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GABARITO DO PROFESSOR Questão 1: 1 – Um estudante de Cálculo Numérico está utilizando o método da bissecção para determinar o zero de uma função. Ele montou a tabela abaixo. Utilize os dados da tabela para responder às seguintes perguntas: ( a )(0,6) Observe as colunas e cite corretamente 3 argumentos que auxiliam a demonstrar que a tabela está coerente. Cada resposta correta vale 0,2. Seguem argumentos corretos, mas se o estudante encontrou mais algum e está correto, será aceito. Quem escreveu somente sobre algumas linhas da tabela não acertou, pois aquelas linhas poderiam estar corretas e as outras não. Observe que enunciado já afirmava que a tabela está coerente, isso já facilitou em muito o trabalho do estudante. 1. Em toda a tabela o sinal da f(a) é sempre oposto ao sinal da f(b). 2. O erro está diminuindo com o aumento das iterações 3. A f(x) está se aproximando de zero com o aumento das iterações Bastava escrever o que está acima. Seguem abaixo algumas explicações: 1. Se em alguma linha os sinais de f(a) e f(b) fossem iguais, haveria alguma coisa errada, pois isso significaria que o zero da função estaria fora daquele intervalo. 2. O erro diminuindo significa que estamos analisando cada vez intervalos menores. Isso está de acordo com o método, que baseia-se exatamente na sucessiva divisão do intervalo analisado. 3. Isso significa que estamos convergindo para o zero da função. Se a f(x) está cada vez mais próxima do zero e em uma linha se afastasse de zero, então haveria algum erro. ( b )(0,6) Determine o zero da função com erro menor ou igual a 10-6, com o menor número de iterações possível (atenção escreva o valor e o erro) A partir da 20ª iteração (inclusive) o erro ficou menor que 10-6, mas como foi pedido “com o menor número de iterações possível”, então vamos utilizar os dados da 20ª iteração: Zero da função = -0,487477303 ± 9,53674E-07 (até aqui 0,2) Escrevendo de outra forma: -0,487477303 ± 0,000000953674 Observe que o erro aponta 9 na sétima casa decimal. Então, não faz sentido escrever os demais algarismos do erro e nem os demais algarismos do valor além da 7ª.casa. Arredondamos o valor e o erro. Quando arredondamos o erro o seu valor passa a ser 0,000001 que ainda está dentro do erro pedido ( menor ou igual a 0,000001) Zero da Função = -0,487477 ± 0,000001 ( c )(0,6) Para a interação acima determine o erro percentual. Aproveito essa questão para fazer alguns esclarecimentos. São os mesmos que fiz em várias aulas, mas aproveito aqui para reforçar. Nos livros e apostilas normalmente aparecem as fórmulas para os erros, onde x é o valor obtido por método numérico (aproximado) e “x” o valor exato. Observe, então que o erro obtido por um procedimento numérico é então x x− . Erro absoluto Erro relativo Erro percentual .100 x x x x x x x x = − − = − = Quando trabalhamos com método numérico NÃO SABEMOS o valor exato, então, para o cálculo do erro relativo e do erro percentual usamos no denominador o valor obtido pelo método numérico. Assim, ficamos com : Então o erro percentual no