Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
* * * Bioquímica de Macromoléculas * * * Carboidratos e Glicobiologia proteoglicano * * * Carboidratos - Biomoléculas mais abundantes - Poliidroxialdeídos ou poliidroxicetonas, ou substâncias que liberam esses compostos por hidrólise. - Funções: energética, estrutural, sinalizador celular, proteção, etc. Classes principais de carboidratos segundo seu tamanho: Monossacarídeos Oligossacarídeos Polissacarídeos * * * Módulos Monossacarídeos Polissacarídeos Glicoproteínas Glicolipídeos * * * Monossacarídeos-Definição e Classificação “São derivados de aldeídos ou cetonas de álcoois poliidroxílicos de cadeia não ramificada, contendo pelo menos 3 átomos de carbono” De acordo com a natureza química (aldose ou cetose) De acordo com o nº de carbonos (triose, tetrose, pentose, hexose ...) * * * Exemplos * * * Monossacarídeos: incolores, sólidos cristalinos, solúveis em água e insolúveis em solventes não-polares. Maioria tem sabor doce. Todos ocorrem em formas isoméricas opticamente ativas (átomo de C assimétrico ou quiral), exceto diidroxiacetona. * * * Substância oticamente ativa: desvia plano de luz plano-polarizada Giro da luz para a direita (dextrorrotatório) = (+) ou (d) Giro da luz para a esquerda (levorrotatório) = (-) ou (l) * * * Gliceraldeído: monossacarídeo mais simples opticamente ativo * * * Isômeros opticos Enantiômeros: imagens especulares não sobreponíveis Fórmulas projeção de Fischer Fórmula geométrica ou em perspectiva * * * Molécula com n C assimétricos: 2n estereoisômeros Esteroisômero D e L: refere-se a configuração do carbono assimétrico mais distante da carbonila Relação com configuração do D e L-Gliceraldeído * * * Família das D- Aldoses D-Glicose (4 C*) 24 = 16 esteroisômeros 8 D e 8 L * * * Família das D- cetoses * * * Epímeros: dois açúcares que diferem na configuração ao redor de um único átomo de carbono * * * Ciclização Monossacarídeos com 5 ou mais átomos de C ocorrem em formas cíclicas quando em solução aquosa. * * * Ciclização: Hemiacetal Anômeros – o carbono do grupo aldeído se torna um novo centro quiral (carbono anomérico) α: OH plano oposto ao CH2OH : OH mesmo plano do CH2OH * * * Ciclização: Hemicetal Anômeros – o carbono do grupo cetona se torna um novo centro quiral (carbono anomérico) * * * Mutarrotação da Glicose Equilíbrio: +52,5° 63,6% -D-Glicose +18,5° 36,4% -D-Glicose +112° Forma linear menos de 1% Poder rotatório dos açúcares: Utilizado para identificação e dosagem das substâncias * * * Derivados de hexoses com importância biológica * * * Açúcares redutores * * * Ligação O-glicosídica: reação entre C anomérico de um monossacarídeo e grupo hidroxila de outro monossacarídeo Hidrólise da ligação glicosídica: ácido diluído a quente Capacidade redutora dos oligossacarídeos * * * Ligação O-glicosídica entre grupo hidroxil de resíduo de Ser e o terminal redutor do oligossacarídeo. (b) Ligação N-glicosídica entre N amídico de resíduo de Asn e o terminal redutor do oligossacarídeo. * * * * * * * * * * * * ABREVIAÇÕES DOS MONOSSARÍDEOS * * * Polissacarídeos * * * * * * AMIDO GLICOGÊNIO Reserva energética em plantas Composto de -amilose (linear) e amilopectina (ramificada) D-glicose (1-4) Ramificações D-glicose (1-6) Ramificações a cada 24-30 resíduos Amilopectina- até 106 resíduos Reserva energética em animais D-glicose (1-4) Ramificações D-glicose (1-6) Ramificações de 8-14 resíduos Mais compacto que amido cloroplasto hepatócito * * * Amilose e amilopectina nos grânulos de amido: estrutura em dupla hélice * * * Segmento da cadeia de amilose: contém milhares de resíduos de glicose Ramificação na cadeia de amilopectina * * * Amido e glicogênio VANTAGENS COMO FORMA DE ARMAZENAMENTO Serem solúveis (OH livres fazem ligação de H com água) Ocuparem um espaço menor Redução da pressão