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Direito Administrativo II - Aula 06

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Aula 06
Direito Administrativo II
Prof: André Henrique
TIPOS DE LICITAÇÃO
Previsão legal: art. 45, Lei 8.666/93
a) menor preço – é a mais utilizada por ser um critério que permite maior objetividade. Será regra geral nos casos de contratação de obras, serviços, compras, locações e fornecimento.
b) melhor técnica: exclusivamente para serviços de natureza predominantemente intelectual (atividades técnicas, científicas e artísticas). Na melhor técnica, há a escolha da melhor proposta técnica e, após, a abertura do envelope dos valores, a administração vai negociar pelo menor preço.
c) técnica e preço – exclusivamente para serviços de natureza predominantemente intelectual (atividades técnicas, científicas e artísticas). Na técnica e preço, é feita uma média ponderada entre preço e técnica exigidos.
d) maior lance ou oferta – nos casos de alienação de bens ou concessão de direito real de uso.
MODALIDADES DE LICITAÇÃO
Modalidades (determinada em razão do valor da contratação ou do objeto a ser contratado) – art. 22, da Lei 8.666/93.
A modalidade de licitação será estabelecida levando-se em consideração dois critérios: o valor (concorrência, tomada de preços, ou convite) e a qualidade do objeto (leilão, concurso, ou pregão).
Obs: na concorrência, pode se falar de objeto e no leilão, pode se falar do valor.
Obs2: Existe o chamado prazo de intervalo mínimo (da publicação do edital até a entrega do envelope). Cada modalidade tem seu prazo específico.
OBS.: O art. 23, §8º prevê que os limites para a realização de convite e tomada de preços, nos casos em que os consórcios públicos (da Lei 11.107) contarem com até 03 entes serão dobrados (R$ 300.000,00 ou R$ 3.000.000,00), e quando contarem com mais de 03 entes, será triplicado (R$ 450.000,00 ou R$ 4.500.000,00).
“Art. 23.  As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do artigo anterior serão determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o valor estimado da contratação: 
I - para obras e serviços de engenharia: 
convite - até R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais); 
b) tomada de preços - até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais);  
c) concorrência: acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais);   
II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior: 
a) convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);  
b) tomada de preços - até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais);  
c) concorrência - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais).  
§ 8o No caso de consórcios públicos, aplicar-se-á o dobro dos valores mencionados no caput deste artigo quando formado por até 3 (três) entes da Federação, e o triplo, quando formado por maior número.”
Art. 22.  São modalidades de licitação: 
I - concorrência; 
II - tomada de preços; 
III - convite; 
IV - concurso; 
V - leilão. 
§ 1o  Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.
§ 2o  Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.
§ 3o  Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.
§ 4o  Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.
§ 5o  Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação. 
§ 6o  Na hipótese do § 3o deste artigo, existindo na praça mais de 3 (três) possíveis interessados, a cada novo convite, realizado para objeto idêntico ou assemelhado, é obrigatório o convite a, no mínimo, mais um interessado, enquanto existirem cadastrados não convidados nas últimas licitações.  
§ 7o  Quando, por limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, for impossível a obtenção do número mínimo de licitantes exigidos no § 3o deste artigo, essas circunstâncias deverão ser devidamente justificadas no processo, sob pena de repetição do convite. 
§ 8o  É vedada a criação de outras modalidades de licitação ou a combinação das referidas neste artigo. 
§ 9o  Na hipótese do parágrafo 2o deste artigo, a administração somente poderá exigir do licitante não cadastrado os documentos previstos nos arts. 27 a 31, que comprovem  habilitação compatível com o objeto da licitação, nos termos do edital. 
Obs2: A lei diz que é possível a substituição da modalidade mais simples pela mais rigorosa (se a lei diz que é convite, posso fazer tomada de preço, ou concorrência, p. ex). Mas não posso fazer o contrário (se a lei diz que é concorrência, não posso fazer tomada de preço).
a) Concorrência – contratações de maior vulto ou valor (limites fixados por lei federal – acima de R$1.500.000,00 para obras de engenharia e acima de R$ 650.000,00 para outros bens de serviços). Além do critério acerca do valor, excepcionalmente, o critério que determinará a utilização desta modalidade de licitação será o objeto, dessa forma, a concorrência sempre será exigida para os contratos de:
Concessão de serviços públicos e de direito real de uso de bens públicos (se o serviço a ser desestatizado estiver no programa de desestatização, será possível sua concessão por concorrência ou por leilão - ex.: telefonia).
