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FERIDAS - Classificação das feridas

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PROGRAMA 
DE EDUCAÇÃO 
PERMANENTE 
EM SAÚDE 
DA FAMÍLIA
UNIDADE 2
Classificação 
das lesões
 
Feridas e 
Curativos na 
Atenção Primária 
à Saúde
Luciane Paula Batista 
Araújo de Oliveira
2
Feridas e curativos na Atenção Primária à Saúde
Classificação das lesões
Classificação das lesões
Prezado cursista, nesta unidade, abordaremos a classificação das lesões, entendendo os 
diferentes aspectos a serem levados em consideração para classificá-las, além de enfatizar 
as lesões por pressão. 
Aula 1: Entendendo os diferentes 
aspectos a serem levados em 
consideração para classificar lesões
Ao avaliarmos as lesões dos nossos usuários, é importante utilizar o momento da anamnese 
para buscar entender como o problema surgiu e, assim, diferenciar os tipos de feridas. Tais 
informações podem orientar condutas mais adequadas por parte dos profissionais.
Vamos conhecer a classificação das feridas?
As feridas podem ser classificadas quanto à causa, ao conteúdo microbiano, ao tipo de cica-
trização, ao grau de abertura e ao tempo de duração (SANTOS et al., 2011).
Veja no infográfico a seguir, quanto à causa, como as feridas podem ser:
4
Feridas e curativos na Atenção Primária à Saúde
Classificação das lesões
Explicando a classificação supracitada...
As feridas cirúrgicas são aquelas provocadas intencionalmente, mediante incisão, quando 
não há perda de tecido e as bordas são, geralmente, fechadas por sutura, por excisão – uma 
área de pele é removida, a exemplo de área doadora de enxerto – ou punção, resultante de 
procedimentos terapêuticos diagnósticos (por exemplo, cateterismo cardíaco, punção de 
subclávia, biópsia, entre outros). As de origem traumática são aquelas causadas por: con-
tenção, perfuração ou corte (agentes mecânicos); iodo, cosméticos, ácido sulfúrico (agentes 
químicos); frio, calor ou radiação (agentes físicos).
As feridas ulcerativas são aquelas de aspecto escavado, resultantes de traumatismo, doen-
ças ou condições que impedem o adequado suprimento sanguíneo. É nessa categoria que 
estão incluídas as lesões venosas, arteriais e por pressão.
Quanto ao conteúdo microbiano, as feridas recebem quatro classificações: limpas (sem 
microrganismos); limpas contaminadas (feridas com tempo inferior a seis horas entre 
o trauma e o atendimento, sem contaminação significativa); contaminadas (ocorridas 
com tempo maior que seis horas entre o trauma e o atendimento, sem sinal de infecção); 
infectadas (em que há presença de agente infeccioso no local, evidencia de reação 
inflamatória intensa) e destruição de tecidos, podendo conter pus.
As lesões também podem ser classificadas quanto ao tipo de cicatrização (por primeira, 
segunda ou terceira intenção), o que já foi discutido na aula anterior.
Quanto ao grau de abertura, como o próprio nome já indica, as feridas cujas bordas da pele 
estão afastadas são consideradas abertas, e as com bordas da pele justapostas.
De modo geral, Dealey (2008) classificam-nas como feridas agudas, crônicas e 
pós-operatórias.
Ferida aguda – aquela que é resultado de cirurgia ou lesões ocor-
ridas por meio de acidentes.
Ferida crônica – que tem um tempo de cicatrização maior que o 
esperado devido a sua etiologia. Ela não apresenta a fase de rege-
neração no tempo esperado, havendo um retardo na cicatrização.
Ferida limpa – aquela produzida voluntariamente no ato cirúrgico, 
em local passível de assepsia ideal e condições apropriadas, não 
contendo microrganismos patogênicos.
5
Feridas e curativos na Atenção Primária à Saúde
Classificação das lesões
Já o Conselho Federal de Enfermagem publicou recentemente, através da Resolução 
nº 501/2015, uma classificação conforme o comprometimento tecidual, a qual está orga-
nizada em quatro estágios (COFEn, 2015):
Estágio I – caracteriza-se pelo comprometimento da epiderme ape-
nas, com formação de eritema em pele íntegra e sem perda tecidual.
Estágio II – caracteriza-se por abrasão ou úlcera, ocorre perda tecidual 
e comprometimento da epiderme, derme ou ambas.
Estágio III – caracteriza-se por presença de úlcera profunda, com 
comprometimento total da pele e necrose de tecido subcutâneo, 
entretanto a lesão não se estende até a fáscia muscular.
Estágio IV – caracteriza-se por extensa destruição de tecido, chegando 
a ocorrer lesão óssea ou muscular, ou necrose tissular. 
