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Apresentação - Visual Methodologies: Gillian Rose

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Visual	
  Methodologies
Profa.	
  Julie	
  Pires
Analise	
  da	
  Imagem	
  A
[BAV352]
[	
  An	
  Introduc+on	
  to	
  the	
  Interpreta+on	
  of	
  Visual	
  Materials	
  ]
Gillian	
  Rose
‣ o‣ o
‣ o
método
Discussão	
  da	
  
importância	
  do	
  visual	
  
para	
  sociedades	
  
contemporâneas	
  
ocidentais.
Proposta	
  de	
  uma	
  
ampla	
  abordagem	
  
estrutural	
  de	
  trabalho	
  
para	
  entender	
  como	
  
as	
  imagens	
  tendem	
  
à	
  significação.
Sugestão	
  de	
  alguns	
  
critérios	
  para	
  uma	
  
abordagem	
  críEca	
  
dos	
  materiais	
  visuais.
Escolher	
  um	
  método	
  de	
  pesquisa	
  
depende	
  de	
  diversos	
  fatores	
  par6culares.	
  
Aqui	
  serão	
  examinados	
  os	
  fatores	
  
relacionados	
  a	
  uma	
  abordagem	
  analí6ca	
  
básica	
  que	
  pode	
  ser	
  adotada	
  em	
  relação	
  a	
  
imagens	
  visuais,	
  a	
  par6r	
  dos	
  seguintes	
  pontos:
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
(1)	
  um	
  panorama	
  introdutório	
  do	
  ‘visual’
Nas	
  úl7mas	
  décadas,	
  o	
  modo	
  como	
  muitos	
  cien7stas	
  sociais	
  
compreendem	
  a	
  vida	
  em	
  sociedade	
  tem	
  mudado.	
  
“Cultura”	
  tem	
  um	
  significado	
  crucial	
  para	
  eles	
  entenderem	
  os	
  
processos,	
  iden7dades,	
  mudanças	
  sociais	
  e	
  conflitos.
Os	
  cien7stas	
  estão	
  agora	
  mais	
  interessados	
  no	
  modo	
  como	
  a	
  vida	
  
social	
  é	
  construída	
  através	
  das	
  idéias	
  que	
  as	
  pessoas	
  tem	
  dela	
  e	
  nas	
  
prá7cas	
  que	
  derivam	
  destas	
  idéias.
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
Cultura	
  (...)	
  não	
  é	
  tanto	
  um	
  conjunto	
  de	
  coisas	
  –	
  romances	
  e	
  pinturas	
  
ou	
  programas	
  de	
  TV	
  ou	
  quadrinhos	
  –	
  quanto	
  um	
  processo,	
  
um	
  conjunto	
  de	
  prá+cas.	
  Principalmente,	
  a	
  cultura	
  diz	
  respeito	
  a	
  
produção	
  e	
  a	
  troca	
  de	
  significados	
  –	
  ‘dar	
  e	
  receber	
  sen+do’	
  –	
  
entre	
  os	
  membros	
  de	
  uma	
  sociedade	
  ou	
  grupo...	
  Assim,	
  a	
  cultura	
  
depende	
  da	
  interpretação	
  dos	
  significados	
  por	
  seus	
  par+cipantes,	
  
o	
  que	
  os	
  envolve,	
  e	
  'faz	
  sen+do'	
  no	
  mundo,	
  em	
  geral	
  de	
  modo	
  
semelhante.
(Stuart	
  Hall,	
  Representa+on:	
  Cultural	
  Representa+ons	
  and	
  Signifying	
  Prac+ces,	
  1997)
1)	
  um	
  panorama	
  introdutório	
  do	
  ‘visual’
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
Cultura*	
  como	
  um	
  conjunto	
  de	
  prá7cas,	
  de	
  produção	
  e	
  mudança	
  de	
  
significados,	
  implícitos	
  ou	
  explícitos,	
  conscientes	
  ou	
  inconscientes,	
  
entre	
  os	
  membros	
  da	
  sociedade.
Maior	
  interesse	
  nas	
  maneiras	
  pelas	
  quais	
  a	
  vida	
  social	
  é	
  construída	
  
através	
  da	
  ideia	
  que	
  temos	
  dela	
  e	
  as	
  prá7cas	
  que	
  fluem	
  desses	
  
conceitos.
*Para	
  Clifford	
  Geertz	
  (2008),	
  o	
  homem	
  é	
  um	
  animal	
  amarrado	
  a	
  teias	
  de	
  significados	
  
que	
  ele	
  próprio	
  teceu,	
  vendo	
  a	
  cultura	
  como	
  essas	
  teias	
  (...)	
  como	
  algo	
  dinâmico	
  
cons7tuído	
  pelos	
  indivíduos	
  e	
  cons7tuinte	
  deles.	
  A	
  naturalização	
  ocorreria	
  quando	
  os	
  
indivíduos,	
  tão	
  presos	
  à	
  estas	
  teias,	
  não	
  seriam	
  capazes	
  de	
  perceber	
  os	
  fenômenos	
  
como	
  construções	
  sociais,	
  naturais.	
  Já	
  o	
  estranhamento	
  estaria	
  ligado	
  a	
  uma	
  a7tude	
  de	
  
tomada	
  de	
  consciência,	
  ou	
  seja,	
  de	
  buscar	
  enxergar	
  estas	
  teias	
  e	
  depreender	
  seus	
  
significados.	
  (citado	
  em	
  Ricardo	
  Artur	
  Pereira	
  Carvalho,	
  2012)
1)	
  um	
  panorama	
  introdutório	
  do	
  ‘visual’
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
Estes	
  significados	
  podem	
  ser	
  explícitos	
  ou	
  implícitos,	
  conscientes	
  ou	
  
inconscientes.	
  De	
  qualquer	
  forma,	
  eles	
  constroem	
  estruturas	
  de	
  
significação	
  –	
  o	
  modo	
  como	
  vocês	
  e	
  eu	
  nos	
  comportamos	
  –	
  em	
  nossa	
  
vida	
  co7diana.
Muitos	
  autores	
  hoje	
  dizem	
  que	
  o	
  visual	
  é	
  o	
  centro	
  da	
  construção	
  
cultural	
  da	
  vida	
  	
  social	
  nas	
  sociedades	
  ocidentais	
  contemporâneas.
E	
  é	
  certo	
  que	
  nós	
  estamos	
  rodeados	
  por	
  diferentes	
  7pos	
  de	
  
tecnologia	
  visual	
  –	
  fotografia,	
  vídeo,	
  filme,	
  gráficos	
  digitais,	
  televisão	
  
etc.	
  –	
  e	
  estas	
  imagens	
  nos	
  mostram	
  –	
  programas	
  de	
  TV,	
  anúncios,	
  
instantâneos,	
  escultura	
  pública,	
  cinema,	
  imagens	
  de	
  jornal,	
  
desenhos	
  e	
  pinturas.
1)	
  um	
  panorama	
  introdutório	
  do	
  ‘visual’
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
Todas	
  estas	
  qualidades	
  de	
  imagem	
  nos	
  oferecem	
  visões	
  do	
  mundo.	
  (...)	
  
Mas	
  esta	
  representação,	
  mesmo	
  nas	
  fotografias,	
  nunca	
  é	
  inocente.	
  Estas	
  
imagens	
  nunca	
  são	
  janelas	
  transparentes	
  são	
  para	
  o	
  mundo.	
  Elas	
  interpretam	
  
o	
  mundo	
  e	
  o	
  mostram	
  de	
  maneiras	
  muito	
  par7culares.
Assim,	
  uma	
  dis7nção	
  é	
  feita	
  entre	
  VISÃO	
  e	
  VISUALIDADE:
VISÃO*	
  –	
  é	
  o	
  que	
  o	
  olho	
  humano	
  é	
  psicologicamente	
  capaz	
  de	
  ver	
  
(estas	
  idéias	
  também	
  mudam	
  com	
  o	
  tempo).
VISUALIDADE*	
  –	
  por	
  outro	
  lado,	
  se	
  refere	
  ao	
  modo	
  no	
  qual	
  a	
  visão	
  
