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TRABALHO DE MAURO

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MEMORIAL DESCRITIVO E DE CÁLCULO
BARRAGEM PASSA NADA
Memorial Descritivo e de Cálculo
Barragem de Terra Homogênea
Arthur Augusto Braga Almada – 5285
Caio Duarte Valverde – 5329
Lucas Monteiro Rosa Alves – 5343
Lucas Silva Paiva – 6523
Mauro Afonso M. de Figueiredo Filho - 5220
Thiago Barbosa Caetano da silva – 5190
Victor Montalvão Fernandes - 5385
MEMORIAL DESCRITIVO
APRESENTAÇÃO
Este documento faz parte dos serviços de projeto que a NC Engenharia, presta ao senhor Klinger Senra Rezende, com a finalidade demonstrativa de toda a metodologia e cálculos utilizados na execução do Projeto de barragem de terra homogênea denominada Barragem do Passa Nada, que tem como uso a recreação e está presente no município de Araxá, localizado no Planalto de Araxá, região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba no Sudoeste do Estado de Minas Gerais. A área total do município é de 1.170,30km² sendo que a área limitada do perímetro urbano é de 345km².
Figura 1- Localização do município de Araxá em Minas Gerais
Os dados apresentados neste memorial foram obtidos a partir do Plano diretor Estratégico – Diagnóstico e Tendências do Município de Araxá (2009).
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DA ÁREA
Geologia e Geomorfologia
Araxá pode ser caracterizado por 4 porções em relação à altimetria do município. A porção Sul, limitada pelas serras da Bocaina e do Sacramento ou Taquaral, tem altitudes predominantes em torno de 1.150m e cotas extremas de 1.000 e 1.200m. A porção Central compreende as serras da Bocaina e do Sacramento, divisores de águas entre o rio Araguari e o rio Quebra Anzol, as serras do Quilombo, do Monte Santo e do Barreiro. Caracteriza-se pelo prolongamento da Serra da Canastra com altitudes superiores a 1.200m. Nesse trecho da serra da Bocaina localiza-se o ponto mais alto do município, a 1.450m. A porção centro-leste tem altitudes que variam de 1.000 a 1.200m, numa média de 1.050m. E finalmente a porção norte-oeste é caracterizada por altitudes mais baixas, em torno de 950m.
 A área rural do Município é caracterizada por dois tipos de solo: a área fértil para a agricultura, localizada na porção Centro-Norte do Município, e a área de solo ruim, utilizada para pecuária extensiva. Segundo a análise dos técnicos do Departamento de Meio Ambiente algumas áreas apresentam vulnerabilidades e potencialidades do solo. A Região Sul, por estar em situação de isolamento permitiria a instalação de indústrias pois, mesmo que comprometendo eventualmente o meio ambiente, não teria interferências relevantes nos mananciais de água do Município. A Região Oeste caracteriza-se por um solo próprio para as atividades de agropecuária.
Em anexo deste documento segue o mapa de hipsometria do município de Araxá, que representa as diferentes categorias altimétricas que estão demonstradas na tabela a seguir:
	Categoria (m)
	Área Ocupada
	
	km²
	hectares
	%
	< 900
	85,27
	8527,00
	7,31
	900 - 1000
	490,16
	49016,00
	42,00
	1000 - 1100
	317,75
	31775,00
	27,23
	1100 - 1200
	225,09
	22509,00
	19,29
	1200 - 1300
	42,94
	4294,00
	3,68
	> 1300
	5,75
	575,00
	0,49
	Total:
	1166,96
	116696,00
	100,00
Tabela 1 - Área ocupada pelas diferentes categorias altimétricas.
Fonte: ROSA, R, et. Al. (2004)
Relevo
Cerca de 66,17% da área do município possui declividade, variando entre 5 e 20%, o que significa dizer que grande parte do relevo é suave ondulado a ondulado; as áreas de relevo plano e plano a suave ondulado correspondem a 25,20% e os restantes 8,63% da área contêm um relevo fortemente ondulado. Cerca de 70% do município, com declividade menor que 12%, oferece condições favoráveis à mecanização agrícola.
Em anexo deste documento segue o mapa geomorfológico do município de Araxá, que representa as várias formas de relevo que estão demonstradas na tabela a seguir:
	Categoria
	Área Ocupada
	
