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RESUMO HISTORIA DA ARTE

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	PEDAGOGIA
SÍNTESE- HISTÓRIA DA ARTE
	
 PERÍODOS E MOVIMENTOS ARTÍSTICOS: SÍNTESE
PRÉ-HISTÓRIA: 25000/ 9000 a.C. Um dos períodos mais fascinantes da história humana. Tudo o que sabemos é o resultado da pesquisa de antrpólogos, historiadores, que reconstruíram a cultura do homem. Utilizavam as pinturas rupestres, isto é feitas em rochedo e no interno das cavernas. Realizavam também trabalhos em escultura. O homem neste período era nômade. Os artistas do Paleolítico Superior realizavam também trabalhos em esculturas, mas tanto na pintura quanto na escultura, nota-se a ausência de figuras masculinas.
EGITO: 4000/ 1200 a.C. Preocupou-se em mostrar toda a riqueza e o poder de seus governantes, destacando-se a arquitetura monumental, a decoração de templos e túmulos com relevos, pintura e estátuas, a confecção de vasos de pedra e a ourivesaria. As figuras seguiam normas da lei da frontalidade. A pintura era harmoniosa, assim como a escultura e arquitetura. Eram utilizadas formas piramidais e simétricas.
GRÉCIA: 776/ 60 a.C. A arte grega ligava-se a inteligência e volta-se para o gozo da vida presente.Contemplando a suas manifestações. Na sua constante busca da perfeição, o artista grego cria uma arte de elaboração intelectual em que predominam o ritmo, o equilíbrio, a harmonia ideal. Eles tem como característica: o racionalismo, amor pela beleza, interesse pelo homem e a democracia. Na pintura destaca-se a arte decorativa da cerâmica, representando cenas mitológicas e costumes gregos.Nas esculturas inspiravam-se nos temas rurais, nos sentimentos humanos, em cenas desportivas e demais aspectos da vida diária. No período arcáico começam a esculpir em mármores, grandes figuras de homens. E no período clássico passam a se preocupar com o movimento nas estátuas, para isso começam a usar o bronze.
ARTE BIZANTINA: Ano 1 ao 476. O mosaico é a expressão máxima do bizantino. Se destinava não só a enfeitar as paredes e abóbodas, mas sim em instruir os fiéis mostrando-lhes cenas da vida de Cristo. Na arquitetura foi colocada a cúpula sobre uma base quadrada, construída sobre tambor cilíndrico que se apoaiava em arcos plenos. A Arte bizantina deixa seu esconderijos nas catacumbas. São construídos mausoléus e templos decorados com mosaicos e pinturas que usam a história do antigo e novo Testamento.
IDADE MÉDIA: 570/ 1306 . Deus era tudo e o homem apenas a criatura sem qualquer valor individual, vivendo sempre numa instituição coletiva, fosse a família, a cavalaria ou a Igreja. A arquitetura em Igrejas do estilo românico se desenvolveu em toda a sua plenitude. Surge assim uma arquitetura abobadada, as paredes sólidas, colunas terminadas em captéis cúbicos. A escultura associada a arquitetura possui um aspecto ornamental. O estilo gótico é identificado como a Arte das Catedrais.e reflete o desenvolvimento das cidades, porém deve-se entender o desenvolvimento da época ainda preso a religiosidade, e caracterizada pela verticalidade e por maior exatidão em seus traços, porém com o objetivo de expressar a harmonia divina. A pintura gótica pretendeu transmitir não apenas as cenas tradicionais que marcam a religião, mas a leveza e a pureza da religiosidade, com o objetivo nítido de emocionar o expectador. Caracterizada pelo simbolismo e naturalismo, utilizou-se principalmnete de cores claras.
RENASCIMENTO: 1308/ 1543. Os elementos da Antiguidade clássica voltam a servir de referência cultural e artística. O humanismo coloca o homem como centro do universo. São características desta época: uso da técnica de perspectiva, uso de conheciemtnos científicos e matemáticos para produzir a natureza com fidelidade. Na pintura novas técnicas passam a ser utilizadas: uso de tinta a óleo, po exemplo, buscava aumentar a ilusão da realidade. A escultura é marcada pela expressividade e pelo naturalismo.A xilogravura passa a ser muito utilizada. 	Entre as pinturas destacam-se Monalisa e a última Ceia de Leonardo da Vinci, A escola de Atenas de Rafael Sanzio, e o teto da Capela Sistina de Michelangelo.
BARROCO E ROCOCÓ: 1660/1800. As obras barrocas rompem o equilíbrio entre o sentimento e a razão, ou entre a arte e a ciência. A arte barroca destaca a cor e não o formato do desenho. As técnicas utilizadas dão um sentido de movimento ao desenho. Os efeitos de luz e sombra são utilizados constantemente como recurso para dar vida e realidade à obra.Os temas que saparecem são : a paisagem, a natureza-morta e cenas da vida cotidiana. As obras mais conhecidas são A Ronda noturna de Rembrandt, As meninas de Dieguo Velásquez, A Descida da Cruz de Rubens. e a Céia em Emaús, de Caravaggio. O estilo rococó é marcado pelas pinturas em tons claros, com linhas e curvas e arabescos. O estilo é decorativo, os artistas conhecidos Jean-Hanoré Fragonard e François Boucher.
