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AULA 15_sistema bismarckiano_mapas

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Indústrias, ideologias e o Sistema Bismarckiano
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A industrialização que teve início na Inglaterra expandiu-se para norte e leste da França, Bélgica, e oeste da Prússia
No vale do Ruhr rico em jazidas de ferro e carvão
Próximo aos grandes centros consumidores da Europa Ocidental
Junto às vias de comunicação fluviais e marítimas.
Envolvimento do norte da Itália, Suíça, Espanha, Boêmia (austríaca) e Silésia (prussiana)
Por último a Rússia.
A industrialização da Europa Continental
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Nessas regiões desenvolveu-se:
A indústria siderúrgica e metalúrgica
Transição do artesanato à indústria de bens de consumo popular
Na medida em que a industrialização inglesa atingia etapas superiores
Havia uma transferência de setores menos lucrativos para outros países europeus.
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A Escandinávia, até então periferia europeia, voltou a integrar o mercado europeu pelo fornecimento de:
Madeira, minerais, carne, laticínios e cereais
A maior parte do comércio acontecia com a “Alemanha” que se industrializava rapidamente.
Em 1905, a Noruega tornou-se independente da Suécia
A Finlândia, protetorado russo, sofreu com o atraso russo. 
Península Escandinava
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As terríveis condições sociais em que a Revolução Industrial ocorreu, levaram o movimento operário a desenvolver formas de organização para proteger seus direitos.
Cooperativas, Associações de entre ajuda e Sindicatos
Reivindicações: 
melhores salários, redução da jornada de trabalho, melhores condições laborais, etc
O movimento operário e sua evolução
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Raramente tais movimentos possuíam uma ideologia socialista, apesar de alguns lideres serem socialistas, pois as reivindicações operárias visavam apenas uma reforma do sistema vigente.
A Inglaterra teve o mais forte sindicalismo europeu e um dos mais fracos movimentos socialistas.
Muitos Estados desenvolveram políticas sociais (Bismark na Prússia, Napoleão II na França, a Igreja Católica com a Doutrina Social)
Movimento operário e ideologia socialista
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Por iniciativa marxista, em 1864, foi criada a Associação Internacional dos Trabalhadores, ou I Internacional.
Objetivos: luta do movimento operário em escala mundial.
Em 1889, foi fundada a II Internacional (socialdemocrata) com sede na Bélgica.
Nos países latinos os partidos operários eram denominados “socialistas”, nos germânicos “socialdemocratas” e na Inglaterra “trabalhista”.
Nos EUA não se conseguiu criar um partido de massa, pois havia a situação dos imigrados, ainda miseráveis. 
Partidos e Associações Internacionais dos operários
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Criar partidos de massa, ampliar o sufrágio, criar bancadas parlamentares influentes, desenvolver o sindicalismo, e melhorar a situação dos operários.
Houve porém, na medida desses sucessos, uma moderação política e ideológica, apenas do esforço contrário de suas lideranças.
Constituição de uma aristocracia operária que não queria uma ruptura violenta do sistema.
Reformismo de Bernstein contra a revolução de Marx.
Sucessos do movimento operário
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Pós-Unificação da Alemanha
Situação da FRANÇA
Humilhação (Alsácia-Lorena)
1871 Nova Revolução (Comuna de Paris - Esquerda)
III República 
1/3 republicanos
2/3 monarquistas 
½ legitimistas – Dinastia Bourbon
½ orleanistas – filho de Luís Napoleão 
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1871 - COMUNA DE PARIS
Temor e reação de novos e velhos Estados.
Rússia, Grã Bretanha, o recém Império Alemão e França reprimiram a revolução. 
Tratava-se de um governo proletário que contava com a simpatia da I Internacional.
A derrota da Comuna foi resultado da reação de todos os outros países que mais uma vez se sentiram ameaçados pela França revolucionária.
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A experiência da Comuna – primeira verdadeira luta do povo durou apenas 72 dias 
Depois da derrota foi proclamada a III República Francesa 
Características:
revanchismo 
pagamento de pesadas indenizações de guerra.
III República na França 1871-1940
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Napoleão III, cujo governo foi considerado autoritário, manteve o liberalismo econômico que resultou no crescimento da produção.
Amplo programa de obras públicas: ferrovias, canais, pontes e estradas.