é	
  construída	
  de	
  várias	
  maneiras:	
  como	
  nós	
  vemos,	
  como	
  nós	
  somos	
  
capacitados	
  a	
  ver,	
  reconhecer,	
  ou	
  dados	
  a	
  ver	
  e	
  como	
  nós	
  vemos	
  o	
  
que	
  é	
  visível	
  e	
  o	
  que	
  não	
  é	
  visível	
  nestas	
  visões.
*regime	
  escópico:	
  uma	
  localização	
  cultural	
  da	
  visão	
  e	
  da	
  visualidade	
  (Mar7n	
  Jay)
1)	
  um	
  panorama	
  introdutório	
  do	
  ‘visual’
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
Alguns	
  autores	
  valorizam	
  a	
  VISÃO	
  e	
  dão	
  pouca	
  atenção	
  àqueles	
  que	
  
nasceram	
  cegos.	
  (Citar	
  Berger)
Outros	
  autores	
  preferem	
  historicizar	
  a	
  importância	
  do	
  visual,	
  traçando	
  aquilo	
  
que	
  eles	
  vêm	
  como	
  uma	
  saturação	
  da	
  Sociedade	
  Ocidental	
  pela	
  imagem.
Mar7n	
  Jay	
  (Downcast	
  Eye,1993),	
  por	
  exemplo,	
  u7liza	
  o	
  termo	
  
ocularcentrismo	
  para	
  descrevera	
  centralidade	
  do	
  visual	
  na	
  vida	
  ocidental	
  
contemporânea.
1)	
  um	
  panorama	
  introdutório	
  do	
  ‘visual’
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
Par7cularmente,	
  sugere-­‐se	
  que	
  as	
  formas	
  modernas	
  de	
  conhecimento	
  
dependem	
  de	
  um	
  regime	
  escópico	
  que	
  equipara	
  a	
  visão	
  ao	
  conhecimento.	
  
Chris	
  Jenks	
  (1995),	
  por	
  exemplo,	
  apresenta	
  deste	
  modo	
  em	
  um	
  ensaio	
  
in7tulado	
  A	
  centralidade	
  do	
  olho	
  na	
  cultura	
  ocidental,	
  argumentando	
  
que	
  “olhar,	
  ver	
  e	
  conhecer	
  tornaram-­‐se	
  perigosamente	
  interligados”.
Dizemos:	
  VER	
  quando	
  queremos	
  dizer	
  CONHECER	
  –	
  “Veja	
  só...”	
  
ou	
  “Qual	
  o	
  seu	
  ponto	
  de	
  vista?”,	
  “Não	
  consegue	
  enxergar	
  isso?”	
  etc.
No	
  momento	
  atual	
  da	
  sociedade	
  podemos	
  citar	
  o	
  pensamento	
  de	
  
Guy	
  Debord	
  (Sociedade	
  do	
  Espetáculo).	
  Ou	
  Paul	
  Virilio	
  (The	
  Vision	
  Machine),	
  
que	
  irá	
  ques7onar	
  como	
  uma	
  nova	
  visão	
  da	
  tecnologia	
  criou	
  “uma	
  
máquina	
  da	
  visão”	
  na	
  qual	
  somos	
  todos	
  capturados.
1)	
  um	
  panorama	
  introdutório	
  do	
  ‘visual’
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
1)	
  um	
  panorama	
  introdutório	
  do	
  ‘visual’
‣ o‣ o‣ o‣ o
Barbara	
  Maria	
  Stafford	
  (1991)	
  
imagens	
  u7lizadas	
  nas	
  ciências,conhecimentos	
  cienuficos	
  sobre	
  o	
  mundo	
  mais	
  
baseados	
  nas	
  imagens	
  que	
  em	
  textos	
  escritos.
Judith	
  Adler	
  (1989)	
  
argumenta	
  que	
  entre	
  1600	
  e	
  1800	
  as	
  viagens	
  das	
  elites	
  européias	
  eram	
  definidas	
  como	
  
uma	
  prá7ca	
  visual	
  (primeiramente	
  baseada	
  em	
  “uma	
  ideologia	
  cienufica	
  e	
  mais	
  tarde	
  
em	
  uma	
  par7cular	
  valorização	
  da	
  beleza	
  visual	
  e	
  arus7ca).	
  
John	
  Urry	
  (1990)	
  esboçou	
  o	
  esquema	
  de	
  um	
  discernível	
  “olhar	
  turís7co”	
  que	
  ele	
  
argumenta	
  ser	
  upico	
  do	
  turismo	
  de	
  massa	
  do	
  século	
  XX	
  (Veja	
  também	
  Prax,	
  1992).	
  
Michel	
  Foucault	
  (1977)	
  explorara	
  o	
  modo	
  como	
  as	
  ins7tuições	
  do	
  século	
  XIX	
  dependem	
  
de	
  várias	
  formas	
  de	
  vigilância.
Timothy	
  Mitchell	
  (1988)	
  mostra	
  como	
  as	
  sociedades	
  europeias	
  representam	
  a	
  
totalidade	
  do	
  mundo	
  como	
  uma	
  exposição,	
  no	
  seu	
  estudo	
  sobre	
  as	
  feiras	
  e	
  exposições	
  
do	
  século	
  XIX.	
  
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
Para	
  Mirzoeff	
  (O	
  que	
  é	
  cultura	
  visual,	
  1998)	
  nossa	
  visão	
  é	
  oculacentrista	
  porque	
  
interagimos	
  mais	
  e	
  mais	
  com	
  experiências	
  visuais	
  totalmente	
  construídas.
Isso	
  suscita	
  uma	
  outra	
  questão	
  que	
  diz	
  respeito	
  à	
  própria	
  tensão	
  entre	
  ver	
  e	
  
conhecer	
  na	
  pós-­‐modernidade:	
  Baudrillard	
  ques7ona	
  que	
  na	
  pós-­‐modernidade	
  
há	
  a	
  possibilidade	
  de	
  não	
  dis7nguirmos	
  entre	
  o	
  real	
  e	
  o	
  irreal.	
  Imagens	
  vêm	
  
destacadas	
  de	
  uma	
  certa	
  relação	
  com	
  o	
  mundo	
  real	
  e	
  o	
  resultado	
  é	
  que	
  nós	
  
hoje	
  vivemos	
  em	
  um	
  regime	
  de	
  expansão	
  da	
  imagem	
  dominado	
  por	
  simulacros	
  
e	
  simulações.
1)	
  um	
  panorama	
  introdutório	
  do	
  ‘visual’
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
Ver	
  é	
  muito	
  mais	
  do	
  que	
  acreditar	
  hoje	
  em	
  dia.	
  Você	
  pode	
  comprar	
  
uma	
  imagem	
  de	
  sua	
  casa	
  feita	
  por	
  um	
  satélite	
  em	
  órbita	
  ou	
  ter	
  seus	
  
órgãos	
  internos	
  magne+camente	
  representados.	
  Se	
  um	
  momento	
  
especial	
  não	
  saiu	
  muito	
  bem	
  na	
  fotografia,	
  você	
  pode	
  manipulá-­‐lo	
  
digitalmente	
  no	
  seu	
  computador.	
  No	
  Empire	
  State	
  Building,	
  em	
  
Nova	
  York,	
  as	
  filas	
  são	
  maiores	
  para	
  a	
  realidade	
  virtual	
  New	
  York	
  
Ride	
  do	
  que	
  para	
  os	
  elevadores	
  que	
  levam	
  às	
  plataformas	
  de	
  
observação.
(Mirzoeff,	
  1998)
1) um panorama introdutório do ‘visual’
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
Donna	
  Haraway	
  (1989-­‐1991)*	
  sugere	
  que	
  determinadas	
  relações	
  de	
  poder	
  
social	
  estão	
  ar7culadas	
  a	
  formas	
  par7culares	
  de	
  visualidade.	
  Ela	
  ques7ona	
  se	
  
na	
  contemporaneidade,	
  esta	
  abundância	
  visual	
  desregulada	
  é	
  acessível	
  
apenas	
  a	
  um	
  grupo	
  pequeno	
  e	
  a	
  algumas	
  ins7tuições,	
  em	
  par7cular	
  aquelas	
  
que	
  pertencem	
  a	
  um	
  histórico	
  ligado	
  ao	
  militarismo,	
  capitalismo,	
  
colonialismo	
  e	
  supremacia	
  masculina.	
  Ela	
  ques7ona	
  se	
  esta	
  visualidade	
  não	
  
produz	
  visões	
  específicas	
  de	
  diferenças	
  sociais	
  >	
  hierarquias	
  de	
  classe,	
  
gênero,	
  sexualidade	
  etc.
Parte	
  do	
  projeto	
  crí7co	
  de	
  Haraway,	
  então,	
  é	
  examinar	
  em	
  detalhes	
  como	
  
algumas	
  ins7tuições	
  mobilizam	
  certas	
  formas	
  de	
  visualidade	
  para	
  ver,	
  
e	
  categorizar,	
  o	
  mundo.
*(Primata	
  visions:	
  Gender,	
  Race	
  and	
  Nature	
  in	
  the	
  world	
  of	
  modern	
  Science,	
  1989	
  –	
  Simians,	
  
