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DIREITO ADMINISTRATIVO - Cursinho FAP (2)

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PROFESSOR RAFAEL SABINO DE OLIVEIRA
DIREITO ADMINISTRATIVO – PRINCIPAIS TÓPICOS
Considerações iniciais:
Estado: a ADM é um setor do Estado; 
Governo: nasce sendo apenas governo (sec. XVI); nasceu como fruto da vontade concordante de todos os homens; torna o poder impessoal; o mesmo poder que o Monarca/Soberano (poder que não reconhece superior; indivíduo na condição de sujeição; é absoluto, perpétuo e indivisível) possuía foi transferido ao Estado; conclusão: governo é a parte do estado em que o individuo se relaciona politicamente; 
Capitalismo é o modelo econômico burguês; com a falta de mão de obra, a burguesia se vê obrigada a solicitar ao Estado um apoio. Esse, por sua vez, ajuda a classe proletária com saúde, educação, previdência, etc., a fim de que houvesse mais gente capacitada; surgem assim os serviços públicos e o capitalismo volta a crescer (sec. XVII);
Administração Pública: a partir desse momento surge a ADM; é a parte do Estado responsável pela prestação de serviços públicos; agora o Estado passa a ter o dever de prestar esses serviços e os indivíduos passam a ter esse direito; nasce a relação de direitos e deveres e não mais de sujeição; é a parte do Estado com a qual o individuo relaciona-se juridicamente; no governo o indivíduo relaciona-se politicamente.
Manuais conceituam a partir de 02 sentidos:
Governo:
Funcional: é a destinada à definição do interesse público; cabe ao governo captar o interesse da coletividade; o interesse público é a síntese dos interesses individuais integrados a uma coletividade, é o que cada individuo quer; para Renato Alessi o interesse público pode ser primário: que é o interesse da coletividade (melhor saúde, transporte); secundário: é um interesse apenas do Estado, mas que já não coincide com o interesse da coletividade e em algumas circunstâncias se contrapõe à coletividade (exigir mais tributos é interesse do Estado, mas não da coletividade);
Estrutural: os três poderes; não é o poder que é divisível, mas a forma de exercício do poder, portanto o poder é indivisível;
Poder legislativo; defini o interesse público e o coloca na Lei (ato de produção jurídica originário); com a lei cria-se uma obrigação; 
Poder executivo; faz o decreto (ato de produção jurídica secundário); cabe a execução da lei a pedido ou de ofício; 
Poder judiciário; defini o interesse público é o coloca em sentença/acordão; é ato de produção jurídica derivado (parte de lei, mas pode não aplicá-la); somente os atos do poder judiciário se tornam definitivos; tem a função de controle da lei.
Administração Pública:
Funcional: cabe a ADM o atendimento/satisfação do interesse público; 
Estrutural: Dec. Lei 200/67 (recepcionado formalmente como lei ordinária).
Direta; possui autonomia (é sempre limitado, ao contrário da soberania); podem legislar; são os entes federativos; são pessoas jurídico-políticas;
Indireta; são pessoas jurídicas; possuem autonomia administrativa (servidores, gestores, recursos próprios); são as principais responsáveis pela prestação dos serviços públicos; em ordem cronológica são: Autarquia, fundações públicas, Sociedade de economia mista, Empresa Pública; até 98 são estas, com a edição de Emenda Constitucional n.º 19, nasce: Agências reguladoras; Agências executivas; consórcios públicos.
Análises complementares:
União:
Desconcentração: dividi a estrutura interna da pessoa jurídica; são os setores/órgãos; são partes internas de uma pessoa.
Órgãos: são partes internas de uma pessoa jurídica; são eles PE, PL e PJ; são entes despersonalizados; podem praticar atos jurídicos, mas não respondem por eles; Quem sofre é a pessoa na estrutura da qual o órgão se encontra – é a teoria do órgão ou imputação); vale lembrar que toda ADM indireta é do poder executivo.
Conclusão: Cabe ao governo à definição do interesse público e à ADM realizar o atendimento do interesse público; a ADM não pode mudar o conceito de interesse público dado pelo governo, por isso para a ADM o interesse público é indisponível.
Princípio da indisponibilidade do interesse público: institui para a ADM uma série de restrições que os particulares não conhecem por serem titulares da autonomia da vontade; o interesse não é dela, é público; não é ela que define e sim o governo; não é ela que escolhe quem irá atendê-lo, com pouquíssimas exceções quando há discricionariedade.
Princípio da supremacia do interesse público: institui prerrogativas à ADM; só esta acima dos particulares quando atua no interesse público; a supremacia não é da ADM, mas sim do interesse público; essas prerrogativas são meios/caminhos para que o interesse público possa ser atendido adequadamente; prerrogativas são poderes legítimos. Une, portanto, poder e legitimidade.
Regime Jurídico da Administração Pública: 
Tem por fundamento reconhecer à ADM prerrogativas (supremacia do interesse público – traz a verticalidade entre o Estado e o particular) e restrições (indisponibilidade do interesse público) que não são dadas a nenhum particular; reúne as normas aplicáveis à ADM (são normas de direito comum às que se aplicam aos particulares); este regime é derrogatório (revogação parcial) e exorbitante (fora do círculo) do direito comum.
As prerrogativas se justificam somente na medida em que são necessárias para que o Estado logre atingir os fins que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico; a ADM é simples gestora da coisa pública, e possui poderes especiais unicamente como meios, como instrumentos para atingir os objetivos que juridicamente é obrigada a perseguir.
As limitações ou sujeições decorrem do fato de que a ADM não é proprietária da coisa pública, do patrimônio público, titular do interesse público, mas sim o povo; a ADM somente pode atuar quando houver lei que autorize ou determine a atuação, e nos limites estipulados por essa lei.
Espécies:
Regime Jurídico Administrativo ou Regime de Direito Público: deixa à ADM todas as prerrogativas para que sejam utilizadas sempre que necessárias ao atendimento do interesse público; se submetem a este regime toda a ADM Direta e, na ADM indireta, as Autarquia, Fundações Públicas, Agências Reguladoras, Agências Executivas e Consórcios Públicos sob regime de direito público; 
Regime de Direito Privado; excepcionalmente permite prorrogativas, pois se inspira no direito comum; se submetem as Sociedades de Economia Mista, Empresas Públicas e os Consórcios Públicos sob regime de direito privado; essas pessoas se submetem a este regime por estarem atuando no mercado; só com expressa previsão em lei terão prerrogativas, como exemplo, a Petrobras; este regime não deve ser confundido com o regime de direito comum (aplicado as pessoas privadas); as restrições aplicáveis à ADM entre estes regimes são exatamente iguais, diferenciando-se apenas quanto às prerrogativas;
Princípios: principiologia do regime jurídico da ADM: é o início e a continuidade; cria e sustenta, faz nascer e alimenta; tudo que existe está sustentado pelos princípios; são elementos estruturais da ADM; princípios não nascem da lei, nascem da realidade; tomados o texto de lei por referência, eles podem ser expressos ou implícitos; não há grau de hierarquia entre eles; possuem o mesmo valor; não importa se o princípio está expresso na CF ou na lei, possuem o mesmo valor; é impossível aplicar um único princípio, pois não é possível afastá-los; são mutuamente complementares formando um sistema principiológico, portanto não há conflitos reais; em poucos casos há conflitos aparentes que deverão ser ponderados caso a caso.
Os princípios (por estarem expressos são obrigações) do artigo 37 estabelecem restrições à ADM e estão fundados no princípio da indisponibilidade do interesse público;
Legalidade: conceito tradicional: o Estado só pode fazer o que a lei expressamente prevê e o indivíduo tem a liberdade de fazer tudo o que a lei não proíbe (é apropriado pelo modelo de Estado Liberal - preocupado apenas em garantir o interesse do individual); 
a.1) Princípio da Proporcionalidade; é princípio expresso;se relaciona com razoabilidade; na proporcionalidade exige-se adequação entre meios e fins; é a exata medida entre os meios e os fins;
a.2) Princípio da Razoabilidade; é princípio implícito; diz que nenhuma interpretação de lei é válida se produzir resultados absurdos; proibir cães, mas não leão. Não é razoável discriminar estritamente a entrada de cães. Nenhum animal que implique perigo aos passageiros pode entrar; são os olhos da lei;
Moralidade: com a CF/88 passou a ser princípio expresso, anteriormente era implícito; o atuar imoral da ADM é inconstitucional; (teoria dos círculos concêntricos – a moral é um grande círculo ou grande conjunto, todas as regras de convivência humana estão unidas; O direito possui um circulo menor, possui regras de convivência, mas somente as mais importantes; toda regra jurídica é antes uma regra moral, mas nem toda regra moral é de tal importância que se torne uma regra jurídica);
Publicidade: a ADM deve agir a vista de todos; deve poder ser vista em tudo o que faz; o controle só é possível naquilo que é feito de público; não há controle no segredo; possuem duas exceções (autorização de segredo): i) intimidade pessoal: possui desenho na própria CF/88, resguarda os sigilos bancário, fiscal, postal, telefônico, profissional, inviolabilidade domiciliar, tutela do nome, imagem, etc., no entanto podem ser quebrados por decisão judicial, exceto o sigilo profissional; e ii) segurança nacional: é um detalhe do interesse público; ex. art. 24, IX e XIX, da lei 8.666 (dispensa de licitação);
Impessoalidade: aplica-se a relação estabelecida entre a ADM e o particular para dizer que esta relação não pode ser orientada por características pessoais de nenhuma das partes; a impessoalidade aplicada para ADM diz que não é o médico tal que atua no posto de saúde, o servidor X está prestando determinado serviço público, mas sim a ADM que presta tais serviços (trata-se da responsabilidade objetiva dos prestadores do serviço, não se apegando aos sujeitos que realizam o serviço). No outro polo, quando a ADM presta serviço público não deve se apegar a características pessoais para beneficiar ou prejudicar.
