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Aula de Biossegurança

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Wânia Belo Maia - HC/UFPE/FMN-2011.2
BIOSSEGURANÇA
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HOSPITAL
Sua segurança e a segurança dos indivíduos que convivem com você em um determinado ambiente. 
O Hospital é um espaço onde convivem profissionais da saúde que trabalham em benefício dos pacientes; e pacientes que aguardam decisões e atitudes dos profissionais da saúde. 
LABORATÓRIO
LABORATÓRIO
Setor 01
Setor 02
Setor 03
Setor 04
Setor 05
Setor 06
Setor 01
Setor 02
Setor 03
Setor 04
Setor 05
Setor 06
ENFERMARIAS
AMBULATÓRIOS
Setor 01
Setor 02
Setor 03
Setor 04
Setor 05
Setor 06
Biossegurança 
No laboratório são realizados os exames para melhor orientação diagnóstica. A figura mostra um exemplo de divisão de setores.
Laboratório
Setor 01-Bacteriologia
Setor 02-Imunologia
Setor 03-Hematologia
Setor 04-Hemostasia
Setor 01-Bioquímica
Setor 01-Parasitologia/urinálise
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!
Conhecimento científico do risco
Conhecimento dos riscos pelas pessoas
Voluntariedade do risco
Análises dos efeitos 
Severidade das conseqüências
Impacto social e econômico das conseqüências
Os profissionais devem se preocupar com os riscos que enfrentam no dia a dia dos seus trabalhos
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Acidentes por ano
Perda da expectativa de vida
Perda de dias de trabalho
Pessoas expostas
Horas de exposição
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Medidas preventivas
Ações de controle 
Capacitação
Difusão de informação
Requisitos legais
SEMPRE
NOTIFICAR ACIDENTES
TOMAR DECISÕES
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Ruído
Temperaturas extremas
Ultrasom
1000C
Radição
TIPOS DE RISCOS
200C
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Produtos químicos: ácidos, álcalis, gases tóxicos, benzeno etc
Pó químico
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Fungos
Contato com insetos
Sangue
Contato com paciente
Contato com sangue
Contato com bactérias e fungos
Bactérias
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Eletricidade
Armazenamento inadequado
Desorganização
Falta do uso de EPI
Problemas na fiação
RISCO
 DE ACIDENTE
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Stress físico ou psíquico
Posturas inadequadas
Esforços intensos
Esforços repetitivos
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A BIOSSEGURANÇA
DEPENDE DE VOCÊ
A BIOSSEGURANÇA
DEPENDE DAS
 BOAS PRÁTICAS
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LAVAGEM DAS MÃOS
QUANDO DEVO LAVAR AS MÃOS?
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Acesso a área de manipulação de culturas deve ser reduzido durante a manipulação das mesmas 
Nunca pipetar com a boca.
Usar pipetadores automáticos, ou pêras de borracha; 
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Evitar criação de aerossóis 
Descontaminar a superfície de trabalho pelo menos uma vez ao dia e após derramamento de material 
Descontaminar culturas estoques ou lixo biológico antes do descarte (autoclavação); 
Transporte interno de material infeccioso deve ser feito em compartimento fechado de paredes rígidas, resistentes, a prova de vazamento. 
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Proteção pessoal e do ambiente laboratorial
PRÁTICA
LABORATORIAIS. 