caso em questão será: 0,000001Erro percentual .100 0,00020% 0,487477 = = − ( d )(0,9) Para as interações 2, 3 e 4 faça a análise gráfica e confira os valores “a” e “b” que estão na tabela. Aqui o estudante deveria reproduzir a representação gráfica que fiz em todas as aulas. Não precisa usar régua e nem representar exatamente o meio do intervalo. Nessa representação os sinais que aparecem são os sinais das f(a), f(x) e f(b). “x” é o meio do intervalo, uma vez que pelo algoritmo da Bissecção x=(b+a)/2. Na iteração seguinte é analisado o intervalo que na iteração anterior tem os sinais das funções opostos. Erro absoluto Erro relativo Erro percentual .100 x x x x x x x x = − − = − = Iteração Representação Gráfica 2 - + + a = -0,5 x = -0,25 b = 0 - + + 3 a = -0,5 x = -0,375 b = -0,25 - + + 4 a = -0,5 x=-0,4375 b = -0,375 ( e )(0,6)determine os valores “a” e “b” da interação número 23. Justifique a escolha. Resposta sem justificativa terá valor nulo. Na iteração número 22 temos que: f(a) tem sinal negativo f(x) tem sinal positivo f(b) tem sinal positivo Então na iteração seguinte (23) vamos analisar o intervalo cujos extremos tem sinais opostos, ou seja, o intervalo entre “a” e “x” da iteração número 22. Assim: Na iteração 23 a= -0,487478256 e b=-0,487478018 OU UMA OUTRA FORMA DE JUSTIFICAR: Pelo algoritmo da Bissecção quando f(a).f(x) for menor que zero, então na iteração seguinte repete o “a” e o b será o “x” da iteração anterior. i a f(a) x f(x) b f(b) e f(a).f(x) 1 -1 -12 -0,5 -0,125 0 1 0,5 1,5 2 -0,5 -0,125 -0,25 1,265625 0 1 0,25 -0,158203125 3 -0,5 -0,125 -0,375 0,841796875 -0,25 1,265625 0,125 -0,105224609 4 -0,5 -0,125 -0,4375 0,434326172 -0,375 0,841796875 0,0625 -0,054290771 5 -0,5 -0,125 -0,46875 0,1746521 -0,4375 0,434326172 0,03125 -0,021831512 6 -0,5 -0,125 -0,484375 0,029949188 -0,46875 0,1746521 0,015625 -0,003743649 7 -0,5 -0,125 -0,4921875 -0,046228886 -0,484375 0,029949188 0,0078125 0,005778611 8 -0,4921875 -0,0462289 -0,48828125 -0,007817686 -0,484375 0,029949188 0,00390625 0,000361403 9 -0,48828125 -0,0078177 -0,486328125 0,011146046 -0,484375 0,029949188 0,001953125 -8,71363E-05 10 -0,48828125 -0,0078177 -0,487304688 0,001684285 -0,486328125 0,011146046 0,000976563 -1,31672E-05 11 -0,48828125 -0,0078177 -0,487792969 -0,00306167 -0,487304688 0,001684285 0,000488281 2,39352E-05 12 -0,487792969 -0,0030617 -0,487548828 -0,000687436 -0,487304688 0,001684285 0,000244141 2,1047E-06 13 -0,487548828 -0,0006874 -0,487426758 0,000498739 -0,487304688 0,001684285 0,00012207 -3,42851E-07 14 -0,487548828 -0,0006874 -0,487487793 -9,427E-05 -0,487426758 0,000498739 6,10352E-05 6,48046E-08 15 -0,487487793 -9,427E-05 -0,487457275 0,000202254 -0,487426758 0,000498739 3,05176E-05 -1,90665E-08 16 -0,487487793 -9,427E-05 -0,487472534 5,39969E-05 -0,487457275 0,000202254 1,52588E-05 -5,09029E-09 17 -0,487487793 -9,427E-05 -0,487480164 -2,01354E-05 -0,487472534 5,39969E-05 7,62939E-06 1,89816E-09 18 -0,487480164 -2,014E-05 -0,487476349 1,69311E-05 -0,487472534 5,39969E-05 3,8147E-06 -3,40913E-10 19 -0,487480164 -2,014E-05 -0,487478256 -1,60207E-06 -0,487476349 1,69311E-05 1,90735E-06 3,22582E-11 20 -0,487478256 -1,602E-06 -0,487477303 7,66452E-06 -0,487476349 1,69311E-05 9,53674E-07 -1,22791E-11 21 -0,487478256 -1,602E-06 -0,487477779 3,03123E-06 -0,487477303 7,66452E-06 4,76837E-07 -4,85624E-12 22 -0,487478256 -1,602E-06 -0,487478018 7,1458E-07 -0,487477779 3,03123E-06 2,38419E-07 -1,14481E-12 2ª. questão (1,5)Desenvolva a integração numérica pela regra do trapézio repetida com n=4 para resolver a integral abaixo. 6 2 6 1 x x + − + ∫ A fórmula da integração numérica pela regra do Trapézio repetida estava na própria prova. Basta somente aplicar a fórmula:O intervalo de integração é -6 a 6. • Dividir esse intervalo em 4 partes: o [-6, -3] o [-3, 0] o [0, 3] o [3, 6] • Calcular a função em cada extremo de cada intervalo e depois somar. “a” e “b” são os extremos do intervalo de integração, então, pela fórmula, f(a) e f(b) entram uma vez na soma, ou seja, não são multiplicados por 2: 6 3.2 6 3.20 36 1 9 1 36 1 9 1 − − + + + + + + + + + + Como se pode ver, os termos se cancelam e a integral é igual a zero. Dica 4: Arrumar os termos primeiramente e somente no final usar a calculadora. Aqui nem foi preciso usar a calculadora para verificar que a soma dos valores das funções dava zero e que portanto o resultado final ´é zero.Isso é muito importante porque nos permite “sentir” o que está acontecendo com os números. Nos permite errar menos também. Nesse caso é possível intuir rapidamente que há uma simetria da função em torno do zero. Dica 5: Em toda prova faça primeiro o que é mais fácil. Esse ítem era o único trabalhoso da prova e isso foi falado por várias vezes em sala de aula. Na hora da prova eu ainda facilitei escrevendo no quadro a regra da cadeia e como se faz a derivada do produto de funções. Também foi avisado por várias vezes em sala de aula que derivada e integral não são tópicos de cálculo numérico e que o estudante já deve saber. Recomendei que fizessem treinamento em relação a isso. (1,2)Calcule o erro absoluto, o erro relativo e o erro percentual para essa aproximação. A fórmula do erro também foi dada na prova. Basta aplicar. Vamos calcular a derivada segunda da f(x): 2 1/2 2 1/2 2 3/2 2 1[ .( 1) ] ( 1) .[ ( 1) .2 ] 21 d x d x x x x x x dx dxx − − − = + = + + − + + 2 2 1/2 2 2 3/2 2 2 2 3 1( 1) .( 1) 1 ( 1) ( 1) d x x x x x dx x x x − − = + − + = − + + + 2 2 3/2 2 3/2 2 2 5/2 2 2 1 3( 1) .2 2 .( 1) .[ ( 1) .2 ] 2 21 d x x x x x x x x dx x − − − = − + − + + + + 2 3 2 3/2 3 2 5/2 2 2 2 3 2 5 3 33 ( 1) 3 .( 1) 1 ( 1) ( 1) d x x x x x x x dx x x x − − = − + + + = − + + + + Vamos trabalhar mais um pouquinho essa expressão para podermos estudar o seu comportamento. 