Isonomia: não é dado fazer distinções na prestação de serviço público.
Eficiência; não fez parte da redação originária da CF, entrando no texto constitucional com a EC 19/98.
f.1) Sentido Econômico: é fazer mais com menos; apenas no sentido econômico a eficiência não é princípio;
f.2) Sentido Garantista: o direito só tem uma razão: tornar uma vida melhor, pois o direito existe para todos (sistema garantista alemão); 
Prerrogativas da Administração Pública: são poderes legítimos; uma prerrogativa é um poder sempre legítimo (não há abuso de prerrogativa, mas abuso de poder)
Decorrente da Supremacia: refere uma superioridade sobre todos, uma superioridade geral; não é supremacia da ADM e sim do interesse público; podem ser exercidas pela ADM em relação a qualquer particular;
Decorrente da Hierarquia: é o principal critério de organização da estrutura administrativa; hierarquia é o vínculo entre os entes integrantes da estrutura administrativa graduando a competência de cada um segundo relações de coordenação ou subordinação; são entes integrados à estrutura da ADM: a hierarquia é o cimento que mantém as pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos unidos, definindo suas competências; quando os entes estão na mesma linha há uma relação de coordenação; se estiverem em linha vertical haverá uma relação de subordinação; estas prerrogativas só possuem lugar em uma relação de subordinação.
Supremacia:
Poder de Autotutela: súmula 473 do STF: a ADM pode invalidar seus atos quando ilegais ou revogar seus atos discricionários quando deixam de ser oportunos ou convenientes; a autotutela, assim como as demais prerrogativas são poderes-deveres da ADM. Assim diante de qualquer delas, a ADM deve atuar; 
Hoje se fala em analise mitigada da súmula, pois se trazer prejuízo ao particular, a anulação ou revogação deve ser precedida de um processo administrativo;
Invalidade: diante e ciente de um ato inválido a ADM deve invalidá-lo; para que o ato seja invalidado há prazo previsto no artigo 54 da Lei 9.784/99 (Lei federal do Processo ADM), ou seja, prazo decadencial de 5 anos (porque não é prazo de ação, decorre dela para ela mesma) para invalidar seus atos ilegais de que decorram efeitos favoráveis ao particular sem má-fé; a contagem se dá a partir da ciência do ato (portanto, a partir do momento em que a ADM pratica o ato); se o ato ilegal gera efeito patrimonial ao particular este prazo começa a contar a partir do primeiro pagamento; decorrido o prazo decadencial, e havendo efeitos favoráveis ao particular, haverá uma situação consolidada pelo passar do tempo e, se mesmo assim o fizer, haverá abuso; ao contrário, se trouxer efeitos desfavoráveis ao particular, o prazo não será aplicável, podendo ser a qualquer tempo a ADM rever seu ato;
Revogar: diante e ciente de um ato discricionário que não seja mais oportuno ou conveniente a ADM deve revogá-lo; revogação não possui prazo, pois todo ato discricionário é precário;
A CF adota o modelo de administração gerencial, marcado pela ênfase nos controles de resultados e flexibilização dos controles de procedimentos.
São deveres administrativos, dentre outros: poder-dever de agir; dever de eficiência; dever de probidade; dever de prestar contas.
Os poderes administrativos diferem dos poderes políticos – PE, PL e PJ;
São elementos vinculados à competência, finalidade e, para a corrente tradicional, a forma (importantes administrativistas modernos entendem que a forma pode ser tanto vinculada quanto, às vezes, discricionária).
O ato discricionário é aquele que o agente administrativo dispõe de uma razoável liberdade de atuação, podendo valorar a oportunidade e conveniência da prática do ato, quanto ao seu motivo e, sendo o caso, escolher, dentro dos limites legais, o seu conteúdo (objeto); o poder discricionário traduz-se no mérito administrativo;
Somente os atos discricionários podem ser revogados; somente a ADM pode revogar o ato discricionário; o Poder judiciário e o poder legislativo não podem revogar os atos discricionários (só os seus respectivos atos quando atuam como ADM);
Há discricionariedade quando a lei expressamente dá à Administração liberdade para atuar dentro de limites bem definidos; e quando a lei emprega conceitos jurídicos indeterminados na descrição do motivo determinante da prática de um ato administrativo e, no caso concreto, a administração se depara com uma situação em que não existe possibilidade de afirmar, com certeza, se o fato está ou não abrangido pelo conteúdo da norma.
Mesmo os atos discricionários apresentam-se vinculados à estrita previsão da lei quanto a seus requisitos competência, finalidade e, segundo doutrina tradicional, a forma;
O poder discricionário encontra limites: a) lei; b) nos princípios jurídicos administrativos, principalmente o da razoabilidade e da proporcionalidade;
O ato discricionário ilegal ou ilegítimo poderá – como qualquer ato ilegal – ser anulado tanto pela ADM que o praticou quanto pelo Poder Judiciário. O que não pode ser apreciado pelo judiciário (no exercício de sua função jurisdicional) é o mérito administrativo, que consiste justamente na atividade valorativa de oportunidade e conveniência que levou o administrador a praticar o ato e, se for o caso, escolher o seu objeto, dentro dos limites legalmente fixados, ou decorrentes do texto da lei.
O ato que fira a razoabilidade e proporcionalidade é um ato ilegítimo (não meramente inconveniente ou inoportuno), e deve ser anulado (não é cabível cogitar a revogação de um ato, sob o fundamento de que ele seja desarrazoado ou desproporcional).
Hierarquia: 
Subordinação: só existe no âmbito de uma mesma pessoa jurídica, é estabelecida entre agentes e órgãos de uma mesma entidade, verticalmente escalonados, como decorrência do poder hierárquico; a relação entre uma secretaria e uma superintendência, no âmbito de um Ministério,é subordinação; já a relação entre pessoa jurídica da ADM Direta e pessoa jurídica da ADM Indireta é vinculação.
O controle hierárquico é irrestrito, permanente e automático, isto é, não depende de lei que expressamente o preveja ou que estabeleça o momento de seu exercício ou os aspectos a serem controlados. O controle hierárquico permite que o supervisor aprecie todos os aspectos dos atos de subordinados (quanto à legalidade e quanto ao mérito administrativo) e pode ocorrer de ofício ou, quando for o caso, mediante provocação dos interessados, por meio de recursos hierárquicos;
Somente derivam do poder hierárquico as sanções disciplinares aplicadas aos servidores públicos;
Poder Disciplinar: prerrogativa que o superior hierárquico possui de, através de processo administrativo, aplicar sanções aos seus subordinados; por isso, não se admite a punição pela verdade sabida (o próprio superior presenciava o cometimento do ato e na mesma hora aplicava a punição, sem direito de defesa); difere do poder de polícia porque aquele decorre da supremacia e este da hierarquia;
Poder de Revisão: dado ao superior hierárquico para revisar, rever os atos praticados por seus subordinados; quando revisa o superior pode confirmar (visto, que significa ciência e concordância) ou reformar (sempre pode ser reconhecido de ofício e recair sobre o ato todo) o ato;
Poder Recursal: ato do subordinado que atinge o particular e este apresenta um recurso que vai à apreciação do superior hierárquico; pode, por estrita exceção, ser apresentado ex officio pelo próprio subordinado; possui limite objetivo, tantum devolutum quantum apelatum (apenas o objeto do recurso);
Poder de avocação de competência: é chamar para si; o superior traz para o seu exercício uma parcela do exercício de sua competência de seu subordinado; são excepcionais porque importam o exercício da competência distinto da previsão legal; desloca-se apenas o exercício, nunca a sua titularidade; desloca-se apenas uma parte (ínfima), jamais toda competência; não são admitidas nos casos de competência exclusiva (aquela que se afirma com exclusão das outras); não são admitidas se causarem prejuízo tanto ao particular quanto à ADM; a responsabilidade é de quem pratica o ato (quem exerce a competência: na avocação o superior; na delegação o subordinado), com exceção do caso da delegação inválida (o superior delegou o que não podia delegar) e o subordinado exerce/cumpre corretamente, somente o superior responderá; caso o subordinado tenha conhecimento e cumpre de forma errada, cada qual responderá pela medida de sua responsabilidade;
Poder de delegação de competência: tem sentido contrário; o superior entrega uma parcela do exercício de sua competência para ser exercida pelo seu subordinado; são excepcionais porque importam o exercício da competência distinto da previsão legal; desloca-se apenas o exercício, nunca a sua titularidade; desloca-se apenas uma parte (ínfima), jamais toda competência; não são admitidas nos casos de competência exclusiva (aquela que se afirma com exclusão das outras); não são admitidas se causarem prejuízo tanto ao particular quanto à ADM; a responsabilidade é de quem pratica o ato (quem exerce a competência: na avocação o superior; na delegação o subordinado), com exceção do caso da delegação inválida (o superior delegou o que não podia delegar) e o subordinado exerce/cumpre corretamente, somente o superior responderá; caso o subordinado tenha conhecimento e cumpre de forma errada, cada qual responderá pela medida de sua responsabilidade;
Poder de Polícia: toda limitação é decorrente de lei; ao mesmo tempo em que a lei cria obrigações ela cria direitos; na abstratação não há conflito, mas quando há a realidade há, por vezes, o descumprimento, surgindo o abuso do direito; para combater a reiteração do abuso há uma sanção; o objetivo maior do poder de polícia é a prevenção, a sanção é meio; pelo Poder Público a ADM limita a conduta (não o direito, pois o direito é somente a lei) individual punindo abusos em detrimento (prevenção) do interesse geral;
Limites do poder policia: todas as limitações possuem vetor na prevenção:
Necessidade; equivale ao princípio da intervenção mínima do direito penal; só deve ser aplicado quando estritamente necessário; as punições não podem ser banalizadas;
Proporcionalidade; necessidade e adequação entre o meio e o fim; exata medida entre a gravidade do fato e a aplicação da medida;
Eficácia; é o que tem condições de gerar todos os efeitos esperados;
Polícia Administrativa: é preventiva (evitar o cometimento de abusos ou ilegalidades) e também ostensiva (porque está a serviço da prevenção, por exemplo, militar); 
Polícia Judiciária: é repressiva (só atua após a ocorrência do cometimento, buscando indícios de autoria e materialidade, mas não é ostensiva); 
O poder de polícia de que dispõe a ADM para, na forma da lei, condicionar ou restringir o uso de bens, o exercício de direitos e a prática de atividades privadas, visando a proteger os interesses gerais da coletividade.
