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Luminotecnica - tecnica e arte

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Texto resumido a partir de reportagem de Nanci Corbioli Publicada 
originalmente em PROJETODESIGN Edição Fevereiro de 2004 
Fonte: http://www.arcoweb.com.br/tecnologia/projeto-luminotecnico-tecnica-e-12-02-2004.html 
12 de Fevereiro de 2004 
Luminotecnia: técnica e arte 
Realizado em dezembro de 2003, o seminário São Paulo Light Show foi organizado 
pela Melkan & Chiarello, sob coordenação técnica da Senzi Luminotécnica, com 
apoio exclusivo da revista PROJETODESIGN, apoio institucional da Asbea e 
patrocínio da DL Iluminação. 
 
O seminário foi composto por palestras ministradas pela arquiteta Neide Senzi, da 
Senzi Luminotécnica; por Mauri Luís da Silva, gerente comercial da Osram; Edson 
Veronese, gerente comercial da Philips; consultor luminotécnico Paulo Candura; 
engenheiro Sidney Biondani; Marc Van Riel, diretor da DL Iluminação; arquiteta 
paisagista Rosa Kliass; e pelos arquitetos Márcio Mazza; Nelson Dupré; Manoel 
Alves Lima; Márcio Kogan e Ricardo Julião. 
A primeira palestra foi ministrada pela luminotécnica Neide Senzi, que apresentou 
os conceitos básicos de iluminação necessários ao desenvolvimento de projetos 
adequados a cada tipo de ambiente. Na abertura, ela defendeu a necessidade de 
conciliar técnica e arte para que o projeto resulte em ambientes agradáveis e bem-
iluminados. 
 
“O requisito da boa iluminação é trabalhar com a qualidade da luz, mas não é só a 
luz correta, que atende a normas, porque isso não significa necessariamente boa 
iluminação. Também não é só criar efeitos de luz e ambientes dramáticos. O 
objetivo é criar espaços bem-iluminados, em que podemos enxergar os objetos, 
realizar bem as tarefas e que nos proporcione bem-estar”, entende a arquiteta. 
 
Segundo Neide, há diversas teorias que tentam explicar o que é a luz. A mais aceita 
é aquela que a define como uma forma de energia radiante, assim como o calor e a 
eletricidade, que se propaga no vácuo, sob a forma de vibrações eletromagnéticas, 
com velocidade de 300 mil quilômetros por segundo. 
 
Outras faixas compõem esse espectro eletromagnético, como as ondas elétricas, de 
rádio, infravermelhas, ultravioleta, luz visível e os raios X, gama e cósmico, entre 
outras. “A única faixa desse espectro que conseguimos enxergar é a da luz visível; 
portanto, a luz é uma onda eletromagnética capaz de sensibilizar o olho humano e 
produzir sensações visuais”, complementa. O espectro visível é compreendido pela 
faixa entre 380 e 770 nanômetros (nm), e a maior acuidade visual do ser humano é 
para o comprimento de onda de 550 nm, ou seja, a faixa da cor amarelo-
esverdeada. Além de luz, as lâmpadas também emitem radiação ultravioleta, 
responsável pelo desbotamento dos objetos a ela expostos, e radiação 
infravermelha, que só pode ser percebida sob a forma de calor. 
 
Há diversas grandezas envolvidas nos projetos luminotécnicos. Entre elas está o 
fluxo luminoso, medido em lumens e definido como a quantidade de energia 
radiante emitida por uma fonte luminosa. 
 
As diversas lâmpadas existentes no mercado emitem diferentes quantidades de 
energia, isto é, possuem diferentes capacidades de iluminar os espaços. A eficiência 
das lâmpadas é dada pela relação entre a quantidade de lumens irradiados e a 
energia consumida. Quanto mais lumens por watt, maior é a eficiência da lâmpada. 
 
A aparência de cor (ou temperatura da cor) da luz é outro aspecto importante e 
representa um dos erros mais comuns em projetos de iluminação, afirma Neide. 
Medida em kelvin (k), a aparência de cor está diretamente relacionada com o uso 
da luz natural. Ao meio-dia, a luz solar tem tonalidade branca, próxima dos 5 mil 
kelvins; no final da tarde, quando é hora de relaxar, a luz natural apresenta 
nuances amareladas. Essa relação é válida também para a iluminação artificial. 
 