ADEQUADAS
USO DE 
EQUIPAMENTOS DE 
PROTEÇÃO
IMUNIZAÇÃO
PROFILÁTICA
SINALIZAÇÃO
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BCG/ Mantoux
Hepatite B
Tétano
Raiva
Rubéola
 Influenza
 Sarampo
 Pólio
 Febre amarela
 Cólera
 Exames Periódicos
Saúde do Trabalhador
 Imunização Profilática
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EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO 
INDIVIDUAL
EPIS
*
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
EPIS
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EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA
COMPARTIMENTOS FECHADOS
LAVA-OLHOS
EPC
CHUVEIRO
CABINES QUIMICAS
CABINES RADIOISOTOPOS
CABINES DE BIOSSEGURANÇA
Classe I
Classe II (A, B1, B2, B3)
Classe III	
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Sinais de Uso Geral 
Radiação
Risco Biológico
Segurança do Trabalho ou CIPA
Material Reciclável
Não Fume
Perigo
Alta tensão
Explosivos
Material inflamável
SINALIZAÇÃO DE RISCO
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EXTINTORES CONTRA INCÊNDIO 
Extintor de Água Pressurizada
Usar em Papel tecido e madeira
Nunca usar: eletricidade e líquidos inflamáveis
Extintor de Pó Químico (CO2)
Usar: líquidos, gases inflamáveis e eletricidade
Nunca usar: papel e metais alcalinos
Extintor de Espuma Química
Usar: líquidos inflamáveis 
Nunca usar: eletricidade
Extintor de Espuma Mecânica
Usar: líquidos, gases inflamáveis e eletricidade
Nunca usar: papel e metais alcalinos
Extintor Sobre Rodas
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O descarte apropriado do lixo é de responsabilidade da instituição que o produziu
 Descarte de resíduos
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 DESCARTE HOSPITALAR
GERAÇÃO E ACONDICIONAMENTO DE RESÍDUOS
COLETA E TRANSPORTE INTERNO
ARMAZENAMENTO
TRATAMENTO
DESTINO FINAL
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Utilização de sacos ou lixeira de diferentes cores
Sistema de separação de lixo para o descarte seletivo
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LIXO COM TRAÇOS DE CONTAMINANTES QUÍMICOS
Resíduos sólidos 
Ponteiras
tubos descartáveis 
luvas
LIXO COM TRAÇOS DE CONTAMINANTES QUÍMICOS
Ácidos
 álcalis
sais inorgânicos solúveis
Resíduos líquidos
Diluir com excesso de água e desprezar na pia
Resíduo sólido / líquido - Material com fenol, acetona, xilol, metanol devem ser separados e armazenados de acordo com suas características químicas e identificado 
Evitar o acumulo no laboratório. Coleta diferenciada através de contrato pela prefeitura local, universidade, indústria para reciclagem e/ou incineração
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VIDRARIA
Seringas/agulhas, lâmina bisturi, navalha, pipeta de Pauster, tubo capilar
MATERIAL PÉRFURO-CORTANTE
Vidraria quebrada deve ser coletada em lixo de paredes rígidas (plástico). Vidros utilizados para estocagem de químicos devem ser lavados, terem oseu rótulo removido antes de desprezado e/ouencaminhado ao fornecedor para reciclagem através de contrato
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 Lixo sólido não vidro
Material descartável, ponteiras e tubos, agar, luvas 
Autoclavação e descarte em lixo 
MATERIAL BIOLÓGICO
 Plásticos e vidraria
Vidros usados em cultura, tubos de centrífugas não descartáveis, pipetas de vidro etc
Desinfetante: 5% cloro por 12 horas, 
 Meio de cultura
Desinfectante: Hycolin, Decon por 12 horas e descarte no esgoto com excesso de água
NÃO usar cloro, pois ao reagir com proteínas liberam gás cloro que é tóxico
Lixo comum
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Animais
Culturas
Perfuro-cortantes
contaminados
 Descarte
Sangue
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Barreira primária:
Boas práticas
Esquema de vacinação
Barreira secundária:
Desenho estrutural
Rotinas de trabalho
Equipamentos de proteção
Individual
Coletiva
Atividade
Indivíduo
Ambiente
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A 
BIOSSSEGURANÇA 
DEPENDE DE NÓS
. Biossegurança é um conjunto de procedimentos, ações, técnicas, metodologias, equipamentos e dispositivos capazes de eliminar ou minimizar riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. Assim, normas de biossegurança englobam todas as medidas que visam evitar riscos físicos (radiação ou temperatura), ergonômicos (posturais), químicos (substâncias tóxicas), biológicos (agentes infecciosos) e psicológicos (estresse). Diante destes fatos, há necessidade que os laboratórios, sob o ponto de vista das instalações, da capacitação dos recursos humanos e da dinâmica de trabalho, estejam perfeitamente adequados e permitam a eliminação ou minimização desses riscos para o trabalhador e para o ambiente. 