Cyborgs	
  and	
  Women:	
  The	
  Reinven+on	
  of	
  Nature,	
  1991)
1)	
  um	
  panorama	
  introdutório	
  do	
  ‘visual’
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
(2)	
  “Cultura	
  Visual”:	
  as	
  condições	
  sociais	
  
e	
  os	
  efeitos	
  dos	
  objetos	
  visuais
O	
  foco	
  deste	
  campo	
  é	
  algo	
  chamado	
  cultura	
  visual,	
  apesar	
  de	
  alguns	
  
autores	
  (escritores	
  cujas	
  obras	
  estão	
  envolvidas	
  com	
  o	
  visual)	
  serem	
  
altamente	
  cé7cos	
  de	
  que	
  este	
  cons7tua	
  um	
  termo	
  ú7l.
Vale	
  ressaltar	
  ainda	
  que	
  a	
  atenção	
  dada	
  aos	
  efeitos	
  da	
  imagem	
  como	
  
um	
  campo	
  novo	
  de	
  estudo	
  surgiu	
  há	
  alguns	
  anos,	
  talvez,	
  como	
  um	
  
outro	
  sintoma	
  de	
  que	
  as	
  imagens	
  são	
  de	
  grande	
  importância	
  no	
  
momento	
  contemporâneo.
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
1
Cultura	
  Visual,	
  então,	
  é	
  um	
  termo	
  que	
  deverá	
  ser	
  u7lizado	
  
cuidadosamente.Há,	
  no	
  entanto,	
  cinco	
  aspectos	
  da	
  literatura	
  recente	
  
sobre	
  cultura	
  visual	
  que	
  são	
  valiosos	
  para	
  a	
  reflexão	
  sobre	
  os	
  efeitos	
  
sociais	
  das	
  imagens:
Existe	
  uma	
  insistência	
  de	
  que	
  as	
  imagens	
  fazem	
  algo	
  por	
  elas	
  
mesmas.	
  Para	
  alguns	
  autores,	
  como	
  Carol	
  Armstrong	
  (Ques+onário	
  
da	
  cultura	
  visual,	
  1996),	
  uma	
  imagem	
  é	
  “potencialmente	
  um	
  lugar	
  de	
  
resistência,	
  de	
  par7cular	
  irredu7bilidade,	
  e	
  subversivamente	
  
estranha	
  e	
  prazeirosa.”
2)	
  “Cultura	
  Visual”:	
  as	
  condições	
  sociais	
  e	
  os	
  efeitos	
  dos	
  objetos	
  visuais
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
1Este	
  7po	
  de	
  resistência	
  visual	
  pode	
  ser	
  di|cil	
  de	
  enunciar.	
  De	
  fato,	
  alguns	
  aspectos	
  de	
  imagens	
  visuais	
  –	
  como	
  as	
  cores	
  de	
  uma	
  
pintura	
  a	
  óleo,	
  por	
  exemplo,	
  ou	
  o	
  que	
  Barthes	
  (1982)	
  chamou	
  o	
  
punctum	
  de	
  uma	
  fotografia	
  (ver	
  Capítulo	
  4,	
  Seção	
  3.3)	
  –	
  quando	
  são	
  
tema	
  abordado	
  pela	
  escrita	
  precisam	
  resis7r	
  a	
  um	
  7po	
  de	
  tradução.	
  
Isto	
  levou	
  alguns	
  autores	
  a	
  argumentarem	
  se	
  o	
  visual	
  não	
  é	
  	
  
semelhante	
  a	
  linguagem.	
  
Este	
  posicionamento	
  tem	
  importantes	
  implicações	
  para	
  alguns	
  dos	
  
métodos	
  como	
  a	
  semiologia	
  (capítulo	
  4)	
  e	
  alguns	
  métodos	
  de	
  análise	
  
do	
  discurso	
  examinado	
  (capítulo	
  6),	
  ambos	
  baseados	
  na	
  análise	
  da	
  
linguagem.	
  
2)	
  “Cultura	
  Visual”:	
  as	
  condições	
  sociais	
  e	
  os	
  efeitos	
  dos	
  objetos	
  visuais
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
1Deste	
  modo,	
  alguns	
  autores	
  irão	
  recorrer	
  ao	
  discurso	
  que	
  circunda	
  a	
  imagem	
  para	
  melhor	
  compreendê-­‐la.	
  
Mas,	
  é	
  importante	
  não	
  esquecer	
  que	
  o	
  conhecimento	
  provêm	
  de	
  
diversos	
  7pos	
  de	
  mídia,	
  incluindo	
  outros	
  modos	
  de	
  percepção	
  que	
  
não	
  somente	
  a	
  visão,	
  e	
  que	
  estas	
  imagens	
  visuais	
  geralmente	
  
trabalham	
  em	
  conjunto	
  com	
  outros	
  modos	
  de	
  representação.	
  
É	
  muito	
  comum,	
  por	
  exemplo,	
  encontrarmos	
  uma	
  imagem	
  
acompanhada	
  de	
  textos	
  ou	
  da	
  palavra	
  falada.
2)	
  “Cultura	
  Visual”:	
  as	
  condições	
  sociais	
  e	
  os	
  efeitos	
  dos	
  objetos	
  visuais
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
2O	
  modo	
  como	
  as	
  imagens	
  tornam	
  visíveis	
  as	
  diferenças	
  sociais.	
  Um	
  dos	
  pontos	
  centrais	
  nas	
  ciências	
  sociais	
  é	
  apontar	
  como	
  as	
  
categorias	
  sociais	
  não	
  são	
  naturais,	
  mas	
  construídas.	
  E	
  estas	
  
construções	
  vêm	
  na	
  forma	
  visual.
Uma	
  visão	
  crí7ca	
  da	
  análise	
  da	
  imagem	
  deve	
  considerar	
  as	
  relações	
  
sociais	
  de	
  poder.
Para	
  entender	
  uma	
  imagem	
  e	
  realizar	
  um	
  estudo	
  crí7co	
  dela	
  é	
  
importante	
  ques7onar	
  seu	
  surgimento	
  e	
  sua	
  atuação	
  no	
  contexto	
  
social.	
  Anotar	
  seus	
  princípios	
  de	
  inclusão	
  e	
  exclusão,	
  detectar	
  seu	
  
papel	
  (e	
  como	
  se	
  faz	
  acessível),	
  compreender	
  o	
  modo	
  como	
  ela	
  é	
  
distribuída,	
  e	
  decodificar	
  a	
  hierarquia	
  e	
  as	
  diferenças	
  naturalizadas.
2)	
  “Cultura	
  Visual”:	
  as	
  condições	
  sociais	
  e	
  os	
  efeitos	
  dos	
  objetos	
  visuais
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
2
>	
  O	
  cartaz	
  descrito	
  fala	
  da	
  igualdade,	
  ou	
  seja,	
  diz	
  não	
  haver	
  racismo	
  para	
  os	
  conservadores,	
  mas	
  
necessita	
  de	
  um	
  estereó7po	
  de	
  um	
  homem	
  negro	
  que	
  pode	
  ser	
  aceito	
  propriamente	
  na	
  sociedade.
2)	
  “Cultura	
  Visual”:	
  as	
  condições	
  sociais	
  e	
  os	
  efeitos	
  dos	
  objetos	
  visuais
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
2Para	
  compreender	
  uma	
  imagem	
  é	
  necessário	
  inves+gar	
  como	
  ela	
  funciona	
  socialmente.	
  Isso	
  é,	
  notar	
  os	
  princípios	
  de	
  inclusão	
  e	
  
exclusão,	
  para	
  detectar	
  as	
  funções	
  que	
  ela	
  disponibiliza,	
  compreender	
  
o	
  modo	
  pelo	
  qual	
  são	
  distribuídas,	
  e	
  decodificar	
  as	
  hierarquias	
  e	
  
as	
  diferenças	
  que	
  a	
  naturalizam.	
  
