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Roteiro IV - Ordenamento jurídico - Ramos do Direito e estrutura do Estado

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ROTEIRO IV DE INTRODUÇÃO AO DIREITO
Ramos do Direito e noções de organização jurídica do Estado
2. Ramos do Direito
O Direito envolve uma diversidade de normas jurídicas que atingem diferentes sujeitos, que são as partes que podem compor uma relação jurídica, no caso: as pessoas e o próprio Estado.
O Direito atinge diferentes conteúdos - aqui entendidos como o grau de imperatividade de suas normas, que podem ser:
- de imperatividade absoluta (norma cogente) - que pressupõe a regulação sobre relações jurídicas onde não se indaga sobre a vontade das partes;
Ex: Norma de Direito Penal – não é possível negociar seus dispositivos, se a pessoa cometeu um crime deverá ser punida na forma da lei. 
- de imperatividade relativa (norma dispositiva) - que pressupõe a regulação sobre relações jurídicas baseadas em acordos de vontades.
Ex: Norma de Direito civil/comercial, etc., que regulam os atos e contratos privados das pessoas físicas e jurídicas quando, por exemplo, estipulam as regras de um contrato de locação ou de compra e venda etc.
O Direito também representa diversos interesses jurídicos (ou bens jurídicos protegidos)– agora aqui agrupados em duas grandes categorias: os interesses públicos ou privados.
- Bens ou interesses privados – são os bens ou interesses que dizem respeito fundamentalmente ao patrimônio particular das pessoas físicas ou jurídicas, geralmente relacionados nas suas atividades particulares. Ex: casa própria, empresa privada, privacidade, etc.
- Bens ou interesses públicos – são os bens ou interesses da sociedade. Geralmente são aqueles interesses ou bens definidos em lei como públicos e de relevância social ou de patrimônio do povo (ou do Estado). Os interesses/bens públicos têm supremacia sobre os interesses/bens privados. Ex: patrimônio público (praças, estradas, prédios públicos, etc.); serviços públicos como educação saúde, segurança pública, etc. 
Síntese: 
As normas de Direito Público apresentam:
1)	Grau de imperatividade absoluta – normas cogentes;
2)	O interesse jurídico protegido é público; 
3)	Geralmente apresentam como parte na relação jurídica instituída o próprio Estado. 
Ex: Direito Constitucional, Penal, Administrativo, Processual, Tributário, Eleitoral, Previdenciário, etc.;
As normas de Direito Privado apresentam:
1)	Grau de imperatividade relativa – normas dispositivas;
2)	O interesse jurídico protegido é privado; 
3)	Regem precipuamente relações jurídicas entre particulares. 
Ex: Direito Civil, Direito Empresarial e Direito do trabalho. 
Com a finalidade de facilitar o estudo, o Direito foi dividido em ramos classificados de acordo com a natureza de suas normas jurídicas, inicialmente em dois grandes ramos: o Direito Público e o Direito Privado : 
Salienta-se, contudo, que a distinção entre normas jurídicas de Direito Público e normas jurídicas de Direito Privado não é clara e precisa, a ponto de alguns doutrinadores usarem a terminologia de Direito misto (ou social) quando se deparam diante de normas cujo enquadramento não é satisfatório. Geralmente ocorre isso quando o ramo do Direito apresenta um conjunto de normas onde coexistem características de Direito Público e de Direito Privado. Parcela da doutrina entende que fariam parte desse ramo misto: o Direito do Trabalho, o Direito previdenciário, o Direito do Consumidor, o Direito Internacional Privado e até o Direito de família.
Árvore do Direito simplificada:
							Direito Constitucional
							Direito Administrativo
							Direito Tributário
							Direito Processual
			 		Interno	Direito Penal
			Público
					
					Externo 	Direito Internacional Público 
DIREITO
							
							Direito Civil
					Interno	Direito Empresarial
			Privado			Direito do Trabalho
		
					Externo	Direito Internacional Privado
Direito Constitucional – Tem como objeto o estudo das normas jurídicas fundamentais de um Estado, sua estrutura organizacional, direitos e garantias individuais e coletivas, bem como as demais normas incorporadas na Constituição.
Direito Administrativo – Tem como objeto a organização e o funcionamento da Administração Pública e dos órgãos que executam serviços públicos.
Direito Tributário – Tem com objeto o sistema normativo que regula a instituição, fiscalização e arrecadação de tributos de um Estado.
