL
Artigos 218-B
DO ULTRAJE PÚBLICO AO PUDOR 
Artigos 233 a 234-B
*
 A moralidade pública é a consciência ética de um povo em um dado momento histórico, consubstanciando o seu modo de entender e distinguir o bem e o mal, o honesto e o desonesto. Deste modo, o direito penal aceita a ética sexual para, dentre os vários comportamentos intercorrentes, selecionar os mais graves, erigindo-os a delitos. 
Tutela-se o pudor, a liberdade e a honra sexual. 
CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL
*
 Na antiguidade remota, certos povos admitiram a prostituição das mulheres em honra de Venus Mylita.
 Em Roma passou-se a punir os crimes contra a moral, cabendo ao pater famílias a repressão. 
 Em 736 foi decretada a Lex Julia, visando reprimir o adulterium, o incestum, o stuprum e o lenocinum. 
Do direito canônico emergiu repressões nunca antes cogitadas, punindo-se até o mero pensamento de desejo.
*
Dentre as principais manifestações de anomalias sexuais, adquiridas ou congênitas, cita-se, por exemplo:
Exibicionismo, consistente na exibição das partes genitais, mormente a pessoas do sexo oposto.
Erotismo, que é a tendência abusiva para os atos eróticos. No homem, é satiríase ou priapismo. Na mulher ninfomania ou uteromania.
Fetichismo, compreendendo a excitação sexual mediante a visão ou o tateio de partes do corpo, ou objetos, de pessoa do sexo oposto. 
Mixoscopia, corresponde à excitação sexual condicionada à contemplação da libidinagem praticada por terceiros. 
Necrofilia ou vampirismo, consistente na satisfação sexual sobre cadáveres.
Zoofilia ou bestialidade, representada pela prática de sexo com animais.
Edipismo, obsessão pelo incesto.
A algolagnia pode ser ativa, passiva ou mista. A forma passiva (masoquismo) é o prazer sexual mediante sofrimento físico ou moral.
A algolagnia ativa (sadismo) é a satisfação sexual obtida quando se inflige sofrimento a outrem, ou se assiste a semelhante sofrimento.
A forma mista (sadomasoquismo) consiste na conjugação de ambas as anomalias.”.
Pedofilia (do grego pedon=criança) que é a perversão sexual em que o adulto experimenta sentimentos eróticos em relação a crianças. 
*
Art. 213.  Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso: reclusão de 6 a 10 anos.
§ 1o  Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 ou maior de 14 anos: reclusão de 8 a 12 anos. 
§ 2o  Se da conduta resulta morte: reclusão de 12 a 30 anos. 
Texto revogado
Art. 213 - Constranger mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça.
Art. 214 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a praticar ou permitir que com ele se pratique ato libidinoso diverso da conjunção carnal. Ambos reclusão de 6 a 10 anos.
ESTUPRO
*
ESTUPRO
 A cópula à força, e deve ser feito mediante violência física ou grave ameaça de mal sério e idôneo, comprovando-se o dissenso consistente na oposição sincera e positiva da vítima, manifestando-se por inequívoca resistência.
 Homem pode ser vítima de estupro?
Qual crime pratica a mulher que forçar o homem à prática de conjunção carnal?
 Conjunção carnal é a relação sexual entre um homem e uma mulher, caracterizada pela penetração peniana no interior da vagina.
*
ESTUPRO
CONSTRANGIMENTO
MULHER (PASSIVO e ATIVO)
HOMEM (ATIVO e PASSIVO)
CONJUNÇÃO CARNAL – CÓPULA VAGÍNICA
DISSENSO – INEQUÍVOCA RESISTÊNCIA
Ato libidinoso: No sentido amplo, abrange a conjunção carnal. No sentido restrito é diverso da conjunção carnal. É o que visa o prazer sexual. É todo aquele que serve para o desafogo à concupiscência. 
*
 É indiferente que a cópula seja completa ou não, ou que ocorra ejaculação; mas é imprescindível que haja a introdução, mesmo que parcial, do órgão copulador do agente na vagina da vítima, estendendo-se o alcance deste entendimento quando se perpetra a introdução vulvar. 
 Agora com a nova redação, qualquer tipo de coito poderá tipificar o crime de estupro 213 (estupro + atentado violento ao pudor).
*
Bem jurídico tutelado no delito
 Embora o objeto material seja o corpo da vítima, o interesse tutelado é a liberdade sexual, ou seja, o direito que se tem de dispor de seu corpo com relação aos atos genésicos, e não a sua simples integridade física. 
