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Empreendedorismo
1ª edição
2017
Empreendedorismo
3
8Unidade 8
Incubadoras e aceleradoras 
de empresas
Para iniciar seus estudos
Nesta unidade, falaremos sobre empreendedorismo e trataremos sobre o 
funcionamento e os processos existentes nas incubadoras e nas acelera-
doras. Ambas possuem ambientes importantes para o desenvolvimento 
de uma ideia, mas existem diferenças significativas entre elas e é isso que 
será apresentado a você. Vamos lá?
Objetivos de Aprendizagem
• Apresentar os processos que envolvem o funcionamento das incuba-
doras e aceleradoras.
4
Empreendedorismo | Unidade 8 - Incubadoras e aceleradoras de empresas
8.1 Incubadoras: em que momento o empreendedor pode 
procurá-las
Figura 8.1 – Representação de ideia
Legenda: Ideia.
Fonte: http://br.123rf.com/search.php?word=incubar+uma+ideia&imgtype=0&t_word=incubating+an+idea&t_
lang=br&oriSearch=u&srch_lang=br&sti=mlqtmfswinuwg7rhqf|&mediapopup=26741961.
Há muito tempo, existem incubadoras de empresas no Brasil. Algumas delas fazem parte de políticas e progra-
mas governamentais e outras estão mais vinculadas aos centros de pesquisas nas universidades.
As incubadoras, por meio dos recursos públicos de fomento, selecionam e apoiam pequenas empresas que pre-
tendem desenvolver determinado produto ou serviço e que fazem parte de um setor econômico que o governo 
tem prioridade de investimento.
Em geral, há um direcionamento para o tipo de empresa e de iniciativa a ser apoiada e, por tratar-se de política 
pública, há vantagens e desvantagens. Das vantagens, as principais são conseguir aportes de capital e ter o apoio 
necessário para alavancar a empresa. Das desvantagens, a principal é o risco de descontinuidade de determinada 
política e, portanto, em alguns casos, o risco de encerramento da verba para a empresa.
Geralmente, as estratégias estão vinculadas a programas estaduais, municipais e federais 
que, em conjunto, têm como estratégia desenvolver determinada região do país, do estado 
ou do município.
 
5
Empreendedorismo | Unidade 8 - Incubadoras e aceleradoras de empresas
Para entender o conceito das incubadoras, vamos adotar uma definição do Sebrae (2016).
As incubadoras de empresas são instituições que auxiliam micro e pequenas empresas nascentes 
ou que estejam em operação, que tenham como principal característica a oferta de produtos e 
serviços no mercado com significativo grau de inovação. 
Figura 8.2 – Reunião de suporte
Legenda: Representação de incubadoras no suporte empresarial.
Fonte: http://br.123rf.com/photo_51078469_alto,-%EF%BF%BDngulo-de-equipe-criativa-sentados-em-torno-
-da-mesa-que-discute-id%EF%BF%BDias-de-neg%EF%BF%BDcios.-time-de-ra%EF%BF%BDa-mista-.html?term=idea
&vti=lwq8wjwk6ywt26wwrw.
Ainda de acordo com o Sebrae (2016), as incubadoras oferecem: 
[...] suporte técnico, gerencial e formação complementar ao empreendedor e facilitam o processo 
de inovação e acesso a novas tecnologias nos pequenos negócios.
Outro ponto de apoio muito importante para as empresas incubadas é que:
[...] além de receberem suporte gerencial, administrativo e mercadológico, recebem apoio técnico 
para o desenvolvimento do seu produto. Com isso, o empreendimento pode ser acompanhado 
desde a fase de planejamento até a consolidação de suas atividades com a consultoria de espe-
cialistas (SEBRAE, 2016).
E as empresas incubadas têm também a possibilidade de receber apoio em infraestrutura, pois as incubadoras:
Geralmente ofertam ainda espaço físico especialmente construído ou adaptado para alojar 
temporariamente os empreendedores – chamados neste momento de empresas incubadas – e 
promovem acesso a serviços que as empresas dificilmente encontrariam agindo sozinhas e sem 
orientação adequada no mercado (SEBRAE, 2016).