Lâmpadas de 2 800 a 3 mil kelvins têm tonalidade branco-amarelada, morna, que 
dá a sensação de aconchego aos espaços. Ela é própria para residências, 
restaurantes sofisticados e em qualquer outro lugar onde é desejável uma 
atmosfera confortável e tranqüila. “Não se deve usar lâmpadas de 3 mil kelvins em 
um escritório, porque as pessoas se sentirão relaxadas, terão sono, e, portanto, o 
rendimento será mais baixo”, exemplifica. 
 
Já as lâmpadas na faixa de 4 mil a 5 mil kelvin proporcionam luz de tonalidade 
branco-azulada. Estimulante, essa faixa de aparência de cor é ideal para ambientes 
onde o ser humano deve estar ativo ou produtivo, tais como escritórios, indústrias 
ou academias de ginástica. 
 
Quando se usam lâmpadas com aparência de cor amarelada, as pessoas têm maior 
sensação de calor, o que implica a necessidade de respeitar diferenças térmicas 
regionais na hora da escolha. A sensação térmica causada pela aparência de cor da 
luz pode ser confundida com o mau desempenho do sistema de ar condicionado. 
Lâmpadas de aparência de cor mais fria dão a sensação de ambientes menos 
quentes, por exemplo. 
 
 
Fidelidade na reprodução de cores 
 
O ser humano tem necessidade de estar em ambientes com iluminação o mais 
parecida possível com a luz natural. O Índice de Reprodução de Cores (IRC) indica 
a capacidade que uma fonte luminosa tem de reproduzir fielmente a cor do objeto 
por ela iluminado. “A luz artificial não pode alterar a percepção que temos das 
pessoas, dos objetos. Se estamos no escritório, queremos ver a fisionomia dos 
nossos colegas, enxergar se eles estão pálidos ou bronzeados”, explica Neide. 
 
O IRC varia de zero a 100, e, quanto maior esse índice, maior será a fidelidade das 
cores. As fluorescentes compactas têm IRC de 85, o que é considerado bom; no 
entanto, com a evolução tecnológica já é possível encontrar fluorescentes de última 
geração com diferentes aparências de cor e IRC de 90 (considerado ótimo). 
Incandescentes dicróicas, PAR, halógenas bipino duplo contato e as incandescentes 
comuns têm IRC de 100, considerado excelente. 
 
Segundo Neide, o IRC incorreto costuma ser responsável pela devolução de 
mercadorias. “Isso acontece com freqüência em lojas que vendem tecidos de 
decoração, carros, roupas etc. O cliente vê uma cor na loja e outra quando chega 
em casa. O biquíni que parece cor-de-rosa no provador iluminado por uma 
fluorescente de baixo IRC, na praia vai se revelar roxo”, explica. 
 
O cuidado na definição do IRC ideal não se aplica apenas a lojas e escritórios. “Se 
estamos num restaurante, queremos ver a aparência da comida; se temos um 
sistema de segurança com circuito fechado de TV, a iluminação deve permitir o 
reconhecimento dos carros, das pessoas”, detalha. A fiel reprodução de cores 
também é essencial aos serviços médicos em geral, inclusive os setores de 
emergência de hospitais. 
 
Outra grandeza usual em projetos é a intensidade luminosa, medida em candelas 
(cd) e entendida como a porção do fluxo luminoso que é irradiada em uma direção 
específica. “Uma incandescente comum pendurada no teto vai irradiar luz para 
todos os lados; uma lâmpada já com refletor, como a PAR ou a dicróica, nos 
permite controlar a emissão desse fluxo”, argumenta Neide. Essa emissão 
controlada é o que possibilita focar determinado objeto numa loja ou criar efeitos 
como bolinhas de luz no piso. 
 
Por essa razão, os catálogos de alguns tipos de lâmpada, como dicróica, PAR ou 
minispot incandescente, trazem a definição de candelas e não de lumens, como, 
por exemplo: dicróicas de 50 watts e 12 graus, 3 400 candelas; incandescentes 
refletoras (spots) de cem watts, mil candelas; PAR 38 de 120 watts, 10 mil 
candelas. 
 
