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RESUMO DE PATOLOGIA PROBLEMA 3 & PROBLEMA 5 Próstata • A próstata é um órgão retroperitoneal que envolve o colo da bexiga e a uretra e não possui uma cápsula distinta. No adulto, o parênquima prostático pode ser dividido em quatro zonas ou regiões biologicamente e anatomicamente distintas: as zonas periférica,central e de transição, e a região do estroma fibromuscular anterior. • Histologicamente, a próstata é composta por glândulas revestidas por duas camadas de células: uma camada basal de epitélio cuboide baixo coberta por uma camada de células secretoras colunares. Em muitas áreas existem pequenas dobras papilares do epitélio. Estas glândulas são separadas por um estroma fibromuscular abundante. Os andrógenos testiculares controlam o crescimento e a sobrevida das células prostáticas Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) ou Hiperplasia Nodular • Hiperplasia do estroma prostático e das células epiteliais • – formação de nódulos grandes na região periuretral - quando suficientemente grandes nódulos comprimem e estreitam o canal uretral = obstrução parcial ou completa da uretra - acredita-se que o principal componente do processo “hiperplásico” seja um prejuízo da morte celular • – aumento da proliferação das células estromais • – diminuindo morte das céulas epiteliais • - não considerada uma lesão pré- maligna O principal andrógeno na próstata, constituindo 90% dos andrógenos prostáticos totais, é a diidrotestosterona (DHT), formada a partir da conversão da testosterona pela 5alfa-redutase Esta enzima está localizada quase totalmente nas células estromais --- Portanto, as células estromais são responsáveis pelo crescimento prostático dependente de andrógeno. Acredita-se que os fatores de crescimento induzidos por DHT atuem aumentando a proliferação das células estromais e diminuindo morte das células epiteliais. nódulos hiperplásicos bem delimitados, em sua maior parte constituídos por estroma e glândulas (nódulos estrômato-glandulares) --- menos frequentemente, ser puramente estromatosos ou glandulares • Nódulos hiperplásicos bem delimitados (nódulos estrômato- glandulares) As dobras do epitélio glandular são também mais pronunciadas que na glândula normal. As células epiteliais são colunares, com citoplasma claro de aspecto mucoso, e são mais altas que as da próstata normal Dupla camada de células no epitélio glandular. Em muitos lugares é possível observar que as glândulas são formadas por uma dupla camada de células epiteliais : a mais interna, de células colunares proeminentes, e uma camada periférica de células basais achatadas, que pode ser descontínua. O encontro da dupla camada tem importância para definir a benignidade do processo (ou seja, que se trata de hiperplasia, e não neoplasia) já que nos carcinomas há perda da dupla camada. Na próstata, ao contrário da mama, as células basais não são mioepiteliais. Infiltrado inflamatório intersticial. Pode haver infiltrado linfocitário no estroma dos nódulos e entre os nódulos. Adenocarcinoma da Próstata Em aproximadamente 70% dos casos, o carcinoma da próstata surge na zona periférica da glândula. O tecido neoplásico é granuloso e firme, mas quando incrustado no interior da substância prostática sua visualização pode ser extremamente difícil, sendo mais facilmente aparente à palpação. Histologicamente, a maioria das lesões consiste em adenocarcinomas que produzem padrões glandulares bem definidos, facilmente demonstráveis. As glândulas tipicamente são menores que as glândulas benignas e estão revestidas por uma camada única e uniforme de epitélio cuboide ou colunar baixo. Em contraste com as glândulas benignas, as glândulas do câncer de próstata são mais aglomeradas e caracteristicamente não possuem ramificações e dobras papilares. A camada de células basais externas típicas de glândulas benignas está ausente ACOMETE A GLÂNDULA PERIFÉRICA EXTERNA TECIDO GRANULOSO E FIRME DISSEMINAÇÃO HEMATOGÊNICA (OSSOS) E LINFÁTICA PERDA DA BICAMADA DE CÉLULAS BASAIS ESCORE DE GLEASON Adenocarcinoma da próstata • O tumor é constituido por células pequenas e