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Revista Borges: ciências sociais aplicadas em debate 
V. 7, N. 1, Florianópolis, outubro de 2017. 
28 
ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA 
DAS MAIORES EMPRESAS DO SEGMENTO DE 
CARNES E DERIVADOS DO BRASIL LISTADAS NA 
BM&FBOVESPA 
____________________________________________ 
 
RESUMO 
O segmento de carnes e 
derivados vem se 
desenvolvendo e aumentando 
sua escala de produção e 
comercialização. Neste sentido 
o setor tem aumentado sua 
participação no PIB nacional, 
gerando empregos, além de ser 
um importante segmento 
exportador, responsável por um 
superávit na balança comercial. 
Pela representatividade do 
setor, o presente trabalho tem 
como objetivo geral analisar o 
desempenho econômico e 
financeiro das empresas de 
capital aberto do setor do 
agronegócio, BRF – Brasil 
Foods SA e JBS SA, listadas na 
BM&FBOVESPA em uma série 
histórica que compreende o 
período de 2013 a 2015. A 
pergunta de pesquisa foi 
identificar qual desempenho 
econômico-financeiro do setor 
de carnes e derivados no Brasil. 
Neste sentido foi realizada uma 
análise dos indicadores 
econômico-financeiros mais 
relevantes para as empresas do 
setor com base em estudos 
anteriores. A metodologia de 
pesquisa utilizada para a presente pesquisa é de natureza básica, 
com abordagem quantitativa e qualitativa, objetivos descritivos e 
exploratórios e os procedimentos utilizados são técnicos 
bibliográficos e documental. Pelos resultados, conclui-se que a BRF 
e a JBS no que se refere aos índices de liquidez, endividamento, 
rentabilidade e EBITDA possuem bons indicadores, porém a BRF foi 
a empresa que teve melhores indicadores econômico e financeiro no 
período analisado. É importante ressaltar a importância dos 
indicadores econômico-financeiros como recurso de tomada de 
decisão das empresas de carnes e derivados. 
Palavras-chave: Indicadores econômico-
financeiros. Carnes e derivados. Tomada de 
decisão. EBITDA. 
 
Autores 
 
Mara Cristine Kich 
Mestre em administração 
em estratégia e 
desempenho 
organizacional (UNISUL), 
Especialista em 
Controladoria e Finanças 
(ULBRA) e em Gestão 
Escolar (IESDE) e docente 
das Faculdades Borges de 
Mendonça e do Centro 
Universitário Municipal de 
São José. E-mail: 
marakich@gmail.com 
 
Cintia Raquel Utzig 
Bacharela em Ciências 
Contábeis pelas 
Faculdades Borges de 
Mendonça. E-mail: 
Cintiarutzig@gmail.com 
 
 
 
 
 
Revista Borges: ciências sociais aplicadas em debate 
V. 7, N. 1, Florianópolis, outubro de 2017. 
29 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
om a globalização, conforme Sehnem et al. (2012) e Tavares 
e De Castro (2013) o cenário de produção e comercialização 
atual de alimentos, tem exigido uma nova postura por parte 
das empresas, ou seja, a dinâmica da indústria vem 
passando por intensas transformações. 
Corroborando, a produção e comercialização vivem em 
incessante transformação. Os procedimentos em relação aos 
recursos utilizados e a tecnologia, mudando visivelmente, a fim de 
alcançar um nível superior de qualidade aos até então utilizados 
pelas organizações, obtendo um diferencial, para que possam 
permanecer sólidas no mercado, visto que a concorrência é bastante 
acirrada nos dias atuais (SEHNEM et al., 2012; TAVARES; DE 
CASTRO, 2013). 
Complementando, para que as organizações de grande porte 
possam se manter competitivas, as mesmas precisam produzir em 
grande escala, ter agilidade para transferir os produtos acabados 
para os consumidores, em relação a tal aspecto, as empresas 
sofrem muitas exigências relacionadas à padronização, qualidade, 
durabilidade, responsabilidade econômica, social e ambiental, 
lucratividade entre outras (HERRERA; ABREU; SIQUEIRA et al., 
2004; SEHNEM et al., 2012; TAVARES; DE CASTRO, 2013). 
Deste modo, com as constantes transformações ocorridas no 
setor de carnes e derivados, as empresas dependem cada vez mais 
da confiabilidade das informações geradas pela contabilidade para 
que possam tomar suas decisões e, dessa forma, garantir não só a 
sua sobrevivência, mas também o seu crescimento e 
desenvolvimento (HERRERA; ABREU; SIQUEIRA et al., 2004; 
SEHNEM et al., 2012; TAVARES; DE CASTRO, 2013). 
Nesse sentido as empresas do setor do agronegócio estão 
inseridas nas exigências atuais do mercado, em que as organizações 
necessitam aprimorar as suas atividades de modo a alcançar o 
máximo de eficácia, rendimento e competência (BORTOLUZZI et al., 
2011; TANAKA; TAMAKI, 2014). 
Segundo Tanaka e Tamaki (2014), neste processo o gestor 
usa métodos, conhecimentos e recursos que lhe permitem dirigir o 
andamento das atividades na direção dos objetivos estabelecidos. 
Neste aspecto, De Camargos e Barbosa (2005) expõem que as 
demonstrações contábeis auxiliam na identificação do desempenho 
econômico-financeiro da organização o que compreende os variados 
indicadores que são fontes de dados para a tomada de decisão. 
A partir deste contexto, apresenta-se o seguinte 
questionamento: Qual o desempenho econômico-financeiro do setor 
de carnes e derivados no Brasil? Para responder a esta questão, o 
objetivo geral do estudo é analisar o desempenho econômico-
financeiro do segmento de carnes e derivados das maiores 
companhias abertas do setor, BRF – Brasil Foods SA e JBS/SA, em 
uma série histórica que compreende o período de 2013 a 2015, sob 
a perspectiva da análise dos índices de Liquidez, Rentabilidade, 
Endividamento, Estrutura de capital e EBITDA. 
Pretende-se também através dos objetivos específicos: i) 
relatar o comportamento do desempenho econômico-financeiro ao 
C 
 
 
 