NEOCLASSICISMO: 1890. A arte neoclássica busca inspiração no equilíbrio e na simplicidade, bases da criação na Antiguidade. As características marcantes são o caráter ilustrativo e literário, marcados pelo formalismo e pela linearidade, poses escultóricas, com anatomia correta e exatidão nos contornos, temas "dignos" e clareza. A arte neoclassica nasceu na Europa, nas últimas décadas do século XVIII e nas três primeiras décadas do século XIX, foi uma reação ao barroco e ao rococó.Não foi apenas um movimento artístico mas também cultural que refletiu as mudanças que ocorriam na época marcadas pela ascensão da burguesia. Este estilo procurou expressar e interpretar os interesses, a mentalidade e os habitos da burguesia manufatureira e mercantil da época da revolução francesa e do Império Napoleonico. Principais características do Neoclassicismo formalismo e racionalismo, exatidão nos contornos, harmonia do colorido, retorno ao estilo greco-romano, academicismo e técnicas apurada sculto a teoria de Aristóteles, ideal da época : democracia, pinceladas que não marcavam a superfície
ROMANTISMO: 1895 . Segundo Giulio Carlo Argan na sua obra Arte moderna. O Romantismo e o Neoclassicismo são simplesmente duas faces de uma mesma moeda. Enquanto o neoclássico busca um ideal sublime, objetivando o mundo, o romântico faz o mesmo, embora tenda a subjetivar o mundo exterior. Os dois movimentos estão interligados, portanto, pela idealização da realidade (mesmo que com resultados diversos). As primeiras manifestações românticas na pintura ocorreram quando Francisco Goya passou a pintar depois de começar a perder a audição. Um quadro de temática neoclássica como Saturno devorando seus filhos, por exemplo, apresenta uma série de emoções para o espectador que o fazem se sentir inseguro e angustiado. Goya cria um jogo de luz-e-sombra, linhas de composição diagonais e pinceladas "grosseiras" de forma a acentuar a situação dramática representada. Apesar de Goya ter sido um acadêmico, o Romantismo somente chegaria à Academia mais tarde.
O francês Eugène Delacroix é considerado um pintor romântico por excelência. Sua tela A Liberdade guiando o povo reúne o vigor e o ideal românticos em uma obra que estrutura-se em um turbilhão de formas. O tema são os revolucionários de 1830 guiados pelo espírito da Liberdade (retratados aqui por uma mulher carregando a bandeira da França). O artista coloca-se metaforicamente como um revolucionário ao se retratar em um personagem da turba, apesar de olhar com uma certa reserva para os acontecimentos (refletindo a influência burguesa no romantismo). Esta é provavelmente a obra romântica mais conhecida. A busca pelo exótico, pelo inóspito e pelo selvagem formaria outra característica fundamental do Romantismo. Exaltavam-se as sensações extremas, os paraísos artificiais, a natureza em seu aspecto mais bruto. Lançar-se em "aventuras" ao embarcar em navios com destino aos polos, por exemplo, tornou-se uma forma de inspiração para alguns artistas. O pintor inglês William Turner refletiu este espírito em obras como Mar em tempestade onde o retrato de um fenômeno da Natureza é usado como forma de atingir os sentimentossupracitados.
REALISMO : 1870/1899. Fundou uma Escola artística que surge no século XIX em reação ao Romantismo e se desenvolveu baseada na observação da realidade, na razão e na ciência. Como movimento artístico, surgiu na França, e sua influência se estendeu a numerosos países. Esta corrente aparece no momento em que ocorrem as primeiras lutas sociais contra o socialismo progressivamente mais dominador, ao mesmo tempo em que há um crescente respeito pelo fato empiricamente averiguado, pelas ciências exactas e experimentais e pelo progresso técnico. Das influências intelectuais que mais ajudaram no sucesso do Realismo denota-se a reação contra as excentricidades românticas e contra as suas idealizações da paixão amorosa. A passagem do Romantismo para o Realismo corresponde uma mudança do belo e ideal para o real e objetivo. O Realismo na pintura : Principais pintores realistas: Édouard Mane,t Gustave Courbet, Honoré Daumier, Jean-BaptisteCamille Corot, Jean-François Millet.
IMPRESSIONISMO: 1880/1890. É o marco da arte moderna porque é o início do caminho a abstração. Mostra o instante em que a ação está acontecendo, criando novas maneiras de captar a luz e as cores, e através destes recursos os artistas impressionistas buscavam atingir a realidade. As obras são produzidas ao ar livre para aproveitar a luz natural. A tinta na pintura é misturada diretamente na tela, através de pinceladas largas. Obras mais conhecidas: Impressão, Nascer do Sol, de Claude Monet, A Aula de Dança, de Edgard Degas, O Almoço dos Remadores, de August Renoir.
Introdução
Embora resultante de uma experiência espontânea e localizada, desenvolvida por alguns pintores franceses no final de oitocentos, o Impressionismo rapidamente ganhou uma dimensão internacional, expandindo-se simultaneamente a outras manifestações artísticas, como a fotografia, a literatura, a filosofia, a música, entre outras. Testemunham-no as obras de carácter impressionista do compositor francês Claude Debussy, do escritor Marcel Proust e do filósofo Friedrich Nietzsche. 
Algumas das principais características da estética impressionista, desenvolvidas a partir das experiências precursoras no campo pictórico, denunciam a tendência para o abandono da linguagem ilusionista e objectiva que caracterizava a produção artística académica e oficial, a tentativa de fixar e transmitir a aparência superficial e momentânea da realidade, a dissolução das formas tradicionais, o que anuncia tanto o fim das tendências revivalistas e neo-românticas como o eclodir das linguagens modernas, ligadas ao culto da personalidade criadora e do subjectivismo linguístico. 