osmótica celular Glicogênio e amido ingeridos na dieta são hidrolisados pelas α-amilases, enzimas presentes na saliva e secreções intestinais que hidrolisam ligações glicosídicas α-1,4 entre as unidades de glicose. * * * CELULOSE Principal componente estrutural da parede celular de plantas Homopolímero linear, não ramificado, de até 15.000 resíduos de D-glicose ligados (1-4) Estruturas rígidas das cadeias tem rotação relativa Cadeias paralelas lineares fazem ligação de H * * * Formação das pontes de hidrogênio entre resíduos de glicose nas cadeias paralelas lineares de celulose a tornam insolúvel * * * Hidrólise da celulose por fungos que produzem celulases. Os únicos vertebrados capazes de usar celulose como nutriente são os ruminantes que apresentam bactérias no rumem que secretam celulases. * * * QUITINA É o principal componente do exoesqueleto de invertebrados e da parede celular de alguns fungos e muitas algas Polímero linerar de N-acetil-D-glicosamina ligados (1-4) Possui estrutura semelhante a da celulose * * * Conformação das ligações glicosídicas Fatores estéricos e ligações de hidrogênio influenciam a estrutura tridimensional do polissacarídeo Subunidades com estruturas mais ou menos rígidas (lig. covalentes) formam estruturas macromoleculares tridimensionais, estabilizadas por interações fracas: - lig. de hidrogênio, hidrofóbicas, interações de van der Waals, interações eletrostáticas (polímeros carregados). * * * Mapa das conformações favorecidas (de menor energia) para polissacarídeos em função da torção dos ângulos φ e Ψ. * * * Conformação mais estável do amido e glicogênio a) Cadeia polissacarídica curvada. b) Estrutura em hélice da amilose, amilopectina e glicogênio. * * * Conformação mais estável da celulose Cada resíduo faz ângulo de 180° com seu vizinho: cadeia estendida Todos –OH fazem ligação de hidrogênio com cadeias vizinhas Estabilização por lig. de H intra e intercadeias produz estrutura supramolecular estável e de alta força de tensão * * * Paredes celulares de algas e bactérias contêm heteropolissacarídeos estruturais - peptidoglicanos Unidades de N-acetilglicosamina e ácido N-acetilmurâmico ligados (1-4) Os polímeros lineares são ligados por pequenos peptídeos A lisozima da lágrima dos olhos degrada as ligações (1-4) * * * Agar- presente em algas marinhas Agarose: principal componente do ágar. Repetidas unidades de D-galactose (β1→4) ligada a 3,6-anidro-L-galactose (ligação eter entre C-3 e C-6). Ligações glicosídicas (α1→3) entre estas unidades formam polímeros de 600 a 700 resíduos. Pequena fração dos resíduos de 3,6-anidrogalactose têm ester sulfato no C-2. * * * Formação de dupla hélice: gel de agarose Usado em laboratório de bioquímica * * * GLICOSAMINOGLICANOS Heteropolissacarídeos da matriz extracelular animal Ácido hialurônico ou hialuronato (pH fisiológico) Unidade: ácido D-glicurônico e N-acetilglicosamina Mais de 50000 unidades repetidas , PM > 1 milhão Solução viscosa: serve como lubrificante no fluido sinovial (articulações), humor vítreo de vertebrados, matriz extracelular de cartilagens e tendões. Hialuronidases: enzima secretada por bactérias patogênicas; outros organismos facilita penetração do espermatozóide no óvulo. * * * Outros glicosaminoglicanos: menores e ligados a proteínas formando proteoglicanos Cartilagens, tendões, ligamentos e parede da aorta Inibe a coagulação sanguínea (antitrombina-trombina) Matriz extra-celular * * * Glicoconjugados: Proteoglicanos, Glicoproteínas e Glicolipídeos Proteoglicanos: são macromoléculas da superfície celular e da matriz extracelularque contém glicosaminoglicanos covalentemente ligados a proteína de membrana ou proteína secretada. Estrutura do proteoglicano Trissacarídeol linker (azul) Glicosaminoglicano (laranja) Resíduo de Ser no core da proteina (rosa). * * * Células de