	km²
	Hectares
	%
	Planalto Dissecado
	 
	Da 44
	1,65
	165,00
	0,14
	Dc 23
	134,57
	13457,00
	11,53
	Dc 33
	565,12
	56512,00
	48,43
	Dc 34
	190,82
	19082,00
	16,35
	Dc 43
	32,81
	3281,00
	2,81
	Dc 44
	63,31
	6331,00
	5,43
	Dt 23
	96,8
	9680,00
	8,30
	Dt 33
	81,88
	8188,00
	7,02
	Total:
	1166,96
	116696,00
	100,00
Tabela 2 - Área ocupada pelas categorias de forma de relevo.
Fonte: ROSA, R, et. Al. (2004)
Clima
O clima de Araxá é temperado, com inverno seco e verão chuvoso. As temperaturas médias situam-se entre 20º C e 22º C, o que resulta num clima agradável o ano todo. A umidade relativa média é de 75,6%. 
Cobertura Vegetal
A vegetação original é de campos-cerrados, onde a vegetação do tipo florestal, mais exuberante e densa é encontrada somente junto aos cursos d’água e áreas cujo solo é rico em fosfato. Nas áreas de mananciais são encontrados vestígios de mata ciliar.
Recursos Hídricos
Araxá é um dos 20 municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica do Rio Araguari que tem uma área de aproximadamente 21.856 km² no Estado de Minas Gerais.
Os rios e córregos da região apresentam várias cachoeiras e corredeiras. Próxima do Vale do Araguari a paisagem apresenta um relevo fortemente ondulado, com altitude de 800 a 1.000 m e declividades suaves, em torno de 30%. Os solos são muito férteis, do tipo latossolo vermelho e vermelho-escuro. Em todas as suas porções, verifica-se que a vegetação predominante é o cerrado. Além do abastecimento de água para os municípios, o Rio Araguari apresenta um potencial energético que já está sendo explorado, com a construção das Usinas Hidroelétricas de Nova Ponte, distante 80 km, e de Miranda distante 20 km. Está prevista também a Usina de Capim Branco a 10 km.Figura 2 - Principais rios da Bacia Hidrografia do Rio Araguari.
CARACTERIZAÇÃO DA BARRAGEM
A barragem solicitada será do tipo barragem de terra homogênea com as seguintes características segundo o ATLAS DIGITAL DAS ÀGUAS DE MINAS - Uma ferramenta para o planejamento e gestão dos recursos hídricos:
Altura = 10 metros;
Eixo longitudinal = 60 metros;
Solo mole com 4 metros de profundidade.
Figura 3 - Vista superior do maciço, espelho d'água e canal extravasor.
Figura 4 - Vista de perfil da bacia hidráulica, do desarenador e
respectiva tubulação vertical e do extravasor lateral.
 Maciço ou aterro
É a própria estrutura da barragem. Construído transversalmente ao curso d’água é a parte responsável por reter a água.
Taludes do maciço
São as faces laterais e inclinadas, paralelas ao eixo do maciço sendo, talude de montante o lado que fica em contato com a água, e, jusante, o do outro lado, sem contato com a água. O talude de montante deve ser mais inclinado que o de jusante, para permitir a maior estabilidade do aterro, devido ao decréscimo da componente horizontal da força, que tende a empurrar o maciço da barragem. 
Crista do Maciço
Na inexistência de fatores como trânsito pesado e certas condições locais, que condicionam a largura da crista, podem ser adotados os valores determinados por cálculo, utilizando a fórmula empírica do U. S. Bureau of Reclamation.
Base do Maciço
Consiste na projeção da crista e dos taludes de montante e jusante sobre a superfície do terreno. É a área do terreno sobre a qual se coloca o aterro.