Efeitos particulares de cor e de luz são os elementos procurados pelos pintores, mais voltados para quadros de exterior, onde os contornos dos objectos são esfumados. A designação justifica-se porque é evidente a valorização da impressão pura, sem mostras de intelectualização, procurando atingir mais o efeito do que a causa da sensação visual. 
Os artistas que fundaram o grupo impressionista encontravam-se, durante a década de sessenta do século XIX, em Paris, onde estudavam pintura em diferentes academias e ateliers. Entre eles contavam-se Pissaro, Manet, Degas, Cézanne, Sysley, Monet, Renoir e Bazille. 
Abandonando a linguagem académica do estilo oficial assim como os temas tradicionais ligados à representação de cenas históricas ou religiosas, os primeiros trabalhos destes artistas denunciavam uma directa filiação na estética naturalista do grupo de Barbizon, liderado pelo influente pintor de paisagens Gustave Courbet. Destes artistas retomam a preferência por temáticas ligadas à paisagem ou ao quotidiano (geralmente relacionadas com a natureza) assim como o gosto pela observação directa e pela prática da pintura ao ar livre. 
Ainda durante a década de 60, os pintores impressionistas instalaram-se junto à costa, procurando as praias luminosas ao longo do Canal da Mancha, onde desenvolveram pinturas cada vez mais coloridas e fluidas onde transparecem de forma evidente algumas das pesquisas cromáticas dos pintores ingleses Turner e Constable. 
Se os anos sessenta constituíram, para estes pintores, um período de pesquisa intensa em clima de franca colaboração, a década seguinte permitiu a fixação de algumas das coordenadas fundamentais da estética impressionista, de que resultaram uma maior aproximação estética e uma identificável unidade de estilo. 
As exposições colectivas que o grupo realizou em Paris, geralmente à margem dos Salões oficiais, provocaram forte e indignada reacção por parte da opinião pública e dos críticos de arte, ainda imbuídos de um gosto académico de tradição beauxartiana. Numa destas exposições, o jornalista Leroy, um crítico hostil, designou este grupo por impressionistas, termo que derivou de uma tela de Claude Monet intitulada "Impressão, sol nascendo". Reconhecendo a involuntária "perspicácia" do crítico, de imediato os artistas aceitaram e adoptaram este nome para o grupo. 
De entre as principais características gramaticais e formais que ressaltam das obras deste período, salientam-se a tendência para a fragmentação das figuras e dos objectos, a textura densa, a decomposição cromática nos tons puros do espectro e o uso de cores complementares para definir o claro-escuro. Em síntese, uma tentativa de traduzir a realidade através da exaltação empírica e sensual dos valores cromáticos e lumínicos (a partir dum maior conhecimento do fenómeno perceptivo, possibilitado pelos progressos científicos ao nível da óptica e da psicologia da visão), exemplarmente representada pelas séries de quadros que Monet pintou, sobre o mesmo tema, explorando diferentes condições de luz. 
Para além das representações de paisagens e de momentos simples do quotidiano, alguns pintores, como Renoir e Degas, encontram motivo de inspiração noutros temas ligados à vida urbana e ao mundo do espectáculo (cafés, teatros, salões de baile). Testemunham-no alguns ousados trabalhos a pastel de Degas, influenciados pela obra de Ingres. 
A partir de finais dos anos 70, ao mesmo tempo que o movimento se expandia a novas geografias (para além dos países europeus, conheceu um importante desenvolvimento nos Estados Unidos da América), acentuaram-se as divergências estéticas entre os artistas fundadores do grupo, que, gradualmente, vão estabelecendo percursos autónomos. Perdendo a homogeneidade de programa e de orientações técnicas e formais que caracterizou a produção dos anos 60, o Impressionismo diluiu-se em inúmeras interpretações e linguagens pessoais. 
Esta dispersão foi reforçada, a partir de 1880, com a chegada ao grupo de pintores jovens, como Georges Seurat, Vincent Van Gogh, Paul Gauguin e Toulouse-Lautrec, cujas orientações estéticas foram responsáveis pela própria desagregação do movimento, pela tentativa de intelectualização cientifista dos princípios empíricos que caracterizaram a pintura impressionista. 
Apesar de condenado (pelo menos aparentemente) pelos movimentos que se lhe seguiram, como o Simbolismo, o Pós-impressionismo e o Expressionismo, o Impressionismo foi responsável pela abertura de novos caminhos para a arte que permitiram o desenvolvimento das principais correntes estéticas do século XX. 
A influência do Impressionismo no contexto artístico português foi pontual e reduzida. A produção pictórica nacional de final de oitocentos, que teve como protagonistas, Silva Porto, José Malhoa e Oliveira Marques, entre outros, encontrava-se fortemente dominada pelas correntes naturalistas de influência francesa (através da assimilação da obra dos artistas da Escola de Barbizon). De entre os poucos trabalhos que denunciam mais claramente a filiação nos princípios estéticos do Impressionismo salientam-se algumas pinturas de José Malhoa, como a tela À beira-mar ou os excelentes trabalhos que Henrique Pousão realiza em Itália, no fim da sua curta vida, como As casa brancas de Capri ou Mulher da Água.
PÓS IMPRESSIONISMO : Por volta de 1885, o movimento pós-impressionista surgiu como uma intelectualizaçãodo Impressionismo, entendido pelos artistas que o integraram como um método empírico de percepção da realidade. O pintor G. Seurat foi considerado o principal teorizador deste movimento e o primeiro a desenvolver a técnica do pontilhismo. Através da sua "pintura óptica", Seurat apresentou os fundamentos desta nova técnica, posteriormente seguida por outros pintores como Paul Signac. 
