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Disciplina: Agrometeorologia (2380) FCAV-UNESP Agronomia Prof. Glauco de Souza Rolim Depto de Ciências Exatas glauco.rolim@unesp.br “O animal Satisfeito Dorme” Guimarães Rosa Outra... O pior problema É vc fechar a cabeça Para aquilo que vc não conhece Eu estou ficando louco (o professor) E os alunos estão ficando Velhos (impermeáveis a novas idéias) Perfeito = feito por inteiro ... Não precisa aprimorar Tolice é fazer as coisas do mesmo jeito e esperar resultados diferentes Velhos-tolos x sábios idosos 1) Insatisfação positiva 2) Humildade (<> subserviência) os pequenos sabem que são pequenos e por isso podem crescer Os pequenos que acham que são grandes tem que diminuir os outros para se sentirem grandes Vc não fracassa quando erra, vc fracassa quando desiste (ralph nader) O verdadeiro lider não forma seguidores Forma outros lideres Regre 34 beneditinos: é proibido resmungar... (pode discutir, Francois Rabelais: Conheço muitos que não puderam, quando devia porque deviam, quando quiseram Quando podiam www.gasunesp.com.br Disciplina: Agrometeorologia - Cronograma Mês Dia Conteúdo Agosto 6 Introdução/ Radiação Solar 13 Radiação Solar 20 Temperatura do ar e do solo 27 Exercícios Setembro 3 PROVA 1 10 Sem aula 17 Umidade do ar 24 Vento/ Chuva/ Adversidades meteorológicas Outubro 1 Evapotranspiração 8 PROVA 2 15 Sem aula 22 Balanço Hídrico 29 Balanço Hídrico Novembro 5 Classificação / Mudanças climáticas 12 Introdução à modelagem 19 PROVA 3 26 PROVA SUB (toda matéria) Prova 1: 03/setembro Prova 2: 8/outubro Prova 3: 19/novembro não iremos mudar as datas das provas Não consideraremos presença Em turma prática errada. Avaliações: 3 Provas: Trazer em todas as aulas: Calculadora! 10 Testes individuais semanais Disciplina: Agrometeorologia: regras Testes/Prova Pesos T1 0,2 T2 0,2 T3 0,2 Prova 1 2,0 T4 0,5 T5 0,5 T6 0,5 T7 0,5 Prova 2 4,0 T8 0,8 T9 0,8 T10 0,8 Prova 3 5,0 Exemplo 1 0 0 0 5 0 0 0 0 5 0 0 0 5 Exemplo 3 8 8 8 5 8 8 8 8 5 8 8 8 2 5,0 Exemplo 2 8 8 8 0 8 8 8 8 0 8 8 8 0 Média= 3,4 2,5 Introdução- Desenvolvimento da Agricultura Idade Média (1300 AD) (2,5 pessoas) Antigos Egípcios (9.000 AC) (1,5 pessoas) 1 ha alimenta(va) (por ano): 1940 (19 pessoas) 1970 (73 pessoas) Fontes: University College, London (2000) Corless (1994), BASF (2009) (rotação de cultivos, implementos agrícolas) (industrialização, máquinas à vapor-mecanização) (REVOLUÇÃO VERDE 1960-70): adubos, pesticidas, engenharia genética, ... Agricultura convencional Norman Ernest Borlaug (1914-2009) 2017 (155 pessoas) (Necessidade: 2° REVOLUÇÃO VERDE ...ligados à Sustentabilidade ecológica e econômica (biodiversidade, resíduos ambientais, emissões de CO2 e CH4 , fair trade, mudanças climáticas, ...) Produtividade média de amendoim em São Paulo Jaboticabal Produtividade média por município de amendoim em São Paulo Jaboticabal Introdução- Desenvolvimento da Agricultura Brasil: ● Diferentes condições regionais ● De 1970- 2000: de importados de alimentos passou a ser exportador (3° Maior do mundo) ● Agronegócio: 30% PIB, gera 1 emprego em cada 3 ● 70% dos alimentos consumidos tem origem de produtores familiares ● Problemas: escoamento de produção, estoques reguladores, preços mínimos, ecológicos, ... Apesar de toda a tecnologia desenvolvida até hoje, a agricultura continua sendo uma das atividades humanas que mais é afetada pela variabilidade climática Será ? Colheita de soja Sorriso-MT Agricultura Familiar-RN 1975 2017 Introdução: Disciplinas no Curso PRODUÇÃO AGRÍCOLA CLIMA SOLO Ambiente Genética Fitotecnia Agrometeorologia Edafologia Datas de plantio / colheita Irrigação Cultivo protegido Doenças/Pragas Estimativa/Previsão de produtividade Administração Fisiologia Vegetal/Animal Entomologia Estatística Construções Rurais Irrigação Mecanização Agrícola .... Donahue, R. L. "Soils: An Introduction to Soils and Plant Growth," 2nd ed. Englewood Cliffs, New Jersey: Prentice-Hall Inc., 1965. A produtividade agrícola Está baseada no sistema Atmosfera-Planta-Solo (APS) 95% dos nutrientes para uma planta (C, H, O) vem diretamente da atmosfera. Eles e os demais nutrientes (5% do solo) são regulados basicamente pela quantidade de radiação solar, temperatura do ambiente e água disponível. Nelson, Warner L and Tisdale, Samuel L., "Soil Fertility and Fertilizers," 2nd ed. NewYork: MacMillan Co., 1966. Cada tipo de clima permite um potencial produtivo Introdução: Produtividade de cana-de-açúcar Análise Histórica- 27 anos- LARANJA Introdução: A Agrometeorologia ou Meteorologia Agrícola estuda a influência das condições meteorológicas no desenvolvimento e produção de plantas (comunidade vegetal) e animais de interesse agrícola. Aristóteles (384- 322 AC), grego Obra: Meteorologia (ciclo da água, zonas climáticas) Al Dinawari (850 DC), Irã (Pérsia) Obra: Livro das plantas (corpos celestes, ciclo da lua, vento, raios, estações úmidas e secas,tempestades, neves, enchentes, geadas, ...) D if ic u ld a d e d a a ç ã o d o h o m e m C L I M A / T E M P O GENÉTICA SOLOS M A N E J O Introdução- Causas da variabilidade anual