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PENA DE MORTE CPM

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Página 1 de 8 
 
 
 
 
 
 
LUIZ CAMILO RAMOS NUNES 
HÉLIO BATISTA MOREIRA JUNIOR 
 
 
 
 
 
 
 
A PENA DE MORTE NO CÓDIGO PENAL MILITAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 DIAMANTINO-MT 
JULHO-2018/1 
Página 2 de 8 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO – ..........................................................................................................3 
 
2. DIREITO A VIDA.................................................................................................................3 
 
3. CODIGO PENAL MILTAR..................................................................................................4 
 
4. PENA DE MORTE NA CONSTUIÇÃO FEDERAL............................................................5 
 
5. PENA DE MORTE NO CODIGO PENAL MILITAR ........................................................6 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. ...................................................................................................................... ...7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 INTRODUÇÃO 
 
Ao decorrer do tempo, homens e mulheres começaram a se reunir em grupos e 
povoados. Surge aì necessidade de organizar esses grupos, essas pré-civilizações, com normas, 
leis e tratados sociais. Como o ser humano tem o seu lado violento, e tende a cometer atos 
violentos com o próximo, a sociedade observa a necessidade de controlar o homem. Nesse 
período histórico, criam-se os Códigos, como por exemplo, o Código de Hamurabi, um dos 
principais norteadores das leis posteriormente criadas. 
 Com a evolução desta sociedade, normas foram criadas e outras foram excluídas, a 
exemplo do Brasil, em seu período colonial, onde se tinha como constituição As Ordenações 
Filipinas, que não economizavam na previsão de pena de morte como pena para crimes, 
sobretudo para aqueles que eram marginalizados pela sociedade, a exemplo dos negros e índios. 
Hoje, entretanto, a previsibilidade desta pena foi alterada. 
 Ao promulgar a Constituição Cidadã de 1988 foi “excluída” a pena de morte para os 
cidadãos brasileiros, porém, existe a possibilidade de utilização da mesma em caso de guerra 
(CF/88, art. 5º, XLVII, a). Por falta de informação ou falta de formação técnica, muitos 
brasileiros desconhece essa previsão de pena capital, e desconhece sobretudo o Código Penal 
Militar, em que este presume a pena de morte e sua possível utilização no ordenamento jurídico 
atual. 
 
2 DIREITO A VIDA 
 
Quando se fala em pena de morte, inevitavelmente falamos sobre a violação do direito 
à vida; essa vida que é protegida por nosso ordenamento jurídico, em que o código civil de 2002 
dispõe que a personalidade civil começa desde o nascimento, portanto, a interpretação também 
se dá a importância da proteção à vida. O direito à vida também é assegurado no art.5º, da 
constituição: 
 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito 
à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
(BRASIL,1988) 
 
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Vale também ressaltar os tratados internacionais em que o Brasil é signatário, em 
que o estado mostra a importância do direito à vida. Um dos mais importantes é o Pacto de 
São José da Costa Rica (1969) que dispõe, em seu artigo 4º que toda pessoa tem o direito de 
ter sua vida respeitada. Esse direito deve ser protegido pela lei, em geral, desde o momento da 
concepção. Ninguém pode ser privado da vida, arbitrariamente 
 