Direito Processual – Tem como objeto o conjunto de normas que disciplina o processo judicial.
Direito Penal – Tem como objeto a regulação dos crimes e contravenções, bem como as penalidades pelos ilícitos cometidos. 
Direito Internacional Público – Tem como objeto as normas produzidas pelos sujeitos de direito internacionais.
Direito Civil – Tem como objeto as normas que dizem respeito ao estado e a capacidade das pessoas e suas relações privadas no que se refere aos bens, sucessão patrimonial, à família e às obrigações.
Direito Empresarial – Tem como objeto fundamental as normas que regulam as práticas empresariais e as sociedades empresárias.
Direito do Trabalho – Tem como objeto as normas que regem as relações de trabalho privadas.
Direito Internacional Privado – Tem como objeto principal a regulação das relações entre particulares no âmbito internacional.
3. ORGANIZAÇÃO JURÍDICA DO ESTADO 
3.1. Forma de Estado
Por forma de Estado, entende-se a maneira pela qual o Estado organiza politicamente o povo e o território e estrutura o seu poder. Existem três tipos de Forma de Estado:
Estado Federal (Federado) – se o poder político estiver repartido entre diferentes entidades governamentais. Ex: Brasil, Estados Unidos, Alemanha, Rússia, Suíça, Austrália, Canadá, Índia, México, etc.
Estado Unitário – se existir um único centro de poder político. Esta forma de Estado pode ter a característica de Centralizar o poder político e descentralizar competências administrativas, se tornando com isso um Estado Unitário administrativamente descentralizado. Ex: França, Uruguai, Portugal, França, Bélgica, Holanda, Panamá, Peru.
Confederação – uma união dissolúvel de Estados soberanos vinculados por um tratado internacional. Ex: antigas 13 colônias Americanas; a germânica de 1817, as antigas comunidades Helvéticas (Suíça) e mais recentemente a Comunidade dos Estados Independentes (CEI). 
Obs: na Confederação, os Estados constituintes não abandonam a sua soberania, enquanto que, na Federação, a soberania é transferida para a união federal.
3.1.1. Distinções básicas:
Estado Unitário x Estado Federal
EU
1-Ausência de poder constituinte decorrente (Portanto, não possui Constituição local, as unidades administrativas podem ser regidas por um estatuto local que depende de aprovação do poder político central).
2-Não é prevista nenhuma participação específica das regiões autônomas.
EF
1-Existência de poder constituinte decorrente. (As unidades políticas descentralizadas podem elaborar sua própria Constituição, prescindindo de autorização do poder central - governo federal).
2-Existe participação dos Estados federados através de seus representantes, na revisão da Constituição Federal (senadores);
 
Confederação x Estado Federal
CONF
	1-Fundado através de tratado internacional;
2-É uma união dissolúvel (permite a saída de quaisquer dos Estados da Confederação na forma estabelecida no tratado);
3-Existe o direito de “nulificação” pelo qual o Estado pode opor-se às decisões do órgão central.
EF
	1-Fundado pela Constituição.
2-É uma união indissolúvel entre “Estados-Membros”. Não existe o chamado direito de secessão. 
	3-O Estado-Membro, não tem poder de oposição frente ao governo central.
3.1.1. Federação Brasileira
O Brasil adota como forma de Estado uma Federação. A Federação se constitui num pacto (contrato social), consubstanciado na Constituição, que divide o poder político e administrativo inerente ao Estado. 
Portanto, a sociedade brasileira, soberana e politicamente organizada num território é dividida em várias unidades dotadas de autonomia (União, Estados DF e Municípios), mas todas obedientes a uma Constituição única queirá estabelecer as competências e limitações de cada ente vinculado. 
Disposição constitucional: 
Art. 1° - A República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do DF constituindo-se em Estado Democrático de Direito.
Art. 18 – A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o DF e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição
Salienta-se que a forma de Estado Federal Brasileira pressupõe a existência de dois fundamentos:
Autonomia – os entes políticos (União, Estados, DF e Municípios) são autônomos entre si basicamente porque a Constituição lhes atribui:
a.1 	autonomia financeira (Ex: arrecadação de tributos próprios);
a.2 	autonomia administrativa (através dos seus servidores públicos próprios);
a.3 	autonomia política (através dos seus representanttes 			eleitos)
b)	Repartição de competências – os entes políticos recebem da Constituição seus fundamentos de existência e competências próprias para legislar e administrar nas suas esferas de atuação. Ex: Competência privativa da União (art 22 da CF); competência comum para todos os Entes (art 23); competência concorrente para a União, Estados e DF (art 24).