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Devido ao fato do profissional de saúde está frequentemente exposto a riscos biológicos e de produtos químicos, cujo enfrentamento está intimamente ligado à adequação das instalações do ambiente de trabalho e na capacitação técnica desses profissionais. As medidas de biossegurança específicas devem ser adotadas por laboratórios e aliadas a um amplo plano de educação baseado nas normas nacionais e internacionais quanto ao transporte, conservação e manipulação de materiais biológicos. Por mais que os laboratórios apresentem boas condições de trabalho é de crucial importância que os profissionais tenham a consciência e entendam que é dever dos mesmos utilizar as práticas de biossegurança. Pois com a adoção destas medidas ele estará zelando pela sua saúde, assim como as pessoas envolvidas direta e indiretamente com as suas atividades. O ambiente de laboratório deve ser projetado, dimensionado ou adequado
devidamente de modo a oferecer condições confortáveis e seguras de trabalho. As áreas de trabalho devem ser definidas com a finalidade de separar as de maior risco (manipulação de produtos químicos e biológicos) daquelas que apresentam menor probabilidade de acidentes (áreas administrativas).
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O imprevisível e diversificado comportamento das doenças infecciosas emergentes tem acarretado a discussão das condições de biossegurança nas instituições de ensino, pesquisa, desenvolvimento tecnológico e de prestação de serviços. Neste cenário, e a partir dos avanços tecnológicos, o profissional de saúde está frequentemente exposto a riscos biológicos e de produtos químicos, cujo enfrentamento está intimamente ligado à adequação das instalações do ambiente de trabalho e na capacitação técnica desses profissionais. O manejo e a avaliação de riscos são fundamentais para a definição de critérios e de ações, e visam minimizar os riscos que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos
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O acidente de trabalho caracteriza-se por uma interação direta, repentina e involuntária entre a pessoa e o agente agressor em curto espaço de tempo. Esse tipo de acidente está relacionado aos riscos ocupacionais, ou seja, aos elementos presentes no ambiente de trabalho que podem causar danos ao corpo do trabalhador, ocasionando doenças ocupacionais adquiridas. 
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No ano de 2006, um protocolo foi elaborado pelo Ministério da Saúde (MS) e pela Coordenação Nacional de Saúde do Trabalhador (COSAT), permitindo o atendimento aos profissionais de saúde que sofrem exposição a material biológico com risco de soro conversão HIV, HBV, HCV, estabelecendo um fluxo de atendimento, tratamento e notificação de casos. 
No ambiente hospitalar existem múltiplos e variados riscos aos trabalhadores da área da saúde². Entre os riscos a que estão expostos sobressaem-se: os agentes físicos ambientais (calor, frio, ruído e radiações); os agentes químicos (detergentes, desinfetantes, medicamentos como os antibióticos de última geração); os agentes biológicos (vírus, bactérias) e as doenças do trabalho (problemas de coluna, estresse, fadiga, hipertensão, etc). 
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Os profissionais devem estar atentos aos diversos tipos de risco nos seus ambientes de trabalho
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Os produtos químicos se não forem adequadamente manipulados e acondicionados podem provocar acidentes muito graves.
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Os acidentes com material biológico devem ser tratados como casos de emergência médica. A exposição em si e a espera dos resultados de exames sorológicos podem provocar um abalo emocional importante. Além disso, durante o período de acompanhamento – quando ainda não está descartada a aquisição de infecção ocupacional, deve ser feita a prevenção secundária, para evitar a possível transmissão para outras pessoas como o uso de preservativos durante as relações sexuais; contra-indicação da doação de sangue, órgãos ou esperma; da gravidez e, em alguns casos, interrupção da amamentação.