3 CÓDIGO PENAL MILITAR 
 
O Código Penal Militar não é uma novidade atual, ele tem sua criação muito mais 
antiga que nós imaginamos. Não temos uma precisa data de quando este código entrou ao 
ordenamento jurídico como uma instituição. No Brasil o primeiro Código Militar é datado do 
ano de 1763. O código penal militar foi editado com o decreto-lei nº 1.001, de 21 de outubro 
de 1969. 
O instituto visa a regularização das forças militares, e promover a ordem jurídica 
militar. Sobre o CPM, Romero (1994, p. 1) pontua que “consiste no conjunto de normas que 
definem os crimes contra a ordem jurídica militar, cominando-lhe penas, impondo medidas de 
segurança e estabelecendo as causas condicionantes, excludentes e modificativas da 
punibilidade.” 
Assim, no ordenamento jurídico, não se tem somente o Código Penal comum, aquele 
em que são aplicadas normas a sociedade em geral, mas, um Código Penal especial, em que as 
normas e penas serão somente aplicadas aos membros do Exército, da Marinha e da 
Aeronáutica, e aplicável também às forças auxiliares, sendo estas, o corpo de Bombeiros Militar 
e a Polícia Militar. "O Direito Penal Militar pode ser indicado como Direito Penal especial, pois 
sua aplicação se realiza por meio da justiça penal militar" (LOBÃO, 1999, p. 33). 
Portanto o código não é somente especial por tratar de um público em especial, mas 
também por tratar de uma matéria especial. Em virtude desta divisão de códigos, obteve a 
necessidade de criar tribunais especiais para um devido tratamento desta meteria jurídica. A 
própria Constituição de 1988 prevê a Justiça Militar Federal e Justiça Militar Estadual, sendo 
atribuído a estes tribunais o processo e julgamento dos crimes militares. 
Conforme o art.9 e art.10 do CPM, os crimes militares são subdivididos entre os crimes 
cometidos em tempo de paz e os cometidos em tempo de guerras. Mas dentro do Código 
poderíamos enfatizar uma outra subdivisão doutrinária, que trata de crimes propriamente 
militares e impropriamente militares. Segundo Romero (1994): 
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crimes propriamente militares aqueles que só podem ser praticados por militares. É o 
caso, por exemplo, dos crimes de deserção, de cobardia, de dormir em serviço, de 
recusa de obediência, de abandono de posto, etc. Já os crimes impropriamente 
militares são os que, comuns em sua natureza, podem ser praticados por qualquer 
cidadão, civil ou militar, mas que, quando praticados por militar em certas condições, 
a lei considera militares, como os crimes de homicídio e lesão corporal, os crimes 
contra a honra, os crimes contra o patrimônio, os crimes de tráfico ou posse de 
entorpecentes, o peculato, a corrupção, os crimes de falsidade, entre outros. São 
também impropriamente militares os crimes praticados por civis, que a lei define 
como militares, como o de violência contra sentinela (CPM, art. 158). (ROMEIRO, 
p. 68). 
 
4 PENA DE MORTE NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
 
Chamada de pena de morte ou até mesmo de pena capital, é a pena que prevê a morte 
do réu como punição por delitos cometidos. Ao analisar nossa história, vemos que ilustres 
pessoas da sociedade receberam como pena, a morte. Jesus Cristo, Tiradentes, dentre outros 
líderes, receberam a pena capital como forma de punição de seus atos. 
No Brasil, até o ano de 1889, havia a previsibilidade da pena de morte para crimes 
comuns. Após, o Brasil aboliu a pena de morte em tempo de paz. A previsibilidade em tempo 
de guerra. Como especificado em nossa Constituição Federal: 
 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito 
à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
XLVII - não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;(BRASIL, 
1988). 
 
Como vemos, há a previsibilidade de pena de morte na própria Constituição(1988)“Salvo em caso de guerra declarada”, assim quando houver guerra a pena de morte poderá ser 
utilizada como forma de punição para delitos. 
Mas uma pergunta que nos rodeia é, como é decretado essa tal guerra? E essa pergunta 
é respondida também na Constituição Federal: 
 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: 
XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso 
Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões 
legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização 
nacional;(BRASIL,1988). 
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A autoridade responsável por esta declaração de tempo de guerra é o Presidente da 
República, e a guerra só pode ser contra estrangeiro, não se pode declarar uma guerra interna, 
por exemplo. 
Portanto, a única hipótese de acontecer pena de morte no Brasil com o atual 
ordenamento jurídico? É com a declaração de guerra contra outra nação. Por ter tratados 
internacionais aceitos em nosso pais e por nossa constituição ter caráter rígido, somente com a 
promulgação de outra constituição haverá outras hipóteses da presença da pena de morte como 
punição para com os civis. 
 
5 PENA DE MORTE NO CÓDIGO PENAL MILITAR 
 
Por ter a presença na Constituição de uma pena de morte em caso de guerra, o código 
penal militar legisla nessa área, mostrando e limitando a atuação desta punição no ordenamento 
jurídico. 
No Código Penal Militar, por mais que haja toda a restrição sobre a pena de morte, em 
seu artigo 55, especifica esta pena como uma das 7 formas de pena. 
 
Art. 55 – As penas principais são: 
A. Morte; 
B. Reclusão 
C. Detenção; 
D. Prisão; 
E. Impedimento; 
F. Suspensão do exercício do posto, graduação, cargo ou função; 
G. Reforma. (BRASIL,1969). 
 