Alienação ou aquisição de imóveis (salvo nos casos previstos no art. 19, ou seja: cuja aquisição tenha derivado de procedimentos judiciais ou dação em pagamento, situações em que a Administração poderá alienar o imóvel tanto por concorrência, como por leilão; e nos casos de dispensa de licitação).
Art. 19.  Os bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição haja derivado de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, poderão ser alienados por ato da autoridade competente, observadas as seguintes regras:
I - avaliação dos bens alienáveis;
II - comprovação da necessidade ou utilidade da alienação;
III - adoção do procedimento licitatório.
III - adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de concorrência ou leilão. 
Licitação internacional (conta com a participação de empresas estrangeiras e consequentemente possui regras próprias previstas no edital).
OBS.: excepcionalmente, na licitação internacional, será possível a adoção da modalidade de tomada de preços, desde que o valor da licitação respeite seu limite legal e que a Administração possua cadastro internacional (banco de dados de empresas estrangeiras); ou da modalidade convite, desde que a licitação respeite o valor dessa modalidade e não exista fornecedor do serviço ou do produto no país.
- Os princípios norteadores desta modalidade incluem, dentre outros, o da universalidade (admite participação de qualquer interessado), ampla publicidade, habilitação preliminar e julgamento por comissão.
O prazo de intervalo mínimo pra concorrência está previsto no art. 21 da lei. Se a licitação for do tipo técnica ou do tipo técnica e preço, o prazo será de 45 dias (licitação maiscomplexa). Se for só do tipo preço, o prazo será de 30 dias (licitação mais simples). Contagem de dias corridos.
b) Tomada de preços – utilizada para contratações de vulto médio (entre o mínimo da concorrência – R$ 1.500.000,00 e o máximo do convite R$ 150.000,00 para obras e serviços de engenharia, e entre R$ 650.000,00 e 80.000,00 para outros bens e serviços), ou seja, é um valor intermediário. Os interessados devem estar previamente cadastrados (no banco de dados da administração que serve como uma espécie de habilitação prévia). Assim, os licitantes devem estar cadastrados. Aqueles que preencherem os requisitos do cadastramento recebem o chamado certificado de registro cadastral. Com esse certificado, a pessoa vem pra licitação.
Além dos licitantes cadastrados, admite-se inscrições daqueles que preencherem os requisitos para o cadastramento até o 3º dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a qualificação necessária (qualificação prévia). A prova do preenchimento dos requisitos até o 3º dia anterior pela empresa se dá por meio de requerimento com apresentação de todos os documentos. Não é condição para participação no certame que o requerimento já tenha sido deferido, devendo-se observar, entretanto, que se o cadastramento tiver sido indeferido nesse prazo de três dias, caberá recurso com efeito suspensivo contra essa decisão.
Cuidado: a lei diz acima do valor XXX. Assim, contrato de engenharia de R$ 150.000,00 é convite (só acima é tomada de preço) e R$ 1.500.000,00 é tomada de preço (só acima é concorrência). Mas o administrador recomenda utilizar a modalidade mais ampla (mas não está na lei – 1ª fase de concurso usar o limite da lei).
Prazo de intervalo mínimo: Art. 21. Se for do tipo técnica ou técnica mais preço, o prazo será de 30 dias. Se for do tipo preço, o prazo será de 15 dias.
c) Convite – contratações de menor valor (até R$ 150.000,00 para obras e serviços de engenharia e até R$ 80.000,00 para os demais bens e serviços). Será remetida carta-convite a no mínimo 03 interessados, cadastrados ou não, para apresentarem propostas no prazo de 05 dias. Além dos convidados, qualquer interessado, desde que cadastrado, poderá manifestar interesse em participar da licitação até 24 horas antes da apresentação das propostas (este prazo não é pra cadastramento, mas pra apresentação da proposta). Apesar da ausência de previsão legal de oportunidade de participação no convite de licitante não cadastrado e não convidado, a doutrina reconhece a possibilidade de sua participação desde que o mesmo se cadastre até 03 dias antes da entrega dos envelopes, como se dá na tomada de preços.