(Fyfe	
  e	
  Law,	
  1988)
Olhar	
  cuidadosamente	
  as	
  imagens,	
  então,	
  implica,	
  entre	
  outras	
  
coisas,	
  pensar	
  sobre	
  como	
  elas	
  oferecem	
  visões	
  muito	
  par7culares	
  
de	
  categorias	
  sociais	
  tais	
  como:	
  gênero,	
  classe,	
  raça,	
  sexualidade,	
  
poder,	
  assim	
  por	
  diante.
2)	
  “Cultura	
  Visual”:	
  as	
  condições	
  sociais	
  e	
  os	
  efeitos	
  dos	
  objetos	
  visuais
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
3Considera-­‐se,	
  também,	
  não	
  apenas	
  a	
  aparência	
  da	
  imagem,	
  mas	
  o	
  modo	
  como	
  ela	
  é	
  vista.	
  O	
  importante	
  na	
  imagem	
  não	
  é	
  apenas	
  a	
  
imagem	
  por	
  si	
  mesma,	
  mas	
  como	
  os	
  espectadores,	
  em	
  par7cular,	
  
a	
  vêem.
John	
  Berger,	
  em	
  Modos	
  de	
  Ver,	
  irá	
  dizer	
  que	
  “nós	
  nunca	
  olhamos	
  
apenas	
  uma	
  coisa;	
  sempre	
  olhamos	
  a	
  relação	
  entre	
  as	
  coisas	
  e	
  nós	
  
mesmos.”	
  O	
  exemplo	
  que	
  o	
  autor	
  apresenta	
  fala	
  de	
  um	
  modo	
  
par7cular	
  de	
  representar	
  a	
  mulher	
  pela	
  nudez,	
  como	
  alguém	
  passivo,	
  
um	
  espetáculo	
  para	
  o	
  outro	
  ver.
Seu	
  argumento	
  e	
  importante	
  porque	
  ele	
  torna	
  clara	
  que	
  essas	
  
imagens	
  de	
  diferenças	
  sociais	
  funcionam	
  não	
  apenas	
  pelo	
  o	
  que	
  
elas	
  mostram,	
  mas	
  também	
  pelo	
  7po	
  de	
  visão	
  que	
  elas	
  convidam.
2)	
  “Cultura	
  Visual”:	
  as	
  condições	
  sociais	
  e	
  os	
  efeitos	
  dos	
  objetos	
  visuais
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
3De	
  um	
  modo	
  geral	
  na	
  pintura	
  à	
  óleo	
  européia	
  de	
  nus,	
  o	
  protagonista	
  nunca	
  é	
  pintado	
  –	
  ele	
  é	
  o	
  espectador	
  –	
  diante	
  da	
  pintura	
  ele	
  é	
  
presumidamente	
  um	
  homem.	
  Tudo	
  éendereçado	
  a	
  ele.	
  Tudo	
  aparece	
  
e	
  resulta	
  para	
  ele.	
  É	
  para	
  ele	
  que	
  a	
  figura	
  se	
  despiu.	
  (Berger,	
  1972)
>	
  uma	
  representação	
  do	
  feminino,	
  mas	
  que	
  inclui	
  a	
  construção	
  do	
  masculino:	
  o	
  voyer,	
  o	
  dominador	
  .
2)	
  “Cultura	
  Visual”:	
  as	
  condições	
  sociais	
  e	
  os	
  efeitos	
  dos	
  objetos	
  visuais
Bacante	
  reclinada	
  de	
  Felix	
  Trutat	
  (1824-­‐48)	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Suzana	
  e	
  os	
  velhos	
  de	
  Tintorejo	
  (1518-­‐94)
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
3Pode-­‐se	
  simplificar	
  isso	
  dizendo:	
  homens	
  agem	
  e	
  mulheres	
  aparecem.	
  Homens	
  olham	
  para	
  as	
  mulheres.	
  Mulheres	
  assistem	
  a	
  si	
  mesmas	
  
sendo	
  olhadas.	
  Isto	
  não	
  só	
  determina	
  a	
  maioria	
  das	
  relações	
  entre	
  
Mulheres	
  e	
  Homens,	
  mas	
  a	
  relação	
  entre	
  as	
  mulheres.	
  O	
  avaliador	
  
da	
  mulher	
  em	
  si	
  mesma	
  é	
  do	
  sexo	
  masculino:	
  a	
  fêmea	
  analisada.	
  
Ela	
  transforma-­‐se	
  em	
  um	
  objeto	
  -­‐	
  e	
  mais	
  par+cularmente	
  objeto	
  da	
  
visão:	
  uma	
  aparição.	
  
(Berger,	
  1972)
Abordar	
  uma	
  imagem	
  com	
  seriedade,	
  então,	
  também	
  envolve	
  pensar	
  
como	
  ela	
  posiciona	
  você,	
  como	
  espectador,	
  em	
  sua	
  relação	
  com	
  ela.
2)	
  “Cultura	
  Visual”:	
  as	
  condições	
  sociais	
  e	
  os	
  efeitos	
  dos	
  objetos	
  visuais
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
4A	
  ênfase	
  no	
  termo	
  “cultura	
  visual”	
  para	
  falar	
  em	
  imagens	
  visuais	
  de	
  uma	
  cultura	
  extensa.	
  Cultura	
  como	
  “uma	
  totalidade,	
  um	
  conjunto	
  de	
  
modos	
  de	
  vida.”	
  O	
  termo	
  foi	
  usado	
  pela	
  primeira	
  vez	
  em	
  1983,	
  por	
  
Svetlana	
  Alpers*	
  (The	
  art	
  of	
  describing:	
  Dutch	
  art	
  in	
  the	
  seventeen	
  
century,	
  1983)	
  e	
  seu	
  exemplo	
  tem-­‐se	
  seguido	
  por	
  alguns	
  autores,	
  
entre	
  outros,	
  Stafford	
  (1996)	
  em	
  seu	
  argumento	
  de	
  que	
  as	
  novas	
  
tecnologias	
  de	
  visualização	
  têm	
  ultrapassado	
  o	
  texto	
  escrito	
  como	
  
“a	
  mais	
  rica,	
  mais	
  fascinante	
  modalidade	
  para	
  transmi7r	
  ideias”,	
  
e	
  Karal	
  Ann	
  Marling	
  (1994)	
  em	
  seu	
  livro	
  sobre	
  o	
  impacto	
  da	
  televisão	
  
e	
  seu	
  modo	
  de	
  ver	
  a	
  América	
  do	
  Norte	
  de	
  1950.	
  
Em	
  algumas	
  dessas	
  obras,	
  ques7onou-­‐se	
  historicamente	
  se	
  uma	
  
visualidade	
  específica	
  foi	
  fundamental	
  para	
  uma	
  cultura	
  
ocularcentrista.
*Nesta	
  obra,	
  o	
  termo	
  “cultura	
  visual”	
  dá	
  ênfase	
  a	
  importância	
  da	
  imagem	
  para	
  a	
  
sociedade	
  holandesa	
  do	
  sécXVII.
	
  
2)	
  “Cultura	
  Visual”:	
  as	
  condições	
  sociais	
  e	
  os	
  efeitos	
  dos	
  objetos	
  visuais
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
4Esta	
  centralização	
  para	
  alguns	
  autores	
  representa	
  inclusão	
  mais	
  que	
  exclusão,	
  mas,	
  para	
  outros,	
  a	
  possibilidade	
  de	
  exclusão	
  não	
  deve	
  ser	
  
ignorada.	
  