Como vimos anteriormente, as feridas ulcerativas podem ter diferentes etiologias e, para 
entendermos melhor as características presentes em cada uma delas, você pode tomar 
como base o quadro a seguir:
Neurotrófica Venosa Arterial Hipertensiva Pressão
Prevenção
• Inspeção diária 
• Hidratação e 
lubrificação da 
pele 
• Monitoramento 
da sensibilidade
• Proteção na 
Atividade da Vida 
Diária (AVD) 
• Uso de palmi-
lhas e calçados 
adequados
• Elevação das 
pernas 
• Uso de meias 
com média com-
pressão 
• Caminhadas
• Exercícios para 
panturrilha
• Evitar 
traumatismos
• Controlar hiper-
tensão e diabetes 
• Elevar a cabeceira 
da cama
• Evitar 
traumatismos
• Controlar hiper-
tensão, diabetes e 
obesidade
• Reduzir fumo
• Alívio periódico 
de pressão 
• Proteção de pro-
eminências ósseas
Causas
• Microangiopatia 
• Falta de sensibi-
lidade protetora
• Estase venosa • Arteriosclerose • Hipertensão arterial sistêmica • Pressão contínua
Dor • Ausência de dor • Moderada
• Severa 
• Aumenta com 
a elevação das 
pernas
• Muito severa • Presente ou não
6
Feridas e curativos na Atenção Primária à Saúde
Classificação das lesões
Neurotrófica Venosa Arterial Hipertensiva Pressão
Localização 
mais frequente
• Superfície plan-
tar
• Maléolo medial 
• Terço distal da 
perna
• Perna
• Calcanhar 
• Dorso do pé e 
artelhos
-Face pósterolá-
tero
-distal da perna
• Proeminências 
ósseas 
• 7 locais clássicos: 
Sacral / Trocan-
ters / Maléolos / 
Calcâneos
Outras 
característcas
• Borda circular
• Geralmente 
desenvolve em 
áreas de alta 
pressão plantar
• Área da úlcera é 
quente e rosada 
• Pode ser superfi-
cial ou profunda 
• Pode ser infecta-
da ou não 
• Associadas às 
calosidades
• Borda irregular 
• Base vermelha 
• Pigmentação 
perilesional 
• Edema
• Pulsos presen-
tes
• Eczema
• Borda irregular 
• Base pálida e fria 
• Multifocal
• Tendência de ser 
necrótica 
• Pulsos reduzidos 
ou ausentes 
• Cianose
• Ausência de pêlos
-Muito dolorosa
• Variada com aco-
metimento da epi-
derme e tecidos 
mais profundos
Quadro 1 – Características das lesões de acordo com sua etiologia.
Fonte: Brasil (2002, p. 24).
Assim, caro cursista, percebeu a diversidade de classificação das feridas? Por isso, é fun-
damental conhecer o aspecto de cada ferida com a finalidade de classificá-la e identificar a 
melhor forma para tratá-la.
Para entender as características e manifestações de cada tipo de lesão, é fundamental estu-
dar os mecanismos que as originam. Vejamos a seguir:
Mecanismos das lesões
Úlceras venosas
Quando caminhamos, mudamos de posição ou fazemos algum exercício físico que movi-
menta os membros inferiores, o músculo da panturrilha se contrai e comprime as veias 
mais profundas, estimulando o fluxo sanguíneo em direção cefálica (DEALEY, 2008). Assim, 
a chamada “bomba da panturrilha” usa a contração dos músculos da perna para bombear 
sangue no sentido das extremidades para o coração, e as veias envolvidas neste mecanismo 
possuem válvulas que garantem o fluxo unidirecional.
7
Feridas e curativos na Atenção Primária à Saúde
Classificação das lesões
Figura 1 - Mecanismo da bomba da panturrilha.
Fonte: <http://br.123rf.com/photo_14192059_desenho-para-mostrar 
-a-a%C3%A7%C3%A3o-do-m%C3%BAsculo-da-panturrilha-no-bombeamento 
-de-sangue-do-membro-inferior.html>.Acesso em: 15 dez. 2017.
O funcionamento inadequado dessa bomba muscular dificulta a circulação venosa e costu-
ma culminar em uma Insuficiência Venosa Crônica (IVC) e suas complicações. A disfunção da 
bomba muscular da panturrilha, associada ou não à disfunção das válvulas que controlam o 
fluxo sanguíneo, é responsável pela hipertensão venosa, a qual leva a um acúmulo excessivo 
de líquido e fibrinogênio no tecido subcutâneo, resultando em edema, lipodermatosclerose1 
e formação de feridas (LIMA et al., 2002). 
Na hipertensão venosa surge um baixo fluxo e baixa perfusão nos capilares e acredita-se 
que isso promoveria uma agregação de eritrócitos e leucócitos nos capilares, ocasionando 
uma isquemia local, ou seja, menor suprimento sanguíneo, de oxigênio e de nutrientes para 
os tecidos próximos. Mediante tais alterações, são liberadas citocinas, enzimas proteolíticas 
e radicais livres pelos leucócitos que acarretam danos aos vasos (ALDUNATE et al., 2010).
