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ORIGEM E FORMAÇÃO DOS SOLOS G eo te cn ia I Profa. : Melina Freitas Rocha Disciplina: Geotecnia 1 Pontifícia Universidade Católica de Goiás PARTÍCULAS DO SOLO Ø ORIGEM DO SOLO: todos os solos se originam da decomposição das rochas que constituíam inicialmente a crosta terrestre. • Agentes físicos • Agentes químicos ∆T provoca trincas, o congelamento exerce elevadas tensões, fragmentando blocos. Fauna e flora provoca ataques químicos; hidratação, hidrólise, oxidação, lixiviação. Esses processos são mais atuantes em climas quentes do que frios, levando a formação de solos com diferentes partículas e composições químicas. As características dos solos dependem da rocha que lhe deu origem. 2 G eo te cn ia I ORIGEM DOS SOLOS Ø FATORES QUE INFLUENCIAM: • Material de origem (rocha ou solo) • Clima • Relevo • Biosfera • Tempo 3 • ROCHA intemperismo • Solo Jovem (residual) + intemperismo • Solo maduro G eo te cn ia I ORIGEM DOS SOLOS Ø Solo Jovem (solo residual): é um solo que ainda contém características da rocha que lhe deu origem, é pouco intemperizado e encontram-se no local onde foram formados. • solo residual maduro: é um solo superficial e que perdeu a estrutura original da rocha mãe e tornou-se relativamente homogêneo; • solo saprolítico: solo que mantém a estrutura original da rocha mãe, inclusive veios intrusives, fissuras e xistosidade, mas perdeu a consistência de rocha, solo residual jovem. • rocha alterada: horizonte em que a alteração progrediu ao longo de fraturas, deixando intactos grandes blocos de rochas. Ø Solos transportados: são aqueles que foram levados por algum agente de transporte. • solos coluvionares: são formados por ação da gravidade. 4 G eo te cn ia I ORIGEM DOS SOLOS • solos aluvionares: são resultantes do carreamento pela água; • solos eólicos: são solos transportados pelo vento; • drifs: solos transportados por geleiras. Ø Solos orgânicos Ø Solos lateríticos: apresentam elevada concentração de ferro e alumínio, ficando assim avermelhados. Quando compactados possuem alta capacidade de suporte. Fatores que influenciam a formação dos solos: • Material de origem (rocha ou solo) • Clima • Relevo 5 • Biosfera • Tempo G eo te cn ia I ORIGEM DOS SOLOS Ø Material de origem Rochas basálticas dão origem a solos de textura argilosa; Solos derivados de arenito são arenosos; Material rico em quartzo, conferem ao solo cor clara. 6 quartzo basalto arenito granito G eo te cn ia I ORIGEM DOS SOLOS 7 Evolução do solo: G eo te cn ia I ORIGEM DOS SOLOS 8 Camadas de solo, região tropical: G eo te cn ia I ORIGEM DOS SOLOS 9 Ø Constituição mineralógica dos solos: os minerais encontrados nos solos são basicamente os mesmos da rocha matriz. Os argilos minerais são os que dão um comportamento diferencial aos solos. Caulinita x Montimorilonita C : ligadas por pontes de hidrogênio (1:1), argilo mineral altamente resistente e estável. Altamente intemperizado. M : ligada por cátions Ca+2 e Na+(2:1), ligações fracas, pouco resistentes, área pouco intemperizadas. G eo te cn ia I ORIGEM DOS SOLOS 10 Ø Tamanho e forma das partículas: Segundo a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas e Souza Pinto pode-se adotar as faixas de tamanho de grãos: FRAÇÃO LIMITES (ABNT) LIMITES (Sousa Pinto) Matacão de 20 cm a 1 m de 25 cm a 1 m Pedra de 60 mm a 20 cm de 76 mm a 25 cm Pedregulho de 2,0 mm a 60 mm de 4,8 mm a 76 mm Areia grossa de 0,60 mm a 2,0 mm de 2,0 mm a 4,8 mm Areia média de 0,20 mm a 0,60 mm de 0,42 mm a 2,0 mm Areia fina de 0,06 mm a 0,20 mm de 0,05 mm a 0,42 mm Silte 0,002 mm a 0,06 mm 0,005 mm a 0,05 mm Argila inferior a 0,002 mm inferior a 0,005 mm # n° 200 = 0,075mm a mais fina usada em laboratório. G eo te cn ia I ORIGEM DOS SOLOS 11 Ø Tamanho e forma das partículas: Nomenclatura mais comum: Pedregulho→ Areia→ Silte→ Argila G eo te cn ia I ORIGEM DOS SOLOS 12 Ø Tamanho e forma das partículas: Arredondadas: predominam em pedregulhos, grão de areia e siltes; Lamelares: predominam em argilas e mica; Fibrilares: caract. de solos altamente orgânicos (Turfas). Ø Sistema solo-água-ar: G eo te cn ia I Partículas de solos Vazios - Água (Solo Saturado) - Água + Ar (Solo Não Saturado) ORIGEM DOS SOLOS 13 Ø Sistema solo-água-ar Ge ot ec ni a I