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CCO FRIGORÍFICO VACA VIÚVA

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SUMÁRIO
31	INTRODUÇÃO	�
42	DESENVOLVIMENTO	�
42.1	DIREITO EMPRESARIAL	�
52.2 MÉTODOS QUANTITATIVOS	�
72.3 MODELOS DE GESTÃO	�
102.4 RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL	�
132.5 LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA	�
153	CONCLUSÃO	�
17REFERÊNCIAS	�
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-INTRODUÇÃO
 Atendendo a atividade proposta, este estudo surge com a temática: a análise do frigorífico “Vaca Viúva”, que visa proporcionar aprendizagem interdisciplinar dos conteúdos desenvolvidos nas disciplinas desse semestre. 
 A empresa, fundada no ano de 1997 se tornou referência no ramo de carnes. No ano de 2010 iniciou um processo de expansão, graças a um mix de financiamentos. Sempre buscando por qualidade, a empresa é bastante exigente com os funcionários. Algumas destas exigências não foram bem aceitas pelos mesmos, que mais tarde reclamaram seus direitos através de ações trabalhistas. 
 Atualmente, a empresa também passa por dificuldades financeiras, não conseguiu pagar o seu financiamento e acumula dívidas junto a diversos fornecedores. Com o desafio de auxiliar a empresa, em algumas decisões fundamentais para o futuro do negócio, o grupo atende a atividade proposta subdividindo-o em cinco desafios. 
 O primeiro desafio volta-se a disciplina de direito empresarial, abordando-se o significado do princípio da separação entre a pessoa jurídica e os membros integrantes da sociedade, assim como o instituto da falência, seu conceito e requisitos.
 A etapa seguinte aborda questões relacionadas a métodos quantitativos, onde são analisadas algumas informações financeiras da empresa, como gastos com salários, transporte, energia elétrica e água, e analisando-os através de gráficos, média aritmética, mediana e moda. 
 Modelos de gestão são abordados no terceiro desafio proposto, onde os alunos foram desafiados a refletir sobre o processo decisório da empresa Vaca Viúva, além de conceitos de “Lean Manufacturing”, e a importância da quali dade para o desenvolvimento dos negócios de uma empresa. 
 O quarto desafio proposto tratou do tema Responsabilidade Social e Ambiental, onde se estabeleceu a missão, visão e valores da empresa observando o trinômio da sustentabilidade e governança corporativa.
 Por fim, o quinto e último desafio voltou-se a legislação social e trabalhista, abordando modificações que ocorreram recentemente no ordenamento jurídico brasileiro, como “tempo a disposição do empregador” que ganhou nova perspectiva por meio do artigo 4º, §2º da CLT.
-DESENVOLVIMENTO
DIREITO EMPRESARIAL
Em razão do êxito da ação trabalhista promovida pelos funcionários que gerou um crédito no montante de R$ 600.000,00, somado com a inércia da empresa em realizar a sua quitação e apresentar bens à penhora, os reclamantes ajuizaram uma ação de falência em face da companhia. 
 O princípio da separação entre a pessoa jurídica e os membros integrantes da sociedade é um dos mais importantes para se compreender o direito empresarial, em especial, o direito societário. De igual modo, um dos institutos mais importantes para o direito empresarial é a falência. 
 O princípio de separação entre a pessoa jurídica e os integrantes de uma sociedade significa que será desconsiderada a personalidade da pessoa física, visto que a pessoa jurídica já tem suas responsabilidades, direitos e obrigações. Esta separação é capaz de proteger o patrimônio dos sócios, que por sua vez é separado da sociedade. O patrimônio da pessoa jurídica não deve se confundir com o patrimônio das pessoas físicas que as compõe, através da autonomia patrimonial. 