O meio de execução da pena de morte no Brasil está especificado no Art. 56 “A pena 
de morte é executada por Fuzilamento”. Por assim especificado pelo artigo, a morte será 
executada pelo fuzilamento do réu. Um dos principais motivos para utilização desta execução 
é para a preservação da dignidade pessoal do réu, pois, é um método rápido e que não causa 
constrangimento ao réu. 
Os crimes que têm a previsão de pena capital estão descritos à partir do artigo 355 
(CPM), que prevê várias modalidades de delitos que podem ocorrer. GADELHA (2006) 
especifica em seu artigo quais são estes crimes 
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Dentre os crimes militares em tempo de guerra são previstos os crimes de 
favorecimento ao inimigo (traição, covardia, espionagem, motim e revolta, 
incitamento, inobservância do dever militar, dano, crimes contra a incolumidade 
pública, insubordinação e violência, abandono de posto, deserção e falta de 
apresentação, libertação, evasão e amotinamento de prisioneiros, favorecimento 
culposo ao inimigo, hostilidade e ordem arbitrária); os crimes contra a pessoa 
(homicídio, genocídio e lesão corporal); os crimes contra o patrimônio (furto, roubo, 
extorsão e saque); bem como os crimes de rapto e violência carnal.” (GADELHA, 
2006, p. 1). 
 
Como podemos ver, tem crimes que somente podem ser executados por militares e 
outros que também pode ser executado por civis, e também tem a presunção da pena de morte 
como forma de punição dos delitos praticados em tempo de guerra. 
Portanto, o fato de não termos guerra durante um certo tempo nos fez esquecer que 
esta pena está prevista em nosso ordenamento jurídico, sendo assim, há a previsibilidade da 
pena e formas de como a pena será cumprida, bastando cumprir os pré-requisitos para que haja 
a eficácia da pena no Brasil. 
 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada 
em 5 de outubro de 1988. Disponível em: 
<http//www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm>. Acesso em 
jul 2018. 
 
BRASIL. Código Civil. Disponível em: < 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2002/l10406.htm>. Acesso em jul 2018. 
 
BRASIL. Código Penal Militar. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del1001compilado.htm>. Acesso em jul 
2018. 
 
CAMILA, Czrnhak. ZART; Ricardo Emilio. A possibilidade de pena de morte perante a 
Justiça Militar. Revista Jus Navigandi, Santa Catarina, 2014. Disponível em: < 
https://jus.com.br/artigos/34834/a-possibilidade-de-pena-de-morte-perante-a-justica-militar> 
Acesso em jul 2018. 
 
COSMISSÂO INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Conferência Especializada 
Interamericana sobre Direitos Humanos, 22 de novembro de 1969. Disponível em: < 
Página 8 de 8 
 
https://www.cidh.oas.org/basicos/portugues/c.convencao_americana.htm>. Acesso em jul. 
2018. 
 
GADELHA, Patricia Silva. A pena de morte em tempo de guerra. Jusmilitaris, 2006. 
Disponível em: <http://jusmilitaris.com.br/sistema/arquivos/doutrinas/penademorte.pdf> 
Acesso em jul. 2018. 
 
HOLANDA, Izabele Pessoa. A pena de morte no Brasil. Âmbito Jurídico, Rio Grande, XVII, 
n. 131, dez 2014. Disponível em: <http://www.ambito-
juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=15606&revista_caderno=27>. 
Acesso em jul. 2018. 
 
LOBÃO, Célio. Direito Penal Militar. Ed. Brasília Jurídica. Brasília, 1999. 
 
NEVES, Carlos Eduardo. Sobre a pena de morte no Brasil. DireitoNet. 2010. Disponível em: 
<https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/6729/Sobre-a-pena-de-morte-no-Brasil>. 
Acesso em jul 2018. 
 
PACHECO, Eliana Descovi. Justiça Penal Militar. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, X, n. 41, 
maio 2007. Disponível em: <http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=1885>. Acesso em 
jul 2018. 
 
ROMEIRO, Jorge Alberto. Curso de Direito Penal Militar: parte geral. Ed. Saraiva. São 
Paulo, 1994. 
 
SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: Cortez, 2007.

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