OBS.: De acordo com o TCU, para que a licitação prossiga é necessário que hajam ao menos três propostas válidas. Entretanto, o entendimento majoritário (melhor para concursos) é no sentido de que basta o convite a, ao menos, 03 interessados, não havendo exigência de 03 propostas para o prosseguimento regular da licitação (mas na ausência das 03 propostas, a adm. deve justificar).
A carta-convite é o instrumento convocatório (não há edital). Esta carta não é publicada no diário oficial, e será fixada no átrio da repartição (mural de fácil acesso).
O prazo de intervalo mínimo é de 05 dias úteis (diferente dos demais, que são corridos).
OBS.: Na modalidade convite, a comissão de licitação que normalmente é formada por 03 servidores, poderá, se a repartição for pequena e o deslocamento de três servidores puder prejudicar o andamento do serviço, ser substituída por um único servidor (art. 51).
QUADRO COMPARATIVO
	Art. 23
	Concorrência
	Tomada de Preços
	Convite
	Obras e serviços de engenharia
	Valores acima de R$ 1.500.000,00
	Acima de R$ 150.000,00 até R$ 1.500.00,00
	De 0,00 até R$ 150.000,00
OBS.: Até 10% desse valor (15.000,00) a licitação será dispensável. Este limite será dobrado (20% - 30.000,00) para autarquias ou fundações qualificadas como Agências Executivas, EP, SEM e Consórcios Públicos da lei 11.107. 
	Outros serviços
	Para serviços com valor acima de R$ 650.000,00
	Acima de R$ 80.000,00 até R$ 650.00,00
	De 0,00 até R$ 80.000,00 
OBS.: Até 10% (8.000,00) desse valor a licitação será dispensável. Este limite será dobrado (20% - 16.000,00) para autarquias ou fundações qualificadas como Agências Executivas, EP, SEM e Consórcios Públicos da lei 11.107.
	Prazo de intervalo mínimo
	45 dias (tipo técnica ou técnica e preço);
30 dias (melhor preço). Dias corridos.
	30 dias (tipo técnica ou técnica e preço);
15 dias (melhor preço). Dias corridos.
	05 dias úteis.
d) Concurso – para escolha de trabalhos intelectuais (técnico, científico ou artístico). Nessa modalidade é necessária a prévia estipulação de prêmio ou remuneração, devendo o edital ser publicado com antecedência mínima de 45 dias corridos (o prazo mais cobrado nos concursos). 
OBS.: Não confundir com concurso público, que tem a função de provimento de cargos, enquanto o concurso da Lei 8.666 tem como contrapartida um prêmio, e não um cargo.
Não tem procedimento previsto na Lei 8666/93, mas em regulamento próprio, de forma que cada concurso terá seu regulamento.
A comissão do concurso é uma comissão especial (não precisa ser composta por servidores públicos, mas pessoa com conhecimentos na área daquilo que será objeto). Pessoa idônea e com conhecimento na área.
e) Leilão – Esta modalidade se presta para alienações e não para compras. Assim será obrigatória para os casos de venda de móveis inservíveis à administração, venda de produtos apreendidos ou penhorados (na verdade, o legislador quis se referir a bens empenhados – como no leilão das joias empenhadas da CEF-, e não penhorados, já que o leilão destes segue o procedimento previsto no Título de Execução do CPC) e venda de imóveis cuja aquisição tenha derivado de procedimentos judiciais ou dação em pagamento. Será exigida prévia avaliação e ampla publicidade. O valor arrematado será pago no percentual estabelecido no edital à vista, quando o pagamento restante será efetuado também no prazo nele previsto.
OBS.: o art. 17, § 6º da Lei 8666/93, prevê a possibilidade de alienação de outros bens móveis até o limite de R$ 650.000,00, através de leilão.
