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1 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA (AFO) PROVA COMENTADA - PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE Bom pessoal, vamos à luta?! Sou o professor Leandro Ravyelle e vamos embarcar nesse mundo que é a nossa disciplina de Administração Financeira e Orçamentária -AFO. Cursei bacharelado em matemática na Universidade Federal do Ceará (UFC) e atualmente sou servidor público no Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, lotado na Diretoria de Programação e Orçamento, ou seja, estou diariamente trabalhando com o nosso objeto de estudo: orçamento público. Leciono nossa matéria desde 2016 e farei o máximo para trazer todo o meu conhecimento sobre o conteúdo para facilitar o seu aprendizado. Este é um resumo teórico compilado, ou seja, um material mais sintético e mais enxuto (enxuto no quesito visual, mas a teoria é a mesma do material completo) e é direcionado aos alunos que buscam algo mais sucinto, resumido e sem deixar qualquer detalhe de fora! Sou concurseiro, assim como vocês, e prometo trazer todas as dicas e macetes que aprendi ao longo dos meus anos de luta para facilitar o nosso estudo. Já fui aprovado em alguns concursos, dentre eles: SEDUC-CE (Professor do Estado) - 2013 Banco do Brasil (Escriturário) - 3º Lugar - 2015 (Assumi e trabalhei por 1 ano e 9 meses. Tribunal de Justiça do Estado da Bahia - 2015 - 22º lugar (Técnico Judiciário) - Atual cargo Tribunal Regional Federal 1ª Região - Analista Judiciário (Área Administrativa) - 34º lugar Tribunal Regional Federal 5ª Região - 2017 - Analista Judiciário (Área Administrativa) - 6º lugar Tribunal Regional Federal 5º Região - 2017 - Técnico Judiciário (Área Administrativa) - 92º lugar Na página seguinte, trarei mais uma prova comentada: ANALISTA (ÁREA 1) CARGO 5, realizada no dia 26/08/20178, pela banca CESPE. Concurso: IPHAN - INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL (IPHAN) Agora, meu querido (a), é bunda na cadeira e correr para o abraço! Avante! 2 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA (AFO) PROVA COMENTADA - PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE Quer garantir uma apostila de AFO completa e esquematizada em mapas mentais do começo ao fim (é do começo ao fim mesmo, tá!? São mapas mentais como este da publicação que resumem todos os tópicos teóricos abordados no PDF). Há também mais de 500 questões separadas por capítulo! Precinho de concurseiro, ooh! R$ 35,00, via pagseguro, com link disponibilizado via google drive. Quer mais? Quem comprar a versão PDF vai ter direito a atualizações da apostila periodicamente a cada bimestre. E Como serão as atualizações? •Incluirei novos mapas mentais; •Novas tabelas para memorização; •Novos resumos; •Tópicos doutrinários que forem cobrados ao longo do período de atualização do PDF; •Mudanças de entendimento das bancas conforme questões cobradas ao longo do período de atualização; •Novas questões cobradas; • Atualizada conforme MTO 2019 e PLDO 2019 Aviiia, vai perder esse super material? Quer uma prévia? https://drive.google.com/open?id=1snEtrvIWRYO27E2FkHKn4ye2ouNSBapT Já atualizada conforme o MTO 2019, PLDO 2019, MCASP 7ª edição e questões de 2018 + pasta comentadas na integra (google drive)! Como? Envie inbox, direct ou email solicitando link, que envio diretamente. Liberação do pdf imediatamente após a confirmação do pagseguro. (Leandro.ravyelle@gmail.com) ou Clique adquira diretamente pelo PAGSEGURO através do link abaixo https://pag.ae/bmzlvTj https://linktr.ee/profleandroravyelle 3 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA (AFO) PROVA COMENTADA - PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE Acerca das noções elementares de orçamento público, julgue os itens a seguir. 