Ao contrário dos impressionistas que aplicavam e misturavam a tinta sobre a paleta, Seurat colocava-a directamente sobre a tela em pequenos pontos de concentração variável, correspondentes às cores do objecto visto de perto. Por sua vez, estes pontos eram compostos na retina, através de um processo de mistura óptica. Um maior efeito lumínico e cromático era desta forma conseguido, pelo contraste simultâneo. Dando forma e expressão às formulações no campo da teoria da cor, Seurat tentou racionalizar as sensações causadas pela pintura. Na obra A Grande Jatte, realizada entre 1884 e 1885, concretiza os fundamentos da sua estética e pesquisa pictórica. 
Os seus contemporâneos Vincent Van Gogh e Paul Gauguin contribuíram igualmente para a definição de uma pintura baseada na simbologia codificada da cor, como meio de expressão de sentimentos e tensões. 
Paul Cézanne desenvolve uma representação objectiva, menos emotiva, que se revela tendência para a geometrização dos elementos formais da composição.
O FAUVISMO: É uma corrente artística do início do século XX, que se desenvolveu sobretudo entre 1905 e 1907. Associada à busca da máxima expressão pictórica, o estilo começou em 1901 mas só foi denominado e reconhecido como um movimento artístico em 1905. Apesar de não estar constituído como grupo organizado, o Fauvismo reunia artistas que partilhavam aspirações paralelas no campo da pintura. Os pintores Matisse, Derain, Braque, Vlaminck e Dufy pretendiam transformar a pintura sem, no entanto, proceder à ruptura total com o formulário artístico do final do século. Todos adoptaram uma paleta impressionista na qual associavam a cor à luz. 
Fundado em 1904, este grupo experimental foi apresentado pela primeira vez ao público no Salão de Outono de 1905, em Paris. A agressividade na aplicação da cor comum a todas as obras expostas por este grupo valeu aos seus autores a denominação pejorativa de fauves (feras) pelo crítico Luis Vauxcelles. 
A modernidade do grupo dos fauves parece residir no poder da expressão que por eles é reivindicada. A pintura afasta-se da mera representação mimética para se afirmar como veículo de expressão das emoções do artista. 
O Fauvismo é um movimento heterogéneo. Apesar de revelarem certas coincidências formais, os artistas desta corrente desenvolveram uma interpretação pessoal das qualidades expressivas da pintura. Em comum, encontramos a mesma vontade de representação livre da natureza através da utilização de cores puras, da acentuação linear do desenho e da diluição do efeito de perspectiva. Para Matisse, a perspectiva seria a "perspectiva do sentimento", nas quais os planos se aproximavam. 
O Fauvismo terminou em 1908, dando origem a novas vias artísticas como o Expressionismo e o Cubismo.
EXPRESSIONISMO: 1905. Neste ano formou-se um grupo DIE BRUKE ( A Ponte), para indicar o desejo de construir um elo entre todas as tendências. Em 1913, reconhecendo a sua diversisdade, o grupo dissolveu-se. Foi uma reação ao impressionismo, que não representava o drama interior do homem, não manifesta suas profundas emoções. Os expressionistas deformam a realidade, expressando com força seu pessimismo em relação ao mundo, suas pinturas fogem as regras tradicionais de equilíbrio. O expressionismo, interpreta as angústias do homem no início do século XX, foi o primeiro grande movimento da pintura moderna. Abandona idéias tradicionais e expressa a emoção do artista através de deformações e exageros na forma e na cor. Principais artitas e obras: Munch: O Grito, Portinari os Retirantes, Amadeo Modigliani e Francis Bacon. O Expressionismo designa um movimento cultural que se manifestou nos mais diversos campos artísticos como as artes visuais, o teatro, a literatura e o cinema. Nas artes plásticas (pintura, escultura, fotografia) e na arquitectura, esta tendência, de dimensão internacional desenvolveu-se a partir dos finais do século XIX, tendo conhecido uma importante expansão na Alemanha, no contexto de angústia e de agitação social que antecedeu a Primeira Guerra Mundial. 
O Expressionismo apresentou-se em oposição tanto ao sentido cientista do Impressionismo como à vocação decorativa da Arte Nova e caracteriza-se pela procura de formas artísticas que exprimissem mais livre e subjectivamente os sentimentos do artista em relação à realidade. Os quadros tornaram-se o retrato intenso de emoções, transmitidas através de cores violentas e de pinceladas vincadas e as esculturas apresentavam formas agressivas, modelações vincadas e texturas rudes. 
As primeiras manifestações que se podem considerar precursoras do movimento expressionista datam de meados de 1880. Entre estas contam-se as obras do pintor holandês Vincent Van Gogh, marcante pelo uso intenso dos valores cromáticos e texturais, e do francês Toulouse-Lautrec, nomeadamente pelos temas abordados e pela liberdade e espontaneidade do desenho. Os pintores Edvard Munch, expoente do Expressionismo nórdico, e James Ensor representaram outro momento de afirmação dos fundamentos da estética expressionista, como temas dramáticos e obcessivos e pela violência das fomas e da cor. 
Todas estas referências vão cruzar-se no contexto artístico da Alemanha de inícios do século, encontrando eco em artistas que procuram afirmar novos caminhos. 