Espelho D’água
Área da represa. Superfície d’água acumulada no reservatório.
Borda livre ou folga
Distância vertical entre o nível da água, quando a represa estiver cheia, e a crista do maciço ou do aterro. 
Fundação
Construída transversalmente ao curso d’água e no eixo da barragem. Constitui-se em uma vala ou trincheira que é preenchida com terra de boa qualidade devidamente compactada.
Drenos
Para a linha de saturação manter-se abaixo do pé de uma barragem de terra, isto é, dentro do seu corpo, ou para reduzir a subpressão hidráulica, pode-se recorrer ao uso de drenos, colocados, geralmente, no terço final do talude de jusante, ou mesmo construidndo-se um enrocamento de pedras nofinal deste (dreno de pé).
Sistema de Extravasor
O sistema extravasor de uma barragem corresponde basicamente a construção de estruturas objetivando permitir o escoamento da vazão máxima de enchente e proteção do local de restituição das águas vertidas ao curso d’água.
SOLUÇÃO MITIGATÓRIA PARA A FUNDAÇÃO
O solo encontrado na área destinada para a barragem foi um solo mole de profundidade de 4 metros, sendo um tipo de solo inadequado para construção da fundação da barragem de terra, pois prossivelmente ocorrerá recalque, erosão e perda significativa de parte do maciço no local.
A solução corretiva escolhida foi a substituição do solo por um solo mais resistente, localizada em uma jazida mais próxia do local. 
Figura 5 - Detalhamento do solo de fundação.
ESTRUTURAS HIDRÁULICAS
Desarenador
Com a finalidade de eliminar os depósitos de materiais do fundo da barragem e esvaziamento do reservatório, será realizada a construção de desarenador.
Levando em consideração a altura da barragem superior a 6 metros, será instalado um registro à montante com comporta e escada de acesso. A tubulação será de manilha de concreto com acabamento comum encaixadas entre si com 1 centímetro de distância, com 60 metros de comprimento e 1% de inclinação, e assenta
Figura 6- Esquema da tomada d'água e desarenador.
Vertedouro
Para evitar o transbordo da barragem, foi dimensionado um sistema lateral de vertedouro com declividade seguido de uma escada dissipadora de energia, que tem como sua finalidade escoar água em excesso que chega ao reservatório nos períodos de chuva intensa.
Figura 7 - Posicionamento do vertedouro e da escada.
CONTROLE DE COMPACTAÇÃO
Deve-e realizar o controle de compactação da fundação de modo que promova a estabilidade do solo, reduzindo sua compressibilidade, aumentando a resistência do solo, reduzindo a variação volumétrica e reduzir a permeabilidade.
Primeiramente deverá fazer a limpeza e a regularização do local e lançar o material de empréstimo retirado da jazida. Utilizando uma motoniveladora deve-se regularizar a camada lançada, após a regularização, a camada necessita de uma pulverização e homogenização a fim da remoção ou desagregação de outros materiais. Após esse procedimento, pede-se que acerte a umidade do solo por meio de irrigação do mesmo com o uso de caminhões pipa e irrigadeiras. Por fim, deve-se realizar a compactação final do material utlizando um compactado vibratório de rolo pneumático pesado, até ser atingida a espessura da camada espera.
INSTRUMENTAÇÃO UTILIZADA