83. Novas categorias de programação da lei orçamentária podem ser utilizadas sem se desrespeitar o princípio da uniformidade. CERTO ERRADO Comentários: O princípio da uniformidade, da consistência ou da padronização é extraído do que dispõe o artigo 22 da Lei nº 4.320/1964: Art. 22. A proposta orçamentária que o Poder Executivo encaminhará ao Poder Legislativo nos prazos estabelecidos nas Constituições e nas Leis Orgânicas dos Municípios, compor-se-á: I - Mensagem, que conterá: exposição circunstanciada da situação econômico-financeira, documentada com demonstração da dívida fundada e flutuante, saldos de créditos especiais, restos a pagar e outros compromissos financeiros exigíveis; exposição e justificação da política econômica - financeira do Governo; justificação da receita e despesa, particularmente no tocante ao orçamento de capital; II - Projeto de Lei de Orçamento; III - Tabelas explicativas, das quais, além das estimativas de receita e despesa, constarão, em colunas distintas e para fins de comparação: a) A receita arrecadada nos três últimos exercícios anteriores àquele em que se elaborou a proposta; b) A receita prevista para o exercício em que se elabora a proposta; c) A receita prevista para o exercício a que se refere a proposta; d) A despesa realizada no exercício imediatamente anterior; e) A despesa fixada para o exercício em que se elabora a proposta; e f) A despesa prevista para o exercício a que se refere a proposta. Evidentemente que, embora o artigo citado sirva de base para o princípio da Uniformidade, todavia não deixa isso claro, pois, apenas menciona tabelas explicativas das estimativas de receita. Dessa forma é necessário fazermos uma subsunção do que preceitua o princípio da consistência/uniformidade nas ciências contábeis com o aplicado no Orçamento público. Assim, DETERMINA QUE O ORÇAMENTO DEVE APRESENTAR E CONSERVAR AO LONGO DOS DIVERSOS EXERCÍCIOS FINANCEIROS UMA ESTRUTURA QUE PERMITA COMPARAÇÕES ENTRE OS SUCESSIVOS MANDATOS. (AQUI ESTÁ A CHAVE PARA A QUESTÃO)! A prerrogativa do princípio é um elemento importante para que as informações contidas na peça orçamentária possam ser devidamente compreendidas e analisadas pelas partes interessadas. Logo, a questão ao afirmar que "Novas categorias de programação da lei orçamentária podem ser utilizadas sem se desrespeitar o princípio da uniformidade." Ao inserirmos novas categorias de programação na LOA, provavelmente isso afetará o entendimento amplo das informações contidas. Visto isso, acredito que o gabarito preliminar seja dado como ERRADO e, caso não, temos aqui um excelente fundamento para recurso. 4 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA (AFO) PROVA COMENTADA - PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE Caso isso aconteça, elaborarei recurso com fonte, doutrina e entendimentos para vocês. Contem comigo. GABARITO EXTRAOFICIAL: ERRADO 84. O princípio do orçamento bruto constitui um pressuposto básico do princípio da universalidade. CERTO ERRADO Comentários: O princípio da universalidade, estabelecido, de forma expressa, pelo caput do art. 2º da Lei nº 4.320/ 1964, recepcionado e normatizado pelo § 5º do art. 165 da Constituição Federal, determina que a LOA de cada ente federado deverá conter todas as receitas e despesas de todos os poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. Ele determina que o orçamento deve considerar todas as receitas e todas as despesas, e nenhuma instituição governamental deve ficar afastada do orçamento. Já o princípio do orçamento bruto, previsto pelo art. 6º da Lei no 4.320/ 1964, obriga registrarem- se receitas e despesas na LOA pelo valor total e bruto, vedadas quaisquer deduções. Procura-se com esta norma impedir a inclusão de importâncias líquidas, ou seja, descontando despesas que serão efetuadas por outras entidades e, com isso, impedindo sua completa visão, conforme preconiza o princípio da universalidade. TANTOO PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE COMO O DO ORÇAMENTO BRUTO CONTÊM "TODAS AS RECEITAS E TODAS AS DESPESAS". A diferença consiste em que apenas o Orçamento Bruto contém a expressão pelos seus totais. ESTE PRINCÍPIO CLÁSSICO SURGIU JUNTAMENTE COM O DA UNIVERSALIDADE, visando ao mesmo objetivo. Todas as parcelas da receita e da despesa devem aparecer no orçamento em seus valores brutos, sem qualquer tipo de dedução. VEJA QUE O PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE É COMPLETADO PELA REGRA DO ORÇAMENTO BRUTO, PELA QUAL ESTÃO VEDADAS QUAISQUER DEDUÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DA