 
Revista Borges: ciências sociais aplicadas em debate 
V. 7, N. 1, Florianópolis, outubro de 2017. 
30 
longo do período selecionado; ii) analisar o comportamento dos 
principais indicadores econômico-financeiros das companhias, 
associando-o ao desempenho; e, iii) comparar através dos 
indicadores econômico-financeiros a empresa mais rentável. 
A presente pesquisa justifica-se pela representatividade do 
segmento de carnes e derivados das maiores companhias do setor, 
JBS/SA e BRF – Brasil Foods SA, pois, ambas disputam a liderança 
em vários segmentos alimentícios no mercado interno, são grandes 
exportadoras e estão entre as maiores companhias de alimentos do 
mundo. Justifica-se ainda para ampliar o conhecimento acadêmico 
sobre o processo de avaliação de desempenho econômico-financeiro 
das empresas do setor de carnes e derivados no Brasil. 
Na sequencia, para atingir o objetivo levantado, apresenta-se 
o referencial teórico das técnicas de análise do desempenho 
econômico-financeiro, após, apresenta-se a metodologia da 
pesquisa, seguida pela interpretação e discussão dos relevantes 
resultados alcançados. Por fim, são apresentadas as considerações 
finais do presente estudo. 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
Nesta seção apresentam-se os seguintes assuntos: as 
empresas do setor de carnes e derivados do Brasil e do mundo; as 
demonstrações financeiras das mesmas; a avaliação de desempenho 
financeiro; e, os indicadores de desempenho econômico-financeiros. 
2.1 CONTEXTO HISTÓRICO 
A história do setor alimentício no mundo teve seu início nos 
primórdios da vida humana, no qual segundo Harari (2015) os 
primeiros seres pré-históricos alimentavam-se apanhando plantas, 
como ervas daninha e figos e caçando animais, como ovelhas 
selvagens. 
Em relação a tal aspecto, o setor foi se aperfeiçoando, há 
cerca de dez mil anos, em que os seres humanos otimizavam o seu 
tempo e esforço para manipular a vida de algumas espécies de 
animais e vegetais, desta forma, teriam mais frutas, grãos e carne, 
este período foi chamado de Revolução Agrícola, onde aconteceu a 
partir de então, o plantio e a colheita (MAZOYER; ROUDART et al., 
2010; HARARI, 2015). 
Como afirma Harari (2015),a agricultura surgiu por volta de 
nove mil e quinhentos anos no interior da Turquia, Irã e Levante, 
em que começaram com a plantação de trigo, lentilhas, ervilhas, 
oliveiras e com o passar dos tempos iniciou a domesticação de 
cavalos, camelos e a produção de castanha de caju (MAZOYER; 
ROUDART, 2010). 
Já no Brasil, a agricultura iniciou por volta do século XVI, 
com os índios, e após a chegada dos colonizadores onde se plantava 
milho, hortaliças, legumes, frutas, feijão e arroz, nessa época já 
havia também o cultivo de bovinos, equinos e de aves (BENINCASA, 
2010). Em concordância, Balsan (2010) coloca que a agricultura 
brasileira teve seu processo de modernização a partir da década de 
 
 
 
 
Revista Borges: ciências sociais aplicadas em debate 
V. 7, N. 1, Florianópolis, outubro de 2017. 
31 
1960, conhecida como Revolução Verde, acarretando 
transformações significativas tanto na agricultura como na 
pecuária. 
No Brasil, os diversos setores industriais surgiram das 
tendências de apoderar-se dos processos agrícolas, ou até mesmo 
de substituir o produto agrícola, ou 
seja, a ideia era a de abordar o 
consumidor e proporcionar uma 
visão dinâmica dos produtos (MIOR 
et al., 2007; WILKINSON, 2013). 
Nesse processo a área 
alimentícia estabelece uma das 
principais atividades humanas, por 
razões que envolvem as 
perspectivas sociais, culturais e 
essencialmente econômicas na 
execução da ascensão das 
sociedades, os recursos econômicos 
que envolvem este setor são 
propícios, fazendo-o com que se 
sobressaia em relação a outros 
(PROENÇA, 2010). 
Neste aspecto Luchiari 
(2006) expõem que grandes 
transformações marcaram o ramo 
de carnes e derivados no Brasil, 
resultantes principalmente da 
aplicação de técnicas modernas de 
produção, da utilização dos 
cruzamentos e de uma estabilização da economia nacional que 
permitiu ao setor, ganhos de volume e produtividade e, foram 
definitivos para colocar o país em condição de destaque como um 
grande produtor mundial. 
 O mesmo autor coloca ainda que as transformações levaram 
a alterações importantes em toda a cadeia produtiva que impacta 
significativamente no Produto Interno Brasileiro (PIB), neste 
contexto é necessário o entendimento do mercado nacional de 
carnes e derivados (LUCHIARI, 2006). Após esse contexto faz-se 
necessário o entendimento do mercado nacional e internacional de 
carnes e derivados. 
 
2.1.1 Mercados Nacional e Internacional 
 
As maiores empresas brasileiras são a JBS S/A com sede em 
São Paulo/SP, seguida pela BRF – Brasil Foods SA, sediada em 
Itajaí/SC e por fim a empresa Marfrig de São Paulo/SP. As 
empresas JBS e BRF – Brasil Foods são as que lideram o segmento 
de carnes e derivados no Brasil, ambas as empresas possuem 
representatividade nas vendas mundiais e apresentam ganhos de 
mercado a cada ano (PIGATTO; SANTINI; DE SOUZA, 2011). 
Em se tratando de mercado nacional, o setor do agronegócio, 
segundo o Ministério da Agricultura (MAPA) correspondia em 2014 
o percentual de 22% do PIB, onde o crescimento da produção de 
___________________ 
Como afirma 
Harari (2015), a 
agricultura surgiu por 
volta de nove mil e 
quinhentos anos no 
interior da Turquia, Irã 
e Levante, em que 
começaram com a 
plantação de trigo, 
lentilhas, ervilhas, 
oliveiras e com o 
passar dos tempos 
iniciou a domesticação 
de cavalos, camelos e a 
produção de castanha 
de caju (MAZOYER; 
ROUDART, 2010). 
___________________ 
 
 
 
 
Revista Borges: ciências sociais aplicadas em debate 
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32 
carnes foi um dos fatores responsáveis pelos resultados do PIB e do 
Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBPA, 2016). 
Deste modo, conforme dados da Associação Brasileira das 
Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), a cerca de dez anos, a 
carne brasileira lidera o setor mundial, em que no ano de 2010 
atingiu a cifra de US$ 5,3 bilhões, aumentando em 10 vezes o valor 
de suas exportações em um período inferior a 10 anos (ABIEC, 
2016). 
Nesse sentido conforme pesquisa realizada pela Associação 
Brasileira de Proteína Animal (ABPA), baseada em dados publicados 
em 2016 pela ABIEC, demonstra que a produção Brasileira tem 
aumentado nos últimos anos, conforme demonstrado na tabela 1. 
 
Tabela 1 - Produção Brasileira (em mil toneladas) 
CARNE 2014 2015 VAR (%) 
FRANGO 12,75 13,00 1,96 
BOVINA 10,23 10,26 0,29 
SUÍNA 3,47 3,52 1,44 
PEIXE 2,22 2,28 1,44 
TOTAL 28,67 29,06 1,36 
Fonte: Adaptado de ABPA (2016). 
 
Conforme dados apresentados na tabela 1, a evolução da 
produção brasileira de carnes teve um crescimento de 1,36% de 
2014 para 2015 representando um aumento de 390 mil toneladas a 
mais em carnes, onde 45,29% foram de carne de frango, 34,94% 
carne bovina, 12% carne suína e 7,76% peixes, em relação ao ano 
anterior. Assim, em se tratando da exportação, segundo o MAPA, o 
Brasil ocupa o primeiro lugar em exportação de carne bovina e 
frango (aves), e o quarto maior exportador de carne suína (MAPA, 
2016). 
 Além das informações citadas acima, grandes 
transformações marcaram o ramo de carnes e derivados no Brasil, 
especialmente resultante das práticas modernas de produção. Estas 
práticas possibilitaram que o setor tivesse ganhos de produtividade 
e volume, fazendo com que o país se tornasse um grande produtor 
mundial (LUCHIARI, 2006). 
Sob o ponto de vista de Brandão (2009) no Brasil o 
crescimento das exportações de carne se deu em 1994, onde foram 
iniciadas significativas mudanças no setor da pecuária nacional. 
Com a concorrência, o autor expõe que o setor teve que buscar 
novos mercados e a partir de 1996 o aumento da exportação 
tornou-se constante, desta forma os frigoríficos tiveram o número 
de pedidos ampliados (BRANDÃO, 2009). 
Corroborando, na afirmação de Pigatto, Santini e De Souza 
(2011) a vasta procura pelo consumo de carnes e derivados em todo 
o mundo revela que o Brasil apresenta um vasto crescimento 
econômico neste setor. Quanto a esse pressuposto, conforme dados 
apresentados pela ABPA (2016) em conjunto com a ABIEC (2016), 
as exportações brasileiras em expansão, foi de uma variação de 
2,35%, somente 150 mil toneladas a mais, conforme exposto na 
tabela 2. 
 