A fim de supervisionar as condições de segurança da barragem Passa Nada e solucionar possíveis problemas, serão aplicados métodos de instrumentação efetivos para análises dos mesmos.
Medidores de Deslocamento Superficial
Para determinar os deslocamentos verticais e horizontais dos maciços, serão instalados marcos de vergalhoes de aço de 1,10 metros de comprimento com uma semi-esfera de 15 milimetros de diâmetro em sua parte superior, a estrutura é chumbada em um bloco de concreto e será posicionada nas regiões da crista e talude de jusante. Sua medição será efetuado por levantamentos topográficos para verificar se houve ou não deslocamento dos marcos indicando anomalias nos taludes.
Figura 8 - Detalhamento do marco de deslocamento.
Medidores de Nível D’Água
Para determinar o nível d’água, será instalado tubos de PVC de 100 milímetros, um em cada ombreira e um na seção longitudinal mais alta, com furos a cada 10 cm, em um furo de sondagem envolvidos por materiais filtrantes e drenantes, e confinada por uma camada selante para vedar o espaço entre o tubo e o furo. Para verificar o medidor deverá introduzir um piezômetro que faça medição direta de poropressão, expressando a altura da coluna d’áfua no interior do tubo. 
Figura 7 - Tubo de PVC
Figura 6 - Detalhe do tubo de PVC furado
ACABAMENTO E PROTEÇÃO
A fim de evitar erosão do talude de jusante e a degradação do taude montate pelos efeitos das ondas provinientes do resrvatório, deverá ser aplicado um acabamento que também irá servir como proteção do mesmo, o revestimento escolhido para o talude de jusante será o revestimento de cobertura vegetal por meio de placas de gramas em tamanhos de 40 centímetros quadrados.
Para que haja uma boa fixação das placas de gramas os taludes deverão ser aplainados com rastelo. O assentamento das placas deverá começar de baixo para cima mantendo o alinhamento. Deverá irrigar a grama períodicamente para a conservação, e se necessário, realizar a troca de placas danificadas.
No talude de montande terá proteção por enrocamentos utilizando “rip-rap”, que são constituidos de blocos de rochas sâ, com cerca de 30 centímetros de diametro e uma espessura da camada de 45 centímetros, dispostos de modo que preencham os vazios causados pela alocação do mesmo e aumentando sua resistência.
Figura 8 - Posicionamento dos revestimentos
MEMORIAL DE CÁLCULO
GEOMETRIAS DA BARRAGEM
Taludes do Maciço
Sendo as inclinações de 3:1 e 2:1 para os taludes de montante e jusante, respectivamente.
Jusante = 20 metros;
Montante = 30 metros.
Crista do Maciço
Sendo:
C = Largura da crista da barragem (m);
H = Altura da barragem = 10m.
Base do MaciçoSendo:
B = Base do Maciço (m);
C = Largura da crista da barragem = 5m;
Zm = Projeção do talude de montante = 3m;
Zj = Projeção do talude de jusante = 2m;
H = Altura da barragem = 10m.
B = 5 + (3 + 2) x 10
B = 55 metros
Altura da Barragem
Sendo:
H = Altura total da barragem (m);
Hn = Altura da lamina d’agua = 7m;
He = Altura da lamina no extravasor = 1,5m;
f = folga de segurança = 1,5m.
Figura 9 - Detalhamento da Barragem
ESTIMATIVAS DE VOLUMES
Estimativa do volume da bacia de acumulação
	Estimativa do Volume da Bacia de Acumulação
	Cota de Curva
	Área definida pela curva (m²)
	Área média (m²)
	Diferença de altura (m)
	Volume armazenado (m³)
	