O poder de polícia acarreta restrições à esfera jurídica individual do administrado, a seus direitos e interesses, ao passo que a prestação de serviços públicos tem efeito exatamente oposto, isto é, amplia a esfera jurídica individual do particular destinatário, portanto se traduz no oferecimento, pelo poder público, de prestações positivas, de comodidades ou utilidades materiais diretamente fruíveis pelo usuário do serviço. O poder de polícia integra o rol de atividades jurídicas do Estado, enquanto que os serviços públicos integram as atividades sociais do Estado; é tradicional a doutrina apontar como distinção entre a polícia administrativa e serviço público o fato de que a primeira seria atividade negativa e o segundo atividade positiva;
O exercício da policia administrativa esgota-se no âmbito da função administrativa, enquanto que a polícia judiciária prepara a atuação da função jurisdicional penal. O exercício da policia administrativa se dá sobre atividades privadas, bens ou direitos, enquanto que a polícia judiciária incide diretamente sobre pessoas; o polícia administrativa é desempenhada por órgãos administrativos de caráter fiscalizador, integrantes dos mais diversos setores de toda a administração pública, ao passo que a polícia judiciária é executada por corporações específicas (a polícia civil e a polícia federal e ainda, em alguns casos, a polícia militar, sendo que esta última exerce também a função de polícia administrativa);
O poder de polícia pode ser exercício preventivamente ou repressivamente. O primeiro exige que a ADM dê anuência para que o particular possa utilizar bens ou exercer atividades; o consentimento é formalizado pelo alvará que pode ser de licença (ato administrativo vinculado e definitivo pela qual a administração pública reconhece qual o particular detentor de um direito subjetivo preenche as condições para o seu uso e gozo) ou de autorização ato administrativo discricionário e precário (em regra, sem direito a indenização) por meio do qual a ADM possibilita ao particular a realização de atividade privada de predominante interesse deste, ou a utilização de um bem público. Já quando é repressivamente, é consubstanciado na aplicação de sanções administrativas como consequências da prática de infrações a normas de polícia pelos particulares a elas sujeitos.
A rigor, a principal finalidade da fiscalização é preventiva, traduzida no intuito de dissuadir os particulares de descumprirem as normas de polícia, bem como identificar prontamente os casos de inobservância dessas normas, limitando os danos decorrentes, ou mesmo evitando que os aconteçam.
Qualquer medida imposta no exercício da atividade de polícia administrativa deve ser adotada com observância do devido processo legal, para que seja assegurado ao administrado o direito à ampla defesa.
O ciclo de polícia se desenvolve em quatro fases: a) ordem de polícia (é a legislação que autoriza a pratica de determinados atos pela ADM); b) consentimentode polícia (anuência prévia da ADM quando exigida); c) fiscalização de polícia (Verificação do cumprimento das ordens de polícia pelo particular a elas sujeitos); d) sanção de polícia (atuação administrativa coercitiva);
Somente as fases de ordem de polícia e de fiscalização de polícia estarão obrigatoriamente presentes em todo e qualquer ciclo de polícia;
Poder de polícia originário é o da ADM Direta, já o poder de polícia secundário é o da ADM Indireta; o STF entende que o exercício do poder de polícia não pode ser delegado a entidades particulares (parte da doutrina e uma turma do STJ entende que as fases de fiscalização de polícia e consentimento de polícia podem ser delegadas a entidades particulares, pois consideradas em si mesmas, não possuem natureza coercitiva;
São atributos do poder de polícia: a) discricionariedade; b) autoexecutoriedade: não está presente em todos os atos de poder de polícia, somente quando a lei expressamente prevê e, mesmo quando não previstas, em situações de urgência; se subdivide em exigibilidade e coercibilidade. A primeira está em todos, a segunda não; c) coercibilidade: possibilidade de as medidas adotadas pela ADM serem impostas coativamente pelo administrado, inclusive mediante emprego de força.
Poder Normativo: poder de editar atos genéricos e abstratos de caráter obrigatório (norma é o conteúdo da lei; é o sentido extraído de cada uma das palavras que compõe os termos da lei; a lei é a forma da autoridade, pelo simples fato de estar nela, torna-se obrigatória); decretos são expedidos pelos chefes dos poderes, pois a ADM não faz lei; 
Poder regulamentar: a lei é genérica e abstrata, por isso é uma hipótese e, às vezes, nunca será aplicável; quando é muito abstrata deve ser editado um regulamento que agirá sobre a realidade, reunindo um conjunto de condições que permita a plena aplicabilidade da lei; o regulamento é sempre subordinado à lei; é um ato derivado;
Prescrição: prescreve em 5 anos a ação punitiva da ADM Federal, Direta ou Indireta, objetivando apurar infração à legislação em vigor, contados da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado.
A prescrição intercorrente ocorre quando o procedimento administrativo fica paralisado por mais de 3 anos, pendente de julgamento ou despacho (o processo será arquivado e será apurada responsabilidade funcional decorrente da paralisação).
Constituído definitivamente o crédito não tributário, após o término regular do processo administrativo, prescreve em 5 anos a ação de execução da administração pública federal relativa a crédito decorrente da aplicação de multa por infração à legislação;
O exercício ilegítimo das prerrogativas conferidas pelo ordenamento jurídico à administração pública caracteriza, genericamente, o denominado abuso de poder; o abuso de poder pode se dar tanto de forma comissiva quanto de forma omissiva;
O abuso de poder desdobra-se em excesso de poder (quando o agente público extrapola os limites de sua esfera de competências) ou com desvio de poder (quando a atuação do agente, embora dentro de sua órbita de competências, contraria a finalidade explícita ou implícita na lei que determinou ou autorizou sua atuação).
Os atos praticados com desvio de poder são sempre nulos; já os praticados com excesso de poder são nulos quando o vício é de competência quanto à matéria, ou quando se trata de competência exclusiva (se for quanto à pessoa, desde que não se trate de competência exclusiva, poderá ser convalidado);
 
Forma de Intervenção da Administração Pública na propriedade particular: a ADM tem a prerrogativa de ingressar na gestão do patrimônio particular e, por isso, surge 5 formas de ingresso: i) ocupação temporária; ii) requisição administrativa; iii) servidão administrativa; iv) tombamento; e v) desapropriação;
Função administrativa
Espécies da Função Administrativa: parte-se da figura mais antiga para a mais nova; também, na ordem, temos a relação de gênero e espécie;
Serviços públicos: antecede até mesma a própria ADM; 
Sentido amplo; art. 37, 6º, da CF; porque abrange as quatro espécies da função administrativa; a ADM é responsável por todos os serviços públicos prestados;
Sentido Estrito; artigo 175 da CF; incumbe ao poder público a prestação de serviços públicos diretamente ou através de concessão ou permissão, sempre por meio de licitação; a ADM entrega a prestação/exercício da função ADM; ocorre a delegação de serviços públicos; não é transferida a titularidade, mas apenas o exercício; há três formas de delegação: permissão, concessão e parceria público-privada; somente os serviços públicos podem ser delegados a terceiros (o poder de polícia, a intervenção e o fomento não);
Prestação direta; ocorre quando a própria ADM presta o serviço; a ADM Direta presta serviço de forma direta; e a ADM Indireta presta serviço público de forma direta;
Prestação indireta; se caracteriza quando a ADM delega a prestação/exercício ao particular; 
Poder de polícia: já analisado.