 
 
 
Revista Borges: ciências sociais aplicadas em debate 
V. 7, N. 1, Florianópolis, outubro de 2017. 
33 
 
Tabela 2 - Exportação Brasileira (em mil toneladas) 
CARNE 2014 2015 VAR (%) 
FRANGO 4,00 4,10 2,50 
BOVINA 1,88 1,90 1,06 
SUÍNA 0,50 0,52 4,00 
TOTAL 6,38 6,52 2,35 
Fonte: Adaptado de ABPA (2016). 
 
Neste contexto, a tabela 2 aponta que a exportação brasileira 
no segmento de carnes, cresceu de 2014 para 2015, sendo 62,88% 
são de carne de frango, 29,14% exportação bovina e 7,98% suína. 
Vale ressaltar que o maior crescimento de 2014 para 2015 foi de 
carne suína, onde o Ministério do Desenvolvimento Indústria e 
Comércio Exterior (MDIC) revelam que o principal destino da carne 
suína brasileira, em volume, é a Rússia. Posterior aos dados 
apresentados dos mercados nacional e internacional faz-se 
necessário a compreensão dos indicadores de desempenho. 
 
2.2 INDICADORES DE DESEMPENHO 
 
A análise por meio de índices econômico-financeiros e de 
dados coletados na estrutura das demonstrações contábeis é 
considerada relevante e o seu uso, bastante apreciado, conforme 
colocam Antunes e Martins, (2007). Complementando por analogia, 
inúmeros são os trabalhos na literatura que tratam dessa temática 
com diferentes abordagens, tais como o artigo de Sehnem et al., 
(2012) que aborda uma análise do desempenho financeiro das 
empresas de carnes e derivados, listadas na BM&FBOVESPA no 
qual foram analisados os seguintes indicadores: estrutura de 
capital, rentabilidade, endividamentoe liquidez. 
O estudo de Ucchesi e Barros Filho (2016) teve como objetivo 
ampliar a pesquisa de Sehnem et al. (2012), nas variáveis 
operacionais e no qual os indicadores de rentabilidade, liquidez, 
estrutura de capital e endividamento serviram de fundamentação 
para uma análise do segmento de carnes e derivados. Os 
respectivos autores evidenciaram dois pontos importantes: as 
grandes empresas do setor (JBS/SA, BRF - Brasil Foods e Marfrig) 
ocupam a liderança na maioria dos indicadores financeiros 
analisados, sendo que as empresas de menor porte são mais 
voláteis e apresentaram desempenhos inferiores. 
Dos Santos (2013) argumenta que algumas pesquisas, nos 
últimos anos, tiveram como propósito analisar os instrumentos 
derivativos (estes são instrumentos financeiros que derivam de um 
ativo, utilizados para gerenciar riscos) nas demonstrações 
contábeis, constatando que as companhias não estão apresentando 
de maneira apropriada às informações relevantes com as operações 
de derivativos. O mesmo autor recomenda que novas pesquisas 
sejam feitas com as informações divulgadas, com uma análise 
qualitativa. 
 
 
 
 
Revista Borges: ciências sociais aplicadas em debate 
V. 7, N. 1, Florianópolis, outubro de 2017. 
34 
O estudo de Barros (2015) teve como objetivo analisar os 
principais indicadores contábeis de empresas de capital aberto do 
setor do agronegócio listadas na BM&F BOVESPA S.A e verificou-se 
que as empresas apresentaram variações importantes em seus 
indicadores de liquidez, rentabilidade e endividamento, sendo este 
último o que apresentou maiores diferenças durante a apuração dos 
resultados encontrados. 
Não obstante, a análise de 
Martins (2010) traz o entendimento 
das inter-relações de insumos, 
exportações e preço da matéria-prima, 
sendo relevante no que diz respeito à 
tomada de decisão que envolve a 
produção, gerando, assim, melhor 
previsibilidade da rentabilidade do 
setor. Já a pesquisa de De Oliveira 
Carlos, De Souza Neto e Nascentes 
(2015) analisa os índices econômico e 
financeiro das empresas do setor de 
carnes e derivados do Brasil que 
passaram por uma junção em 2009, analisando os indicadores 
econômico-financeiros mais relevantes. A pesquisa considerou 
aspectos referentes à liquidez, a estrutura de capital e a 
rentabilidade, comparando a situação das organizações a partir das 
demonstrações contábeis. 
A esse respeito, Bezerra e Corrar (2006) ressaltam que os 
estudos feitos dentro das companhias referentes aos indicadores 
financeiros para avaliar o seu desempenho já são realizados há 
bastante tempo, onde é feito um comparativo entre as organizações 
ou entre as mesmas companhias. 
Macedo, Silva e Santos (2006) salientam que quando é feita a 
análise de desempenho de uma organização, ela é suscetível à 
debates e indagações sobre quais indicadores econômico-financeiros 
aplicar e como os solidificar. Corroborando com o pensamento, 
Chaves, Alcântara e Assumpção (2008) elucidam que as ações e os 
indicadores a serem utilizados contribuem para a avaliação da 
situação econômico-financeira da organização. Neste contexto, 
torna-se imprescindível a análise das demonstrações contábeis e 
financeiras das empresas. 
 
2.3 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DAS S.A 
 
 A contabilidade é uma ciência que tem como objeto o 
patrimônio. Nesse sentido, Quinteiro e Medeiros (2005, p. 2) 
conceituam que o papel da contabilidade está vinculado aos 
“objetivos qualitativos da informação contábil, tais como 
compreensibilidade, relevância/materialidade, confiabilidade e 
comparabilidade, permeando todo o sistema da contabilidade 
confundindo-se com os próprios objetivos da ciência contábil”. 
 No entendimento de Nascimento (2010) as demonstrações 
contábeis podem ser visualizadas como uma ferramenta na qual a 
administração de uma empresa explana aos seus usuários internos 
e externos, as informações sobre a situação patrimonial financeira. 
___________________ 
A vasta procura 
pelo consumo de carnes 
e derivados em todo o 
mundo revela que o 
Brasil apresenta um 
vasto crescimento 
econômico neste setor. 
(PIGATTO; SANTINI, 
2011) 
_______________ 
 
 
 