O	
  que	
  significa	
  estarmos	
  imersos	
  em	
  uma	
  “cultura”	
  eminentemente	
  
visual?
Esta	
  “cultural	
  visual”	
  pode	
  ser	
  definida	
  a	
  par7r	
  de	
  todos	
  os	
  objetos,	
  
artefatos	
  materiais,	
  produzidos	
  pelo	
  trabalho	
  humano	
  ou	
  por	
  sua	
  
imaginação,	
  seja	
  com	
  obje7vos	
  esté7cos,	
  simbólicos,	
  ritualís7cos,	
  
polí7cos-­‐ideológicos,	
  e	
  que	
  são	
  endereçados	
  a	
  uma	
  significação.
“Cultura	
  Visual”	
  é	
  um	
  processo	
  e	
  não	
  uma	
  coisa,	
  um	
  modo	
  
parEcular	
  de	
  perceber	
  o	
  objeto	
  e	
  não	
  um	
  objeto	
  parEcular	
  
percebido.
2)	
  “Cultura	
  Visual”:	
  as	
  condições	
  sociais	
  e	
  os	
  efeitos	
  dos	
  objetos	
  visuais
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
5A	
  visão	
  de	
  uma	
  imagem	
  tem	
  seu	
  lugar	
  em	
  um	
  específico	
  contexto	
  social	
  com	
  suas	
  práEcas	
  específicas.	
  Estes	
  diferentes	
  contexto	
  têm	
  
suas	
  diferentes	
  economias,	
  sua	
  própria	
  disciplina	
  suas	
  próprias	
  regras	
  
e	
  seus	
  próprios	
  espectadores	
  e	
  seus	
  comportamentos.	
  E	
  tudo	
  isso	
  
afeta	
  o	
  modo	
  com	
  a	
  imagem	
  é	
  vista.
2)	
  “Cultura	
  Visual”:	
  as	
  condições	
  sociais	
  e	
  os	
  efeitos	
  dos	
  objetos	
  visuais
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
(3)	
  Rumo	
  a	
  uma	
  metodologia	
  visual
Para	
  uma	
  análise	
  crí7ca	
  da	
  imagem	
  é	
  preciso	
  compreender	
  a	
  
importância	
  das	
  imagens	
  visuais.	
  E	
  considerar:
1.	
  Tomar	
  a	
  imagem	
  com	
  seriedade.	
  As	
  imagens	
  não	
  são	
  simples	
  
reflexos	
  dos	
  “contextos”	
  sociais.	
  Elas	
  produzem	
  seus	
  próprios	
  efeitos.	
  
Não	
  é	
  somente	
  uma	
  conseqüência,	
  mas	
  também	
  uma	
  causa.
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
2.	
  É	
  preciso	
  pensar	
  sobre	
  as	
  condições	
  sociais	
  e	
  os	
  efeitos	
  dos	
  
artefatos	
  visuais.	
  Prá7cas	
  culturais	
  assim	
  como	
  representações	
  
visuais	
  dependem	
  e	
  produzem	
  inclusões	
  e	
  exclusões	
  sociais.	
  
Quais	
  os	
  significados	
  culturais	
  das	
  imagens?
3.	
  Considerar	
  seu	
  próprio	
  modo	
  de	
  olhar	
  imagens.	
  O	
  modo	
  como	
  
vemos	
  não	
  é	
  natural	
  nem	
  inocente.	
  Deste	
  modo,	
  é	
  necessário	
  que	
  
vocês	
  considerem	
  como	
  vocês,	
  enquanto	
  crí7cos	
  da	
  imagem,	
  estão	
  
olhando.	
  
Existem	
  diversos	
  métodos	
  e	
  é	
  preciso	
  que	
  haja	
  sempre	
  o	
  debate	
  a	
  
par7r	
  deles.
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  3)	
  Rumo	
  a	
  uma	
  metodologia	
  visual
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
(4)	
  Rumo	
  a	
  ferramentas	
  metodológicas
Existem	
  três	
  sites	
  (pontosde	
  vista)	
  que	
  devem	
  ser	
  avaliados	
  em	
  uma	
  
análise	
  da	
  imagem	
  e	
  sua	
  significação:
>	
  o	
  site	
  da	
  produção	
  |	
  a	
  área	
  ou	
  o	
  campo	
  da	
  produção	
  da	
  imagem.
>	
  o	
  site	
  da	
  imagem	
  |o	
  campo	
  da	
  própria	
  imagem.
>	
  o	
  site	
  do	
  espectador	
  |	
  a(s)	
  área(s)	
  onde	
  a	
  imagem	
  é	
  vista.
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
Mas	
  além	
  disso	
  existem	
  diferentes	
  aspectos	
  para	
  cada	
  um	
  dos	
  
processos	
  realizados	
  nestes	
  sites.
Entre	
  estas	
  modalidades,	
  podemos	
  destacar	
  três	
  formas	
  de	
  
con7buição	
  na	
  análise:	
  tecnológica,	
  composicional	
  e	
  social
TECNOLÓGICA:	
  que	
  7po	
  de	
  aparato	
  foi	
  u7lizado	
  para	
  confeccionar	
  a	
  
imagem,	
  desde	
  a	
  pintura	
  óleo,	
  a	
  fotografia	
  até	
  a	
  internet.
COMPOSICIONAL:	
  quando	
  uma	
  imagem	
  é	
  realizada	
  são	
  
“desenhadas”	
  e	
  configuradas	
  uma	
  série	
  de	
  estratégias:	
  cor,	
  textura,	
  
organização	
  espacial	
  etc.
SOCIAL:	
  a	
  extensão	
  das	
  questões	
  econômicas,	
  polí7cas	
  e	
  sociais,	
  
relacionadas	
  a	
  ins7tuições	
  e	
  prá7cas	
  que	
  se	
  organizam	
  em	
  torno	
  
desta	
  imagem	
  na	
  qual	
  ela	
  é	
  vista	
  e	
  u7lizada.
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  4)	
  Rumo	
  a	
  ferramentas	
  metodológicas
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
4.1)	
  site1:	
  Produção
tecnológica	
  |	
  é	
  importante	
  sabermos	
  que	
  tecnologia	
  gerou	
  
determinada	
  imagem	
  (a	
  pintura	
  a	
  óleo	
  tem	
  uma	
  textura,	
  esumulo	
  
ao	
  tato,	
  brilho	
  que	
  não	
  acontece	
  na	
  fotografia,	
  por	
  exemplo.	
  
Por	
  outro	
  lado,	
  uma	
  fotografia	
  realizada	
  por	
  um	
  7po	
  de	
  câmera	
  
analógica	
  apresentará	
  diferenças	
  em	
  relação	
  à	
  uma	
  fotografia	
  digital.)
composicional	
  |	
  a	
  questão	
  do	
  gênero	
  na	
  composição:	
  natureza	
  
morta,	
  nus	
  etc.	
  Uma	
  sucessão	
  de	
  imagens	
  que	
  adotam	
  em	
  termos	
  
composi7vos	
  uma	
  referência	
  anterior.
No	
  caso	
  da	
  fotografia:	
  fotos	
  de	
  rua	
  (Doisneau),	
  fotografia	
  jornalís7ca	
  
etc.	
  A	
  composição	
  iden7ficará	
  uma	
  cena	
  espontânea	
  ou	
  será	
  uma	
  
denuncia	
  de	
  uma	
  cena	
  de	
  opressão	
  etc.
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  4)	
  Rumo	
  a	
  ferramentas	
  metodológicas
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Anúncio	
  Panzani,	
  para	
  Barthes	
  uma	
  “natureza	
  morta”.
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  4)	
  Rumo	
  a	
  ferramentas	
  metodológicas
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
social	
  |	
  Como	
  exemplo,	
  as	
  imagens	
  que	
  Harvey	
  u7liza	
  em	
  “A	
  condição	
  
pós-­‐moderna”	
  para	
  argumentar	
  que	
  elas	
  representam	
  a	
  
posmodernidade.	
  Através	
  da	
  importância	
  na	
  produção	
  de	
  imagens,	
  
por	
  meio	
  da	
  moda,	
  pop	
  art,	
  televisão,	
  e	
  modos	
  de	
  vida	
  urbanos	
  que	
  
são	
  parte	
  da	
  co7diano	
  capitalista.	
  
A	
  profusão	
  de	
  imagens	
  publicitárias	
  refle7ndo	
  na	
  cultura	
  dos	
  objetos	
  
uma	
  superficialidade	
  e	
  sua	
  efemeridade.
Além	
  disso,	
  o	
  modo	
  como	
  determinadas	
  indústrias	
  produzem	
  suas	
  
imagens.	
  Como,	
  por	
  exemplo,	
  a	
  Coca-­‐Cola.	
  Criando	
  uma	
  iden7ficação	
  
imediata,	
  pensada	
  para	
  mídias	
  diferentes.
Ou	
  ainda,	
  o	
  ponto	
  de	
  vista	
  do	
  autor.	
  Se	
  eu	
  digo	
  quem	
  foi	
  o	
  autor	
  ou	
  
cineasta	
  de	
  determinado	
  filme.	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  4)	
  Rumo	
  a	
  ferramentas	
  metodológicas
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Sideways	
  Glance,	
  Doisneau,	
  1948.
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  4)	
  Rumo	
  a	
  ferramentas	
  metodológicas
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  4)	
  Rumo	
  a	
  ferramentas	
  metodológicas
A	
  fotografia	
  foi	
  feita	
  em	
  1948	
  >	
  câmeras	
  
relativamente	
  leves	
  e	
  película	
  
altamente	
  sensível	
  à	
  luz.	
  Isto	
  significa	
  
que,	
  ao	
  contrário	
  de	
  períodos	
  anteriores,	
  
um	
  fotógrafo	
  não	
  precisava	
  encontrar	
  
assuntos	
  que	
  permanecessem	
  imóveis	
  
por	
  alguns	
  minutos	
  ou	
  mesmo	
  
segundos,	
  a	
  fim	
  de	
  serem	
  retratados.	
  