	
	
	
	
	883,0
	1927,0
	0,0
	0,0
	0,0
	885,0
	6539,0
	4233,0
	2,0
	8466,0
	887,0
	13635,0
	10087,0
	2,0
	20174,0
	889,0
	19691,0
	16663,0
	2,0
	33326,0
	891,0
	24543,0
	22117,0
	1,0
	22117,0
	893,0
	29862,0
	27202,5
	0,0
	0,0
	895,0
	33210,0
	31536,0
	0,0
	0,0
	897,0
	35501,0
	34355,5
	0,0
	0,0
	
	
	
	Volume Total (m³):
	84083,0
Tabela 3 - Estimativa do volume da bacia.
Estimativa do volume do maciço.
	Estimativa de Volume do Maciço
	Número Do Trapézio
	Altura h (m)
	Largura L (m)
	Largura da Crista (m)
	Área do Trapézio (m²)
	Volume do Trapézio (m³)
	1
	1,02
	8,32
	5
	7,70
	64,07
	2
	3,26
	9,14
	5
	42,87
	391,82
	3
	4,48
	12,8
	5
	72,58
	928,97
	4
	7,17
	1,96
	5
	164,37
	322,17
	5
	9,19
	4,91
	5
	257,09
	1262,31
	6
	10
	34,07
	5
	300,00
	10221,00
	7
	9
	10,41
	5
	247,50
	2576,48
	8
	6,92
	8,41
	5
	154,32
	1297,80
	9
	4,99
	8,84
	5
	87,20
	770,85
	10
	3
	8,46
	5
	37,50
	317,25
	11
	1,25
	6,13
	5
	10,16
	62,26
	
	
	
	
	Volume Total (m³):
	18215,0
Tabela 4 - Estimativa do volume do maciço.
Inicialmente, o volume de terra calculado é viável, pois o volume da bacia de acumulação é 4,6 vezes superior ao volume do maciço.
Estimativa dos volumes de maciço e fundação
	Estimativa de Volume do Maciço e Fundação
	Local
	Altura h (m)
	Largura L (m)
	Largura da Crista (m)
	Área do Trapézio (m²)
	Volume do Trapézio (m²)
	Maciço
	10
	113,85
	5
	300,00
	34155,00
	Fundação
	4
	113,85
	55
	110,00
	12523,50
	
	
	
	
	Volume Total (m³):
	46678,5
Tabela 5 - Estimativas de volumes de maciço e fundação.
 