 
Revista Borges: ciências sociais aplicadas em debate 
V. 7, N. 1, Florianópolis, outubro de 2017. 
35 
Estas informações são fundamentais ao processo decisório da 
organização e de como aplicar os recursos de um exercício social. 
 Corroborando com o pensamento, Silva (2012) salienta que 
as demonstrações contábeis, também chamadas de demonstrações 
financeiras, tornam presente o estado financeiro da organização em 
certo espaço de tempo, e contribuem para que o retorno e os riscos 
sejam ponderados. No entendimento de Matarazzo (2010, p.15) “as 
demonstrações financeiras fornecem uma série de dados sobre a 
empresa, de acordo com regras contábeis”. A esse respeito, segundo 
De Lacerda Moreira et al., (2013) e De Oliveira Carlos, De Souza 
Neto e Nascentes (2015), é visível como a contabilidade e as suas 
demonstrações são importantes, pois produzem dados provenientes 
de informações que são significativas para as tomadas de decisões. 
A contabilidade caracteriza uma das principais fontes de 
informação para que as empresas, com maior nível de eficácia e 
eficiência adotem medidas e tomem decisões, por meio de seu corpo 
administrativo. Face a isso, para que isso seja plausível, é 
indispensável a utilização das informações econômico-financeiras 
tiradas das demonstrações contábeis ratificadas assim em 
indicadores, que serão, por sua vez, o reflexo do desempenho da 
organização (DE OLIVEIRA CARLOS; DE SOUZA NETO; 
NASCENTES, 2015). 
Baptista et al., (2011) e Assaf Neto (2012) fundamentam que 
ao final de cada exercício social, conforme a lei 11638/07, os 
administradores da organização deverão estruturar, de acordo com 
a escrituração comercial da empresa, as demonstrações contábeis 
obrigatórias que devem apresentar de forma clara sua situação 
patrimonial e as suas modificações ocorridas no exercício, com o 
objetivo de corroborar com as informações repassadas a seus 
acionistas. 
A primeira demonstração contábil é o Balanço Patrimonial 
(BP), que, como afirma Iudícibus et al., (2010) e Marion (2012), 
expõe a posição patrimonial da organização em certa data, onde é 
composto por três componentes principais: o ativo, que são os 
recursos e beneficíos futuros da entidade; o passivo, sendo as 
obrigações; e o patrimônio líquido que são os recursos que os sócios 
depositaram na empresa para que tenha o início de suas atividades. 
A segunda demonstração é a Demonstração do Resultado do 
Exercício (DRE), sendo o conjunto das receitas obtidas pela 
organização, subtraindo as despesas e o custo total da venda, desta 
forma demonstra se a empresa teve lucro ou prejuízo em 
determinado exercício (BAPTISTA, 2011). 
Neste sentido a contabilidade através das demonstrações 
contábeis fornece aos investidores, administradores, agências 
reguladoras, acionistas e credores informações e dados para realizar 
a análise das demonstrações financeiras contribuindo para que 
essas entidades possam avaliar as tendências futuras, a saúde 
financeira e o desempenho organizacional (BOMFIM et al., 2011; DA 
SILVA et al., 2014; OMRANI; BEIRAGH; KALEIBARI, 2015). 
Com isso, faz-se necessário o entendimento dos indicadores 
econômico-financeiros utilizados e identificar os principais para as 
devidas tomadas de decisão. 
 
 
 
 
 
 
Revista Borges: ciências sociais aplicadas em debate 
V. 7, N. 1, Florianópolis, outubro de 2017. 
36 
2.3.1 Indicadores de Desempenho 
 
Duarte e Lamounier (2007) fundamentam que a mensuração 
de desempenho das entidades sempre foi um tema de preocupação 
da contabilidade desde o seu princípio, pois essa ciência procura 
aperfeiçoar a interpretação da realidadedas ações praticadas por 
seus gestores. Em suma, procura entender os demais fatos que as 
atingem, com o objetivo de fornecer a seus usuários com informação 
expressiva e favorável, bem como oferecer efetiva contribuição para 
a continuidade dos empreendimentos (MIRANDA, 2005). 
Macedo, Silva e Santos et al., (2006), assim como Chaves, 
Alcântara e Assumpção (2008) e ainda Bortoluzzi (2011) destacam 
como é importante a avaliação de desempenho corporativo, onde os 
autores salientam que os indicadores contribuem para a avaliação 
da situação econômico-financeira da organização. 
Complementando Macedo, Silva e Santos et al., (2006) e 
Chaves, Alcântara e Assumpção (2008) citam alguns indicadores de 
desempenho como sendo os mais utilizados para avaliação da 
situação econômico-financeira da organização, sendo eles: 
Rentabilidade, Índice de Liquidez e Estrutura de Capital. Da mesma 
forma, Frezatti e De Aguiar (2007) acrescentam o indicador 
chamado EBITDA (Earnings Before Interest, Tax, Depreciation and 
Amortization). 
Da Silva (2008) coloca que a Rentabilidade, é um indicador 
conhecido também como Quocientes de Retorno do Investimento. 
Não obstante, Matarazzo (2010) salienta que a rentabilidade 
demonstra o retorno do investimento realizado pela entidade e a sua 
lucratividade advinda de vendas. Este índice Da Silva (2008) e 
Matarazzo (2010) serve para estimar o lucro obtido em determinado 
período, quanto maior for este índice melhor para a organização. O 
Índice de Rentabilidade pode ser subdividido em: Giro do Ativo, 
Margem Líquida, Rentabilidade do Ativo e Rentabilidade do 
Patrimônio Líquido. 
 O Giro do Ativo, segundo Da Silva (2008), informa o 
desempenho da receita da organização em comparação ao aumento 
do ativo e, quanto maior for melhor explanará o retorno sobre o 
capital investido. Este índice demonstra se os recursos utilizados 
pela empresa foram empregados de forma eficiente (PASSAIA, 2011). 
Ribeiro et al., 2009 e Matarazzo (2010), definem que a 
Margem Líquida mede a capacidade de efetuar sobras líquidas em 
relação às vendas, ou seja, revela o percentual de lucro adquirido 
sobre as vendas. 
Já a Rentabilidade do Ativo, segundo Da Silva (2008), 
esclarece este índice tem a mesma função do índice citado 
anteriormente, porém, seu comparativo é feito em relação ao total 
do ativo. Corroborando, Matarazzo (2010) comenta que este 
indicador evidencia o quanto a entidade gerou de lucro, que poderá 
ser investido no ativo. 
Para Perez Jr. e Begalli (1999, p. 202) a Rentabilidade do 
Patrimônio Líquido “representa o nível de remuneração do capital 
investido pelos sócios acionistas, quotistas, proprietários”. Este 
indicador consiste em demonstrar os resultados obtidos na gestão 
de recursos de terceiros e recursos próprios (COELHO, 2005). 
 
 
 