O prazo de intervalo mínimo é de 15 dias. O leilão é feito por leiloeiro, que poderá ser contratado ou nomeado mediante concurso público. Entretanto, como ainda não existe esse “cargo”, o que ocorre na prática é sua designação de um servidor para a função.
OBS.: O procedimento do leilão não está previsto na lei 8.666/93, seguindo a praxe administrativa.
g) Pregão – Foi instituído em nosso ordenamento para as Agências Reguladoras em 97, pela Lei 9.472/97 (lei que instituiu a ANATEL). Em 2000 ampliado para as demais agências reguladoras (lei. 9986/00). Com a MP 2.026/00 ele foi introduzido para todos os entes da União, sendo convertida na Lei 10.520/02, momento em que passou a ser utilizada para todos os entes administrativos – leitura obrigatória - (não constando nas modalidades de licitação previstas na Lei 8666).
Esta modalidade nunca será utilizada para alienação, sendo utilizada apenas para AQUISIÇÃO de bens e serviços comuns. Bem e serviço comum são aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado (ou seja, que podem ser adquiridos facilmente em qualquer loja), podendo ser utilizado independentemente do valor do contrato.
Será obrigatório o critério do menor preço, não havendo necessidade de habilitação prévia ou garantias, o que eleva o número de concorrentes, possibilitando uma contratação por menor preço pela Administração. É modalidade de licitação para o tipo “preço” e nunca para o tipo “técnica”. 
Nos termos do Decreto n. 5.450/05, é obrigatório no âmbito federal.
O Decreto 3.555/2000 estabelece o rol de bens de serviços comuns. Exemplos:
Bens: Água minera; combustível e lubrificante; gás; gênero alimentício; material de expediente; material hospitalar;etc.
Serviços: Apoio administrativo; digitação; manutenção; assinatura de jornais e periódicos; assistência médica, hospitalar e odontológica; eventos; hotelaria; etc.
O procedimento é invertido e se divide em duas fases, sendo uma preparatória e interna (definição do objeto, justificativa da necessidade de contratação e exigências) e outra externa (que se inicia com a convocação dos interessados por publicação).
O pregão é feito pelo pregoeiro (possui poder decisório) que será auxiliado por uma equipe de apoio (não possui poder decisório).
Iniciada a sessão do pregão, serão apresentadas ofertas por meio de envelope por todos os interessados, os quais apresentam declaração de que cumprem os requisitos para habilitação.
O autor da oferta de valor mais baixo e os das ofertas com preços até 10% superiores àquela poderão fazer novos lances verbais e sucessivos, até a proclamação do vencedor. Não havendo pelo menos 03 ofertas nas condições definidas acima, poderão os autores das 03 melhores ofertas dar novos lances verbais e sucessivos, quaisquer que sejam os preços oferecidos.
Quando se chegar ao menor preço oferecido, o pregoeiro analisará a oferta e decidirá sobre sua aceitabilidade. Após, passará a verificar a habilitação da oferta vencedora.
Se não houver habilitação ou se a oferta não for aceitável, o pregoeiro examinará as ofertas subsequentes, até a declaração do vencedor.
Declarado o vencedor, qualquer licitante deverá, neste momento, e de forma motivada, sua intenção de recorre da escolha, apresentando suas razões no prazo de 03 dias, ficando os demais licitantes intimados a apresentar contrarrazões em prazo igual, após o fim do prazo do recorrente.
O intervalo mínimo é de 8 dias úteis (os dois menores prazos: esse e o do convite que é em 5 dias úteis).
Atualmente a lei permite o pregão eletrônico, que segue o mesmo procedimento do pregão presencial, ocorrendo completamente no mundo virtual, razão pela qual sofrerá algumas adaptações previstas no Decreto 5.450/2005. Para o âmbito federal a preferência hoje é a modalidade de licitação pregão, e na forma eletrônica.
h) Consulta – prevista apenas para as agências reguladoras, sendo adequada à contratação de bens e serviços não classificados como comuns e que não sejam obras e serviços de engenharia civil. Previsão na lei 9.472/97. As propostas serão julgadas por um júri, segundo critério que leve em consideração custo e benefício.
Lembrar.: Nos casos em que couber convite, a Administração poderá utilizar a modalidade de “tomada de preços” ou “concorrência”. Da mesma forma, a Administração poderá utilizar a modalidade de “concorrência” nos casos em que couber tomada de preços.
