Buscar

Introdução à Economia e Sistemas Econômicos

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

*
*
 
Prof. José Marques Filho
*
*
*
*
Conceito de Economia
Problemas Econômicos Fundamentais
Sistemas Econômicos
Curva (Fronteira de Possibilidades de Produção.
 Conceito de Custos de Oportunidade 
Análise Positiva e Análise Normativa
Inter-relação da Economia com as demais ciências
Divisão do Estudo Econômico
Introdução à Economia
*
*
Sua concepção:
A economia repousa sobre os atos humanos e é por excelência uma ciência social. Apesar da tendência atual ser a de se obter resultados cada vez mais precisos para os fenômenos econômicos é quase que impossível se fazer análises puramente frias e numéricas, isolando as complexas reações do homem no contexto das atividades econômicas.
 
*
*
Conceito de Economia
Deriva do grego: “aquele que administra o lar”.
Economia é uma ciência social que estuda como os indivíduos e a sociedade decidem utilizar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre os grupos da sociedade, com a finalidade de satisfazer as necessidades humanas.
A ciência que estuda a escassez.
A ciência que estuda o uso dos recursos escassos na produção de bens alternativos.
O Estudo da forma pela qual a sociedade administra seus recursos escassos. 
*
*
Problemas econômicos fundamentais
Necessidades Humanas: Ilimitadas / Infinitas.
Recursos Produtivos (Fatores de Produção)
(Recursos naturais, Mão de Obra, Capital)
 Limitados e Finitos
Problema
Escassez: natureza limitada dos recursos da sociedade.
(restrição física dos recursos)
Versus
*
*
O QUE e QUANTO produzir ?
A sociedade deve produzir mais bens de consumo ou bens de capital, e quanto ?
COMO produzir ? 
Questão de eficiência produtiva. Capital ou mão-de-obra intensiva.
PARA QUEM produzir ? 
Como será a distribuição de renda gerada pela atividade econômica. Quais os setores beneficiados.
Problemas econômicos fundamentais
*
*
Sistema Econômico / Organização Econômica
É a forma como a sociedade está organizada para
desenvolver as atividades econômicas.
Atividades de produção, circulação, 
distribuição e consumo de bens e serviços.
*
*
Sistema Econômico / Organização Econômica
Principais formas:
Economia de Mercado (ou descentralizada, tipo capitalista)
Economia Planificada (ou centralizada, tipo socialista)
*
*
Economias de Mercado
- Sistema de concorrência pura
(sem interferências do governo)
- Sistema de concorrência mista
(com interferência governamental)
*
*
Sistema de concorrência pura
Laissez-faire: O mercado resolve os problemas econômicos fundamentais (o que e quanto, como e para quem produzir), como guiados por uma mão invisível, sem a intervenção do governo.
Mão invisível: mecanismo de preço que promove o equilíbrio dos mercados.
*
*
Sistema de concorrência pura
Excesso de oferta (escassez de demanda)
Formam-se estoques
Redução de preços
Existirá concorrência entre empresas para vender os
 bens aos escassos consumidores. 
Até o equilíbrio
*
*
Sistema de concorrência pura
Excesso de demanda (escassez de oferta)
Formam-se filas
Tendência ao aumento de preços
Existirá concorrência entre consumidores para compra.
Até o equilíbrio
*
*
Sistema de concorrência pura
O QUE e QUANTO produzir ?
(o que) Decidido pelos consumidores (soberania do consumidor).
(quanto) Determinado pelo encontro da oferta e demanda de
mercado.
COMO produzir ? 
Questão de eficiência produtiva. Resolvido no âmbito das empresas.
PARA QUEM produzir ? 
Decidido no mercado de fatores de produção (demanda e oferta
de fatores de produção). Questão distributiva.
*
*
Sistema de concorrência pura
Base da filosofia do liberalismo econômico.
Advoga a soberania do mercado, sem interferência do Estado. Este deve responsabilizar mais com justiça, paz, segurança, e deixar o mercado resolver as questões econômicas fundamentais.
*
*
Empresas
Famílias
Mercado de 
Bens e Serviços
Mercado de 
Fatores de 
Produção
Demanda de bens
 e serviços
Sistema de concorrência pura
Oferta de bens
 e serviços
O que e quanto
produzir
Para quem 
produzir
Como
produzir
Oferta de 
serviços dos
fatores de
 produção
Demanda de 
serviços dos
fatores de
 produção.
(mão-de-obra, terra, 
capital)
*
*
Sistema de concorrência pura
Críticas:
 Grande simplificação da realidade;
 Os preços podem variar não devido ao mercado mas,
 em função de: 
força de sindicatos ( através dos salários que remuneram os serviços de mão-de-obra);
poder de monopólios e oligopólios na formação de preços no mercado;
intervenção do governo (impostos, subsídios, tarifas, política salarial, fixação de preços mínimos, política cambial);
*
*
Sistema de concorrência pura
Críticas: 
o mercado sozinho não promove perfeita alocação de recursos. A produção ou consumo de um determinados bens ou serviços pode produzir efeitos colaterais externalidades); além disso, existem bens públicos, disponibilizados pelo Governo.
o mercado sozinho não promove perfeita distribuição de renda, pois as empresas estão procurando a obtenção do máximo lucro, e não com questões distributivas.
*
*
Sistema de concorrência pura
Essas críticas justificam a atuação governamental para complementar a iniciativa privada e regular alguns mercados.
Há muitos mercados, entretanto, que comportam-se como um sistema de concorrência pura. Ex. hortifrutigranjeiro.
*
*
Sistema de mercado misto
O papel econômico do governo
Séc. XVIII - XIX
Predominância : Sistema de mercado, 
próximo ao da concorrência pura. 
Início do Séc. XX
O mercado sozinho não garante que a economia opere sempre com pleno emprego dos seus recursos. 
Necessitando de maior atuação do
Setor Público na economia.
De que forma ?
*
*
Sistema de mercado misto
Atuação do setor público com o objetivo de evitar distorções alocativas e distributivas:
sobre a formação de preços, (via impostos, etc.);
complemento da iniciativa privada (infra-estrutura, etc.);
fornecimento de serviços públicos;
fornecimento de bens públicos (não vendidos no mercado) Exemplo: educação, segurança, justiça, etc.);
compra de bens e serviços do setor privado.
*
*
Economia Centralizada
Agência ou Órgão Central de Planejamento decide a forma como resolver os problemas econômicos fundamentais. 
Meios de produção
Estado
Matéria-prima, imóveis 
capital.
Meios de sobrevivência
Indivíduos
Carros, roupas, televisores, etc.
*
*
Economia Centralizada
Processo Produtivo: os preços representam apenas recursos contábeis que permitem o controle da eficiência das empresas (não há desembolso onerário);
Distribuição do Produto: os preços dos bens de consumo são determinados pelo governo;
Repartição do lucro: Governo, investimento da empresa e o restante dividido entre os administradores e os trabalhadores.
*
*
Sistemas Econômicos - Síntese
Propriedade Privada
Problemas econômicos fundamentais resolvidos 
pelo mercado
pelo orgão central
Mercado 
Centralizada
Maior eficiência alocativa
Maior eficiência distributiva
X
Propriedade Pública
*
*
Gráfico que mostra as várias combinações de produto que a economia pode produzir potencialmente, dados
os fatores de produção e a tecnologia disponíveis.
É a fronteira máxima que a economia pode produzir, dados os recursos produtivos limitados. Mostra as alternativas de produção da sociedade, supondo os recursos plenamente empregados.
Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção
*
*
Modelo: 2 bens utilizando em conjunto todos os Fatores de Produção
A CPP mostra o tradeoff da sociedade, ou seja, a obtenção de alguma coisa, está sujeita a abrir mão de outra. “Nada é de graça”!
