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ATIVIDADE ESTRUTURADA

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ATIVIDADE ESTRUTURADA
 
 
Kadja de Sousa Valle
 
 
 
 
 ARACAJU – SE 
2017/02
 
FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
 
História da Educação no Brasil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atividade Estruturada contendo relatórios sobre a atual LDB, 
Lei 9394/96 que rege a educação brasileira, exigida como 
parte dos requisitos para conclusão da disciplina História da 
Educação no Brasil sob a orientação da Professora valeria Furlan Sedano. 
 
 
 
 
 
 Curso: Letras Português-Espanhol 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aracaju/Se
2017/02
Tema da Atividade Estruturada:
 
A LDB -Lei 9394/96 - características e formas de implantação: da proposta a pratica. 
 A Lei de Diretrizes e Bases (Lei 9394/96) - LDB - é a lei orgânica e geral da educação Brasileira. Como o próprio nome diz, dita as diretrizes e as bases da organização do sistema educacional. 
 Pela LDB encontramos os princípios gerais da educação, bem como as finalidades, os recursos financeiros, a formação e diretrizes para a carreira dos profissionais da educação. 
Além disso, essa é uma lei que se renova a cada período, cabendo à câmara dos deputados atualizá-la conforme o contexto em que se encontra a nossa sociedade. 
 Desde sua promulgação, ocorreram inúmeras atualizações na LDB. A última atualização ocorreu este ano, por meio da lei 12.796, de 4 de abril de 2013. Essas alterações visam buscar melhorias para a nossa educação, sempre primando pelo direito universal à educação para todos. Uma das mudanças altera a LDB – Educação Infantil. A partir de agora, crianças com 4 anos na escola não serão mais uma opção dos pais. Está na lei. E a partir de 2016, os pais que desobedecerem aos novos parâmetros da LDB, poderão ser punidos com multa ou detenção de 15 dias. Outra mudança bastante significativa é quanto ao currículo da educação infantil. Este deve seguir a mesma b ase em todo o país, respeitando a diversidade cultural de cada região. Além disso, o educador deverá acompanhar e avaliar o desenvolvimento das crianças, mas sem o objetivo de aprová-las ou reprová-las. Para a União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação, tais mudanças representam a democratização do ensino no Brasil.
1° PRODUTO
Confecção de um esquema com as principais informações sobre a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira
 II- Dos Princípios e Fins da Educação Nacional 
I- Educação 
IX- Das 
Disposições 
Transitórias 
 LDB-INFORMAÇÕES 
 PRINCIPAIS
III – Do direito Educação e o Dever de Educar
VIII- Das 
Disposições 
Gerais 
 IV- Da 
Organização 
da Educação 
Nacional 
 VII- Dos 
Recursos 
Financeiros 
 V- Dos Níveis 
e das 
Modalidades 
de Educação e 
Ensino 
 VI- Dos 
Profissionais da 
Educação 
TÍTULOS:
 