Então, em geral, costuma ser bem aceito o apoio vindo das incubadoras. Mas, é claro, aceitar entrar no processo 
dependerá da vontade e da disposição do empreendedor.
6
Empreendedorismo | Unidade 8 - Incubadoras e aceleradoras de empresas
Logo mais à frente, veremos algumas características das incubadoras e, por isso, é importante compreender que 
sim, o empreendedor tem que ter perfil e principalmente muita disponibilidade para desenvolver projetos em 
incubadoras, pois, de modo geral, são processos conservadores e burocráticos. Isso é bom, é claro, mas, se o 
empreendedor não tem esse perfil, não será uma experiência boa para ele.
Por isso, não é indicado buscar uma incubadora apenas pela possibilidade de conseguir o recurso financeiro. É 
mais do que isso. É aceitar trilhar um caminho empresarial, sendo que, no período da incubação, não há muita 
autonomia para buscar novos projetos para a empresa. É um período de cumprir contrato e desenvolver a paci-
ência para, principalmente, aprender muitas dinâmicas importantes para o futuro da empresa.
O autor Gitahy (2015) preparou um material para o Sebrae no qual cita algumas características das incubadoras:
• Normalmente, incubadoras buscam apoiar pequenas empresas de acordo com alguma diretiva gover-
namental ou regional. Por exemplo, incentivar projetos de biotecnologia devido à proximidade de algum 
centro de pesquisa nessa área, ou fomentar a indústria de telecomunicações em uma região que precisa 
de expansão nesse setor. [...]
• Incubadoras pedirão seu plano de negócio [...] – a verba pública que normalmente apóia as incubadoras 
pede maior formalidade e transparência na avaliação de projetos, além de terem mais critérios ao avalia-
rem um plano completo. 
• Incubadoras têm gestores com experiência em mediar o poder público, as universidades e empresas. [...] 
Incubadoras [aproveitam] a disponibilidade de verbas públicas em editais, tanto para si próprias como 
também para os incubados.
• [...] as incubadoras são fortemente baseadas no modelo tradicional de consultores, que são contratados 
para apoiar incubados com um preço descontado (pois irão atender um volume maior de empresas).
O autor ainda aconselha: “[...] se o seu modelo de negócios é baseado na economia tradi-
cional, procure uma incubadora” (GITAHY, 2015). Mesmo assim, as próprias incubadoras 
estão atualizando o perfil de empresas que irão atender e cada vez mais existe a busca por 
empresas que tenham a inovação em seus processos ou produtos.
Finalizamos esse item sobre as incubadoras e vamos seguir para o próximo item, no qual você entenderá sobre 
as aceleradoras.
Saiba mais sobre a quantidade e perfil das incubadoras no Brasil no site: <http://anprotec.
org.br/site/menu/incubadoras-e-parques/>
7
Empreendedorismo | Unidade 8 - Incubadoras e aceleradoras de empresas
8.2 Aceleradoras: de que maneira utilizar seus processos
Figura 8.3 – Aceleração de processos
Legenda: Representação de aceleradoras.
Fonte: http://br.123rf.com/photo_19590189_empres%EF%BF%BDrio-um-empres%EF%BF%BDrio-de-sucesso-
lan%EF%BF%BDando-para-cima,-a-papelada-voando-por-toda-parte.html?term=accelerator&vti=n8ble77sx5dgu7
5us6.
A disseminação das atividades das aceleradoras vem ganhando destaque de maneira mais intensa nos últimos 
cinco anos. 
Quando buscamos entender sobre um assunto, é importante nos atermos ao conceito. Um dos autores importan-
tes nesse assunto define as aceleradoras como sendo organizações de fomento e investimento que estão mais:
[...] focadas não em uma necessidade prévia, mas sim em empresas que tenham o potencial para 
crescerem muito rápido. Justamente por isso, aceleradoras buscam startups escaláveis e não 
somente uma pequena empresa promissora (GITAHY, 2015).
Compreender essa dinâmica é fundamental para que você, futuro empreendedor, ou você, futuro gestor, tenha 
condições de adotar a melhor estratégia para seu projeto e seu negócio.
Na prática, a diferença pode parecer sutil, já que, como vimos anteriormente, as incubadoras apoiam projetos 
com grau cada vez maiorde inovação. As aceleradoras apoiam exclusivamente os projetos vinculados à inovação 
e ao alto impacto.