LEI ORÇAMENTÁRIA. GABARITO EXTRAOFICIAL: CERTO 85. Caso o projeto de lei de diretrizes orçamentárias não seja apresentado no prazo previsto pela Constituição Federal de 1988, o Congresso Nacional poderá considerar como proposta a lei de diretrizes orçamentárias ainda em vigor. CERTO ERRADO Comentários: Questão parecida apareceu também na prova de AUXILIAR TÉCNICO. Já sabemos que a LDO pode também ser instrumento de autorização de despesas, se constar no seu texto a possibilidade de liberação de duodécimos dos créditos orçamentários, e SE O ORÇAMENTO ANUAL NÃO FOR APROVADO ATÉ 31 DE 5 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA (AFO) PROVA COMENTADA - PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE DEZEMBRO. Ou seja, a LDO pode ser instrumento de autorização de despesas somente se preenchidas as duas condições anteriores. Mas e no caso de não termos a LDO aprovada? Já parou para pensar nisso? A própriaia Constituição já traz o seguinte? Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006) § 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias. Com respeito à LOA, a Constituição prevê, em seu art. 166, § 8º, caso rejeitado o projeto, que os recursos “sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa”. Diferentemente, quanto À LDO, TAMANHA A SUA RELEVÂNCIA PROGRAMÁTICA, O ORDENAMENTO JURÍDICO NÃO COGITA A POSSIBILIDADE DE SUA NÃO APROVAÇÃO. Com efeito, a Carta Maior chega a vedar a interrupção da sessão legislativa sem que a aprovação do projeto ocorra: “a sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias” (CR/88, art. 57, § 2º). Conforme Consulta a seguir, temos o seguinte entendimento: EMENTA: CONSULTA — PREFEITO — PROJETO DE LDO — REJEIÇÃO INTEGRAL PELO LEGISLATIVO — I. IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA — OMISSÃO DO LEGISLATIVO. — II. REPASSE DE RECURSOS DO EXECUTIVO AO LEGISLATIVO — OBRIGATORIEDADE 1. Configura-se omissão do Poder Legislativo a rejeição integral do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, inviabilizando, inclusive, a aprovação do orçamento municipal. 2. O repasse de recursos do Executivo ao Legislativo é obrigatório, independentemente da aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias. (grifos meus) O Poder Legislativo tem a prerrogativa de emendar o projeto da LDO nos limites previstos na Constituição e interpretados pelo STF na ADI-1050-MC, Ministro Celso de Mello, DJ de 23/04/2004. A não aprovação da LDO, portanto, consiste em anomalia jurídica, configurando grave omissão do Poder Legislativo e inaceitável renúncia de seu poder-dever de representar a sociedade na formulação de políticas públicas, bem como de exercer o controle externo do Executivo. Alinho- me à doutrina que considera inadmissível o Poder Legislativo rejeitar 6 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA (AFO) PROVA COMENTADA - PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE integralmente o projeto de Lei das Diretrizes Orçamentárias, como a do constitucionalista Alexandre de Moraes: “NÃO HÁ POSSIBILIDADE DO CONGRESSO NACIONAL REJEITAR INTEGRALMENTE O PROJETO DE LEI DAS DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS.” (MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 17. ed. São Paulo: Atlas, 2005. p. 623.) Embora, como dito, represente inquestionável aberração jurídica o eventual insucesso na aprovação da LDO, configura a hipótese inarredável óbice à tramitação e aprovação da LOA, em respeito ao encadeamento das leis orçamentárias traçado pela Constituição Federal, devendo, nesses casos, a execução orçamentária seguir o rito do art. 166, § 8º, da CR/88 citado. A não aprovação da LDO e a consequente inviabilização da aprovação da LOA, portanto, reitero, consiste em anomalia, configurando grave omissão do Poder Legislativo, especialmente quando se pressupõe que haja a existência de um plano estratégico instrumentalizado no PPA, no qual são estabelecidas, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas para as despesas de capital e outras decorrentes, além dos programas de duração continuada, aprovados para o período compreendido entre o 2º ano do mandato do prefeito até o 