Intervenção: será analisado.
Fomento: será analisado.
Serviços Públicos (sentido amplo)
Conceito:
Tradicional: ainda é usado no Brasil, principalmente por Celso Antonio Bandeira de Melo; ele se apega ao artigo 173 da CF quando diz que a ADM pode atuar no mercado por intermédio da SEM, EP e Consórcios públicos em regime de direito privado, admitindo a exploração exclusivamente econômica, desde que possuindo as mesmas prerrogativas que particulares;
I. Material ou Objetivo: fala do conteúdo; serviços públicos são utilidades ou comodidades concretas diretamente fruíveis/aproveitáveis pelo particular;
II. Subjetivo: fala do sujeito; serviços públicos são prestados diretamente pela ADM ou através de particulares em delegação; é a prestação direta e indireta;
Formal; diz respeito ao regime jurídico; são serviços públicos apenas os prestados sob regime de direito público;
Atual; atualmente é o mais utilizado; diverge do anterior principalmente pelo fato de que o serviço público não é prestado exclusivamente sob regime jurídico de direito público (a própria CF admite que serviços públicos podem ser prestados por pessoas de direito privado) e a própria realidade diz isso, como a Caixa Econômica Federal; 
Princípios:
Continuidade; serviços públicos não podem parar; deve ser prestado sem interrupção; não podem parar porque os serviços públicos são essenciais a dignidade humana; tem como consequências a restrição ao uso da exceção de contrato não cumprido (via de defesa do particular, mas deve ser respeitado o prazo de 90 dias para que seja interrompido e exigido a rescisão do contrato – independente de que a falta de pagamento seja parcial ou total), restrição ao direito de greve do servidor civil (ao servidor militar são proibidas a greve e sindicalização; o servidor civil pode fazer greve ou sindicalizar-se, mas na greve do servidor civil, o serviço público não pode ser paralisado por completo), e a possibilidade da encampação (forma de extinção da concessão de serviço publico pela retomada do serviço público pelo poder concedente; põe fim ao contrato de concessão, mas em nenhum momento ocorre a paralisação da prestação do serviço público);
Mutabilidade/adaptabilidade dos meios aos fins: reconhece que a ADM pode mudar a forma de prestação do serviço visando melhor atender o interesse público; a ADM pode exigir que o particular se adapte ao melhor interesse público; com isso nasce algumas prerrogativas como a possibilidade de alteração do valor inicial do contrato, possibilidade de a qualquer momento rescindir o contrato, respeitado o prazo e, se for o caso, indenizado o particular;
Isonomia: os serviços devem ser prestados de forma igual; a isonomia é alcançada pela ADM se respeitado o princípio da impessoalidade;
 
Classificações:
Uti Singule: são aqueles que servem singularmente; são os prestados para os usuários identificados ou identificáveis, como a energia elétrica; via de regra são custeados pelo pagamento de taxa pelo usuário (tributosvinculados);
Uti Universi: são prestados pela coletividade em geral, não sendo possível identificar usuários; são custeados pelos impostos (tributos não vinculados);
Serviços essenciais: todos os serviços públicos; também chamados de serviços impróprios (atividades particulares, de grande relevo público e que por isso são fortemente fiscalizadas pelo Estado, como a atividade bancária); via de regra, não há serviço público que não seja essencial (se é serviço público é porque é essencial);
Serviços não essenciais: são todos os outros serviços como fabricação de balas, chocolates, não são essenciais à dignidade humana;
Delegação: A delegação de serviço público deve se dar ordinariamente por concessão ou permissão, sempre precedida de licitação. A autorização, possível em alguns casos, é medida excepcional;
A delegação nunca transfere a titularidade, somente a prestação/exercício do serviço. Por isso dizer que é prestação indireta do serviço público pelo Estado;
Titularidade: A regra geral dos serviços públicos no Brasil, conforme art. 175 da CF, é que as atividades enquadradas como serviço público sejam de titularidade privativa do Estado, resultando excluída a livre iniciativa; nesses casos, se o serviço puder ser prestado por particulares, forçosamente o será mediante delegação (prestação indireta). Todavia, atividades relacionadas aos direitos fundamentais sociais, embora devam ser prestadas efetivamente pelo Estado, não são de titularidade exclusiva deste. Dessa forma, tais atividades não são retiradas da esfera da livre iniciativa, vale dizer, podem elas ser exercidas por particulares, sem estar submetidas a regime de delegação. Quando são exercidas por particulares, essas atividades classificam-se como serviço privado, sendo, portanto, desempenhadas sob regime jurídico de direito privado, sujeitas, tão somente, a fiscalização e controle estatais inerentes ao exercício do poder de polícia;
Não são considerados serviços públicos: a) a atividade jurisdicional, a atividade legislativa e a atividade de governo (atividade política); b) o fomento em geral (qualquer prestação que seja dar algo ao invés de fazer); c) todas as atividades que impliquem imposição de sanções, condicionamentos, proibições ou quaisquer outras restrições (polícia administrativa e intervenção na propriedade privada); d) as obras públicas (porque não é o fazer algo em si mesma considerada);
A atividade sempre será serviço público quando o ordenamento jurídico determine que ela seja prestada sob regime jurídico de direito público, sendo irrelevantes verificar se ela é, ou não, imprescindível à satisfação de necessidades existenciais do grupo social;
Competência para a prestação: A CF adotou o principio da preponderância do interesse público, segundo o qual há matérias de interesse geral (outorgada à União), interesse regional (outorgadas aos Estados) e interesse local (outorgadas aos Municípios); arts. 21 ao 32 da CF; o STF já decidiu que serviço de transporte intermunicipal é competência estadual; já serviços funerários é competência do Município;
Prestação centralizada: o serviço é prestado pela administração direta.
Prestação descentralizada: o serviço é prestado por pessoa diferente do ente federado a que a CF atribui a titularidade do serviço.
Descentralização por serviços: o serviço é prestado por entidade da administração indireta, à qual a lei transfere a sua titularidade.
Descentralização por colaboração: o serviço é prestado por particulares, aos quais, mediante delegação do poder público, é atribuída a sua mera execução.
Prestação desconcentrada: o serviço é executado por um órgão, com competência específica para prestá-lo, integrante da estrutura da pessoa jurídica do ente que detém a titularidade do serviço.
Prestação desconcentrada centralizada: o órgão com competência específica para prestar o serviço integra a administração direta do ente federado que detém a titularidade do serviço.
Prestação desconcentrada descentralizada: o órgão com competência específica para prestar o serviço integra a estrutura de uma entidade integrante da administração indireta; essa entidade detém a titularidade do serviço.
Prestação direta: o serviço é prestado pela administração pública, direta ou indireta;
Prestação indireta: o serviço público é prestado por particulares, aos quais, mediante delegação do poder público, é atribuída a sua mera execução;
FORMAS DE DELEGAÇAO DA FUNÇÃO ADMINISTRATIVA: PERMISSÃO, CONCESSÃO E PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA.