As principais causas de acidentes ocupacionais são atribuídas a descarte de seringas, agulhas e bisturis em locais inadequados ou em recipientes superlotados; transporte ou manipulação de agulhas desprotegidas: e também desconexão da agulha da seringa. Segundo Sarquis LMM 1999 a principal causa de acidentes de trabalho em profissionais de saúde está relacionada ao uso de material perfurocortante. Os mais utilizados são bisturis, agulhas, seringas e dispositivos intravenosos para preparar e administrar medicamentos por via endovenosa. 
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A exposição dos trabalhadores ao risco ocupacional é uma realidade muito discutida nos últimos decênios, pois é vivenciada no dia-a-dia de trabalho. Essa problemática impacta diretamente no setor saúde da economia brasileira, uma vez que os trabalhadores são recursos e constituem a base para a viabilização e aplicação dos projetos, das ações e serviços de saúde disponíveis para a população. Nesse contexto, verificamos que é grande o número de trabalhadores de saúde expostos aos riscos de acidentes com fluidos biológicos, pois independente da lotação do trabalhador, seja em Unidade Básica, Unidade de referência, consultórios médicos ou odontológicos, ou Unidade Hospitalar, a rotina destes trabalhadores coloca-os expostos a estes riscos. A desorganização do ambiente de trabalho e a falta de estrutura física também são fatores de risco.
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Além dos riscos físicos e biológicos deve ser dada atenção também ao risco ergonômico. 
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Ambientes laboratoriais geralmente são locais que podem expor as pessoas que nele trabalham ou circulam, a riscos de várias origens. Os profissionais da área de saúde e outros trabalhadores que exercem suas atividades em laboratórios, estão sob risco de desenvolver doença profissional por exposição a agentes infecciosos, radiação, produtos químicos, tóxicos e inflamáveis, entre outros. 
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A biosegurança depende da sua prática cotidiana correta. Como por exemplo, do simples ato de lavar as mãos.Devemos lavar as mãos: Antes e depois de cada coleta de sangue; Quando as mãos estiverem sujas; Antes e após o uso de luvas; Para a preparação de materiais e/ ou equipamentos; Administração de hemocomponentes; Após manuseio de materiais biológicos;Ao deixar o laboratório;Ao chegar na nossa residência.
Técnica para a lavagem das mãos
1) Abra a torneira e molhe as mãos sem encostar-se a pia;
2) Utilize sabão líquido (aproximadamente 2 ml);
3) Ensaboe as mãos começando pelas palmas; esfregando bem o dorso das mãos e limpando com cuidado os espaços interdigitais;
4) A seguir dê atenção ao polegar;
5) Esfregue bem as articulações e unhas;
6) Para finalizar, esfregue os punhos;
7) Enxágüe bem as mãos, eliminando todos os resíduos de sabão e espuma;
8) Enxugue em papel toalha descartável;
9) Feche a torneira, utilizando o papel toalha, sem encostar-se a pia ou torneira, caso esta não possua fechamento automático ou similar, que dispense o uso das mãos.
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Os quadros acima representam boas práticas laboratoriais.
As Boas Práticas de Laboratório exigem que se respeitem diretrizes básicas como: Utilizar proteção apropriada para os olhos quando necessário. Usar outros equipamentos de proteção conforme for necessário. Não usar cabelo solto, quando for longo. Jamais pipetar com à boca solventes ou reagentes voláteis, tóxicos ou que apresentem qualquer risco para a segurança. Usar sempre um pipetador. Evitar a exposição a gases, vapores e aerossóis. Utilizar sempre uma capela ou fluxo para manusear estes materiais. Lavar as mãos ao final dos procedimentos de laboratório e remover todo o equipamento de proteção incluindo luvas e aventais. 
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Respeite sempre as regras do ambiente de trabalho para evitar acidentes.