 Neste sentido, vale refletir também sobre um dos princípios da contabilidade, que é o princípio da entidade, que define o patrimônio como objeto da contabilidade e afirmando a autonomia patrimonial. Com isso enfatiza a necessidade de separação entre patrimônio dos sócios e patrimônio da sociedade. Sobre este princípio, o artigo 4º da Resolução 750/93 estabelece: 
O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio Particular no universo dos Patrimônios existentes, independente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. 
Parágrafo único. O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil. 
 Para se compreender o princípio da entidade é importante que se faça uma separação entre o patrimônio que pertence à empresa daquele pertencente à seus proprietários. Analisando o artigo 4º da Resolução 750/93, Paiva & Neto (2006, p. 19) depreendem-se:
PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em uma nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil. A ideia central deste princípio está na autonomia do patrimônio que pertence à entidade. O Princípio em questão afirma que o patrimônio deve revestir-se do atributo de autonomia em relação a todos os outros patrimônios existentes, pertencendo a uma entidade, enquanto sujeito suscetível à aquisição de direitos e obrigações.
 O patrimônio das empresas não se confunde com o patrimônio da pessoas físicas que as compõem. Devido a esta proteção patrimonial, algumas vezes o empresário utiliza-se destes benefícios para cometer fraudes e abusos. Para combater estes casos, a Lei prevê situações em que pode-se aplicar a desconsideração da personalidade jurídica, permitindo-se a superar a separação entre os bens da empresa e de seus sócios para efeito de determinadas obrigações. Sobre esta situação, Máximo (2017, p. 4) explica:
Permite tal teoria que o juiz, em casos de fraude e de má-fé, desconsidere o princípio de que as pessoas jurídicas têm existência distinta da dos seus membros e os efeitos dessa autonomia, para atingir e vincular os bens particulares dos sócios à satisfação das dívidas da sociedade (lifting de corporate veil, ou seja, erguendo-se o véu da personalidade jurídica 
 Ao considerar que o patrimônio é uma garantia dos credores, quando o empresário ou sociedade empresária se encontra em crise financeira, e seu patrimônio já não é mais suficiente para saldar as dívidas contraídas, inevitavelmente, deixará de honrar pagamentos de dívidas assumidas. Surge assim outro importante conceito a ser abordado: o instituto da falência, sobre o qual Negrão (2004, p. 21) explica:
Falência é um processo de execução coletiva, no qual todo o patrimônio de um empresário declarado falido – pessoa física ou jurídica é arrecadado, visando pagamento da universalidade de seus credores, de forma completa ou proporcional. É um processo judicial complexo que compreende a arrecadação dos bens, sua administração e conservação, bem como a verificação e o acertamento dos créditos, para posterior liquidação dos bens e rateio entre os credores. Compreende também a punição de atos criminosos praticados pelo devedor falido.
2.2 Métodos Quantitativos
 Com o objetivo de ajudar os sócios Marco e André a tomar algumas decisões fundamentais para o futuro da empresa “Vaca Viúva”, a sua equipe foi incumbida de realizar uma pesquisa para elaborar um relatório com os principais gastos da empresa nos últimos 12 meses. Para tanto, foram considerados os dados coletados contendo alguns gastos, como com os salários dos funcionários, transporte, energia elétrica e água.Os dados coletados foram organizados e apresentados por meio da tabela 1, mas também podem ser organizados por meio de gráficos. A seguir, apresenta-se estas mesmas informações no formato de gráfico em barras, onde o eixo horizontal, denominado eixo das categorias, indica os meses, e o eixo vertical, denominado eixo das quantidades, indica o gasto correspondente ao mês. 
 Ainda existem outras maneiras de resumir conjuntos de dados, que vão além de uma tabela ou um gráfico. Ferramentas para esse fim são denominadas medidas de posição, as quais buscam sintetizar um conjunto com um único valor. São exemplos de medidas de posição: a média aritmética, a mediana e a moda. Para a variável “SALÁRIO” apresentada na tabela 1, se determina o seguinte.
