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Nutrição na gestação

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Comendo por dois: guia de nutrição na gestação Por: Margaret Comerford Freda, Doutora em educação, enfermeira registrada, Certified Health Education Specialists (CHES) e Food Allergy and Anaphylaxis Network (FAAN) Quando você está grávida, seus hábitos alimentares tornam-se mais importantes do que nunca. Eles afetam sua saúde, a maneira como você se sente e, é claro, o bebê! Os órgãos de seu filho precisam da quantidade certa de proteínas, carboidratos e gorduras para se desenvolverem adequadamente. Por isso, preste bastante atenção na sua dieta.
Qual é uma boa dieta durante a gestação? Em primeiro lugar, não faça regime! Agora não é hora de passar fome. Também não é hora de perder peso. Coma alimentos bons e nutritivos e, depois da gravidez, você perderá todos os quilos que ganhou. Se você tem problema de peso - se está acima ou abaixo do peso ideal - talvez precise seguir um programa nutricional especial durante a gravidez. Converse sobre isso com seu médico.
Quanto peso as mulheres costumam ganhar durante a gravidez? O Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia diz que um ganho de peso médio de 13 quilos (ou uma faixa de 4,5 a 7,2 quilos) é normal. Se você ganhar muito mais que isso, vai demorar mais tempo para perder. Portanto, embora você não deva fazer dieta durante a gravidez, não deve usar a gravidez como desculpa para comer o tempo todo, certo?
Coisas Boas para Comer 
O guia de nutrição para a gestação que vem a seguir foi adaptado do Boletim do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.
Aqui estão descritas as principais categorias de alimentos, com exemplos de uma porção:
 
	AS OPÇÕES DIÁRIAS DE ALIMENTOS
	Pães, cereais, grãos integrais: 6 a 11 porções diárias
	1 fatia de pão;
1 pão de hambúrguer ou brioche;
3 a 4 bolachas cream-cracker pequenas ou 2 grandes;
1 xícara de cereal, massa ou arroz cozido;
1 xícara de cereal pronto para comer;
	Frutas: 2 a 4 porções diárias
	1 maçã média, banana ou outra fruta;
1 xícara de fruta fresca, cozida ou enlatada
	Legumes e verduras: 3 a 5 porções diárias
	1 xícara de verduras cruas
1/2 xícara de verduras ou legumes cozidos ou cortados crus
	Carne, aves, peixe: 6 a 7 onças diárias
	1 ovo
1 xícara de feijões cozidos;
2 colheres de sopa de doce de leite
	Leite, queijo, iogurte: 4 porções diárias
	1 xícara de leite
1 xícara de leite desnatado
230 g de iogurte
30 g de queijo natural
60 g de queijo processado
	Gorduras e doces: Limite as gorduras e os doces
	Você pode comer manteiga, sorvete ou queijo cremoso como faria normalmente. Doces podem ser consumidos com moderação, mas evite consumir grandes quantidades de calorias sem nutrientes para não perder o controle do peso.
CALORIAS
A maioria das mulheres grávidas precisa de 300 calorias adicionais por dia. Isso equivale a dois copos de leite desnatado, uma xícara de sorvete, uma baguete com queijo cremoso ou um sanduíche de atum.
DESEJOS POR COMIDA 
Não se sabe porquê, mas algumas mulheres costumam ter desejos por comidas diferentes durante a gravidez. É pouco provável que esses desejos resultem de deficiências alimentares. Não há razão para evitar comer o que se deseja, desde que se coma com moderação para evitar um ganho de peso muito grande. O desejo de comer coisas estranhas como barro e goma para roupas acontece com algumas gestantes, infelizmente. Se você sentir essa vontade, informe o seu médico.
PROTEÍNA 
Mulheres grávidas precisam de 60 g de proteína por dia. Uma xícara de leite ou 30 g de carne vermelha contém aproximadamente 10 gramas de proteína. Carnes magras, aves, peixe, feijões secos, lentilhas, nozes, ovos e queijo são boas fontes de proteína. Evite queijos suaves não pasteurizados, como Brie e jalisco. Evite também carnes cruas ou mal passadas, pois podem conter bactérias que vão prejudicar o seu bebê.