claras com discreto pleomorfismo nuclear. • Podem estar em arranjo sólido (sem formar glândulas) ou formar microácinos glandulares dispostos muito proximamente entre si (chama-se a isto caráter medular). • O carcinoma infiltra a próstata, da qual ainda se observam algumas glândulas remanescentes e feixes de músculo liso. As glândulas benignas contêm células basais, enquanto que estas estão ausentes no câncer Caráter infiltrativo Adenocarcinoma da próstata infiltrando a musculatura lisa da própria glândula. • Diagnóstico histológico do câncer de próstata é difícil por conta do maeral escasso retirado na biópsia e frequentemente as amostras possuem poucas células malignas em meio a muitas benignas • A α-metilacil-coenzima A- racemase(AMACR) é suprarreguladano câncer de próstata e pode ser detectada por imuno-histoquímica. A maioria dos cânceres de próstata é positiva para AMACR, com a sensibi-lidadevariando • SINCERAMENTE NÃO SEI PORQUE TEM ESSA IMAGEM NOS SLIDES • TOMARA QUE NÃO CAIA☺ MANUTENÇÃO DO TUMOR 1- POTENCIAL DE REPLICAÇÃO ILIMITADO (AUMENTO DAS TELOMERASES) 2- NUTRIÇÃO→ ANGIOGÊNESE 3- INVASÃO E METÁSTASE Principal causa de morbidade e mortalidade •Sub-clones c/ combinação genética para ultrapassar todas as etapas: 1- Perda da adesão 2- Deslocamento celular na matriz Individual: TEM/ Em bloco 3- Invasão de vasos 4- Sobrevivência na circulação 5- Saída do vaso 6- Proliferação Muitas variáveis -Biologia da célula tumoral -Fatores do hospedeiro -Evasão dos mecanismos imunitários -Vencer: -Estresse mecânico de cisalhamento -Apoptose estimulada pela perdade adesão (anoikis) -Defesa imune inata e adaptativa • Lesão precoce ou tardia • Predileção (moléculas de adesão expressas em órgãos alvos/ quimiocinas que se acoplam a órgãos alvos/ “solo infértil” (ex: músculo) Implante em cavidades e superfícies corpóreas • Quando uma neoplasia penetra em um campo aberto natural, ou seja, uma cavidade corpórea Ex: cavidade peritoneal, pleural CARCINOMA DE CÓLON INVADINDO O T. ADIPOSO PERI-INTESTINAL DISSEMINAÇÃO LINFÁTICA • Via mais comum para carcinomas • Pode ser a primeira em muitos tipos de câncer • O aumento de linfonodos próximos a uma neoplasia maligna não necessariamente significa um meio de disseminação da lesão primária • LINFONODO SENTINELA→ linfonodo de uma cadeia mais próximo da lesão → se após um exame histopatológico for notificado o não comprometimento do L. SENTINELA então a cadeia tem baixa probabilidade de conter células tumorais Metástases de linfonodos intertraquobrônquiais (incomum para o CA de próstata) DISSEMINAÇÃO HEMATOGÊNICA • Via típica dos sarcomas • As artérias (por causa de suas paredes espessas) são menos penetradas que as veias - Ocorre principalmente para os ossos (esqueleto axial) porém pode ocorrer disseminação visceral (exceções) - Metástases ósseas são tipicamente osteblásticas (CA de próstata → coluna lombar/ fêmur proximal/ pelve/ coluna torácica/ costelas) • À medida que o tumor avança, as trabéculas do osso esponjoso do fêmur vão sendo destruídas e substituídas pelo tecido neoplásico em arranjo glandular. Os blocos celulares estão envolvidos por abundante tecido conjuntivo, cujo produção é induzida pelo próprio tumor (reação desmoplásica). Freqüentemente mostram luz, contendo material eosinófilo, que pode representarsecreções ou células necróticas. Observam-se mitoses. • Nesta área as trabéculas ósseas circundadas pelo tumor são destruídas, em parte por ação de osteoclastos. • Proliferação óssea reacional. Em outras áreas (menos comuns neste caso), o tumor induz produção de tecido ósseo. As trabéculas ósseas são circundadas por uma fileira de osteoblastos e, em algumas, é possível observar a linha cementante, que indica formação de osso novo. O exame histológico mostra neoplasia bem delimitada e parcialmente pigmentada. O arranjo é sólido, e notam-se áreas irregulares de necrose. As células têm núcleos hipercromáticos e contorno citoplasmático mal definido. Há grande variação na quantidade de melanina, desde ausente até abundante, chegando a ocultar o núcleo. Observam- se mitoses. TUMOR DE PULMÃO • 90% a 95% dos carcinomas →maior frequência