No infográfico a seguir, observem um resumo ilustrativo da fisiopatologia da formação de 
uma úlcera venosa.
1 Pele com necrose gordurosa, presença de fibrose na pele e tecido subcutâneo, resultando em 
endurecimento e acúmulo de hemossiderina (IRION, 2012, p. 105).
8
Feridas e curativos na Atenção Primária à Saúde
Classificação das lesões
Assim, é importante o reconhecimento da fisiopatologia da úlcera para compreender melhor 
como lidar com o estágio e o tratamento.
As pessoas com úlceras venosas (UV) costumam ter antecedentes pessoais de trombose 
venosa profunda, flebite e veias varicosas, o que nos mostra a importância de realizar uma 
entrevista detalhada no momento da visita ou atendimento na UBS. Ao exame físico pode 
ser observado, no membro afetado, pele de coloração marrom e de temperatura morna 
ao toque, com veias varicosas e eczema, e ao avaliar os níveis pressóricos dos membros 
superiores e inferiores, identifica-se um ITB menor que 0,9; existe também queixa de edema 
que costuma piorar ao fim do dia (DEALEY, 2008). 
As úlceras venosas, geralmente, são de espessura completa, com bordas irregulares e 
leito de aspecto vermelho brilhante devido ao bom fluxo arterial, exceto quando a pessoa 
também apresenta arteriopatia periférica (IRION, 2012).
Vejamos um exemplo:
Figura 2 - Arteriopatia periférica.
Fonte: Brasil (2002).
9
Feridas e curativos na Atenção Primária à Saúde
Classificação das lesões
Úlceras arteriais
Essas lesões surgem como resultado da inadequada perfusão tecidual nos membros infe-
riores, ocasionada por algum bloqueio no suprimento arterial para essas extremidades. 
A causa mais comum para essa redução de perfusão é a arteriosclerose, na qual o acúmulo 
de placas de gordura diminui a luz do vaso, com consequente isquemia para o tecido circun-
dante e, consequentemente, necrose tecidual (DEALEY, 2008).
Pessoas com úlceras arteriais costumam apresentar os seguintes sinais e sintomas ao exa-
me físico: dor intensa, principalmente ao deambular, aliviada com repouso ou quando as 
pernas ficam soltas na posição sentada; pernas frias, com aparência lustrosa e sem pelos; 
a coloração das pernas tende a esbranquiçar quando elevadas e a ficar azulada quando 
pendentes; pulsos pediais reduzidos ou ausentes; unhas do pé grossas e opacas; ITB menor 
que 0,9. Esse tipo de úlcera pode aparecer em qualquer local da perna, sendo mais frequen-
tes nos artelhos, calcâneos ou região lateral da perna, com aparência perfurante podendo 
envolver comprometimento de tecidos mais profundos (DEALEY, 2008). 
Vejamos um exemplo:
Figura 3 - Úlcera arterial.
Fonte: Brasil (2002, p. 22).
Feridas traumáticas e cirúrgicas
Esse tipo de lesão, inicialmente, não costuma ser tratada no contexto da atenção primá-
ria, tendo em vista que surge como consequência de acidentes e outras situações que 
requerem cuidado agudo e, portanto, são tratadas em serviços de urgência e emergência. 
Entre estas estão as causadas por acidentes com Projétil de Arma de Fogo (PAF), picadas de 
animais peçonhentos, abrasões, fraturas e queimaduras. 
Essas últimas são feridas traumáticas causadas por agentes térmicos, químicos, elétricos ou 
radioativos (CARTAXO et al., 2014). 
10
Feridas e curativos na Atenção Primária à Saúde
Classificação das lesões
A Sociedade Brasileira de Queimaduras recomenda que em caso de acidente envolven-
do queimaduras, primeiramente devemos extinguir a fonte de calor e, em seguida, lavar 
o local atingido com água corrente em temperatura ambiente, de preferência por tempo 
suficiente até que a área queimada seja resfriada. O atendimento específico às vítimas de 
queimaduras deve acontecer no ambiente hospitalar, por isso enquanto você realiza os 
primeiros cuidados, outra pessoa deverá acionar o Sistema Móvel de Atendimento a 
Urgências (SAMU – 192) e o Corpo de Bombeiros, se necessário. 
O cuidado às pessoas com queimaduras inclui o tratamento da dor, hidratação, suporte 
nutricional, desbridamento cirúrgico e medidas para prevenção de infecção (IRION, 2012).
Saiba mais sobre o cuidado com queimaduras em: 
<http://sbqueimaduras.org.br/queimaduras-conceito-e-causas/
primeiros-socorros-e-cuidados/>
Existem ainda aquelas lesões intencionais, produzidas durante o ato cirúrgico, por exem-
plo, para remoção de um tecido, órgão, corpo estranho ou correção de complicações de 
variadas patologias. 
