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Complemento Aula 8

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Complemento Aula 8 – Análise Textual
Raciocínio Argumentativo
Em aulas anteriores, já tratamos do discurso argumentativo e do discurso dissertativo. Mas ainda precisamos mergulhar na estrutura da construção de tais textos, para que possamos exercitar a capacidade de leitura e entendimento. Logo, esta aula vai tratar da organização do raciocínio argumentativo, ou seja, o que torna um texto, com uma organização específica, ser reconhecido como um texto que defende uma ideia, apresenta argumentos, tenta persuadir etc.
Muitas vezes, os argumentos que sustentam uma determinada posição, estão implícitos, não precisam de palavras. No vídeo de Carlitos, há uma crítica ao modelo de produção e ao desrespeito ao trabalhador.
Um pingo de filosofia: raciocínio indutivo
Muitas vezes, para formularmos um ponto de vista, uma opinião, precisamos analisar diversas situações que nos levam a uma conclusão (tese). Nesse caso, estamos tratando de um raciocínio indutivo. A Indução é o princípio lógico segundo o qual se deve partir das partes para o todo. Ou seja, ao fazer uma pesquisa, deve-se ir coletando casos particulares e, depois de certo número de casos, pode-se generalizar, afirmando que sempre que a situação se repetir o resultado será o mesmo.
A base desse princípio, portanto, é a experimentação. Vamos ver um exemplo?
Um pingo de filosofia: raciocínio dedutivo
Por outro lado, também podemos ter uma ideia geral, uma visão geral sob um determinado tema, que será comprovada a partir da verificação de alguns casos particulares. Nesse caso, estamos tratando de um raciocínio dedutivo. A dedução é o princípio lógico segundo o qual devemos partir do geral para o particular. Assim, devemos primeiro criar uma lei geral e depois observar casos particulares e verificar se essa lei não se contradiz. Para os adeptos da dedução, o cientista não precisa de mil provas indutivas. Basta uma única prova dedutiva para que a lei possa ser considerada válida.
A base desse princípio, portanto, é a observação. Vamos ver um exemplo?
Atormentado com o problema do movimento, Copérnico releu várias vezes as obras dos filósofos antigos na tentativa de encontrar uma resposta. Ao reler Cícero, observou que este pensador romano mencionara a opinião de um pensador antigo do séc. V. a.C. chamado Iceta de Siracusa, segundo o qual a Terra estaria em movimento.
Continuando em suas pesquisas, descobriu ainda que os pitagóricos Filolau e Ecfanto, bem como Heraclides de Ponto, acreditavam que a Terra girava. Encorajado nesta tese supostamente absurda, afirmou que tudo estava em movimento.
Em síntese, Copérnico defendeu as seguintes teses: 
1. A Terra é esférica; 
2. A Terra se move em um círculo orbital em torno do seu centro, girando também sobre o seu eixo; 
3. A Terra não era o centro do mundo, mas o Sol. 
Com tais ideias, Copérnico conseguiu se tornar o ponto de partida para pensadores posteriores: o ponto de partida para uma nova astronomia.
Sua obra foi inicialmente considerada por teólogos influentes como instrumentalista, ou seja, suas descrições seriam tomadas apenas como instrumentos úteis para efetuar previsões e dar explicações sobre os corpos celestes. Na verdade o próprio Copérnico a considerava uma teoria realista, porque entendia que esse era o compromisso do filósofo: buscar a verdade.
Mas o que isso tem a ver com Argumentação?
Um argumento é um conjunto de afirmações encadeadas de tal forma que se pretende que uma delas, a que chamamos a conclusão (ou tese), seja apoiada por outras afirmações (os argumentos propriamente ditos).
A diferença mais importante entre um argumento e um raciocínio é que em um argumento pretendemos persuadir alguém de que a conclusão é verdadeira, ao passo que em um raciocínio queremos apenas saber se uma determinada conclusão pode ser justificada ou não por um determinado conjunto de afirmações.
ATENÇÃO!
Sempre que argumentamos, temos o intuito de convencer alguém a pensar como nós. No momento da construção textual, os argumentos são essenciais, esses serão as provas que apresentaremos, com o propósito de defender nossa ideia e convencer o leitor de que essa é a correta. Para tal, muitas vezes precisamos usar a lógica indutiva e/ou dedutiva para formularmos nossos argumentos, bem como usar outras estratégias.
Exemplo:
Exemplo:
Exemplo:
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Por outro lado, as mulheres que vivem em ambientes confortáveis têm dificuldade em engravidar, apesar de todo um contexto que permitiria uma gravidez (e uma fertilização) mais tranquila.
Eis aqui um conhecimento popular baseado em sentimentos subjetivos, particulares, falível, assistemático, inexato, embora verificável na vida cotidiana. Claro que a generalização é abusiva, porque essa constatação não necessariamente corresponde à realidade. Vale lembrar também que muito do senso comum carrega um quê de preconceito.
Disso tudo sobressai uma pergunta: o conhecimento comum é sempre uma concepção que se afasta da verdade? Nem sempre! Às vezes satisfaz nosso imaginário; às vezes é o ponto de partida para o trabalho do cientista ou pesquisador.

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