Titulo I – Destaca a finalidade da LDB, sua aplicabilidade e abrangência; 
Título II – Destaca que a Educação e dever da família e do Estado, com ensino igualitário, plural, gratuito, dentre outras características; 
Título III – Regulamenta de que maneira o Estado deve ministrar e ofertar a educação a nível nacional; 
Título IV – Divide as funções relativas à educação para a União, Estado, Distrito Federal e os Municípios; 
Título V – Informa a composição dos níveis e modalidades escolares; 
Título VI – Trata dos profissionais da educação, processos de formação e ingresso no mercado de trabalho; 
Título VII – Destaca de que maneira os recursos financeiros deverão ser distribuídos e aplicados; 
Título V III – Ressalta as disposições gerais que tratam das questões relativas aos indígenas, políticas socioculturais, programas de formação pessoal, Educação à distância e ensino militar; 
Título IX – Informa as disposições transitórias da educação.
2° PRODUTO
Relatório da pesquisa feita sobre a aplicação pelo município escolhido dos recursos recebidos da União para a Educação. 
 A LDB, no Art. 69, nos apresenta porcentagens que devem ser aplicadas na Educação anualmente: 
Art. 69º. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, vinte e cinco por cento, ou o que consta nas respectivas Constituições ou Leis Orgânicas, da receita resultante de impostos, compreendidas as transferências constitucionais, na manutenção e desenvolvimento do ensino público. 
§ 1º. A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, não será considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir. 
§ 2º. Serão consideradas excluídas das receitas de impostos mencionadas neste artigo as operações de crédito por antecipação de receita orçamentária de impostos. 
§ 3º. Para fixação inicial dos valores correspondentes aos mínimos estatuídos neste artigo, será considerada a receita estimada na lei do orçamento anual, ajustada, quando for o caso, por lei que autorizar a abertura de créditos adicionais, com base no eventual excesso de arrecadação. 
§ 4º. As diferenças entre a receita e a despesa previstas e as efetivamente realizadas, que resultem no não atendimento dos percentuais mínimos obrigatórios, serão apuradas e corrigidas a cada trimestre do exercício financeiro. 
§ 5º. O repasse dos valores referidos neste artigo do caixa da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios ocorrerá imediatamente ao órgão responsável pela educação, observados os seguintes prazos: 
I - recursos arrecadados do primeiro ao décimo dia de cada mês, até o vigésimo dia; 
II - recursos arrecadados do décimo primeiro ao vigésimo dia de cada mês, até o trigésimo dia; 
III - recursos arrecadados do vigésimo primeiro dia ao final de cada mês, até o décimo dia do mês subsequente. 
§ 6º. O atraso da liberação sujeitará os recursos a correção monetária e à responsabilização civil e criminal das autoridades competentes. 
 De acordo com o portal de transparências do governo do Estado do Rio de Janeiro, que fornece dados sobre os recursos repassados do governo federal para estados, DF e municípios.
Os números são altos e não são apresentados em % , com isso não se consegue compreender se está adequado ao que se ordena no Art. 69 da LDB, conforme se pode observar nas Figuras: 
http://se.transparencia.gov.br/tem/receitas/por-area/areas?exercicio=2017
RECURSOS REPASS ADOS PELO GOVERNO FEDERAL MEDIANTE TRANSFERÊNCIAS EM 2017
 
Transferências por Área (Função – Acumulado no ano até julho) 
Encargos Especiais --------------------------------------------------- R$1.973.983.825,56
Saúde -------------------------------------------------------------------- R$ 146.908.129,81
Gestão Ambiental ----------------------------------------------------- R$ 15.475.299,85 
Educação ---------------------------------------------------------------- R$ 12.114.864,20 Saneamento ------------------------------------------------------------ R$ 5.961.163,86
Segurança Pública ---------------------------------------------------- R$ 5.525.999,70
Direito da Cidadania -------------------------------------------------- R$ 3.700.000,00
Indústria ------------------------------------------------------------------ R$ 1.354.734,00
Comércio e Serviços -------------------------------------------------- R$ 700.000,00
Organização Agrária -------------------------------------------------- R$ 500.000,00
Assistência Social ------------------------------------------------------- R$ 189.280,43
Habitação ---------------------------------------------------------------- R$ 57.546,67http://se.transparencia.gov.br/tem/receitas/por-area/areas?exercicio=2017
3° PRODUTO
Relatório da pesquisa: Significado e a Importância dos programas de diagnóstico e apoio a educação brasileira. 
Provinha Brasil
 
 Provinha Brasil: 
 A Provinha Brasil é uma avaliação dia gnóstica aplicada aos alunos matriculados no segundo ano do ensino fundamental. A intenção é oferecer aos professores e gestores escolares um instrumento que permita acompanhar, avaliar e melhorar a qualidade da alfabetização e do letramento inicial oferecidos às crianças. A partir das informações obtidas pela avaliação, os professores têm condições de verificar as habilidades e deficiências dos estudantes e interferir positivamente no processo de alfabetização, para que todas as crianças saibam ler e escrever até os oito anos de idade, uma das metas do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). 
Prova Brasil
 