8
Empreendedorismo | Unidade 8 - Incubadoras e aceleradoras de empresas
Glossário
Alto impacto – “Ser um empreendedor de alto impacto significa revolucionar indústrias 
e o meio em que atua, gerar renda e oportunidades de trabalho, proporcionar mobilidade 
social e inspirar as próximas gerações de empreendedores” (ENDEAVOR). 
Link: http://info.endeavor.org.br/ebook-conselhos-empreendedor-alto-impacto
O autor Gitahy (2015) preparou um material para o Sebrae onde cita algumas características das aceleradoras:
• [são focadas] em empresas que tenham o potencial para crescerem muito rápido.
• Aceleradoras estudarão seu modelo de negócio. [Em alguns casos,] aceleradoras podem apostar somente 
em uma boa ideia.
• [...] são lideradas por empreendedores ou investidores experientes [...]. Isso é devido às aceleradoras usa-
rem capital privado para seu próprio financiamento [...].
• [...] são fortemente apoiadas em sessões de mentoring – seja em palestras ou conversas pessoais entre 
empreendedor e mentor.
Por isso, é recomendado que, se a empresa tiver o perfil de startup com um projeto inovador, ela apresente seu 
projeto para uma aceleradora.
Se sua startup está em busca de uma inovação radical ou de um modelo de negócios escalável e 
repetível, procure uma aceleradora. [...] as aceleradoras que entraram recentemente em operação 
no Brasil ainda têm um bom caminho a percorrer para provarem sua eficiência (GITAHY, 2015).
Por último, é importante ressaltar que da mesma forma que ocorre com as incubadoras, ao selecionar uma ace-
leradora, o empreendedor tem que tomar cuidado na escolha do tipo de recurso que receberá, bem como qual o 
tipo de contrato que será firmado.
Para o caso do contrato, o investidor será mentor ou entrará com recurso financeiro? Enfim, é preciso saber qual 
será o tipo de apoio a ser recebido para que não haja nenhum arrependimento pela negociação feita, pois, em 
muitos casos, o modelo de contrato leva investidor e empreendedor a tornarem-se sócios.
Por isso, é importante analisar bem o perfil de investimento que o empreendedor necessita 
e até que ponto ele está disposto a seguir quando o assunto é tanto incubação quanto 
aceleração.
Finalizamos esse item com o assunto das aceleradoras. No próximo tópico, você verá outras possibilidades de 
financiamento e diversas fontes. 
9
Empreendedorismo | Unidade 8 - Incubadoras e aceleradoras de empresas
Saiba mais sobre a quantidade e o perfil das aceleradoras no Brasil no site:
<https://startupi.com.br/ecossistema/>.
8.3 Fontes de financiamento
As diversas opções de financiamentos disponíveis no mercado são desenvolvidas para atender a diferentes 
necessidades e a diferentes perfis de empreendimentos e empreendedores.
A escolha do tipo de capital vai depender do momento da empresa, pois cada uma das fontes apresenta possibi-
lidades de financiamento que podem garantir o sucesso nas várias etapas do empreendimento.
Por isso, é imprescindível que o empreendedor responda a pelo menos três perguntas antes de buscar um finan-
ciamento, de acordo com o Guia para busca de financiamentos elaborado pelo Sebrae (2015, p.10):
Figura 8.4 – Destaque das perguntas para um empreendedor
Quanto – 
É necessário 
captar R$ ...
Como – 
As parcelas serão 
pagas com ...
Para que – 
Os recursos 
serão utilizados 
para ...
Legenda: Perguntas sobre financiamento.
Fonte: http://www.123rf.com/search.php?word=infographic+&imgtype=&Submit=+&t_word=&t_lang=en&orderby=0&sti
=mae87lyk2rrxyg66ct|&mediapopup=56488322.
Ter clareza dessas respostas é fundamental para ter certeza da necessidade do capital a ser captado, em que ele 
será utilizado e de que maneira será pago, e, desse modo, evitar endividamentos desnecessários.