Nunca consumir alimentos e bebidas no laboratório. A separação de alimentos e bebidas dos locais contendo materiais tóxicos, de risco ou potencialmente contaminados pode minimizar os riscos de ingestão acidental desses materiais. Consumir alimentos e bebidas apenas nas áreas designadas para esta finalidade. Não guardar alimentos e utensílios utilizados para a alimentação nos laboratórios onde se manuseiam materiais tóxicos e perigosos. Não utilizar os fornos de micro-ondas ou as estufas dos laboratórios para aquecer alimentos. A colocação ou retirada de lentes de contato, a aplicação de cosméticos ou escovar os dentes no laboratório pode transferir material de risco para os olhos ou boca. Estes procedimentos devem ser realizados fora do laboratório com as mãos limpas. Aventais e luvas utilizados no laboratório que possam estar contaminados com materiais tóxicos ou patogênicos não devem ser utilizados nas áreas de café, salas de aula ou salas de reuniões. Antes de sair do laboratório, lavar sempre as mãos para minimizar os riscos de contaminações pessoais e em outras áreas. No laboratório sempre devem existir locais para a lavagem das mãos com sabonete ou detergente apropriado e toalhas de papel descartáveis. A limpeza da bancada de trabalho deve ser feita com
álcool a 70% no início e no término das atividades ou sempre que houver necessidade. Quando houver derramamento de material biológico, limpar imediatamente com solução de hipoclorito a 2% em preparação diária.
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Quando o enfoque é o da biossegurança, além dos cuidados normais de boas práticas de laboratório, são necessários procedimentos específicos para minimizar os riscos de acidentes pessoais e de contaminação ambiental. A biossegurança é um processo funcional e operacional de fundamental importância em serviços de saúde. Aborda medidas de Controle de Infecção para proteção da equipe de assistência e usuários em saúde, e tem um papel fundamental na promoção da consciência sanitária na comunidade onde atua. É importante para a preservação do meio ambiente, orientando a manipulação e o descarte de resíduos químicos, tóxicos e infectantes, tendo como principal objetivo a redução geral de riscos à saúde e acidentes ocupacionais. 
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A imunização para os Profissionais da Área de Saúde (PAS) é indicada com o objetivo de proteção deste profissional, interrupção da cadeia de transmissão de doenças infecto-contagiosa, de proteção indireta de doenças e de diminuir o absenteísmo, reduzindo gastos com diagnóstico e tratamento de doenças imunopreveníveis.
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Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) são empregados para proteger o pessoal da área de saúde do contato com agentes infecciosos, tóxicos ou corrosivos, calor excessivo, fogo e outros perigos. A roupa e o equipamento servem também para evitar a contaminação do material em experimento ou em produção. São exemplos: luvas, que são usadas como barreira de proteção prevenindo contra contaminação das mãos ao manipular material contaminado, reduzindo a probabilidade de que microrganismos presentes nas mãos sejam transmitidos durante procedimentos. Os profissionais devem utilizar os EPI (Jaleco, Luvas, Óculos de proteção, Mascaras, Toucas, Sapatos Fechados, etc) para que possam trabalhar de maneira adequada e segura, devendo adotar medidas de rotina, básicas, para prevenção. 