Vejamos um exemplo:
Figura 4 - Feridas traumáticas e cirúrgicas.
Fonte: <http://www.scielo.br/img/revistas/rcbc/v44n1//0100 
-6991-rcbc-44-01-00081-gf4.gif>. Acesso em: 15 dez. 2017.
11
Feridas e curativos na Atenção Primária à Saúde
Classificação das lesões
Nesses casos, a primeira abordagem também acontece no ambiente hospitalar, onde podem 
ser feitas suturas e curativos. Caso o indivíduo receba alta e retorne à sua casa ainda portan-
do tal lesão, a atenção dada pelas equipes das UBS – com ou sem ESF – se faz fundamental, 
especialmente quando apresenta retardo no processo cicatricial, evidenciado por sinais de 
infecção e deiscência de pontos. O profissional precisa estar atento a tais alterações durante o 
exame físico e avaliar se em sua unidade existem os materiais necessários para tal tratamento.
Úlceras neuropáticas
As úlceras neuropáticas aparecem em locais de sustentação de peso e cisalhamento, como 
as faces dorsal, medial e lateral do pé e os artelhos. Possuem aspecto redondo ou elíptico 
e, quando presentes, estão associadas a algumas alterações no exame físico, como perda 
de sensibilidade de proteção, reflexos, percepção vibratória e propriocepção. A neuropatia 
causada pelo Diabetes Melito (DM) afeta nervos sensoriais, motores e autônomos. Quando 
os neurônios sensoriais são lesionados, surge a sensação de queimadura e desconforto crô-
nico no pé. Danos nos neurônios motores geram anormalidades biomecânicas que geram 
compressão e cisalhamento nos metatarsos e proeminências ósseas, aumentando o risco 
de lesão nessas áreas. O comprometimento do sistema nervoso autônomo provoca perda 
do controle dos vasos sanguíneos no pé e reduz a capacidade de transpiração, por isso a 
pele se torna seca e descamativa. Como o indivíduo apresenta menor percepção sensorial, 
essas áreas se tornam propensas ao surgimento de lesões (IRION, 2012). 
Com isso, vemos que o mecanismo de surgimento dessas úlceras não é vascular, mas sim 
mecânico (DEALEY, 2008). O conjunto de manifestações do chamado “pé diabético” será 
detalhado na Unidade 3, na aula sobre Abordagem ao usuário com lesões nos membros 
inferiores. Destaca-se também que as feridas classificadas como ulcerativas e ocasionadas 
por pressão não serão detalhadas aqui, pois serão abordadas no conteúdo da próxima aula. 
Vejamos um exemplo:
Figura 5 - Úlcera neuropática.
Fonte: <http://endocrinologiaelsalvador.com/wp-content/ 
uploads/2011/12/caso32.jpg>. Acesso em 15 dez. 2017.
12Feridas e curativos na Atenção Primária à Saúde
Classificação das lesões
Portanto, caros cursistas, estamos finalizando a primeira aula da segunda unidade deste 
módulo, no qual conhecemos mais sobre os diferentes aspectos a serem levados em consi-
deração para classificar lesões. Esses conhecimentos são importantes para os profissionais 
de saúde adotarem procedimentos adequados no tocante ao tratamento das lesões.
Aula 2: Lesões por pressão: 
um mundo a desbravar
Prezados, iremos dar início a mais uma aula do segundo módulo deste curso. Nesta aula, 
versaremos sobre as lesões por pressão. Vamos conhecer um pouco mais desse universo 
e relembrar nossa situação-problema?
A atuação da ESF envolve um cuidado que vai extrapolar os muros de uma unidade de 
saúde e chega até o local onde vivem os usuários do Sistema Único de Saúde. Na situação 
problema deste módulo, estamos acompanhando a história de duas pessoas que apre-
sentam diferentes lesões. Um deles, o Sr.Crispiniano, encontra-se acamado devido ao 
agravamento de sua condição de saúde e, nesse ínterim, acabou por desenvolver uma lesão 
ou úlcera por pressão.
E o que é ulcera por pressão? Úlcera por pressão consiste em “lesão localizada na pele e/ou 
tecido subjacente, normalmente sobre uma proeminência óssea, que surge como resulta-
do da pressão ou de uma combinação entre esta e forças de torção” (NPUAP, 2014, p. 12). 
Tais lesões também podem aparecer em decorrência do uso de dispositivos, como son-
das, sistema de drenagem, cateteres e equipos, por exemplo. A tolerância do tecido mole 
à pressão e ao cisalhamento pode também ser afetada por microclima, nutrição, perfusão, 
comorbidades e por sua condição (NPUAP, 2016). Veja, a seguir, a pressão exercida sobre a 
pele e o surgimento de lesão por pressão.
Figura 6 - Úlcera de pressão.