As fontes e os tipos de financiamentos são bem diversificados, então, para facilitar nossa abordagem nessa aula, 
foram separadas seis fontes de financiamentos que costumam ser as mais utilizadas:
10
Empreendedorismo | Unidade 8 - Incubadoras e aceleradoras de empresas
1. Capital próprio – empreendedores que iniciam um negócio com pouco investimento e capital próprio, 
sem ajuda financeira externa. A entrada de capital nessa etapa só ocorre com a chegada dos clientes. 
2. Capital de amigos e familiares – tem baixo custo e reforça-se na relação de confiança entre amigos e 
familiares, sendo uma fonte de empréstimo rápida e fácil de adquirir, não existindo a burocracia de ins-
tituições.
3. Crédito bancário – tem como vantagem a segurança na transação, mas a desvantagem de o empreen-
dedor iniciante ter dificuldade em adquirir o crédito bancário, que, normalmente, possui exigências de 
garantias patrimoniais, elevadas taxas de juros e aumento do risco da empresa.
4. Linhas de fomento e subvenção governamental – são instituições públicas que têm como missão o 
fomento à inovação, à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico nas áreas de saúde, ciência e tecnolo-
gia. Apresentam projetos específicos para empresas iniciantes, startups, programas de aceleração, ações 
essas realizadas por meio de editais públicos.
5. Crowfunding – novo no Brasil, mas em ascensão, tendo como público-alvo empresas nascentes, trata-
-se de um investimento coletivo para arrecadar fundos que viabilizem a ideia de pequenos negócios ou 
startups. As doações não caracterizam a formação de sociedade na empresa.
6. Capital de risco – nessa modalidade, os investidores investem nas empresas inovadoras esperando 
ganhar taxas de retorno elevadas e participação nos lucros, apostando no crescimento da empresa. A 
dinâmica, nesse caso, é de risco e retorno, e, naturalmente, os investidores esperam um retorno maior do 
que aquele obtido nas aplicações do sistema financeiro.
De todos esses tipos de financiamento, o capital de risco é um dos mais utilizados por empresas mais inovadoras. 
Vejamos, na figura a seguir, cada tipo de capital de risco, com sua faixa de investimento, tempo médio de investi-
mento, participação média da fonte financiadora na empresa e o tempo de vida da empresa.
Figura 8.5 – Tipos de capitais de risco
Descrição Investidores Anjos
Venture Capital 
Early Stage
Venture Capital 
Lter Stage
Private Equity
Faixa de 
investimento (R$)
10 mil a 1,5 mi 1 mi a 9 mi 7 mi a 30 mi > 30 mi
Tempo médio de 
investimento
3 a 6 anos 5 a 7 anos 5 a 7 anos 2 a 7 anos
Participação 
média
1% a 10% 20% a 30% 30% a 40% > 50%
Tempo de vida 
da empresa
1 a 12 meses 3 a 5 anos 3 a 5 anos mais de 5 anos
Legenda: Caracterização dos financiamentos de capital de risco.
Fonte: Endeavor Brasil (2014).
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Empreendedorismo | Unidade 8 - Incubadoras e aceleradoras de empresas
Para aprofundar-se no assunto de financiamento, o Sebrae disponibiliza a cartilha Como 
obter financiamento. Acesse em: <http://www.bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUI-
VOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/c30a4bc89ae4a6ce6c8a9df7a2f0a6e5/$File/5868.pdf>.
Ainda, para detalhar as modalidades desse tipo de financiamento, denominado capital de risco, apresenta-se as 
três mais difundidas:
• Investidor anjo – são indivíduos ou grupos que investem como pessoa física em startups em fase ini-
cial de operação. Geralmente, o investidor anjo possui know-how sobre determinado mercado, por isso, 
busca apoiar empresas em setores que conhece.
• Venture capital ou VCs – apoiam empresas de pequeno e médio porte já estabelecidas e com potencial 
de crescimento, com duração média de cinco a sete anos. Os recursos investidos financiam as primeiras 
expansões, levando o negócio a novos patamares no mercado.
• Private equity – disponibilizado para empresas já estabelecidas no mercado e que conseguem alcançar 
faturamentos anuais na casa das dezenas ou centenas de milhões de reais. Caracteriza-se porinves-
timentos altos, por essa razão, o fundo financiador também costuma tornar-se sócio majoritário do 
empreendimento e pode até indicar alguns diretores.
