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Apostila Direito Penal - Nucci-2

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Crime: é a conduta ilícita que a sociedade considera mais grave, 
merecendo, pois, a aplicação da pena, devidamente prevista em 
lei, constituindo um fato típico, antijurídico e culpável. 
Sujeito ativo: é a pessoa que pratica a conduta típica. 
Sujeito passivo: é o titular do bem diretamente lesado pelo 
delito (sujeito eventual ou material) ou o titular do direito de 
punir (sujeito constante ou formal), que é o Estado. 
Objeto material: é a coisa, pessoa ou interesse que sofre 
diretamente a conduta criminosa. 
Objeto jurídico: é o interesse protegido pela norma penal 
incriminadora. 
Classificação dos crimes: é a organização dos delitos em diversas 
categorias, com a finalidade de proporcionar melhor estudo e 
aplicação de cada um dos tipos penais incriminadores, ora levando 
em consideração o momento consumativo, ora o sujeito ativo capaz 
de cometer a infração penal, dentre outros fatores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tipicidade: é a adequação do fato ao tipo. 
Tipo: é o modelo legal de conduta, podendo ser incriminador 
(prevê conduta proibida), permissivo (prevê conduta autorizada) 
e devido (prevê conduta obrigatória, art. 13, § 2.º, CP). 
Conduta: é a ação ou omissão voluntária e consciente, que 
movimenta o corpo humano, com uma finalidade (finalismo); é a 
ação ou omissão voluntária e consciente, que movimenta o corpo 
humano (causalismo). 
Resultado: é a lesão ao bem ou interesse protegido pela norma, 
realizando-se no campo do dever-ser (teoria do resultado 
jurídico); é a lesão ao bem ou interesse protegido pela norma, 
provocando alguma alteração no mundo naturalístico (teoria do 
resultado naturalístico). 
 
 
 
Nexo causal: é o liame entre a conduta e o resultado, que faz 
nascer o fato típico. 
Equivalência dos antecedentes: é a teoria de relação de 
causalidade, adotada pelo Código Penal, determinando que é causa 
do resultado toda ação ou omissão sem a qual o evento não se 
produziria. 
Adequação social: é excludente supralegal de tipicidade, 
consistente em considerar penalmente irrelevante uma conduta 
aceita e aprovada socialmente, logo, não apta a gerar lesão ao 
bem jurídico tutelado. 
Insignificância: é excludente supralegal de tipicidade, 
demonstrando que lesões ínfimas ao bem jurídico tutelado não são 
suficientes para, rompendo o caráter subsidiário do Direito 
Penal, tipificar a conduta. 
Dolo natural (finalista): é a vontade consciente de praticar a 
conduta típica, independentemente da consciência do ilícito. 
Dolo normativo (causalista): é a vontade consciente de realizar 
a conduta típica, com consciência da ilicitude. 
Dolo direto: significa querer a ocorrência do resultado típico 
sem tergiversação na vontade. 
Dolo eventual: significa querer um determinado resultado, 
vislumbrando a possibilidade de atingir um outro, que não deseja, 
mas lhe é possível prever, assumindo o risco de produzi-lo. 
Culpa: é o comportamento descuidado, infringindo o dever de 
cuidado objetivo, que provoca um resultado danoso involuntário, 
mas previsível, que deveria ter sido evitado. 
Culpa inconsciente: significa que o agente tem a previsibilidade 
(possibilidade de prever) do resultado, mas na prática não o 
previu (ausência de previsão). 
Culpa consciente: significa que o agente tem não somente a 
previsibilidade do resultado, mas a efetiva previsão (ato de 
prever) do resultado, esperando sinceramente que não aconteça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Crime qualificado pelo resultado: é o delito que possui um fato-
base, definido e sancionado como crime, mas que também acarreta 
um outro resultado, inicialmente não desejado, que agrava o 
primeiro, proporcionando a aplicação de pena mais severa. 
Crime preterdoloso: é uma espécie de delito qualificado pelo 
resultado, que possui um fato-base a ser praticado com dolo, bem 
como um evento posterior, que o qualifica, devendo ser cometido 
com culpa exclusivamente. 
 
Excludente de ilicitude: trata-se de uma causa de justificação 
da conduta típica, tornando-a lícita. 
Estado de necessidade: cuida-se da prática de fato necessário 
para salvar de perigo atual e involuntariamente gerado um bem ou 
interesse juridicamente protegido, ainda que, para isso, tenha 
que sacrificar outro bem ou interesse igualmente protegido, 
desde que o perigo seja inevitável e outra conduta não seja 
razoavelmente exigível. 
 