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O uso de luvas não substitui a necessidade da lavagem das mãos porque elas podem ter pequenos orifícios durante o uso, podendo contaminar as mãos quando removidas. Usar luvas de látex SEMPRE que houver chance de contato com sangue, fluídos do corpo, dejetos, trabalho com microrganismos e animais de laboratório. Usar luvas de PVC para manuseio de citostáticos (mais resistentes, porém menos sensibilidade). Lavar instrumentos, roupas, superfícies de trabalho SEMPRE usando luvas. NÃO usar luvas fora da área de trabalho, NÃO abrir portas, NÃO atender telefone. Luvas (de borracha) usadas para limpeza devem permanecer 12 horas em solução de hipoclorito de sódio a 0,1% (1g/l de cloro livre = 1000 ppm). Verificar a integridade das luvas após a desinfecção. NUNCA reutilizar as luvas. Os jalecos são usados para fornecer uma barreira de proteção e reduzir a oportunidade de transmissão de microrganismos. Devem sempre ser de mangas longas, confeccionados em algodão ou fibra sintética (não inflamável). O uso de jaleco é PERMITIDO somente nas ÁREAS DE TRABALHO. NUNCA EM REFEITÓRIOS, ESCRITÓRIOS, BIBLIOTECAS, ÔNIBUS, ETC. Devem ser descontaminados antes de serem lavados. Óculos de Proteção e Protetor Facial (protege contra salpicos, borrifos, gotas, impacto). Máscara (tecido, fibra sintética descartável, com filtro HEPA, filtros para gases, pó, etc.). Avental impermeável. Uniforme de algodão, composto de calça e blusa. Dispositivos de pipetagem (peras de borracha, pipetadores automáticos, etc.).
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Os equipamentos de proteção coletiva são dispositivos utilizados no ambiente laboratorial com o objetivo de proteger os trabalhadores dos riscos inerentes aos processos. Devem: • ser do tipo adequado em relação ao risco que irão neutralizar; • depender o menos possível da atuação do homem para atender suas finalidades; • serem resistentes às agressividades de impactos, corrosão, desgastes, etc., a que estiverem sujeitos; • permitir serviços e acessórios como limpeza, lubrificação e manutenção; • não criar outros tipos de riscos, principalmente mecânicos como obstrução de passagens, cantos vivos, etc. Todos os funcionários devem receber treinamento para uso destes equipamentos, que devem estar em locais de fácil acesso e sinalizados. Equipamento de proteção coletiva (EPCs) possibilitam a proteção do pessoal do laboratório, do meio ambiente e da pesquisa desenvolvida. São exemplos: Cabines de Segurança Biológica constituem o principal meio de contensão e são usadas como barreiras primárias para evitar a fuga de aerossóis para o ambiente. Há três tipos de cabines de segurança biológica: Classe I, Classe II – A, B1, B2, B3. Classe III. FLUXO LAMINAR DE AR. Massa de ar dentro de uma área confinada movendo-se com velocidade uniforme ao longo de linhas paralelas. CAPELA QUÍMICA NB. Cabine construída de forma aerodinâmica cujo fluxo de ar ambiental não causa turbulências e correntes, assim reduzindo o perigo de inalação e contaminação do operador e ambiente. CHUVEIRO DE EMERGÊNCIA. Chuveiro de proximadamente 30 cm de diâmetro, acionado por alavancas de mão, cotovelos ou joelhos. Deve estar localizado em local de fácil acesso. LAVA OLHOS Dispositivo formado por dois pequenos chuveiros de média pressão, acoplados a uma bacia metálica, cujo ângulo permite direcionamento correto do jato de água. Pode fazer parte do chuveiro de emergência ou ser do tipo frasco de lavagem ocular. MANTA OU COBERTOR Confeccionado em lã ou algodão grosso, não podendo ter fibras sintéticas. Utilizado para abafar ou envolver vítima de incêndio. VASO DE AREIA Também chamado de balde de areia, é utilizado sobre derramamento de álcalis para neutralizá-lo.
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As áreas do ambiente de laboratório devem ser adequadamente sinalizadas de forma a facilitar a orientação dos usuários quanto aos riscos existentes e restringir o acesso de pessoas não autorizadas.
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EQUIPAMENTOS PARA CONTROLAR INCÊNDIOS
Os extintores devem estar dentro do prazo de validade e fixados em locais de fácil acesso, como por exemplo, nos corredores, especialmente em locais de maior periculosidade, havendo um extintor a cada 10 metros. Deverá haver à disposição, mangueiras com seus respectivos engates, as quais devem ser periodicamente vistoriadas quanto à integridade e funcionalidade. Em instalações que utilizam muito equipamento elétrico, deve-se ter um maior número de extintores para eletricidade, enquanto em locais que contenham muitos produtos químicos, deverá haver mais extintores PQS. Os dois podem ser utilizados em ambos os casos, porém procurando sempre utilizar o mais adequado.