Razão da Concavidade: lei dos custos de oportunidade crescentes, devido à inflexibilidade dos custos de produção.
Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção
*
*
Lei dos custos de oportunidade crescentes:
Dadas como inalteradas as capacidades tecnológicas e de produção de uma economia e estando o sistema a operar a níveis de pleno emprego, a obtenção de quantidades adicionais de determinada classe de produto implica necessariamente a redução das quantidades de outra classe.
Em resposta a constantes reduções impostas à classe que estará sendo sacrificada, serão obtidas quantidades adicionais cada vez menos expressivas da classe cuja produção estará sendo aumentada, devido à relativa e progressiva inflexibilidade dos recursos de produção disponíveis e em uso.
Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção
*
*
Os pontos da CPP representam as possíveis combinações dos fatores de produção na obtenção dos bens x e y.
A: capacidade ociosa (ineficiência). Neste ponto o custo de oportunidade é zero, pois não é necessário sacrifício de recursos produtivos para aumentar a produção de um bem, ou mesmo, dois bens.
B e C: Não há como produzir mais, sem reduzir a produção do outro. Combinações de produto; (Nível de produto Eficiente /Pleno Emprego).
D: Nível impossível de produção. Posição inalcançável no período imediato. Depende de fatores como inovação tecnológica.
Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção
*
*
Os pontos da CPP representam as possíveis combinações dos fatores de produção na obtenção dos bens x e y.
Deslocamentos positivos: decorrem da expansão ou melhoria dos fatores de produção disponíveis (Crescimento Econômico). Inovações tecnológicas: com a mesma quantidade de insumos obtém-se maior quantidade de produtos
Deslocamentos negativos: decorrem da redução, sucateamento ou progressiva desqualificação do fatores de produção disponíveis.
Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção
*
*
É o grau de sacrifício que se faz ao optar pela produção de um bem, em termos da produção alternativa sacrificada. O custo de alguma coisa é o que você desiste para obtê-la.
Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção: Custo de Oportunidade / Custo alternativo / Custo implícito
Trade off 
B  C 
+ Produto x
- Produto y
Custo de Oportunidade
C  B  custo de oportunidade de 200 unidades de y é 50 de x.
*
*
Fatores de produção
Salários, lucros, jutos, etc
Bens e serviços
Compras de bens e serviços
Governo
Resto do mundo
*
*
Fatores de produção
Salários, lucros, jutos, etc
Bens e serviços
Compras de bens e serviços
Governo
Resto do mundo
Renda Nacional
Produto Nacional
*
*
Análise Positiva – Análise Normativa
Declarações Positivas: os economistas tentam descrever 
 (Descritivas) 	o mundo como ele é.
Ex.: Uma redução na taxa de crescimento da quantidade de moeda reduziria a Taxa de Inflação. (Cientistas econômicos)
Declarações Normativas: os economistas prescrevem 
 (Prescritivas) como o mundo deveria ser.
Ex.: O Banco Central deveria reduzir a quantidade de moeda emitida. (Envolve: Valores, ética, religião, política,etc.) (Formuladores de políticas)
*
*
Autonomia e Inter-relação:
Com o passar do tempo:
Concepção Humanística
A Economia repousa sobre os
atos humanos, objetivando a 
satisfação das necessidades
humanas (Ciência Social).
*
*
Dificuldade de separar os fatores essencialmente econômicos dos extra-econômicos.
A Autonomia da cada um dos ramos das Ciências Sociais não deve ser confundida com um total isolamento, mas sim
observada sob diferentes óticas e investigada em termos não unilaterais.
As manifestações das modernas sociedades encontram-se interligadas.
Autonomia e Inter-relação:
*
*
Aspecto Econômico
 Realidade
Aspecto Material do
 Objeto
Aspecto Social
Aspecto Político
Aspecto Histórico
Aspecto Geográfico
Aspecto Demográfico
*
*
Política é a arte de governar. O exercício do poder. É natural que este poder tente exercer o domínio sobre a coisa econômica.
Uso da política do Estado para concessão de vantagens econômicas pelos grandes grupos econômicos. 
Ex.: Agricultores na época da política do café com leite. Crédito subsidiado e tarifas protecionistas para grandes industrias.
Autonomia e Inter-relação: Economia e Política
*
*
Os próprios sistemas econômicos estão condicionados à evolução histórica da civilização. As idéias que constroem as teorias são formuladas num contexto histórico onde se desenvolvem as atividades e as instituições econômicas.
Autonomia e Inter-relação: Economia e História
*
*
Os acidentes geográficos interferem no desempenho
das atividades econômicas e, inúmeras vezes, as divisões regionais são utilizadas para se estudar as questões ligadas aos diferenciais de distribuição de renda, de recursos produtivos, de localização de empresas, dos efeitos da poluição, das aglomerações urbanas, etc.
Autonomia e Inter-relação: Economia e Geografia
*
*
Quando a política econômica visa atingir os indivíduos de certas classes sociais, interfere diretamente no objeto da sociologia, isto é, a dinâmica da mobilidade social entre as diversas classes de renda.
Políticas salariais e gastos sociais ( educação, saúde, transporte, alimentação etc. ) são exemplos que direta ou indiretamente influenciam essa mobilidade.
Autonomia e Inter-relação:Economia e Sociologia
*
*
Autonomia e Inter-relação: Economia e Direito
Leis Anti-truste: atuam sobre as estruturas de mercado, assim como o comportamento das empresas.
Agências de Regulamentação: ditam as regras de atuação em determinadas áreas (ex.: petróleo, telecomunicações,etc)
Constituição Federal: Determina a competência para execução de política econômica. Estabelece os direitos e deveres dos agentes econômicos.
*
*
A Economia faz uso da lógica matemática e das probabilidades estatísticas. Muitas relações do comportamento econômico podem ser expressas através de funções matemáticas.
Econometria: a estratégia de se estimar as relações econômicas, matematicamente formuladas, a partir da minimização dos desvios aleatórios.
Autonomia e Inter-relação: Economia, Matemática e Estatística
*
*
Divisão do Estudo Econômico
Microeconomia: é o ramo da Teoria Econômica que estuda o funcionamento do mercado de um determinado produto ou grupo de produtos, ou seja, o comportamento dos compradores (consumidores) e vendedores (produtores) de tais bens.
Estuda o comportamento de consumidores e produtores e o mercado no qual interagem. Preocupa-se com a determinação dos preços e quantidades em mercados específicos.
Ex.: Evolução dos preços internacionais do café brasileiro. O nível de vendas no varejo, numa capital. 
*
*
Macroeconomia: é o ramo da Teoria Econômica que estuda o funcionamento como um todo, procurando identificar e medir as variáveis (agregadas) que determinam o volume da produção total (crescimento econômico), o nível de emprego e o nível geral de preços (Inflação) do sistema econômico, bem como a inserção do mesmo na economia mundial.
Divisão do Estudo Econômico
*
*
Divisão do Estudo Econômico
Desenvolvimento Econômico: estuda modelos de desenvolvimento que levem à elevação do padrão de vida (bem estar) da coletividade. Questões estruturais, de longo prazo (crescimento da renda per capita, distribuição de renda, evolução tecnológica). 
Economia Internacional: estuda as relações de troca entre países (transações de bens e serviços e transações monetárias). Trata-se da determinação da taxa de câmbio, do comércio exterior e das relações financeiras internacionais.
*
*
Gráficos de duas variáveis (Sistema de Coordenadas)
0 5 10 15 20 
Correlação Positiva
Nota
Média
10
 8
 6
 4
 2
 
