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Caso Concreto Semana 02 Petição Inicial Divórcio Tutela de Urgência Antônia

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Eduardo Silva da Luz – Matrícula 201510501789 
EXCELENTÍSSIMO SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA__ VARA DE FAMÍLIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANTONIA MOREIRA SOARES, portuguesa, casada, médica, portadora da identidade nº, 
inscrita no CPF nº, domiciliada e residente a Rua, nº, Bairro, cidade, UF vem por seu advogado, 
com endereço profissional na Rua, bairro, cidade, UF que indica para os fins do artigo 106, inciso I 
do CPC, com fundamento no artigo 305 e seguintes do CPC, propor: 
 
 
AÇÃO DE DIVÓRCIO COM PEDIDO DE TUTELA CAUTELAR 
 
Em face do PEDRO SOARES, brasileiro, casado, dentista, portador da identidade nº, 
inscrito no CPF nº, domiciliado e residente a Rua, n, Bairro, cidade, UF, pela lide e fundamentos 
que passa a expor: 
 
 
DA TUTELA CAUTELAR 
 
A Autora é casada com o Réu há 30 anos, sendo que dessa união tiveram 2 filhos, maiores e 
ambos capazes, Joaquim e Maria das Dores. 
 
A Autora descobriu que o Réu estava em relacionamento extraconjugal, o que lhe despertou 
a vontade de proceder com o divórcio. 
 
Ao descobrir a vontade da Autora, ora sua esposa, o Réu começou a dilapidar o patrimônio, 
a ser, 2 automóveis que foram doados para a irmã do Réu, Isabel, descritos a baixo, e a efetuar 
saques nas contas conjuntas do casal, que foram confirmadas posteriormente pela Autora. 
 
Para tanto, fumus boni iuris está evidenciado ante a atitude do Réu em proceder na doação 
dos veículos a sua irmã Isabel, além dos saques nas contas conjuntas do casal. Tal medida denota a 
intenção do Réu em dilapidar, senão fraudar, os bens comuns ao casal, os quais a Autora tem direito 
a parte. 
E o periculum in mora também é factível no perigo da Autora ter diminuída sua parte a ser 
amealhada. Como a Autora não sabe ao certo o valor total do patrimônio aferido na constância da 
relação, se a medida cautelar não for aplicada gerará grave dano ou de difícil reparação. 
Destarte, ante a presença do fumus boni iuris e do periculum in mora, demonstra-se 
imperiosa a concessão da liminar inaudita altera pars pretendida para que sejam arrolados os bens 
do casal para salvaguardar futura partilha decorrente do divórcio, tendo em vista a Autora não ter 
ciência do total do patrimônio do casal. 
 
 
 
 
Eduardo Silva da Luz – Matrícula 201510501789 
DA LIDE 
 
 
 A Autora é casada há 30 anos com o Réu e na constância do matrimônio tiveram dois filhos, 
Joaquim e Maria das Dores, ambos maiores e capazes. 
 
 Constituíram vasto patrimônio juntos, fruto do esforço mutuo do casal. 
 
 Ocorre que a Autora, descobriu que o Réu está em um relacionamento extraconjugal, razão 
pela qual resolveu divorciar-se do deste. 
 
 O Réu ao saber da vontade da Autora em não manter o casamento, deseja doar seus dois 
automóveis, marca Toyota, modelos SW4 e Corolla, para a sua irmã, A senhora Isabel Soares, 
assim como passou a realizar diversos saques em uma das contas conjuntas do casal. 
 
 A Autora, após ouvir uma conversa entre o Réu e sua irmã Isabel, comprou juntamente ao 
Banco ao qual possuem conta tais saques do Réu. 
 
 
DOS FUNDAMENTOS 
 
 Diante do ocorrido a Autora quer que haja a dissolução da sociedade conjugal conforme 
dispõe a lei nº 6.515/77 em seu artigo 2º, IV e Parágrafo único, in verbis: 
 
 
“-Art 2º - A Sociedade Conjugal termina: 
IV - pelo divórcio. 
Parágrafo único - O casamento válido somente 
se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou 
pelo divórcio.” 
 