14
Feridas e curativos na Atenção Primária à Saúde
Classificação das lesões
Importante observar: se, além da pressão/forças de deslizamento 
existe também umidade no tecido, a lesão tanto pode ser uma úlcera 
de pressão, como lesão por umidade (lesão combinada), algo que 
pode ser visto, por exemplo, em pessoas acamadas com uso de fraldas 
geriátricas. Nesses casos, a umidade proporcionada pelas eliminações 
urinárias e/ou intestinais retidas na fralda fragiliza a pele do indivíduo 
em uma área que já se encontra sob pressão por ter proeminências 
ósseas e pelo posicionamento prolongado. É importante ter cuidado 
também com o uso de sondas e drenos, pois, a depender do local 
onde se encontrem entre a pessoa e a superfície da cama, também 
podem ocasionar o surgimento de feridas.
Em idosos hospitalizados, por exemplo, o uso de fraldas é considerado um dos responsáveis 
pelo surgimento de agravos dermatológicos e pela exacerbação dos episódios de inconti-
nência urinária. Em qualquer ambiente de cuidado, o uso prolongado de fraldas acaba dei-
xando a pele úmida, bem como “diminui a resistência da pele, sendo um fator contribuinte 
para o surgimento das úlceras por pressão, especialmente para aqueles idosos restritos ao 
leito e com mobilidade física prejudicada” (ALVES et al., 2016, p. 207).
Embora tal situação aumente as chances de se desenvolver lesões, é importante deixar claro 
que úlcera por pressão não é sinônimo de Dermatite Associada à Incontinência (DAI), posto 
que essa pode ser caracterizada pela presença de eritema e edema na superfície da pele, 
por vezes, em conjunto com bolhas de exsudato seroso, erosão ou infecção cutânea secun-
dária (ALVES et al., 2016).
Caros cursistas, até aqui estamos nos reportando às Úlceras por Pressão (UPP), no entanto, 
no ano de 2016, o termo “úlcera” foi substituído por “lesão” e sua classificação em estágios 
também passou por algumas mudanças, elaboradas pelo National Pressure Ulcer Advisory 
Panel (NPUAP). Para o NPUAP, a expressão “lesão” descreve de forma mais precisa esse 
acometimento, pois se aplica tanto para a pele intacta como para a pele ulcerada. Na nova 
proposta, na nomenclatura dos estágios, passam a ser empregados algarismos arábicos ao 
invés dos romanos (NPUAP, 2016). A sigla ficou conhecida como LPP (Lesão por Pressão).
15
Feridas e curativos na Atenção Primária à Saúde
Classificação das lesões
Saiba mais sobre a mudança de terminologia para úlcera por 
pressão nos links a seguir:
<http://www.segurancadopaciente.com.br/noticia/
muda-terminologia-para-ulcera-por-pressao-confira/>
<http://www.sobest.org.br/textod/35>
A National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP) anunciou a 
mudança de terminologia de úlcera de pressão para lesão por 
pressão e atualizou a classificação por estágios, veja no link a seguir:
<http://www.npuap.org/national-pressure-ulcer-advisory-panel-
npuap-announces-a-change-in-terminology-from-pressure-ulcer-
to-pressure-injury-and-updates-the-stages-of-pressure-injury/>
Assim, considerada a definição exposta, percebemos que algumas áreas se encontram mais 
susceptíveis ao desenvolvimento desse tipo de lesões. A figura a seguir destaca os pontos do 
nosso corpo que sofrem mais pressão quando nos encontramos na posição dorsal, observem:
Figura 7 - 1. Região occiptal; 2. Região escapular; 3. Face posterior do cotovelo; 
4. Região Sacral; 5. Região trocantérica; 6. Calcâneo.
Fonte: NPUAP (2016).
16
Feridas e curativos na Atenção Primária à Saúde
Classificação das lesões
A NPUAP classifica as LPP da forma a seguir.
• Lesão por Pressão Estágio 1: pele íntegra com 
eritema não branqueável
Pele intacta com uma área localizada de eritema 
não branqueável, sendo que, em pessoas de 
pele mais escura, a aparência desta alteração 
pode ser um pouco diferente. A presença de 
eritema branqueável ou alterações na sensa-
ção, temperatura ou consistência podem surgir 
antes de mudanças visuais. As mudanças de cor 
não incluem a descoloração roxa ou marrom, as 
quais podem indicar LPP em tecidos profundos.
• Lesão por Pressão Estágio 2: perda de espes-
sura parcial da pele com exposição da derme
Perda parcial da espessura da pele com derme 
exposta (Figura 4). O leito da ferida é viável, rosa ou 
vermelho, úmido, e também pode se apresentar 
como uma flictena com exsudato seroso intacto ou 
rompido. Nesta lesão, o tecido adiposo (gordura) 
e os tecidos mais profundos não estão visíveis. 
O tecido de granulação, esfacelo, e a escara tam-
bém não estão presentes.
• Lesão por Pressão Estágio 3: perda total da 
espessura da pele
Possui perda total da espessura da pele na qual 
o tecido adiposo (gordura) é visível na úlcera. 