1.0
0.8
0.6
0.4
0.2
0.0
Nota
Média
Tempo de Estudo (h. semanais)
0 5 10 15 20 
Correlação Negativa
Nota
Média
10
 8
 6
 4
 2
 
Nº de Festas
Freqüentadas
ADENDO - Gráficos
*
*
*
*
Fundamentos de Microeconomia 
Análise da Demanda de Mercado
Análise da Oferta de Mercado 
O Equilíbrio de Mercado
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado.
*
*
Fundamentos de Microeconomia
Microeconomia (Teoria de Preços) – estuda o
comportamento das 
famílias e (Consumidores)
das empresas e (Firmas)
os mercados (Mercados específicos) 
nos quais operam.
*
*
Fundamentos de Microeconomia
Microeconomia analisa a formação de preços no mercado. 
Os preços formam-se com base em dois mercados:
mercado de
bens e serviços
Mercado dos serviços dos fatores de produção
preços dos bens e serviços
salários, juros, aluguéis e lucros
Remuneração
Remuneração
*
*
Fundamentos de Microeconomia
coeteris Paribus
Expressão latina traduzida como “ outras coisas 
sendo iguais ”, é usada para lembrar que todas as
variáveis, que não aquela que está sendo estudada,
são mantidas constantes.
- “tudo o mais constante”.
*
*
Fundamentos de Microeconomia
coeteris Paribus
Analisar um mercado
 isoladamente
Supor todos os demais
 mercados constantes
- O mercado em estudo não afeta e não é afetado pelos 
 demais.
Verifica o efeito de variáveis isoladas, independentemente dos efeitos de outras variáveis.
Ex.:
 Preço sobre a procura de determinado bem
Independente
Outras variáveis: renda do consumidor, gostos, preferências, etc.
*
*
Demanda (ou procura) é a quantidade de determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir, num dado período.
A Demanda não representa a compra efetiva, mas a intenção de comprar, a dados preços.
A escala de demanda indica quanto (quantidade) o consumidor pode adquirir, dadas várias alternativas de preços de um bem ou serviço.
Análise da Demanda de Mercado
*
*
Fundamentos da Teoria da Demanda
Baseia-se na teoria 
do Valor Utilidade.
Dada uma Renda
Dados os preços de mercado
Consumidor
Ao demandar um
bem ou serviço
Maximizando a utilidade (satisfação) 
que atribui ao bem ou serviço.
Análise da Demanda de Mercado
*
*
Utilidade Total e Utilidade Marginal 
Aumenta quanto maior a
quantidade consumida do bem
Satisfação adicional (na margem)
obtida pelo consumo de mais uma
unidade do bem
É decrescente porque o consumidor vai saturando-se desse bem, quanto mais o consome.
Análise da Demanda de Mercado
*
*
Quantidade que o consumidor
deseja consumir. 
Utilidade Total e Utilidade Marginal 
Análise da Demanda de Mercado
*
*
Paradoxo da Água e do Diamante
Por que a água, sendo mais necessária, é tão barata,
 e o diamante supérfluo, tem preço tão elevado ? 
Ex: Utilidade
 Marginal 
Água
Grande Utilidade Total 
Baixa Utilidade Marginal
(encontrada em abundância)
Diamante
Grande Utilidade Marginal
(escasso)
Análise da Demanda de Mercado
*
*
Variáveis que afetam a Demanda:
 Riqueza (e sua distribuição)
 Renda (e sua distribuição)
 Preço do bem
 Preço dos outros bens
 Fatores climáticos e sazonais
 Propaganda
 Hábitos, gostos, preferências dos consumidores
 Expectativas sobre o futuro
 Facilidades de crédito (disponibilidade, tx. juros, prazos)
Análise da Demanda de Mercado
*
*
Variáveis que afetam a Demanda
qdi = f( pi , ps , pc , R, G): Função Geral da Demanda
qdi = quantidade procurada (demandada) do bem i
pi = preço do bem i
ps = preço dos bens substitutos ou concorrentes
pc = preço dos bens complementares 
R = renda do consumidor
G = gostos, hábitos e preferências do consumidor
Obs.: Para estudar o efeito de cada uma das variáveis, deve-se recorrer à hipótese coeteris paribus.
Análise da Demanda de Mercado
*
*
Relação entre a quantidade demandada e o preço do próprio bem
Supondo ps , pc , R e G constantes 
Função Convencional
Lei Geral da Demanda
Tudo o mais constante (coeteris paribus), a quantidade demandada de um bem ou serviço varia na relação inversa de seu preço.
Análise da Demanda de Mercado
*
*
Relação entre a quantidade demandada e o preço do próprio bem.
Efeito preço total:
Efeito substituição
Efeito renda
O bem fica mais barato relativamente aos
concorrentes, fazendo com que a qtd.
demandada aumente.
Com a queda do preço, o poder aquisitivo do consumidor aumenta, e a qtd. demandada do bem deve aumentar. 
Análise da Demanda de Mercado
*
*
Representa o efeito do preço de um bem sobre a quantidade do bem que os consumidores estão dispostos a comprar e não a compra efetiva (coeteris paribus).
Como o preço e a quantidade demandada têm relação negativa, a curva de demanda se inclina para baixo.
Ex: Gráfico- Curva de Demanda – Função Linear 
0 5 10 15 20 
Preço do
Livro(R$)
Qtd adquirida
de livros
Ex.Renda de 
 R$ 2 mil 
qdi = 25 – 0,25pi 
qdi = a – b.pi 
80
60
40
20
Análise da Demanda de Mercado
*
*
Relação entre a quantidade demandada e preços de outros bens e serviços
Bem substituto: o consumo de um bem substitui o consumo ou concorrente do outro.
Dois bens para os quais, tudo o mais mantido constante (coeteris paribus), um aumento no preço de um deles aumenta a demanda pelo outro. Ex.: Manteiga e margarina.
Supondo pi , pc , R e G constantes 
Análise da Demanda de Mercado
*
*
Relação entre a quantidade demandada e preços de outros bens e serviços
Ex.: 1. Carne de vaca, frango e peixe.
 2. Cerveja Antarctica e Brahma.
 3. Coca-cola e Pepsi. 
Bem substituto
ou concorrente
Análise da Demanda de Mercado
*
*
Relação entre a quantidade demandada e preços de outros bens e serviços
Bens complementares = são bens consumidos em conjunto.
qdi = f( pc )
Supondo pi , ps , R e G constantes 
qdi
pc
< 0
Bens para os quais o aumento no preço de
um dos bens leva a uma redução na demanda
pelo outro bem. Ex.: Computador e software.
Análise da Demanda de Mercado
*
*
Relação entre a quantidade demandada e preços de outros bens e serviços
Camisa social e gravata;
Pneu e câmara;
Pão e manteiga;
Sapato e meia;
Litro de gasolina e automóvel. 
Bens 
complementares:
Análise da Demanda de Mercado
*
*
Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R)
qdi = f( R )
Supondo pi , ps , pc e G constantes 
Em relação à renda dos consumidores, há três situações
distintas:
qdi
R
> 0
Bem Normal: tudo o mais constante, um
 aumento na renda provoca um aumento
 na quantidade demandada do bem.
Análise da Demanda de Mercado
*
*
qdi
R
< 0
Bem Inferior: tudo o mais constante, um aumento na renda provoca uma diminuição
na quantidade demandada do bem.
Ex.: Passagem de ônibus, carne de segunda. 
qdi
R
= 0
Bem de consumo saciado: se aumentar a renda do consumidor, não aumentará a demanda do bem.
Ex: demanda de alimentos básicos, como o açúcar, sal, arroz. 
Análise da Demanda de Mercado
*
*
Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R)
Essa classificação depende da classe de renda dos consumidores. 
Para consumidores de baixa renda não existem muitos bens inferiores. Com a renda mais elevada, maior nº de produtos passa a ser classificado como bem inferior.
Análise da Demanda de Mercado
*
*
Bem normal
Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R)
Análise da Demanda de Mercado
*
*
Bem inferior
Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R)
Análise da Demanda de Mercado
*
*
(Supondo um aumento na renda do consumidor)
Bem saciado
Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R)
Análise da Demanda de Mercado
*
*
Relação entre a demanda de um bem e hábitos dos consumidores (G).
qdi = f(G )
Supondo pi , ps , pc e R constantes 
Hábitos, preferências ou gostos (G) podem ser alterados, “manipulados” por propaganda e
campanhas promocionais, incentivando ou reduzindo o consumo de bens.
Análise da Demanda de Mercado
*
*
Campanha do
tipo “beba mais
leite”
Campanha do
tipo “o fumo
é prejudicial
à saúde”
Desloca p/
direita
Desloca p/
esquerda
Relação entre a demanda de um bem e hábitos dos consumidores (G).
Análise da Demanda de Mercado
*
*
Curva de Demanda de Mercado de um Bem ou Serviço
A demanda de Mercado é igual ao somatório das demandas individuais.
A cada preço, a demanda de mercado é a soma das demandas dos consumidores individuais.
Análise da Demanda de Mercado
*
*
Preço do
Bem R$)
Curva de Demanda de Mercado de um Bem ou Serviço
Análise da Demanda de Mercado
*
*
Curva de Demanda de Mercado de um Bem ou Serviço
Análise da Demanda de Mercado
*
*
Importante:
variações na demanda  variações na quantidade demandada
Variações na demanda: dizem respeito ao deslocamento da curva da demanda, em virtude de alterações em ps, pc, R, G (ou seja, mudança na condição coeteris paribus). 
Variações na quantidade demandada: refere-se ao movimento ao longo da própria curva de demanda, em virtude da variação do preço do próprio bem pi, mantendo as demais variáveis constantes (coeteris paribus).
Análise da Demanda de Mercado
*
*
Renda
Preços de bens relacionados
Gostos
Expectativas
Número de compradores
Desloca a curva de demanda
Variações na Quantidade Demandada
Preço do próprio bem 
Movimento ao longo da curva de demanda
Variações na Demanda
Análise da Demanda de Mercado
*
*
Movimento ao longo da curva
Deslocamento da curva
Variação na quantidade demandada
Análise da Demanda de Mercado
Variação na Demanda
*
*
Excedente do consumidor: bem-estar gerado pela diferença entre a disposição máxima a pagar (preço de reserva) e o preço efetivamente efetivamente pago por um bem ou serviço. 
Preço
Análise da Demanda de Mercado
*
*
Paradoxo (Bem) de Giffen: é uma exceção à “Lei Geral da Demanda”, em que a curva é positivamente inclinada (relação direta) entre a quantidade demandada e o preço do bem.
Análise da Demanda de Mercado
*
*
Paradoxo (Bem) de Giffen
Comunidade Inglesa muito pobre. 
Ocorreu uma queda no preço da Batata.
Como a população gastava a maior parte da renda
com esse produto, o seu poder aquisitivo aumentou
e como estavam saturados de batata, passaram a gas-
tar com outros produtos.
O preço da Batata caiu, bem como a quantidade demandada (curva positivamente inclinada).
Análise da Demanda de Mercado
*
*
Formato da Curva de Demanda
Calculada estatisticamente e empiricamente, através de modelos econométricos.
Funções: Tipo linear, potência, hiperbólica, etc.
qdi = 3 – 0,5.pi + 0,2.ps – 0,1.pc + 0,9.R
Coeficientes
em relação a qdi 
<0 >0 <0 >0 
Obs: a variável “Gosto” não é observável empiricamente.
Análise da Demanda de Mercado
*
*
Exercícios sobre a demanda de mercado
qdx = 3 – 0,5.px – 0,2.py + 5.R
1- Dados:
Pede-se: 
O Bem y é complementar ou substituto a x ? Por que ?
O bem x é normal ou inferior? Por que?
Supondo (px = 1, py = 2, R = 100) qual a quantidade procurada de x ? 
Análise da Demanda de Mercado
*
*
Exercícios sobre a demanda de mercado
qdx = 500 – 1,5.px + 0,2.py – 5.R
2- Dados:
Pede-se:
O bem x é normal ou inferior? Por que?
O bem y é complementar ou substituto a x ? Por que ?
O bem x seria um bem de Giffen ? Por que ?
Supondo ( px = 1 , py = 2 , R = 40 ) qual a quantidade demandada de x ?
Se a renda aumentar 50%, coeteris paribus, qual a quantidade demandada de x ?
Análise da Demanda de Mercado
*
*
Análise da Oferta de Mercado
Oferta é a quantidade de determinado bem ou serviço que os produtores desejam vender, em função dos preços, em um determinado período.
Considera-se que os produtores são racionais, já que estão produzindo com o lucro máximo, dentro da restrição de custos de produção.
*
*
Análise da Oferta de Mercado
Variáveis que afetam a Oferta de um bem ou serviço
*
*
Análise da Oferta de Mercado
Tudo o mais constante (coeteris paribus), se o preço do bem aumenta, estimula as empresas a produzirem mais. Para produzir mais, os custos serão maiores, e o
preço do bem deve ser aumentado.
Função Geral da Oferta
Como os empresários reagem, quando se altera o preço do
bem ou serviço, coeteris paribus.
Aumentando a quantidade ofertada
*
*
Análise da Oferta de Mercado
Função Geral da Oferta
*
*
Análise da Oferta de Mercado
Relação entre a oferta de um bem e preço do fator (Insumo) de produção (Pfp)
Supondo pi , pn , T, M constantes 
Preço do Fator de produção (pfp). Se o preço 
do fator mão-de-obra aumenta, diminui a oferta do bem, coeteris paribus, (haverá um deslocamento). O mesmo vale para os demais fatores de produção, como terra, matérias-primas, etc.
*
*
Análise da Oferta de Mercado
Deslocamentos da curva
Aumento do preço do fator de produção, coeteris paribus, há uma redução na oferta do bem.
Redução do preço do fator de produção, coeteris paribus, há um aumento na oferta do bem.
*
*
Análise da Oferta de Mercado
Relação entre a oferta de um bem e preço de outros bens, substitutos na produção (pn)
Supondo pi , pfp , T, M constantes
 