2 3 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3 3 3 1 ( 1) ( 1) ( 1) ( 1) ( 1) ( 1) ( 1) ( 1) ( 1) d x x x x x dx x x x x x x x x x x = − = − + + + + + + + + + + 2 3 2 3 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3 ( 1) 3 3 3 3 1 ( 1) ( 1) ( 1) ( 1) ( 1) ( 1) d x x x x x x x x dx x x x x x x x − + − − − = = = + + + + + + + 2 2 2 2 2 2 3 1 ( 1) ( 1) d x x dx x x x − = + + + Agora vamos ver o comportamento do módulo da derivada segunda da f(x) dentro do intervalo x=-6 a x =+6 Observe que no denominador aparece “x” elevado ao quadrado, ou seja, seja “x” positivo ou negativo, o valor será o mesmo. Então: 2 2 2 2 2 2 33 ''( ) ''( ) ( 1) ( 1) ( 1) ( 1) xx f x f x x x x x − = ⇒ − = + + + + Assim, não precisamos nos preocupar com o sinal, vamos analisar a função de 0 a +6. Aqui você aplica a fórmula direto em sua calculadora. Você pode fazer uma tabelinha e escrever os valores, pois isso o ajudará a perceber o comportamento da função: x 3x x^2+1 RAIZ(x^2+1) |f"(x)| 0 0 1 1 0 1 3 2 1,414 0,530 2 6 5 2,236 0,107 6 18 37 6,083 0,002 Com isso você percebe que a partir de x=1 o denominador cresce mais rápido do que o numerador, então a medida que “x” cresce a função decresce. E entre 0 e 1? Bem, para os nossos propósitos aqui, bastaria concluir que o valor máximo é para x=1, embora na realidade exista um valor intermediário entre 0 e 1 para o qual a f”(x) tenha valor máximo. Assim, o erro seria: 3 3 2 2 2 2 2[ , ] [ 6,6] 12 3 max "( ) max 12 12.4 ( 1) ( 1)TR TRx a b x h xE f x E n x x∈ ∈ − − ≤ ⇒ ≤ + + 12.12 .0,53 9.0,53 4,8 5 4.4TR TR TR TR E E E E≤ ⇒ ≤ ⇒ ≤ ⇒ ≤ Esse erro calculado é o erro absoluto. Não é possível nesse caso calcular os erros relativo e percentual porque o valor aproximado encontrado foi ZERO e não há divisão por ZERO. (1,5)Desenvolva o cálculo e responda: em quantas vezes deveríamos dividir o intervalo de integração para que o erro obtido com o método seja menor do que 10-4 Vamos usar a fórmula do erro, só que agora a incógnita é o valor de “n”: 3 3 2 2[ , ] 12 max "( ) 0,0001 0,53 12 12.TR x a b hE f x n n∈ ≤ ⇒ ≤ Para não trabalharmos com inequação, vamos mudar o sinal de menor ou igual para igual e vamos encontrar “n” para erro igual a 0,0001. Como “n” está no denominador já sabemos que para erro menor que 0,0001, “n” terá que ser maior do que o “n” encontrado. Vejamos: 3 2 2 2 2 2 2 2 12 12 12 .0,530,0001 0,53 0,53 10000.12 .0,53 763200 12. 0,0001 n n n n = = ⇒ = ⇒ = = 3ª. questão ( vale 3,0 ) Sabe-se que um tipo de Interpolação Polinomial é Interpolação de Lagrange, cujo polinômio escreve-se: 0 ( ) ( ) n n i i i P x y L x = =∑ Faça a interpolação para os pontos (a) x=1,7; (b) x=2,9; (c) x=4,3 sabendo que i y L 0 0 -3,6 1 2 2,8.x 2 5 9,7.x2 3 7,7 11.x3 4 9,8 5,4.x4 5 11,3 3,3.x5 Aqui é só aplicar a fórmula e a tabela. Para qualquer x, o polinômio fica: 2 3 4 5P(x)= 2 . 2,8x + 5 . 9,7x + 7,7 . 11x + 9,8 . 5,4x + 11,3 .3,3x 2 3 4 5P(x)= 5,6x + 48,5x + 84,7x + 52,9x + 37,3x Interpolar para os valores dados, significa substituir na fórmula acima “x” pelos valores dados: ( a ) 2 3 4 5P(x)= 5,6 . 1,7 + 48,5. 1,7 + 84,7. 1,7 + 52,9. 1,7 + 37,3 . 1,7 1537= ( b ) 2 3 4 5P(x)= 5,6 . 2,9 + 48,5. 2,9 + 84,7. 2,9 + 52,9. 2,9 + 37,3 . 2,9 13881= ( c ) 2 3 4 5P(x)= 5,6 . 4,3+ 48,5. 4,3 + 84,7. 4,3 + 52,9. 4,3 + 37,3 . 4,3 80567= Formulário: Regra do Trapézio Repetida: ( )( ) ( ) ( ) 2 ( ) ( ) ( ) ... 2 b a h nf x f a f b f c f d f e ≈ + + + + + ∫ [ ] 3 2 , max "( ) 12R x a b hErro f x n ε ≤
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