O transexual pode ser vítima de estupro na modalidade conjunção carnal? (Rogério Greco).
Tipo subjetivo (Fernando Capez) – não há finalidade específica.
*
Sujeito ativo (Homem e mulher)
	Somente o homem pode ter conjunção carnal com mulher. (primeira parte do artigo)
 A conjunção carnal significa exclusivamente congresso sexual, realizado por meio do membro viril e do órgão sexual da mulher. 
 Admite-se, contudo, a participação de uma mulher no crime em questão
 É consenso, atualmente, que o marido pode também ser sujeito ativo.
*
Sujeito Passivo
	Apenas a mulher pode ser vítima da modalidade conjunção carnal (primeira parte). O homem, por mais aviltante que seja o ato contra ele praticado com violência, não será sujeito passivo da conjunção. É irrelevante que seja a mulher casada, viúva ou solteira, virgem, honesta ou devassa, religiosa ou meretriz, todas as mulheres estão inclusas no rol de sujeitos passíveis de serem vítimas de estupro. 
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA:
ITER CRIMINIS: É o itinerário que o crime percorre, desde o momento da concepção, até aquele em que ocorre a consumação, compõem se de FASE INTERNA (COGITAÇÃO) (não se pune o pensamento) e de uma FASE EXTERNA (ATOS PREPARATÓRIOS, EXECUÇÃO E CONSUMAÇÃO). A regra é que os atos preparatórios também não são puníveis , apesar da opinião dos positivistas, que reclamam a punição como medida de prevenção criminal, uma vez que o CP penal exige o início da execução. 
	Contudo, algumas vezes o legislador transforma esses atos em TIPOS PENAIS ESPECIAIS, fugindo à regra geral, como ocorre em “Petrechos para falsificação de moeda”, “atribuir-se falsamente autoridade para celebração de casamento”.
*
ELEMENTOS DA TENTATIVA E SUA NATUREZA: A tentativa é um tipo penal ampliado, é um dos casos da adequação típica de subordinação mediata (o outro está no concurso de agentes). É norma de extensão. A tentativa é constituída dos seguintes elementos: a) início da execução (o código adotou a teoria objetiva, exigindo o início da execução de um fato típico, ou seja, exige a existência de uma ação que penetre na fase executória do crime. A teoria subjetiva, que se satisfaz com a exteriorização da vontade através da prática de atos preparatórios, bem como a teoria sintomática, que se contenta com a manifestação da periculosidade subjetiva. b) Não-consumação do crime por circunstâncias independentes da vontade do agente; c) Dolo em relação ao crime total.
Infrações que não admitem tentativa: Crimes culposos; preterdolosos ou preterintencionais, já os crimes qualificados pelo resultado admitem a tentativa conforme Damásio de Jesus e Julio Mirabete; Omissivo próprio, já os omissivos impróprios e os comissivos por omissão admitem a tentativa; crime unissubisistentes (haja vista o ato único); crime habitual; crimes de atentado ou empreendimento e contravenções.
Conatus – norma de extensão ou adequação típica de subordinação mediata ou indireta.
*
O dissenso da vítima
 A par da violência do estuprador, exige a lei a resistência da vítima. É necessário seja ela constrangida, isto é , obrigada, pois a lei tutelando sua liberdade sexual, impõe-lhe seja a primeira defensora dessa liberdade. Não há violência onde não existeresistência. 
 A oposição deve ser sincera, patenteando a vontade de a ofendida furtar-se ao gozo do estuprador. Simples relutância, mera negativa não podem constituir a resistência requerida pela lei. Deve ser séria e constante, não apenas simulação de honestidade e por alguns instantes. 
 A lei entretanto, não pode exigir que a ofendida vá ao extremo da resistência , até o risco da própria vida, desfalecimento ou trauma psíquico, o que se requer é tenha o agente feito o preciso para anular a oposição da mulher. 
*
Concurso de crimes
Haverá o concurso material quando, após a conjunção carnal ou ato libidinoso, o agente vier a praticar homicídio ou lesões.
 O crime de estupro pode ser praticado em concurso com o atentado violento ao pudor ? 
*
 “O marido pode ser sujeito ativo do crime de estupro, pois o débito conjugal não autoriza a posse sexual mediante violência” (TJPR, PJ 48/267).
 “Quando praticada contra vítima de estupro, a lesão corporal leve é absorvida pelo delito contra a liberdade sexual” (STJ, RT 761/561; TJSP, RT 523/363, 512/376).