 Média é o valor que mostra para onde se concentram os dados de uma distribuição como o ponto de equilíbrio das frequências. Neste caso:
 = 450.000 + 452.000 + 452.000 + 453.000 + 453.000 + 454.500 + 545.400. + 456.700 + 456.700 + 456.700 + 457.000 + 500.000 / 12
Média = 465.583,33
 Mediana é o valor que separa a metade maior e a metade menor de uma amostra, uma população ou uma distribuição de probabilidade. Pode ser o valor do meio de um conjunto de dados. Se houver um número par de observações, não há um único valor do meio. Então, a mediana é definida como a média dos dois valores do meio, como no caso em questão, em que temos 12 dados. Neste caso, são somados os valores que assumem a 6º e 7º posições e resultado posteriormente é dividido por dois. Assim, a mediana dos salários é de R$ 499.950,00.
 Por fim, a moda, que também é uma medida de tendência central, pode ser conceituada como o valor mais frequente de um conjunto de dados, ou seja, é o valor que mais se repete. No caso dos salários, a moda foi de R$ 256.700, valor que se repetiu por três vezes (mês 08, 09 e 10).
2.3 Modelos de Gestão 
 Ao ler a situação problema percebe-se que a "Vaca Viúva" construiu uma moderna fábrica de “graxaria”. A construção dessa fábrica refere-se a uma importante decisão que a "Vaca Viúva" teve que tomar para desenvolver os seus negócios. 
 O ambiente empresarial atual é caracterizado por grandes e rápidas transformações e mudanças, tanto de ordem política, quanto econômica, social, cultural e tecnológica. Este cenário exige das empresas uma resposta rápida e adequada ao contexto. Portanto, a tomada de decisão surge como um tema de grande importância e necessidade, como explicam Shimizu (2001 apud PERDIGÃO et. al., 2012, p. 2): 
A tomada de decisão é um dos processos no qual somos envolvidos diariamente e, muitas vezes, não nos damos conta de sua importância e necessidade. Diante das mudanças ocorridas no mundo, o processo de tomada de decisão também mudou significativamente, tornando-se mais evidente a necessidade de melhores condições para os tomadores de decisão. Hoje existem mais fatores que influenciam no processo de tomada de decisão do que na antiguidade.
 Certo (2005) salienta que o processo de tomada de decisão é um procedimento passível de erros, pois é afetado por características pessoais, de percepção daquele que tomará as decisões. Buscando reduzir a ocorrência de erros, o autor sugere que a decisão seja tomada de maneira organizada e sistemática, seguindo cinco etapas: primeiro, identificar o problema, depois, enumerar as alternativas para sua solução, selecionar a alternativa mais benéfica, implementar a alternativa escolhida, e finalmente reunir feedback para descobrir se a alternativa foi capaz de solucionar o problema. Estas etapas, são ilustradas na figura 1.
 
Figura 1- Processo de tomada de decisão
 Refletindo sobe outras decisões que a empresa Vaca Viúva teria que tomar para desenvolver seu negócio, é preciso inicialmente ressaltar que ela passa por uma situação difícil, onde a graxaria foi desativada, a empresa acumula dívidas e ações trabalhistas. 
 Assim, a primeira decisão a ser tomada é encontrar uma estratégia para superar a crise, entre as alternativas podem estar a reativação da graxaria, buscando novos clientes, ou a atuação em outras linhas, sendo necessário o estudo de novas possibilidades. A partir destas alternativas se escolhe aquela que se mostra mais benéfica, passando então para sua implementação. Finalmente, após implantada, é feito o feedbak, analisando se a alternativa foi eficiente e conseguiu atingir seu objetivo. 
 Um ponto importante que a "Vaca Viúva" terá que se atentar é com relação a qualidade de seus produtos. Uma das iniciativas que a Vaca Viúva poderá utilizar é o “Lean Manufacturing”. 
 A gestão da qualidade objetiva assegurar que o projeto da empresa seja concluído com qualidade, satisfazendo as necessidades dos clientes e os requisitos do produto, Neste processo o foco é evitar falhas. 