O	
  instantâneo:	
  parte	
  do	
  efeito	
  da	
  
fotografia	
  -­‐	
  a	
  sua	
  aparente	
  
espontaneidade,	
  um	
  instante	
  -­‐	
  
ativado	
  pela	
  tecnologia	
  utilizada.
o	
  site	
  da	
  produção	
  |	
  a	
  área	
  ou	
  o	
  campoda	
  produção	
  da	
  imagem
A	
  fotografia	
  aqui	
  se	
  encaixa	
  em	
  um	
  
gênero:	
  “fotografia	
  de	
  rua”,	
  que	
  se	
  
relaciona	
  a	
  um	
  outro	
  gênero	
  de	
  
fotografia,	
  o	
  documentário.	
  
A	
  fotografia	
  documental	
  
originalmente	
  tende	
  a	
  retratar	
  
pessoas	
  pobres,	
  oprimidas	
  ou	
  
marginalizadas,	
  muitas	
  vezes	
  como	
  
parte	
  de	
  projetos	
  reformistas	
  para	
  
mostrar	
  o	
  horror	
  de	
  suas	
  vidas	
  e,	
  
assim,	
  inspirar	
  mudanças.	
  
Mas	
  a	
  fotografia	
  de	
  rua	
  não	
  quer	
  que	
  
seus	
  telespectadores	
  digam	
  “oh!	
  
quão	
  terrível!”	
  e	
  talvez	
  “temos	
  de	
  
fazer	
  algo	
  sobre	
  isso”.	
  Pelo	
  contrário,	
  
a	
  sua	
  maneira	
  de	
  ver	
  convida	
  a	
  uma	
  
resposta	
  mais	
  como,	
  “oh	
  quão	
  
extraordinário,	
  a	
  vida	
  não	
  é	
  
ricamente	
  maravilhosa”.
Para	
  fazer	
  fotografia	
  de	
  rua,	
  ele	
  diz,	
  
o	
  fotógrafo	
  tem	
  que	
  estar	
  lá,	
  na	
  rua,	
  
forte	
  o	
  suficiente	
  para	
  sobreviver,	
  
resistente	
  o	
  suficiente	
  para	
  superar	
  
as	
  ameaças	
  representadas	
  pela	
  rua.	
  
Há	
  um	
  tipo	
  de	
  poder	
  machista	
  que	
  se	
  
celebra	
  na	
  conta	
  de	
  fotografia	
  de	
  rua.	
  
Este	
  tipo	
  de	
  fotografia	
  também	
  dota	
  o	
  
seu	
  espectador	
  com	
  uma	
  espécie	
  de	
  
resistência	
  sobre	
  a	
  imagem,	
  pois	
  
permite	
  que	
  o	
  espectador	
  permaneça	
  
no	
  controle	
  posicionado	
  como	
  algo	
  
distante	
  e	
  superior	
  ao	
  que	
  a	
  imagem	
  
nos	
  mostra.	
  Temos	
  mais	
  informações	
  
do	
  que	
  as	
  pessoas	
  na	
  foto,	
  e,	
  
portanto,	
  podemos	
  sorrir	
  para	
  eles.	
  
Esta	
  fotografia	
  em	
  particular	
  ainda	
  
coloca	
  uma	
  janela	
  entre	
  nós	
  e	
  seus	
  
registros;	
  nós	
  observamos	
  desde	
  o	
  
ponto	
  de	
  vista	
  mesmo	
  escondido	
  
como	
  o	
  fotógrafo	
  fez.	
  
SOCIAL	
  
TECNOLÓGICA
COMPOSICIONAL
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
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  CVD	
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  2013.2
4.2)	
  site2:	
  Imagem
tecnológica	
  |	
  do	
  ponto	
  de	
  vista	
  da	
  imagem,	
  também	
  devemos	
  
perceber	
  que	
  as	
  diferenças	
  em	
  sua	
  apresentação	
  está	
  diretamente	
  
relacionada	
  à	
  tecnologia	
  u7lizada.	
  A	
  fotografia	
  em	
  preto	
  &	
  branco,	
  
por	
  exemplo,	
  ou	
  o	
  cinema	
  mudo.
O	
  resultado	
  das	
  tonalidades,	
  das	
  gamas	
  de	
  cinza.	
  Os	
  olhos	
  azuis	
  de	
  
Marlene	
  Dietrich,	
  no	
  cinema,	
  por	
  exemplo.
composicional	
  |	
  a	
  maneira	
  como	
  a	
  imagem	
  é	
  construída	
  em	
  termos	
  
formais.	
  As	
  diagonais,	
  por	
  exemplo,	
  e,	
  em	
  nosso	
  caso,	
  a	
  própria	
  
maneira	
  como	
  a	
  7pografia	
  se	
  integra	
  à	
  imagem,	
  entre	
  outros.
A	
  modalidade	
  mais	
  importante	
  da	
  própria	
  imagem	
  é	
  a	
  composição.
São	
  as	
  caracterís7cas	
  da	
  composição	
  que	
  muitas	
  vezes	
  criam	
  
mudanças	
  na	
  recepção	
  da	
  imagem.	
  O	
  direcionamento	
  do	
  olhar.	
  
social	
  |	
  Condições	
  e	
  prá7cas	
  sociais	
  que	
  afetam	
  a	
  imagem	
  em	
  si.
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
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  Rumo	
  a	
  ferramentas	
  metodológicas
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
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  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
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  2013.2
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  4)	
  Rumo	
  a	
  ferramentas	
  metodológicas
A	
  discussão	
  da	
  fotografia	
  Doisneau	
  é	
  
muito	
  clara	
  sobre	
  a	
  maneira	
  em	
  que	
  
aspectos	
  de	
  sua	
  composição	
  podem	
  
contribuir	
  para	
  uma	
  maneira	
  de	
  ver	
  
(...)	
  a	
  organização	
  espacial	
  de	
  olhares	
  
na	
  fotografia,	
  (...)	
  curiosamente	
  
delineia	
  a	
  políEca	
  sexual	
  de	
  olhar.	
  
o	
  site	
  da	
  imagem	
  |o	
  campo	
  da	
  própria	
  imagem
SOCIAL	
  
TECNOLÓGICA
COMPOSICIONAL
As	
  tonalidades	
  preto	
  e	
  branco	
  
da	
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  de	
  Doisneau	
  são	
  o	
  
resultado	
  de	
  sua	
  escolha	
  de	
  
técnicas	
  e	
  de	
  processamento.	
  
Ele	
  começou	
  a	
  trabalhar	
  como	
  
fotógrafo	
  no	
  departamento	
  de	
  
publicidade	
  de	
  uma	
  farmácia,	
  e	
  
depois	
  trabalhou	
  para	
  o	
  fabricante	
  
de	
  automóveis	
  Renault	
  em	
  1930	
  
(Doisneau,	
  1990).	
  Mais	
  tarde	
  
trabalhou	
  para	
  a	
  Vogue	
  e	
  para	
  a	
  
agência	
  de	
  imprensa	
  da	
  Aliança.	
  
Isto	
  é,	
  ele	
  muitas	
  vezes	
  retratou	
  	
  
coisas	
  para	
  serem	
  vendidas:	
  
carros,	
  modas.
É	
  o	
  olhar	
  [do	
  homem],	
  que	
  
define	
  a	
  problemáEca	
  da	
  
fotografia	
  e	
  apaga	
  o	
  da	
  mulher.	
  