 
 
Legítima defesa: é a defesa necessária contra agressão injusta, 
atual ou iminente, contra direito próprio ou de terceiro, devendo 
ser promovida com moderação, valendo-se dos meios necessários. 
Estrito cumprimento do dever legal: é o desempenho de obrigação 
imposta em lei, ainda que termine por ferir bem jurídico de 
terceiro, afastando-se a ilicitude do fato típico gerado. 
Exercício regular de direito: é o desempenho de atividade 
permitida por lei, penal ou extrapenal, passível de ferir bem ou 
interesse jurídico de terceiro, mas que afasta a ilicitude do 
fato típico produzido. 
Consentimento do ofendido: é a aquiescência, livre de qualquer 
vício, do titular de um bem ou interesse juridicamente tutelado 
em perdê-lo, desde que seja considerado disponível, tornando 
lícito um fato típico. 
Excesso nas excludentes: quando o agente se vale de uma das 
causas de justificação pode, eventualmente, exceder-se. Se o 
fizer, deverá responder pelo excesso doloso ou culposo, como 
regra. Porém, pode ser absolvido, uma vez que o excesso seja 
considerado exculpante ou acidental, causas supralegais de 
exclusão da culpabilidade, baseadas na inexigibilidade de 
conduta diversa. 
DIFERENÇAS ENTRE O ESTADO DE NECESSIDADE E A LEGÍTIMA DEFESA 
Estado de Necessidade Legítima Defesa 
1) Há um conflito entre titulares de bens ou 
interesses juridicamente protegidos 
1) Há um conflito entre o titular de um bem ou 
interesse juridicamente protegido e um agressor, 
agindo ilicitamente 
2) A atuação do agente do fato necessário pode 
voltar-se contra pessoas, animais e coisas 
2) A atuação do titular do bem ou interesse 
ameaçado somente se pode voltar contra pessoas 
3) O bem ou interesse juridicamente tutelado 
está exposto a um perigo atual 
3) O bem ou interesse juridicamente tutelado 
está exposto a uma agressão atual ou iminente 
4) O agente do fato necessário pode voltar-se 
contra terceira parte totalmente inocente 
4) O titular do bem ou interesse ameaçado 
somente está autorizado a se voltar contra o 
agressor 
5) Pode haver ação contra agressão justa (estado 
de necessidade recíproco) 
5) Deve haver somente ação contra agressão 
injusta (ilícita) 
6) Deve haver proporcionalidade entre o bem ou 
interesse sacrificado e o bem ou interesse salvo pela 
ação do agente do fato necessário 
6) É discutível a necessidade da 
proporcionalidade entre o bem ou interesse 
sacrificado, pertencente ao agressor, e o bem ou 
interesse salvo, pertencente ao agredido 
7) Há, como regra, ação 7) Há, como regra, reação 
8) O agente do fato necessário, se possível, deve 
fugir da situação de perigo para salvar o bem ou 
interesse juridicamente tutelado (subsidiariedade do 
estado de necessidade) 
8) O agredido não está obrigado a fugir, 
podendo enfrentar o agressor, que atua 
ilicitamente 
 
 
 
Excludentes de culpabilidade: são causas que dirimem a 
reprovação social no tocante àquele que pratica um fato típico 
e antijurídico, impedindo, pois, a consideração de que houve 
crime, merecendo o autor punição. Não há juízo de censura em 
relação ao agente que atua protegido por excludentede 
culpabilidade. 
Inimputabilidade: é a impossibilidade do agente do fato típico 
e antijurídico de compreensão do caráter ilícito do fato ou de 
se comportar de acordo com esse entendimento, uma vez que não há 
sanidade mental ou maturidade. 
Doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou 
retardado: é o conjunto de alterações psíquicas qualitativas, 
que retiram do indivíduo a inteligência ou a vontade, 
impossibilitando-o de atuar conforme as regras do Direito. 
Embriaguez decorrente de vício: é considerada doença mental, nos 
termos supraexpostos. 
Menoridade: cuida-se de imaturidade do agente, presumida pela 
lei, aplicável aos menores de 18 anos, retirando-lhe a capacidade 
de compreensão do ilícito ou de comportamento de acordo com esse 
entendimento. 
Erro de proibição escusável: cuida-se da hipótese do agente que 
atua sem consciência potencial da ilicitude, razão pela qual não 
deve sofrer juízo de censura, caso pratique um fato típico e 
antijurídico. 
Descriminantes putativas: trata-se de excludente de ilicitude 
imaginária, que retira do agente a capacidade de atuar conforme 
o direito, tendo em vista a ausência de consciência potencial de 
ilicitude. 
Coação moral irresistível: cuida-se de situação de 
inexigibilidade de conduta diversa, tendo em vista que o agente 
atua sem condições de resistir à coação e, em face disso, de 
cumprir as regras impostas pelo Direito, não merecendo censura. 
Obediência hierárquica: cuida-se de situação de inexigibilidade 
de conduta diversa, tendo em vista que o agente atua sem 
condições de resistir à ordem dada e, em face disso, de cumprir 
as regras impostas pelo Direito, não merecendo censura. 
Embriaguez completa decorrente de caso fortuito ou força maior: é 
a intoxicação do organismo em função do álcool, sem que o agente 
perceba a hipótese de se embriagar ou quando não tenha como 
 