PERMISSÃO: é o ato discricionário pelo qual a ADM entrega ao particular o uso de um bem público, a execução de uma obra pública ou a prestação de um serviço público; pode ter 3 objetos: a) uso: entrega ao particular o uso de um bem público; o uso é obrigatório; compartilhado; interesse imediatamente público; o particular deve dar uma melhor finalidade; deve conservar, dar melhor finalidade; utilidade; quando a ADM conclui que o particular usa o bem em melhor forma do que a ADM, ela pode delegar ao particular o uso desse bem, excetuando-se os bens exclusivos do estado; permissão de uso difere de autorização de uso e da autorização propriamente pública: a autorização de uso é um ato discricionário pelo qual a ADM entrega ao particular o uso (facultativo, exclusivo) de um bem público, para o interesse mediatamente público, mas imediatamente particular; não é forma de delegação; ato discricionário praticado pela ADM como condição de licitude para a pratica de uma atividade material, por exemplo a autorização para porte de arma de fogo; ainda há a licença: é ato vinculado (preenchidas as condições legais, o particular tem direito de receber a licença – alvará é a forma de externar uma autorização ou licença) apresentado como condição de licitude para a prática de uma atividade material; b) obra: ato discricionário pelo qual o ADM entrega a execução de uma obra pública; c) serviço público: ato discricionário pelo qual a ADM entrega ao particular a prestação de serviço público; aqui a permissão é regida pela lei 8987/95; art.40: a permissão de serviço público será formalizada mediante contrato de adesão, respeitando as demais leis, normas de licitação, atentando-se para sua precariedade e revogabilidade unilateral; por força do princípio da impessoalidade todos os contratos celebrados se formaliza mediante contrato de adesão; para prestação de serviços;
RESUMO PERMISSÃO: delegação da prestação de serviço público, permanecendo a titularidade com o poder público (descentralização por colaboração); prestação do serviço por conta e risco de permissionária, sob fiscalização do poder concedente. Obrigação de prestar serviço adequado, sob pena de intervenção, aplicação de penalidades administrativas ou extinção por caducidade; sempre precedida de licitação. Não há determinação legal de modalidade específica; natureza contratual. A lei explicita tratar-se de contrato de adesão; prazo determinado, podendo o contrato prever sua prorrogação, nas condições nele estipuladas. Celebração com pessoa física ou jurídica; não prevista permissão a consórcio de empresas; delegação a título precário; revogabilidade unilateral do contrato pelo poder concedente;
CONCESSÃO: é contrato pelo qual o poder concedente (União, Estado, DF, ou Município) entrega ao particular/concessionário (será obrigatoriamente uma empresa, individual ou coletiva, dedicada a uma atividade mercantil, por isso não pode ser concessionário uma entidade sem fins lucrativos, etc.) o uso de um bem público, a execução de uma obra pública ou a prestação de um serviço público em favor do usuário; a concessão é um contrato trilateral porque tem como partes o poder concedente, o concessionário (partes formais) e o usuário (obrigação de pagar a tarifa e o direito da prestação de serviço adequado (serviço adequado é o que obedece as condições de regularidade, continuidade, segurança, eficiência; atualidade (o que ainda não se tornou obsoleto/ultrapassado) e modicidade das tarifas (é o menor preço suficiente para remunerar o concessionáriofazendo frente aos seus custos); parte informal, não consta do instrumento do contrato, mas ainda sim está inserida na relação de direitos e deveres); o usuário que não paga tarifa autoriza a suspensão do serviço concessão, sem ofensa ao princípio da continuidade do serviço público; e parceria público-privada somente podem ser licitadas pela modalidade de concorrência; é sempre por prazo certo; o prazo máximo para concessão de serviços públicos é de 25 anos de vigência; formas de extinção: a) pela anulação do contrato; b) desaparecimento da parte, c) falência do contratado; d) caducidade: forma de sansão sancionatória aplicada nos casos em que o concessionário comete uma falta contratual grave a ponto a ensejar a extinção do contrato; só pode ser aplicada mediante processo administrativo, sem indenização do concessionário; e) encampação: retomada do objeto do contrato pelo poder concedente; extingue o contrato mas não suspende a prestação do serviço; deve ser autorizada por lei ordinária específica para este fim; prévia indenização pelo restante do tempo do contrato; rescisão: possui duas características a) só ocorre somente a pedido do concessionário e b) na via judicial;
RESUMO CONCESSÃO: é delegação da prestação de serviço público, permanecendo a titularidade com o poder público (descentralização por colaboração); a prestação se dá por conta e risco da concessionária, sob fiscalização do poder concedente. Obrigação de prestar serviço adequado, sob pena de intervenção, aplicação de penalidades administrativas ou extinção por caducidade; sempre precedida de licitação, na modalidade concorrência; natureza contratual; prezo determinado, podendo o contrato prever sua prorrogação, nas condições nele estipuladas; celebração com pessoa jurídica ou consórcio de empresas, mas não com pessoa física; não há precariedade; não é cabível revogação do contrato;
A lei 9.074/95 tornou obrigatória a edição de lei autorizativa para a execução/outorga indireta de serviços públicos mediante concessão ou permissão. Ficam dispensados os serviços de saneamento básico e limpeza urbana, bem como os que as CE e LO indicarem; ademais independem de concessão, permissão ou autorização: transporte de cargas pelos meios rodoviários e aquaviários; aquaviários de passageiros, que não sejam prestados entre portos organizados; rodoviário e aquaviário realizados por empresas de turismo no exercício da atividade; de pessoas, em caráter privativo de organizações públicas ou provadas, ainda que em forma regular;
Alguns autores defendem hipóteses de inexigibilidade de licitação para contratação, outros entendem ser impossível por expressa vedação constitucional;
O edital poderá prever a inversão da ordem das fases de habilitação e julgamento; vale lembrar que no pregão sempre há inversão das fases de habilitação e julgamento, ao passo que nas concorrências prévias às concessões e permissões de serviços públicos essa inversão só ocorrerá se estiver prevista no edital do certame;
A legislação admite algumas exceções ao permitir que determinadas concessões de serviços públicos (privatizações de serviços públicos) sejam realizadas na modalidade leilão;
Na hipótese de o vencedor seja consórcio, é facultado ao poder concedente, desde que previsto no edital, determinar que ele se constitua em empresa antes da celebração do contrato;
Os autores e responsáveis pelo projeto básico ou o projeto executivo podem participar, direta ou indiretamente, da licitação, assim como ocorre nas parcerias público-privada; nas licitações reguladas somente pela lei 8666/93, a referida participação é vedada;
Inexiste uma modalidade de licitação prevista para as permissões;
O contrato de concessão poderá prever o emprego de mecanismos privados para resolução de disputas decorrentes ou relacionadas ao contrato, inclusive a arbitragem, a ser realizada no Brasil e em língua portuguesa;
O artigo 26 da lei 8.987/95 admite a subconcessão do serviço público concedido, nos termos previstos no contrato de concessão, desde que expressamente autorizada pelo poder concedente. A subconcessão, entretanto, será sempre precedida de concorrência;
Para a subconcessão devem ser respeitadas as seguintes regras: i) a subconcessão tem por objeto parcela do objeto próprio da concessão, ou seja, é subconcedida a prestação de serviço público (e não meras atividades acessórias ou complementares); ii) somente é possível subconcessão parcial; iii) a possibilidade de sobconcessão deve estar prevista no contrato de concessão e tem que ser expressamente autorizada pelo poder concedente; iv) o contrato de subconcessão será sempre precedido de concorrência; portanto, quem efetivamente outorga a subconcessão é o poder concedente, e não a concessionária (esta se limita a pedir ao poder concedente que promova a subconcessão); v) a subconcessionária assume todos os direitos e obrigações que eram da concessionária, relativamente à parte da concessão que foi subconcedida; não se formam, portanto, relações jurídicas entre a concessionária e a subconcessionária, mas, tao somente, entre a subconcessonária e o poder concedente, bem como entre a subconcessionária e os usuários do serviço público subconcedido; vi) o contrato celebrado entre a subconcessionária e o poder concedente é um contrato administrativo, regido pelo direito público; a rigor, é um contrato sujeito, integralmente, ao mesmo regime jurídico a que se submete qualquer contrato de concessão de serviço público.
A transferência da concessão ou a transferência do controle societário da concessionária, sem prévia anuência do poder concedente, implicará a caducidade da concessão (caducidade é a extinção unilateral da concessão pelo poder concedente, em razão de falta imputável à concessionária, portanto, com caráter punitivo). A lei não exige, entretanto, a realização de licitação (a doutrina ente ser inconstitucional a transferência sem a realização de licitação; o STF ainda não se manifestou); é possível ao poder concedente legitimamente autorizar a transferência do controle societário da concessionária, sem que isso implique extinção da concessão, desde que, além da obtenção da anuência prévia, o pretendente satisfaça as seguintes condições: i) atenda às exigências de capacidade técnica, idoneidade financeira e regularidade jurídica e fiscal necessárias à assunção do serviço; e ii) comprometa-se a cumprir todas as demais cláusulas do contrato de concessão em vigor.
O preço público é genericamente empregado para designar os pagamentos de natureza não tributária destinados a remunerar ou a ressarcir o poder público – ou, se for o caso, os seus delegatários – pelo uso de bens públicos por particulares, pela exploração econômica privada de bens e recursos pertencentes ao Estado, ou pela prestação de determinados serviços públicos. Tarifa é, especialmente, o nome dado ao preço público que representa a contraprestação pecuniária de um serviço público, paga diretamente pelo usuário ao respectivo prestador.
O valor da tarifa deve ser tal que assegure à concessionária (ou a permissionária) retorno satisfatório sobre o capital investido; poderá o poder concedente prever, em favor da concessionária, no edital de licitação, a possibilidade de outras fontes provenientes de receitas alternativas, complementares, acessórias ou de projetos associados, com ou sem exclusividade; há a possibilidade de cobrança de tarifas diferenciadas em função das características técnicas e dos custos específicos provenientes do atendimento aos distintos segmentos de usuários; a álea contratual ordinária não protege a concessionária; a alteração do valor das tarifas mediante revisão só se justifica, como regra, nas hipóteses de álea extracontratual e extraordinária.
O vínculo jurídico formado entre o prestador de serviço e o usuário enquadra-se como relação de consumo; as regras concernentes aos direitos e obrigações do usuário têm aplicação tanto às concessionárias quanto às permissionárias de serviços públicos.
As contratações, inclusive mão de obra, feitaspela concessionária serão regidas pelas disposições de direito privado e pela legislação trabalhista, não se estabelecendo qualquer relação entre os terceiros contratados pela concessionária e o poder concedente.
A prévia decretação da utilidade pública ou ad necessidade pública do bem a ser desapropriado é atribuição exclusiva do poder público. Já a execução da desapropriação pode ser encargo do poder público ou da concessionária. Na hipótese de ser encargo da concessionária, a ela incumbirá pagar as indenizações cabíveis (é evidente que tais ônus devem estar previamente explicitados no edital da licitação prévia à concessão, para que possam ser levados em conta pelos licitantes na formulação de suas propostas).
Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade (não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando: i) motivada por razoes de ordem técnica ou de segurança das instalações; ii) por inadimplemento do usuário, considerando o interesse da coletividade), eficiência, segurança, atualidade (compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço), generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas.