Preço de outro bem substituto na produção (pn). Ex.: Se o preço do bem substituto aumenta, e dado o preço do bem (coeteris paribus), os produtores diminuirão a produção do bem, para produzir mais do bem substituto.
*
*
Análise da Oferta de Mercado
Deslocamentos da curva
Aumento do preço do bem substituto, coeteris paribus, há uma redução na oferta do bem.
Redução do preço do bem substituto, coeteris paribus, há um aumento na oferta do bem.
*
*
Análise da Oferta de Mercado
Relação entre a oferta de um bem e tecnologia (T)
Supondo pi , pfp , pn , M constantes
 
Tecnologia (T). Um aumento na tecnologia,
coeteris paribus, aumenta a oferta do bem.
*
*
Análise da Oferta de Mercado
Deslocamentos da curva
Aumento da tecnologia, coeteris paribus, há um aumento na oferta do bem.
Redução da tecnologia, coeteris paribus, há uma redução na oferta do bem.
*
*
Análise da Oferta de Mercado
Relação entre a oferta de um bem e os objetivos e metas do empresário (M)
Supondo pi , pfp , pn , T constantes 
Objetivos e Metas dos empresários. Poderá haver interesse do empresário de aumentar ou reduzir a produção.
*
*
Análise da Oferta de Mercado
Curva de Oferta de Mercado de um Bem ou Serviço
A Oferta de Mercado é igual ao somatório das ofertas das firmas individuais, que produzem um dado bem ou serviço.
Obs: a cada preço, a oferta de mercado é a soma das ofertas das firmas individuais.
*
*
Análise da Oferta de Mercado
 80
 60
 40
 20
 0
Curva de Oferta de Mercado de um Bem ou Serviço
*
*
Análise da Oferta de Mercado
Curva de Oferta de Mercado de um Bem ou Serviço
*
*
Observações sobre a oferta de um Bem ou Serviço
Variação da oferta: deslocamento da curva de oferta, em virtude de alterações em pfp, pn, T, M (ou seja, mudança na condição coeteris paribus). 
Variações na quantidade ofertada: refere-se ao movimento ao longo da própria curva de oferta, em virtude da variação do preço do próprio bem pi , mantendo-se as demais variáveis constantes (coeteris paribus).
Análise da Oferta de Mercado
Importante:
variações da oferta  variações da quantidade ofertada
*
*
Análise da Oferta de Mercado
Variações na quantidade ofertada
Preços dos Insumos
Preços dos Bens Substitutos
Tecnologia
Objetivo do empresário
Número de Vendedores
Desloca a curva de oferta
Preço 
Movimento ao longo da curva de oferta
Variações na oferta
*
*
Excedente do produtor: ganho em bem-estar pelo fato do produtor receber no mercado um preço maior que aquele mínimo que viabilizaria sua produção.
*
*
O Equilíbrio de Mercado
O Equilíbrio de Mercado (Oferta e Demanda) de um Bem ou Serviço
O preço em uma economia de mercado é determinado tanto pela oferta como pela demanda.
O equilíbrio se encontra onde as curvas de oferta e de demanda se cruzam. Ao preço de equilíbrio, a quantidade oferecida é igual a quantidade demandada (quantidade de equilíbrio).
*
*
O Equilíbrio de Mercado
Lei da Oferta e da Demanda
O preço de qualquer bem se ajusta de forma a equilibrar a oferta e a demanda desse bem (Mecanismo de Preço).
Não há excesso de oferta, nem excesso de demanda:
quantidade que os consumidores querem comprar = quantidade que os produtores desejam vender 
O Equilíbrio de Mercado (Oferta e Demanda) de um Bem ou Serviço
*
*
O Excesso de Oferta 
Situação em que a quantidade
oferecida (Ex.: 15 unidades)
é maior que a quantidade
demandada (Ex.: 5 unidades).
Excesso do Bem
Fornecedores reduzem preços
Mercado atinge o Equilíbrio
O Equilíbrio de Mercado
*
*
O Excesso de Demanda
Situação em que a quantidade
demandada (Ex.: 15 unidades)
é maior que a quantidade
oferecida (Ex.: 5 unidades).
Escassez do Bem
Fornecedores aumentam preços
Mercado atinge o Equilíbrio
O Equilíbrio de Mercado
*
*
O Excesso de Oferta / Demanda / O Equilíbrio
Excesso de 
Demanda
O Equilíbrio de Mercado
Equilíbrio
*
*
Como um aumento na demanda afeta o equilíbrio.
Ex: as pessoas passam a cultivar
o hábito de leitura (coeteris paribus).
O “hábito” aumenta a demanda. A oferta permanece inalterada, pois este determinante não afeta diretamente as livrarias.
A curva de demanda se desloca para a direita.
O preço e a quantidade são aumentados (novo ponto de equilíbrio).
O Equilíbrio de Mercado
*
*
Como um redução na oferta afeta o equilíbrio.
Ex: Um terremoto destrói várias editoras.
O terremoto afeta a curva de oferta. A curva de demanda permanece inalterada, pois o terremoto não muda diretamente a quantidade demandada pelos compradores.
A curva de oferta se desloca para a esquerda (a qualquer preço a quantidade ofertada é menor).
O preço aumenta e a quantidade diminui (novo ponto de equilíbrio).
O Equilíbrio de Mercado
*
*
Uma Mudança simultânea na Oferta e na Demanda
Ex: As pessoas passam a cultivar o hábito de leitura e ao mesmo tempo, um terremoto destruindo várias editoras.
Ambas as curvas se deslocam.
A curva de Demanda se desloca para direita e a de Oferta para a esquerda.
Há dois resultados possíveis dependendo da extensão dos deslocamentos das curvas. (a) A quantidade o preço aumentam.
O Equilíbrio de Mercado
*
*
Uma Mudança simultânea na oferta e na demanda
Ex: As pessoas passam a cultivar o hábito de leitura e ao mesmo tempo, um terremoto destruindo várias editoras.
Ambas as curvas se deslocam.
A curva de Demanda se desloca para direita e a de Oferta para a esquerda.
Há dois resultados possíveis dependendo da extensão dos deslocamentos das curvas. (b) A quantidade diminui e o preço aumenta.
O Equilíbrio de Mercado
*
*
O Equilíbrio de Mercado
Exercícios sobre Equilíbrio de Mercado
Dados 	 D = 22 – 3p (função demanda)
			 S = 10 + 1p (função oferta)
Determinar o preço de equilíbrio e a respectiva quantidade.
Se o preço for R$ 4,00, existe excesso de oferta ou de
 demanda ? Qual é a magnitude desse excesso ?
*
*
O Equilíbrio de Mercado
Exercícios sobre Equilíbrio de Mercado
2. Dados:
qdx = 2 – 0,2.px + 0,03.R
qox = 2 + 0,1.px 
e supondo a renda R = 100, pede-se:
Preço e quantidade de equilíbrio do bem x.
Supondo um aumento de 20% da renda, determinar o novo preço e a quantidade de equilíbrio do bem x.
*
*
O Equilíbrio de Mercado
3. Num dado mercado, a oferta e a procura de um produto são dadas, respectivamente, pelas seguintes equações: 
Qo = 48 + 10.p
Qd = 300 – 8.p
Onde Qo, Qd e P são respectivamente, quantidade ofertada, quantidade demandada e o preço do produto. 
Qual será a quantidade transacionada nesse mercado, quando ele estiver em equilíbrio ?
Exercícios sobre Equilíbrio de Mercado
*
*
Conceito 
Elasticidade-Preço da Demanda
Elasticidade-Preço Cruzada da Demanda 
Elasticidade-Renda da Demanda
Elasticidade-Preço da Oferta
Exercícios
Elasticidades
*
*
 Elasticidades
Conceito:
É a alteração percentual em uma variável, dada uma variação percentual em outra, coeteris paribus.
Sinônimo de sensibilidade , resposta, reação de uma
variável, em face de mudanças em outras variáveis.
*
*
 Elasticidades
Exemplos na Microeconomia
Elasticidade-preço da demanda : variação percentual na quantidade demandada, dada a variação percentual no preço do bem, coeteris paribus.
Elasticidade-renda da demanda : variação percentual na quantidade demandada, dada uma variação percentual na renda, coeteris paribus.
Elasticidade-preço cruzada da demanda: variação percentual na quantidade demandada, dada a variação percentual no preço de outro bem, coeteris paribus.
Elasticidade-preço da oferta: variação percentual na quantidade ofertada, dada uma variação percentual no preço do bem, coeteris paribus.
*
*
 Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda:
É uma variação percentual na quantidade demandada, dada uma variação percentual no preço do bem, coeteris paribus. Mede a sensibilidade, a resposta dos consumidores, quando ocorre uma variação no preço de um bem ou serviço.
A Elasticidade-preço da demanda é sempre negativa. Seu valor é expresso em módulo (por exemplo, |Epd | = 1,5 que equivale a Epd = -1,5 ).
*
*
 Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda
Exemplo: Calcule a Elasticidade-preço da demanda em um ponto específico.
P0 = preço inicial = R$ 20,00
P1 = preço final = R$ 16,00 
Q0 = quantidade demandada,
 ao preço p0 = 30
Q1 = quantidade demandada,
 ao preço p1 = 39
0 15 30 39 50 
Preço do
Bem (R$)
 30
 20
 16
 8
 