 Sendo assim, a gestão pela qualidade propõe uma nova abordagem de gestão, que toma por base o desenvolvimento de uma nova cultura organizacional, mudanças de atitudes e uma contínua busca pelo aperfeiçoamento, produzindo uma estrutura mais racional para a empresa.
 Segundo Riani (2006) a produção enxuta surgiu no Japão após a Segunda Guerra Mundial, cuja aplicação inicial se deu na Toyota Motor Company. Também chamado de Sistema Toyota de Produção, Manufatura Enxuta ou Lean Manufacturing, o novo sistema tinha como principal característica a qualidade e flexibilidade do processo, ampliando a capacidade da empresa de produzir e competir no cenário internacional.
 No contexto atual, onde os mercados são marcados pela forte concorrência, as empresas vêm-se diante da necessidade de buscar alternativas para se diferenciar no mercado. Neste contexto, a administração de Recursos Humanos vem desenvolvendo um papel vital dentro das organizações, visto que, as pessoas são consideradas o capital mais importante de uma empresa.
 Sob este ponto de vista, evidencia-se que as empresas precisam cada vez mais preocupar-se com seus recursos humanos, já que estes são seus parceiros, e os principais responsáveis pelo sucesso ou fracasso de uma empresa. Chiavenato (1994) destaca que a mudança no papel e conceito de administração de pessoal, que evoluiu de uma área que cuidava exclusivamente das admissões, pagamentos e demissões da empresa para um conceito muito mais amplo, onde administras pessoas passou a significar também atrair, aplicar, manter e desenvolver pessoas nas empresas.
 A administração participativa é uma alternativa que pode ser adotada pelas empresas com o intuito de, ao mesmo tempo, valorizar os profissionais, envolvendo-os no processo de tomada de decisão, e ainda busca melhorias em termos de gestão, pois a participação de mais pessoas no processo decisório dá a oportunidade de uma visão mais abrangente. 
 A participação dos funcionários nas decisões é de grande importância para o desenvolvimento e crescimento da empresa. Os funcionários se sentirão mais motivados, integrados a empresa e não como acessórios ou máquinas da produção, assim melhorando também o seu comprometimento com a empresa. 
 No caso da empresa Vaca Viúva, a administração participativa teria muito a contribuir, pois ninguém conhece melhor as rotinas da empresa, suas potencialidades e dificuldades do que seus próprios funcionários. Ao participar das decisões, além de trazer sugestões válidas para a empresa, os funcionários também se sentiriam mais integrados às decisões, e desta forma mais comprometidos com os resultados esperados. 
2.4 Responsabilidade Social e Ambiental 
 Observando o caso proposto é possível perceber que a empresa "Vaca Viúva" apesar de respeitar os quesitos de segurança, não tinha uma preocupação com a qualidade de vida dos empregados, respeitando seus direitos de cumprir a jornadade trabalho pela qual foram contratados. 
 No que se refere à empresa, é importante compreender a responsabilidade social empresarial que trata do conjunto de práticas e ações da empresa que beneficiam a sociedade e as corporações, levando em consideração a economia, a sociedade, o meio ambiente, a educação, a saúde, o transporte, a moradia, as atividades locais e o governo. Essas ações otimizam ou criam programas sociais, trazem benefícios mútuos entre a empresa e a comunidade local, a fim de melhorar a qualidade de vida dos empregados e da população.” (DELBONO, 2016 p.188). 
De acordo com Ferrel (2004 apus PERTILE, 2008, p.48) existem quatro tipos de responsabilidade social, que abrangem s aspectos distintos, no entanto relacionados à formação, ao desenvolvimento e os negócios da empresa. Para o autor os quatro degraus da responsabilidade social são o filantrópico, o econômico, o ético e o legal, como representado na figura 2 apresentada a seguir.