CÁLCIO 
O cálcio é necessário durante a gravidez para a formação dos ossos e dentes do bebê. A cota diária de cálcio recomendada durante a gravidez é de 1.200 mg por dia. O cálcio pode ser obtido em vegetais de folhas verdes, suco de laranja, leite, iogurte e queijo. Você deve comer quatro porções de alimentos ricos em cálcio diariamente.
FERRO 
Você precisa de 15 a 30 mg por dia. Peixe, aves, cereais ou grãos integrais, vegetais de folhas verdes, legumes, frutas secas, ovos, fígado e carne vermelha são boas fontes de ferro. A maioria das mulheres toma suplementos desse mineral no segundo e terceiro trimestres da gravidez mas, se sua dieta for rica em ferro, isso não será necessário.
VITAMINAS E SUPLEMENTOS MINERAIS NO PRÉ-NATAL
Apesar de as vitaminas e suplementos minerais não serem necessários para quem come uma dieta balanceada, muitos obstetras acham que eles não fazem mal e que, portanto, podem ser usados. Contudo, eles não devem ser usados para substituir uma dieta balanceada. Consulte o médico antes de tomar quaisquer vitaminas e suplementos. Mantenha todas as vitaminas e preparados em ferro longe do alcance das crianças para evitar overdoses acidentais.
CAFEÍNA 
O ideal é consumir moderadamente. Não beba por dia mais do que duas bebidas à base de cafeína (como café e refrigerante).
ASPARTAME (NUTRASWEET) 
O aspartame foi aprovado pelo "Food and Drug Administration", órgão dos Estados Unidos, equivalente à nossa Vigilância Sanitária, para consumo moderado durante a gravidez.
SÓDIO (SAL) 
O sódio é um nutriente importante, e a maioria das mulheres o consome em quantidades suficientes na dieta. Há algum tempo, o consumo de sódio durante a gravidez era restrito. Hoje em dia, os médicos já sabem que não há perigo para a gestante, desde que ela não apresente risco específico, como pressão alta.
ÁLCOOL 
A síndrome fetal do álcool foi reconhecida pela primeira vez nos anos 80. Nesta síndrome, bebês recém-nascidos, que foram expostos ao álcool durante a gestação, mostram sinais de retardamento mental e anormalidades físicas. Não se sabe exatamente a quantidade de álcool que causa o problema. Portanto, não é recomendável que gestantes consumam álcool.
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Importância da Nutrição no Período Gestacional 
A Gestação é um período que exige extrema orientação, atenção e apoio, para que seja possível enfrentar todas as alterações fisiológicas, psicológicas e anatômicas. Este é um período na vida da mulher no qual todos os esforços devem ser empreendidos para garantir seu bem-estar físico e mental. Vários são os processos que ocorrem no corpo da grávida para garantir o surgimento de uma nova vida.
Durante esse ciclo o desenvolvimento do feto dependerá não só de fatores biológicos como também de ambientais. A Nutrição tem extrema importância neste momento, pois nele, a deficência, o excesso ou a ausência de certos nutrientes podem ser decisivos para o desenvolvimento de diversas patologias, durante a gestação, no momento do parto ou até mesmo consequências futuras para o bebê. A nutrição atua, através de uma dieta balanceada, no desenvolvimento correto do novo ser em formação, na saúde da futura mãe e na preparação para a lactação.
Constituído de 40 semanas, o período gestacional é heterogêneo em seus aspectos fisiológicos, metabólicos e nutricionais. (VITOLO, 2003).
É nesse período que a mãe deve se alimentar de forma adequada, pois depende do seu estado nutricional o correto desenvolvimento do feto. Vários estudos já mostraram que uma dieta insuficiente pode causar sérios prejuízos para o bebê, como os partos prematuros e até mesmo a mortalidade. (DIETA NA GRAVIDEZ, 2009).
Uma dieta equilibrada garante à futura mãe energia, proteínas, vitaminas e minerais em quantidades suficientes, produzindo a saúde da mãe-filho. (DIETA NA GRAVIDEZ, 2009).
A gravidez é um estado anabólico, dinâmico, em que uma série de adaptações do metabolismo materno se processa para apoiar o crescimento e o desenvolvimento do feto, mantendo ao mesmo tempo o equilíbrio materno e a preparação para a lactação. (FEFERBAUM E FALCÃO, 2002).