 Prova Brasil: 
 A Prova Brasil e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) são avaliações para dia gnóstico, em larga escala, desenvolvidas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC). Têm o objetivo de avaliar a qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro a partir de testes 
padronizados e questionários socioeconômicos. 
 Nos testes aplicados na quarta e oitava séries (quinto e nono anos) do ensino fundamental, os estudantes respondem a itens (questões) de língua portuguesa, com foco em leitura, e matemática, com foco na resolução de problemas. No questionário socioeconômico, os estudantes fornecem informações sobre fatores de contexto que podem estar associados ao desempenho. 
 Professores e diretores das turmas e escolas avaliadas também respondem a questionários que coletam dados demográficos, perfil profissional e de condições de trabalho. 
 A partir das informações do Saeb e da Prova Brasil, o MEC e as secretarias estaduais e municipais de Educação podem definir ações voltadas ao aprimoramento da qualidade da educação no país e a redução das desigualdades existentes, promovendo, por exemplo, a 
correção de distorções e debilidades identificadas e direcionando seus recursos técnicos e financeiros para áreas identificadas como prioritárias. 
As médias de desempenho nessas avaliações também subsidiam o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), ao lado das taxas de aprovação nessas esferas. 
 Além disso, os dados também estão disponíveis para toda a sociedade que, a partir dos resultados, pode acompanhar as políticas implementadas pelas diferentes esferas de governo. 
No caso da Prova Brasil, ainda pode ser observado o desempenho específico de cada rede de ensino e do sistema como um todo das escolas públicas urbanas e rurais do país. 
 ENEM: 
 Criado em 1998, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tem o objetivo de avaliar o desempenho do estudante no fim da educação básica, visando contribuir para a melhoria da qualidade desse nível de escolaridade. A partir de 2009, passou a ser utilizado também como 
mecanismo de seleção para o ingresso no ensino superior, substituindo o vestibular. 
 Com a implementação de mudanças no Enem, ocorreu uma democratização das oportunidades de acesso às vagas oferecidas por Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) para a mobilidade acadêmica e indução da reestruturação dos currículos do ensino médio. O Enem é usado ainda para outros programas de acesso do governo federal, como o Pro Uni (Programa Universidade para Todos). 
Enem
 ENADE: 
 O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) avalia o rendimento dos alunos dos cursos de graduação, ingressantes e concluintes, em relação aos conteúdos programáticos dos cursos em que estão matriculados. O exame é obrigatório para os alunos selecionados e condição indispensável para a emissão do histórico escolar. A primeira aplicação ocorreu em 2004 e a periodicidade máxima da avaliação é trienal para cada área do conhecimento. 
 ENCCEJA: 
 
Encceja
O Inep realiza exames que além de diagnosticar a educação básica brasileira possibilitam meios para certificar saberes adquiridos tanto em ambientes escolares quanto extraescolares. O Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos – ENCCEJA - é um desses exames. 
 O ENCCEJA tem como principal objetivo construir uma referência nacional de educação para jovens e adultos por meio da avaliação de competências, habilidades e saberes adquiridos no processo escolar ou nos processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais, entre outros. 
 A participação no ENCCEJA é voluntária e gratuita, destinada aos jovens e adultos residentes no Brasil e no Exterior, inclusive às pessoas privadas de liberdade, que não tiveram oportunidade de concluir seus estudos na idade apropriada. 
 No Brasil e no Exterior, o Exame pode ser realizado para pleitear certificação no nível de conclusão do Ensino Fundamental para quem tem no mínimo 15 (quinze) anos completos na data de realização das provas. Além da certificação no nível de conclusão do Ensino Fundamental, os brasileiros residentes no Exterior podem pleitear a certificação no nível de conclusão do Ensino Médio desde que tenham no mínimo 18 (dezoito) anos completos na data de realização das provas. 
 