Figura 02: Degraus da responsabilidade social
Fonte: Ferrel (2004, p. 68 apus PERTILE, 2008, p. 48)
A responsabilidade econômica pode ser considerada uma das mais comuns, relacionadas à responsabilidade de produzir produtos e serviços por preços que atendam suas obrigações com investidores, ou seja, que sejam capazes de manter a empresa viva. É importante considerar que, se a empresa nãos ser economicamente responsável, pode ir à falência, gerando desemprego, prejudicando clientes, fornecedores, o governo, e até mesmo seus acionistas. Como bem define Pertile (2008, p. 48) “a responsabilidade econômica é aquela que retrata o compromisso que a empresa tem com a produção de bens e serviços a preços que satisfaçam suas obrigações com os investidores e deem continuidade às suas atividades”.
A ética deve estar presente em todas as empresas, pois assim como se espera ética de pessoas de boa índole, também se espera ética de empresas socialmente responsáveis. Uma empresa que não tenha ética não pode ser considerada socialmente responsável, pois é ela que reflete seus valores, seus princípios e, principalmente, seu respeito em relação a seus stakeholders. Sobre a responsabilidade ética, Pertile (2008, p. 49) afirma:
A responsabilidade ética compreende atividades e comportamentos esperados ou proibidos que interessem aos funcionários, à comunidade e à sociedade, mesmo que não estejam estabelecidos em lei. Do ponto de vista empresarial, a responsabilidade de natureza ética inclui padrões, normas ou expectativas que refletem as preocupações dos grandes stakeholders (PERTILE, 2008, p. 49).
Portanto, pode-se dizer que uma empresa que pratica responsabilidade social é aquela que adota valores éticos de comportamento envolvendo-se com a sociedade e o desenvolvimento social, econômico e ambiental, tendo como objetivo a melhoria na qualidade de vida das pessoas na atualidade e no futuro. 
 Missão: Desenvolver e comercializar os melhores produtos e serviços com qualidade, oferecendo aos clientes atendimento personalizado, satisfazendo totalmente as necessidades, para superar sempre o crescente nível de exigência do mercado
 Visão: Ser o maior e melhor frigorífico do Estado, oferecendo alimentos seguros, saudáveis e de qualidade ao consumidor, buscando o bem estar de nossos colaboradores, consumidores e desenvolvendo oportunidades de crescimento da empresa.
 Valores: Tradição; Qualidade; Seriedade; Competência; Honestidade; Dedicação; Respeito.
 Segundo Bergamini Junior (2005) o termo governança costuma ser utilizado para denominar assuntos relacionados ao poder de controle e direção das empresas ou então a capacidade governativa de uma nação ou no contexto internacional.
 Para Lethbridge (2008 apud MELO et. al., 2009) a importância da governança está em sinalizar a existência de um quadro institucional nas corporações, de modo a aumentar sua capacidade de atrair investidores. Esta atividade é realizada por meios sinais, entre os quais o autor cita: 
As remunerações incentivadas para altos executivos, os conselhos de administração, que, por sua independência em relação à administração executiva, constituem efetivamente um foro para a representação dos interesses dos acionistas, e a equidade de tratamento dos acionistas, sejam eles majoritários ou minoritários. (LETHBRIDGE, p. 13, apud MELO et. al., 2009, p. 16).
 Segundo o IBGC (2017) a governança corporativa é um sistema por meio do qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas. Ela envolve o relacionamento entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas. 
 Os princípios básicos da governança corporativa são: 
 1. Transparência: disponibilizar informações além das impostas por eis ou regulamentos, não restringindo-se ao desempenho econômico-financeiro, mas contemplando também outros fatores que norteiam a ação gerencial e condizem à preservação e otimização do valor da organização (IBGC, 2017).
 2. Equidade: tratamento justo e isonômico a todos os sócios e demais stakeholders (IBGC, 2017).
 3. Prestação de Contas (accountability): prestar contas de sua atuação de modo claro, conciso, compreensível e tempestivo (IBGC, 2017).