Várias são as adaptações fisiológicas durante o período gestacional para asseguraro desenvolvimento sadio do feto, como o aumento de 50% do volume plasmático e 20% do conteúdo de hemoglobina, elevação de estrógeno e progesterona, alterações nos níveis de lipídios, colesterol, caroteno, vitamina E e fatores de coagulação, elevação do débito cardíaco, aumento das taxas do metabolismo basal, ajuste no metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas, hiperventilação, aumento da filtração glomerular e não menos importante são as alterações nas funções gustativas e olfatórias. (VITOLO, 2003).
A formação da placenta garante a transferência de nutrientes, eletrólitos, gases, hormônios, etc. para o ser em desenvolvimento. Porém todas as suas funções dependerão da concentração do plasma materno. (VITOLO, 2003). Dessa forma percebe-se que um suprimento adequado de nutrientes pela circulação materna é indispensável para o crescimento do feto e da própria placenta. (FEFERBAUM E FALCÃO, 2002).
Aprofundando a importância da nutrição durante a gestação:
Segundo Monteiro e Camelo Júnior (2007), uma boa alimentação durante a gestação objetiva as condições adequadas para manutenção da saúde materna e desenvolvimento adequado do feto proporcionando também, reservas para lactação. É um período que requer o aumento das necessidades nutricionais e um cuidado especial.
Os carboidratos servem como combustível do corpo e previnem que a proteína seja utilizada como fonte de energia. Encontrado nos açúcares, deve-se evitar o excesso de doces, pois estes favorecem o ganho de peso excessivo. Dar preferência para frutas como sobremesa é uma opção. Outra fonte é o amido encontrado nos grãos, principalmente o arroz, nas farinhas e raízes. O ideal é consumir o amido na forma integral, como arroz e pães integrais. A ingestão de fibras é importante para prevenir a constipação, alteração fisiológica comum na gestação. As proteínas fazem parte da formação de tecidos no corpo da mãe (útero, mamas, placenta, líquido amniótico) e do crescimento e desenvolvimento do feto. É importante que se controle o consumo do sal, consequentemente embutidos (presunto, salame, mortadela, salsicha) e produtos em conserva, porque estes alimentos contêm muito sal colaborando para inchaço das pernas e pés. Os lipídios fornecem bastante energia, vitaminas A, D, E e K e ácidos graxos essenciais para a formação de tecidos e hormônios. O consumo de peixes, vegetais verde escuro e oleaginosas fontes de Omega 3 e 6 são fundamentais para o desenvolvimento e funcionamento do sistema nervoso do feto. Optar por carnes magras, de preferência ensopadas ou chapeadas, batata assada ou cozida, observar a existência de gordura trans nos produtos e evitar sua ingestão são algumas dicas. (BRASIL, 2005; OLIVEIRA, 1998 e SÁ, 1990).