 “A conjunção carnal incestuosa entre pai e filha maior de 14 anos, sem violência ou grave ameaça, não configura estupro, mas, sim, a corrupção de menores prevista no art. 218 do CP, pois o temor reverencial não é contemplado no artigo 224” (STJ, RT 754/588). 
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Súmula 608 do Supremo Tribunal Federal: “No crime de estupro, praticado mediante violência real, a ação penal é púbica incondicionada.”
O estupro simples ou qualificado constitui crime hediondo. (STF, votação em plenário. Informativo n. 255)
*
STF: “Tanto comete o crime quem o pratica diretamente como aquele que, pela ameaça de arma de fogo, submete a vítima à ação direta de terceiro” (RT 575/479)
TJMG: “Estupro. Co-autoria. Crime praticado na presença da mãe da vítima........Omissão penalmente relevante....” (RT 725/629)
TJSP: “Estupro. Co-autoria. Imputação a mulher do réu. Acusados conluiados para a prática do delito. Condenação da ré decretada” (RT 704/369)
*
REsp 792625 / DF ; RECURSO ESPECIAL 2005/0162903-8 
Ministro FELIX FISCHER (1109) 
DJ 27.11.2006 p. 316 
Dado início a execução do crime de estupro, consistente no emprego de grave ameaça à vítima e na ação, via contato físico, só não se realizando a consumação em virtude de momentânea falha fisiológica, alheia à vontade do agente, tudo isso, caracteriza a tentativa e afasta, simultaneamente, a denominada desistência voluntária.(Precedente desta Corte). 
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Iniciada a execução do crime de estupro, através de violência e de grave ameaça, e não tendo a empreitada se consumado por circunstância alheia à vontade do agente, responde esse pela tentativa de estupro.
Hipótese em que o agente não conseguiu consumar o delito pela ocorrência de impotência sexual ocasional, praticando, contudo, atos idôneos de começo de execução (violência e grave ameaça).
Inocorrência de crime impossível. 
REsp 556939 / SC ; RECURSO ESPECIAL 2003/0107358-3 
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Art. 213.  Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso: reclusão de 6 a 10 anos.
§ 1o  Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 ou maior de 14 anos: reclusão de 8 a 12 anos. 
§ 2o  Se da conduta resulta morte: reclusão de 12 a 30 anos. 
Esta parte tem como objetividade jurídica a liberdade sexual, sobretudo no que tange à inviolabilidade física da pessoa contra atos de libidinagem violentos.
É tão grave quanto a conjunção carnal forçada. Agora dentro de um mesmo tipo penal.
*
 O ato libidinoso é “ toda ação atentatória ao pudor, praticada com propósito lascivo ou luxurioso”.
 Trata-se, portanto, de ato lascivo, voluptuoso, dissoluto, destinado ao desafogo da concupiscência. Alguns são equivalentes ou sucedâneos da conjunção carnal: 
(coito anal, oral, coito inter-femora, cunnilingue, hete-romasturbação, felação). 
Felação é o nome que se dá ao sexo oral feito pela mulher no homem.
Cunnilingue: ato de buscar e dar prazer sexual com a boca e a língua na vulva da mulher. 
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Não é indispensável o contato físico, corporal, entre o(a) agente e o ofendido(a). 
Há atentado violento ao pudor, por exemplo, quando o agente, mediante ameaça, obriga a vítima a masturba-se, tendo em vista a contemplação lasciva. 
Não existirá o delito, porém, se o agente “se limitou a apreciação do espetáculo, sem ter concorrido para ele”. (Exemplo do apartamento)
Não é mister que se desnude qualquer parte do corpo da vítima para o contato lúbrico a fim de caracterizar o atentado violento ao pudor. (ônibus)
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 Para a ocorrência do atentado violento ao pudor é necessário que haja o constrangimento pela violência ou grave ameaça, exigindo-se o dissenso sério da vítima. Constitui violência a prática de ação rápida e inopinada, que tenha surpreendido a vítima, impedindo-lhe a defesa.
 Ainda que haja contato físico entre o agente e a vítima, como ocorre, por exemplo, num beijo não lascivo, ainda que indesejado, a infração caracteriza apenas a contravenção penal.
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Não comete o crime de estupro (modalidade atentado violento ao pudor) o indivíduo que obriga a vítima a assistir o ato de libidinagem executado por terceiros, pois, então, ela não estaria praticando o ato, nem tampouco permitindo que com ela fosse praticado. Poderá o fato constituir o crime de constrangimento ilegal (art. 146) e outro.