 No Brasil, com a instituição do novo Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, a partir de 2009 o E NCCEJA passou a ser realizado visando à certificação apenas do Ensino Fundamental, pois a certificação do Ensino Médio passou a ser realizada com os resultados do ENEM. 
Sisu
 SISU: 
 O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) foi desenvolvido pelo Ministério da Educação para selecionar os candidatos às vagas das instituições públicas de ensino superior que utilizarão a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como única fase de seu processo seletivo. A seleção é feita pelo Sistema com base na nota obtida pelo candidato no Enem. No sítio, os candidatos podem consultar as vagas disponíveis, pesquisando as instituições e os seus respectivos cursos participantes. 
 PROUNI: 
O Programa Universidade para Todos (ProUni) foi criado em 2004, pela Lei nº 11.096/2005, e tem como finalidade a concessão de bolsas de estudos integrais e parciais a estudantes de cursos de graduação e de cursos sequenciais de formação específica, em instituições privadas de educação superior. As instituições que aderem ao programa recebem isenção de tributos.
Fies
 O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é um programa do Ministério da Educação destinado a financiar prioritariamente estudantes de cursos de graduação. 
 Para candidatar-se ao Fies os estudantes devem estar regularmente matriculados em instituições de ensino não gratuitas cadastradas no programa, em cursos com avaliação positiva no SINAES. O Fies é operacionalizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da 
Educação - FNDE. Todas as operações de adesão das instituições de ensino, bem como de inscrição dos estudantes são realizadas pela internet, o que traz comodidade e facilidade para os participantes, assim como garante a confiabilidade de todo o processo. 
Pronatec
 PRONATEC: 
 O ProgramaNacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) foi criado pelo Governo Federal, em 2011, por meio da Lei 11.513/2011, com o objetivo de expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica no país, além de contribuir para a melhoria da qualidade do ensino médio público. 
 O Pronatec busca ampliar as oportunidades educacionais e de formação profissional qualificada aos jovens, trabalhadores e beneficiários de programas de transferência de renda. 
 Os cursos, financiados pelo Governo Federal, são ofertados de forma gratuita por instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e das redes estaduais, distritais e municipais de educação profissional e tecnológica. Também são ofertantes as instituições do Sistema S, como o SENAI, SENAT, SENAC e SENAR. A Partir de 2013, as instituições privadas, devidamente habilitadas pelo Ministério da Educação, também passaram a ser ofertantes dos cursos do Programa. 
 De 2011 a 2014, por meio do Pronatec, foram realizadas mais de oito milhões de matrículas, entre cursos técnicos e de formação inicial e continuada. 
4° PRODUTO
Construção de um texto crítico a partir dos dados obtidos nas três pesquisas feitas: vídeos sobre a 
LDB Lei 9394/96, o município escolhido e a aplicação dos recursos e o s ignificado e a Importância dos 
programas de diagnóstico e apoio a educação brasileira. 
 A Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional surgiu para trazer mudança, pois a Educação Brasileira necessitava de modificações e melhoria em seu sistema educacional. 
Apresenta cada proposta de forma clara e organizada, separando os artigos e capítulos, organizadamente apresentando cada etapa da educação e seus decretos. 
 Em seu artigo de n°69, define em porcentagem quanto a União, os Estados, Distrito Federal e os Municípios devem fazer suas aplicações, trazendo pontos relevantes para a construção de uma nova estruturação para o cenário educacional brasileiro, bem como definições e atribuições. Porém nem sempre a população consegue ver com transparência se realmente os valores apresentados são os valores repassados como determina a lei. 
 O governo do estado em parceria com o Ministério da Educação criou e fixou 
Programas de diagnóstico e apoio à Educação brasileira, com a finalidade de melhoria do processo ensino-aprendizagem e do acesso à sociedade a uma educação de qualidade e formação de maneira democrática e humana. 
PRODUTO FINAL
Produção de um texto crítico sobre a atual LDB Lei 9394/96 que rege a educação brasileira 
 