 4. Responsabilidade Corporativa: zelar pela viabilidade econômico-financeira das organizações; reduzir externalidades negativas e aumentar as positivas, levando em conta seu modelo de negócio e diversos capitais (humano, social, financeiro, intelectual, etc) (IBGC, 2017).
 Percebe-se, portanto que a governança corporativa pode contribuir com a empresa Vaca Viúva, pois além de dar mais seriedade à gestão, também dá maior confiabilidade, tanto aos gestores, quanto aos funcionários, investidores, consumidores e a comunidade em geral. Com mais confiança a empresa se torna mais competitiva e também é capaz de atrair mais investidores, o que é fundamental para superar a crise instalada. 
2.5 Legislação Social e Trabalhista 
 No caso proposto, a empresa Vaca Viúva, buscando prezar pela qualidade de seus produtos, exigia que os funcionários de um determinado departamento fizessem um procedimento de higiene específico e vestissem uniformes e equipamentos de proteção individual antes de iniciar o labor, todavia não contabilizavam este tempo de aproximadamente meia hora na jornada de trabalho dos empregados, exigindo que chegassem meia hora antes do início do expediente. Mais tarde, os trabalhadores acionaram demandas judiciais cobrando os trinta minutos gastos para a utilização do uniforme a título de horas extras. Esta questão enquadra-se no “tempo a disposição do empregador”, um dos elementos que teve destaque com o advento da Reforma trabalhista.
 Segundo Delgado (2016) a jornada de trabalho é uma das condições de grande importância para a relação jurídica do empregado, pois ela apresenta a natureza contratual. Trata-se do lapso temporal diário em que o empregador se coloca a disposição do empregador para cumprir seu contrato. A principal medida de tempo diário é a disponibilidade do obreiro frente a seu empregado, como cumprimento do contrato de trabalho que os vincula, entretanto, nem sempre é tão simples de ser interpretada. O autor supracitado, cita basicamente três correntes. 
 A primeira corrente considera o tempo efetivamente trabalhado, não considerando as paralisações do empregado durante a jornada. Mesmo estando na empresa, considera-se somente o tempo em que o trabalhador esta efetivamente prestando serviços. Esta teoria não é aplicada na legislação atual, uma vez que a CLT julga como tempo de serviço da mesma forma o período em que o obreiro está à disposição do empregador, aguardando ordens, por exemplo. 
 Na segunda teoria citada por Delgado (2016) o tempo à disposição do empregadorengloba o momento em que o empregado chega à empresa até o momento em que se retira dela. Este é o critério padrão adotado como regra para a contagem da jornada de trabalho no Direito Brasileiro. Nesta corrente, o tempo em que o trabalhador permanece a disposição da empresa deve ser remunerado como serviço extraordinário, se acrescidos ao final da jornada. 
 Por fim, a terceira corrente considera como jornada de trabalho o período compreendido entre o momento em que o empregado sai da sua residência até quando ele regressa. Trata-se de uma corrente polêmica, pois em muitos casos o empregado pode residir muito longe da empresa e ficar horas no trânsito, o que geraria altos custos ao empregador. 
 O artigo 4º da CLT, conforme regras atuais considera como tempo de serviço todo o período em que o empregado está a disposição da empresa, mesmo que esteja cuidando de assuntos pessoais, como alimentação, higiene e troca de uniformes. Com a reforma da CLT esta situação se altera um pouco, pois o mesmo artigo terá um mesmo parágrafo para especificar situações do cotidiano que não serão mais consideradas como tempo à disposição do empregador, assim ficando fora da jornada de trabalho. Alguns exemplos são a permanência do empregado na empresa para proteção pessoal em razão de condições climáticas ou para o desenvolvimento de atividades particulares, como praticas religiosas, descanso, estudo, alimentação e troca de roupa quando não há obrigatoriedade de que ela seja feita na empresa.