PROCEDIMENTOS – FASES DA LICITAÇÃO
Fase Interna: antes da publicação.
Formalização do processo – 1ª providência:
Autuação;
Declaração/identificação da necessidade devidamente justificada (dizer o que precisa, porque precisa);
Identificação do recurso orçamentário que vai fundamentar a despesa;
Nomeação de comissão na forma do art. 51;
Elaboração do edital observando-se os requisitos do art. 40;
Parecer jurídico (procuradoria, assessoria jurídica, etc);
Remessa à autoridade superior para autorização da deflagração formal do certame, quando este autoriza o certame e entrega o processo a comissão (ela toca a licitação) e sai de cena, aparecendo apenas no final.
Fase Externa:
1º) Obrigatoriedade de audiência pública prévia à publicação do edital (15 dias antes) nas licitações de valores mais elevados (superiores a R$150.000.000,00).
2º) Publicação do edital, observando-se os requisitos do art. 21, da Lei 8666/93 (na verdade, é publicado apenas o aviso do edital e o local onde esse se encontra disponível – a Administração poderá cobrar apenas o custo de sua reprodução). O edital, em regra, será publicado uma vez no Diário Oficial e uma vez no Jornal local. A administração pode cobrar o custo da cópia de edital para entregar à parte, mas não pode vender o edital. O edital não pode ser mecanismo arrecadatório, assim como não pode condicionar a compra do edital para a participação do certame.
Neste momento, é possível a impugnação do edital na forma do art. 41, da Lei. 
Este artigo prevê a possibilidade de impugnação do edital quando seja discriminatório, omisso em pontos essenciais ou apresentar qualquer irregularidade relevante, sendo que qualquer cidadão terá legitimidade para impugnação do edital no prazo de até 05 dias úteis antes da data fixada para abertura dos envelopes de habilitação. Sendo que, após apresentação da impugnação a comissão tem 3 dias úteis para julgar.
Os licitantes poderão impugnar o edital até o 2º dia útil que anteceder a abertura dos envelopes de habilitação ou proposta, de acordo com a modalidade de licitação. Se o licitante não impugnar neste momento, decairá do direito de fazê-lo na via administrativa. Essa é a hora do licitante reclamar de tudo, inclusive da minuta do contrato. Aqui não há previsão de prazo para a comissão julgar (o ideal é julgar o quanto antes, mas não tem prazo).
Assim, a impugnação deverá ser feita:
 ( por qualquer cidadão (não é qualquer pessoa, mas qualquer cidadão, p. ex. francês de férias no Brasil não pode impugnar) até o quinto dia útil anterior à data designada para a entrega dos envelopes, tendo a comissão três dias úteis para julgar a impugnação.
 ( por qualquer potencial licitante até o segundo dia útil anterior à data designada para a entrega dos envelopes (prazo decadencial quanto à via administrativa), sendo que caso não impugne as regras do edital nesta ocasião, se operará a preclusão.
Obs.: A impugnação não tem natureza de recurso e não tem efeito suspensivo, ou seja, o processo vai continuar mesmo com a impugnação.
Obs: Alteração do edital
Entendendo-se que o edital deve ser alterado, ou seja, sendo procedente a impugnação, proceder-se-á ao seu aditamento, na forma do art. 21, §4º, o qual deve ser publicado da mesma forma como o foi o edital, seja para incluir, seja excluir exigências.
Não se publica todo o edital, mas somente aquilo que foi corrigido ou alterado, ou seja, só o aditamento.
Se o aditamento do edital modificar obrigações do edital (criar ou dispensar documentos, p. ex.), deve reabrir o prazo de intervalo mínimo, devendo-se recordar que esse prazo se refere ao prazo legal para cada modalidade de licitação (ex.: concurso – 45 dias). 
Assim, caso o edital venha a sofrer qualquer modificação, deverá ser republicado, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido para apresentação das propostas. Agora, no caso de erro material (erro de digitação simples, p. ex.), não precisa de novo prazo.