da produção agrícola 60–70% da variabilidade anual da produção agrícola em SP é explicada pela variação do Tempo ORTOLANI, 1995 Água: DEF + EXC -> 73% das perdas Schwanz (1996) Granizo 8% Geada 14% Excedente Hídrico 17% Deficiência Hídrica 56% Vento 3% outros 2% Introdução- Principais causas meteorológicas de perdas agrícolas em SP (Condições Estressoras) Definições TEMPO Condição instantânea da atmosfera (o tempo „está‟ quente, chuvoso, seco, ...) CLIMA Condição média do tempo, ou condição média do estado da atmosfera. O clima „é‟ quente, úmido, Semi-árido, Tropical, subtropical, Tropical de altitude, ... Diferença entre dados médios X dados normais: Podemos calcular a média de um longo período de tempo qualquer (de preferência de no mínimo 30 anos), entretanto a organização mundial de meteorologia (WMO) denomina “Dados Normais” a média dos dados entre os anos de 1961 a 1990. Clima Tempo Introdução- Estresse O que é estresse ? Estresse pode ser definido como (a) a soma de respostas físicas e mentais causadas por determinados estímulos externos (estressores) e que permitem ao ser vivo superar determinadas exigências do ambiente e (a) o desgaste metabólico causado por esse processo. Noz- pecan Seca, temperaturas extremas, Doenças, pulverizações mal feitas Thomison e Geyen (2008) Reiden (2011) O termo estresse foi tomado emprestado da física, onde designa a tensão e o desgaste a que estão expostos os materiais, e usado pela primeira vez no sentido hodierno em 1936 pelo médico Hans Selye na revista científica Nature.Modificado de Larcher (2004) Semeadura Colheita Semeadura Colheita Introdução- Tipos de Estresse Lei dos Liebig (1840) Lei dos Mínimos (de Liebig): o mais limitante (ou estressante) dos fatores é que regula o processo (fenômeno) Justus von Liebig (1803-1873) Introdução- Estresse, Lei dos mínimos Usada hoje em diversas áreas do conhecimento: Agronomia, Biologia, Ecologia, Economia, ... (correlação) Jaboticabal (e outras regiões) Jan/2014 Fev/2014 > Seca dos últimos 30 anos! + elevadas temperaturas Fotos: Cooperativa Guaxupé Londres, 1888 falha na produção de batata Atmosfera Atmosfera (até 1000km) “Distância de Jaboticabal A Porto Alegre-RS ou Palmas-TO” Atmosfera: massa que contém gases, sólidos, água, seres vivos que envolve a terra, de composição variável. Tem papel de proteção e sustentação da vida na terra Atmosfera 1 cm3 de ar contém 10 quintilhões de moléculas (1018) soma de todos os insetos da terra O peso do ar em um ginásio elefante ! Atmosfera: Estrutura vertical média (atmosfera padrão) 1000 km ... S o m en te n a Tr o p o sf er a é q u e O co rr e o s fe n ô m en o s A tm o sf ér ic o s: o n d e te m o s, p o r d ef in iç ão , C lim a e Te m p o 0,001 kPa 101,32 kPa (=1 atm) 10 kPa 1 kPa 0,1 kPa 0,01 kPa 0,001 kPa P R E S S Ã O Composição da Atmosfera Constituintes não-variáveis da atmosfera (atmosfera-padrão= média) Constituinte Conteúdo (% em volume) Nitrogênio (N2) 78,0 % Oxigênio (O2) 21,0 % Argônio (Ar) 0,9 % Neônio (Ne) 18,18 .10-4 Hélio (He) 5,24 .10-4 Metano (CH4) 2,00 .10 -4 0,1% Criptônio (Kr) 1,14 .10-4 Hidrogênio (H2) 0,5 .10 -4 Xenônio (Xe) 0,087.10-4 Composição da Atmosfera Constituintes variáveis da atmosfera Constituinte Conteúdo (% em volume) Vapor d´água (H2O) 0 a 4 % Dióxido de Carbono (CO2) 0 a 0,033 % Ozônio (O3) 0 a 0,01 % Dióxido de Enxofre (SO2) 0 a 0,0001 % Óxido nítrico (NO2) 0 a 0,000001% Definições Elementos Meteorológicos: Caracterizam o estado da atmosfera Temperatura Umidade do ar Radiação solar Velocidade e Direção do vento Pressão Atmosférica Precipitação Evapotranspiração Estudaremos detalhadamente cada elemento meteorológico durante o curso E suas influências na produção de plantas Necessidades de Sensores ! Definições Necessidade de sensores: Caracterizam o estado da atmosfera Estações de Superfície (World meteorological Organization) Monitoramento orbital Definições Necessidade de sensores: Caracterizam o estado da atmosfera Definições Necessidade de sensores: Caracterizam o estado da atmosfera E do animal ... Definições Atmosfera- Escala dos fenômenos climáticos Escala Representação Escala Espacial Escala Temporal Fenômenos Global Continente, Terra 1.000 km - 20.000 km 1 ano Radiação solar, circulação geral dos ventos, correntes oceânicas Sinóptica Região 25 km-1.000 km 4 dias Previsão de tempo, massas de ar Mesoclimática Município, Localidade 5 km- 25 km 4 horas Trovoadas, chuvas tropicais, brisas marítimas Topoclimática Local, produtor 10 m - 5 km 1 hora Chuva, formação de nuvens Microclimática Área, talhão 0 - 10 m 1 minuto Radiação solar, evapotranspiraç ão, umidade atmosférica |- -- - M a c ro c lim á ti c a -- -| Definições Atmosfera- Escala dos fenômenos climáticos Escala Global (> 1.000 km) Escala Sinóptica (Regional) (< 1.000 km) Escala Mesoclimática (Localidade) (< 25 km) Escala Topoclimática (Produtor rural) (< 5 km) Escala Microclimática (< 10 m) (área, talhão) UNESP-FCAV Definições Atmosfera Fatores Climáticos: condicionam (ou modificam) a atmosfera (ou: condicionam os elementos meteorológicos) Modificam o clima em 3 escalas: Macroescala (sinóptico, global) Mesoescala Microescala Fatores climáticos Escala Macroclimática (Regional) Permanentes: Latitude, Altitude, Relevo Oceanalidade / Continentalidade Movimento da Terra Variáveis: (espaço e tempo) Correntes Oceânicas Centros de Alta e Baixa Pressão Massas de ar Variações na composição atmosférica Fatores climáticos são aqueles que influenciam/modificam o clima e o tempo (ou ainda, modificam os elementos meteorológicos) em determinada região, eles atuam em diversas escalas: Escala Mesoclimática ou Topoclimática (Local) Configuração exposição do Terreno: Faces (Norte,...) Relevo (côncavo, convexo, plano, ...) Importante para o planejamento agrícola Escala Microclimática (Tipo de Superfície) Tipo de cobertura do terreno Pode ser facilmente modificado pelo homem Níveis de Produtividade Agrícola Fatores condicionantes da produtividade (“Pressão Ambiental”) Produtividade POTENCIAL Fatores Determinantes CLIMA: Radiação solar + Temperatura GENÉTICA: Escolha da espécie T ip o d e P ro d ut iv id a d e Prod. ATINGÍVEL Prod. REAL Fatores Limitantes CLIMA: Água (chuva e/ou irrigação $$) SOLO: Aspectos físicos e de Fertilidade Fatores Redutores CLIMA: elevada Umid.Rel., ventos,adversidades,... MANEJO:Pragas / Doenças Investimento tecnológico $$ Níveis de Produtividade agrícola P ro d u ti v id a d e ( t h a -1 ) JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Produtividade Potencial (PP) Produtividade Atingível (PA) Produtividade Real (PR) Introdução- Níveis de Produtividade Agrícola Fatores condicionantes da produtividade Fatores Determinantes CLIMA: Radiação solar + Temperatura GENÉTICA: Escolha da espécie Vegetal T ip o d e P ro d ut iv id a d e Produtividade POTENCIAL Todos os outros fatores ambientais sem restrições temos: Alguns autores chamam de produtividade máxima (ou potencial) teórica Produtividade Potencial: É a produtividade resultante da expressão máxima dos genes do cultivo regulada pela Fotossíntese e pela temperatura do ar. Radiação Solar Principal fonte de energia para o crescimento dos cultivos Conceitos de Radiação- Fótons Fótons ou “Pacotes de Energia” Possuem: Comprimento de onda (aspecto qualitativo, espectro) Frequência (aspecto quantitativo, posição do sol) sempre constante ( 1 fóton tem 6,63x10-34 J s-1) constante de Plank Fóton Conceitos de Radiação- Fótons Podemos entender então a radiação como ondas de energia emitidas Monteith JL. 1977. Climate and the efficiency of crop production in Britain. Philosophical Transactions of the Royal Society of London B281: 277-297. Quantidade de radiação interceptadae produção total de fitomassa de diferentes cultivos Radiação Solar Conceitos de Radiação- aspecto qualitativo Espectro Eletromagnético Luz chamada de “visível” porque nossos olhos se adaptaram a faixa do espectro mais abundante emitido pelo sol Ondas Térmicas Em um mesmo intervalo de tempo... Comprimento de onda longo Energia (copo vazio) Comprimento de onda curto Energia (copo cheio) Quantidade de Fótons (E) = Quantidade de água Conceitos de Radiação A superfície da atmosfera do Planeta Terra é atingido por „pacotes de energia‟ (Fótons) provenientes do sol com diversos comprimentos de ondas (Qualidade) e frequências (Quantidade) Visivel Ultravioleta < Compr. Onda > Energia (penetra na pele) > Compr. Onda < Energia (fica superficial) Leis da Radiação- Stefan-Boltzmann Essa lei estabelece que todo corpo acima de 0 Kelvin emite energia radiativa e que a densidade de fluxo dessa energia emitida é proporcional à quarta potencia da temperatura absoluta desse corpo E = T4 = poder emissivo do corpo (valor médio para corpos naturais = 0,95) T = temperatura em Kelvin T(K)= 273,15+T(°C) = constante de Stefan-Boltzman = 5,67*10-8 W/m2K4 ou = 4,903*10-9 MJ/m2dia.k4 O corpo humano também emite energia, como podemos ver na figura ao lado, onde as áreas vermelhas indicam as regiões de maior emissão Se um homem está com temperatura de 32°C quanta energia radiativa ele está emitindo? 467 W/m2 Curiosidade: A temperatura média do universo = 2,73 K Leis da Radiação- Stefan-Boltzmann Câmeras de diagnóstico em Infravermelho (Termal) Leis da Radiação- Stefan-Boltzmann Experiência para ver o IV do controle remoto da tv Utilize uma câmera digital comum ou ... Seu celular! Porque esses aparelhos conseguem “ver” o IV ? Leis da Radiação- Wien Sol: Temperatura= 6000K (= 5700ºC), lm ≈ 500 nm = Ondas Curtas (OC) Terra: 300K (= 26ºC), lm ≈ 10.000 nm = Ondas Longas (OL) A mesma pessoa a 32°C estaria emitindo mais qual compr. onda? = 9,49 mm = 9.490 nm Lei de Wien: Calcula o comprimento de onda de máxima emissão (+ freqüente) (lMAX- Lambda máximo) 𝜆𝑀𝐴𝑋 𝑛𝑎𝑛ô𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 = 2897 × 103 𝑇 𝑘𝑒𝑙𝑣𝑖𝑛 Leis da Radiação Combinação das Leis de Stefan-Boltzmann e Wien Qto: > T, > E, Ondas Curtas Qto: < T, < E, Ondas Longas 1.000 2.000 500 Sol: Temperatura= 6000K (= 5700ºC), lm ≈ 500 nm = Ondas Curtas (OC) Terra: 300K (= 26ºC), lm ≈ 10.000 nm = Ondas Longas (OL) nm nm Radiação Solar ..........................................Então, o quanto de radiação chega nos cultivos ? Atmosfera 