 
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37 
De acordo com Da Silva (2008) os Índices de Liquidez, 
evidenciam a capacidade financeira da entidade para honrar seus 
débitos, de curto e/ou a longo prazo, assumidos com terceiros, ou 
seja, são índices que comprovam se a organização está sólida 
financeiramente para honrar suas obrigações (MATARAZZO, 2010). 
Será a seguir abordado a definição dos Índices de Liquidez Corrente, 
Seca e Geral. 
O Índice de Liquidez Corrente mensura a capacidade de a 
organização honrar as suas obrigações de curto prazo, utilizando os 
recursos aplicados no ativo circulante (PASSAIA, 2011). Já o Índice 
de Liquidez Seca, mede a capacidade de a empresa honrar suas 
obrigações com o uso de seu ativo circulante, porém sem contar 
com os seus estoques (PASSAIA, 2011). Para Marion (2012) este 
índice é bastante conservador, justamente pelo método de utilização 
do ativo circulante sem o estoque. 
O Índice de Liquidez Geral que segundo Pagliato (2009) 
confronta as obrigações totais da entidade (de curto e longo prazo) 
com a soma de todos os recursos aplicados no ativo circulante e do 
realizável a longo prazo, evidenciando assim a sua capacidade de 
liquidar suas dívidas. 
Para Soares e Corrar (2006), os índices de Estrutura de 
Capital são instrumentos de monitoramento do endividamento, 
imobilização, e também avaliam o potencial financeiro de cada 
organização. Para Matarazzo (2010) os índices de Estrutura de 
Capital são os princiapis indicadores para que a empresa tome 
decições a cerca da aplicação e aquisição de recursos. 
A este respeito, Brito, Corrar e Batistella (2007) argumentam 
que a Estrutura de Capital é constituída por capitais próprios e 
capitais de terceiros. Os capitais próprios são obtidos junto aos 
sócios ou acionistas, já os capitais de terceiros são obtidos junto ao 
mercado financeiro. Corroborando com o pensamento, Marion 
(2012) ressalta que esses indicadores nos mostram se a organização 
utiliza mais de recursos de terceiros ou de recursos próprios. Além 
disso, Silva (2012) conclui que a Estrutura de Capital ilustra o 
endividamento e o incremento de 
uma entidade. 
Não obstante, a composição 
do endividamento demonstra o 
percentual de obrigações contraídas 
de capitais de terceiros em relação 
às obrigações adquiridas a curto 
prazo (MATARAZZO et al., 2010; 
MARION, 2012). Em última análise 
o EBITDA, também conhecido como 
LAJIDA (Lucro Antes dos Juros, 
Impostos, Depreciações e 
Amortizações) incide no potencial de 
caixa produzido pelos ativos 
operacionais, ou seja, é uma medida utilizada para diversos 
propósitos, podendo assim, evidenciar a potencialidade do fluxo de 
caixa operacional de uma organização (VASCONCELOS et al., 2001; 
SALOTTI; YAMAMOTO, 2005). 
Neste contexto, torna-se imprescindível verificar os 
procedimentos metodológicos do estudo. 
_____________ 
Para Perez Jr. e 
Begalli (1999, p. 202) a 
Rentabilidade do 
Patrimônio Líquido 
“representa o nível de 
remuneração do capital 
investido pelos sócios 
acionistas, quotistas, 
proprietários”. 
_____________ 
 
 
 
 
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38 
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
Para o desenvolvimento deste artigo, empregou-se uma 
pesquisa de natureza básica, sendo que o problema foi abordado de 
forma quantitativa e qualitativa. Os objetivos são descritivos e 
exploratórios, os procedimentos utilizados são técnicos 
bibliográficos e por fim a pesquisa documental. 
Referente à pesquisa realizada, ela enquadra-se como básica, 
pois conforme afirma Moresi (2003, p. 8) “objetiva gerar 
conhecimentos novos úteis para o avanço da ciência sem aplicação 
prática prevista. Envolve verdades e interesses universais”. 
A pesquisa quantitativa de acordo com Silva e Menezes 
(2005) é traduzida em dados, conceitos e informações que podem 
ser analisadas e classificadas, ou seja, ela é quantificada, variando 
em informações que possam ser avaliadas, esta forma de pesquisa 
utiliza-se de recursos e técnicas estatísticas (KAUARK; MANHÃES; 
MEDEIROS, 2010). 
Na presente pesquisa, a análise utilizada foi quantitativa, 
pois foram analisados os dados das entidades mencionadas no 
problema de pesquisa, tais como os indicadores econômicos 
financeiros para analisar qual organização encontra-se mais 
rentável no mercado, ou seja, foram traduzidas em números as 
informações pertinentes para a análise dos dados. 
Quanto à pesquisa qualitativa, ela está relacionada a uma 
etapa exploratória da pesquisa, é adequada para uma análise 
formativa, visando a efetividade de um projeto (ROESCH, 2007). 
Dessa forma, para o estudo realizado, a análise qualitativa foi feita 
através de referencial teórico e da coleta, classificação e 
interpretação dos dados que embasam a ideia de propor uma 
análise econômico-financeira das entidades. Sendo assim, esta 
pesquisa podese classificar tanto como qualitativa, quanto como 
quantitativa. 
Gil (2002, p.42) afirma que “as pesquisas descritivas têm 
como objetivo primordial a descrição das características de 
determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento 
de relações entre variáveis”. A presente pesquisa classifica-se 
quanto aos seus objetivos como descritiva, pois visa a descrever as 
empresas do setor de carnes e derivados listadas na 
BM&FBOVESPA, visto interpretar e analisar a realidade observada 
no presente estudo. 
Já a pesquisa exploratória, segundo Silva e Menezes (2005, p. 
21) “visa proporcionar maior familiaridade com o problema com 
vistas a torná-lo explícito ou a construir hipóteses”. A presente 
pesquisa pode ser classificada como exploratória, visto ter como 
objetivo analisar o desempenho econômico-financeiro do segmento 
de carnes e derivados das maiores companhias abertas do setor, 
JBS/SA e BRF – Brasil Foods SA, em uma série histórica que 
compreende o período de 2013 a 2015, desta forma, torna-o mais 
claro, uma vez que o tema objeto de estudo não se esgotou em 
estudos anteriores. 
Além disso, referente aos procedimentos técnicos este 
trabalho utilizou-se de bibliográfica e documental. Na visão de Gil 
(2002, p.44) a “pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em 
material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos 
 
 
 
 
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39 
científicos”. O mesmo autor salienta que ainda que a maioria dos 
estudos exija algum tipo de trabalho desse gênero, há pesquisas 
estruturadas unicamente a partir de fontes bibliográficas. 
Fonseca (2002) define que a pesquisa documental, recorre a 
variadas fontes e elaborada a partir de material que não recebeu 
tratamento analítico, como revistas, relatórios, tabelas estatísticas, 
entre outras. Neste artigo, a pesquisa documental foi elaborada 
através dos sites das duas empresas do segmento de carnes e 
derivados do Brasil, e também no site da CVM, onde constam as 
informações contábeis das entidades, analisando assim, a 
importância da análise dos indicadores econômico-financeiros para 
a tomada de decisões. 
Posterior ao fundamento teórico e a análise documental e 
bibliográfica da DRE e BP, foi aplicado as fórmulas para mensurar 
as informações dos índices de análise econômico-financeira 
específicos do setor de carnes e derivados, faz-se necessário 
apresentar os procedimentos utilizados para a coleta de dados 
utilizados na pesquisa, através da aplicação de fórmulas, 
objetivando quantificar as informações do segmento. 
3.1 VARIÁVEIS UTILIZADAS NOS ESTUDOS 
Para a realização da pesquisa foram utilizados indicadores 
econômico-financeiro coletados nas demonstrações contábeis dos 
anos de 2013 a 2015 de empresas do setor de carnes e derivados, 
disponibilizados no site do Instituto Assaf, CVM e BMF&Bovespa. 
Vale ressaltar que a escolha da JBS/SA e BRF – Brasil Foods 
SA, participantes do estudo, é devido ao fato de serem as duas 
maiores empresas do setor e a definição do período teve como 
objetivo de realizar um estudo recente sobre o segmento, nesse 
sentido contribuindo com os estudos anteriores que foram 
realizados em períodos anteriores. 
Para que a pesquisa fosse realizada, foi indispensável a 
escolha dos indicadores econômico-financeiros mais relevantes para 
a avaliação das organizações da presente pesquisa. É imperativo 
ressaltar que os indicadores selecionados tiveram como base os 
estudos de Bezerra e Corrar (2006), Macedo, Silva e Santos (2006), 
Chaves, Alcântara e Assumpção (2008), Martins (2010), Nascimento 
(2010), Sehnem (2012), Dos Santos (2013), De Oliveira Carlos, De 
Souza Neto e Nascentes (2015), Barros (2015), Lucchesi e Barros 
Filho (2016). 
Concomitante às pesquisas supracitadas, também foram 
utilizados os estudos referentes aos indicadores de desempenho de 
diversos autores, tais como, Perez Jr. e Begalli (1999), Vasconcelos 
(2001), Coelho (2005), Miranda (2005), Salotti e Yamamoto (2005), 
Macedo, Silva e Santos (2006), Soares e Corrar (2006), Brito, Corrar 
e Batistella (2007), Duarte e Lamounier (2007), Frezatti e De Aguiar 
(2007), Chaves, Alcântara e Assumpção (2008). 
Sendo assim, conforme mencionado pelos autores, o quadro 
1 apresenta os indicadores para elaboração da análise econômica e 
financeira, apresentando um diagnóstico da real condição da saúde 
financeira de uma determinada entidade. 
 