DIMENSIONAMENTO DO VERTEDOURO
Coeficiente de Escoamento Superficial
Sendo:
35% de pastagem (C = 0,38);
25% de mata nativa (C=0,18);
40% de cultura (C=0,48)
(Valores de C na tabela 8 em anexo);
Vazão máxima
Sendo:
Qmáx = Vazão máxima (m³/s);
C = Coeficiente de escoamento = 0,37;
A = Área de contribuição = 60 ha;I = Intensidade de precipitação = 200mm/h. (tabela 7 em anexo);
Soleira do Vertedouro
Sendo:
Le = Comprimento da soleira (m);
Qmáx = Vazão máxima = 12,33m³/s 
He = Altura do Extravasor = 1,5m
(tabela 9 em anexo);
Adotado 
Declividade do Vertedouro
A Sendo:
A = Área do trapézio (m²);
P = Perímetro molhado (m);
R = Raio hidráulico (m);
Q = Vazão do curso d’água 
= 0,85m³/s;
n = coeficiente de rugosidade
(tabela 10 em anexo);
I = Declividade do canal (m/m); 
Figura 10 - Detalhamento do vertedouro.
DIMENSIONAMENTO DO DESARENADOR
Estimativa da Vazão de Esvaziamento
Sendo:
Qe = Vazão de esvaziamento (m³/s);
Volac = Volume de acumulação (m³)
T = Tempo para esvaziamento (s);
Qn = Vazao do curso d’agua = 0,85m³/s
(5 dias = 345600 segundos); 
Perda de Carga na Tubulação
Sendo:
J = Perda de carga (m/m);
Hd = Altura da lâmina d’água (m)
(6m acima do desarenador);
B = Base da barragem = 55m.
(5 dias = 432000 segundos); 
Diâmetro da Tubulação
Sendo:
D = Diâmetro da tubulação (m);
Q = Vazão escoada = 1,09m³/s;
C = Coeficiente de rugosidade 
(tabela 11 em anexo); 
J = Perda de carga = 0.055m/m.
Figura 11 - Detalhamento da tubulação do desarenador.
DIMENSIONAMENTO DO BERÇO DO DESARENADOR
Primeiramente deverá ser retirada, e devidamente nivelada, uma camada de 30 cm do fundo da vala e acrescido um lastro de brita 4 com 15 cm de altura, após esse processo, necessita-se de compactação e regularização da mesma. Executa-se uma laje de concreto armado de 15 cm de altura, com 15 Mpa de resistência à compressão, e armação em aço CA-50.
Após executar a concretagem e regularização da laje, deve-se assentar a manilhar sobre um berço de 15 cm de altura com concreto magro com fck de 15 Mpa e injetar posteriormente uma nova camada de concreto até envolver completamente a manilha estabelecendo uma cota superior a manilha de 15 cm de altura.
Todas as cotas foram retiradas da tabela 13 de dimensões que segue em anexo deste memorial.
Cálculo de Armadura
= 9,6 kN.m x 1,4 = 13,44 kN.m
 9 10mm
Logo, serão utilizadas 9 barras de aço CA-50 de 10mm em cada berço do desarenador, totalizando 54 barras.
Consumo de Concreto 
Logo, serão utilizados 0,30 metros cubicos de concreto em cada berço do desarenador, totalizando 1,8 metros cubicos de concreto.
Consumo de Brita para o Lastro
Logo, serão utilizados 0,54 metros cubicos de brita 4 para todo o lastro do berço, que percorre toda a extenção da tubulação do desarenador.
Figura 12 - Detalhamento do berço de concreto.
DIMENSIONAMENTO DA COMPACTAÇÃO DO SOLO
Sendo:
GC = Grau de Compactação = 95%;
 = Peso específico seco de campo (kN/m³);
 máx = Peso específico seco de laboratório = 20 kN/m³.
(tabela 12 em anexo).
19 kN/m³
DIMENSIONAMENTO DOS FILTROS 
Vazão Absorvida pelos Filtros
Sendo:
Qc = Vazão absorvida pelo filtro (m³/s);
Q1 = Vazão no maciço (m³/s);
K = Permeabilidade do solo = m/s
(Aterro - tabela 12 em anexo);
h = Altura da lâmina d’água = 7m;
Nf = Números de canais de fluxo = 3;
Nd = Números de faixas de perda de potencial = 6. 
Largura do Filtro Vertical
Sendo:
B = Largura do filtro (m);
Qc = Vazão absorvida pelo filtro = m³/s;
Kfv = Permeabilidade do filtro = m/s
(Areia da jazida B - tabela 12 em anexo).
Largura do Filtro Horizontal
Sendo:
B = Largura do filtro (m);
Qc = Vazão absorvida pelo filtro = m³/s;
L = Largura do dreno = 22,5m;
Kfv = Permeabilidade do filtro = m/s
(Pedrisco da jazida C - tabela 12 em anexo).
Prevenção Contra Piping no Filtro Vertical
Sendo:
D15(Filtro) = Areia Jazida B = 2,0mm;
D85(Solo) = Aterro = 1,0mm.
 
Passagem de Água no Filtro Vertical
Sendo:
D15(Filtro) = Areia Jazida B = 2,0mm;
D15(Solo) = Aterro = 0,02mm.
 
Logo, o filtro satisfaz as condições de proteção ao solo.
Prevenção Contra Piping no Filtro Horizontal
Sendo:
D15(Filtro) = Pedrisco Jazida C = 5,0mm;
D85(Solo) = Aterro = 1,0mm.
 
Passagem de Água no Filtro Horizontal
Sendo:
D15(Filtro) = Pedrisco Jazida C = 5,0mm;
D15(Solo) = Aterro = 0,02mm.
 