Vamos alguns exemplos de instituições que trabalham com capital de risco na tabela a seguir.
Tabela 8.1 – Instituições financiadoras
Nome e/ou sigla 
da instituição
Descrição da instituição
Associação Brasileira de 
Private Equity e Venture 
Capital - ABVCAP
Instituição sem fins lucrativos, fundada em 2000, desenvolvimento da atividade 
de investimento de longo prazo no país nas modalidades abrangidas pelos con-
ceitos de private equity, venture e seed capital. Como entidade representativa da 
indústria de capital empreendedor, a ABVCAP defende os interesses dos inte-
grantes da indústria junto a instituições públicas e privadas, nacionais e estran-
geiras, em busca de políticas públicas cada vez mais favoráveis ao fomento des-
ses investimentos no país. 
Missão: Desenvolvimento, crescimento sustentável e integração de mercados - 
Além de ampliar e aprimorar as várias frentes de investimento de longo prazo no 
Brasil, em sintonia com as práticas internacionais, quando aplicáveis, destaca-se, 
na missão da ABVCAP, sua integração estratégica ao mercado de capitais, como 
propulsor e reciclador de ativos/empresas das bolsas de valores.
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Empreendedorismo | Unidade 8 - Incubadoras e aceleradoras de empresas
SP Angels
Grupo de investidores Anjo, formado por profissionais seniores, com larga expe-
riência em gestão empresarial. Acumulam anos de conhecimento em várias 
indústrias e processos de negócios, e com interesse em apoiar empreendedores 
a realizar sonhos, aportando capital financeiro e capital intelectual por meio da 
busca por empresas em estágio inicial, inovadoras e com alto potencial de cres-
cimento.
Endeavor
A Endeavor é a organização de apoio a empreendedores de alto impacto ao redor 
do mundo. São empreendedores que sonham alto e que são capazes de criar 
empresas que fazem a diferença e crescem continuamente, prosperam e empre-
gam milhares de pessoas. Atualmente, a Endeavor é a organização líder no apoio 
aos empreendedores de alto impacto ao redor do mundo. Presente em mais de 
20 países, e com 8 escritórios em diversas regiões do Brasil.
Anprotec
A associação Nacional de entidades promotoras de empreendimentos inova-
dores – ANPROTEC foi instituída em 1987, e seu art. 4º do estatuto apresenta 
como finalidade congregar e apoiar entidades que atuem na criação, no desen-
volvimento ou na operação de empreendimentos de incentivo à inovação e ao 
empreendedorismo, incluindo incubadoras de empresa, aceleradoras de negó-
cios, parques e polos científicos, tecnológicos e de inovação, tecnópoles e simi-
lares, estes em conjunto doravante denominados de mecanismos para a inova-
ção, almejando o desenvolvimento social, econômico, científico e tecnológico 
do Brasil.
Legenda: Tabela explicativa com as instituições financiadoras.
Fonte: Organizada pela autora (2017).
É importante citar também os programas governamentais de apoio aos empreendedores que com certeza têm 
potencializado e motivado a criação e o fortalecimento das empresas brasileiras. 
Nesses últimos anos, o governo brasileiro deu passos fundamentais para o avanço no desenvolvimento tecno-
lógico de empresas privadas por meio de linhas de crédito específicas para financiar projetos com atividades 
de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P,D&I). Entre as principais instituições da administração direta que 
desenvolvem esse projeto, estão a FINEP, o CNPQ, o Sebrae e o BNDES.
Na tabela a seguir, consta uma breve descrição dessas instituições.
13
Empreendedorismo | Unidade 8 - Incubadoras e aceleradoras de empresas
Tabela 8.2 – Instituições de apoio a Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação
Nome e/ou sigla 
da instituição
Descrição da instituição
Financiadora 
de Estudos e Projetos – 
FINEP
É uma instituição vinculada ao Ministério de Ciência e Tecnologia e Inovação 
(MCTI). Tem como missão promover e financiar a inovação e a pesquisa científica 
e tecnológica em empresas, universidades, institutos tecnológicos, centros de 
pesquisa e outras instituições públicas ou privadas, mobilizando recursos finan-
ceiros e integrando instrumentos para o desenvolvimento econômico e social do 
Brasil. 