A primeira corrente organizada dentro no interior do movimento expressionista foi o grupo Die Brücke (A Ponte), formado em Dresden em 1905, por Ernst-Ludwig Kirchner, Karl Schmidt-Rottluff, Emil Nolde (1867-1956) e Max Pechstein (1881-1955) entre outros, com objectivo de agregar as várias tendências de vanguarda, rejeitando o academismo, o Impressionismo, o Jugendstil e a Secessão. Procurava, através de uma expressão directa, emotiva e muitas vezes violenta, a representação da realidade social e política desse período. 
Mais tarde, em 1912, é formado em Munique o grupo Der Blaue Reiter (O cavaleiro azul) pelos pintores Wassily Kandinsky e Franz Marc, que reúne um vasto número de artistas alemães, suíços e russos, constituindo um novo período de afirmação do Expressionismo, mais ligado às manifestações do inconsciente e à atenção aos valores cromáticos e formais. 
A corrente Nova Objectividade (Die Neue Sachlichkeit) formada no período entre as duas guerras mundiais, num clima de intensos problemas sociais e de desilusão e decadência de determinadas formas da cultura e da civilização ocidental, assumiu a recuperação e o ressurgimento do Expressionismo, após a interrupação ditada pela Primeira Guerra Mundial. Teve com protagonistas os pintores Otto Dix (1891-1969), George Grosz (1893-1959) e Max Beckmann (1884-1950), cujos trabalhos denunciam uma atitude eminentemente satírica e de crítica social. 
A expansão internacional do Expressionismo acentua-se precisamente nesta altura, destacando-se os trabalhos de artistas como Oskar Kokoschka (1886-1980) e Arnold Schoenberg (1874-1951) na Áustria, e de Georges Rouault (1871-1958) e Chaïm Soutine (1894-1943), em França. 
A pintura expressionista foi uma das principais precursoras do movimento do Expressionismo Abstracto e do Informalismo, surgidos respectivamente nos Estados Unidos da América e na Europa nas décadas de quarenta e cinquenta. 
A escultura expressionista foi grandemente impulsionada pela obra do francês Auguste Rodin. De facto, um dos principais representantes deste movimento no campo da escultura foi Antoine Bourdelle (1861-1929), um dos discípulos do mestre francês. Destacam-se ainda alguns trabalhos do americano Jacob Epstein (1880-1959) e do alemão Ernst Barlach (1870-1938), representando geralmente figuras humanas de carácter maciço, às quais imprimem diferentestipos de distorção e uma modelação livre e intencionalmente imperfeita.
CUBISMO: 1908/1915. Estilo que passa a valorizar a forma geométrica e rompe novamente com os modelos tradicionais, ao apresentar diversos pontos de vista da mesma obra de arte. As formas geométricas são utilizadas muitas vezes para representar figuras humanas. Cubismo analítico: o tema não era importante, destruídos e fragmentados, eram reconstruídos geometricamente como cubos. Assim podemos obsevar parte de um objeto visto de frente e outra de lado, ou de perfil. No cubismo sintético, inclui colagens de jornais, selos, letras. Procurou recuperar um pouco a imagem real do objeto, tornando as cores mais fortes e as formas mais decorativas. São obras representativas Les Demoiselles d’Avignon de Pablo Picasso, e Casas em L’Estaque, de George Braque. O Cubismo constitui uma ruptura com a forma tradicional de representação ilusória do objecto no espaço, presente na arte desde o Renascimento. Esta corrente estética pretende a definição do objecto tendo em conta a bidimensionalidade do suporte e rebatendo-o de forma a que as diferentes faces do seu volume possam ser mostradas simultaneamente. 
Este inovador método de construir a imagem pictórica foi desenvolvido por Picasso e Braque na primeira década do século XX. A primeira manifestação cubista ocorre em 1907 com a obra "Les Demoiselles d'Avignon", na qual Picasso apresenta algumas figuras angulosas e esquematizadas numa composição geométrica, onde as zonas de sombra são substituídas por linhas paralelas. São evidentes as influências exercidas pela arte ibérica e africana, que Picasso aponta como sendo as suas principais referências. 
No cubismo é possível distinguir três fases distintas: o cubismo cézanniano (1907-1909), analítico (1910-1912) e sintético (1913-14). 
Cézanne é frequentemente apontado como o precursor do cubismo através do conjunto final da sua obra, no qual o real é apresentado pela redução a volumes geométricos simples. De acordo com este princípio, o primeiro período cubista caracteriza-se por uma fragmentação dos volumes, uma quebra da linha de contorno dos mesmos e uma diluição da oposição entre figura e fundo. 
O cubismo analítico, partindo da atenção dada ao plano e ao volume enquanto unidades formais autónomas presente na pesquisa do período anterior, torna mais complexa a representação da realidade tridimensional. Os volumes são apenas sugeridos e a relação entre os objectos é explorada em detrimento da sua afirmação individual, eliminando-se qualquer diferenciação pela via da cor. Em muitas obras, são acrescentados papéís colados que, pelas suas qualidades plásticas, permitem introduzir um maior espectro nos valores cromáticos, tornando-se importantes auxiliares da expressão espacial. 
A unidade do objecto, entretanto diluído na composição geométrica do espaço, constitui a principal orientação do período sintético. O objecto é representado no seu aspecto essencial e reduzido aos seus atributos específicos.
FUTURISMO: Surgiu oficialmente em1909. Não se considera uma corrente, mas sim um movimento visto que os pressupostos do Futurismo estão expressos num documento, sabe-se a data e a hora em que se formou, porque foi o dia da publicação do Manifesto de Marinetti. Este movimento espalha-se por toda a Europa, a partir de Itália.