Extintores de incêndio para produtos químicos (extintores PQS de pó), eletricidade (extintores de CO2) e para papéis (extintores de água pressurizada), deverão estar sempre disponíveis. 
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA incluiu na classificação dos resíduos do CONAMA, mas um grupo; de acordo com a resolução RDC nº 33/2003, os resíduos ficaram classificados em cinco grupos: A, B, C, D e E; no grupo A, os resíduos altamente infectantes; no grupo B, os resíduos químicos; no grupo C, os rejeitos radioativos; no grupo D, resíduos comuns, e no grupo E os resíduos perfuro-cortantes.As principais causas atribuídas aos acidentes com resíduos sólidos são os descartes de seringas, agulhas e bisturis em locais inadequados ou em recipientes superlotados; o transporte ou manipulação de agulhas desprotegidas; e também desconexão da agulha da seringa. Os acidentes ocasionados por picadas de agulhas são responsáveis por 80 a 90% das transmissões de doenças infecciosas entre trabalhadores de saúde. Estudos prospectivos estimam que o risco de transmissão do HIV, após acidente com perfuro-cortantes de paciente-fonte sabidamente positivo, é de 0,3 a 0,5% e, após exposição de membrana mucosa, é de 0,09%. 
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Segundo Política Nacional de Resíduos Sólidos, os resíduos de serviços de saúde são considerados resíduos especiais, exigindo um plano de gerenciamento
e conferindo a responsabilidade ao gerador. Por isso, cada estabelecimento que produz o resíduo, seja público ou privado, deve elaborar um plano de gerenciamento de resíduos no serviço de saúde-PGRSS, a fim de minimizar os riscos com acidentes. Os resíduos dos serviços de saúde são de natureza heterogênea o que levou a necessidade de classificar estes resíduos para a sua segregação. Diferentes classificações foram propostas por várias entidades, incluindo o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), governos estaduais e municipais. EM 1993 o CONAMA visando á melhoria do gerenciamento dos resíduos; publicou a resolução nº5 classificando os resíduos de serviço de saúde em quatro grupos.
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Os profissionais de saúde devem realizar o descarte correto de todos os resíduos em locais adequados, pois esses gestos minimizam bastante o acidentes e contaminação por agentes infecciosos. Cada resíduo tem que ser separado e posto em locais específicos para cada grupo. Os resíduos infectantes do grupo A que apresentam risco potencial à saúde pública e ao meio ambiente, devido à presença de agentes biológicos, devem ser desprezados em sacos brancos. Neste grupo se enquadram, dentre outros: sangue e hemoderivados; meios de cultura; resíduos de laboratórios de análises clínicas; resíduo de unidades de atendimento ambulatorial; etc Resíduos do grupo B, que apresentam risco potencial à saúde pública e ao meio ambiente devido às suas características químicas devem ser desprezados em recipientes plásticos com tampas, identificados, de acordo com a NBR 7500 da ABNT. Enquadram-se neste grupo, dentre outros: a) drogas quimioterápicas e produtos por elas contaminados; b) resíduos farmacêuticos (medicamentos vencidos, contaminados, interditados ou não-utilizados); etc. 
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Os resíduos comuns, ou do grupo D, são desprezados em sacos pretos. São os resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde e ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domésticos, tais como: a) Papel sanitário; d) Resíduos de áreas administrativas; g) Resíduos recicláveis (papel, metal, vidro, plástico). Os resíduos radioativos do grupo C devem ser representados pelo símbolo internacional de presença de radiação ionizante. Enquadram-se neste grupo os materiais radioativos ou contaminados com radionuclídeos, provenientes de laboratórios de análises clínicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia, segundo Resolução CNEN 6.05.