ORIGEM DOS SOLOS 14 Ø Sistema solo-água-ar Da combinação das forças de atração e repulsão entre as partículas resulta a estrutura dos solos, que se refere à disposição das partículas na massa de solo e às forças entre elas. Há dois tipos básicos de estrutura: • estrutura floculada: quando os contatos se fazem entre face-aresta • estrutura dispersa: quando as partículas se posicionam paralelamente, face-face. G eo te cn ia I - + - - INDENTIFICAÇÃO DOS SOLOS POR MEIO DE ENSAIOS 15 A identificação dos solos por meio das partículas que constituem os solos, são empregados dois tipos de ensaios: análise granulométrica e os índices de consistência. Ø Análise granulométrica Estudo das distribuição do tamanho dos grãos constituída em duas fases: • peneiramento= para partículas superiores a 0,075mm; • sedimentação=para partículas menores que 0,075mm, Lei de Stokes. G eo te cn ia I INDENTIFICAÇÃO DOS SOLOS POR MEIO DE ENSAIOS 16 O peso do material que passa em cada peneira, referido ao peso seco da amostra, é considerado como a “porcentagem que passa”, e representado graficamente em função da abertura da peneira, em log. G eo te cn ia I INDENTIFICAÇÃO DOS SOLOS POR MEIO DE ENSAIOS 17 G eo te cn ia I • Granulometria contínua: solo bem graduado • Granulometria descontínua: solo mal graduado • Granulometria uniforme: solo uniforme INDENTIFICAÇÃO DOS SOLOS POR MEIO DE ENSAIOS 18 G eo te cn ia I Ø Parâmetros definidos a partir da curva Granulométrica Diâmetro efetivo – D10 → diâmetro tal que o peso correspondente a partículas menores que este é 10% do peso total da amostra Coeficiente de uniformidade – Cu → informa a graduação Cu<5 – solo uniforme 5<Cu<15 – solo medianamente uniforme Cu > 15 – solo desuniforme Coeficiente de curvatura – Cc → permite identificar descontinuidades da curva Cc= 1 a 3 – solo bem graduado 10 60 D DCu = 1060 2 30 .DD DCc = INDENTIFICAÇÃO DOS SOLOS POR MEIO DE ENSAIOS 19 G eo te cn ia I Ø Nomenclatura dos solos em função da granulometria Fração dominante + subdominante (simples ou composta com sufixo “oso” ou “osa” Ex: argila siltosa, areia silto-argilosa, silte arenoso,... Exercício 1: Com os dados apresentados a seguir, determine: a) A curva granulométrica; b)As porcentagens de pedregulho, areia, silte e argila conforme a ABNT; c) Os valores de Cu e Cc; d) Identificação preliminar do solo. INDENTIFICAÇÃO DOS SOLOS POR MEIO DE ENSAIOS 20 G eo te cn ia I Abertura (mm) Massa retida (g) 4,75 0,0 2,00 21,6 0,850 49,5 0,425 102,6 0,250 89,1 0,125 95,6 0,075 60,4 Fundo 31,2 INDENTIFICAÇÃO DOS SOLOS POR MEIO DE ENSAIOS 21 G eo te cn ia I Ø Limites de Atterberg São teores de umidades limite entre os estados de consistência. Baseiam-se na constatação de que um solo argiloso ocorre com Aspectos bem distinto conforme o teor de umidade. pL wwIP −= INDENTIFICAÇÃO DOS SOLOS POR MEIO DE ENSAIOS 22 G eo te cn ia I Ø Limites de Liquidez wL : teor de umidade do solo com o qual uma ranhura requer 25 golpes para fechar, numa concha. 1 10 100 34 36 38 40 42 44 Teor de Umidade (%) N úm er o de G ol pe s 25 INDENTIFICAÇÃO DOS SOLOS POR MEIO DE ENSAIOS 23 G eo te cn ia I Ø Limites de Plasticidade wP : menor teor de umidade com o qual se consegue moldar um cilindro com 3mm de diâmetro, rolando-se com a palma da mão. IP (%) Descrição 0 Não plástico 1-5 Ligeiramente plástico 5-10 Plasticidade baixa 10-20 Plasticidade média 20-40 Plasticidade alta >40 Plasticidade muito alta INDENTIFICAÇÃO DOS SOLOS POR MEIO DE ENSAIOS 24 G eo te cn ia I Ø Atividade das argilas • Identificar o potencial de expansão de solos argilosos; • Pequenos teores de argila e elevados índices de consistência indicam que a argila é muito ativa; • Depende dos argilominerais presentes no solo; )02,0(arg mmilafração IPIA < = Atividade Descrição 0,75 a 1,25 Normal Menor que 0,75 Inativa Maior que 1,25 Ativa INDENTIFICAÇÃO DOS SOLOS POR MEIO DE ENSAIOS 25 G eo te cn ia I Exercício 2. Com os dados apresentados a seguir, determine: a) Limite de liquidez b) Limite de plasticidade c) Índice de plasticidade d) Atividade, considerando que o solo tem 54,3% de argila. Umidade (%) 41,6 38,9 36,6 34,4 Golpes 11 21 30 42 Umidade (%) 21,0 21,7 20,4 21,3 20,5 20,4 Limite de liquidez Limite de plasticidade
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