Quantidade demandada
D
p1
p0
*
*
 Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda
Solução:
Variação
Percentual (%)
Interpretação: para uma queda de 20% no preço,a quantidade demandada aumenta em 1,5 vezes os 20%, ou seja, 30%, coeteris paribus.
*
*
 Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda
Classificação: demanda elástica, inelástica e de elasticidade unitária. 
Demanda elástica (|Epd|>1): significa que uma variação percentual no preço leva uma variação percentual na quantidade demandada em sentido contrário.
Por exemplo: |Epd |=1,5
Significa que, dada uma variação percentual, por exemplo, de 10% no preço, a quantidade demandada varia, em sentido contrário, em 15%, ou seja, 50% a mais, coeteris paribus. Isso revela que a quantidade é bastante sensível à variação de seu preço. 
*
*
 Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda
Demanda Inelástica (|Epd|<1): significa que uma variação percentual no preço leva uma variação percentual na quantidade demandada em sentido contrário, porém muito pequana.
Por exemplo: |Epd|=0,4
Neste caso, os consumidores são pouco sensíveis a variações de preço: uma variação de, por exemplo, 10% no preço leva a uma variação na demanda desse bem de apenas 4% (em sentido contrário) coeteris paribus.
*
*
 Elasticidades
Demanda de elasticidade unitária (|Epd|=1 ou Epd=-1): neste caso uma variação percentual no preço, implica na mesma varição percentual na quantidade demandada em sentido contrário.
Por exemplo: |Epd|=0,4
Se o preço aumenta em 10%, a quantidade cai também em 10%, coeteris paribus.
Elasticidade-preço da demanda
*
*
 Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda
Fatores que afetam:
Disponibilidade de bens substitutos: quanto mais bens substitutos, mais elástica é a demanda, pois dado um aumento de preços, o consumidor tem mais opções para “fugir” do consumo desse bem;
Essencialidade do bem: neste caso, quanto mais essencial é um bem, mais inelástica é a sua
demanda, geralmente são bens de consumo saciado, como por exemplo, sal açúcar, passagem de ônibus;
Importância relativa do bem no orçamento do consumidor: quanto maior o peso do bem no orçamento, mais elástica é a demanda.
Horizonte de tempo: quanto maior o horizonte de tempo, mais elástica é a demanda, pois um intervalo de tempo maior permite que os consumidores de determinada mercadoria descubram mais formas de substituí-la, quando seu preço aumenta.
*
*
 Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda
Interpretação geométrica
A elasticidade-preço da demanda varia, ao longo de uma mesma curva de demanda. Quanto maior o preço do bem, maior a elasticidade.
*
*
Preço
 do
Sal
(R$)
Qtd adquirida de sal
Preço
 do
CD´s
(R$)
Qtd adquirida de CD´s
Inclinação acentuada: as compras variam pouco com o aumento dos preços. (Insensível aos preços: inelástica)
Inclinação pequena: as compras variam muito com o aumento dos preços. (Sensível aos preços: elástica)
 Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda
*
*
Preço
 do
Bem
(R$)
Qtd adquirida do Bem
Inclinação infinita: as compras
não variam com o aumento dos preços.
Perfeitamente Inelástica: Epd=0
(Ex.: Bens Essenciais) 
Inclinação zero: as compras variam 
muito com o aumento dos preços.
Sensível aos preços.
Perfeitamente Elástica: Epd=
(Ex.: Mercados perfeitamente competitivos)
 Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda: casos extremos
Preço
 do
Bem
(R$)
Qtd adquirida do Bem
*
*
 Elasticidades
Relação entre a Receita Total do vendedor (ou dispêndio
total do consumidor) e Elasticidade-preço da demanda
Receita Total RT = preço unitário x quantidade comprada do bem
O que pode acontecer com a receita total (RT), quando varia o preço de um bem?
Resposta: vai depender da elasticidade-preço da demanda
*
*
a) Se a Epd for elástica: % qd > % p
se p aumentar, qd cairá, e a RT diminuirá;
se p cair, qd aumentará, e a RT aumentará.
b) Se Epd for inelástica: % qd < % p
se p aumentar, qd cairá, e a RT aumentará.
se p cair, qd aumentará, e a RT cairá.
c) Se Epd for unitária: % qd = % p
Tanto faz p aumentar ou cair, que a receita total (RT) permanece constante.
 Elasticidades
*
*
 Elasticidades
Conclusão:
Demanda
inelástica
É vantajoso aumentar o preço
(ou diminuir a produção)
Até onde
 Epd = -1
Pois, embora a quantidade caia, o aumento de preço mais que compensa a queda na quantidade, e a RT aumenta.
Ex.: Produtos agrícolas (principalmente os essenciais). Se, o aumento do preço for muito elevado pode acabar caindo no ramo elástico da demanda e assim, gerando a queda na receita total (RT).
*
*
 Elasticidades
Elasticidade-preço cruzada da Demanda
Variação percentual na quantidade demandada, dada a
variação percentual no preço de outro bem, coeteris paribus.
EpdAB > 0  A e B são substitutos (o aumento do preço de y aumenta o consumo de x, coeteris paribus).
EpdAB < 0  A e B são complementares (o aumento do preço de y diminui o consumo de x, coeteris paribus).
*
*
 Elasticidades
Elasticidade-renda da Demanda
Variação percentual na quantidade demandada, dada uma variação percentual na renda do consumidor, coeteris paribus.
ERd>1 Bem superior (ou bem de luxo): dada uma variação da renda, o consumo varia mais que proporcionalmente.
Erd >0 Bem normal: o consumo aumenta quando a renda aumenta.
ERd<0 Bem inferior: a demanda cai quando a renda aumenta.
ERd=0 Bem de consumo saciado: variações na renda não alteram o consumo do bem.
Obs.: Normalmente, a elasticidade-renda da demanda de produtos manufaturados é superior à elasticidade-renda de produtos básicos, como alimentos. 
*
*
 Elasticidades
Elasticidade-preço da oferta
Epo>1 Bem de oferta elástica.
Epo<1  Bem de oferta inelástica.
Epo=1  Elasticidade-preço de oferta unitária. 
Variação percentual na quantidade ofertada, dada uma variação percentual no preço do bem, coeteris paribus.
*
*
Introdução 
Incidência de um Imposto sobre Vendas
Fixação de Preços Mínimos na Agricultura 
Externalidades
Bens públicos
Exercícios
Aplicação da Análise Econômica em Políticas Públicas
*
Oferta, Demanda e Políticas do Governo
Em um mercado competitivo livre de regulamentos governamentais, as forças de mercado estabelecem os preços e as quantidades de equilíbrio.
Mesmo que as condições de equilíbrio sejam eficientes, pode ser que nem todos fiquem satisfeitos. 
Um dos papéis do economista é utilizar suas teorias para auxiliar no desenvolvimento de políticas.
*
Controle de Preços
São aplicados, em geral, quando os formuladores de políticas acreditam que o preço de mercado de um bem ou serviço é injusto para o comprador ou para o vendedor. Resultam em preços fixados pelo governo:
Preço Máximo
Teto legal máximo para o preço de venda de um bem. 		
Preço Mínimo
Piso legal mínimo para o preço de venda de um bem.
*
Preço Máximo
Quando o governo fixa um preço máximo, aparecem duas possíveis consequências:
 O preço máximo não é compulsório se for fixado acima do preço de equilíbrio.
 O preço máximo é compulsório se for fixado abaixo do preço de equilíbrio, provocando uma escassez.
*
Preço Máximo Não Compulsório
$4
$3
q
0
p
Demanda
Oferta
100
Quantidade de
equilíbrio
Preço de equilíbrio
*
Preço Máximo Compulsório
$3
q
0
p
2
Demanda
Oferta
125
Quantidade
demandada
75
Quantidade
ofertada
Preço de equilíbrio
*
$4
P1
Quantidade de gasolina
0
Preço da
gasolina
Q1
Demanda
Oferta
1. Inicialmente o preço máximo não é compulsório…
Preço Máximo Compulsório
*
P1
Quantidade de
gasolina
0
Preço da
gasolina
Q1
Demanda
S1
Preço
máximo
Preço Máximo Compulsório
*
Quando o governo impõe um preço mínimo, aparecem duas possíveis consequências.
O preço mínimo não é compulsório se fixado abaixo do preço de equilíbrio.
O preço mínimo é compulsório se fixado acima do preço de equilíbrio, provocando um excedente.
Preço mínimo
*
$3
q
0
p
100
Quantidade de 
equilíbrio
Demanda
Oferta 
2
Preço mínimo não compulsório
*
$3
q
0
p
Demanda
Oferta
$4
Preço mínimo compulsório
*
Um preço mínimo impede a oferta e a demanda de moverem-se na direção do preço e quantidade de equilíbrio. Quando o preço de mercado atinge o piso, não pode prosseguir na queda, e o preço de mercado se torna igual ao mínimo.
Um preço mínimo compulsório provoca um excedente porque QS>QD. Somente uma parte da produção é vendida ao preço mínimo, ou então somente alguns vendedores conseguem vender sua produção ao preço mínimo.
Exemplos: um exemplo importante de preço mínimo é o salário mínimo. A legislação trabalhista determina piso para o salário que o empresário pode pagar; garantia de preços mínimos para produtos agrícolas.
Efeitos de um preço mínimo
*
*
Quantidade de
mão-de-obra
0
Salário
Demanda de
mão-de-obra
Oferta de
mão-de-obra
Mercado de trabalho livre
Salário mínimo
*
*
Quantidade de
mão-de-obra
0
Salário
Demanda de
mão-de-obra
Oferta de
mão-de-obra
Mercado de trabalho com salário mínimo compulsório
Salário mínimo
*
Os governos utilizam impostos para arrecadar receita para objetivos públicos, porém apresentam impactos como:
desestímulo a atividade do mercado; 
 queda na quantidade vendida; 
 compradores e vendedores compartilham o ônus do imposto.
Incidência tributária é o estudo da distribuição do ônus de um imposto.
 Como se divide o ônus de um imposto?
Como os efeitos dos impostos sobre os vendedores se comparam com os efeitos sobre os compradores?
Impostos e Incidência Tributária
As respostas para esta questões dependem da elasticidade da demanda e da elasticidade da oferta.
*
Impacto de um Imposto de $ 0,50 sobre os Compradores
3.00
Quantidade
0
Preço
100
D1
Oferta, S1
*
3.00
0
100
90
D1
D2
Oferta, S1
Impacto de um Imposto de $ 0,50 sobre os Compradores
