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1/2 O espetáculo na TV Segundo Dizard “o desafio mais imediato para as emissoras de televisão partiu da TV a cabo” (Wilson Dizard Jr. A nova mídia, Rio de Janeiro: JZE, 1998, p.142). Os Satélites já tinham lançado a televisão em um novo momento de sua história. O primeiro satélite que serviu para transmissão sem fio de rádio e televisão foi o Telstar. Burke e Briggs relatam assim a transmissão via satélite experimental As primeiras transmissões de programas de televisão usando o Telstar foram enviadas em 11 de julho de 1962, com um diálogo familiar inicial, ouvido por milhões. Um locutor de televisão norte-americano irrompeu em um “teleteatro” para declarar que os britânicos estavam “ prontos para transmitir um programa do Telstar.” Os espectadores viram e ouviram os britânicos sentados ao redor de uma mesa no outro lado do atlântico. “ À minha direita está este austero escocês, Robert White. À minha esquerda, John Bray, encarregado de nosso planejamento espacial. São TRE e meia da manhã. Boa sorte”. Este foi um programa menos notável do que muitos posteriores enviados via satélite como a ocasião em que Churchill aceitou a cidadania honorária norte-americana ( Burke e Briggs. Uma história social da mídia. Rio de Janeiro. JZE, 2002, p. 294) A CATV ( CableTV – televisão a cabo) é uma outra importante tecnologia projetada nos anos 60. O maior número na oferta de canais e muitas opções de TV segmentada apareciam de forma desigual pelo mundo. Os norte americanos já possuem um sistema bem desenvolvido nos anos 80. No Brasil, a TV a cabo ganha força só no final dos anos 90. Em 2008, 5,4 milhões de domicílios brasileiros contavam com a tecnologia. A audiência nesse modelo tende a ser menor, pois nem todos têm acesso. A programação se especializa e o amante de TV passa a ter a sua disposição uma vasta gama de possibilidades para seu entretenimento. 2/3 No entanto, essas tecnologias também proliferaram inúmeros programas e opções que nem sempre primam pela qualidade. A exploração comercial sobressai-se como tônica da televisão mundial. Evidentemente como vimos no início da aula, a TV necessita de uma busca pela qualidade. Peter Greenaway em um programa chamado “TV Inferno” (veja a chamada no Youtube http://www.youtube.com/watch?v=XkxkRpDeFyk) refletiu essa primazia da televisão no mundo. E fez mais refletiu sobre isso pensando novas linguagens para a telinha. Em tempos de reality shows e programas que ironizam a própria TV (os da TV aberta Pânico e CqC, na TV por assinatura Saturday Night Live e o extinto Hermes e Renato da MTV) e seus espetáculos midiáticos conexos ( como a indústria das celebridades) não custa lembrar o próprio conceito de espetáculo. Guy Debord dizia no livro A sociedade do espetáculo: “que o espetáculo é o capital em tal grau de acumulação que se torna imagem”. Lembramos de uma campanha da MTV que na própria TV pedia para que os telespectadores desligassem seus receptores e partissem para a leitura. Presunção do meio ou constatação necessária? O telejornalismo também passa por um momento que se relaciona a esse espetáculo. Cenários que parecem querer ser mais importantes que a notícia, apresentadores que não mais só lêem as notícias, mas as transformam em entretenimento puro e simples. José Arbex Jr não só se referindo ao jornalismo na televisão cria o termo Showrnalismo que parece muito bem se adaptar a essa realidade
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