O Manifesto contém os pressupostos do futurismo:
Rejeição e corte total com o passado (destruição de todas as obras de arte anteriores a 1909);
Admiração pela nova tecnologia e velocidade (automóvel, energia, máquinas, etc.) elogiando o futuro;
O movimento é contra o feminismo;
É feita a apologia da guerra, que se associa a destruição, e isso permitia corte com o passado e com o academismo;
Querem dotar a pintura de movimento e dinamismo, para isso utilizam a técnica cubista de fragmentação das formas – decompõem as formas como os cubistas e interceptam-nas umas nas outras ou colocam-nas lado a lado para conseguir dar a ideia de movimento.
As cores são muito importantes e escolhidas segundo critérios de grande exigência (divisionismo), procurando acentuar o dinamismo das telas. 
Mais tarde rejeitam o cubismo por o achar demasiado estático.
Agoniza com o início da 1ª Guerra Mundial e morre com o apoio dos futuristas ao fascismo;
 É das vanguardas mais importantes (utilizado por Santa Rita pintor e por alguns dos heterónimos de Fernando Pessoa).
ABSTRACIONISMO: 1920. Através das formas e cores a pintura abstrata procura expressar determinado estado espírito e sentimentos, e sua expressividade maior. Estes artistas se aprofundam em pesquisas cromáticas, conseguindo variações espaciais e formas na pintura, através de tonalidades e matizes obtidos. Quando o pintor rompe os últimos laços que ligam a sua obra a realidade visível, ela passa a ser abstrata. O abstracionimo apresenta várias fases, desde a mais sensível até a intrelectualidade máxima. Os artistas em destaque: Wassily Kandinsky “Arte degenerada”, Franz Marc, seus temas favoritos “Os estudos sobre animais”.
SURREALISMO: 1924. Os artistas exploram o inconsciente e as imagens que não são controladas pela razão. O surrealismo usa associações irreiais, bizarras e provocativas. O rompimento com noções tradicionais da perpectiva e da proporcionalidade resulta em imagens estranhas e fora da realidade. Obras; Auto-retrato com Sete Dedos de Marc Chagall, o Carnaval do Arlequim de Joan Miró, A Persistência da Memória de Salvador Dalí. O surrealismo começa na literatura, mas abrange outras áreas: pintura, escultura, fotografia e o cinema. 
As cores são diferentes e o pintor mostra a sua virtude. Não se consegue encontrar uma explicação lógica e coerente para o que está pintado porque não é um mundo real que está representado, mas sim um mundo irreal. Apenas um psicanalista pode encontrar uma explicação lógica para as pinturas e, para fazer isso, recorre-se à técnica dadaísta. 
O regresso ao figurativo (que tinha sido destruído pelas primeiras vanguardas) e com um carácter melhor, visto que dão importância ao próprio desenho em si – mostram o seu virtuosismo. Tem atmosferas oníricas (que se manifestam através dos sonhos), recorrendo à técnica dadaísta - retirar objectos do quotidiano e colocá-los noutros contextos – nisto verificamos que os objectos representados não têm ligação entre si, daí a recorrermos à psicanálise. 
POP ART: 1954. Designa produtos da cultura popular da civilização ocidental, sobretudo os que eram provenientes dos Estados Unidos. Com raízes do Dadaísmo de Marcel Duchamp, o pop art começa a tomar forma no final da década de 1950, quando alguns artistas, após estudar os símbolos e produtos do mundo da propaganda nos Estados Unidos, passaram a transformá-los em tema de suas obras. Representavam, assim, componentes mais ostensivos da cultura popular de poderosa influência na vida cotidiana na segunda metade do século XX. Principais artistas: Robert Rauschenberg, criou as pinturas combinadas com garrafas de Coca-Cola, embalagens e produtos industrializados e pássaros empalhados. Por vlta de 1962 adotou a técnica da impressão em silk-screen para aplicar imagens fotográficas. Roy Lichtenstein: seu interesse pelas histórias em quadrinhos como tema art´siticos começou provavelmente com uma pintura do camundongo Mickey, que realizou em 1960 para os filhos. Andy Warhol, foi a figura mais conhecida e mais controvertida da Pop Art, poi mostrou sua concepção da produção mecânica da imagem em sustituição ao trabalho manual numa série de retratos de ídolos da música popular e do cinema, como Elvis Presley e Marilyn Monroe.
MODERNISMO: O movimento denominado Modernismo iniciou-se em 11 de fevereiro de 1922, com o evento chamado “Semana da Arte Moderna”. Mas muitos consideram o inicio do movimento a partir do ano de 1920, pois as características modernistas já haviam sido incorporadas aos escritores pré-modernistas.
A Semana de Arte Moderna foi um evento ocorrido no Teatro Municipal de São Paulo, o qual contoucom inúmeros eventos, como apresentação de conferências, leitura de poemas, dança e música e vários grandes nomes da literatura brasileiras, tais como Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Menotti Del Picchia, Manuel Bandeira, Di Cavalcanti, Graça Aranha, Guilherme de Almeida e muitos outros.
A arte exposta nesse evento causou uma enorme polêmica à sociedade da época, e atravessou o século XX, nos impressionando até os dias de hoje.
O movimento dividi-se em três fases:
Primeira Fase (1922-1930)
Caracteriza-se por ser uma tentativa de definir e marcar posições. Período rico em manifestos e revistas de vida efêmera.
Um mês depois da Semana de Arte Moderna, a política vive dois momentos importantes: eleições para Presidência da República e congresso (RJ) para fundação do Partido Comunista do Brasil. Ainda no campo da política, surge em 1926 o Partido Democrático que teve entre seus fundadores Mário de Andrade.