Preço
Quantidade
*
3.00
0
100
S1
Demanda, D1
Preço
sem
imposto
2.80
Preço
recebido
pelos
vendedores
$3.30
Preço pago
pelos
compradores
Equilíbrio sem imposto
Um imposto sobre os vendedores desloca a curva de oferta para cima em montante igual ao imposto ($0,50).
 Imposto ($0,50)
Equilíbrio
com imposto
Impacto de um Imposto de $ 0,50 sobre os Vendedores
Preço
Quantidade
*
*
Quantidade de
mão de obra
0
Salários
Demanda de
mão de obra
Oferta de
mão-de-obra
Cunha tributária
Imposto Sobre a Folha de Pagamento
*
Oferta Elástica, Demanda Inelástica
Quantidade
0
Preço
Demanda
Oferta
Imposto
2. ...a incidência do
 imposto recai mais
 pesadamente
 sobre os 
consumidores...
*
Oferta Inelástica, Demanda Elástica
0
Demanda
Oferta
Imposto
3. ...do que sobre
 os consumidores.
Quantidade
Preço
*
*
Introdução 
Conceitos Básicos
Produção com um Fator Variável e um Fixo 
(uma análise de curto prazo)
Produção a Longo Prazo
Exercícios
Produção
*
*
Introdução
Teoria da Firma
Curva de Oferta
Teoria da Produção
(relações entre a quantidade produzida e as quantidades de insumos utilizados)
Teoria dos Custos de produção
(inclui os preços dos insumos)
*
*
Produção – Conceitos Básicos
Produção: o processo pelo qual uma firma transforma os fatores de produção adquiridos em produtos ou serviços para a venda no mercado.
Insumos
Mão-de-obra
Capital Físico
Área, Terra
Matérias-primas
Processo de Produção
Produtos
Bens & Serviços Finais
Eficiência técnica: dados os diferentes processos de produção, é aquele que produzirá uma mesma quantidade de produto porém, com menor quantidade de insumo;
Eficiência econômica: dados os diferentes processos de produção, é aquele que permite produzir uma mesma quantidade de produto porém, com o menor custo de produção.
*
*
Função de produção: é a relação técnica entre a quantidade física de fatores de produção (N, K, M, T) e a quantidade física do produto (q) em determinado período de tempo.
Produção – Conceitos Básicos
onde:
N = mão-de-obra utilizada / tempo
K = capital físico (máquinas e equipamentos) / tempo
M = matéria-prima utilizada / tempo
Observação: função de produção  função de oferta
Função de oferta: relaciona a produção com os preços dos fatores de produção.
Função de produção: relaciona a produção com as quantidades físicas dos fatores de produção. 
*
*
Fatores de produção fixos: permanecem inalterados quando a produção varia.
Ex: o capital físico e as instalações da empresa
Fatores de produção variáveis: se alteram conforme a quantidade produzida varia.
Ex: mão de obra e matérias-primas utilizadas
Curto prazo (CP): período no qual existe pelo menos um fator de produção fixo;
Longo prazo (LP): todos os fatores de produção são variáveis.
Produção – Conceitos Básicos
*
*
Produto total (PT): é a quantidade total produzida, em determinado período de tempo.
Produção: Produto Total, Produtividade Média e Produtividade Marginal
Produtividade média (PMe): é a relação entre o nível do produto e a quantidade do fator de produção, em determinado período de tempo.
*
*
Produção: Produto Total, Produtividade Média e Produtividade Marginal
Produtividade marginal (PMg): é a variação do produto, dada uma variação de uma unidade na quantidade de fator de produção, em determinado período de tempo. 
*
*
Produção: Produto Total, Produtividade Média e Produtividade Marginal
OBS:
O formato das curvas PMgN e PMeN dá-se em virtude da Lei dos Rendimentos Decrescentes. 
*
*
Lei dos rendimentos decrescentes: ao aumentar o fator variável (N), sendo dada a quantidade de um fator fixo, a PMg do fator variável cresce até certo ponto e, a partir daí, decresce, até tornar-se negativa.”
Ex.: Atividade agrícola (Fator fixo: área cultivada).
Obs: essa lei só é válida se for mantido um fator fixo (portanto, só vale a curto prazo).
Produção: Lei dos Rendimentos Decrescentes
*
*
Isoquanta: significa de igual quantidade. Pode ser definida como sendo uma linha na qual todos os pontos representam infinitas combinações de fatores, que indicam a mesma quantidade produzida. Uma firma pode apresentar várias isoquantas de produção (mapa de produção).
A escolha de uma isoquanta, corresponde à escolha que o fornecedor deseja produzir, dependendo dos custos de produção e da demanda pelo produto.
Produção: Isoquanta de produção
*
*
Definição: análise das vantagens e desvantagens que a empresa tem, a longo prazo, em aumentar sua dimensão, seu tamanho, demandando mais fatores de produção.
Rendimentos crescentes de escala: neste caso uma aumento de 10% na quantidade de mão-de-obra ou 10% na quantidade de capital, implica em um aumento de mais de 10% na produção;
Rendimentos decrescentes de escala: Ocorre quando todos os fatores de produção crescem numa mesma proporção, e a produção cresce numa proporção menor;
Rendimentos constantes de escala: se todos os fatores de produção crescerem numa mesma proporção, a produção cresce na mesma proporção, neste caso, a produtividade média dos fatores de produção são constantes.
Produção: Rendimentos de escala ou economia de escala
*
*
Custos de Produção
Introdução 
Custo de oportunidade X Custos Contábeis 
Conceito de Externalidade 
Custos de Curto Prazo
Custos de Longo Prazo
Maximização do Lucro Total 
Exercícios
*
*
Avaliação privada: avaliação financeira, específica da empresa. Por exemplo, o aumento da produção de um determinado bem (automóvel);
Avaliação social: custos (ou benefícios) para toda a sociedade, derivados da produção da empresa. Por exemplo, a poluição advinda do aumento de automóveis (externalidade negativa).
Externalidades: alterações de custos e benefícios para a sociedade, derivadas da produção da empresa, ou então as alterações de custos e receitas da empresa, devidas a fatores externos à empresa.
Externalidades positivas
Externalidades negativas
Custos de Produção: Avaliação privada e avaliação social
*
*
Custo Fixo Total (CFT): mantém-se fixa, quando a produção varia.
Ex.: Aluguéis, depreciação, etc.
Custo Variável Total (CVT): varia com a produção, ou seja, depende da quantidade produzida. 
Ex.: gastos c/ folha de pagamento, despesas com matérias-primas, etc.
Custo Total (CT): soma do custo variável total com o custo fixo total.
Custos de Produção: Custos a Curto Prazo
*
*
Custos de Produção: Custos a Curto Prazo
OBS:
Lei dos Rendimentos Decrescentes = Lei dos Custos Crescentes
*
*
Custos de Produção: Custos a Curto Prazo
OBS:
Lei dos Rendimentos Decrescentes = Lei dos Custos Crescentes
RT
*
*
Custo Fixo Médio (CFMe):
Custo Variável Médio (CVMe):
Custo Médio (CMe ou CTMe):
CTMe = CVMe + CFMe
Custos de Produção: Custos a Curto Prazo
*
*
Custos de Produção: Custos a Curto Prazo
O formato de U das curvas CTMe e CVMe “a curto prazo” também se deve à lei dos rendimentos decrescentes, ou lei dos custos crescentes.
Custos médios declinantes:
Pouca mão-de-obra 
p/ grande capital.
Vantajoso absorver mão-de-
obra e aumentar a produção,
 pois o custo médio cai.
Em certo ponto, satura-se a utilização do capital (que é fixo) e a admissão de mais mão-de-obra não trará aumentos proporcionais de produção (custos médios ou unitários começam a elevar-se).
*
*
Custo Marginal: diferentemente dos custos médios, os custos marginais referem-se às variações de custo, quando se altera a produção, ou seja, é o custo de se produzir uma unidade extra de produto.
Custos de Produção: Custos a Curto Prazo
OBS: 
Os custos marginais não são influenciados pelos custos fixos (invariáveis a curto prazo).
*
*
Custos de Produção: Relação
entre Custo Marginal e os 
Custos Médios Total e Variável (Custos a Curto Prazo)
Quando o custo marginal supera o custo médio (total ou variável), significa que o custo médio estará crescendo. Ao mesmo tempo, se o custo marginal for inferior ao médio, o médio só poderá cair.
Conclusão: quando o custo marginal for igual ao custo médio (total ou variável), o marginal estará cortando o médio no ponto de mínimo do custo médio. 
*
*
No longo prazo não existem custos fixos, todos os custos são variáveis, sendo assim, um agente econômico:
Opera no curto prazo e;
Planeja no longo prazo.
Os empresários têm um elenco de possibilidades de produção de curto prazo, com diferentes escalas de produção (tamanho), que podem escolher. 
Custos de Produção: Custos a Longo Prazo
*
*
Custos de Produção: Custos a Longo Prazo
Supondo 3 escalas de produção: I) 10, II) 15 e III) 30 máquinas. Neste caso, as curvas de custo médio de longo prazo serão:
	I. Produção de q1  CMeC1 < CMeC2 e CMeC3
	II. Produção de q3  CMeC2 < CMeC1 e CMeC3
	III. Se planeja produzir em:
		- q2  CMeC2 = CMeC1 
		- q4  CMeC2 = CMeC3
		- são as opções normalmente escolhidas.
*
*
A curva “cheia” é a curva de custo médio de longo prazo CMeLP) (Curva de Envoltória ou curva de planejamento de longo prazo). Esta curva mostra o menor custo unitário.
Custos de Produção: Custos a Longo Prazo
Embora, as curvas de custo médio de longo e de curto prazo tenham o mesmo formato em U, elas diferem no sentido de que o formato a curto prazo deve-se a Lei dos rendimentos decrescentes (ou custos crescentes), a uma dada planta ou tamanho, enquanto o formato da curva de longo prazo deve-se aos rendimentos de escala, quando varia o tamanho da empresa.
*
*
Isocusto: conjunto de todas as combinações possíveis de fatores de produção (K, L) que mantém constante o custo ou orçamento total da empresa. 
Dados os preços dos fatores, se a empresa aumenta a contratação de um fator, deverá reduzir a aquisição de outro fator, se deseja manter constante o orçamento gasto  Inclinação negativa.
K
L
Isocusto