O tecido de granulação e a borda despregada 
da lesão estão frequentemente presentes. Pode 
haver tecido necrótico visível, com profundidade 
do prejuízo tecidual variável, sendo que áreas 
de adiposidade significativa podem desenvolver 
feridas profundas. Descolamento e tunelização 
no leito da lesão também podem ocorrer. Fáscia, 
músculo, tendões, ligamentos, cartilagem e/ou 
osso não estão expostos. Se o esfacelo ou escara 
cobrirem a extensão da perda tecidual, tem-se 
uma LPP não estadiável.
Figura 8 - Estágio 1
Fonte: NPUAP (2016).
Figura 9 - Estágio 2
Fonte: NPUAP (2016).
Figura 10 - Estágio 3
Fonte: NPUAP (2016).
17
Feridas e curativos na Atenção Primária à Saúde
Classificação das lesões
• Lesão por Pressão Estágio 4: perda total da 
espessura da pele e perda tissular 
Como o nome já explicita, aqui existe perda total 
da espessura da pele e exposição de tecidos, 
como fáscia, músculo, tendão, ligamento, car-
tilagem ou osso. Esfacelo e/ou necrose podem 
ser visíveis. Bordas despregadas, descolamentos 
e/ou tunelização ocorrem frequentemente. 
A profundidade pode variar conforme a localiza-
ção anatômica. Se o esfacelo ou escara cobrirem 
a extensão da perda tecidual, ocorreu uma LPP 
não estadiável.
• Lesão por Pressão não Estadiável: perda da 
pele em sua espessura totale perda tissular 
não visível
Quando há perda total da espessura da pele 
e tecido em que não é possível ver a extensão 
do dano tecidual no interior da úlcera por estar 
coberto por esfacelo ou necrose. Nesses casos, 
quando o tecido desvitalizado é removido, a 
LPP pode ser classificada como estágio 3 ou 4.
• Lesão por Pressão Tissular Profunda: 
descoloração vermelho escura, marrom ou 
púrpura, persistente e que não embranquece.
Pele intacta ou não intacta com área localizada 
de vermelho escuro persistente não branqueável, 
descoloração marrom ou roxa ou separação da 
epiderme revelando um leito da ferida escuro 
ou com flictena de sangue.
Figura 11 - Estágio 4
Fonte: NPUAP (2016).
Figura 12 - Pressão não Estadiável.
Fonte: NPUAP (2016).
Figura 13 - Pressão Tissular Profunda.
Fonte: NPUAP (2016).
18
Feridas e curativos na Atenção Primária à Saúde
Classificação das lesões
No atual consenso da NPUAP, foram adicionadas também outras duas definições que con-
templam as LPP relacionadas ao Dispositivo Médico e às LPP em Membrana Mucosa. Essa 
primeira categoria trata daquelas lesões que surgem, por exemplo, quando um dreno ou 
uma sonda se encontra entre a pele do usuário e a superfície da cama, deixando uma marca 
no formato do dispositivo que a provocou. Ao avaliar uma lesão como essa, você deverá 
aplicar o sistema de estadiamento que descrevemos há pouco. 
A LPP em membrana mucosa também envolve a utilização de dispositivos médicos, porém 
se refere às alterações causadas diretamente em regiões como boca, nariz, meato uretral, 
as quais são recobertas por mucosa e que, devido à anatomia do tecido, essas lesões não 
podem ser estadiadas como as anteriores (MORAES et al., 2016; NPUAP, 2016).
As figuras apresentadas nos dão uma ideia da profundidade e dos tecidos comprometidos 
em lesões que se encontram em diferentes estágios. Elas causam dor e sofrimento nas 
pessoas acometidas por esse agravo e podem aparecer como consequência de diversas 
situações de saúde pela influência de alguns fatores intrínsecos, como: mobilidade reduzida 
ou imobilidade devido a internações prolongadas ou lesões causadas por quedas; deficiên-
cia sensorial; doenças graves; alteração do nível de consciência; extremos de idade; história 
prévia de LPP; doença vascular; desnutrição e desidratação. 
Quanto aos fatores extrínsecos, podemos citar o cisalhamento, a fricção e a pressão do 
corpo sobre a superfície da cama. Existem ainda aqueles fatores que, quando presentes, 
aumentam as chances de desenvolver lesões, tais como a umidade da pele – especialmente 
na região sacral para indivíduos em uso de fraldas geriátricas – e o uso de medicamentos 
que interferem no processo cicatricial (REBRAENSP, 2013). 
Sobre esse último aspecto, é importante destacar que medicamentos interferem nesse 
processo para que seu uso seja feito com maior cautela entre usuários que estão se recupe-
rando de LPP (para revisar, veja o conteúdo da Unidade 1 deste módulo).