3.2. Forma de Governo
Forma de governo é a maneira como se dá a instituição e a busca do poder na sociedade e como se dá a relação entre governantes e governados. 
Suas duas formas essenciais:
Monarquia – é uma forma de governo que reconhece um monarca (rei de forma hereditária ou abdicada) como chefe do Estado. A função dele é o de reger e coordenar a administração dos bens públicos e zelar pelos seus súditos. Os monarcas são instituídos pela tradição, apoiados pela opinião popular, ou por legislações ou Estatutos. Eles servem como símbolos de continuidade do Estado e atuam como líderes de opinião, representam o país no estrangeiro, e em funções cerimoniais.. Geralmente é caracterizado pela hereditariedade e vitaliciedade do seu governo. Existem duas formas de monarquia:
Monarquia Absoluta – onde o monarca governa com poder absoluto sobre o Estado e o governo, editando leis e impondo punições. Ex: Vaticano, Arábia Saudita, Brunei;
Monarquia Constitucional – o monarca geralmente é uma figura representativa que está submetido à própria Constituição, assim como os Presidentes. A soberania é manifestação do monarca, mas politicamente reside no povo que é representado pelo parlamento. Mesmo com o parlamento muitos monarcas constitucionais mantiveram reservas de poderes, tais como: a prerrogativa para demitir o primeiro-ministro, vetar (negar-se a conceder a permissão real) a legislação, etc. Ex: Reino Unido, Japão, Espanha, Bélgica, Canadá;
República – forma de governo caracterizada pela eletividade e pela temporariedade dos mandatos do Chefe do Executivo que são seus representantes no governo. República é uma palavra de origem latina formada pela aglutinação de "res", que significa coisa e “pública”, que significa de todos, assim, república é a forma de governo exercida pelo povo através do sistema de governo presidencialista ou parlamentarista. Ex: Brasil, EUA, França, Portugal, Alemanha, Uruguai, etc.
Diferenças fundamentais:
República x			Monarquia
Eletividade						Hereditariedade
Temporalidade					Vitaliciedade
Representatividade popular				Não representatividade popular
Responsabilidade (dever de prestar contas)		Irresponsabilidade (teoricamente, ausência de prestação de contas)
3.3. Sistema de Governo
Sistema de Governo é a maneira com que se dá a relação entre o Poder Legislativo e o Poder Executivo no exercício das funções governamentais. Dependendo do modo como se estabelece o relacionamento há uma maior ou menor independência ou colaboração entre eles.
Temos o sistema presidencialista e o sistema parlamentarista. 
Presidencialismo – Neste sistema, o Presidente é escolhido pelo povo para um mandato regular, acumula as funções de Chefe de Estado e o Chefe de Governo. Os órgãos do Legislativo (Congresso) não são eleitos por período fixo de mandato. Existe a divisão rígida de poderes (independentes e autônomos entre si). 
Parlamentarismo – Neste sistema de governo o Poder executivo é dividido na função de Chefe de Estado é exercida pelo Presidente e as funções de Chefe de Governo pelo Primeiro Ministro, Premier ou Chanceler.
OBS: No Sistema parlamentarista o Presidente indica o Primeiro Ministro (chefe do Governo) e a este cabe elaborar um plano de governo e submetê-lo à aprovação do Legislativo. Se aprovado sua indicação será aprovada. Aqui o Legislativo (parlamento) assume a responsabilidade de governo, vinculando-se politicamente perante o povo.
Existe um equilíbrio de poder no Governo no sentido de que o Parlamento pode ser dissolvido pelo Primeiro Ministro e este convocar novas eleições populares, assim como o Parlamento pode não aprovar mais os atos do Primeiro Ministro e ele cai (exonera-se para dar lugar à constituição de um novo governo).
Obs: O chefe de Estado tem a principal função de representar o país nas relações internacionais e normalmente não tem amplas atribuições executivas, pois grande parte desses poderes é exercida pelo chefe de Governo que é responsável pela gestão política interna.
Diferenças Fundamentais:
Presidencialismo			x			Parlamentarismo
Independência entre Poderes 	Interdependência (colaboração) entre poderes
Presidente acumula a função
de chefe de Estado e chefe de governo 	A chefia do Estado é feita pelo Monarca ou Presidente e a chefia de Governo é feita pelo primeiro Ministro que é indicado
Mandatos por prazo certo	Mandatos por prazo indeterminado
Responsabilidade do governo perante
o povo que o elege	Responsabilidade do governo perante o parlamento. 