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Nem todos os atos atentatórios ao pudor caracterizam a prática do crime em estudo. Não o configuram, certamente, um beliscão, um ato obsceno em que a vítima não é tocada, as meras expressões verbais etc., caracterizando essas condutas a importunação ofensiva ao pudor (Art. 61 do DL 3688/1941 – LCP). 
Conduta daquele que, no interior de um cinema, passou as mãos na perna da vítima. 
Beijo (não tão lascivo) no Carnaval !!!
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“Para a caracterização do atentado violento ao pudor é necessário um ato libidinoso, que haja contato físico ou corpóreo com a vítima ou, pelo menos, que seu corpo entre em jogo para o fim de libidinagem” (TJSP - AC - Rel. Gonçalves Sobrinho - RT 602/338).
“Comete o delito de atentado violento ao pudor o dentista que, no interior de seu consultório, abusa de cliente de menor idade, passando as mãos por sua nádega e seio”(TJSP - RT 510/349).
“Dentro do critério subjetivo-objetivo que serve para fazer reconhecível o ato libidinoso, o tateio das nádegas é inequivocamente um ato dessa espécie”(TJSP - HC - RT 458/302).
“O ato de encostar o pênis nas nádegas de uma menor constitui, do ponto de vista objetivo e finalístico, um ato sexual, desafogo da libido. Inclui-se, inquestionavelmente entre as atitudes libidinosas”(TJSP - AC 113.999-3).
*
“Se a lascívia do réu já se extravasara em ato libidinoso diverso da conjunção carnal o crime do art. 214 do CP se consumou e não resultou apenas tentado, por efetivado o coito anal”(TJSP - AC- Rel. Cunha Camargo - RT 453/351).
Inadmissibilidade - Delito que se consuma em face da prática de atos libidinosos - “Para a consumação de atos libidinosos, basta a esfregação realizada, ainda que não tenha conseguido o agente o coito anal completo”(TJSP - AC - Rel. Gentil Leite - RTJ 148/275).
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“O beijo, nos dias que correm, é de nosso cotidiano, figurando, a toda hora e a todo momento, na quase totalidade dos programas de televisão, em todas as suas formas e aspectos, desde o mais casto e puro ao mais sensual e erótico. Não tendo esse caráter na espécie sub judice, configurado não restou o delito de atentado violento ao pudor, mas simples contravenção de perturbação da tranqüilidade”(TJSC -AC - Rel. Silva Leme - RT 580/332).
*
“A esposa pode ser sujeito passivo de crime de atentado violento ao pudor cometido pelo marido. Mesmo na intimidade da alcova nupcial pudor não desaparece”(TACRIM - SP- AC - Rel. Luís Tavares - RT516/343).
“Havendo beijo roubado e toque superficial sobre as vestes em seio de mulher, desclassifica-se para a contravenção de importunação ofensiva ao pudor” (TJSC, RT 727/577; 
*
“Exame de corpo de delito: É dispensável, quando a prática de atos libidinosos, sem penetração, não deixar vestígios” (STF, RT 752/525, 755/554).
	“Ficar nu com a menor pode configurar o art. 218 (corrupção de menores), mas não o atentado violento ao pudor” (TJSP, RT 751/666). 
*
STJ
HC 72072 / SP ; HABEAS CORPUS 2006/0271141-0
Ministro GILSON DIPP (1111)
T5 - QUINTA TURMA
17/05/2007
DJ 25.06.2007 p. 270
....................................
III. O entendimento desta Corte orienta-se no sentido de que, nos crimes de estupro e atentado violento ao pudor, a palavra da vítima tem grande validade como prova, especialmente porque, na maior parte dos casos, esses delitos, por sua própria natureza, não contam com testemunhas e sequer deixam vestígios. IV Não há continuidade delitiva entre os crimes de estupro e atentado violento ao pudor, eis que, apesar de serem delitos do mesmo gênero, não são da mesma espécie, possuindo elementos objetivos e subjetivos distintos. Precedentes. 
E agora? Mesmo contexto.
*
Texto atual (Lei 12.015/09)
Violação sexual mediante fraude:
Art. 215.  Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima: reclusão de 2 a 6 anos.
Parágrafo único.  Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa. 
Texto revogado
Posse sexual mediante fraude
Art. 215. Ter conjunção carnal com mulher, mediante fraude: (Redação dada pela Lei nº 11.106, de 2005): reclusão de 1 a 3 anos.
O termo HONESTA foi suprimido pela Lei 11.106/205
*
VIOLAÇÃO SEXUAL MEDIANTE FRAUDE
A violação sexual haverá de perfazer-se mediante fraude, que é o embuste, o estratagema, o ardil, o engodo de que se serve o agente para induzir a vítima a entregar-se. 