A concessão de qualquer benefício tarifário somente poderá ser atribuída a uma classe ou coletividade de usuários dos serviços, vedado, sob qualquer pretexto, o benefício singular.
São cláusulas exorbitantes prevista para os contratos administrativos de um modo em geral: a) alteração unilateral do contrato (em havendo alteração unilateral do contrato que afete o seu equilíbrio econômico-finceiro, o poder concedente deverá restabelecê-lo, concomitantemente à alteração); b) extinção unilateral do contrato (só configuram prerrogativas do poder concedente as hipóteses de extinção unilateral, a saber, a encampação, a decretação de caducidade e a anulação); c) fiscalização da execução do contrato; d) aplicação direta das sanções (são previstas pela lei 8666/93, além da possibilidade de haver outras modalidades previstas no contrato: i) multa de mora; ii) multa por inexecução total ou parcial do contrato; iii) suspensão temporária do direito de participar de licitação e de contratar com a administração, por prazo não superior a dois anos; iv) declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a administração pública, admitida a reabilitação depois de, no mínimo, dois anos, se atendidas as exigências legais; e) decretação da denominada ocupação temporária ou ocupação provisória (não é sanção e sim procedimento acautelatório; a prestação é ocasionada pela prestação do serviço inadequado; a intervenção é determinada por decreto, que deve conter: i) designação do interventor; ii) prazo da intervenção; iii) objetivos e limites da intervenção; não existe intervenção por prazo indeterminado, entretanto a lei 8987/95 não estabelece prazo mínimo nem máximo de intervenção; decretada a intervenção o poder concedente deverá, no prazo de 30 dias, instaurar procedimento administrativo para comprovar as causas determinantes da medida e apurar responsabilidades, assegurado o direito de ampla defesa; deverá ser encerrado no prazo de 180 dias, sob pena de ser declarada inválida a intervenção; a intervenção não resulta obrigatoriamente na extinção da concessão; se não for o caso de extinção, cessada a intervenção a administração do serviço será devolvida à concessionária).
FORMAS DE EXTINÇÃO: a) advento do termo contratual: também chamada de reversão da concessão, ocorre quando chega ao fim o prazo estabelecido no respectivo contrato; os bens reversíveis, especificados no contrato, passam à propriedade do poder concedente; a concessionária tem direito a indenização; o poder concedente deve proceder aos levantamentos e avaliações necessários à determinação dos montantes da indenização que será devida concessionária; b) encampação: é a retomada do serviço pelo poder concedente, antes do término do prazo da concessão, baseada em razoes de interesse público, sem que haja qualquer vício na concessão ou qualquer irregularidade na prestação do serviço pela concessionária; deriva do interesse público; depende de lei autorizativa específica, bem como pagamento prévio da indenização; c) caducidade: é a extinção da concessão em razão de inexecução total ou parcial do contrato por parte da concessionária; depende de prévia notificação antes do instauração de procedimento administrativo; comprovada a inadimplência, a caducidade será declarada por decreto; a caducidade é ato discricionário; seja qual for a causa da caducidade gerará direito a indenização, mas não é prévia; extinta a concessão pela caducidade, não resultará para o poder concedente qualquer espécie de responsabilidade em relação aos encargos, ônus, obrigações ou compromissos com terceiros ou com empregados da concessionária; d) rescisão: decorre do descumprimento de normas contratuais pelo poder concedente e é sempre judicial; os serviços prestados pela concessionária não poderão ser interrompidos ou paralisados, até a decisão judicial transitada em julgada que reconheça o inadimplemento do poder concedente e autorize a concessionária a considerar extinto o contrato pela rescisão; nos contratos de concessão de serviços públicos é absoluta a inoponibilidade da exceção do contrato não cumprido pela concessionária, diferentemente do que acontece para os demais contratos administrativos, em que o contratado só é obrigado a suportar 90 dias de inadimplência da administração pública, podendo, depois disso, paralisar a execução do contrato; e) anulação: é a extinção do contrato em decorrência de vício, isto é, por motivo de ilegalidade ou ilegitimidade, pode ser declarada unilateralmente pelo poder concedente ou, se houver provocação, pelo poder judiciário;; acarreta a responsabilização de quem tiver dado causa à ilegalidade; seus efeitos são ex tunc; f) falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou incapacidade do titular, no caso de empresa individual.
PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA: É o contrato de concessão sobre a forma patrocinada ou administrativa; o parceiro público/concedente só pode ser ente da ADM direta; e o parceiro privado/concessionário é uma empresa; usuário é o mesmo; no que diz respeito a estrutura adota-se as mesmas características da concessão; na parceria publico-privada sob forma de concessão patrocinada o parceiro público faz repasses de dinheiro público ao parceiro privado patrocinando a prestação do serviço, buscando reduzir o preço da tarifa; não existe contrapartida em favor do parceiro privado em favor do parceiro público; parceria público privada sob forma de concessão administrativa: na administrativa o parceiro público passa ser também o usuário, ocupando dois polos da relação (ex: a União entrega a empreiteira a obrigação de construir uma hidroelétrica e ele mesmo passa a ser o usuário do serviço); nesse caso há a contra-partida em favor do parceiro público; para cada parceria público privada deve ser criada uma empresa chamada Sociedade de Propósito específico, concebida sob forma de S/A ou Sociedade por Ações, não integrante da ADM, mas com função de gerenciar a parceria; limites dentre dos quais deve respeitar; valor: mínimo de 20mi, abaixo disso só concessão, adaptando-se aos Estados e Municípios outra realidade; tempo: mínimo de 5 e máximo de 35; objeto, incluída eventual prorrogação; obrigatoriamente envolve prestação de serviço público; 
São modalidades específicas de contrato de concessão; aplica-se a adm direta e indireta, aos fundos especiais e às demais entidades controladas direta ou indiretamente pelos entes de federação;
Concessão patrocinada: é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas descrita na Lei 8987/95, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários, contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado; quando a contraprestação for maior que 70% dependerá de autorizaçãolegislativa específica;
Concessão administrativa: é o contrato de prestação de serviços de que a ADM seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens; 
É vedada a celebração de parceria público-privada: i) cujo valor do contrato seja inferior a 20mi; ii) cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 anos (o período máximo de 35 anos); iii) que tenha como objeto único o fornecimento de mão de obra, o fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública;
Antes da celebração do contrato, deverá ser constituída sociedade de propósito específico, incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria;
A contratação de parcerias público-privadas será sempre precedida de licitação na modalidade concorrência; é condição para abertura de licitação que o objeto da parceria esteja previsto no plano plurianual; ocorre a inversão da ordem das fases de habilitação e julgamento, da mesma forma que ocorre na modalidade pregão.
ATO ADMINISTRATIVO
Ato administrativo é espécie do gênero ato jurídico; conceito: ato jurídico é a manifestação ou declaração da administração pública, nesta qualidade, ou de particulares no exercício de prerrogativas públicas, que tenha por fim imediato a produção de efeitos jurídicos determinados, em conformidade com o interesse público e sob regime predominante de direito público; (atos políticos ou de governo são atos da administração pública em sentido amplo).
Classificações:
Atos vinculados: são os que a administração pratica sem margem alguma de liberdade de decisão, pois a lei previamente determinou o único comportamento possível a ser obrigatoriamente adotado sempre que se configure a situação objetiva descrita na lei; uma vez atendidas as condições legais, o ato tem que ser praticado, invariavelmente. Para exemplificar, tomemos a concessão da licença-paternidade, regulada na Lei 8.112/1990. Atendidas as condições da lei, não cabe ao administrador, sob nenhuma circunstância, alegar que o servidor é essencial ao serviço, que não seria conveniente o seu afastamento. Configurada a hipótese legal, somente uma atitude é admissível: a edição do ato concessivo, sem espaço para juízo de oportunidade ou conveniência administrativa.
Atos discricionários: são aqueles que a administração pode praticar com certa liberdade de escolha, nos termos e limites da lei, quanto ao seu conteúdo, seu modo de realização, sua oportunidade e sua conveniência administrativas. Como exemplo, tome-se a licença para tratar de interesses particulares, disciplinada pela Lei 8.112/1990. De pronto, observamos que a lei utiliza a expressão “a critério da Administração”, para referir-se à concessão da licença (art. 91). 
Pela maioria da doutrina, existe discricionariedade quando: a) a lei expressamente dá à administração liberdade para atuar dentro de limites bem definidos. Exemplificado, a administração poderá prorrogar determinado prazo até quinze dias, ou que é facultado à administração, “a seu critério”, etc.; b) quando a lei emprega conceitos jurídicos indeterminados na descrição do motivo determinante da prática de um ato administrativo e, no caso concreto, a administração se depara com uma situação em que não existe possibilidade de afirmar, com certeza, se o fato está ou não abrangido pelo conteúdo da norma.
Enquanto que o agente público está rigidamente adstrito à lei quanto a todos os elementos de um ato vinculado (competência, finalidade, forma, motivo e objeto), ao praticar um ato discricionário possui ele certa liberdade (dentro dos limites da lei) quanto à valoração dos motivos e à escolha do objeto (conteúdo), segundo os seus privativos critérios de oportunidade e conveniência administrativas.