É a fase mais radical justamente em conseqüência da necessidade de definições e do rompimento de todas as estruturas do passado. Caráter anárquico e forte sentido destruidor.
Principais autores desta fase: Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Manuel Bandeira, Antônio de Alcântara Machado, Menotti del Picchia, Cassiano Ricardo, Guilherme de Almeida e Plínio Salgado.
Características
• busca do moderno, original e polêmico
• nacionalismo em suas múltiplas facetas
• volta às origens e valorização do índio verdadeiramente brasileiro
• “língua brasileira” – falada pelo povo nas ruas
• paródias – tentativa de repensar a história e a literatura brasileiras
A postura nacionalista apresenta-se em duas vertentes:
• nacionalismo crítico, consciente, de denúncia da realidade, identificado politicamente com as esquerdas.
• nacionalismo ufanista, utópico, exagerado, identificado com as correntes de extrema direita.
Segunda Fase (1930-1945)
Estende-se de 1930 a 1945, sendo um período rico na produção poética e também na prosa. O universo temático se amplia e os artistas passam a preocupar-se mais com o destino dos homens, o “estar no mundo”.
Durante algum certo tempo, a poesia das gerações de 22 e 30 conviveram. Não se trata, portanto, de uma sucessão brusca. A maioria dos poetas de 30 absorveria parte da experiência de 22: liberdade temática, gosto da expressão atualizada ou inventiva, verso livre, anti-academicismo.
A poesia prossegue a tarefa de purificação de meios e formas iniciada antes, ampliando a temática na direção da inquietação filosófica e religiosa, com Vinícius de Moraes, Jorge de Lima, Augusto Frederico Schmidt, Murilo Mendes, Carlos Drummond de Andrade, ao tempo em que a prosa alargava a sua área de interesse para incluir preocupações novas de ordem política, social e econômica, humana e espiritual. À piada sucedeu a gravidade de espírito, a seriedade da alma, propósitos e meios. Uma geração grave, preocupada com o destino do homem e com as dores do mundo, pelos quais se considerava responsável, deu à época uma atividade excepcional.
O humor quase piadístico de Drummond receberia influencias de Mário e Oswald de Andrade. Vinícius, Cecília, Jorge de Lima e Murilo Mendes apresentam certo espiritualismo que vinha do livro de Mário Há uma gota de Sangue em cada Poema (1917).
A geração de 30 não precisou ser combativa como a de 22. Eles já encontraram uma linguagem poética modernista estruturada. Passaram então a aprimorá-la e extrair dela novas variações, numa maior estabilidade.
O Modernismo já estava dinamicamente incorporado às praticas literárias brasileiras, sendo assim os modernistas de 30 estão mais voltados ao drama do mundo e ao desconcerto do capitalismo.
Características
• Repensar a historia nacional com humor e ironia – “Em outubro de 1930 / Nós fizemos — que animação! — / Um pic-nic com carabinas.” (Festa Familiar – Carlos D. de Andrade)
• Verso livre e poesia sintética – ” Stop. / A vida parou / ou foi o automóvel?” (Cota Zero, Carlos Drummond de Andrade)
• Nova postura temática – questionar mais a realidade e a si mesmo enquanto indivíduo
• Tentativa de interpretar o estar-no-mundo e seu papel de poeta
• Literatura mais construtiva e mais politizada.
• Surge uma corrente mais voltada para o espiritualismo e o intimismo (Cecília, Murilo Mendes, Jorge de Lima e Vinícius)
• Aprofundamento das relações do eu com o mundo
• Consciência da fragilidade do eu – “Tenho apenas duas mãos / e o sentimento do mundo” (Carlos Drummond de Andrade – Sentimento do Mundo)
• Perspectiva única para enfrentar os tempos difíceis é a união, as soluções coletivas – ” O presente é tão grande, ano nos afastemos, / Ano nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.” (Carlos Drummond de Andrade – Mãos dadas)
Os principais autores são: Carlos Drummond de Andrade, Murilo Mendes, Jorge de Lima, Cecília Meireles, Vinícius de Moraes, Rachel de Queiroz, José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Jorge Amado, Érico Veríssimo.
Terceira Fase (1945-1978)
A literatura brasileira, assim como o cenário sócio-político, passa por transformações.
A prosa tanto no romance quanto nos contos busca uma literatura intimista, de sondagem psicológica, introspectiva, com destaque para Clarice Lispector. Ao mesmo tempo, o regionalismo adquire uma nova dimensão com Guimarães Rosa e sua recriação dos costumes e da fala sertaneja, penetrando fundo na psicologia do jagunço do Brasil central. Um traço característico comum a Clarice e Guimarães Rosa são a pesquisa da linguagem, por isso são chamados instrumentalistas. Enquanto Guimarães Rosa preocupa-se com a manutenção do enredo com o suspense, Clarice abandona quase que completamente a noção de trama e detém-se no registro de incidentes do cotidiano ou no mergulho para dentro dos personagens.
Na poesia, surge uma geração de poetas que se opõem às conquistas e inovações dos modernistas de 22. A nova proposta foi defendida, inicialmente, pela revista Orfeu (1947). Assim, negando a liberdade formal, as ironias, as sátiras e outras “brincadeiras” modernistas, os poetas de 45 buscam uma poesia mais “equilibrada e séria”. Os modelos voltam a ser os Parnasianos e Simbolistas. Principais autores (Ledo Ivo, Péricles Eugênio da Silva Ramos, Geraldo Vidigal, Domingos Carvalho da Silva, Geir de Campos e Darcy Damasceno). No fim dos anos 40, surge um poeta singular, pois não está filiado esteticamente a nenhuma tendência: João Cabral de Melo Neto.