100% ±77% Absorção Reflexão ±23% Atenuação da atmosfera 100% Efeito atenuador da atmosfera Atenuação = Absorção + difusão Curva teórica pela Lei de Stefan-Boltzman e Wien (no topo da atmosfera) Irradiância no nível do mar (Transmitida) Comprimento de onda (mm) Q u a n ti d a d e d e r a d ia ç ã o W m -2 A -1 ° Espectro Eletromagnético HERTZ A10 20 A10 17 A10 16 A10 15 A10 14 A10 12 A10 10 A10 2 Raios Raios Rádio Gama X Visível NANOMETROS 3,0E-04 10 300 400 760 3000 14000 1,0E+05 (1mm) 8,0E+06 3E+14 UVB UVA violeta azul verde amarelo laranja IVP IV-curto 300 320 400 420 490 540 590 650 760 3000 14000 300 400 700 3000 Fotossíntese proporcional a quantidade de Quanta 660 730 Alta reflexão e transmissão absorvidos Fitocromos por folhas verdes Composição Média da Radiação Solar 0-300 nm >1500 nm 1,2% 12,4% =100% 300-400 nm 400-660 nm 700-1500 nm 7,8% 39,8% 38,8% UV RFA IVP UV Radiação Fotossinteticamente Ativa Infravermelho Próximo vermelho Radiação Solar Térmica-Terra Microondas Ultravioleta Infravermelho Importância Biológica da Radiação Solar (Qg) „E‟ específica para reações químicas da Fotossíntese Aquecimento da superfície (Infra-vermelho) Aquecimento e Fotossíntese 400-700 nm = Radiação Fotossinteticamente Ativa (RFA ou PAR) Unidades de Irradiância m2 1 cal = 4,186 J ou 1 J = 0,239 cal 1 cal/cm2min = 696,67 W/m2 Entretanto o uso de calorias (cal) ainda pode ser encontrado em livros antigos: 1 caloria (cal) = energia necessária para mudar em 1ºC 1 grama de água a 20°C No SI á unidade utilizada é o Watt (W): W = J/s (vlrs. Instantâneos) Para valores diários: MJ/m2dia (Mega= milhão, MJ= 106J) Transformação: cal W “Luxímetros” (usados em arquitetura) unidade britânica (iluminância) (696,67 W/m2 475825,61 lux, p/ faixa do verde: (550 nm) Valores Instantâneos Valores Diários Verão, SP, p.e. = 1200 W/m2 Verão, SP, p.e. = 35 MJ/m2 dia Inverno, SP, p.e. = 450 W/m2 Inverno, SP, p.e. = 10 MJ/m2 dia Radiação Solar Então, o quanto de radiação chega nos cultivos ? Radiação* ou Irradiância (I) = __________________________ Quantidade (Joule) Área (m2) . Tempo (s) Primeiramente: *O termo radiação está ligado ao emissor (sol) e irradiância a quem recebe (superfície) 12 p.m. J= 1kg.m2/s2 =1N.m Por exemplo: 1 J é a força necessária para levantar um litro de água (1kg) na altura de 1 metro Lembrete: Área elevada Irradiância baixa 5 p.m. Z (ângulo Zenital) Leste Oeste Radiação Solar..........................................Então, o quanto de radiação chega nos cultivos ? O ângulo zenital (Z) muda: na escala horária devido à rotação da terra Z Z Nascer ou pôr-do-sol (Zs elevados, > Área, < Radiação horas frias!) Próximo de 12:00 horas (Zs menores, < Área, > Radiação horas quentes!) Radiação Solar..........................................Então, o quanto de radiação chega nos cultivos ? O ângulo zenital (Z) muda também: nas diferentes estações do ano devido ao movimento de translação da terra ao redor do sol Inverno Verão em dias do inverno (Zs elevados, > Área, < Radiação dias frios!) em dias do verão (Zs menores, < Área, > Radiação dias quentes!) Radiação Solar ..........................................Então, o quanto de radiação chega nos cultivos ? Irradiância solar na superfície: (chamada de “Global”) I (instantânea) ou Qg (diária) Devido aos processos de Atenuação da atmosfera: I < Io ou Qg < Qo Atmosfera 100% 100% ±77% Absorção Reflexão ±23% Atenuação da atmosfera O Vlr médio anual da radiação, ao meio-dia, a uma distância média entre a terra e o sol é chamada de constante solar: Jo =1.367 W m-2 Irradiância solar no topo da atmosfera: (chamada também de extraterrestre) Io (instantânea) ou Qo (diária) 𝑊 𝑚2 𝑀𝐽 𝑚2. 𝑑𝑖𝑎 Estimativas da Radiação no topo da atmosfera Se a terra fosse do tamanho de uma laranja o sol estaria a 500 m, o sol teria um raio de 22 m (balão) Vamos entender melhor essas relações Constante Solar (Jo) Considerando-se que a distância Terra-Sol varia continuamente ao longo do ano, a irradiância solar extraterrestre também irá variar. Jo também varia devido as manchas solares, tendo uma variação cíclica a cada 11 anos. Constante Solar (Jo): irradiância solar instantânea no topo da atmosfera Jo 1.367 W/m2(na perpendicular= meio dia e numa distância terra-sol média) Constante Solar- Lei do inverso do quadrado da distância Lei do inverso do quadrado da distânica O sol emite radiação nas 4 p direções Se considerarmos que o sol emite Uma radiação igual a I, então: ESOL= 4pI. Neste mesmo momento a Terra se situa Numa distância R do sol, então a energia recebida na terra (na esfera que contém a terra) será: ACIRCULO= 4p R 2 𝐴𝑒𝑠𝑓𝑒𝑟𝑎 = 4𝜋𝑟 2 R 4pI 4pR2 então, como: 𝐽𝑜 = 4𝜋𝐼 4𝜋𝐷2 = 𝐼 𝑅2 /segundo .. Constante Solar- exemplo A Terra, a 150 milhões de Km de distância, recebe apenas Jo=1367 W/m2 (constante solar).Temp. média = 15ºC Mercúrio, que se encontra 3 vezes mais perto do Sol do que a Terra, tem Jo= 9.130 W/m² tem temperatura (média) da ordem de 500°C. Lei do Inverso do Quadrado da Distância Jo= 𝐼 𝑑2 Jo terra= 3, 076.1019/ (1,5.108) 2 = 1367 W/m2 Jo mercurio= 3, 076.1019/ (5,8.107) 2 = 9130 W/m2 Equivale a distância