 
 
 
 
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40 
Quadro 1: Indicadores Financeiros 
ÍNDICES DE LIQUIDEZ FÓRMULA 
Liquidez Geral (Ativo circulante + Ativo não circulante) 
/ (Passivo circulante + Passivo não 
circulante) 
Liquidez Corrente Ativo circulante / Passivo circulante 
Liquidez Seca Ativo circulante – Estoques / Passivo 
circulante 
Estrutura de Capital Fórmula 
Participação de Capital de 
Terceiros 
Capital de terceiros / Patrimônio líquido 
Composição do 
Endividamento 
Passivo circulante / Capital de terceiros 
Imobilização do 
Patrimônio Líquido 
Ativo permanente / Patrimônio líquido 
Imobilização dos Recursos 
Não-Correntes 
Ativo permanente / (Patrimônio líquido 
+ Passivo não circulante) 
Índices de Rentabilidade Fórmula 
Giro do Ativo Venda líquida / Ativo total 
Margem Líquida Lucro líquido / Venda líquida x 100 
Rentabilidade do Ativo Lucro líquido / Ativo total x 100 
Rentabilidade do 
Patrimônio Líquido 
Lucro Líquido / Patrimônio líquido x 
100 
EBITDA Fórmula 
Margem EBITDA EBITDA / Receita líquida 
Fonte: Adaptado Assaf Neto (2002) e Marion (2012). 
 
Conforme exposto no quadro 1, Bortoluzzi (2011) destaca 
como é importante a avaliação de desempenho corporativo. Macedo, 
Silva e Santos (2006) salientam que quando é feito a análise de 
desempenho de uma organização, ela sucinta de debates e 
indagações sobre quais indicadores econômico-financeiros aplicar e 
como os solidificar. 
Corroborando Chaves, Alcântara e Assumpção (2008) 
elucidam que as ações e os indicadores a serem utilizados 
contribuem para a avaliação da situação econômico-financeira da 
organização. 
A seguir apresenta-se a análise de dados, onde foram 
analisados os índices mencionados acima, aplicando cada fórmula e 
desta maneira podendo ser apurado qual o desempenho das 
organizações e qual é a empresa mais rentável do setor de carnes e 
derivados do Brasil no mercado atual. 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
A seguir será apresentado o histórico das empresas 
participantes do presente estudo, seguido pela análise dos 
resultados. A pesquisa foi fundamentada através da consulta e 
análise nos sites das respectivas empresas: BRF – Brasil Foods S.A. 
e JBS S.A e no site da CVM (2016) onde consta obter-se o melhor 
entendimento no estudo do gerenciamento das organizações. 
 
 
 
 
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41 
4.1 APRESENTAÇÃO DAS EMPRESAS 
A empresa BRF – Brasil Foods S.A. foi formada em maio de 
2009, pela junção das empresas Perdigão S.A e Sadia S.A, a mesma 
é sediada na cidade de Itajaí/SC e é configurada como sendo uma 
companhia de capital aberto que atua no ramo alimentício. A 
companhia é formada por aproximadamente 105 mil funcionários 
que são distribuídos em 35 unidades industriais no Brasil, 16 
fábricas no exterior, sendo 9 fábricas na Argentina, 4 na Tailândia, 
1 no Reino Unido e 1 nos Emirados Árabes, e por fim 40 centros de 
distribuição (BRF, 2016). 
A BRF – Brasil Foods S.A é líder mundial na exportação de 
proteína animal e produz alimentos que são fornecidos para mais de 
120 países em todo o mundo. Suas principais marcas são Sadia,Perdigão e Qualy onde são mais de 5 mil produtos que variam entre 
frios, lácteos, margarinas, empanados, pratos prontos, salsicha, 
hambúrguer, frango, linguiça entre outros. No ano de 2015, seu 
faturamento líquido foi de R$ 3.130.858,00 (BRF, 2016). 
Já a empresa JBS S.A foi fundada no ano de 1953, na cidade 
de Anitápolis/GO, hoje sua sede é situada na cidade de São 
Paulo/SP. A empresa tem seu capital aberto e sua atuação é no 
setor alimentício. A organização com o passar dos anos, adquiriu 
diversas outras empresas, aumentando assim seu capital (JBS, 
2016). 
A JBS S.A possui aproximadamente 216 mil funcionários em 
todo o mundo, sendo em torno de 340 unidades, divididas entre 
escritórios comerciais e fábricas. Atualmente a empresa é a maior 
produtora de proteína animal do mundo, operando no 
processamento de carne bovina, suína, ovina e de frango (JBS, 
2016). Suas principais marcas são Friboi, Seara, Excelsior e 
Doriana, os produtos comercializados são variados, sendo carnes, 
margarinas, frios, salsicha, pratos prontos, entre outros. Os 
produtos atendem mais de 300 mil clientes em mais de 150 países 
em todo o mundo. No ano de 2015 a empresa teve um faturamento 
líquido de R$ 5.128.647,00 (JBS, 2016). 
Após uma breve explanação das empresas selecionadas para 
o presente estudo, torna-se indispensável a análise geral dos 
indicadores econômico-financeiro mencionados neste trabalho de 
pesquisa. 
 
4.2 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DOS 
INDICADORES DAS EMPRESAS BRF – BRASIL 
FOODS S.A E JBS S.A. 
 
O objetivo da pesquisa é analisar o desempenho econômico-
financeiro das empresas de capital aberto do segmento de carnes e 
derivados do Brasil, que foram apresentadas na seção anterior. A 
seguir serão apresentados os resultados dos indicadores econômico-
financeiro das organizações, conforme demonstrado a partir da 
tabela 3. 
 
 
 
 
 
 
 
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42 
Tabela 3: Indicadores de Liquidez 
 BRF JBS 
ÍNDICES DE 
LIQUIDEZ 
2013 2014 2015 2013 2014 2015 
GERAL 1,83 1,77 1,52 1,51 1,45 1,32 
CORRENTE 1,57 1,83 1,65 1,63 1,51 1,25 
SECA 1,20 1,52 1,30 1,24 1,18 0,97 
Fonte: Adaptado de Instituto Assaf (2015), dados do balanço 
patrimonial, adaptado pela autora (2016). 
 