Vários fatos mundiais aconteceram nessa fase, tais como o fim da 2ª Guerra Mundial, o inicio a Era Atômica (com as bombas de Hiroshima e Nagasaki), a criação da ONU e a criação da Declaração dos Direitos Humanos, o início da Guerra Fria.
No Brasil houve o fim da ditadura Vargas e a redemocratização brasileira.
ARTE CONTEMPORÂNEA; A arte de hoje. As pessoas não compreendem a arte contemporânea. E muitas ainda torcem o nariz para ela, sem ao menos entendê-la. Até os próprios artistas a subestimam e a depreciam, dizendo que qualquer coisa hoje em dia é arte. É certo que tem muita coisa esquisita, no sentido de que não tem um conceito ou uma poética ao menos razoável. E nem uma beleza plástica, visual. Sempre se fez arte segundo os parâmetros da sociedade da época. A arte sempre foi fruto dos acontecimentos contemporâneos; desde a Idade Antiga. Não poderia ser diferente atualmente. Até mesmo num mundo tão conturbado quanto o atual, onde tudo acontece muito rápido, a efemeridade é por vezes comum e vários acontecimentos passam como um turbilhão sobre os outros; sem que sequer tenhamos tempo para compreendê-los ou percebermos. Hoje a forma de fazer arte é tão vasta, que às vezes se pensa que não há mais nada a fazer, ou que qualquer coisa é considerada arte. E as pessoas ainda estão muito vinculadas com a arte clássica; renegando, por muitas vezes, outras formas de expressões artísticas.
Cabe ao artista fazê-la ser entendida, tem de haver o diálogo entre artista, obra e público. Hoje existe este diálogo. Apesar de ainda não ser suficiente. E isso tem feito da arte novas formasde ser entendida e feita. Se seu processo artístico for este, claro. Pode ser outras tantas formas de expressão...O problema maior é o desinteresse do público em geral pela arte; as pessoas não frequentam mais as galerias, os museus como antigamente! 
O público deixou de ter estes hábitos saudáveis de visitar galerias, museus e outras formas de expressões artísticas; porque querem algo imediato e fácil. E isso já acontece há muito tempo! A evolução tem se dado de forma escandalosamente rápida; tudo é muito imediato, as pessoas buscam respostas rápidas aos seus prazeres, querem que tudo seja realizado hoje, agora; a internet tornou as pessoas mais digitais que pessoais; e elas não "perdem tempo" para contemplar o belo, para curtir um pôr-do-sol, para conversar com os amigos sobre quaisquer assuntos; para sentir; esse é o termo. Sentir. As pessoas não param o seu tempo para desacelerar e sentir. No que tange centrar-se e olhar para dentro. Parar um pouco. 
Tudo o que realmente tem valor está se tornando indiferente por conta deste imediatismo.É um período a quando se fala em arte contemporânea não é para designar tudo o que é produzido no momento, e sim aquilo que nos propõe um pensamento sobre a própria arte ou uma análise crítica da teoria visual. Como dispositivo de pensamento, a arte interroga e atribui novos significados ao se apropriar de imagens, não só as que fazem parte da historia da arte, mas também as que habitam o cotidiano. O belo contemporâneo não busca mais o novo, nem o espanto, como as vanguardas da primeira metade deste século: propõe o estranhamento ou o questionamento da linguagem e sua leitura. 
Geralmente, o artista de vanguarda tinha a necessidade de experimentar técnicas e metodologias, com o objetivo de criar novidades e se colocar à frente do progresso tecnológico. Hoje, fala-se até em ausência do "novo", num retorno à tradição. 
O artista contemporâneo tem outra mentalidade, a marca de sua arte não é mais a novidade moderna, mesmo a experimentação de técnicas e instrumentos novos visa a produção de outros significados.
Diante da importância da imagem no mundo que estamos vivendo, tornou-se necessário para a contemporaneidade insinuar uma critica da imagem. O artista reprocessa linguagens superfície e sua poética. Ele tem a sua disposição como instrumental de trabalho, um conjunto de imagens. A arte passou a ocupar o espaço da invenção e da crítica de si mesmo.
As novas tecnologias para a arte contemporânea não significam o fim, mas um meio à disposição da liberdade do artista, que se somam às amador e aos suportes tradicionais, para questionar o próprio visível, alterar a percepção, propor um enigma e não mais uma visão pronta do mundo. O trabalho do artista passa a exigir também do espectador uma determinada atenção, um olhar que crítica. É uma performance ou uma instalação não é mais contemporâneo do que uma litogravura ou uma pintura. 
A atualidade da arte é colocada em outra perspectiva. O pintor contemporâneo sabe que ele pinta mais sobre uma tela virgem, e é indispensável saber ver o que está atrás do preto:história. O que vai determinar a contemporaneidade é a qualidade da linguagem, o uso preciso do meio para expressar uma ideia, onde pesa experiência e informação. Não é simplesmente o manuseio do pincel ou do computador que vai qualificar a atualidade de uma obra de arte. Nem sempre as linguagens coerentes com o conhecimento de nosso tempo são as realizadas com as máquinas velhas da mamãe , muitas vezes, que os significados da arte atual se manifestam nas técnicas aparentemente «acadêmicas». Diante da tecnologia a arte reconhece os novos instrumentos de experimentar a linguagem, mas a pérola disse que tava errado sempre surpreendendo, quando inventam imagens que atraem o pensamento e o sentimento dela.

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