 Fica claro que pelo fato do Réu esta se desfazendo do patrimônio que também cabe a 
Autora, pois a mesma é meeira do Réu, onde o requisito do fumus boni iures está presente e, há o 
periculum in mora, por ter o risco de ao final da dissolução da relação entre os dois de que não haja 
mais nenhum bem a ser dividido, pois o Réu tem a intenção de dilapidar o patrimônio. Devendo 
assim, ser concedido o arresto dos bens, como forma de coibir tal atitude adotada pelo Réu e, pela 
razão da Autora não ter ideia de todos os bens existentes, em tutela de urgência de natureza cautela, 
com prazo para contestação de 5 dias, conforme preconizado nos artigos 301 e 306 ambos do Novo 
Código de Processo Civil, in verbis: 
 
 
 “Art. 301 – A tutela de urgência de 
natureza cautelar pode ser efetivada mediante 
arresto, sequestro, arrolamento de bens, 
registro de protesto contra alienação de bem e 
Eduardo Silva da Luz – Matrícula 201510501789 
qualquer outra medida idônea para 
asseguração do direito. 
(...) 
Art.306 – O réu será citado para, no prazo de 5 
(cinco) dias, contestar o pedido e indicar as 
provas que pretende produzir.” 
 Ainda podemos citar o artigo 1.658 do código civil que nos traz: 
 
“No regime de comunhão parcial, comunicam-
se os bens que sobrevierem ao casal, na 
constância do casamento, com as exceções dos 
artigos seguintes” 
 
 Corrobora com este entendimento a decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Minas 
Gerais, senão vejamos: 
 
 
 
 “MEDIDA CAUTELAR DE 
SEQUESTRO. PERDA DE OBJETO 
INEXISTENTE. RISCO DE DILAPIDAÇÃO 
DO PATRIMÔNIO. PROCEDÊNCIA. - O 
julgamento da ação de divórcio c/c partilha de 
bens não implica a perda do objeto da medida 
cautelar de sequestro de bens, que visa a 
resguardar os direitos da parte e o 
cumprimento da sentença proferida na ação 
principal. - Demonstrado o perigo de 
dilapidação do patrimônio do casal, deve ser 
mantido o seqüestro dos bens até que se efetive 
o registro da partilha procedida nos autos da 
ação divórcio. 
 
 (TJ-MG - AC: 10024097300271001 MG, 
Relator: Alyrio Ramos, Data de Julgamento: 
22/05/2014,Câmaras Cíveis / 8ª CÂMARA 
CÍVEL, Data de Publicação: 02/06/2014)”. 
 
 
 
 A Autora quer que seja efetivado o arrolamento dos bens para que ao final da lide tenha 
garantido seu direito 
Eduardo Silva da Luz – Matrícula 201510501789 
 Diante de tais fatos, não restou a Autora para ter seus direitos garantidos, senão se socorrer 
do poder judiciário. 
 
 
DOS PEDIDOS 
 
 Pelo exposto requer: 
 
1- Que seja concedida liminar inaudita altera parte para arrolar os bens do casal; 
2- Intimação do Réu para ciência da decisão; 
3- Que seja marcada com a anuência do Réu audiência de conciliação; 
4- Que o Réu seja citado para contestar a demanda, sob pena de revelia; 
5- Que seja chamado o Ministério Público ao processo; 
6- Julgar procedente o pedido para decretar o divórcio das partes com a consequente partilha 
dos bens; 
7- Condenação do Réu ao pagamento das custas judiciais e honorários de advogado, em 20% 
sob o valor da condenação. 
 
 
 
DAS PROVAS 
 
 
 Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, conforme disposto no artigo 369 
do NCPC, em especial a documental. 
 
 
 
DO VALOR DA CAUSA 
 
 
 Dá-se à causa o valor de R$1.000.000,00 
 
 
 
 
 
 
Nestes termos, 
Pede-se deferimento. 
 
 
Local, Data. 
 
 
 
 
Advogada 
OAB/UF

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