 
Em referência ao índice de Liquidez Geral apresentado na 
tabela 3, o qual mensura a capacidade de a empresa pagar suas 
dívidas a curto e longo prazo, percebe-se que tanto a BRF quanto a 
JBS tiveram um decréscimo nos últimos três anos, porém ainda 
mantém um índice estável em relação a este indicador, pois 
conseguem honrar seus compromissos de curto e de longo prazo. O 
decréscimo deste índice se dá ao fato das empresas, com o decorrer 
dos anos, contraírem dívidas, principalmente o aumento das 
obrigações a longo prazo, conforme dados encontrados na análise 
no balanço patrimonial de ambas aas empresas. Vale ressaltar que 
a BRF apresenta média de 1,71 no período em análise apresentando 
melhor resultado que a JBF de 1,43. 
Quanto ao Índice de Liquidez Corrente, que demonstra a 
capacidade de liquidação das obrigações de curto prazo, tanto a 
BRF quanto a JBS tiveram uma diminuição neste índice na 
comparação de 2014 para 2015, devido ao aumento das dívidas, 
informação esta encontrada no Balanço Patrimonial, com uma 
média de 1,68 e 1,46 respectivamente. Porém, as duas companhias 
possuem disponibilidades sobre suas obrigações, sinalizando desta 
maneira que conseguem honrar seus compromissos de curto prazo. 
Com relação ao Índice de Liquidez Seca, o qual demonstra a 
capacidade da organização de liquidar suas dívidas de curto prazo, 
utilizando seu ativo circulante sem seus estoques, observa-se que a 
BRF se mantém consistente neste indicador em média de 1,34, ou 
seja, consegue saldar suas obrigações. Já a empresa JBS teve uma 
queda no decorrer dos anos, e no ano de 2015 apresenta índice 
abaixo do esperado 0,97, indicando que a mesma não consegue 
honrar por completo com suas obrigações sem considerar os 
estoques. 
Com os resultados dos índices de liquidez analisados, pode-
se observar nos estudos anteriores de Sehnem et al., (2012) e 
Barros (2015) que ambas as empresas tiveram, nos últimos anos, 
decréscimo nestes indicadores, devido a investimentos realizados 
conforme dados apresentados no parecer publicado no site da 
Bovespa. Na sequência, conforme exposto na tabela 4, será 
ilustrado a Estrutura de Capital das empresas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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43 
 
Tabela 4: Índices de Estrutura de Capital 
 BRF JBS 
ÍNDICES DE 
ESTRUTURA DE 
CAPITAL 
2013 2014 2015 2013 2014 2015 
Participação de Capital 
de Terceiros 
1,20 1,30 1,92 1,97 2,20 3,16 
Composição do 
Endividamento 
0,48 0,47 0,44 0,39 0,44 0,43 
Imobilização do 
Patrimônio Líquido 
1,30 1,19 1,53 1,72 1,74 2,46 
Imobilização dos 
Recursos Não-
Correntes 
0,66 0,70 0,89 0,78 0,78 0,88 
Fonte: Adaptado de Instituto Assaf (2015), dados do balanço 
patrimonial, adaptado pela autora (2016). 
 
Ao comparar a proporção entre o capital próprio e o capital 
de terceiros exibidos na tabela 4 (participação de capital de 
terceiros) percebe-se que a cada ano, tanto a BRF quanto a JBS 
utilizam acima do indicado o capital de terceiros, ou seja, 
comprometem o patrimônio total da empresa, podendo prejudicar a 
aquisição de recursos junto ao mercado financeiro. Outro fator a ser 
observado é que a BRF aumentou em 47,69% a participação de 
capital de terceiros em comparação a 2014 para 2015. 
Conforme dados do parecer da empresa publicado no site da 
Bovespa, isso se deve ao fato da empresa ter obtido recursos 
adicionais para financiar projetos sustentáveis nas áreas de 
eficiência energética, redução da emissão de gases de efeito estufa, 
energia renovável e diversos outros projetos. Já a JBF aumentou em 
43,64% a participação de capital de terceiros em comparação a 
2014 para 2015, onde conforme dados do parecer da empresa 
publicado no site da Bovespa essa variação se da pelo fato da 
empresa possuir linhas de crédito rotativas em dólar das operações 
da empresa (JBS USA) fora do país (BOVESPA, 2016). 
No que se refere à composição do endividamento (tabela 4), 
que caracteriza o percentual de obrigações de curto prazo em 
relação às obrigações totais, observa-se então que as duas 
organizações se mantém estáveis nos três anos apresentados, tendo 
maior percentual de dívidas a longo prazo, onde a BRF teve média 
de 54% e a JBS de 58% de dívidas a longo prazo. 
Sobre o Índice de Composição do Endividamento, observa-se 
qual o percentual de obrigações de curto prazo em relação às 
obrigações totais, sendo desejado o menor percentual possível. Ao 
observar os estudos de Sehnem et al., (2012) e Barros (2015) e De 
Oliveira Carlos, De Souza Neto e Nascentes (2015) a BRF e JBS nos 
últimos anos tem melhorado o perfil de suas dívidas. Onde a BRF 
de 2014 para 2015 decaiu de 47% para 44% e a JBS de 44% para 
43% nesse período. 
Ao analisar a Imobilização do Patrimônio Líquido, (tabela 4), 
verifica-se que a BRF, tem na média dos três anos analisados 134% 
do PL imobilizado e a JBS tem uma média, no mesmo período, de 
197% para financiar seus investimentos, apresentando déficit de 
 
 
 
 
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44 
recursos próprios, ou seja, as duas companhias possuem 
dependência de terceiros para cumprir com seus compromissos. 
Com isso se percebe que, em geral, as empresas possuem um 
endividamento total superior a 100% do seu patrimônio total, 
contribuindo para fomentar a alavancagem operacional, porém, comriscos eminentes das ampliações no endividamento. 
Quanto à Imobilização dos Recursos Não-Correntes, (tabela 
4), ela indica que as duas companhias estão sólidas em relação a 
este índice, pois apresentam indicadores abaixo de 100%, logo, 
demonstra que o patrimônio líquido e o passivo não circulante são 
suficientes para cobrir os investimentos e o ativo permanente. 
De acordo com o relatório anual da empresa BRF a dívida 
líquida foi negativamente impactada pela variação cambial na dívida 
bruta e pelo programa de recompra das ações. Na sequência, 
conforme exposto na tabela 5, será ilustrado os índices de 
Rentabilidade das empresas. 
 
Tabela 5: Índices de Rentabilidade 
 BRF JBS 
ÍNDICES DE 
RENTABILIDADE 
2013 2014 2015 2013 2014 2015 
Giro do Ativo 0,94 0,80 0,80 1,35 1,47 1,34 
Margem Líquida 3% 8% 10% 1% 2% 3% 
Rentabilidade do Ativo 3% 6% 8% 2% 3% 4% 
Rentabilidade do 
Patrimônio Líquido 
7% 14% 23% 5% 9% 18% 
Fonte: Adaptado de Instituto Assaf (2015), dados do balanço 
patrimonial, adaptado pela autora (2016). 
 