Indispensável que a mulher se entregue, levada pelo engano. O erro deverá recair sobre a identidade pessoal do sujeito ativo. de todo irrelevante o erro sobre o estado civil do agente, que a ofendida pode acreditar solteiro, sendo casado. Irrelevante também o erro sobre o nome, idade, ou demais características da pessoa do agente.
Ex: mulher dormindo mantém relação achando que é o esposo.
*
	O objeto jurídico protegido: a liberdade sexual.
	Sujeito ativo: Homem e mulher
	Tipo subjetivo: Quanto a ter conjunção carnal - forçada, só que em vez da violência aqui é utilizada a fraude como estratagema, ardil, engodo que leva a mulher iludida por uma falsa realidade à conjunção desejada pelo agente. 
VIOLAÇÃO SEXUAL MEDIANTE FRAUDE
*
“Comete o delito de posse sexual mediante fraude, e não o de estupro, aquele que, dizendo-se curandeiro, consegue enganar a vítima, e, a pretexto de curá-la, com ela mantém conjunção carnal, desvirginando-a”(RT, 391:77).
“Caracteriza a posse sexual fraudulenta o fato de quem se aproveita de estado de semi-sonolência de uma mulher, que, pelo hábito de relações sexuais com o marido ou amante, não se alarma à introductio pênis” (RJTJSP, 47:374).
VIOLAÇÃO SEXUAL MEDIANTE FRAUDE
*
Atentado ao pudor mediante fraude
A conduta típica é a de induzir à prática do ato libidinoso. 
Induzir significa persuadir, instigar, incitar, sugerir, aconselhar a vítima, sendo necessário, no caso, que esse induzimento seja fraudulento, caracterizando-se o crime apenas quando o agente, de alguma forma, leva o sujeito passivo ao erro.
O ato libidinoso é todo ato concupiscente que não a conjunção carnal.
*
“Atentado ao pudor. Empregado de hospital que se faz passar por médico e pratica ato libidinoso contra mulher internada, comete atentado ao pudor mediante fraude”(TJDF - AC - Rel. Helladio Monteiro - DJU 18.8.80, p. 5.988).
“Réu que abusa da ingenuidade da vítima e, a pretexto de dar-lhe “aula de ginecologia”, com ela pratica atos libidinosos diversos da conjunção carnal. Aquiescência da vítima exclui o crime de atentado violento ao pudor”(TJSP - AC - Rel. Adriano Marrey - RJTJSP 19/443).
“É indispensável que a vítima tenha sido ludibriada, iludida, e não que se tenha entregue à prática libidinosa por rogos ou carícias do agente” (TJSP, RT 503/299).
Atentado ao pudor mediante fraude
*
Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função: 
	Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos. 
§ 2º A pena é aumentada em até um terço se a vítima é menor de 18 anos. (Lei 12.015/09).
 Crime Próprio;
*
Objeto jurídico: As liberdades sexuais, sobretudo, nas relações de trabalho e educacionais.
	Sujeito Ativo: qualquer pessoa, homem ou mulher, desde que seja superior hierárquico da vítima ou tenha ascendência sobre ela, em razão do exercício de emprego ou função.
	Sujeito passivo: Qualquer pessoa, mulher ou homem, contudo exigindo a condição especial (subalterno do autor).
É possível o assédio sexual praticado por professor em face do aluno? De Bispo para com o sacerdote?
*
 Guilherme de Souza Nucci: SUPERIOR HIERÁRQUICO - âmbito público; ASCENDÊNCIA – âmbito privado.
Assim não há vínculo entre o aluno e o professor, mas entre a faculdade e o professor.
 Luiz Regis Prado: Na ascendência, elemento normativo do tipo, não se exige uma carreira funcional, mas apenas uma relação de domínio, de influência, de respeito e até mesmo de temor reverencial.
Na caracterização deste crime do artigo 216-A – (assédio sexual), o agente deve prevalecer-se, (valer-se, aproveitar-se, tirar partido) da sua condição de superior hierárquico ou de sua ascendência sobre a vítima, em razão do emprego, cargo ou função, seja na esfera pública ou privada, sempre com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual e não qualquer outra vantagem.
*
Tipo objetivo: O núcleo da conduta delituosa é constranger, forçar, compelir, obrigar homem ou mulher com o intuito de obter vantagem, favor, benefício ou obséquio relativo ao sexo, podendo configurar uma conjunção carnal ou ato libidinoso. 