de 12.000 planetas terra (diâmetro) Estações do ano Periélio (cerca de 1,47.108 km) (03/01) Afélio (cerca de 1,52.108 km) (04/07) Equinócio de primavera (23/09) Solstício de verão (22/12) Solstício de inverno (23/06) Equinócio de outono (21/03) A distância Terra-sol varia, assim Jo deve ser corrigido pela lei do inverso do quadrado da distância Constante solar A equação para determinar a distancia da Terra ao Sol em diferentes épocas do ano é: DR = 1 + 0,033 cos (360 NDA / 365) Sendo: NDA (número do dia do ano ou) o dia juliano (1-365) DR distância em UA (unidades astronômicas) (1 UA=150.000.000 km) Exemplo: Qual a distância da terra ao sol no dia 21/julho ? Constante Solar corrigida A constante solar (Jo) Deve ser corrigida pela DR Jo´= Jo . DR Sendo Jo´a constante solar efetiva no topo da atmosfera (corrigida) Exemplo: No mesmo exercício anterior (dia 21/junho) qual a radiação efetiva no topo da atmosfera (Jo´)? Variação anual da Constante solar (topo da atm) Jo´ = Jo. DR DR = 1 + 0,033 cos (360 NDA / 365) NDA = número de dia do ano (1 a 365) Para o Afélio (04/07 – NDA = 185) DR = 0,967 (UA unidades astronômicas) Jo´ = 1.322 W/m2 Para o Periélio (03/01 – NDA = 4) DR = 1,033 (UA unidades astronômicas) Jo´ = 1.412 W/m2 OBS: Apesar da variação da distância Terra-Sol promover variação na irradiância solar extraterrestre ao longo do ano, essa variação é muito pequena, da ordem de 3,3% e essa variação NÃO é a responsável pela formação das estações do ano. Devido à rotação da terra a Jo´ também varia na escala horária devido ao ângulo zenital (1367) Variação horária da Irradiância Solar no topo da atmosfera- Iz Zênite Ângulo Zenital (Z) topo da atmosfera É necessário conhecermos a Lei de Lambert para relacionarmos o ângulo zenital com a quantidade de energia incidente (Irradiância) Leste Oeste (de manhã) (à tarde) no nascer do sol o Z=90, ao meio dia Z=0 (no equador) e no por do sol Z=90 novamente Lei do cosseno de Lambert Zênite Ângulo Zenital (Z) topo da atmosfera S Az S Intensidade = ______________ Energia Área. Tempo Energia = S Área normal = An Área real = Az (Irradiância na perpendicular, 12h) In= S / An (Irradiância com ângulo Z) Iz= S/ Az igualando-se S temos: In. An = Iz. Az In/Iz= An/Az (1) Cos Z = An / Az (2) substituindo-se 1 em 2 In/Iz=cos Z Iz= In.cosZ z z z i i A irradiância em qualquer ângulo Variação horária da Irradiância Solar no topo da atmosfera- Iz Topo da atmosfera Z Jo´ (na perpendicular, 12h) Iz= In.cos Z Iz= Jo´.cos Z se Z=0°, cos Z= 1, Iz =Jo´ Sol a 12:00h se Z=90°, cos Z=0, Iz= 0 nascer ou pôr do sol Variação horária da Irradiância Solar extraterrestre Zênite Ângulo Zenital (Z) Jo = 1.367 W/m2 Z = ângulo zenital em dado instante Iz = Jo .DR.cos Z topo da atmosfera Variação horária da Irradiância Solar extraterrestre Zênite Ângulo Zenital (Z) topo da atmosfera Z = ângulo zenital em dado instante Depende de 3 outros ângulos: Latitude (f) (letra grega “fí”) Declinação solar (d) (letra grega “delta”) Ângulo Horário (h) Em um plano cartesiano necessito somente 2 coordenadas (pontos) para determinar um ângulo Em uma dimensão espacial necessito de 3 coordenadas para determinar um ângulo Latitude (f) A latitude do local promove um desvio constante dos raios solares Quanto > Latitude > Desvio do ângulo Zenital (>Área) < Radiação Quantidade de radiação no topo da atmosfera (Iz) No meio dia (ângulo horário h= 0), temos: Variação do ângulo zenital (Z) em diferentes latitudes, considerando-se o dia de Equinócio de outono (21/03) (d=0°) e às 12h (passagem meridiana do Sol, h=0) Z = 45o Iz= 972,75 W m-2 Z = 0o Iz= 1375,68 W m-2 Zênite Boa Vista RR Latitude f = 0o Barriloche Latitude f = 45º (S ou N) Cabo Horn Latitude f = 60o Z = 60o Iz= 687,84 W m-2 50% de redução ... Declinação solar (d) d Declinação Solar: ângulo formado entre a posição do sol e o plano do equador Declinação solar (d) Plano da eclíptica + 23,45° Solstício de verão 22/12 Solstício de inverno 23/06 Equinócio de Primavera 23/09 Equinócio de Outono 21/03 - 23,45° 0° 0° Declinação solar (d) Como a terra está inclinada em relação ao plano da eclíptica (23,45°), o sol tem um movimento que aparentemente “sobe” para o hemisfério norte e depois de 6 meses “desce” para o hemisfério sul, promovendo as estações do ano. d = 23,45 sen [(360/365).(NDA – 80)] d = +23,45° -23,45° Solstício de inverno 23/06 Solstício de verão 22/12 Equinócios 23/06 e 22/12 d = 0 d = -23,45° Parei aqui • 2018 Declinação solar (d) Quando é inverno no hemisfério sul É verão no hemisfério norte ... (àrea maior radiação menor) Declinação solar (d) N S N S N S N S JAN FEV MAR ABR MAI JUN SET JUL AGO DEZ OUT NOV OUTONO INVERNO PRIMAVERA É a causa das estações do ano VERÃO Equinócio de Primavera 21/Mar Solstício de Verão 23/Jun Equinócio de Outono 23/Set Solstício de Inverno 22/Dez H E M IS F É R IO S U L H E M IS F É R IO N O R T E OUTONO INVERNO VERÃO PRIMAVERA Solstício de Inverno 23/Jun d=+23,45 Equinócio de Outono 21/Mar d= 0 Equinócio de Primavera 23/Set d= 0 Solstício de Verão 22/Dez d= -23,45 Ângulo horário (h) Pólo Norte 360° /24 h = 15°/hora h = ângulo horário = [(Hora local – 12).15] Se 12h, h=0° 14h, h=30° 18h, h=180° 20h, h= 120°, ... Ângulo horário: é o ângulo formado entre a posição atual do sol e a posição que ele estaria as 12h Unidade: Hora e décimos Resumo d= declinação f= latitude H= ângulo horário Equador Pólo Sul Pólo Norte Cosseno do ângulo Zenital cos Z = sen f sen d + cos f cos d cos h f= latitude (0 a 90º) d = 23,45 sen [(360/365).