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Os resíduos perfuro-cortantes devem ser descartados separadamente no local onde foi produzido, logo de imediato após o uso e as agulhas descartáveis devem ser acondicionadas junto com as seringas. Os recipientes de coleta devem conter na identificação: a) Inscrição do conteúdo: Resíduo perfurocortante; b) Símbolo internacional de risco biológico com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos, conforme NBR 7500 da ABNT. Ultimamente os serviços de saúde vêm adotando como modelo para seus programas de prevenção de acidentes o conceito de hierarquia de controles usado na higiene do trabalho para priorizar as intervenções de prevenção. Na hierarquia da prevenção de acidentes com perfuro-cortantes, são prioridades, eliminar e reduzir o uso de agulhas e outros perfuro-cortantes onde for possível; e isolar o perigo através do uso de um controle de engenharia no ambiente ou no próprio perfuro-cortante, dessa forma impedindo que o elemento perfurante ou cortante fique exposto em qualquer lugar do ambiente de trabalho. Fazem parte deste controle de engenharia os recipientes, para acondicionamento dos resíduos perfuro-cortantes (grupo E). Estes são desprezados em caixas de papelão rígidas ou recipiente de plástico adequado, ambos com o símbolo de infectante. O coletor para o descarte de perfuro-cortantes existe em várias formas e tamanhos; estes devem ser rígidos, resistentes à ruptura, punctura e vazamento, devendo atender às normas vigentes (NBR 13853/97 da ABNT). 
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Um bom caminho para solucionar e minimizar a grande questão dos resíduos de serviço de saúde e que os profissionais no geral adquiram o exercício do bom-senso aliados a educação e o esclarecimento da população, pois só desta forma aliados a medidas de prevenção do meio ambiente poderá garantir uma melhor qualidade de vida para gerações futuras.
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É importante salientar ainda que diferentemente dos resíduos domiciliares comuns, os serviços de saúde podem apresentar grande quantidade de substâncias químicas – como desinfetantes, antibióticos e outros medicamentos – decorrendo daí também o risco químico, além do mais há uma grande probabilidade desse lixo favorecer a formação de bactérias mutantes quando misturado ao lixo biológico. A questão dos resíduos de serviço de saúde está envolvida também com a saúde dos trabalhadores. 
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A adoção de medidas que visam sistematizar o atendimento, as notificações, a vigilância dos agravos, o incentivo a utilização de equipamentos de proteção individual são as principais estratégias para controle dos acidentes com material biológico. A transmissão de diversos tipos de agentes virais como os vírus da hepatite B(HBV), hepatite C (HCV), o da síndrome da imunodeficiência humana adquirida (HIV) e bacterianos, como Mycobacterium tuberculosis, já foi documentada após acidente pérfurocortante, sendo o sangue humano uma das principais fontes de contágio. A via aérea representa outra forma importante de transmissão, seja pela inalação de aerossóis com o risco de aquisição de varicela, sarampo ou tuberculose, ou pela inalação de partículas maiores, associadas a doenças como difteria e doença meningocócica.
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A fonte de exposição está relacionada a procedimentos com risco de ingestão, de inoculação, de contaminação da pele e/ou mucosas e de inalação de aerossóis. Numerosos procedimentos em laboratórios geram aerossóis que podem causar infecções quando inalados. As gotículas menores de 0,05mm de diâmetro se evaporam em 0,4 segundos e os microorganismos veiculados a estas se mantém em suspensão no ar onde se movem entre Para cuidar de sua segurança, da segurança de seus colegas de trabalho e do meio ambiente, obedeça aos procedimentos básicos de biossegurança em laboratórios. Muitas das atividades aqui descritas para a identificação, a coleta, o preparo, armazenamento e transporte de amostras de sangue fazem parte do seu cotidiano. Faça uma reflexão sobre o que acabou de ler e verifique o que pode ser mantido, modificado e incorporado a seu trabalho e ao seu laboratório para que a sua prática profissional se desenvolva de acordo com os procedimentos técnicos e os cuidados de biossegurança.
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