Ela	
  não	
  olha	
  para	
  nada	
  que	
  
tenha	
  algum	
  significado	
  para	
  
o	
  espectador.	
  Espacialmente	
  
central,	
  ela	
  é	
  negada	
  na	
  
triangulação	
  de	
  olhares	
  entre	
  o	
  
homem,	
  a	
  imagem	
  da	
  mulher	
  
fe7chizada	
  e	
  o	
  espectador,	
  que	
  
assim	
  é	
  fascinado	
  por	
  adotar	
  
uma	
  posição	
  de	
  visualização	
  
masculina.	
  
Para	
  entender	
  a	
  piada,	
  temos	
  
de	
  ser	
  cúmplices	
  da	
  sua	
  
descoberta.	
  Seu	
  segredo	
  de	
  algo	
  
melhor	
  para	
  olhar	
  determina	
  a	
  
brincadeira	
  que,	
  como	
  em	
  todas	
  
as	
  piadas	
  machistas,	
  é	
  às	
  custas	
  
da	
  mulher.	
  
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
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  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
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  CVD	
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  2013.2
4.3)	
  site3:	
  O	
  espectador
tecnólogica	
  |	
  o	
  reconhecimento	
  do	
  espectador	
  em	
  relação	
  à	
  própria	
  
tecnologia	
  (ex:	
  internet).	
  O	
  modo	
  como	
  a	
  imagem	
  chega	
  ao	
  
espectador.	
  Se	
  vemos	
  uma	
  reprodução	
  de	
  um	
  vitral	
  de	
  uma	
  igreja	
  
gó7ca	
  em	
  um	
  livro,	
  será	
  totalmente	
  diferente	
  de	
  vermos	
  este	
  vitral	
  
ao	
  vivo.	
  A	
  luz	
  que	
  penetra	
  por	
  ele,	
  as	
  cores.	
  
Além	
  disso	
  existem	
  outra	
  questões	
  ligadas	
  à	
  percepção	
  que	
  dizem	
  
respeito	
  aos	
  sons,	
  ao	
  tato,	
  ao	
  cheiro	
  etc.	
  Podemos	
  folhear	
  um	
  livro	
  
tomando	
  um	
  café,	
  escutando	
  uma	
  música.	
  
composicional	
  |	
  escolhas	
  formais	
  que	
  sejam	
  compreendidas	
  e	
  
tenhamsido	
  construídas	
  ao	
  longo	
  dos	
  anos,	
  p.e.,	
  a	
  questão	
  da	
  
perspec7va.
O	
  enquadramento,	
  o	
  direcionamento	
  dos	
  olhares,	
  que	
  pode	
  colocar	
  
o	
  espectador	
  no	
  interior	
  o	
  no	
  exterior	
  da	
  imagem.	
  Transformá-­‐lo	
  em	
  
um	
  voyer.	
  A	
  composição	
  sugere	
  uma	
  interpretação	
  específica,	
  
que	
  pode	
  ser	
  aceita,	
  renegociada	
  ou	
  rejeitada	
  completamente.
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  4)	
  Rumo	
  a	
  ferramentas	
  metodológicas
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
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  :	
  CVD	
  :	
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  2013.2
social	
  |	
  do	
  ponto	
  de	
  vista	
  do	
  observador	
  é	
  a	
  modalidade	
  mais	
  
importante,	
  pois	
  a	
  compreensão	
  da	
  imagem	
  depende	
  das	
  diferentes	
  
prá7cas	
  sociais	
  vividas.	
  
As	
  imagens	
  podem	
  ser	
  reproduzidas	
  e	
  vistas	
  em	
  contextos	
  
absolutamente	
  dis7ntos,	
  como	
  cartazes,	
  postais	
  etc.	
  
Nos	
  relacionamos	
  com	
  elas	
  também	
  de	
  modos	
  dis7ntos.	
  
Postais	
  que	
  colocamos	
  em	
  nosso	
  quarto	
  tem	
  um	
  significado	
  para	
  
quem	
  nos	
  conhece	
  e	
  é	
  convidado	
  a	
  entrar	
  neste	
  ambiente.	
  Estas	
  
imagens,	
  inclusive,	
  estabelecem	
  determinadas	
  iden7dades.
Também	
  são	
  estabelecidos	
  determinados	
  códigos	
  sociais.	
  Uma	
  certa	
  
reverência	
  diante	
  da	
  obra	
  de	
  arte	
  no	
  museu	
  (por	
  exemplo),	
  quando	
  
comparamos	
  à	
  arte	
  contemporânea	
  etc.
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  4)	
  Rumo	
  a	
  ferramentas	
  metodológicas
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
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  CVD	
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  :	
  2013.2
TECNOLÓGICA
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  4)	
  Rumo	
  a	
  ferramentas	
  metodológicas
Você	
  pode	
  não	
  concordar	
  com	
  a	
  
interpretação,	
  citada,	
  da	
  fotografia	
  
de	
  Doisneau.	
  Mas,	
  a	
  sua	
  discordância,	
  
no	
  entanto,	
  é	
  a	
  prova	
  de	
  que	
  os	
  
significados	
  e	
  os	
  efeitos	
  de	
  uma	
  
imagem	
  são	
  produzidos,	
  pois	
  você	
  faz	
  
parte	
  de	
  um	
  público	
  como	
  todas	
  as	
  
audiências,	
  para	
  o	
  qual	
  a	
  fotografia	
  
propõe	
  ela	
  mesma	
  suas	
  próprias	
  
maneiras	
  de	
  ver	
  e	
  de	
  relacionar	
  com	
  
outros	
  7pos	
  de	
  saberes.	
  Os	
  significados	
  
de	
  uma	
  imagem	
  se	
  dão	
  da	
  mesma	
  
forma.	
  Muitas	
  vezes	
  implicam	
  que	
  a	
  
tecnologia	
  usada	
  para	
  fazer	
  e	
  exibir	
  
uma	
  imagem	
  irá	
  controlar	
  a	
  reação	
  
de	
  uma	
  platéia.
o	
  site	
  do	
  espectador	
  |	
  a(s)	
  área(s)	
  onde	
  a	
  imagem	
  é	
  vista
SOCIAL	
  
COMPOSICIONAL
A	
  configuração	
  formal	
  dos	
  elementos	
  
de	
  uma	
  imagem	
  irá	
  ditar	
  como	
  uma	
  
imagem	
  será	
  vista	
  pelos	
  seu	
  público.	
  
Griselda	
  Pollock	
  (1988)	
  assume	
  isso	
  
quando	
  afirma	
  que	
  esta	
  imagem	
  
Doisneau	
  é	
  sempre	
  vista	
  como	
  uma	
  
piada	
  contra	
  	
  mulher,	
  porque	
  a	
  
condução	
  do	
  olhar	
  pela	
  fotografia	
  
coincide	
  com	
  um	
  regime	
  escópico	
  que	
  
permite	
  que	
  os	
  homens	
  olhem.	
  
É	
  importante	
  considerar	
  com	
  muito	
  
cuidado	
  a	
  organização	
  da	
  imagem,	
  
porque	
  isso	
  tem	
  um	
  efeito	
  sobre	
  o	
  
espectador	
  que	
  a	
  vê.	
  
Não	
  há	
  dúvida	
  que	
  a	
  fotografia	
  
Doisneau	
  puxa	
  o	
  espectador	
  para	
  uma	
  
cumplicidade	
  com	
  o	
  homem.	
  Mas	
  isso	
  
não	
  significa	
  necessariamente	
  que	
  o	
  
espectador	
  simpa7ze	
  com	
  esse	
  olhar.	
  
As	
  imagens	
  visuais	
  são	
  sempre	
  
praticadas	
  de	
  formas	
  particulares,	
  e	
  
diferentes	
  práticas	
  são	
  muitas	
  vezes	
  
associadas	
  com	
  diferentes	
  tipos	
  de	
  
imagens	
  em	
  diferentes	
  tipos	
  de	
  
espaços.	
  Um	
  cinema,	
  uma	
  televisão	
  em	
  
uma	
  sala	
  de	
  estar	
  e	
  uma	
  tela	
  em	
  uma	
  
galeria	
  de	
  arte	
  moderna	
  não	
  convidam	
  
aos	
  mesmos	
  modos	
  de	
  ver.	
  
Você	
  está	
  olhando	
  para	
  a	
  fotografia	
  
Doisneau	
  de	
  uma	
  maneira	
  particular,	
  
(como	
  um	
  dispositivo	
  pedagógico)
Você	
  está	
  olhando	
  para	
  ela	
  muitas	
  vezes	
  
e	
  olhando	
  de	
  maneiras	
  diferentes,	
  
dependendo	
  das	
  questões	
  levantadas.	
  