1º ano do mandato subsequente. GABARITO EXTRAOFICIAL: ERRADO 86. A revisão da estrutura programática somente pode ocorrer depois da definição das macrodiretrizes de governo. CERTO ERRADO Comentários: Conforme o MTO 2019 (pág. 80), as etapas do processo de elaboração da proposta orçamentária são: 7 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA (AFO) PROVA COMENTADA - PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE Vemos então que, de fato, a supracitada revisão só acontece após a definição das macrodiretrizes de governo. GABARITO EXTRAOFICIAL: CERTO 8 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA (AFO) PROVA COMENTADA - PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE 87. O plano orçamentário é uma identificação obrigatória da lei orçamentária anual cuja finalidade é permitir o acompanhamento físico e financeiro da execução. CERTO ERRADO Comentários: Plano Orçamentário – PO é uma IDENTIFICAÇÃO ORÇAMENTÁRIA, de caráter gerencial (NÃO CONSTANTE DA LOA), vinculada à ação orçamentária, que tem por FINALIDADE PERMITIR QUE, TANTO A ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO QUANTO O ACOMPANHAMENTO FÍSICO E FINANCEIRO DA EXECUÇÃO, OCORRAM NUM NÍVEL MAIS DETALHADO DO QUE O DO SUBTÍTULO/LOCALIZADOR DE GASTO. Os POs são vinculados a uma ação orçamentária, entendida esta ação como uma combinação de esfera-unidade orçamentária-função-subfunção-programa-ação. Por conseguinte, variando qualquer um destes classificadores, o conjunto de POs varia também. Em termos quantitativos, no entanto, os POs de uma ação são válidos quando associados aos seus subtítulos/localizadores de gasto. Ou seja, se uma ação possui POs vinculados, a captação da proposta orçamentária – física e financeira – se dará no nível da associação subtítulo +PO. A proposta de dotação para o subtítulo será, pois, a soma das propostas dos POs associados àquele subtítulo. Já a meta física do subtítulo será captada à parte, pois o produto do PO em geral é diferente do produto da ação, impedindo o somatório. Logo, não é obrigatória na LOA. GABARITO EXTRAOFICIAL: ERRADO 88. Projeto de lei orçamentária anual deve demonstrar os valores máximos de programação compatíveis com os limites individualizados, por poder e órgão. CERTO ERRADO Comentários: Eita que a CEPSE desembestou em cobrar o MTO 2019 e cobrou também o texto da própria LDO 2019! E no MPU não será diferente. Vejamos: A mensagem presidencial que encaminha o PLOA é o instrumento de comunicação oficial entre o Presidente da República e o Congresso Nacional. Seu conteúdo é regido pelo art. 10 da LDO 2019: Art. 10. A Mensagem que encaminhar o Projeto de Lei Orçamentária de 2019 conterá: (...) VII - demonstrativo da compatibilidade dos valoresmáximos da programação constante do Projeto de Lei Orçamentária de 2019 com os limites individualizados de despesas primárias calculados na forma do § 1º do art. 107 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT. 9 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA (AFO) PROVA COMENTADA - PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE Vejamos agora o que diz o art. 107 do ADCT: Art. 107. Ficam estabelecidos, para cada exercício, LIMITES INDIVIDUALIZADOS PARA AS DESPESAS PRIMÁRIAS: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016) I - do PODER EXECUTIVO; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016) II - do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, DA JUSTIÇA DO TRABALHO, DA JUSTIÇA FEDERAL, DA JUSTIÇA MILITAR DA UNIÃO, DA JUSTIÇA ELEITORAL E DA JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS, NO ÂMBITO DO PODER JUDICIÁRIO; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016) III - do SENADO FEDERAL, DA CÂMARA DOS DEPUTADOS E DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO, NO ÂMBITO DO PODER LEGISLATIVO; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016) IV - do MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO E DO CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016) V - da DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016) § 1º Cada um dos limites a que se refere o caput deste artigo equivalerá: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016) I - para o exercício de 2017, à despesa primária paga no exercício de 2016, incluídos os restos a pagar pagos e demais operações que afetam o resultado primário, corrigida em 7,2% (sete inteiros e dois décimos por cento); e II - para os exercícios posteriores, ao valor do limite referente ao exercício imediatamente anterior, corrigido pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA, publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, ou de outro índice que vier a substituí-lo, para o período de doze meses encerrado em junho do exercício anterior a que se refere a lei orçamentária. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016) Finalizando, segundo a Lei nº 4320/64: Art. 22. A PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA QUE O PODER EXECUTIVO encaminhará ao Poder Legislativo nos prazos estabelecidos nas Constituições e nas Leis Orgânicas dos Municípios, COMPOR-SE-Á: I - MENSAGEM, que conterá: exposição circunstanciada da situação econômico-financeira, documentada com demonstração da dívida fundada e flutuante, saldos de créditos especiais, restos a pagar e outros compromissos financeiros exigíveis; exposição e justificação da política econômica - financeira do Governo; justificação da receita e despesa, particularmente no tocante ao orçamento de capital; II - PROJETO DE LEI DE ORÇAMENTO; III - TABELAS EXPLICATIVAS, das quais, além das estimativas de receita e despesa, constarão, em colunas distintas e para fins de comparação (...) 10 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA (AFO) PROVA COMENTADA - PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE Ora, se demonstrativo da compatibilidade dos valores máximos da programação constante do Projeto de Lei Orçamentária de 2019 com os limites individualizados de despesas primárias devem estar na MENSAGEM, logo compõe o projeto de LOA. GABARITO EXTRAOFICIAL: CERTO A respeito dos mecanismos de execução e controle orçamentários, julgue os itens que se seguem. 89. A segregação de funções do SIAFI decorre da existência dos orçamentos fiscal, da seguridade e de investimentos das estatais. CERTO ERRADO Comentários: Conforme o Manual SIAFI, a SEGREGAÇÃO DE FUNÇÕES consiste em princípio básico de controle interno administrativo que SEPARA, POR SERVIDORES DISTINTOS, AS FUNÇÕES DE AUTORIZAÇÃO, APROVAÇÃO, EXECUÇÃO, CONTROLE E CONTABILIDADE. Para o caso de Órgão que possua uma única Unidade Gestora é obrigatório o registro da Conformidade de Registro de Gestão, observada a necessária segregação de função. Portanto, tal segregação não decorre da existência dos três tipos de orçamento, mas sim de controle interno administrativo. que controle interno administrativo que separa, por servidores distintos, as funções de autorização, aprovação, execução, controle e contabilidade. GABARITO EXTRAOFICIAL: ERRADO 90. Os recursos recebidos em caução por determinado tribunal no curso de processos judiciais devem ser incluídos no total de receitas orçamentárias. CERTO ERRADO Comentários: Com o objetivo de garantir à parte vencedora o pagamento devido e a efetividade da decisão judicial, os juízes podem determinar que o valor discutido em um processo seja depositado em uma conta bancária antes mesmo da decisão final da ação. É o que se chama de depósito judicial. Processos envolvendo créditos tributários, disputas trabalhistas e ações de cobrança são alguns dos casos em que o depósito judicial pode ser realizado. Os Ingressos extraorçamentários são recursos financeiros de caráter temporário, do qual o Estado é mero agente depositário. Sua devolução não se sujeita a autorização legislativa, portanto, não integram a Lei Orçamentária Anual (LOA). Por serem constituídos por ativos e passivos exigíveis, os ingressos extraorçamentários, em geral, não têm reflexos no Patrimônio Líquido da Entidade. SÃO EXEMPLOS DE INGRESSOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS: OS DEPÓSITOS EM CAUÇÃO, as fianças, as operações 11 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA (AFO) PROVA COMENTADA - PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE de crédito por antecipação de receita orçamentária (ARO), a