(NDA – 80)] h = [(hora– 12).15] Iz = Jo DR . cos Z Radiação Solar ..........................................Então, o quanto deradiação chega nos cultivos ? Q o ( M J/ m 2 d ia ) Macapá-AM Brasília-DF Porto Alegre-RS Cabo Horn Nova Zelândia Latitudes (sul) A irradiância solar no topo da atmosfera pode ser estimada por equações de base astronômica Iz = Jo .DR. cos Z (W m-2) Qo = 37,6.DR.[(p/180)hn senf.send + cosf.cosd.senhn] (MJ m-2dia-1) f Latitude em graus d Declinação solar (°) Hn hora do nascer do sol (h) DR distância relativa terra-sol NDA= número do dia do ano (dia juliano) h ângulo horário Z= ângulo zenital DR = 1 + 0,033 cos (360 NDA / 365) d = 23,45 sen [(360/365).(NDA – 80)] cos Z = sen f sen d + cos f cos d cos h h = [(Hora local (décimos) – 12).15] hn =arcos[ -tan f. tan d] N = 2.hn/15 (h) hn = arccos (-tgf.tgd) (°) Variação horária da Irradiância Solar Exercício: 1) Qual a energia solar no topo da atmosfera para Campos do Jordão, SP (Latitude 22º 30´ S) às 13:15 hs no dia 21 de julho ? Atmosfera Radiação Solar ..........................................Então, o quanto de radiação chega nos cultivos ? Vlr médio anual de irradiância solar na perpendicular (12h) (Z=0°) no topo da atmosfera: Jo =1.367 W m-2 Irradiância solar no topo da atmosfera: Iz (instantânea) (=Io) p/ qqer horário (Z 90°) 𝑊 𝑚2 DR = 1 + 0,033 cos (360 NDA / 365) d = 23,45 sen [(360/365).(NDA – 80)] cos Z = sen f sen d + cos f cos d cos h h = [(Hora – 12).15] Iz = Jo .DR. cos Z RESUMO Variação horária da Irradiância Iz = Jo DR . cos Z Irradiância Solar Extraterrestre (-22,7 o ) 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 Horário Iz (W /m 2 ) SI EQ SV SI = Solstício de Inverno 23/06 SV = Solstício de verão 22/12 EQ = equinócio 21/03 (outono) e 23/09 (primavera) Campos do Jordão, SP Valores diários de Energia Solar no topo da atmosfera Em determinado instante e local a energia solar Iz será: Iz = Jo. DR.cosZ O valor total da energia solar, entre o nascer (hn) e o por (hp) do Sol, será a integral dessa equação nesse intervalo de tempo, que resulta em: Irradiância Solar Extraterrestre (-22,7 o ) 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 Horário Iz (W /m 2 ) SI EQ SV Qo hn hp 𝐐𝐨 = 𝐈𝐙 𝐡𝐩 𝐡𝐧 = 𝐉𝐨 × 𝐃𝐑 × 𝐜𝐨𝐬𝐙 𝐡𝐩 𝐡𝐧 Valores diários de Energia Solar no topo da atmosfera O valor total da energia solar, entre o nascer (hn) e o por (hp) do Sol, será a integral dessa equação nesse intervalo de tempo, que resulta em: Qo = 37,6.DR.[(p/180)hn senf.send + cosf.cosd.senhn] O valor de Qo é dado em MJ m-2.dia-1 hn = Ângulo na hora do nascer do sol = arcos[ -tan f. tan d] DR = 1 + 0,033 cos (360 NDA / 365) d = 23,45 sen [(360/365).(NDA – 80)] 𝐐𝐨 = 𝐈𝐙 𝐡𝐩 𝐡𝐧 = 𝐉𝐨 × 𝐃𝐑 × 𝐜𝐨𝐬𝐙 𝐡𝐩 𝐡𝐧 Valores diários de Energia Solar no topo da atmosfera Exercício: 2) Qual a energia solar no topo da atmosfera para Campos do Jordão, SP (Latitude 22º 30´ S) no dia 21 de julho ? Novo exemplo Qual a irradiância no topo da atmosfera em Jaboticabal, SP (21°14´05”S) às 10:45 am para o dia 08/agosto/2011? Resposta: 1000,94 W m-2 Neste mesmo dia qual a irradiância no topo da atmosfera diária ? Resposta: 27,23 MJ m-2 dia-1 Valores diários de Energia Solar no topo da atmosfera Irradiância Solar Extraterrestre (-22,7 o ) 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 Horário Iz (W /m 2 ) SI EQ SV Qo hora do nascer do sol hora do pôr do sol por exemplo para o equinócio 21/03 (outono) (ou 23/09 primavera) Campos do Jordão, SP Fotoperíodo Fotoperíodo ou duração do dia (N): é o intervalo de tempo decorrido entre o nascer e o pôr-do-sol (N = Hora do pôr-do-sol – hora do nascer do sol ) N = 2.hn/15 (hora) Pólo Sul Radiação Solar ..........................................Então, o quanto de radiação chega nos cultivos ? Solstício de inverno (23/Jun), d=+23,45° Verão: > Fotoperíodo Inverno: < Fotoperíodo Fotoperíodo (N): ou duração máxima do dia, ou número de horas entre o nascer e o por do sol “Dia” “Noite” Solstício de verão (22/Dez), d=-23,45° 12h 6h Quanto < Latitude ( próximo do equador (f=0)) > Fotoperíodo 12h 10h Equador sempre com N=12 Radiação Solar ..........................................Então, o quanto de radiação chega nos cultivos ? Fo to p o e rí o d o ( N ) (h o ra s) Macapá-AM Brasília-DF Porto Alegre-RS Cabo Horn Nova Zelândia Latitudes (sul) Fotoperíodo (N): estimativas com equações de base astronômica N = 2.hn/15 (h) hn = arccos (-tgf.tgd) (°) 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 0 15 30 32 45 60 Porque isso é importante ? Radiação Solar ..........................................Então, o quanto de radiação chega nos cultivos ? Fo to p o e rí o d o ( N ) (h o ra s) Macapá-AM Brasília-DF Porto Alegre-RS Cabo Horn Nova Zelândia Latitudes (sul) Respostas fisiológicas ao Fotoperíodo Existem plantas que apresentam: Germinação de sementes ou Início do crescimento vegetativo Dormência: em Fotoperíodos pequenos Indução da Dormência Adaptado de Kormondy (1996) Florescimento de Plantas de dias longos (florescem qd o N é maior que um valor crítico) Florescimento de Plantas de dias curtos (florescem qd o N é menor que um valor crítico) Radiação Solar ..........................................Então, o quanto de radiação chega nos cultivos ? Exemplo: Calcule o fotoperíodo (N), a hora do nascer (HNA), a hora do por do sol (HPO) para a localidade de Jaboticabal, SP (Latitude: 21°14´05”S, Longitude: 48° 17' 09" W ) para o dia 21 de junho. Equações: N = 2.hn/15 (h) hn = arccos (-tgf.tgd) d = 23,45 sen [(360/365).