A ocorrência das LPP é tão significativa que atualmente sua prevenção 
se configura como uma das estratégias para a Segurança do Paciente 
adotadas em instituições no mundo inteiro. Acesse:
<http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2014/julho/03/
PROTOCOLO-ULCERA-POR-PRESS--O.pdf>.
Assista também ao vídeo produzido pelo Proqualis sobre prevenção 
de úlceras por pressão: 
<https://www.youtube.com/watch?v=4ZA37WcCNSQ>.
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Feridas e curativos na Atenção Primária à Saúde
Classificação das lesões
Assim, caros cursistas, diante de todos os prejuízos que a ocorrência das LPP pode acarre-
tar à saúde dos usuários acometidos, para a vida de seus familiares e/ou cuidadores, além 
do impacto econômico para os serviços de saúde, devem ser reforçadas as recomenda-
ções para prevenção desse evento adverso, que incluem: avaliar a pele do indivíduo usando 
conhecimentos semiológicos e/ou com auxílio de escalas; estimular a alimentação saudá-
vel e ingestão hídrica; proteger a pele de cisalhamento, umidade, ressecamento, fricção e 
pressão de dispositivos; manter a pele limpa e hidratada; recomendar o uso de colchões 
adequados; proteger proeminências ósseas; promover ou orientar as outras pessoas da 
residência a realizarem mudanças de posição na pessoa com lesões (preferencialmente a 
cada duas horas); participar de ações de educação permanente e promover ações de edu-
cação em saúde envolvendo o público leigo; adotar protocolos para avaliação de risco, com 
estratégias de prevenção e tratamento. 
Aspectos para prevenção de Lesões por Pressão:
<http://www.npuap.org/wp-content/uploads/2016/04/Pressure-
Injury-Prevention-Points-2016.pdf>
Portanto, após assistir aos vídeos e fazer a leitura dos materiais complementares, é possível 
perceber a importância da prevenção das lesões por pressão, objetivando promover a saú-
de e evitar prejuízos aos pacientes.
A seguir, apresentaremos a Escala de Braden para adultos, a qual é utilizada para identificar 
o risco do paciente em desenvolver úlcera por pressão. Para tanto, segue a descrição de 
algumas etapas.
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Feridas e curativos na Atenção Primária à Saúde
Classificação das lesões
Escala de Braden
1 ponto 2 pontos 3 pontos 4 pontos
Percepção 
sensorial: 
habilidade 
de responder 
significativamente 
à pressão 
relacionada com 
o desconforto.
Completamente 
limitado: não 
responde a 
estímulo doloroso 
(não geme, não 
se esquiva ou 
agarra-se), devido 
à diminuição 
do nível de 
consciência ou 
sedação, 
ou devido à 
limitação da 
habilidade de 
sentir dor na 
maior parte 
da superfície 
corporal.
Muito limitado: 
responde somente 
a estímulos 
dolorosos; 
não consegue 
comunicar o 
desconforto a não 
ser por gemidos 
ou inquietação, ou 
tem um problema 
sensorial que 
limita a habilidade 
de sentir dor ou 
desconforto em 
mais da metade do 
corpo.
Levemente 
limitado: 
responde aos 
comandos verbais, 
porém nem 
sempre consegue 
comunicar o 
desconforto ou a 
necessidade de 
ser mudado de 
posição. Ou tem 
algum problema 
sensorial que 
limita a sua 
capacidade de 
sentir dou ou 
desconforto em 
uma ou duas 
extremidades.
Nenhuma 
limitação: 
responde aos 
comandos 
verbais. Não 
tem problemas 
sensoriais que 
poderiam limitar 
a capacidade 
de sentir ou 
verbalizar dor ou 
desconforto.
Umidade: grau 
ao qual a pele 
está exposta à 
umidade.
Constantemente 
úmida: a pele é 
mantida úmida/
molhada quase 
constantemente 
por suor, urina 
etc.; a umidade 
é percebida 
cada vez que 
o paciente é 
movimentado ou 
posicionado.
Muito úmida: a 
pele está muitas 
vezes, mas nem 
sempre úmida/
molhada, e a 
roupa de cama 
precisa ser trocada 
pelo menos uma 
vez durante 
o plantão.
Ocasionalmente 
úmida: a pele está 
ocasionalmente, 
durante o dia, 
úmida/molhada, 
necessitando 
de troca de 
roupa de cama 
uma vez por dia 
aproximadamente.
Raramente 
úmida: a pele 
geralmente está 
seca; a roupa 
de cama só é 
trocada nos 
horários de rotina.
Atividade física: 
grau de atividade 
física.
Acamado: 
mantém-se 
sempre no leito.
Restrito à 
cadeira: a 
habilidade de 
caminhar está 
severamente 
limitada ou 
inexistente. Não 
aguenta o próprio 
peso e/ou precisa 
ser ajudado para 
sentar-se na 
cadeira ou cadeira 
de roda.