O Poder Judiciário não poderá atuar no mérito administrativo, apenas poderá coibir ilegalidades ou abusos cometidos. Por fim, discricionariedade não se confunde com arbitrariedade, pois está é ato contrário à lei, ou não previsto em lei.
Atos gerais caracterizam-se por não possuir destinatários determinados; possuem generalidade e abstração, possuindo normatividade; embora não possam inovar no direito, podendo apenas dar fiel execução às leis; podem ser revogados a qualquer tempo (se houver efeitos concretos a pessoas determinadas o ato permanecerá para aquela pessoa, mas será revogado para as demais); necessitam de ser publicados em meio oficial para produção de efeitos externos; não é possível ação judicial diretamente para anulação de ato geral; cabe ação direta de inconstitucionalidade; não admitem impugnação direta por meio de recurso; exemplos de atos gerais são os decretos regulamentares, as instruções normativas, os atos declaratórios normativos.
Atos administrativos individuais são aqueles que possuem destinatários determinados, produzindo diretamente efeitos concretos, constituindo ou declarando situações jurídicas subjetivas. O ato individual pode ter um único destinatário ou diversos destinatários, desde que determinados; podem ser vinculados ou discricionários; a revogação só é possível se não tiver gerado direito adquirido para o seu destinatário; admitem impugnação direta por meio de recursos, bem como ações judiciais; são exemplos a nomeação de aprovados em um concurso público, a exoneração de um servidor, uma autorização de uso de bem público etc.
Atos internos são aqueles destinados a produzir efeitos somente no âmbito da administração pública, atingindo diretamente apenas seus órgãos e agentes; não necessitam ser publicados, a não ser quando onere o patrimônio público; em regra, não gera direito adquirido e podem ser revogados a qualquer tempo; são exemplos uma portaria de remoção de um servidor, as ordens de serviço em geral etc.
Atos externos são aqueles que atingem os administrados em geral, criando direitos ou obrigações gerais ou individuais, declarando situações jurídicas; são também considerados os que devam produzir efeitos fora da repartição que os editou ou os que onerem o patrimônio público; são exemplos de atos externos todos os atos normativos, a nomeação de candidatos aprovados em um concurso público, em edital de licitação etc.
Ato simples é o que decorre de uma única manifestação de vontade de um único órgão, unipessoal ou colegiado; não interessa o número de pessoas que pratica o ato, mas sim a expressão de vontade, que deve ser unitária; exemplo, ato de exoneração de um servidor ocupante de um cargo em comissão (ato singular), ou um acórdão administrativo do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – CARF (ato colegiado)
Ato complexo é o que necessita, para sua formação, da manifestação de vontade de dois ou mais diferentes órgãos ou autoridades; só a partir dessas manifestações é que poderá ser objeto de impugnação; os prazos também não correm enquanto não estiver perfeito; no ato complexo, temos um único ato, e não uma série de atos encadeados (procedimento). É exemplo a concessão de determinados regimes especiais de tributação que dependem de aprovação por parte de diferentes ministérios, como ocorre no caso das reduções tributárias aplicáveis a alguns bens de informática, que dependem de aprovação, cumulativa, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior – MDIC, do Ministério da Ciência e Tecnologia – MCT e do Ministério da Fazenda. 
Ato composto é aquele cujo conteúdo resulta da manifestação de um só órgão, mas a sua edição ou produção de efeitos depende de outro ato que o aprove; a função desse outro ato é meramente instrumental: autorizar a prática do ato principal, ou conferir eficácia e este; em nada alterará o conteúdo do ato principal; enquanto que no ato complexo temos apenas um único ato, integrado por manifestações homogêneas de vontades de órgãos diversos, no ato composto existem dois atos, um principal e outro acessório ou instrumental; como exemplos as nomeações de autoridades ou dirigentes de entidades da administração sujeitas à aprovação prévia pelo Poder Legislativo; nomeação do PRG, procedida de aprovação do Senado. O ato de nomeaçãoseria o ato principal, editado pelo Presidente da República, e o ato de aprovação, que nesse caso é prévia, seria o ato acessório ou instrumental, praticado pelo Senado Federal.
Atos de império/autoridades: sua prática configura manifestação do denominado poder extroverso ou poder de império. São aqueles que a ADM impõe coercitivamente aos administrados, criando para eles obrigações ou restrições, de forma unilateral e independente de sua anuência; funda-se na supremacia do interesse público; são praticados ex officio; é de observância obrigatória para os seus destinatários; são exemplos a desapropriação de um bem privado, a interdição de um estabelecimento comercial, a apreensão de mercadorias, a imposição de multas administrativas etc.
Atos de gestão são praticados pela ADM na qualidade de gestora de bens e serviços, sem exercício de supremacia sobre particulares, embora sujeito ao princípio da indisponibilidade do interesse público; são exemplos a alienação ou aquisição de bens pela administração, o aluguel a um particular de um imóvel de propriedade de uma Autarquia etc.
Atos de mero expediente são atos internos da ADM, relacionados à rotina de andamento dos variados serviços executados por seus órgãos e entidades administrativos; não possuem conteúdo decisória; são exemplos o encaminhamento de documentos à autoridade que possua atribuição de decidir sobre seu mérito, a formalização, o preparo e a movimentação de processos etc.
Ato válido é aquele que está em total conformidade com o ordenamento jurídico; o ato válido respeitou, em sua formação, todos os requisitos jurídicos relativos à competência para sua edição, à sua finalidade, à sua forma, aos motivos determinantes de sua prática e a seu objeto.
Ato nulo é aquele que nasce com vício insanável, normalmente resultante da ausência de um de seus elementos constitutivos, ou de defeito substancial em alguns deles (por exemplo, o ato com motivo inexistente, o ato com objeto não previsto em lei e o ato praticado com desvio de finalidade); o ato nulo não pode produzir efeitos válidos entre as partes; terá eficácia ex tunc, aplicando-se às partes diretamente envolvidas; os terceiros de boa-fé não sofrem os efeitos retroativos; portanto, os efeitos, antes da anulação, perante terceiros serão mantidos, mas não o ato em si; na ADM federal, os atos administrativos eivados de vícios que acarrete sua nulidade, quando favoráveis aos seus destinatários, têm prazo de 5 anos para ser anulados, salvo comprovada má-fé; como exemplo, tome-se uma situação em que tenha havido vício insanável no ato de posse de um servidor público (o servidor foi empossado em um cargo privativo de bacharel em direito, mas não era graduado, apresentou um diploma falso, suponha-se). Verificada posteriormente a ilegalidade, a administração ou o Poder Judiciário deverão anular o ato de posse, desfazendo, para as partes (servidor e administração), retroativamente, os vínculos funcionais nascidos entre eles. No entanto, a anulação não alcançará os atos praticados pelo servidor que tenham terceiros de boa-fé como destinatários.
Ato inexistente é aquele que possui apenas aparência de manifestação de vontade da ADM, mas, em verdade, não se origina de um agente público, mas de alguém que se passa por tal condição, como usurpador de função; neste nem mesmo os efeitos perante terceiros de boa-fé serão mantidos; ato inexistente por usurpação de função não gera direito de indenização (gera indenização a omissão do estado em permitir a prática); não há prazo para que a ADM ou o judiciário declare sua inexistência e desconstitua os efeitos que já produziu; como exemplo, imagine-se um médico sem qualquer vínculo com a administração pública que, para fazer um “favor” solicitado por um amigo, titular de um cargo público privativo de médico em um hospital federal, “substitui” este no dia de seu plantão, trabalhando em seu lugar. O médico “substituto”, nesse exemplo, está na condição de usurpador de função. Caso ele pratique atos com aparência de atos administrativos, serão eles atos inexistentes (assinar um termo de recebimento de determinado material cirúrgico adquirido pelo hospital).
Ato anulável é o que apresenta defeito sanável, ou seja, passível de convalidação pala própria ADM que o praticou, desde que ele não seja lesivo ao interesse público, nem cause prejuízo a terceiros. São sanáveis os vícios de competência quanto à pessoa, exceto se se tratar de competência exclusiva, e o vício de forma, a menos que se trate de forma exigida pela lei como condição essencial à validade do ato;
Ato perfeito é aquele que está pronto, terminado, que já concluiu o seu ciclo, suas etapas de formação; como um ato de homologação de um concurso público que tenha sido escrito, motivado, assinado e publicado na imprensa oficial é um ato perfeito, pois já completou sua formação, já passou por todas as fases integrantes de sua produção. Ao contrário, ato imperfeito é aquele que não completou a sua formação;
Ato eficaz é aquele que está disponível para a produção de seus efeitos próprios; a produção de seus efeitos não depende de evento posterior, como uma condição suspensiva, um termo inicial ou um ato de controle (aprovação, homologação, ratificação, visto etc.). Ato pendente é aquele que, embora perfeito, está sujeito a condição (evento futuro e incerto) ou termo (evento futuro e certo) para que comece a produzir seus efeitos. Portanto, cumpre observar que um ato inválido poderá ser eficaz (quando observada sua invalidade e devidamente reconhecida, perderá sua eficácia).
Ato consumado (ou exaurido) é o que já produziu todos os efeitos que estava apto a produzir, que já esgotou sua possibilidade de produzir efeitos. Por exemplo, a autorização para a realização de uma passeata torna-se um ato consumado depois que ela já foi realizada.