É, atualmente, a principal agência de suporte à inovação de produtos, processos 
e serviços no país. Ela trabalha em parceria com empresas, institutos e centros 
de pesquisa, organismos governamentais, agências multilaterais internacionais, 
investidores e entidades do terceiro setor. A atribuição de financiar todo o sis-
tema de Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T&I), combinando recursos reembol-
sáveis com recursos não reembolsáveis, proporciona à FINEP um grande poder 
de indução de atividades essenciais para o aumento da competitividade do setor 
empresarial brasileiro. A cobertura da FINEP abrange: 
• pesquisa básica nas universidades;
• pesquisa aplicada nos institutos de pesquisa;
• atividades de inovação nas empresas.
Conselho Nacional 
de Desenvolvimento 
Científico e Tecnológico 
-CNPq
É uma agência vinculada ao Ministério de Ciência e Tecnologia e Inovação MCTI) 
destinada ao fomento da pesquisa científica e tecnológica e à formação de 
recursos humanos para a pesquisa no país.
Banco Brasileiro de 
Desenvolvimento 
Econômico e Social – 
BNDES
Contempla financiamentos de longo prazo e juros competitivos, para o desen-
volvimento de projetos de investimentos e para a comercialização de máquinas 
e equipamentos novos, fabricados no país, bem como para o incremento das 
exportações brasileiras. Contribui, também, para o fortalecimento da estrutura 
de capital das empresas privadas e desenvolvimento do mercado de capitais. 
Missão: servir de instrumento para o desenvolvimento econômico e social do 
país. Para tanto, atua como agente de mudanças, com visão de longo prazo, 
tendo como objetivo a construção de uma economia competitiva em benefício 
da população brasileira. 
O BNDES realiza financiamento de longo prazo, subscrição de valores mobiliários 
e prestação de garantia, atuando por meio de Produtos e Fundos, conforme a 
modalidade e a característica da operação. Os três mecanismos de apoio (finan-
ciamento, valores mobiliários e garantias) podem ser combinados numa mesma 
operação financeira, a critério do BNDES.
Também são oferecidos Programas de Financiamento que podem se vincular a 
mais de um produto e visam a atender a demandas específicas, apresentando 
prazo de vigência e dotação previamente estabelecidos.
Legenda: Quadro explicativo com os dados das instituições de apoio a PD&I.
Fonte: Organizada pela autora (2017).
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Empreendedorismo | Unidade 8 - Incubadoras e aceleradoras de empresas
Das linhas de crédito ofertadas por essas instituições, encontram-se duas modalidades importantes: as reem-
bolsáveis e as não reembolsáveis.
• Das reembolsáveis - são recursos financeiros obtidos em condições mais vantajosas (taxa, carência e 
amortização), porém, devem ser devolvidos. São direcionados a projetos de inovação. Os órgãos que dis-
ponibilizam esses recursos são a FINEP e o BNDES e suas linhas de crédito estão abertas o ano todo, inde-
pendentemente da abertura de editais.
• Das não reembolsáveis - é a concessão de recursos que não precisarão ser devolvidos. Esses recursos 
podem ser disponibilizados pela FINEP, pelo BNDES e pelo CNPQ e o acesso se dá por meio de editais 
específicos.
Das vantagens e desvantagens de cada linha de crédito pode-se citar, principalmente, qual é a urgência do 
recurso para o empreendedor. Sim, esse é o fator crítico mais importante, pois, para o caso dos recursos não 
reembolsáveis, só será possível o acesso a esse tipo de verba eventualmente, por meio de editais que, na maioria 
das vezes, são bem concorridos.Já o acesso aos recursos reembolsáveis tem fluxo contínuo, ou seja, as instituições recebem as solicitações ao 
longo de todo o ano, mas, por terem taxas de juros mais baixas, certamente a análise não á tão rápida. 
Por isso, a urgência com a qual o empreendedor necessita de determinado recurso é que acaba sendo a principal 
diretriz. Se houver demora, ele irá recorrer a empréstimos bancários, nos quais as análises costumam ser mais 
rápidas, porém, com taxas de juros mais elevadas.