 Frente ao exposto, pode-se dizer que a empresa Vaca Viúva estava errada ao exigir que seus funcionários chegassem a empresa com trinta minutos de antecedência para fazer a troca de roupa sem que este período fosse contabilizado como jornada de trabalho.
-CONCLUSÃO
 Este estudo partiu do caso da empresa Vaca Viúva, uma indústria do ramo de frigorífico, que buscando expansão acabou se deparando com uma série de dificuldades, o que é bastante comum no mundo empresarial.
 O estudo buscou soluções para o caso apresentado, abordando conceitos de diferentes áreas de conhecimentos. Inicialmente voltou-se ao Direito empresarial, onde se verificou a distinção entre os bens pertencentes à sociedade e aquele pertencente aos seus sócios. Além disso, refletiu-se sobre o instituto da falência e seus requisitos, assim como a importância e utilidade do mesmo.
 O trabalho também abordou questões relacionadas ao aos métodos quantitativos, onde foram analisadas algumas informações financeiras da empresa por meio de tabelas, gráficos e medidas de tendência central, mostrando que existe uma série de ferramentas que podem auxiliar os gestores na gestão financeira, facilitando a organização e acompanhamento dos dados.
 O estudo também tratou sobre modelos de gestão onde se abordou as fases pelas quais deve passar um processo de tomada de decisão, e também o modelo de gestão enxuto e gestão participativa, os quais certamente poderão contribuir com a organização em estudo, gerando melhorias em termos de produtividade, competitividade e comprometimento por parte dos profissionais. 
 A responsabilidade social e ambiental também é um tema de grande relevância que foi tratado no estudo. A sociedade cada vez mais está valorizando as empresas que demonstram responsabilidade naquilo que fazem. Mais do que produzir produtos e serviços de qualidade, é preciso saber respeitar o ambiente em que a empresa se insere reduzir desperdícios, auxiliar as pessoas na busca pelo desenvolvimento social e econômico, e consumir recursos de maneira sustentável. Atuando na área frigorífica, a empresa Vaca Viúva tem muito a pensar, buscar soluções e métodos que possam contribuir com a sustentabilidade de seu negócio.
 Por fim, o estudo refletiu sobre a temática legislação social e trabalhista, onde se abordou a situação em que a empresa exigia que os funcionários chegassem trinta minutos antes de iniciar o expediente para vestir as roupas adequadas aos processos de higiene, sem que este horário fosse contabilizado para fins de pagamento. Abordou-se o conceito de tempo à disposição do empregador, onde verificou-se que existem diferentes correntes que abordam o tema, no entanto, no direito brasileiro, adota-se aquela em que é considerada jornada de trabalho todo o tempo em que o funcionário estiver a disposição do empregador. Portanto, se a empresa exige que o funcionário chegue mais cedo terá sim que indenizá-lo.
Ao final deste estudo, acredita-se que ele alcançou seus objetivos, pois viabilizou um estudo prático/teórico, onde foi possível visualizar a aplicação dos conceitos abordados em um caso fictício, assim contribuindo para a formação do conhecimento acadêmico.
REFERÊNCIAS
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BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento. Disponível em: <https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home>. Acesso em: 29 de Setembro de 2017.
CERTO, S.C. Administração Estratégica: planejamento e implantação da estratégia. 2 ed. São Paulo: Pearson, 2005.
CHIAVENATO, I. Recursos Humanos: O capital intelectual das organizações. 8. ed. São Paulo: Atlas, 1994.
DELBONO, Fátima. Responsabilidade social da empresa. Editora e Distribuidora Educacional S.A.: Londrina, 2016. 
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 15. ed. São Paulo: LTr, 2016.
IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Disponível em: <http://www.ibgc.org.br/>. Acesso em: 29 de Setembro de 2017.
MAINARDES, Emerson Wagner. Percepções dos Conceitos de Qualidade e Gestão pela Qualidade Total: estudo de caso na universidade. Disponível em: http://www.revista.ufpe.br/gestaoorg/index.php/gestao/article/view/200/181. Acesso em: 06 de Março de 2018.