Logo, deverá executar filtro sanduíche para satisfazer as condições de proteção ao solo.
Análise de Estabilidade do Maciço
Para a análise dos taludes de montante e jusante, foi utilizado o software Slide v6.0, no qual é o mais completo software de análise de estabilidade de taludes disponível.Figura 14 - Análise de estabilidade do talude de jusante.
Figura 13 - Análise de estabilidade do talude de montante.
ANEXOS
MEMORIAL DESCRITIVO
Mapa de Hipsometria do Município de Araxá – MG
Figura 15 - Mapa de Hipsometria.
Mapa Geomorfológico do Município de Araxá – MG
Figura 16 - Mapa Geomorfológico
MEMORIAL DE CÁLCULO
Tabela de Intensidade de Precipitação
	Área de Contribuição da Bacia (ha)
	Intensidade de Precipitação (mm/h)
	
	
	Até 10
	300
	de 10 a 20
	270
	de 20 a 50
	250
	de 50 a 100
	200
	de 100 a 200
	180
	de 200 a 300
	150
	de 300 a 400
	135
	de 400 a 500
	120
Tabela 6 - Valores de intensidade de precipitação em função do tamanho da área.
FONTE: Construção de Pequenas Barragens de Terra – CPT.
Tabela de Coeficiente de Escoamento
	Tipo de Cobertura
	Tipos de Solo
	Plana
	Suavemente Ondulada
	Ondulada
	Fortemente Ondulada
	Amorreada
	Montanhosa
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	0 a 2,5 %
	2,5 a 5 %
	5 a 10 %
	10 a 20 %
	20 a 40 %
	40 a 100 %
	Culturas Anuais
	Argiloso
	0,50
	0,60
	0,68
	0,76
	0,85
	0,95
	
	Arenoso
	0,44
	0,52
	0,59
	0,66
	0,73
	0,81
	
	Roxo
	0,40
	0,48
	0,54
	0,61
	0,67
	0,75
	Culturas permanentes
	Argiloso
	0,40
	0,48
	0,54
	0,61
	0,67
	0,75
	
	Arenoso
	0,34
	0,41
	0,46
	0,52
	0,56
	0,64
	
	Roxo
	0,31
	0,38
	0,43
	0,48
	0,53
	0,59
	Pastagens Limpas
	Argiloso
	0,31
	0,38
	0,43
	0,48
	0,53
	0,59
	
	Arenoso
	0,28
	0,32
	0,37
	0,41
	0,45
	0,50
	
	Roxo
	0,25
	0,30
	0,34
	0,38
	0,42
	0,46
	Capoeiras
	Argiloso
	0,22
	0,26
	0,29
	0,33
	0,37
	0,41
	
	Arenoso
	0,19
	0,23
	0,25
	0,28
	0,32
	0,35
	
	Roxo
	0,17
	0,21
	0,23
	0,26
	0,29
	0,32
	Matas
	Argiloso
	0,15
	0,18
	0,20
	0,22
	0,25
	0,28
	
	Arenoso
	0,13
	0,15
	0,18
	0,20
	0,22
	0,24
	
	Roxo
	0,12
	0,14
	0,16
	0,18
	0,20
	0,22
Tabela 7 - Valores de coeficiente de escoamento superfícial.
FONTE: Pequenas Barragens de Terra: Blanor Torres Loureiro – Universidade Federal de Viçosa – Viçosa/MG – Adaptado.
Tabela de Altura de Extravasor
	Altura da Barragem (m)
	Altura do Extravasor (He) (m)
	Até 5
	de 0,7 a 0,8
	Entre 5 e 10
	de 0,8 a 1,5
Tabela 8 - Valores de altura de extravasor em função da altura da barragem.
FONTE: Construção de Pequenas Barragens de Terra – CPT.
Tabela de Altura de Extravasor
	
