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ESCLEROSE MÚLTIPLA A esclerose múltipla é uma doença que afeta o cérebro e a medula espinhal. É uma doença associada a problemas em membranas biológicas. É autoimune e crônica. Acontece devido ao fato de que o sistema imunológico começa a agredir a bainha de mielina e isso vai comprometer a função do sistema nervoso que vai causar uma interferência na comunicação entre o cérebro, a medula espinhal e outras áreas do corpo, e isso pode gerar uma deterioração dos próprios nervos e ser uma causa irreversível porque com o tempo a mielina que foi degenerada vai causar lesões no cérebro, podendo ocorrer o atrofiamento ou perda de massa cerebral. Alguns estudos dizem que em geral os pacientes que tem esclerose múltipla apresentam perda de volume cerebral até cinco vezes mais rápida do que o normal. As causas gerais da doença ainda são desconhecidas, mas sabe-se que a evolução da doença ocorre diferentemente em cada pessoa e a esclerose múltipla tem sido também foco de muitos estudos, por não ter tantos conhecimentos ainda acerca dela, por isso, acredita-se que a genética e o ambiente podem influenciar para o aparecimento da doença. É também uma doença que é mais comum em mulheres. O exame pode ser feito através da ressonância magnética para descobrir se o paciente tem ou não a doença. É uma doença que atinge cerca de 2,5 milhões de pessoas no mundo e infelizmente não tem cura, somente os tratamentos que podem ajudar a reduzir o progresso da doença. Em geral, acomete pessoas jovens de vinte a trinta anos, provocando dificuldades motoras e sensitivas. Os sintomas variam de acordo com a quantidade de danos e os nervos que são afetados. Na fase inicial chamada de surto-remissão, os sintomas podem ocorrer a qualquer momento e duram aproximadamente uma semana o que dificulta o diagnóstico precoce da doença porque as vezes o paciente fica tendo os sintomas em intervalos de tempo distantes o que vai fazer com que o paciente não dê tanta importância ao que está sentindo. As pessoas podem sentir dificuldade na visão ou alguma alteração no controle da urina, esses são os primeiros sintomas que aparecem frequentemente. Essa fase de surto- remissão faz com que fique apreensivo podendo ter um surto a qualquer momento. Quando a doença evolui, o paciente passa para a fase secundariamente progressiva onde aparecem sintomas maiores como a fraqueza, formigamento das pernas ou de um lado todo do corpo, visão dupla ou perda visual prolongada, desequilíbrio, tremor e não consegue controlar os esfíncteres. A esclerose múltipla é uma doença debilitante, as pessoas que tem podem perder a capacidade de andar ou de falar claramente, ela causa alterações neurológicas como os surtos. O tratamento para a doença é feito de duas maneiras. A primeira é o tratamento do surto agudo que é feito de três a cinco dias e se houver necessidade é repetido após um mês. Para esse tratamento é usado medicamentos anti-inflamatórios na veia sendo os corticoides os imunossupressores mais comuns nesse tipo de tratamento. A outra parte do tratamento é a prevenção dos surtos, são usadas nesse tratamento medicamentos imunomoduladores, como os interferons e o acetato de glatiramer. Essas medicações causam alguns efeitos colaterais e as injeções são dadas três vezes por semana ou dependendo do remédio pode ser aplicada diariamente. Além desses medicamentos, é necessário e fundamental o acompanhamento com fisioterapeuta, fonoaudiólogo e psicólogo. O objetivo dos tratamentos é diminuir a quantidade de surtos, que é característica da esclerose múltipla, e minimizar o risco de sequelas. Há também a esclerose múltipla que não tem surtos e vai assim piorando progressivamente, é então chamada de primariamente progressiva. E tem ainda a esclerose múltipla primariamente progressiva com surtos, que é rara, apresenta surtos e piora progressivamente entre cada surto. Pacientes com esclerose múltipla podem ter uma vida normal, pois não é uma doença transmissível. E na mulher, ela não gera infertilidade, podendo assim conceber filhos, e aí a gravidez precisará ser acompanhada pelo neurologista. Dependendo das medicações, a mãe também poderá amamentar o filho. Para evitar a esclerose múltipla é recomendado a prática de exercícios físicos, e durante as crises o paciente deve ficar de total repouso. Através de um tratamento fisioterápico, o paciente pode voltar a ter o controle dos esfíncteres.
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