Iniciando as análises pelo Giro do Ativo (Tabela 5) e tendo a 
empresa BRF como ponto de partida desta análise, percebeu-se que 
ela em média apresenta o índice de 0,85, ou seja, para cada R$1,00 
de investimento total a empresa vendeu R$0,85, demonstrando um 
cenário preocupante, haja vista o baixo valor das receitas se 
comparado com a JBS que possui um índice estável (em média de 
1,39), indicando que o volume de vendas atingido foi 
correspondente aos investimentos totais feitos pela companhia. Ao 
observar os estudos de Sehnem et al., (2012) e Barros (2015) e De 
Oliveira Carlos, De Souza Neto e Nascentes (2015) a BRF e JBS 
mantém um padrão de desempenho em relação a esse índice em 
relação as pesquisas anteriores. 
Em se tratando da Margem Líquida, (tabela 5) observa-se que 
a BRF possui os índices superiores aos da JBS. Conforme parecer 
publicado no site da Bovespa a BRF ampliou a Margem Líquida 
através do aumento da Receita Operacional Bruta (ROL) 
consolidado das operações nacionais 4% e internacionais 19% 
(BOVESPA, 2016). 
 A JBS conforme parecer da Bovespa teve nos anos em 
análise uma melhora em relação à margem líquida relacionado 
principalmente em relação à redução nas despesas com vendas e 
despesas administrativas, aumentando de 1% em 2013, para 3% 
em 2015 (BOVESPA, 2016). 
No tocante à Rentabilidade do Ativo, (tabela 5) este indicador 
demonstra quanto a empresa obteve de lucro líquido em relação ao 
 
 
 
 
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seu ativo total, ou seja, quanto a empresa poderá investir no seu 
ativo. Observa-se que a BRF teve média de 6% e a JBS com média 
de 3%, ou seja, tiveram aumento nos últimos três anos. Esse 
aumento demonstra a eficiência e rentabilidade das operações das 
empresas. 
Quanto à rentabilidade do Patrimônio Líquido (tabela 5) tanto 
a BRF quanto a JBS tiveram um aumento considerável no decorrer 
dos anos, o que se refere ao ganho percentual que os proprietários 
obtiveram em relação ao capital investido na empresa. Esse 
indicador procura verificar como está a gestão de recursos próprios 
e de terceiros, em benefício dos acionistas maximizando o valor da 
empresa no mercado. Na sequência, conforme exposto na tabela 6, 
será ilustrado o EBITDA das empresas. 
 
Tabela 6: EBITDA 
 BRF JBS 
 2013 2014 2015 2013 2014 2015 
Margem EBITDA 10,80% 15,40% 17,20% 6,6% 9,2% 8,2% 
Fonte: Adaptado de Instituto Assaf (2015), dados do balanço 
patrimonial, adaptado pela autora (2016). 
 
O índice da margem EBITDA (tabela 6) demonstra se os 
ativos operacionais estão gerando caixa. Nesse aspecto a BRF 
atingiu R$ 5,525 bilhões em 2015, aumento de 17% em relação a 
2014, com margem EBITDA de 17,2%, positivamente impactado por 
uma geração de resultado operacional mais forte, principalmente 
nos mercados internacionais conforme dados publicados no site da 
Bovespa do relatório financeiro disponibilizado para os acionistas. 
O EBITDA da JBS (tabela 6) em 2015, foi de R$13,3 bilhões 
onde a margem EBITDA de 2015 teve um decréscimo de 1%, em 
relação a 2014, devido à diminuição desse indicador das empresas 
do grupo PPC (Pilgrim’s Pride Corporation) e JBS USA Carne 
Bovina. Vale destacar que a JBS USA compensou parcialmente dos 
resultados do período do grupo, mas não foi o suficiente para gerar 
margem EBITDA superior a 2014, conforme dados publicados no 
site da Bovespa do relatório financeiro disponibilizado para os 
acionistas. Por fim, apresentam-se as considerações finais do 
presente trabalho. 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Neste artigo fez-se uma análise do desempenho econômico-
financeiro das maiores companhias do setor de carnes e derivados 
listadas na BM&F BOVESPA, tendo como base dar continuidade ao 
trabalho desenvolvido por Sehnem et al., (2012), Barros (2015) e De 
Oliveira Carlos, De Souza Neto e Nascentes (2015) e de Lucchesi e 
Barros Filho (2016). 
Neste sentindo contribuindo com os estudos anteriores o 
objetivo do presente estudo consiste em analisar o desempenho 
econômico-financeiro das empresas de capital aberto do setor do 
agronegócio, BRF – Brasil Foods SA e JBS SA, listadas na 
BM&FBOVESPA em uma série histórica que compreende o período 
de 2013 a 2015. Foi possível constatar que houve uma variação no 
 
 
 
 
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desempenho das empresas, sendo que ora uma ora outra 
apresentaram os indicadores melhores para cada categoria 
analisada de liquidez, rentabilidade, endividamento, estrutura de 
capital. 
No que se refere aos índices de endividamento, a BRF e JBS 
nos últimos anos tem melhorado o perfil de suas dívidas em 
comparação com pesquisas anteriores. O estudo também amplia as 
pesquisas anteriores por analisar o desempenho do EBITDA de 
ambas as empresas, não sendo realizada essa análise em outras 
pesquisas sobre o setor. 
Durante o período em análise a BRF foi a empresa que teve 
melhores indicadores econômicos e financeiros. No ano de 2015, em 
virtude da crise econômica nacional as empresas analisadas BRF e 
JBS tiveram seus indicadores econômicos e financeiros 
prejudicados, tendo ocorrido nesse período o pior índice de 
eficiência. 
Vale destacar que o problema de pesquisa foi respondido, 
uma vez que os indicadores econômicos e financeiros apresentados 
neste artigo possibilitaram evidenciar o desempenho das empresas, 
demonstrando sua relevância no processo de tomada de decisão e 
de futuros investimentos no setor. 
O presente estudo contém, no entanto, algumas limitações, 
pois se restringiu à análise das informações contidas nas 
demonstrações contábeis, especificamente no balanço patrimonial e 
na demonstração de resultado de exercício das empresas em 
análise. Além disto, a pesquisa se limitou a restringir a apenas duas 
maiores empresas do setor carnes e derivados no Brasil e no 
período específico de 2013 a 2015. 
Por fim, considera-se que a pesquisa apresentou informações 
que contribuem para o tema, denotando relevância para estudos 
futuros que venham a abranger empresas do setor de carnes e 
derivados e como sugestão futura incorporar a análise de outros 
indicadores econômico-financeiros, a fim de evoluir o entendimento 
de particularidades mais específicas, como indicadores de eficiência 
na gestão de custos, solidez financeira e análise de atividade. Além 
disso, é possível explanar mais empresas do setor de carnes e 
derivados e por um período maior aos três anos estudados, 
podendo, dessa forma obter novas variáveis a serem analisadas e 
interpretadas. 
 
ECONOMIC AND FINANCIAL ANALYSIS OF THE 
LARGEST MEAT SEGMENT BUSINESS AND 
DERIVATIVES OF LISTEDIN BRAZIL BM & 
FBOVESPA 
 
ABSTRACT 
The segment of meats and derivatives has been developing and 
increasing its scale of production and commercialization. In this 
sense, the sector has increased its share in the national GDP, 
generating jobs, besides being an important export segment, 
responsible for a surplus in the trade balance. The main objective of 
this paper is to analyze the economic and financial performance of 
publicly traded companies in the agribusiness sector, BRF - Brasil 
 
 
 
 
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Foods SA and JBS SA, listed on the BM & FBOVESPA in a historical 
series comprising the period of 2013 To 2015. The research 
question was to identify the economic-financial performance of the 
meat and derivatives sector in Brazil. In this sense, an analysis of 
the most relevant economic-financial indicators for the companies of 
the sector was carried out based on previous studies. The research 
methodology used for this research is basic in nature, with a 
quantitative and qualitative approach, descriptive and exploratory 
objectives and the procedures used are bibliographical and 
documentary techniques. Based on the results, it can be concluded 
that BRF and JBS have good indicators for liquidity, indebtedness, 
profitability and EBITDA, but BRF was the company with the best 
economic and financial indicators in the period analyzed. It is 
important to emphasize the importance of economic-financial 
indicators as a decision-making resource for meat and meat 
products companies. 
KeyWords: Economic and financial indicators. Meat and meat 
products. Decision making. EBITDA. 
 
 
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