Tipo subjetivo: O dolo exclusivamente configurado na vontade livre e consciente de constranger alguém, acrescido do especial fim de agir, ou seja, para obter vantagem ou favorecimento sexual. 
*
Havendo apenas a importunação ofensiva ao pudor em lugar público ou acessível ao publico é o caso do artigo 61 da LCP que estabelece a pena de multa para o agente infrator. 
Se for perturbação da tranqüilidade é o disposto no artigo 65 da Lei das Contravenções Penais: 
Se o constrangimento é feito mediante violência ou grave ameaça e não objetivar a satisfação de desejo sexual pode ser o caso do artigo 146-CP (constrangimento ilegal) ou até mesmo o artigo 158-CP (extorsão), se o intuito for o de obter indevida vantagem econômica.
*
Pode haver o concurso ativo de pessoas desde que o co-autor ou partícipe saiba da superioridade hierárquica ou ascendência do agente sobre a vítima (art.30) e da real intenção do autor principal (artigo 29-CP).
	Crime formal que se consuma com a efetiva prática do ato constrangedor, independentemente da obtenção da vantagem ou favorecimento sexual, sendo por isso de extrema dificuldade a comprovação da atuação criminosa do agente. 
Tentativa: possível na modalidade escrita (bilhete que se extravia)
*
Revogado pela Lei 11.106/2005
Art. 217. Seduzir mulher virgem, menor de 18 anos e maior de 14, e ter com ela conjunção carnal, aproveitando-se de sua inexperiência ou justificável confiança ?????????????????????????????????
DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEL: 217 A a 218B.
 Esse tipo penal é conseqüência da revogação do artigo 224 do Código Penal que previa as hipóteses de presunção de violência, agora transformadasem elementos do crime de estupro de vulnerável. 
 Como o artigo 217-A não contém em sua descrição típica o emprego de violência, doravante a menoridade da vítima passa a integrar o tipo penal, não cabendo qualquer discussão sobre a sua inocência em assuntos sexuais.
*
Estupro de vulnerável (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 217-A.  Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. 
§ 1o  Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.
§ 2o Vetado.
§ 3o  Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave: 
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos. 
§ 4o  Se da conduta resulta morte: 
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos
*
 A Lei n. 12.015/09 deu nova redação ao artigo 1º, V, da Lei n. 8.072/90 (Lei dos Crimes Hediondos), deixando claro que o estupro simples (213, "caput",) também é hediondo.
 A previsão legal faz cessar a divergência que existia a respeito, pois ora se entendia que todas as formas de estupro eram hediondas (STF, HC 93674 / SP, Relator Min. Ricardo Lewandowski, j. 07/10/2008, 1ª Turma), ora se sustentava que apenas as formas qualificadas pela lesão grave ou morte eram assim consideradas (STJ, HC 9937/RJ, rel. Min. Fernando Gonçalves, j. 14.12.99, 6ª Turma).
 Além disso, o estupro de vulnerável (art. 217-A), em todas as suas formas (simples e qualificadas), foi incluído no rol dos crimes hediondos (art. 1º, VI, da Lei 8.072/90).
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 A revogação do artigo 224 do Código Penal, não alterou a situação dos réus que já foram processados e/ou condenados pelos crimes de estupro e atentado violento ao pudor mediante o emprego de violência presumida, pois as hipóteses elencadas no aludido dispositivo passaram a constituir elementos do estupro de vulnerável (art. 217-A), com pena mais severa.
 Não tendo a conduta sido extirpada do ordenamento jurídico, mas, ao contrário, tendo sido tratada com mais rigor, não pode retroagir para beneficiar os autores dessa conduta.
 Continuidade normativa típica: mera revogação formal de uma lei, preservando em outra lei o dispositivo, não há abolitio criminis. Ex. lei 9.437/97 e 10.826 em relação ao porte de arma.
 Obs: A “abolitio criminis” pressupõe a revogação da lei anterior, fato é que nem sempre uma revogação da lei significa “abolitio criminis” do crime, porque pode ocorrer de se manter o crime em outro dispositivo penal é o fenômeno do princípio da continuidade normativo típico.
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CORRUPÇÃO DE MENORES
Art. 218.  Induzir alguém menor de 14 anos a satisfazer a lascívia de outrem: reclusão de 2 a 5 anos.
Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente
Art. 218-A.  Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.” 
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“Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável
Art. 218-B.  Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone:
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos. 
§ 1o  Se o crime é praticado com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa. 
§ 2o  Incorre nas mesmas penas: 
I - quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos na situação descrita no caput deste artigo; (prostituta menor?)
II - o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifiquem as práticas referidas no caput deste artigo. 