A publicação de edital precederá todas as licitações, exceto a modalidade convite (carta-convite enviada aos interessados e afixada em local apropriado), sendo ele a lei interna da licitação, devendo fixar suas condições de realização, vinculando a Administração e os proponentes. 
O edital deve estabelecer os critérios de aceitabilidade dos preços unitário e global, conforme o caso, podendo também trazer o preço máximo que a Administração se propõe a pagar, nunca o mínimo.
Caso a Administração exija garantia do licitante, deverá fazer essa exigência constar do edital, podendo o licitante optar por uma das modalidades de garantia previstas na Lei 8666/93, quais sejam: fiança bancária, caução em dinheiro, seguro garantia, títulos da dívida pública. O valor da garantia não poderá ultrapassar 5% do valor do contrato, salvo nos contratos de grande vulto, quando poderá chegar a 10%, sendo vedada a exigência de garantia da proposta no caso de licitação na modalidade de pregão.
3º) Recebimento dos envelopes: para participar da licitação, o licitante não necessita estar presente, não havendo ainda modo formal para entrega dos envelopes, assim, pode ser entregue por ex. pelo correio, por motoboy, vizinho, etc, bastando que cheguem enquanto a Comissão ainda esteja recebendo os envelopes, ou seja, que a licitaçãoainda esteja na fase de recebimento dos envelopes (não tem que se falar no tempo do relógio, mas no tempo da licitação). Se estava marcado 14 hs para entrega do envelope e a comissão atrasou o recebimento, não tem problema. Serão entregues 02 (tipo técnica ou tipo preço) ou 03 envelopes (tipo técnica e preço), nunca apenas 01. Lembrar que um destes envelopes é relativo aos documentos e o outro (ou outros) referem-se a proposta.
Os envelopes devem estar lacrados e a comissão devem rubricar todos os envelopes (todos os membros da comissão e todos os licitantes presentes), art. 43 da Lei 8.666.
4º) Habilitação (ou qualificação) dos licitantes: é ato vinculado relacionado às qualidades pessoais dos interessados e precede a fase de análise de propostas, sendo que esta fase se encontra regulada nos arts. 26 e 27 da Lei 8666. 
Habilitação é verificar documentação, ver se os documentos estão compatíveis com as exigências. Alguns autores preferem chamar de qualificação ao invés de habilitação. Essa é a abertura do primeiro envelope.
O art. 27 apresenta um rol taxativo dos requisitos necessários para a participação na licitação (habilitação jurídica; qualificação técnica; qualificação econômico-financeira; regularidade fiscal; e proibição do trabalho infantil na forma do art. 7°, XXXIII, da CF).
Os artigos seguintes (art. 28 a 31) trazem quais os documentos são necessários para que o licitante preencha cada um dos requisitos acima.
Abertos os envelopes, tanto os membros da comissão quanto os licitantes presentes (pelo menos 03), deverão rubricar todos os envelopes e todos os documentos neles contidos.
Quando o licitante preenche os requisitos está habilitado ou qualificado e quando não preenche está inabilitado ou desqualificado.
OBS.: Quando todos os licitantes (e somente se todos) forem inabilitados ou todas as propostas forem desclassificadas, o art. 48, § 3º autoriza a Administração a conceder um prazo de 08 dias úteis para a apresentação de documentação de habilitação ou de novas propostas, escoimadas dos vícios anteriores. Tal prazo poderá ser reduzido para 03 dias úteis no caso de convite. Tem que tentar salvar o procedimento (não está autorizado a fazer dispensa de licitação).
Art. 48.  Serão desclassificadas: (...)§ 3º Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas forem desclassificadas, a administração poderá fixar aos licitantes o prazo de oito dias úteis para a apresentação de nova documentação ou de outras propostas escoimadas das causas referidas neste artigo, facultada, no caso de convite, a redução deste prazo para três dias úteis. 
O prazo para recurso desta fase, em regra, será de 05 dias úteis, salvo na hipótese de convite, quando o prazo será reduzido para 02 dias úteis. Interposto o recurso no prazo, este terá efeito suspensivo.
Preenchidos os requisitos pelo licitante, estará habilitado ou qualificado para ter sua proposta julgada, sendo que, por outro lado, não preenchidos os requisitos, o licitante estará inabilitado ou desqualificado.