A título de exemplo, para você entender como verificar qual tipo de linha de crédito a empresa pode solicitar, a 
consultoria Sogedev (2016) cita as seguintes linhas disponibilizadas nos editais.
Tabela 8.3 – Linhas de crédito para fomento à inovação
Orgão Linha Destino
FINEP / BNDES
PAISS
Novas tecnologias industriais destinadas ao processamento da 
biomassa oriunda da cana-de-açúcar
Inova Petro Cadeia produtiva das indústrias de petróleo e gás natural
CNPq RHAE Contratação de mestres e doutores por empresas brasileiras
Fonte: Adaptada de Sogedev (2016). 
Se a empresa tiver algum desses perfis de projetos, pode, sim, preparar uma proposta para ser analisada junto a 
uma dessas instituições.
15
Empreendedorismo | Unidade 8 - Incubadoras e aceleradoras de empresas
Para saber mais sobre essas instituições, consulte os portais oficiais:
FINEP: http://www.finep.gov.br/.
BNDES: http://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home
CNPq: http://cnpq.br/
Anprotec: http://anprotec.org.br/site/ 
Por fim, vale lembrar a importância de inserir a inovação nos processos empresariais, pois o tema está ganhando 
cada vez mais espaço e relevância no âmbito dos negócios. Para tanto, há busca por possibilidades de desenvol-
vimento nas mais diversas áreas incluído a área tecnológica das empresas.
Além disso, a inovação tem sido prioridade em programas e políticas do governo brasileiro, que tem estabelecido 
diversos mecanismos de incentivo, com ações e programas voltados ao investimento em Ciência, Tecnologia e 
Inovação (C,T&I). 
Nota-se também ações conjuntas, que acontecem por meio de iniciativas públicas e privadas, em um esforço 
para identificar, apoiar e até mesmo financiar empreendimentos ou iniciativas inovadoras.
Atualmente, estão disponíveis no mercado diferentes formas de financiamento que buscam alavancar as orga-
nizações para o sucesso. As opções encaixam-se em empresas de diferentes perfis, havendo alternativas de 
financiamento para empresas nascentes e também para empresas já consolidadas no mercado, ou empresas 
tradicionais.
A escolha da melhor fonte de financiamento para a empresa entre as tantas opções existentes no mercado requer 
análise dos empreendedores. Por exemplo: optar por um financiamento não levando em consideração apenas a 
taxa de juros, mas também a capacidade e a necessidade reais da empresa para assumir tal compromisso é um 
fator primordial para o sucesso da transação.
O sonho de todo empreendedor é colocar a ideia no mercado e consolidá-la de forma rápida e lucrativa, para 
tanto, às vezes é necessário recorrer a fontes de recursos externas para tornar o seu sonho realidade.
Investir dinheiro de fonte externa deve ser uma opção para potencializar o crescimento da empresa. Deve-se 
fazer uma análise de forma estratégica na empresa, definir quanto se precisa, onde conseguir a melhor fonte de 
financiamento, qual o capital de giro necessário para a saúde da empresa; essas são questões fundamentais para 
que a organização aproveite ao máximo esse investimento. Por fim, fica claro que muitos esforços têm sido feitos 
no sentido de investir e desenvolver mecanismos mais diversificados e que possam apoiar e financiar o empreen-
dedor que esteja iniciando e aquele já consolidado no mercado. 
Finalizamos aqui nossa disciplina sobre empreendedorismo e também nossa unidade sobre “Incubadoras e 
aceleradoras de empresas”, na qual também discutimos sobre as fontes de financiamento disponíveis para as 
empresas. 
16
Considerações finais
Nesta aula, tivemos a oportunidade de apresentar conceito, diferenças e 
vantagens e desvantagens das incubadoras e aceleradoras de empresas. 
Você viu também as diversas fontes de financiamento para as empre-
sas brasileiras e de que maneira você pode tanto escolher a instituição 
quanto o melhor tipo de recurso que melhor atenda à necessidade do seu 
projeto ou da sua empresa.
Referências bibliográficas
17
ASSOCIAÇÃO Brasileira de Private Equity e Venture Capital. Quem Somos. 
Disponível em: <http://www.abvcap.com.br/associacao/quem-somos.
aspx>. Acesso em: 20 fev. 2017.
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