(NDA – 80)] Radiação Solar ..........................................Então, o quanto de radiação chega nos cultivos ? Exercício para presença: Calcule a A) Radiação solar no topo da atmosfera no dia 27/agosto em Jaboticabal, SP (Latitude: 21°14´05”S, Longitude: 48° 17' 09" W ); B) o fotoperíodo (N) C) a hora do nascer (HNA), a hora do por do sol (HPO) Paramos aqui ago/2017 Estimativas da Radiação considerando os efeitos da atmosfera Como estimar a irradiância no nível do solo ? = Irradiância Solar Global (Qg) Qo Qg Valores diários de energia solar considerando os efeitos da atmosfera Qo Qg Tg Qg= Tg . Qo A irradiância solar global é uma fração da Irradiância no topo (Qo) Transmitância atmosférica ( sempre entre 0 e 1) Valores diários de energia solar considerando os efeitos da atmosfera Transmitância global da atmosfera (Tg): o quanto é transmitido pela atmosfera e chega na superfície Tg Depende da espessura (h) da atmosfera pela qual passa a radiação Tg = Qg Qo “o quanto passa pela atmosfera” e chega na superfície “o máximo que chega” no topo Medida pela insolação (n): número de horas de brilho solar efetivo na superfície (Heliógrafo) Estimado Estimado Qto > espessura > atenuação < Qg < Tg Qo Qg Se Tg=0,7 ... Significa que passou somente70% da energia que chegou no topo, ... 30% foi atenuado pela atmosfera Época do ano (d) Hora do dia (h, ...Z) + Nebulosidade 1h xh h Medida do número efetivo de horas de brilho solar (insolação) Heliógrafo (Campbell-Stokes): o sensor é uma esfera de cristal que promove a convergência dos raios solares sobre uma fita de papelão instalada sobre um base curva abaixo da esfera. Quando há irradiância solar direta, há queima da fita. A parte queimada da fita indica o tempo em que houve ocorrência de radiação solar direta. Esse equipamento fornece a insolação (n), usada para estimar a irradiância solar global diária, juntamente com dados de Qo e N, como já discutido. Fita p/ verão Fita p/ outono e primavera Fita p/ inverno John Francis Campbell (1853) George Gabriel Stokes (1879) Valores diários de energia solar considerando os efeitos da atmosfera nascer e pôr do sol >Z, <Tg <Qg Meio dia <Z, > Tg >Qg Hora do dia Época do ano Inverno >Z, <Tg <Qg Verão <Z, >Tg >Qg A nebulosidade tem forte papel na transmitância da atmosfera (Tg): > Nebulosidade (< insolação (n)) < Tg < Nebulosidade (> insolação (n)) > Tg 0,7 < Tg < 0,8 0,2 < Tg < 0,3 Dias Limpos Dias Nublados Tg = f(n/N) Tg=Qg/Qo Z Estimativa da irradiância global diária (Qg) Qg/Qo = a + b.n/N (1) [ Y = a + b.X ]..... Qg/Qo = transmitância global (Tg) n/N = razão de insolação (n = insolação medida; N = insolação máxima possível = Fotoperíodo) a, b = constantes locais de atenuação atmosférica Equação de Angström-Prescott (relaciona linearmente a transmitância com a razão de insolação) Qg = Qo. [ a + b.n/N ] estimado Medido (Heliógrafo) dado Isolando-se Qg na equação (1) temos: Estimativa da irradiância global diária (Qg) Equação de Angström-Prescott Qg = Qo * (a + b n/N) Decorrem da latitude e época do ano Reflete o grau de cobertura do céu por nuvens (Nebulosidade) Refletem os fatores que afetam os processos de atenuação (absorção e difusão) Estimativa da irradiância global diária (Qg) valores de a e b Local a b a + b = Tg Botucatu - SP 0,24 0,45 0,69 Piracicaba – SP 0,28 0,51 0,79 Campos do Jordão 0,25 0,50 0,75 Fortaleza - CE 0,27 0,36 0,63 Teresina - PI 0,31 0,37 0,68 Paulo Afonso - BA 0,31 0,33 0,64 Ijui - RS 0,25 0,46 0,71 Osório - RS 0,17 0,50 0,77 Pelotas - RS 0,35 0,46 0,81 Qg = Qo. [ a + b.n/N ] a = 0,29 * cos f b = 0,52 Regra prática: Exercício seguindo no nosso mesmo exemplo: 3) Qual a energia solar na superficie para Campos do Jordão, SP (Latitude 22º 30´ S) no dia 15 de fevereiro ? sabendo-se que a insolação foi de 8,5 horas. Dado: a= 0,25 b= 0,50 (tabela) N = fotoperíodo = 2 . hn /15 hn = hora do nascer do sol = arccos (-tgf.tgd) hn = arccos (0,4142. -0,22419) = arccos(0,092861) = 95,4676 N= 0,1333 . 