§ 3o  Na hipótese do inciso II do § 2o, constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento.
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CORRUPÇÃO DE MENORES
Art. 218.  Induzir alguém menor de 14 anos a satisfazer a lascívia de outrem: reclusão de 2 a 5 anos.
			
				X
	Art. 244-B.  Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. 
§ 1o  Incorre nas penas previstas no caput deste artigo quem pratica as condutas ali tipificadas utilizando-se de quaisquer meios eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da internet.
Crime formal. Menor corrompido.
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Capítulo revogado pela lei 11.106/2005
Observação :
 A privação da liberdade para fim libidinoso continua sendo punível, na medida em que a mesma lei transformou tal conduta em modalidade qualificada do crime de sequestro ou cárcere privado (art. 148, § 1º, V)
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Ação penal
Art. 225.  Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação penal pública condicionada à representação.
Parágrafo único.  Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública incondicionada se a vítima é menor de 18 anos ou pessoa vulnerável. 
Texto revogado
Art. 225 - Nos crimes definidos nos capítulos anteriores, somente se procede mediante queixa.
§ 1º - Procede-se, entretanto, mediante ação pública:
I - se a vítima ou seus pais não podem prover às despesas do processo, sem privar-se de recursos indispensáveis à manutenção própria ou da família;
II - se o crime é cometido com abuso do pátrio poder, ou da qualidade de padrasto, tutor ou curador.
§ 2º - No caso do nº I do parágrafo anterior, a ação do Ministério Público depende de representação.
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Art. 226. A pena é aumentada
I - de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 (duas) ou mais pessoas; 
II - de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tem autoridade sobre ela; 
 Não mais existe a regra da ação penal privada nos crimes sexuais (regra é ação penal pública condicionada).
 As exceções em que a ação penal será pública incondicionada. Isso ocorrerá quando:
a) A vítima for menor de 18 anos (critério objetivo)
b) A vítima for “pessoa vulnerável” ?? O que é vulnerável? Porque não se usou os critérios do ECA?
 Conclusão de que o termo “pessoa vulnerável” corresponde aos antigos casos de “presunção de violência” outrora previstos no revogado artigo 224, “a”, “b” e “c”, CP. 
 E no caso do artigo 213, §§ 1º e 2º, CP?? (Condicionada?)
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 Agora a condição de “pobreza” da vítima na acepção jurídica do termo (artigo 32, §§ 1º e 2º, CPP), não tem relevância, sendo dispensável a tradicional juntada do “atestado de pobreza” expedido pela Autoridade Policial (Delegado de Polícia).
 Existem ainda dois outros casos de ação penal pública incondicionada e nestes casos independentemente da idade ou condição de “vulnerável” da vítima. São os casos de estupros qualificados por lesões graves ou morte (artigo 213, §§ 1º e 2º, CP).
	A tal conclusão se chega por aplicação da regra geral do artigo 101, CP (crimes complexos).
	Por isso, face à gravidade dessas infrações, deve permanecer incólume a conclusão pela ação penal pública incondicionada de forma excepcional nesses casos. Neste ponto deve continuar valendo o disposto na Súmula 608, STF. Súmula 608, STF: “No crime de estupro, praticado mediante violência real, a ação penal é pública incondicionada”.
 Frise-se, porém, que se o caso for de vias de fato, grave ameaça ou mesmo de lesões leves a ação será, em regra, pública condicionada.
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Mediação para servir a lascívia de outrem
Art. 227 - Induzir alguém a satisfazer a lascíviade outrem:
Pena - reclusão, de um a três anos.
§ 1o Se a vítima é maior de 14 (catorze) e menor de 18 (dezoito) anos, ou se o agente é seu ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro, irmão, tutor ou curador ou pessoa a quem esteja confiada para fins de educação, de tratamento ou de guarda:
Pena - reclusão, de dois a cinco anos.
§ 2º - Se o crime é cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, além da pena correspondente à violência.
§ 3º - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.
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 Sujeito do crime: Crime comum
 E o consumidor, pode ser considerado co-autor do crime?
 Pode ser a conjunção carnal, como as práticas sexuais anormais ou meramente contemplativas, ou qualquer outras expressivas de depravação física ou moral.
 a conduta deve recair sobre pessoa determinada, caso contrário (número indeterminado) o crime será o de favorecimento da prostituição
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Texto atual (Lei 12.015/09)
Art. 228.  Induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra forma de exploração sexual, facilitá-la, impedir ou dificultar que alguém a abandone: reclusão de 2 a 5 anos, e multa.