O papel de vitaminas e minerais é prevenir o aborto, baixo peso ao nascer, desenvolvimento ou agravamento de anemia, ou seja, manutenção da saúde e desenvolvimento saudável do feto e da mãe. Abaixo estão algumas fontes e importâncias dos micronutrientes (BRASIL, 2005; FRANCO, 2003; MONTEIRO E CAMELO JÚNIOR, 2007; OLIVEIRA, 1998; SÁ, 1990):
· O zinco tem papel importante como antioxidante, prevenindo a prematuridade e baixo peso ao nascer do feto, está ligado à síntese de DNA e RNA. Encontrado nas carnes, principalmente frutos do mar e oleaginosas;
· A vitamina A auxilia o desenvolvimento celular e crescimento ósseo do feto. Interfere no desenvolvimento do tecido ocular e no sistema imunológico da gestante. Suas fontes são leite e derivados, gema de ovo, fígado, frutas como laranja e mamão, couve e vegetais amarelos;
· O ácido fólico é fundamental para multiplicação celular, desenvolvimento uterino e da placenta, aumento do número de eritrócitos maternos e crescimento fetal. Fígado, feijões, brócolis, vegetais verdes, frutas cítricas e alimentos enriquecidos como as farinhas de trigo e milho são ótimas fontes;
· As Vitaminas D e E mantêm a integridade das células que transportam oxigênio. A vitamina D, aliada ao sol, promove a absorção de cálcio e fósforo e sua fixação nos ossos e dentes. A carência severa pode levar ao raquitismo na gestante e alteração óssea no bebê. Laticínios, fígado, gema de ovo, aveia, feijão, óleos, oleaginosas e verduras são fontes;
· O cálcio encontrado na gema de ovo, leite e derivados é essencial para a formação do esqueleto do feto, saúde da gestante, produção de leite e processo de coagulação. De acordo com o dia alimentar, há necessidade de consumir maior quantidade deste mineral, vale ressaltar a importância da exposição à luz solar em conjunto com a vitamina D (óleos de peixes e gema de ovos) para melhor absorção deste mineral;
· A vitamina C encontrada principalmente em frutas cítricas, banana, manga, caju, rabanete, tomate, pimentão e verduras é fundamental para a formação do colágeno, aumenta a absorção do ferro, fortalece o sistema imunológico, previne o parto prematuro e a eclampsia;
· Niacina e Tiamina favorecem o metabolismo energético materno e fetal, transformando glicose em energia. Boas fontes são as verduras, legumes, carnes magras, leite e derivados, cereais integrais, frutas e ovos;
· A ingestão de ferro, visa prevenir o agravamento ou desenvolvimento da anemia. Vale ressaltar que este mineral atua como transportador de oxigênio e formador das células sanguíneas do feto. Atenção para o consumo de carnes em geral, folhosos na cor verde-escura, leguminosas, nozes, castanhas e grãos integrais, melado e produtos enriquecidos. A ingestão simultânea de Ferro e vitamina C aumenta a absorção deste mineral. Mesmo procurando estabelecer uma dieta balanceada com alimentos ricos neste mineral, é indicada a suplementação via oral pelo fato da anemia estar presente. Por fim, é fundamental que se faça o fracionamento das refeições garantindo uma melhor digestão e aproveitamento dos alimentos. Refeições feitas a cada 3 horas permitem a saciedade e reduzem os sintomas de azia e mal estar. Deve-se comer devagar e mastigar bem os alimentos. Ingestão de água e sucos em substituição aos refrigerantes. Praticar alguma atividade física como caminhadas e hidroginástica pelo menos 30 minutos faz bem a saúde da mãe e consequentemente do bebê. (BRASIL, 2005; OLIVEIRA, 1998 e SÁ, 1990).
Bibliografia:
Diagnóstico de gestação.
Disponível em: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?207. Acesso em: 13 de Abril de 2009.
Dieta na gravidez.
Disponível : http://www.clubedobebe.com.br/manual%20da%20gestacao/dietanagravidez.htm . Acesso em: 14 de Abril de 2009.
FEFERBAUM, Rubens; FALCÃO, Mário. Nutrição do recém nascido. São Paulo: Atheneu, 2002.
VITOLO, Márcia Regina. Nutrição: da gestação à adolescência. 1. ed. Rio de Janeiro:Reichmann E Affonso Editores, 2003.
BRASIL. Guia alimentar para a população brasileira: promovendo a alimentação saudável. Ed. especial. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2005.
OLIVEIRA, José Eduardo Dutra de; MARCHINI, Júlio Sérgio. Ciências nutricionais. São Paulo: Sarvier, 1998.
SÁ, Neide Gaudenci de. Nutrição e dietética. 7. ed. rev. e atual. São Paulo: Nobel, 1990.
FRANCO, Guilherme. Tabela de composição química dos alimentos. 9. ed. Rio de Janeiro: Livr. Atheneu, 2003.
MONTEIRO, Jacqueline Pontes; CAMELO JUNIOR, José Simon (Coord.) Caminhos da nutrição e terapia nutricional: da concepção à adolescência. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
OLIVEIRA, José Eduardo Dutra de; MARCHINI, Júlio Sérgio. Ciências nutricionais. São Paulo: Sarvier, 1998.
PINHEIRO, Ana Beatriz V. Et al. Tabela para avaliação de consumo alimentar em medidas caseiras. 5. ed. São Paulo: Atheneu, 2005.

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