Ato ineficaz é expressão genérica aplicável a qualquer ato que não tenha possibilidade efetiva de produzir efeitos atuais. Um ato pode ser ineficaz porque ainda não está formado, ou seja, todo ato imperfeito é ineficaz. Pode, também, um ato ser ineficaz porque já foi extinto. Por exemplo, um ato revogado é ineficaz a partir da sua revogação. Ainda, são ineficazes os atos exauridos (ou consumados), pois já produziram todos os efeitos que poderiam ter produzido, não têm mais possibilidade de produzir qualquer efeito. Por fim, o ato que, embora perfeito, depende de um evento futuro para que possa iniciar a produção de seus efeitos também é um ato ineficaz, vale dizer, todo ato pendente é ineficaz.
Em suma, os conceitos aqui tratados podem ser assim trabalhados: o ato incompleto em sua formação é um ato imperfeito; o ato completo em sua formação é um ato perfeito; esse ato perfeito pode ser eficaz, por estar já disponível para produzir efeitos (não está sujeito a termo ou condição), ou ser um ato pendente, por estar sujeito a um termo ou condição para que possa iniciar a produção de seus efeitos (o ato pendente é um ato ineficaz).
REQUISITOS DE VALIDADE OU ELEMENTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS: são definidos com base na lei da ação popular (4.717/65). 
COMPETÊNCIA: poder legal conferido ao agente público para o desempenho específico das atribuições de seu cargo; por ser definido pela lei, será sempre vinculado; são apontadas as seguintes características: a) é de exercício obrigatório; b) é irrenunciável, não obstante o exercício da competência (e não a sua titularidade) pode ser parcial e temporariamente delegado, desde que atendidos os requisitos legais; c) é intransferível, vale aqui as mesmas observações feitas acima, acerca da delegação; d) é imodificável pela vontade do agente; e) é imprescritível, pois o não exercício da competência, não importa por quanto tempo, não a extingue, permanecendo ela sob a titularidade daquele a quem a lei atribuiu.
Delegação: i) a regra geral é a possibilidade de delegação, a qual somente não é admitida se houver impedimento legal; ii) a delegação pode ser feita para órgãos ou agentes subordinados, mas ela também é possível mesmo que não existasubordinação hierárquica, nos expressos termos do art. 12 da lei; iii) a delegação deve ser de apenas parte da competência do órgão ou agente, não de todas as suas atribuições; iv) a delegação deve ser feita por prazo determinado; v) o ato de delegação pode conter ressalva de exercício da atribuição delegada, vale dizer, o exercício da atribuição pode não ser conferido em sua plenitude ao agente delegado, e sim com restrições ou ressalvas; vi) o ato de delegação é um ato discricionário e é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante; vii) o ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial; h) o ato praticado por delegação deve mencionar expressamente esse fato e é considerado adotado pelo delegado, ou seja, a responsabilidade recai sobre ele; é proibida a delegação: i) para edição de atos de caráter normativo; ii) para decisão de recursos administrativos; iii) para as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade;
Avocação de competência: é o ato mediante o qual o superior hierárquico traz para si, temporariamente, o exercício (e não a titularidade) de determinada competência que a lei confere a um subordinado. É uniforme na doutrina o entendimento de que não é possível haver avocação sem que exista hierarquia entre os agentes envolvidos, orientação expressamente seguida pela lei 9.784/99; é medida excepcional; não é possível quando se tratar de competência exclusiva do subordinado;
Excesso de poder, função de fato e usurpação de função: Ocorre excesso de poder quando o agente público atua fora ou além de sua esfera de competências, estabelecida em lei. O excesso de poder é uma das modalidades de abuso de poder (a outra modalidade é o desvio de poder, que corresponde a vício no elemento finalidade dos atos administrativos); o vício de competência (excesso de poder), entretanto, nem sempre obriga à anulação do ato. O vício de competência admite convalidação, salvo se se tratar de competência em razão da matéria ou de competência exclusiva; a usurpação de função é crime, e o usurpador é alguém que não foi por nenhuma forma investido em cargo, emprego ou função públicos; não tem nenhuma espécie de relação jurídica funcional com a administração; na função de fato quando a pessoa foi investida no cargo, no emprego público ou na função pública, mas há alguma ilegalidade em sua investidura ou algum impedimento legal para a prática do ato. Na hipótese de função de fato, em virtude da teoria da aparência (situação, para os administrados, tem total aparência de legalidade, de regularidade), o ato é considerado válido, ou, pelo menos, são considerados válidos os efeitos por ele produzidos ou dele decorrentes. Na hipótese de usurpação de função, diferentemente, a maioria da doutrina considera o ato inexistente.
FINALIDADE: é elemento sempre vinculado; há a finalidade geral ou mediata, que é sempre a mesma, expressa ou implicitamente estabelecida em lei: a satisfação do interesse público; há uma finalidade específica, imediata, que o objetivo direto, o resultado específico a ser alcançado, previsto na lei, e que deve determinar a prática do ato; o desvio de finalidade configura vício insanável, com a obrigatória anulação do ato; o vício de finalidade é denominado pela doutrina como desvio de poder (ou desvio de finalidade) e constitui uma das modalidades do denominado abuso de poder (a outra é o excesso de poder, vício relacionado à competência); seja qual for caso, o vício de finalidade não poder ser convalidado e o ato que o contenha é sempre nulo;
FORMA: é o modo de exteriorização do ato administrativo; a lei diz que os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir; se assim o for, cabe a ADM adotar a forma que achar mais adequada e, ocorrendo vício, poderá ser sanada; agora, sempre que a lei expressamente exigir determinada forma, esta deverá ser observada, sob pena de nulidade; é interessante observar que a motivação integra a forma do ato administrativo. A ausência de motivação, quando for obrigatória, acarreta a nulidade do ato, por vício de forma (nesses casos, a lei considera a forma ato com motivação expressa essencial à validade do ato).
MOTIVO: é a causa imediata do ato administrativo. É a situação de fato e de direito que determina ou autoriza a prática do ato; o motivo pode ser vinculado ou discricionário; ocorre vício no motivo quando este for inexistente ou motivo ilegítimo;
OBJETO: é o próprio conteúdo material do ato; pode ser vinculado, tendo apenas um único objeto; ou discricionário havendo valoração do motivo e, consequentemente, escolha do objeto, dentre os possíveis, autorizados em lei; são os elementos motivo e objeto que permitem verificar se o ato é vinculado ou discricionário; o binômio motivo-objeto determina o denominado mérito administrativo; o vício de objeto é insanável, ou seja, invariavelmente acarreta a nulidade do ato;
Nos atos discricionários, somente são estritamente vinculados a competência, a finalidade e a forma (depende da doutrina e de expressa previsão legal); o objeto e o motivo são discricionários, nos atos discricionários.
O mérito administrativo é o poder conferido pela lei ao agente público para que ele decida sobre a oportunidade e conveniência de praticar determinado ato discricionário, e escolha o conteúdo desse ato, dentro dos limites estabelecidos na lei. Vale repetir, só existe mérito administrativo em atos discricionários; quando se diz que o mérito administrativo não está sujeito ao controle judicial, deve-se bem entender essa afirmação: controle de mérito é sempre controle de oportunidade e conveniência; portanto, controle de mérito resulta na revogação ou não do ato, nunca em sua anulação; o Poder Judiciário, no exercício de função jurisdicional, não revoga atos administrativos, somente os anula, se houver ilegalidade ou ilegitimidade.
Motivação é a declaração escrita do motivo que determinou a prática do ato. Não se deve confundir motivação com motivo do ato. A motivação faz parte da forma do ato, isto é, ela integra o elemento forma e não o elemento motivo. Se o ato deve ser motivado para ser válido, e a motivação não é feita, o ato é nulo por vício de forma (vício insanável) e não por vício de motivo; a motivação deriva do princípio da transparência da administração pública (que deriva diretamente do princípio da publicidade), cuja base mediata é o princípio da indisponibilidade do interesse público; a motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato;
A denominada teoria dos motivos determinantes consiste em, simplesmente, explicitar que a administração pública está sujeita ao controle administrativo e judicial (portanto, controle de legalidade ou legitimidade) relativo à existência pertinência ou adequação dos motivos – fático e legal – que ela declarou como causa determinante da prática do ato; aplica-se tanto a atos vinculados quanto a atos discricionários (não significa que ao declarar o motivo determinante a ADM converta-o em vinculado. O ato continua sendo discricionário em sua origem, o que significa que houve a liberdade do administrador na decisão quanto à oportunidade e conveniência da prática do ato); 
ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO: são qualidades ou características dos atos administrativos; i) presunção de legitimidade: é a presunção de que os fatos apontados pela administração efetivamente ocorreram (MSZP não), presunção de que a administração enquadrou corretamente esses fatos na norma que invocou como fundamento da prática do ato que ela adotou, bem como a presunção de que essa norma foi corretamente interpretada e aplicada pela administração; trata-se de presunção relativa, portanto, admite prova em contrário; está presente em todos os atos administrativos que imponham obrigações, quer reconheçam ou confiram direitos aos administrados. ii) imperatividade:

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