emissão de moeda, e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros. GABARITO EXTRAOFICIAL: ERRADO 91. O reconhecimento da obrigação de pagamento das despesas de exercícios anteriores cabe à autoridade competente para empenhar a despesa. CERTO ERRADO Comentários: Questão repetida, mas em outra banca. Apareceu na prova de Contador da UFPI (ano de 2014) pela banca COPESE, em 2017, para Contador da UFG. O RECONHECIMENTO DA OBRIGAÇÃO DE PAGAMENTO DAS DESPESAS COM EXERCÍCIOS ANTERIORES CABE À AUTORIDADE COMPETENTE PARA EMPENHAR A DESPESA. Despesas de Exercícios Anteriores, embora se refiram a exercícios passados, são despesas orçamentárias, haja vista que a emissão da Nota de Empenho ocorre com dotação do exercício vigente. Contabilmente essas despesas são identificadas através do elemento de despesa “92” (natureza da despesa 3390.92.00), e devem ser excluídas do montante de recursos utilizados pelo ente público quando em comparação a exercícios passados ou na projeção de exercícios futuros, pois não fazem parte das despesas anuais continuadas. Tal artigo foi regulamentado pelo artigo 22 do Decreto nº 93.872/86, que dispõe: Artigo 22 - As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida, e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente, poderão ser pagos à conta de dotação destinada a atender despesas de exercícios anteriores, respeitada a categoria econômica própria (Lei nº 4.320/64, artigo 37). § 1º O reconhecimento da obrigação de pagamento, de que trata este artigo, cabe à autoridade competente para empenhar a despesa. GABARITO EXTRAOFICIAL: CERTO 12 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA (AFO) PROVA COMENTADA - PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE 92. O empenho é obrigatório para a realização da despesa pública, embora a emissão da nota de empenho seja dispensávelem situações específicas. CERTO ERRADO Comentários: Conforme a Lei nº 4320/64: Art. 58. O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. Art. 60. É VEDADA A REALIZAÇÃO DE DESPESA SEM PRÉVIO EMPENHO. § 1º EM CASOS ESPECIAIS PREVISTOS NA LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA SERÁ DISPENSADA A EMISSÃO DA NOTA DE EMPENHO. GABARITO EXTRAOFICIAL: CERTO 93. Caso um servidor aplique recursos recebidos por meio de suprimento de fundos em finalidade diversa da definida pelo ato de concessão, o ordenador de despesas que concedeu o suprimento estará isento de responsabilidade sobre o ato. CERTO ERRADO Comentários: O suprimento de fundos é caracterizado por ser um adiantamento de valores a um servidor para futura prestação de contas. Trata-se de adiantamento concedido a servidor, A CRITÉRIO E SOB A RESPONSABILIDADE DO ORDENADOR DE DESPESAS, com prazo certo para aplicação e comprovação dos gastos. Isto é, consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho prévio na dotação própria à despesa a realizar, para despesa que não possa subordinar-se ao processo normal de execução, CONCEDIDO A CRITÉRIO DO ORDENADOR DE DESPESAS, E SOB SUA INTEIRA RESPONSABILIDADE. Resumindo... O valor concedido como suprimento de fundos é contabilizado e incluído nas contas do ordenador de despesas como despesa realizada. Para todos os efeitos legais, a responsabilidade é exclusiva do ordenador de despesas, visto que é concedido “a seu critério e sob sua inteira responsabilidade”. O suprido (servidor que recebeu o suprimento) só responde internamente, no âmbito de seu órgão/entidade, perante o ordenador de despesa. Perante os órgãos de controle e externamente, a responsabilidade é do ordenador de despesas. GABARITO EXTRAOFICIAL: ERRADO 13 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA (AFO) PROVA COMENTADA - PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE 94. Determinada despesa pode ser inscrita em restos a pagar não processados mesmo que o serviço a que ela se refere tenha sido prestado. CERTO ERRADO Comentários: Distingue-se dois tipos de restos a pagar: os processados (despesas já liquidadas); e OS NÃO PROCESSADOS (DESPESAS A LIQUIDAR OU EM LIQUIDAÇÃO). Considerando a inclusão da fase “em liquidação”, as despesas inscritas em restos a pagar não processados a liquidar (não houve o fato gerador) poderão passar pela fase “em liquidação”, caso o fato gerador ocorra antes da liquidação. SERÃO INSCRITAS EM RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS as DESPESAS NÃO LIQUIDADAS, nas seguintes condições: O SERVIÇO OU MATERIAL CONTRATADO TENHA SIDO PRESTADO OU ENTREGUE E QUE SE ENCONTRE, EM 31 DE DEZEMBRO DE CADA EXERCÍCIO FINANCEIRO EM FASE DE VERIFICAÇÃO DO DIREITO ADQUIRIDO PELO CREDOR (DESPESA EM LIQUIDAÇÃO); OU O PRAZO PARA CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO ASSUMIDA PELO CREDOR ESTIVER VIGENTE (DESPESA A LIQUIDAR). Logo, correta a questão. GABARITO EXTRAOFICIAL: CERTO Acerca da Conta Única do Tesouro Nacional e das normas de licitação Pública, julgue os itens subsecutivos. 96. As receitas públicas decorrentes da exploração de atividade econômica pelo Estado podem ser depositadas em contas especiais das instituições financeiras oficiais, destacadas da Conta Única do Tesouro Nacional. CERTO ERRADO Comentários: Essa pode dar dor de cabeça e vou explicar o porquê! CESPE já cobrou a regra, considerando CERTA e já cobrou a exceção! A CONTA ÚNICA do Tesouro Nacional é o mecanismo que permite a movimentação on-line de recursos financeiros dos Órgãos e Entidades ligadas ao SIAFI em conta unificada. Esta unificação, além de garantir a manutenção da autonomia e individualização, permite o controle imediato dos gastos sobre suas disponibilidades financeiras. O princípio da unidade de caixa ou da unidade de tesouraria é extraído do que dispõem os artigos 164, § 3º, da Constituição da República e 56 da Lei nº 4.320/1964. 14 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA (AFO) PROVA COMENTADA - PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE ESTIPULA QUE A REALIZAÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA DA UNIÃO DEVE SER FEITA POR VIA BANCÁRIA, DEVENDO O PRODUTO DA ARRECADAÇÃO DE TODAS AS RECEITAS SER, OBRIGATORIAMENTE, RECOLHIDO A UMA CONTA ÚNICA (CESPE – MMA - 2011). Conforme a Lei nº 4320/64: Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao princípio de unidade de tesouraria, vedada qualquer fragmentação para criação de caixas especiais. Nessa sistemática, a Lei 4.320/64 enfatiza o respeito ao principio da unidade de caixa para a receita orçamentária arrecadada, cuja prerrogativa constitucional pertence ao Ente Federativo, que detém o poder de tributar, portanto, cabe a este viabilizar o controle e depósitos desses recursos em conta única. N Além disso, foi desenvolvido no SIAFI o Depósito Direto na Conta única, via SPB, possibilitando que as instituições financeiras, que realizam operações com o Tesouro, repassem, em tempo real, os recursos para a conta única com contabilização automática na Unidade Gestora responsável. Dentre estas operações destaca-se: Operações Oficiais de Crédito, Operações de Crédito Externas, Dívidas Securitizadas e o Repasse de arrecadação do DPVAT. Contudo, outro momento, a banca CESPE cobrou a exceção: NÃO OBSTANTE A CENTRALIZAÇÃO DOS RECURSOS, AS UNIDADES GESTORAS PODEM REVERTÊ-LOS A OUTRAS CONTAS-CORRENTES QUANDO HOUVER NECESSIDADE DE REALIZAR OPERAÇÕES QUE NÃO POSSAM SER EFETUADAS POR MEIO DA CONTA ÚNICA (CESPE – MPU – 2010). 15 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA (AFO) PROVA COMENTADA - PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE Vamos ver o que nos diz a LRF: Art. 43. As disponibilidades de caixa dos entes da Federação serão depositadas conforme estabelece o § 3o do art. 164 da Constituição. § 1o As disponibilidades de caixa dos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos, ainda que vinculadas a fundos específicos a que se referem os arts. 249 e 250 da Constituição, ficarão depositadas em conta separada das demais disponibilidades de cada ente e aplicadas nas condições de mercado, com observância dos limites e condições de proteção e prudência financeira. Acredito que o gabarito preliminar seja dado como CERTO, pelo fato de a banca CESPE já ter cobrado em prova anterior essa exceção. Principalmente de a banca ter mencionado no enunciado o verbo ''PODER" e não "dever". GABARITO EXTRAOFICIAL: CERTO
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