3.4. Regime de governo
Autocracia – Existe uma imposição de quem detém o poder do Estado - o povo (destinatário das normas) não participa na escolha de governantes, na elaboração e controle da execução das políticas públicas e na elaboração das normas. 
Democracia – existe participação popular na escolha dos titulares de cargos públicos, na produção do ordenamento jurídico e no controle das ações governamentais – é governo do povo onde prevalece a vontade da maioria. Existem estas formas: 
a) Democracias Diretas - Nestas formas, o povo, diretamente, examina e decide o que se põe em votação. Não existem atualmente países que adotam democracias diretas.
b) Democracias indiretas ou Representativas – Existe uma outorga total de funções de governo, do povo para os seus representantes que os elegem periodicamente. 
c) Democracias semidiretas (ou participativas) – combina a democracia representativa com alguns institutos de participação direta do povo nas funções de governo, tais como referendo e o plebiscito. É a forma adotada pela CF de 88 (Art. 1 parágrafo único e art. 14).
3.5. Entidades Federativas no Brasil
	As entidades Federativas são dotadas de autonomia
União – (art. 20 a 24 da CF) Entidade federativa personalizada que tem a atribuição precípua de exercer a soberania do Estado Brasileiro (País). A União representa toda a Federação nas relações internacionais ou quando intervém em um Estado-membro, nas suas atribuições internas.
Estados-membros – (art.25 a 28 da CF) Entidades federativas que auto-organizam-se através de suas Constituições Estaduais (poder constituinte derivado decorrente) e de suas legislações específicas.
Distrito Federal – (32 da CF) Entidade federativa, berço da Capital brasileira, que assume, em regra, todas as competências reservadas aos Estados e Municípios, visto que não é dividido em Municípios.
Municípios – (art. 29 a 31 da CF) São entidades federativas cuja criação, incorporação, fusão e desdobramento depende de lei estadual, obedecida a lei complementar federal e demais requisitos tais como: consulta prévia mediante plebiscito e após estudos e divulgação de Viabilidade Municipal.
Obs: Não existem mais, na federação brasileira, os territórios Federais (art. 33 da CF).4. Fundamentos Constitucionais da República Federativa do Brasil
Art. 1° da CF - elenca os fundamentos da RFB:
I – soberania;
II – cidadania;
III – dignidade da pessoa humana;
IV – valores sociais do trabalho;
V – pluralismo político.
I – Soberania: poder político supremo (não limitado a nenhum outro) e independente (por não acatar na ordem internacional regras que não sejam voluntariamente aceitas). 
A soberania pode ser: 
interna (delimitação da soberania estatal perante seus cidadãos) e externa (representação dos Estados uns perante os outros)
II – Cidadania:
Consiste na participação política do indivíduo nos negócios do Estado e outros temas de interesse público.
III – Dignidade da pessoa humana:
(valor supremo constitucional que irá informar a criação, a interpretação e aplicação de toda a ordem normativa constitucional, sobretudo, o sistema de direitos fundamentais); 
IV – Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa:
Impede a concessão de privilégios econômicos condenáveis, por ser o trabalho imprescindível à promoção da dignidade da pessoa humana. Aquele que contribui para a sociedade a qual pertence se sente útil e respeitado. (A liberdade de iniciativa envolve, por exemplo, a liberdade de empresa e a liberdade de contrato). 
V – Pluralismo político:
Decorre do princípio democrático. Impõe a opção por uma sociedade plural na qual a diversidade e as liberdades devem ser amplamente respeitadas. 
4.1. Objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil
Art. 3° - elenca os objetivos fundamentais da RFB:
I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II – garantir o desenvolvimento nacional;
III – erradicar pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. 
Obs: Fundamentos da República são inerentes ao Estado, compõem sua estrutura. Os objetivos fundamentais importam nas metas a serem alcançadas pela sociedade representada pelo Estado.
4.2. Princípios que regem a República Federativa do Brasil nas relações internacionais
Art. 4° - A RFB rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
I – independência nacional;
II – prevalência dos direitos humanos;
III – autodeterminação dos povos; 
IV – não intervenção; 
V – igualdade entre os Estados;
VI – defesa da paz;
VII – solução pacífica dos conflitos;
VIII – repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX – cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X – concessão de asilo político. 
Parágrafo único: A RFB buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

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