A escolha deve levar em conta fatores como o pé-direito do ambiente e a irradiação 
de calor. “Tenho visto usos bastante inapropriados como lâmpadas AR 70 ou AR 
111 em locais com pé-direito muito baixo. Isso resulta na alta intensidade luminosa 
desejada, mas provoca o superaquecimento naquele ponto. Portanto, para fazer as 
tais bolinhas no piso,deve-se escolher outro tipo de lâmpada mas a mesma 
abertura de facho”, exemplifica. 
 
 
Iluminâncias e luminâncias 
 
Uma das principais ferramentas de cálculo é a iluminância definida como a 
quantidade de fluxo luminoso que atinge uma superfície. Sua unidade é o lux, que 
equivale a um lúmen por metro quadrado. O olho humano adapta-se a grandes 
variações de iluminância, como apenas três lux em noites de lua cheia, 5 mil lux 
em dias nublados ou cem mil lux ao meio-dia de um dia claro de verão. 
 
Existem normas técnicas que determinam a quantidade de lux necessária em 
diferentes situações, como de dez a 30 lux para a iluminação pública, 500 lux no 
plano de trabalho em escritórios, cem lux em salas de estar residenciais ou mil lux 
em indústrias com trabalho de precisão. 
 
“Temos uma norma muito antiga no Brasil, anterior à difusão dos computadores 
pessoais, e por isso já atuamos de forma diferente”, explica Neide. Segundo a 
luminotécnica, nos Estados Unidos e na Europa a definição da iluminância é mais 
variada, permitindo adequar o projeto a cada caso específico, considerando a idade 
dos ocupantes e as preferências pessoais de cada um. 
 
O projeto deve evitar tanto o ofuscamento direto, causado pela visualização da 
fonte de luz, quanto o indireto, como o causado pela reflexão de luz na tela do 
computador. “Esse é um problema bastante comum; daí a importância de usar 
luminárias capazes de controlar a emissão de luz em determinados ângulos”, 
explica. 
Embora ainda não seja comum no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos, 
profissionais também trabalham com o cálculo de luminância, que é o que 
enxergamos da luz. “Ninguém enxerga o fluxo luminoso saindo da lâmpada. Só o 
percebemos quando ele atinge uma superfície qualquer. Ou seja, precisamos da 
reflexão da luz no objeto para que possamos ver esse objeto”, explica. Por essa 
razão, Neide afirma que num futuro próximo o cálculo das iluminâncias será 
substituído pelo da luminância, expressa por candelas por metro quadrado. 
Catálogos europeus e norte-americanos já trazem indicadores de luminância e até o 
Visual Comfort Probability, índice que aponta a possibilida-de de conforto visual 
oferecida por uma luminária. “Para evitar ofuscamento, esses catálogos consideram 
o máximo de 200 candelas por metro quadrado.” 
 
Lâmpada de multivapores metálicos 
 
Projeto de Neide Senzi para o Hospital Paulistano, 
em São Paulo. O corredor central combina luminárias 
circulares de luz azul e orientáveis de luz vermelha 
 
Projeto de Neide Senzi para a Dado Bier em Porto Alegre. 
O clima intimista ideal para casas noturnas é dado pela iluminação em tons amarelos e vermelhos 
 
Projeto de Senzi & Godoy para o pronto-socorro da Amil, 
em Barueri, SP. Foram especificadas lâmpadas de baixo consumo, alta eficiência e boa reprodução de 
cores 
 
Projeto de Senzi & Godoy para o parque Hopi Hari, em Vinhedo, SP. Lâmpadas de vapor metálico nas 
cores verde e azul realçam o volume e o movimento da montanha russa 
 
Lâmpada fluorescente compacta 
 
 
Os módulos de led vem dobrando o fluxo luminoso a cada ano 
 
 
 
Reator eletrônico substitui os antigos 
reatores eletromagnéticos 
 
 
 
Lâmpada halógena dicroica 
 
 
 
Lâmpadas fluorescentes em contínua evolução

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