 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei 9304/96, foi criada para estabelecer as diretrizes e bases da educação nacional, com o objetivo de trazer organização no sistema educacional brasileiro. A primeira Lei de Diretrizes e Bases foi criada em 1961. Uma nova versão foi aprovada em 1971 e a terceira, ainda vigente no Brasil, foi sancionada em 1996. 
 A LDB 9394/96 é também chamada de Carta Magna da Educação. Inspirada e defendida pelo antropólogo Darcy Ribeiro, que conseguiu manter suas ideias em um texto legal e bem sintetizado, permitindo uma generalização e flexibilidade e com repercussões políticas. (FAGUNDES, 2008) 
 Alguns pontos da LDB são considerados vigentes, desde então são considerados ganhos importantes p ara os cidadãos: "a União deve gastar no mínimo 18% e os estados e municípios no mínimo 25% de seus orçamentos na manutenção e desenvolvimento do ensino público" (art. 69); o Ensino fundamental passa a ser obrigatório e gratuito (art. 4) e; a educação infantil (creches e pré-escola) se torna oficialmente a primeira etapa da educação básica. 
 Quando a lei foi promulgada, muitas discussões foram estabelecidas. A fala de CURY ao analisar a LDB, nos dá o tom das circunstâncias em que a nova Lei foi criada e nos faz entender porque até hoje Ela é sinônimo de muita discussão. Segundo Cury (1997): 
Toda Lei nova carrega algum grau de esperança, mas carrega alguma forma de dor, já que nem todos os interesses nela previamente depositados puderam ser satisfeitos. 
Esta lei, de modo especial, registra as vozes que, de modo dominante, lhe deram vida. Mas registram, também, vozes recessivas umas abafadas outras, silenciosas tantas, todas imbricadas na complexidade de sua tramitação. Por isso a leitura da LDB não pode prescindir desta polifonia presente na Lei, polifonia nem sempre afinada, polifonia dissonante. (CURY, 199 7) 
 Como toda lei, a LDB está longe de ser tudo de que se precisa para dar andamento a uma reforma educacional. O que significa que nem tudo o que ela traz foi implantado. Muitas diretrizes nem se quer foram efetivadas. As transformações propostas foram se dando aos poucos. Muitos artigos foram considerados sem sentido. Mas são incontáveis as variáveis que afetaram o processo educativo após a criação d a LDB. 
 Hoje, vemos que muitos dos seus artigos, parágrafos e incisos trouxeram inovações e foram responsáveis por mudanças estruturais importantes. Pela primeira vez uma lei educacional deixa a União com um forte papel de mero coordenador, o que abre margem para a iniciativa autônoma dos Estados, Municípios e escolas. Outro elemento importante trazido pela LDB foi caracterizar a Educação como dever da família e do Estado. Com ela o conceito de participação da família na Educação s e tornou mais elástico e mais efetivo. 
 Através dela foram introduzidas a autonomia e flexibilização dos sistemas de ensino, a introdução dos sistemas de avaliação, a municipalização do ensino, além de abrir espaço para a educação à distância e, principalmente a educação especial. Mais ainda, a LDB figurou como um importante instrumento de concretização dos direitos educacionais. Junto com as demais leis protetoras dos direitos sociais, contemplou-se no âmbito educacional uma preocupação de formar um indivíduo mais crítico, participativo, questionador e cidadão. 
 Todavia, é imprescindível reconhecermos o papel importante que a LDB desempenhou nesses dez anos de existência. Ao analisar seus objetivos, seus princípios e ideais, acreditamos que é preciso colocar em discussão uma análise mais profunda das questões impostas pela Lei de Diretrizes e Bases. 
 Nesse contexto podemos apontar a importância da LDB para o desenvolvimento da Educação brasileira. De uma forma geral pode-se dizer que as tendências que se apresentaram desde sua promulgação afetaram diretamente a legislação educacional causando vários desdobramentos e acarretando consequências imediatas para o país. 
 Portanto, cabe a todos que lidam com a Educação nesse país, reconhecer a importância da LDB e buscar novos modelos para atender à diversidade de aspectos de nossa cultura, objetivando dar ao brasileiro a Educação que lhe cabe, sem demagogia política, mas voltada para a escola, para o desenvolvimento do educando e para as diretrizes de um novo Brasil. 
BIBLIOGRAFIA: 
 
 BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei n° 9394. Brasília: 
 FAGUNDES, Augusta Isabel Junqueira. L DB – Dez anos em ação. Disponível em: 
< HTTPS://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/70320/65.pdf >. Acesso em: 6 de setembro de 2017. 
 CURY, Carlos Roberto Jamil. Flexibilidade e avaliação na LDB. In Seminário o que 
<http://se.transparencia.gov.br/tem/receitas/por-area/areas?exercicio=2017>. Acesso em: 7 de setembro de 2017

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