Caminha 
ocasionalmente: 
caminha 
ocasionalmente 
durante o dia, 
porém, por 
distâncias bem 
curtas, com ou 
sem assistência. 
Passa a maior 
parte do tempo na 
cama ou cadeira.
Caminha 
frequentemente: 
caminha fora 
do quarto pelo 
menos duas 
vezes por dia e 
dentro do quarto 
pelo menos a 
cada duas horas 
durante as 
horas que está 
acordado.
Mobilidade: 
Habilidade de 
mudar e controlar 
as posições 
corporais.
Completamente 
imobilizado: 
não faz nenhum 
movimento docorpo por menor 
que seja ou das 
extremidades 
sem ajuda.
Muito limitado: 
faz pequenas 
mudanças 
ocasionais na 
posição do 
corpo ou das 
extremidades, no 
entanto é incapaz 
de fazer mudanças 
frequentes ou 
significantes 
sem ajuda.
Levemente 
limitado: faz 
mudanças 
frequentes, 
embora pequenas, 
na posição do 
corpo ou das 
extremidades, 
sem ajuda.
Nenhuma 
limitação: 
faz mudanças 
grandes e 
frequentes na 
posição sem 
assistência.
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Feridas e curativos na Atenção Primária à Saúde
Classificação das lesões
Escala de Braden
1 ponto 2 pontos 3 pontos 4 pontos
Nutrição: padrão 
usual de ingestão 
alimentar.
Muito pobre: 
nunca come toda 
a refeição. É raro 
quando come 
mais de 1/3 da 
comida oferecida. 
Come 2 porções 
ou menos de 
proteína por 
dia. Toma pouco 
líquido. Não 
toma nenhum 
suplemento 
dietético líquido. 
Está em jejum ou 
mantido em dieta 
de líquidos claros 
ou hidratação 
EV por mais 
de 5 dias.
Provavelmente 
inadequado: 
raramente faz uma 
refeição completa 
e geralmente 
come somente 
metade de 
qualquer alimento 
oferecido. A 
ingestão de 
proteína inclui 
somente 3 
porções de carne 
ou derivados de 
leite. De vez em 
quando, toma 
um suplemento 
alimentar. Ou 
recebe menos 
do que a 
quantidade ideal 
de dieta líquida ou 
alimentação 
por sonda.
Adequado: come 
mais da metade 
da maior parte 
das refeições. 
Ingere um total 
de 4 porções de 
proteína (carne, 
derivados do 
leite) por dia. 
Ocasionalmente 
recusa uma 
refeição, mas 
usualmente 
irá tomar um 
suplemento 
dietético oferecido. 
Ou está recebendo 
dieta por sonda 
ou Nutrição 
Parenteral 
Total, que 
provavelmente 
atende à maior 
parte das suas 
necessidades 
nutricionais.
Excelente: come 
a maior parte de 
cada refeição. 
Nunca recusa 
a alimentação. 
Come geralmente 
um total de 4 ou 
mais porções de 
carne e derivados 
do leite. De vez 
em quando, 
come entre 
as refei- ções. 
Não necessita 
de suplemento 
alimentar.
Fricção e 
cisalhamento
Problema: 
necessita de 
assistência 
moderada ou 
assistência 
máxima para 
mover-se. É 
impossível 
levantar-se 
completamente 
sem esfregar-
se contra os 
lençóis. Escorrega 
frequentemente 
na cama 
ou cadeira, 
necessitando 
assistência 
máxima para 
frequente 
reposição do 
corpo. Espasmos 
e contrações 
levam a uma 
fricção constante.
Potencial para 
problema: 
movimenta-se 
livremente ou 
necessita de 
uma assistência 
mínima. Durante o 
movimento, a pele 
provavelmente 
esfrega-se em 
alguma extensão 
contra lençóis, 
cadeiras, restrições 
ou outros 
equipamentos. 
Na maior parte do 
tempo, mantém 
relativamente 
uma boa posição 
na cadeira ou na 
cama, porém, de 
vez em quando, 
escorrega para 
baixo.
Nenhum 
problema 
aparente: 
movimenta-
se de forma 
independente 
na cama ou 
cadeira e tem 
força muscular 
suficiente para 
levantar o corpo 
completamente 
durante o 
movimento. 
Mantém, o tempo 
todo, uma boa 
posição na cama 
ou cadeira.
Total de pontos
Quadro 2 – Escala de Braden para adultos.
Fonte: <http://www.scielo.br/img/revistas/rbti/v22n2/ 
a12anx03.gif>. Acesso em: 15 dez. 2017.
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Feridas e curativos na Atenção Primária à Saúde
Classificação das lesões
Portanto, após conhecer a Escala de Branden, podemos observar que, quanto menor for a 
pontuação (escore), maior será o risco de desenvolvimento de úlcera por pressão.
Prezados, estamos finalizando a Aula 2 e também mais uma unidade de estudos deste 
curso, em que conhecemos mais acerca das lesões por pressão.

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