mamíferos: 30 tipos de moléculas da superfamília dos proteoglicanos Ação: organizam e influenciam desenvolvimento de tecidos especializados, mediam atividade de fatores de crescimento, regulam montagem extracelular de fibrilas de colágeno Proteoglicano de proteína integral de membrana Heparina sulfato nos proteoglicanos liga-se a vários ligantes extracelulares: receptores específicos da superfície celular * * * Tipos de interação de proteínas com domínio S de heparina sulfato * * * Agregados de proteoglicano da matiz extracelular Única longa molécula de hialuronato associa-se não-covalentemente com mais de 100 moléculas protéicas. Interações entre células e matriz extracelular Associação entre células e proteoglicanos da matriz extracel. é mediada pela integrina e proteínas como fibronectina. * * * Glicoproteínas: conjugados carboidrato-proteína nos quais os carboidratos são menores e estruturalmente mais diversos que os glicosaminoglicanos nos proteoglicanos. Tipos de ligação dos oligossacarídeos nas glicoproteínas Glicoproteína: 1 -70% de carboidrato por massa Funções: não totalmente conhecidas (folding, proteção contra proteases, estabilidade térmica, etc). * * * Glicolipídeos: lipídeos de membrana com os grupos da cabeça hidrofílica formados de oligossacarídeos, que agem como sítios específicos para reconhecimento por proteínas que se ligam a carboidratos. Lipopolissacarídeos bacterianos: determinante do sorotipo * * * Carboidratos como moléculas informacionais Glicobiologia: estudo da estrutura e função de glicoconjugados Células usam oligossacarídeos específicos para codificar informações sobre alvos intracelulares de proteínas, interação célula-célula, desenvolvimento de tecidos e sinais extracelulares. Oligossacarídeos são altamente ricos em informação comparados com proteínas. * * * Lectinas: proteínas que se ligam a carboidratos com alta afinidade e especificidade Reconhecimento célula-célula, sinalização, adesão, marcação intracelular de proteínas recém sintetizadas. Uso em laboratório de bioquímica. * * * Helicobacter pylori cells adhering to the gastric surface. This bacterium causes ulcers by interactions between a bacterial surface lectin and the Leb oligosaccharide (a blood group antigen) of the gastric epithelium. * * * Interação de lectinas com oligossacarídeos é altamente específica –grande variedade de oligossacarídeos – código do açúcar Interações lectinas-açúcar menos específicas Interação Lectina-Oligossacarídeo * * * a) Oligossacarídeos de glicoproteínas ou glicolipídeos da superfície de membranas interagem com lectinas extracelulares. b) Viroses que infectam cels. Animais (virus influenza) ligam-se a glicoproteínas da superfície celular (1° etapa infecção). c) Toxinas bacterianas (cólera) ligam-se a glicolipídeos de superfície antes entrar na cel. d) Algumas bactérias (H. pylori) aderem para colonizar ou infectar cels. animais. e) Selectinas (lectinas) da membrana plasmática mediam interação célula-célula (linfócito T e céls endoteliais da parede no sítio de infecção). f) Receptor manose 6-P /lectina liga-se a oligossac. de enzima lisossomal, para transferencia para lisossomo. Oligossacarídeos no reconhecimento e adesão na superfície celular * * * GD - Carboidratos 1. Faça a estrutura aberta da D-Glicose, D-Frutose e da D-Galactose. Ciclize essas moléculas e faça a estrutura do trissacarídeo:α-D-glicopiranosil (1→4) β-D-frutofuranosil (2→1)α-D-galactopiranosídeo. 2. Em relação aos monossacarídeos explique: - isômeros D e L - configurações α e β 3. Em relação a estrutura/função, explique e diferencie glicogênio e celulose. 4. Explique as vantagens do armazenamento de carboidratos pelas células na forma de polímeros como o amido e glicogênio. 5. Discuta estrutura/ função de: glicosaminoglicanos, proteoglicanos, Glicoproteínas.
Compartilhar