Abertura de largos boulevares
Aumento de prestígio e forma de impedir que o proletariado voltasse a se rebelar e construir barricas nas estreitas ruas medievais de Paris
O Segundo Império Francês e a diplomacia europeia
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ESTADOS UNIDOS
GUERRA de SECESSÃO 
CAUSAS:
Sistema social ainda frágil
Divisão entre Norte e Sul
Difusão das ideias abolicionistas
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DESFECHO DA GUERRA 
Estados do Norte mais industrializados
Produção de armas
Bloqueio marítimo para prejudicar o comércio do sul
População no norte e no sul
Norte: 20 milhões
Sul: 11 milhões - a metade escravos
Derrota dos estados da Confederação (Sul)
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CONSEQUÊNCIAS
UNIDADE DOS EUA E EXPANSÃO ATÉ O PACÍFICO
DIFICULDADE DE ACABAR COM O RACISMO ATÉ 1960 (MARTIN LUTHER KING)
ADOÇÃO DO SISTEMA BIPARTIDICO
Republicanos
Democratas
PROEMINÊNCIA INTERNACIONAL QUE VAI SE REVELAR JÁ NO FINAL DA 1 GM.
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De 1871 a 1890, as relações entre as grandes potências foram dominadas:
pelo sistema de alianças estruturado por Bismark
Pela corrida por novos territórios coloniais
A Alemanha apostou numa política mais cautelosa que ajudasse na consolidação da Alemanha e isolasse sua grande rival: a França.
A Grã-Bretanha se mantinha afastada das disputas de poder na Europa.
A Segunda Revolução Industrial e seus Impactos
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Associada a um novo ciclo gerado pela extensão do sistema fabril a novos campos
Ampliação do papel da ciência na tecnologia
Busca de maiores mercados potenciais
Aumento das dimensões da empresa e dos salários dos operários
Concentração da produção e da propriedade 
Crescente competição dos novos países industriais
Segunda Revolução Industrial
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Eletricidade, química (novas matérias-primas sintéticas)
Motores de explosão que tornaram o petróleo estratégico (EUA e Rússia como maiores produtores)
Metalurgia com aço e novos metias (níquel, alumínio) utilizados em navios, armas (invenção das metralhadora, submarino e torpedo), veículos automotores
Na agricultura utilização de máquinas, fertilizantes químicos aumentou a produção mundial de alimentos.
Sistema de comunicação e transportes desenvolveram redes planetárias (telefone, telegrafo sem fio, cabos submarinos, canais interoceânicos, Suez e Panamá), e rodovias.
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Fusão do capital bancário e industrial.
Imposição do padrão-ouro pela ascendência do capital bancário.
O comércio internacional se tornou cada vez mais protecionista.
O liberalismo vigorava como princípio quando a potência hegemônica não podia ser ameaçada.
Quando houve esse desequilíbrio de poder, a Inglaterra começou a reconstruir seu império colonial.
Finanças
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O Império Alemão sedento por novos domínios e dispondo de um grande poderio militar e inundando os mercados com artigos de sua indústria era visto com maior desconfiança pelos seus vizinhos.
O crescimento do capitalismo alemão levou ao agravamento das contradições internacionais na Europa e depois no resto do mundo.
Os novos países industriais queriam superar o atraso econômicos em relação aos países mais industrializados.
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Nessa época não convinha seguir o principio do liberalismo, preferindo o protecionismo comercial e a intervenção social e econômica do governo considerados ambos elementos indispensáveis para o rápido crescimento.
No plano diplomático, a Alemanha manteve o isolamento francês através de um sistema de alianças conhecido como Sistema Bismarckiano.
Protecionismo comercial 
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ALEMANHA
Consequências da “QUESTÃO ALEMÔ
Surgimento de um mega estado, maior população, maior industrialização, maior território do que a França
Desestabilização do equilíbrio europeu
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Crescimento demográfico: 
Busca de mais territórios
(Lebensraum – espaço vital)
Industrialização
Passa a competir com a Grã-Bretanha, além de seus vizinhos FRANÇA e RÚSSIA
Potência Militar que ameaça potencialmente outras potências
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GEOPOLÍTICA
A busca do espaço vital Lebensraum 
Assusta os vizinhos
Assusta a própria Alemanha que se sente cercada
Expansão imperialista tardia 
Prejudica seus vizinhos mais antigos (GB, FR)
Expansão colonial
As colônias já estão quase todas ocupadas
Possibilidade de expansão no eixo sudeste 
Alemanha- Áustria-Hungria + Otomanos
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PRINCIPAL INIMIZADE
FRANÇA 
enfraquecimento militar+ atraso demográfico – econômico
A FRANÇA poderia se aproximar da RUSSIA e GRÃ-BRETANHA
Delineamento dos futuros blocos
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1871-1914 A LONGA PAZ – 2ª FASE
Diplomacia gira ao redor de ALEMANHA
AUSTRIA-HUNGRIA reconciliada – satélite
Isolamento FRANÇA 
Evitar a aproximação da FRANÇA com a RUSSIA preocupada com a Alemanha
GRÃ-BRETANHA isolacionista, potência lateral
ITÁLIA: vontade imperial frustrada - instável
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SISTEMA BISMARCKIANO 1871-1890
Objetivo: Consolidar a unificação alemã
Equilíbrio Frágil
Métodos: 
Evitar alianças anti-hegemonicas evitar aparência de expansionismo
Conhecimento da história
Isolar FRANÇA – conter revanchismo 
Manter a França ocupada nas colônia indicando os territórios livres (Marrocos, etc). 