Custos de Produção: Custos a Longo Prazo
*
*
Estruturas de Mercado
Introdução 
Mercado em Concorrência Perfeita
Monopólio
Oligopólio
Concorrência Monopolística
Estruturas do Mercado de Fatores
*
*
As várias formas ou estruturas de mercado dependem fundamentalmente de 3 características:
número de empresas que compõem esse mercado;
tipo do produto (se as firmas fabricam produtos; 
 idênticos ou diferenciados);
c) se existem ou não barreiras ao acesso de novas empresas nesse mercado.
Estruturas de Mercado: Introdução
*
*
As principais características são:
Mercado atomizado: mercado com infinitos vendedores e compradores (como átomos”), de forma que um agente isolado não tem condições de afetar o preço de mercado. Assim, o preço de mercado é um dado fixado para empresas e consumidores (são price-takers, isto é, tomadores de preços pelo mercado);
Produtos homogêneos: todas as firmas oferecem um produto semelhante, homogêneo. Não há diferenças de embalagem, qualidade nesse mercado;
Mobilidade de firmas: não há barreiras para o ingresso de empresas no mercado.
Racionalidade: os empresários sempre maximizam lucro e os consumidores maximizam satisfação ou utilidade derivada do consumo de um bem, ou seja, os agentes agem racionalmente.
Transparência do mercado: consumidores e vendedores têm acesso a toda informação relevante, sem custos, isto é, conhecem os preços, qualidade, os custos, as receitas e os lucros dos concorrentes.
Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita
*
*
Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita
OBS:
Uma característica do mercado em concorrência perfeita é que, a longo prazo, não existem lucros extras ou extraordinários (onde as receitas supram os custos), mas apenas os chamados lucros normais, que representam a remuneração implícita do empresário (seu custo de oportunidade, ou o que ele ganharia se aplicasse seu capital em outra atividade. 
*
*
Teoria Microeconômica
( Teoria Neoclássica ou 
Teoria Marginalista)
Empresas têm como objetivo
maior a maximização dos lucros
(a curto ou a longo prazo)
LT = RT – CT 
LT = Lucro total;
RT = Receita total de vendas;
CT = Custo total de produção. 
Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita (Maximização dos Lucros no Curto Prazo)
*
*
Deverá escolher o nível de produção para qual a diferença positiva entre RT e CT seja a maior possível (máxima).
Definição:
Receita Marginal (RMg): é o acréscimo da receita total pela venda de uma unidade adicional do produto.
Custo Marginal (CMg): é o acréscimo do custo total pela produção de uma unidade adicional do produto.
Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita (Maximização dos Lucros no Curto Prazo)
*
*
A maximização do lucro ocorre, em um nível de produção tal que a receita marginal da última unidade produzida seja igual ao custo marginal desta última unidade produzida. 
RMg = CMg
Se:
RMg > CMg  há interesse de aumentar a produção, pois cada unidade adicional fabricada aumenta o lucro;
RMg < CMg  há interesse de diminuir a produção, pois cada unidade adicional que deixa de ser fabricada aumenta o lucro;
RMg = CMg  há a maximização do lucro, sendo CMg crescente.
Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita (Maximização dos Lucros no Curto Prazo)
*
*
Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita (Maximização dos Lucros no Curto Prazo)
*
*
A firma estará maximizando o lucro no ponto onde a taxa de intercâmbio dos fatores permitida pela tecnologia (T.M.S.T.) é igual à taxa de intercâmbio permitida pelo mercado (preços dos fatores);
Essa combinação ótima de fatores é, ao mesmo tempo a que minimiza o custo e maximiza a receita  Dualidade
Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita (Maximização dos Lucros no Curto Prazo)
K
L
Equilíbrio do produtor
K*
L*
*
*
Características básicas:
 uma única empresa produtora do bem ou serviço;
 não há produtos substitutos próximos;
 existem barreiras à entrada de firmas concorrentes.
As barreiras de acesso podem ocorrer de várias formas:
Monopólio puro ou natural: devido à alta escala de produção requerida, exigindo um elevado montante de investimento. A empresa monopolística já está estabelecida em grandes dimensões e tem condições de operar com baixos custos. Torna-se muito difícil alguma empresa conseguir oferecer a um preço equivalente à firma monopolista;
Patentes: direito único de produzir o bem;
Controle de matérias-primas chaves: como por exemplo, o controle das minas de bauxita pelas empresas produtoras de alumínio;
Monopólio estatal ou institucional: protegido pela legislação, normalmente em setores estratégicos ou de infra-estrutura;
Estruturas de Mercado: Monopólio
*
*
Diferentemente da concorrência perfeita, como existem barreiras à entrada de novas empresas, os lucros extraordinários devem persistir também a longo prazo em mercados monopolizados. Porém, como em concorrência perfeita, o ponto de equilíbrio do monopolista (ponto de maximização do lucro), ocorre onde:
RMg = CMg
Estruturas de Mercado: Monopólio
*
*
Características básicas:
muitas empresas, produzindo um dado bem ou serviço;
cada empresa produz um produto diferenciado, mas com substitutos próximos;
cada empresa tem um certo poder sobre os preços, dado que os produtos são diferenciados, e o consumidor tem opções de escolha, de acordo com sua preferência.
OBS:
Como não existem barreiras para a entrada de firmas, a longo prazo há tendência apenas para lucros normais (RT=CT), como em concorrência perfeita, ou seja, os lucros extraordinários a curto prazo atraem novas firmas para o mercado, aumentando a oferta do produto, até chegar-se a um ponto em que persistirão lucros normais,
quando então cessa a entrada de concorrentes.
Estruturas de Mercado: Concorrência Monopolística
*
*
Definido de duas formas:
oligopólio concentrado: pequeno nº de empresas no setor. Ex. Indústria automobilística ou;
oligopólio competitivo: um pequeno nº de empresas domina um setor com muitas empresas. Ex.: Brahma e Antártica. 
Características básicas:
devido à existência de empresas dominantes, elas têm o poder de fixar os preços de venda em seus termos, defrontando-se normalmente com demandas relativamente inelásticas, em que os consumidores têm baixo poder de reação a alterações de preços;
no oligopólio, assim como no monopólio, há barreiras para a entrada de novas empresas no setor.
Estruturas de Mercado: Oligopólio
*
*
Tipos de oligopólio:
com produto homogêneo (por exemplo, alumínio e cimento);
com produto diferenciado (por exemplo, automóveis).
OBS:
A longo prazo os lucros extraordinários permanecem, pois as barreiras à entrada de novas firmas persistirão.
Formas de atuação das empresas:
concorrem entre si: via guerra de preços ou de promoções (forma de atuação pouco freqüente);
formam cartéis (conluios, trustes): cartel é uma organização (formal ou informal) de produtores dentro de um setor, que determina a política para todas as empresas do cartel. O cartel fixa preços e a repartição (cota) do mercado entre as empresas.
Estruturas de Mercado: Oligopólio
*
*
Estruturas de Mercado: Oligopólio
Não existe um modelo geral de oligopólio, pois eles são muito diferentes entre si. O modelo mais tradional parte da maximização dos lucros pelo empresário, e neste caso a RMg = CMg.
Modelo de mark-up:
Mark-up = Receitas de Vendas – Custos Diretos de Produção
e neste caso o preço é calculado:
onde:
p = preço do produto
c = custo unitário direto ou variável
m = taxa (%) de mark-up
*
*
Estruturas de Mercado: Teoria dos Jogos
Descrição de um jogo:
Jogadores: quem está envolvido;
Regras: quem joga e quando? O que ele sabe, quando joga? O que ele pode fazer?
Resultados: para cada conjunto de ações possível, qual é o resultado do jogo.
Payoffs: quais são as preferências dos jogadores sobre os possíveis resultados do jogo?
Estratégia dominante: é uma estratégia que é ótima para um jogador independentemente da(s) estratégia(s) escolhida(s) pelo(s) outro(s) jogador(es). Quando cada jogador possui uma estratégia dominante, dizemos que a combinação dessas estratégias é um equilíbrio com estratégias dominantes.
*
*
Dois parceiros em um crime são presos por um policial. Para cada ladrão, o policial propõe que ele confesse o crime e sirva de testemunha de acusação. Se um dos ladrões confessa o crime e o outro não, aquele que confessou será posto em liberdade e o outro cumprirá pena de 10 anos. Caso os dois confessem, ambos ficarão presos por 3 anos. Se nenhum dos dois confessarem, a penalidade será de apenas um ano.
Estruturas de Mercado: Teoria dos Jogos (Exemplo: o dilema dos prisioneiros)
*
*
Prisioneiro A
Prisioneiro B
confessa
(-3,-3)
(0,-10)
(-10,0)
(-1,-1)
confessa
não confessa
não confessa
Uma estratégia é dita estritamente dominada quando há uma outra estratégia que gera sempre um melhor resultado independentemente da estratégia escolhida pelo outro jogador.
Uma estratégia é dita fracamente dominada quando há uma outra estratégia que gera sempre um resultado melhor ou igual independentemente da estratégia escolhida pelo outro jogador.
Estruturas de Mercado: Teoria dos Jogos (Exemplo: o dilema dos prisioneiros)
*
*
O conjunto das estratégias escolhidas pelos jogadores de um jogo constitui um equilíbrio de Nash se, para cada jogador, a sua estratégia é ótima dadas as estratégias adotadas pelos outros jogadores.
Todo equilíbrio com estratégias dominantes é um equilíbrio de Nash mas nem todo equilíbrio de Nash é um equilíbrio com estratégias dominantes.
Estruturas de Mercado: Teoria dos Jogos (Equilíbrio de Nash)
*
*
Estruturas de Mercado: Resumo
Plan1
		