MAXIMO, Lorena Batista. Desconsideração da personalidade jurídica das sociedades empresárias modernas. Disponível em: <http://www.publicadireito.com.br/conpedi/manaus/arquivos/anais/bh/lorena_batista_maximo.pdf>. Acesso em: 16 de Março de 2018.
MAZZAFERA, Luiz Braz. Curso básico de direito empresarial. Bauru: Edipro, 2003.
MELO NETO, Francisco Paulo de; FROES, César. Gestão da responsabilidade social corporativa: o caso brasileiro. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001.
MELO NETO, Francisco Paulo de; FROES, César. Gestão da responsabilidade social corporativa: o caso brasileiro. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001.
MELO, Maria Cecilia Alcantara de; ANDRADE, Claudia Cristina de; PEREIRA, Fernanda Ribeiro; SHIAWAKU, Eliane; JÚNIOR. Vladas Urbanavicius. A Lei Sarbanes Oxley dentro do conceito de Governança Corporativa. Disponível em: http://www.excelenciaemgestao.org/Portals/2/documents/cneg5/anais/T8_0152_0786.pdf. Acesso em: 01 de Março de 2018.
NEGRÃO, Ricardo. Manual de direito comercial e de empresa. São Paulo: Saraiva, 2004. 
PAIVA, Marcelo José Cruz; NETO, Pedro Lacerda. Os princípios fundamentais de contabilidade e a contabilidade governamental: uma análise à luz do princípio da prudência. Disponível em: <http://portal2.tcu.gov.br/portal/pls/portal/docs/2055716.PDF>. Acesso em: 16 de Março de 2018.
PERDIGÃO, João Gabriel de Lima. Processo Decisório: um estudo comparativo da tomada de decisão em organizações de segmentos distintos. Disponível em: http://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos12/7416262.pdf. Acesso em: 16 de Março de 2018.
PERTILE, Luís Carlos. Compromisso Social Empresarial ou Responsabilidade Social das Empresas: O Mercado no Lugar do Estado? Disponível em: http://tede.pucrs.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1808. Acesso em: 15 Abr. 2017.
RIAN, Aline Mattos. Estudo de caso: o Lean Manufacturing aplicado na Becton Dickinson. Disponível em: <http://www.fmepro.org/XP/editor/assets/DownloadsEPD/TCC_jan2007_AlineRiani.pdf>. Acesso em:15 de Março de 2018.
SILVA, Ernestino Amaro Da; SANTOS, Kassia Tamires De Lima; SILVA, Lucicleide Alves De Luna . Análise e Discursão da Administração Participativa. Disponível em: http://www.facol.com/talentosadministrativos/artigos/Administracao-Participativa.pdf. Acesso em: 16 de Março de 2018.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Bruno Gabriel
Dayane Antunes da Silva
Gabriel Victor Nobre Cardoso
Renata Silva Rodrigues
Vanir Alberto Martins Junior
produção textual interdisciplinar em grupo FRIGORÍFICO VACA VIÚVA
JANAÚBA/MG
2018
Bruno Gabriel
Dayane Antunes da Silva
Gabriel Victor Nobre Cardoso
Renata Silva Rodrigues
Vanir Alberto Martins Junior
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO
FRIGORÍFICO VACA VIÚVA 
Trabalho de grupo apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina: Direito Empresarial, Métodos Quantitativos, Modelos de Gestão, Responsabilidade Social e Ambiental; Legislação Social e Trabalhista, Seminário Interdisciplinar III. 
Prof. João Scaff, Marcelo Silva de Jesus; Henry Tetsuji Nonaka; Luisa Maria Sarabia Cavenaghi; Natalia Branco Lopes Krawczun; Suzi Bueno de Almeida; André Machado; Emília Yoko Okayama;
JANAÚBA/MG
2018

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