- A inabilitação implica exclusão do interessado do procedimento licitatório, sendo relevante destacar que após a conclusão desta fase o licitante não poderá desistir da proposta apresentada, salvo se por motivo justo decorrente de fato superveniente e aceito pela comissão.
5º) Classificação e julgamento das propostas: neste momento verificamos se o preço é compatível com o mercado, e se cumpriu com as formalidades da proposta.
Nesse ponto, se a empresa não preencheu os requisitos para classificação, a empresa será desclassificada. Lembra: aqui não se fala em qualificação, mas em classificação.
Obs: Se todas as empresas forem desclassificadas, utiliza-se a regra do art. 48, § 3º.
Ultrapassada a classificação, passa-se à fase do julgamento.
Realizado o julgamento das propostas, elas serão classificadas novamente (aqui, é a classificação em ordem da primeira até a última).
Depois da classificação, abre-se prazo para recurso novamente (mesmo prazo do recurso da homologação – 5 dias úteis de maneira geral e 2 dias úteis no convite), com efeito suspensivo (normalmente os recursos não tem efeito suspensivo, mas neste caso e no da habilitação, eles tem efeito suspensivo).
O julgamento se dará de acordo com os critérios de avaliação descritos no edital e, havendo empate, a preferência será dos bens ou serviços produzidos no Brasil por empresas que investem em pesquisa (*art. 3º, §2°), mantido o empate, aplica-se o sorteio (art. 45). O julgamento deverá ser objetivo e seguir o tipo de licitação adotado.
*embora alguns doutrinadores falarem que tal artigo é tido como inconstitucional, continua sendo aceito pela jurisprudência. 
Apenas quando houver decorrido este período sem que nenhum dos licitantes tenha apresentado nova proposta, ou se as propostas apresentadas ainda contiverem preços manifestamente superiores aos praticados no mercado interno ou forem incompatíveis com aqueles fixados pelos órgãos oficiais, é que poderá a Administração proceder à adjudicação direta do serviço, dispensando a licitação (ou seja, a dispensa só é possível em caso de desclassificação, e não no de inabilitação, devendo-se nesta última situação, proceder-se a uma nova licitação).
Obs: Os membros da comissão são solidariamente responsáveis por todos os atos realizados por ela, mesmo sem participação direta na sua execução, salvo se a sua posição divergente estiver devidamente discriminada em ata lavrada na reunião onde foi tomada a decisão.
6º) Homologação – Aprovação do certame e de seu resultado, conferindo-lhe eficácia. O procedimento deverá ser homologado e adjudicado pela autoridade superior que nomeou a comissão. 
7º) Adjudicação que é o ato pelo qual se atribui ao vencedor o objeto da licitação. Na adjudicação, há o resultado oficial da licitação, garantindo ao vencedor que, quando a Administração for celebrar contrato relativo ao objeto da licitação, o faça com o ele. Assim, não tem direito a assinatura do contrato, mas direito a mera expectativa de direito, de não ser passado para trás.
A adjudicação libera os demais licitantes e suas garantias, vincula o vencedor e o sujeita às penalidades previstas no edital se não cumprir o contrato no prazo estabelecido (art. 87).
O vencedor está obrigado a assinar o contrato pelo prazo de 60 dias da entrega dos envelopes, se não existir outro prazo previsto no edital (o qual pode fixar um prazo maior). Previsão constante do art. 64. Isto é chamado de VINCULAÇÃO DE PROPOSTA.
Caso o vencedor recuse a assinar o contrato nesse prazo (e se submeta às penalidades do art. 87), a Administração passa a chamar os demais licitantes, na ordem de sua classificação, a fim de que manifestem o interesse de contratar pela proposta do vencedor. Ocorre uma situação inusitada: os classificados não são chamados para cumprir a proposta que apresentaram, mas a cumprir a proposta apresentada pelo vencedor, situação que não obriga os demais licitantes ao aceite. Se nenhum licitante tiver interesse nessa contratação, deverá proceder-se a nova licitação.
Encerrado o procedimento licitatório, passa-se à celebração do contrato, na oportunidade em que isto seja conveniente à Administração.

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