 
 
reagir à ingestão da droga, retirando-lhe a capacidade de 
entendimento do caráter ilícito do fato ou da determinação de 
acordo com tal compreensão. Não haverá juízo de reprovação 
social, afastando-se a culpabilidade. 
Inexigibilidade de conduta diversa: significa que o agente, 
dentro da razoabilidade, não pôde agir de modo diverso, seguindo 
as regras impostas pelo Direito, motivo pelo qual não pode sofrer 
juízo de censura. 
Estado de necessidade exculpante: é uma situação particular de 
inexigibilidade de conduta diversa, quando o agente opta salvar 
bem de menor valor, deixando perecer outro, de maior valor, 
porque não lhe era razoável exigir que tivesse outra atitude. 
Excesso exculpante: decorrente de medo, perturbação de ânimo ou 
surpresa no ataque, o agente termina exagerando na reação porque 
outra conduta não lhe era razoavelmente exigível no caso 
concreto. 
Excesso acidental: decorre do fortuito, que não merece juízo de 
censura. Portanto, o agente termina exagerando minimamente na 
reação, na proteção de bem jurídico, no exercício de um direito 
ou no cumprimento de um dever. 
Crime consumado: significa que todos os elementos da definição 
legal estão presentes. 
Crime tentado: significa que, embora preenchido o elemento 
subjetivo, não se encontram presentes todos os elementos 
objetivos do tipo. 
Desistência voluntária: é a desistência do agente de prosseguir 
nos atos executórios do crime, antes de atingir a consumação, 
merecendo ser punido apenas pelos atos já praticados. 
Arrependimento eficaz: é a desistência ocorrida após o término 
dos atos executórios, obrigando o agente a desfazer o que já 
concretizou, de modo a impedir a ocorrência do resultado. 
Arrependimento posterior: é causa de diminuição de pena, 
variando de um a dois terços, destinada ao agente que, após a 
consumação, em crimes não violentos ou com grave ameaça, 
patrimoniais ou de efeitos patrimoniais, repara completamente o 
dano ou restitui integralmente a coisa, antes do recebimento da 
denúncia ou queixa, por ato voluntário. 
 
 
 
Crime impossível: é a tentativa não punível, tendo em vista que 
o agente vale-se de instrumento absolutamente ineficaz ou se 
volta contra objeto absolutamente impróprio, tornando inviável 
a consumação. 
 
 
 
 
 
 
 
Erro de tipo: é a falsa percepção ou a ignorância quanto a 
elemento constitutivo (objetivo) do tipo penal incriminador. 
Erro de tipo escusável: afasta o dolo e a culpa, porque qualquer 
pessoa prudente nele teria incidido. 
Erro de tipo inescusável: afasta o dolo, mas permite a punição 
por crime culposo, se houver a figura típica, uma vez que não 
agiu a pessoa com a natural prudência exigida por lei. 
Erro de proibição: é a falsa percepção quanto à ilicitude do 
fato, leia-se, diz respeito ao conteúdo da norma, que se aprende 
no dia a dia, tomando conhecimento do que é certo e do que é 
errado. 
Desconhecimento da lei: é a ignorância da norma escrita, algo 
que não se pode alegar, pois, publicada a lei no Diário Oficial, 
presume-se o seu conhecimento por todos. 
Erro de proibição escusável: exclui a culpabilidade, pois o 
agente atua sem consciência atual ou potencial da ilicitude. Não 
se pode censurar a conduta daquele que, embora pratique um fato 
típico e antijurídico, não tem a menor noção de realizar algo 
proibido. 
 
 
 
Erro de proibição inescusável: é crime, embora com culpabilidade 
atenuada, permitindo-se a redução da pena de um sexto a um terço. 
O autor age sem consciência atual da ilicitude, mas em condições 
de obtê-la (consciência potencial). 
Descriminantes putativas: são excludentes de ilicitude 
imaginárias, permitindo a exclusão da culpabilidade, como se faz 
com o erro de proibição. Aquele que, imaginando-se resguardado 
por uma excludente qualquer, pratica um fato típico, se houver 
equívoco de sua parte, pode ser absolvido por erro de proibição. 
Há, no entanto, um tratamento legal (art. 20, § 1.º, CP) de erro 
de tipo quando a descriminante putativa disser respeito aos 
pressupostos fáticos da excludente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Concurso de pessoas: é a colaboração de mais de uma pessoa para 
a prática de uma infração penal, havendo vínculo psicológico 
entre elas. 
Coautor: é a pessoa que, juntamente com outra(s), ingressa no 
tipo penal, em qualquer de seus aspectos. 
Partícipe: é a pessoa que, auxiliando (material ou moralmente) 
à prática do tipo penal, neste não ingressa. 
Autoria mediata: trata-se do agente que se vale de pessoa não 
culpável (ou que age sem dolo e sem culpa) como instrumento para 
atingir a concretização do crime. 
Autoria colateral: quando duas ou mais pessoas contribuem para 
a materialização do delito, sem que uma saiba da colaboração da 
outra. 
Autoria incerta: quando, na autoria colateral, não se sabe quem 
foi o efetivo causador do resultado típico.

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