	Natureza das Paredes
	Condições das Paredes
	
	
	Boas
	Más
	Canais
	terra, retilíneos e uniformes
	0,020
	0,025
	
	abertos em rocha, lisos e uniformes
	0,030
	0,035
	
	curvilíneos e lamosos
	0,025
	0,030
	
	leito pedregoso e vegetação
	0,030
	0,040
	
	fundo de terra e talude com pedras
	0,030
	0,035
	
	revestimento de concreto
	0,014
	0,018
	
	dragados
	0,028
	0,033
	Outros
	Gabião
	0,030
	 -
Tabela 9 - Valores do coeficiente de rugosidade de Manning.
FONTE: Atlas Digital das Águas de Minas – UFV, 3ª Edição.
Tabela de Altura de Extravasor
	Material
	Valor
	
	
	Cimento-amianto
	140
	Concreto (bom acabamento)
	130
	Concreto (acabamento comum)
	120
	Ferro Fundido novo
	130
	Ferro Fundido usado
	90
	Manilhas
	110
	Tijolos com bom acabamento
	100
	Plástico 
	140
Tabela 10 - Valores do coeficiente de rugosidade de materiais utilizados em tubulações.
FONTE: Construção de PequenasBarragens de Terra – CPT.
Tabela de Ensaios dos Materiais Disponíveis para os Filtros 
	Material
	K(cm/s)
	Diâmetros em mm
	γ (kN/m³)
	C (kPa)
	∅ (◦)
	
	
	D15
	D85
	
	
	
	Aterro
	  
	0,02
	1,00
	
	 
	 
	Areia da jazida A
	 
	0,04
	1,00
	21
	0
	33%
	Areia da jazida B
	 
	2,00
	4,00
	19,5
	0
	35%
	Pedrisco da jazida C
	 
	5,00
	11,00
	20
	0
	30%
Tabela 11 - Ensaio de materiais das jazidas próximas a da barragem.
Tabela de Ensaios dos Materiais Disponíveis
	Material
	Ensaio de Permeabilidade (K)
	Ensaio de Caracterização (γ)
	Ensaio Triaxial (C)
	∅(◦)
	Ensaio de Compactação (γd)
	Teor de Umidade (%)
	Argiloso de Fundação
	
	18 kN/m³
	15 kPa
	0
	 
	 
	A ser Compactado
	 
	20 kN/m³
	20 kPa
	27
	15,5 kN/m³
	27,2%
	Dreno Vertical
	 
	21 kN/m³
	0
	35
	20,5 kN/m³
	10%
	Dreno Horizontal
	 
	21 kN/m³
	0
	30
	20,5 kN/m³
	10%
Tabela 12 - Ensaios dos materiais do maciço.
Tabela de Dimensões em Função do Diâmetro do Tubo
	DN (mm)
	a (m)
	b (m)
	c (m)
	d (m)
	e (m)
	f (m)
	150
	0,15
	0,15
	0,10
	0,45
	0,25
	0,19
	200
	0,15
	0,15
	0,15
	0,50
	0,30
	0,24
	250
	0,15
	0,15
	0,15
	0,55
	0,33
	0,30
	300
	0,15
	0,15
	0,15
	0,60
	0,40
	0,35
	350
	0,15
	0,15
	0,15
	0,65
	0,45
	0,43
	375
	0,15
	0,15
	0,15
	0,68
	0,47
	0,46
	400
	0,15
	0,15
	0,15
	0,70
	0,50
	0,50
	450
	0,15
	0,15
	0,15
	0,75
	0,55
	0,55
	500
	0,15
	0,15
	0,15
	0,90
	0,70
	0,60
	600
	0,15
	0,15
	0,15
	1,02
	0,82
	0,72
	700
	0,15
	0,15
	0,15
	1,14
	0,94
	0,84
	800
	0,15
	0,15
	0,20
	1,20
	1,10
	1,00
Tabela 13 - Dimensões em função do diâmetro do tubo.
FONTE: Especificação Técnica, Regulamentação de Preços e Critérios de Medição - SABESP.
25
Viçosa, junho de 2016

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