		
		
				Estrutura		Objetivo da Empresa		Número de Firmas		Tipo de Produto		Entrada de Novas Empresas		Lucros a LP
		
				Concorrência Perfeita				Infinitas		Homogêneo		Não existem barreiras		Lucros Normais
				Monopólio				Uma		Único		Barreiras		Lucros Extraordinários
				Concorrência Monopolística				Muitas		Diferenciado		Não existem barreiras		Lucros Normais
				Oligopópilo						Homogêneo ou diferenciado		Barreiras		Lucros Extraordinários
				Modelo Clássico				Oligopólio Concentrado: poucas empresas
				Modelo de Mark-up				Oligopólio Competitivo: poucas dominam o setor
Plan2
		
Plan3
		
*
*
Concorrência perfeita: existe uma oferta abundante do fator de produção (ex.: mão-de-obra não especializada), o que torna o preço desse fator constante.
Monopsônio: há somente um comprador para muitos vendedores dos serviços dos insumos.
Oligopsônio: existem poucos compradores que dominam o mercado para muitos vendedores. Ex.: Indústria de laticínios.
Monopólio bilateral: ocorre quando um monopsonista, na compra do fator de produção, defronta-se com um monopolista na venda desse fator. 
 
Estruturas de Mercado: fatores de produção
*
*
Cada ciência observa e analisa a realidade do aspecto 
material do seu objeto, segundo sua própria lógica formal.
*
2
2
*
3
3
*
5
5
*
7
6
*
10
7
*
7
6
*
7
6
*
15
12
*
17
8
*
17
8
*
24
15
*
*
*
29
20
*
33
23
*
38
23
*
*
*
44
32
*
51
32
*
*
*
*
*
*
*

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes