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Capítulo V - Muros de Arrimo

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Rideci Farias. 
Engenheiro Civil e Geotécnico, D. Sc. 
Reg. CREA PA/AP 9736 – D 1ª Região. 
 73 
5.0. ESTRUTURAS DE CONTENÇÃO (MUROS DE ARRIMO) 
São estruturas utilizadas para conter maciços de solo quando o entaludamento se 
torna inviável. 
A construção de muros de arrimo é um dos tipos de obras que freqüentemente se 
apresenta ao engenheiro civil. Esse tipo de obra é bastante empregado em rodovias, 
portos, garagens, pontes, etc. 
A seguir são mostrados alguns tipos de muros empregados na Engenharia. 
 
Figura 5.1. 
 Há vários tipos de estruturas de contenção, tais como: Muros de gravidade (em 
alvenaria, concreto simples ou ciclópico) , Muros em gabiões, muros de flexão ou de 
contraforte (em concreto armado), muros em terra armada (solo reforçado com tiras de 
aço ou sintético), “muro de fogueira” (crib wall – formado por peças de madeira, de aço 
ou de concreto armado pré-moldado), alvenaria em blocos de concreto como os 
utilizados em garagens de edifícios, entre outros. 
5.1. Condições de Estabilidade 
Na verificação da estabilidade de um muro, seja os mostrados na Figura 5.2 ou 
qualquer outro tipo de estrutura de contenção, deve-se investigar a estabilidade quanto ao 
escorregamento, tombamento, ruptura e deformação excessiva no terreno de 
fundação. 
Para o dimensionamento, geralmente, arbitra-se as dimensões baseadas em 
critérios empíricos e comparação com projetos anteriores. Posteriormente, faz-se a 
verificação da estabilidade. 
 
Inicialmente adota-se: 
hb .14,00 = e 30
hbb += 
b0
h
b
 
Figura 5.2. 
Rideci Farias. 
Engenheiro Civil e Geotécnico, D. Sc. 
Reg. CREA PA/AP 9736 – D 1ª Região. 
 74 
 
A) Segurança contra Tombamento 
 A condição para que o muro não tombe em torno do ponto A mostrado na Figura 
5.3 é que o momento do peso do muro seja maior que o momento do empuxo total, 
tomando os momentos em relação ao ponto A. 
 É aconselhável que a resultante de todas as forças atuantes R, passe dentro do 
“núcleo central” (terço médio da seção) da base AB e, tanto quanto possível, próximo do 
ponto médio O quando o muro repousar sobre o terreno muito compressível. 
 
x2
 b/6 b/6
Ev
E
V R
Eh
O
y A H B
A x1 B
b/3
b
P
 
Figura 5.3. 
 
 Momento anti-horário com relação à A: M1 = Eh . y 
 
 Momento horário em relação à A: M2 = P.x1 + Ev.x2 
 
 5,1
1
2 >
M
M
 
 
 
B) Segurança contra Escorregamento 
 Desprezando-se o empuxo passivo, Ep, o que é a favor da segurança, esta 
condição será satisfeita quando, pelo menos: 
 
δtgEPF Va ).( += 5,1>
h
a
E
F
 
 
Onde: δ = ângulo de atrito entre o muro e o solo (geralmente, toma-se em torno de 
30º se o solo é areia grossa pura e 25º se a areia grossa argilosa ou siltosa). 
 
 
 
 
 
 
Rideci Farias. 
Engenheiro Civil e Geotécnico, D. Sc. 
Reg. CREA PA/AP 9736 – D 1ª Região. 
 75 
C) Segurança contra Ruptura e deformação excessiva do terreno de fundação 
(equilíbrio estático) 
E
h
A B
σσσσ2222
σσσσ1111
b0
b
P
 
Figura 5.4. 
VEPN
MMM
+=
−= 12
 
dadeexcentricie = 
N
Mb
e −=
2
 
médiatensão
m
 =σ 
S
N
m
=σ 
 
 Onde: S = b.d 
 b = largura da seção na base 
 d = comprimento da seção na base 
máximaTensão 1 =σ 
.61.1 Sm b
e
σσσ ≤




 += 
Onde: σs = Resistência à compressão do terreno. 
 
 mínimaTensão 2 =σ 0
.61.2 ≥





−=
b
e
m
σσ 
 Observação: Deve-se escolher uma geometria que atenda à LebL ≤= ;
6
 
Se σσσσ2 < 0, teremos tração. 
 
 Excluindo a zona de tração teremos para a tensão máxima a seguinte expressão: 
Smáx M
N
σσ ≤=
3
.2 2
 
Rideci Farias. 
Engenheiro Civil e Geotécnico, D. Sc. 
Reg. CREA PA/AP 9736 – D 1ª Região. 
 76 
D) Segurança contra ruptura do conjunto muro-solo 
 A possibilidade de ruptura do terreno segundo uma superfície de ruptura ABC 
(Figura 5.5) deve também ser verificada. A estabilidade global deverá ser estudada mais 
adiante. 
 C
A
B
 
Figura 5.5. 
5.2. Drenagem 
A fim de evitar o acúmulo das águas que infiltram no maciço de solo, recomenda-se 
que sejam executados sistemas de drenagem para o disciplinamento dessas águas. Nas 
Figuras 5.6 e 5.7 mostram-se alguns dos muitos sistemas de drenagem existentes para 
esse fim. 
Atualmente, há diversos materiais sintéticos no mercado para a construção de 
sistemas de drenagem. Esses materiais têm diversas vantagens quanto ao seu uso. 
Vantagens como eficiência, rapidez e facilidade de instalação, facilidade de transporte, 
entre outras. 
2m 2m
2m
2m
2m
 
Figura 5.6. 
h
(2/3).h
 
Figura 5.7. 
Rideci Farias. 
Engenheiro Civil e Geotécnico, D. Sc. 
Reg. CREA PA/AP 9736 – D 1ª Região. 
 77 
5.3. Encontro de pontes 
Deve-se atentar para o surgimento de outras forças na estrutura dependendo do 
tipo de obra. A seguir, mostra-se o surgimento de uma força vertical no encontro de 
pontes com a estrutura. 
Ponte
P
R
 
Figura 5.8. 
Rideci Farias. 
Engenheiro Civil e Geotécnico, D. Sc. 
Reg. CREA PA/AP 9736 – D 1ª Região. 
 78 
Exercício 5.1. Determinar para o muro de arrimo mostrado na Figura 5.9: 
a) segurança contra o tombamento; 
b) segurança contra escorregamento; 
c) segurança contra a ruptura do terreno de fundação. 
 
1,00 m
q = 1,2 t/m3
γγγγ = 1,7 t/m3
φφφφ = 30º
f =
σ σ σ σ adm = 3,0 kg/cm
2
4,00 m
6,30 m
0,6
2,2 t/m3
 
Figura 5.9. 
Rideci Farias. 
Engenheiro Civil e Geotécnico, D. Sc. 
Reg. CREA PA/AP 9736 – D 1ª Região. 
 79 
Exercício 5.2. Dimensionar o muro mostrado na Figura 5.10. 
 
q = 20 kPa
γγγγ = 1,7 t/m3
φφφφ = 35º
δδδδ = 28º 4,0 m
σ σ σ σ adm = 3,0 kg/cm
2
γγγγc = 24 kN/m3
 
Figura 5.10. 
Rideci Farias. 
Engenheiro Civil e Geotécnico, D. Sc. 
Reg. CREA PA/AP 9736 – D 1ª Região. 
 80 
5.4. Alguns Pré-dimensionamentos Práticos 
 
h
z
b
 
h
z
b0
b
 
0,4.h a 0,3 b0 ≅ 
m 1,0 z
3
h
 b b
0,14.h b
0
0
≤
+≅
≅
 
 
 
 
b0
b
 
h
b0
b
 
 
 
3
h
 b b
0,14.h b
0
0
+≅
≅
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rideci Farias. 
Engenheiro Civil e Geotécnico, D. Sc. 
Reg. CREA PA/AP 9736 – D 1ª Região. 
 81 
 
h
b
d
x
b0
 
n
1
t
b
b0
h
d
 
 
d a 0,5.d x 
0,7.h a0,5.h b
6
h
 a 
8
h
 d
12
h
 a m 0,3 b0
≅
≅
≅
≅
 
15 a 10 n 
 t d
6
h
 t 
3
h
 b
≅
≅
≅
≅
 
 
 
 
b0
1
n
h
x
y
d
b
z
 
0,7.h a0,4.h b m 0,6 z 50 n 
10
h
 a 
12
h
 y d 
8
h
 a 
10
h
 x m 0,3 a 0,2 b0
≅≥≅
≅≅≅≅
 
Rideci Farias. 
Engenheiro Civil e Geotécnico, D. Sc. 
Reg. CREA PA/AP 9736 – D 1ª Região. 
 82 
Exercício 5.3. Dimensionar uma estrutura de contenção para o corte a ser executado 
mostrado na Figura 5.11. Adote os parâmetros, de forma coerente, que julgar necessário. 
Detalhe também um sistema de drenagem com o objetivo de se evitar o acúmulo de água 
atrás do muro. 
q = 15 kPa
γγγγ = 1,8 t/m3
φφφφ = 35º
δδδδ = 26º 5,5 m
σ σ σ σ adm do terreno de fundação
= 3,5 kg/cm2
 
Figura 5.11

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