mundial e principal causa de mortalidade por câncer → prognóstico ruim Taxas de incidência e mortalidade por câncer de pulmão têm diminuído em homens, mais provavelmente pela diminuição das taxas de tabagismo nos últimos 30 anos A diminuição dos padrões de fumo entre as mulheres está bem atrás dos homens. A cada ano, as mulheres têm morrido mais de câncer • Mutações no gene p53 causadas por benzopirenes (1 dos mais de 60 carcinógenos do tabaco) • Aumento da DNA metiltransferase 1→ hipermetilação • Oxidantes instáveis presentes na fumaçã→ EROS • Via do cP450→ substituição de bases nitrogenadas e diminuição de genes de reparo • Nicotina atua modulando a via do AKT → diminuição da apoptose MAIOR RELAÇÃO COM O FUMO!! • Quando a massa neoplasia começa a crescer ela começa a obstruir a luz do brônquio principal → atelectasia distal + infecção 1- continua a crescer pela luz brônquica →massa intraluminal 2-penetra na parede do brônquio → infiltração para região adjacente da carina ou mediastino 3- cresce ao longo de uma frente ampla para produção uma massa intraparenquimatosa (forma de couve-flor) → empurra a substância pulmonar Tumores volumosos - Áreas focais de hemorragia → pontilhado vermelho - Áreas focais de necrose→ pontilhado amarelho esbranquiçado e amolecimento - Cavitação TECIDO NEOPLÁSICO CINZA ESBRANQUIÇADO, FIRME E DURO EROSÃO DO EPITÉLIO BRONQUICO→ DIAGNÓSTICO POR EXAME DE ESCARRO, LÍQUIDO DE LAVAGEM BRONCOAVEOLAR OU ASPIRAÇÃO ADENOCARCINOMA • Tumor epitelial maligno COM DIFERENCIAÇÃO glandular ou produção de mucina pelas células tumorais • Raramente associados ao tabagismo - Maioria positiva para TTF-1 (fator de transcrição de tireoide) - 80% positivos para mucina Crescimento mais lento que carcinomas de células escamosas → APRESENTAM METÁSTASES AMPLAS E PRECOCES ADENOCARCINOMA – bronquioalveolar • Parênquima pulmonar → regiões bronquioalveolares terminais • Sem evidência de invasão vascular, estromal ou pleural • NÃO MUCINOSO - Nódulo único e periférico - Áreas sólidas, cinza-esbranquiçadas → confundidas com pneumonia - Podem ser ressecados - MUCINOSOS - Nódulos solitários ou nódulos múltiplos (o lobo inteiro pode ser acometido → parece uma pneumonia lobar) - Transluscência mucinosa cinza - Menor probabilidade de ressecção cirúrgica • Crescimento longo de estruturas preexistentes, SEM DESTRUIÇÃO DA ARQUITETURA ALVEOLAR • PADRÃO DE CRESCIMENTO LÉPÍDICO As células tumorais são colunares e crescem forrando os espaços alveolares, geralmente numa camada única O tecido neoplásico imita estruturas glandulares, daí o termo adenocarcinoma. Há atipias nucleares. Em certos locais as células descamam e preenchem parcialmente a luz das cavidades. Células atípicas dentro de um vaso linfático, reconhecível pela presença de células endoteliais. Trata-se de um êmbolo linfático, e levará a metástases linfonodais, ou disseminação do tumor à pleura (através dos vasos linfáticos). CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS • RELACIONADA COM TABAGISMO • ACOMETE BRONQUIOS SEGMENTARES • Tumores bem diferenciados apresentam queratinização e pontes intercelulares • Tumores indiferenciados apresentam atividade mitótica maior • Mais mutações no p53 do que qualquer outro carcinoma de pulmão B, Carcinoma de celulas escamosas bem diferenciado exibindo queratinizacao. CARCINOMA DE CÉLULAS PEQUENAS • MUITO MALIGNO - Não existem a fase in situ - CARCINOMAS MAIS AGRESSIVOS - Contagem mitótica alta (aumento de BCL-2 e diminuição da BAX) - Metástases amplas FORTE RELAÇÃO COM O TABAGISMO (mutações no p53 e RB1) - Associado com produção ectópica de hormônios - Grânulos neuro secretores - Carcinoma de células pequenas combinado → CCP + componente não pequeno → CARCINOMA NEUROENDÓCRINO DE CÉLULAS GRANDES A coloração basofilica das paredes vasculares, em virtude da incrustação de DNA das células tumorais necróticas CARCINOMA DE CÉLULAS GRANDES • Tumor epitelial maligno NÃO diferenciado • Variante histológica é o carcinoma neuroendócrino de células grandes • Nucleos grandes, nucléolos proeminentes e quantidade moderada de citoplasma
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