95,4676 = 12,73 (horas) Qg = Qo. [ a + b.n/N ] Qg = 40,022 . (0,25 + 0,50.8,5/ 12,73) = 23,37 MJ/m2dia Irradiância solar global: I (horária) ou Qg (diária) Radiação Solar ..........................................Então, o quanto de radiação chega nos cultivos ? Só uma parte da radiação Qg É utilizada para fotossíntese Pois as clorofilas são sensíveis Somente a uma parte do espectro PAR = 0,45 a 0,5 de Qg Chamada de Radiação Fotossinteticamente ativa (RFA ou Photossynthetically Active radiation-PAR) Qo Qg PAR Dia Limpo (sem nuvens) Dia Nublado Qo = Radiação no topo de atmosfera Qg = Radiação global PAR = Radiação fotossinteticamente ativa Radiação Solar ..........................................Então, o quanto de radiação chega nos cultivos ? Fotossíntese Zhu et al., 2010 Exercício seguindo no nosso mesmo exemplo: 4) Qual seria a energia convertida em biomassa de cana de açúcar neste dia? Qg = 40,022 . (0,25 + 0,50.8,5/ 12,73) = 23,37 MJ/m2dia Considerando PAR=0,5. Qg PAR = 23,37 . 0,5 = 11,685 MJ/m2dia Considerando o trabalho de Zhu et al., 2010; com a eficiência de conversão Para cana de açúcar (C4) de 6%, temos: Acúmulo de biomassa diária= 11,685 . 6/100 = 0,7 kg/m2dia Para consideração: 700 g/m2dia, sem nenhuma restrição ambiental (somente em função da Temperatura e Radiação solar) (chamada de Produtividade Potencial); Medidas de taxas de crescimento em cana de açúcar em campo indicam valores máximos ao redor de 250 g/m2dia (Produtividade Real) (Batista et al., 2013) Medidas Os equipamentos que medem a irradiância solar recebem várias denominações, o que basicamente difere em função do tipo de equipamento, do princípio de funcionamento e do tipo de irradiância a ser medida Medida da Irradiância solar global Qg Actinógrafo: o sensor é constituído de placas bimetálicas (negras e brancas) que absorvem radiação solar, dilatando-se diferentemente. A diferença de dilatação é proporcional à irradiância solar e registrada continuamente por uma pena sobre um diagrama (actinograma). Placas bimetálicas, cobertas por uma cúpula de vidro ou quartzo, que impede que as ondas longas atinjam as placas Sistema de registro mecânico Medidas de Irradiância Solar na superf. Piranômetro de termopar: o elemento sensor é uma placa com uma série de termopares (“termopilhas”), sendo que parte é enegrecida (junções “quentes”) e parte é branca (junções “frias”). O aquecimento diferencial entre as junções “frias” e “quentes” gera uma força eletromotriz proporcional à irradiância. O sinal gerado é captado por um sistema automático de aquisição de dados. Junção quente Junção quente Junção fria Junção fria Na figura da esquerda vemos um piranômetro “branco e preto” com as junções “frias” e “quentes” expostas. Na figura da direita, o piranômetro tem as junções “quentes” expostas diretamente à radiação solar, enquanto que as frias encontram- se no interior do bloco do sensor. A cúpula de quartzo é para barrar as ondas longas provenientes da atmosfera. Medida da Irradiância solar global Qg LCE 360 - Meteorologia Agrícola Sentelhas/Angelocci Tubo solarímetro: usa o mesmo princípio dos piranômetros, porém com as termopilhas instaladas numa placa retangular e longa, permitindo uma melhor amostragem espacial. O sinal gerado é captado por um sistema automático de aquisição de dados. Piranômetro de fotodiodo de silício: o sensor é o fotodiodo de silício, que responde à absorção de energia, gerando uma corrente elétrica proporcional à irradiância solar. O sinal gerado é medido da mesma forma que nos piranômetros. Medida da Irradiância solar fotossinteticamente ativa- Qpar Sensor qüântico: o sensor é o fotodiodo de silício, o qual é protegido por um filtro que permite apenas a passagem da radiação solar na banda do visível, ou especificamente, na banda da radiação fotossinteticamente ativa, expressa em mol de fotons por unidade de área e tempo (fluxo de fótons fotossintéticos). Medida da Irradiância solar direta- Qd Emprega os piranômetros acoplados a um sistema específico que permite apenas a incidência da radiação direta no elemento sensor. Esse tipo de equipamento é denominado Pireliômetro LCE 360 - Meteorologia Agrícola Sentelhas/Angelocci Medida da Irradiânciasolar difusa- Qc Emprega os piranômetros com o sensor parcialmente protegido por um sistema específico (arco metálico) que permite apenas a incidência da radiação difusa no elemento sensor. Medida da Irradiância infra-vermelha- Qiv Emprega os piranômetros com uma cúpula específica que reflete as ondas curtas e permite a passagem das ondas longas. Esses sensores contêm um termistor para medida da sua temperatura, possibilitando assim se conhecer a sua emissão de IV e consequentemente se calcular a densidade de fluxo do ondas longas incidente. Radiação Solar Exercício em Sala Radiação Solar Exercícios complementares 1) Calcule a Radiação solar Fotossinteticamente ativa (PAR) (diária) em 11/08 e em 3 locais: Responda: Qual local proporcionará melhores condições para crescimento das plantas? São Carlos, SP (Latitude 22° 01‟ 04” Sul) n=10 Campo Grande, MS (Latitude 20° 26‟ 34” Sul) n=6,5 Boa Vista, RR (Latitude 2° 49‟ 12” Norte) n= 9,5 Boa Vista Campo Grande São Carlos DR = 1 + 0,033 cos (360 NDA / 365) d = 23,45 sen [(360/365).(NDA – 80)] Qo = 37,6.DR.[(p/180).hn. senf.send + cosf.cosd.senhn] hn = arcos[ -tan f. tan d] Qg = Qo. [ a + b.n/N ] Regra Prática: a = 0,29 * cos f b = 0,52 N = 2 . hn /15 PAR = 0,45 . Qg
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