Bálcãs: controlar antagonismo AH X RU
Menos fácil de controlar
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SISTEMA BISMARCKIANO: ANOS 1870
1872-1873 - 1ª ALIANÇA: 
Liga dos 3 imperadores (ALE+AH+RU)
Objetivo: Isolar a França
Nova Santa Aliança
PONTO FRACO: Instabilidade dos Bálcãs onde o controle turco está enfraquecendo.
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A liga dos três imperadores
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DISSOLUÇÃO 1ª ALIANÇA
1875 - Otomanos X Revoltas sérvia e búlgara
A Rússia apoia os revoltosos
1877 - Pacto secreto da RÚSSIA+ÁUSTRIA:
Objetivo: Partilha dos Bálcãs
Guerra RÚSSIA X Império Otomano
Resultado: GRÃ-BULGARIA
Consequências: 
Preocupação da GB+AH X RU
A AH denuncia o desrespeito do pacto.
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Grande Búlgaria
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1878 - Congresso de Berlim
Bismarck organiza o Congresso de Berlim 
Redução do território da Grã Bulgária – (de influência russa
Do território recortado surge a BÓSNIA-HERZEGOVINA administrada pela AH
Consequências: 
Dor de cabeça da AH
Presença muçulmanos na Bósnia - Sérvios
nacionalistas balcânicos insatisfeitos - violência
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1879-1886 2ª ALIANÇA
LIGA DUPLA ALEMANHA + AUSTRIA-HUNGRIA
A Rússia não quer mais participar
ALEMANHA garante ajuda caso RÚSSIA atacar AUSTRIA-HUNGRIA
Neutralidade ALEMANHA em caso de guerra RÚSSIA X FRANÇA ou RUSSIA X GRÃ-BRETANHA
Esta última possibilidade mais provável pelos choque de interesses na Ásia oriental
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CRISES NAS COLÔNIAS e NOS BÁLCÃS
1881- a FRANÇA após da Argélia conquista a Tunísia 
Choque com os interesses italianos e preocupação da GB
Bismarck alerta os outros países e conclui a Tríplice Aliança: ALE + A-H + ITA +GB X FRANÇA
Crise de sucessão búlgara – O novo rei passa do protetorado russo ao protetorado austríaco
O sistema desmorona
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1887-1890 3ª ALIANÇA
ALEMANHA+AUSTRIA-HUNGRIA+RÚSSIA
Pacto (secreto) de "contra-seguro“ ou Resseguro entre ALE E RU:
Bismarck garante à Rússia que se a AUS a atacar a Alemanha não vai intervir
Como a AUS ganhou o controle da Bulgária, Bósnia, Sérvia, ela tem medo do ataque Russo.
Alemanha garante ajuda à AUS caso a RU ataque
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ALEMANHA neutra caso AUSTRIA-HUNGRIA ataque a RÚSSIA
Pacto 
ALEMANHA
AUSTRIA-HUNGRIA				FRANÇA
ITÁLIA
GRÃ-BRETANHA 
Status quo mediterrâneo X ambições FR
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DESFECHO 1890
Guilherme II é o novo imperador
Demissão de Bismarck
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EUROPA 1890
ALEMANHA emerge como potência militar - econômica + centralidade geopolítica + ambições imperiais 
DESAFIOS:
revanchismo francês 
O equilíbrio de poder é quebrado.
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Avaliação sistema bismarckiano
Flexível mas vulnerável
Corrida armamentista ALEMANHA X FRANÇA +RÚSSIA
Bismarck não resolve os principais focos de tensão 
1. FRANÇA X ALEMANHA 
2. RÚSSIA X Otomanos
Sempre mais há disparidades industriais e disparidades do poder. 
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PONTOS POSITIVOS DE BISMARCK
Preocupação em não provocar guerras contra a Alemanha
Sistema diplomático flexível
Ilusão de ser amigo de todos
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PONTOS NEGATIVOS
Incapacidade de compreender a força dos nacionalismos na época 
Ignorou o patriotismo dos povos vizinhos, como os da Alsácia-Lorena, por exemplo, que se mostravam insatisfeitos com a anexação alemã. Com essa anexação ele criou um foco de conflito durável. 
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CORRIDA ARMAMENTISTA
A expansão do exército alemão motivou uma corrida armamentista generalizada no final do século XIX, pela Rússia (principalmente, pois temia o crescimento da Alemanha) e também por Grã-Bretanha e França.
Nunca teve uma situação de tantas armas e soldados sem guerras
Belle Époque só para burguesia

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