§ 1o  Se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância: reclusão de 3 a 8 anos.
§ 2º - Se o crime, é cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude: reclusão de 4 a 10 anos, além da pena correspondente à violência.
§ 3º - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.
Texto revogado
Art. 228 - Induzir ou atrair alguém à prostituição, facilitá-la ou impedir que alguém a abandone: reclusão de 2 a 5 anos.
§ 1º - Se ocorre qualquer das hipóteses do § 1º do artigo anterior: reclusão de 3 a 8anos. 
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PROSTITUIÇÃO: atividade na qual atos sexuais são negociados em troca de pagamento, não apenas monetário. 
Objeto jurídico: moralidade pública sexual;
Tipo objetivo: a ação deve referir-se a pessoa ou pessoas determinadas, e não a uma situação impessoal.
Omissão: pode ser omissivo, como no caso dos pais, que tem o dever de dar assistência à filha.
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Texto atual (Lei 12.015/09)
Art. 229.  Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente: reclusão de 2 a 5 anos, e multa. 
(redação anterior: casa de prostituição ou lugar destinado a encontros para fim libidinoso). Crime habitual (logo não admite a tentativa) e permanente.
Rufianismo
Art. 230 - Tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça: reclusão de 1 a 4 anos, e multa.
§ 1o  Se a vítima é menor de 18 e maior de 14 anos ou se o crime é cometido por ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou por quem assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância: reclusão de 3 a 6 anos, e multa.
§ 2o  Se o crime é cometido mediante violência, grave ameaça, fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação da vontade da vítima: reclusão de 2 a 8 anos, sem prejuízo da pena correspondente à violência.
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Agora exige um estabelecimento onde haja exploração sexual (não simplesmente sexo, sim exploração sexual, logo a intenção do legislador parece ser punir também hotéis, motéis, hospedarias e até restaurantes, desde que destinados, habitualmente, à exploração sexual.
Habitualidade. APFD. Necessidade de prova precedente.
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Tráfico internacional de pessoa para fim de exploração sexual  
Art. 231.  Promover ou facilitar a entrada, no território nacional, de alguém que nele venha a exercer a prostituição ou outra forma de exploração sexual, ou a saída de alguém que vá exercê-la no estrangeiro. reclusão de 3 a 8 anos.
§ 1o  Incorre na mesma pena aquele que agenciar, aliciar ou comprar a pessoa traficada, assim como, tendo conhecimento dessa condição, transportá-la, transferi-la ou alojá-la.
(VER CASOS DE AUMENTO DE PENA).
Tráfico interno de pessoa para fim de exploração sexual
Art. 231-A.  Promover ou facilitar o deslocamento de alguém dentro do território nacional para o exercício da prostituição ou outra forma de exploração sexual: reclusão de 2 a 6 anos.
§ 1o  Incorre na mesma pena aquele que agenciar, aliciar, vender ou comprar a pessoa traficada, assim como, tendo conhecimento dessa condição, transportá-la, transferi-la ou alojá-la.
(VER CASOS DE AUMENTO DE PENA).
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DO ULTRAJE PÚBLICO AO PUDOR
Ato obsceno
Art. 233 - Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
 Lembra Mirabete que se o ato tido como obsceno for praticado em local privado, visível de outro local da mesma natureza (também privado), não ocorre o crime.
 Deve existir a vontade de ofender o pudor alheio. Vítima é a coletividade.
MICÇÃO EM PÚBLICO. 
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Escrito ou objeto obsceno
Art. 234 - Fazer, importar, exportar, adquirir ou ter sob sua guarda, para fim de comércio, de distribuição ou de exposição pública, escrito, desenho, pintura, estampa ou qualquer objeto obsceno:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem:
I - vende, distribui ou expõe à venda ou ao público qualquer dos objetos referidos neste artigo;
II - realiza, em lugar público ou acessível ao público, representação teatral, ou exibição cinematográfica de caráter obsceno, ou qualquer outro espetáculo, que tenha o mesmo caráter;
III - realiza, em lugar público ou acessível ao público, ou pelo rádio, audição ou recitação de caráter obsceno.
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DISPOSIÇÕES GERAIS 
Aumento de pena 
Art. 234-A.  Nos crimes previstos neste Título a pena é aumentada:
I e II – (VETADO)
III - de metade, se do crime resultar gravidez; e
IV - de um sexto até a metade, se o agente transmite à vitima doença sexualmente transmissível de que sabe ou deveria saber ser portador.
Art. 234-B.  Os processos em que se apuram crimes definidos neste Título correrão em segredo de justiça
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