Você	
  estaria	
  compreendendo	
  esta	
  
fotografia	
  de	
  modo	
  muito	
  diferente	
  se	
  
tivesse	
  sido	
  enviado	
  no	
  formato	
  de	
  um	
  
cartão	
  postal	
  (e	
  muitas	
  das	
  fotografias	
  
de	
  Doisneau	
  foram	
  reproduzidas	
  como	
  
cartões,	
  postais	
  e	
  cartazes).
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
(5)	
  Escolhendo	
  um	
  método
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
(6)	
  Encontrando,	
  reunindo	
  referências	
  e	
  reproduzindo	
  
suas	
  imagens
Depois	
  de	
  ter	
  encontrado	
  sua(s)	
  imagem(ns),	
  há	
  uma	
  série	
  de	
  
considerações	
  que	
  precisa	
  ter	
  em	
  mente:	
  
1.	
  Você	
  precisa	
  ser	
  capaz	
  reunir	
  refrências	
  da	
  mesma	
  forma	
  que	
  faria	
  
referência	
  com	
  qualquer	
  material	
  de	
  outra	
  fonte.	
  Ou	
  seja,	
  você	
  
precisa	
  reunir	
  tantas	
  informações	
  quanto	
  possível.	
  
Para	
  uma	
  pintura,	
  p.e.,	
  você	
  precisará	
  do	
  nome	
  e	
  data	
  do	
  ar7sta	
  que	
  fez	
  a	
  imagem,	
  o	
  
utulo	
  da	
  peça,	
  a	
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  da	
  sua	
  criação,	
  os	
  materiais	
  de	
  que	
  ela	
  é	
  feita,	
  suas	
  dimensões,	
  
sua	
  localização	
  atual	
  e	
  seu	
  número	
  de	
  acesso	
  (se	
  ela	
  está	
  agora	
  em	
  uma	
  coleção).	
  
Para	
  um	
  anúncio	
  em	
  uma	
  revista,	
  você	
  precisa	
  do	
  nome,	
  data,	
  número	
  do	
  volume	
  e	
  
local	
  de	
  publicação	
  da	
  revista,	
  mais	
  o	
  número	
  da	
  página	
  na	
  qual	
  o	
  anúncio	
  apareceu	
  e	
  
seutamanho.	
  Se	
  você	
  sabe	
  sobre	
  todo	
  a	
  campanha	
  da	
  qual	
  este	
  anúncio	
  é	
  uma	
  parte,	
  
você	
  precisará	
  fazer	
  referência	
  sistemá7ca	
  para	
  as	
  diferentes	
  partes	
  dessa	
  campanha.
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
2.	
  É	
  preciso	
  considerar	
  o	
  formato	
  preciso	
  no	
  qual	
  você	
  vai	
  interpretar	
  
a(a)	
  imagem(ns).	
  Em	
  par7cular,	
  a	
  quan7dade	
  de	
  material	
  para	
  além	
  
da	
  própria	
  imagem	
  que	
  você	
  precisará?	
  Estar	
  envolta	
  pelo	
  texto	
  
poderá	
  fazer	
  uma	
  grande	
  diferença	
  para	
  a	
  interpretação	
  de	
  uma	
  
imagem.	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  6)	
  encontrando,	
  reunindo	
  referências	
  e	
  reproduzindo	
  suas	
  imagens
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
3.	
  Se	
  você	
  está	
  estudando	
  uma	
  pintura,	
  é	
  importante	
  que	
  você	
  veja	
  o	
  
original,	
  ou	
  uma	
  reprodução	
  boa	
  será	
  suficiente?	
  
Caso	
  esteja	
  preocupado	
  com	
  o	
  seu	
  site	
  original	
  de	
  exibição,	
  deverá	
  vê-­‐la	
  em	
  uma	
  
galeria	
  adequada?	
  
Se	
  é	
  um	
  anúncio,	
  é	
  importante	
  saber	
  o	
  que	
  foi	
  impresso	
  ao	
  lado	
  dele	
  em	
  uma	
  revista?	
  
Algumas	
  destas	
  preocupações	
  dependem,	
  novamente,	
  de	
  que	
  ponto	
  
de	
  vista	
  teórico	
  está	
  adotando.	
  
Saber	
  onde	
  um	
  anúncio	
  apareceu	
  em	
  uma	
  revista	
  seria	
  mais	
  importante	
  se	
  você	
  
es7vesse	
  usando	
  análise	
  de	
  discurso	
  (capítulo	
  6),	
  por	
  exemplo,	
  do	
  que	
  se	
  es7vesse	
  
usando	
  interpretação	
  composicional	
  (Capítulo	
  2)	
  ou	
  análise	
  de	
  conteúdo	
  (capítulo	
  3).	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  6)	
  encontrando,	
  reunindo	
  referências	
  e	
  reproduzindo	
  suas	
  imagens
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
4.	
  Finalmente,	
  é	
  sempre	
  ú7l	
  ter	
  em	
  mente	
  como	
  você	
  poderá	
  
reproduzir	
  a(s)	
  imagem(ns)	
  que	
  está	
  pesquisando.	
  
Quando	
  es7ver	
  escrevendo,	
  é	
  importante	
  mostrar	
  ao	
  leitor	
  o	
  que	
  
você	
  está	
  discu7ndo.	
  Não	
  corte	
  ou	
  interfira	
  na	
  reprodução	
  sem	
  deixar	
  
sua	
  intervenção	
  clara	
  para	
  o	
  leitor
Se	
  você	
  cortar	
  uma	
  imagem	
  para	
  mostrar	
  uma	
  pequena	
  parte	
  dela,	
  dizer	
  que	
  é	
  um	
  
“detalhe”	
  do	
  trabalho.
Em	
  modos	
  de	
  ver,	
  John	
  Berger	
  (1972)	
  vai	
  ainda	
  mais	
  longe	
  e	
  oferece	
  
ensaios	
  que	
  consistem	
  inteiramente	
  de	
  imagens,	
  você	
  pode	
  sen7r	
  
que	
  algumas	
  das	
  coisas	
  que	
  você	
  quer	
  dizer	
  sobre	
  as	
  suas	
  imagens	
  
são	
  mais	
  bem	
  representadas	
  visualmente,	
  como	
  um	
  foto-­‐ensaio.
	
  	
  	
  	
  	
  	
  6)	
  encontrando,	
  reunindo	
  referências	
  e	
  reproduzindo	
  suas	
  imagens
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2013.2
bibliografia	
  desta	
  apresentação
	
  
BARTHES,	
  Roland.	
  A	
  câmara	
  clara:	
  nota	
  sobre	
  a	
  fotografia.	
  Rio	
  de	
  Janeiro:	
  Nova	
  
Fronteira,	
  1984.
BARTHES,	
  Roland.	
  O	
  óbvio	
  e	
  o	
  obtuso.	
  Rio	
  de	
  Janeiro:	
  Nova	
  Fronteira,	
  1990.
BERGER,	
  John.	
  Modos	
  de	
  Ver.	
  São	
  Paulo:	
  Mar7ns	
  Fontes,	
  197?
CARVALHO,	
  Ricardo	
  Artur.	
  Olhares	
  sobre	
  o	
  ensino	
  do	
  projeto	
  em	
  Design:
gêneros	
  e	
  interações	
  em	
  espaços	
  de	
  ensino	
  e	
  aprendizagem.	
  Orientadora:	
  
Jackeline	
  Lima	
  Farbiarz.	
  -­‐	
  Rio	
  de	
  Janeiro:	
  PUC-­‐Rio,	
  Departamento	
  de	
  Artes
&	
  Design,	
  2012.
ROSE,	
  Gillian.	
  Visual	
  Methodologies:	
  An	
  IntroducEon	
  to	
  the	
  InterpretaEon	
  of	
  	
  
Visual	
  Materials.	
  New	
  Delhi;	
  London:	
  Sage	
  Publica7ons,	
  2001.
 
Visual	
  Methodologies	
  :	
  :	
  Gillian	
  Rose	
  :	
  :	
  Análise	
  da	
  Imagem	
  A	
  :	
  :	
  CVD	
  :	
  :	
  2012.2
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  4)	
  Rumo	
  a	
  ferramentas	
  metodológicas
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Josef	
  Müller-­‐Brockman,	
  1960

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