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TÓPICOS_DE_DIREITO_PÚBLICO.1

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 DIREITO PÚBLICO
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TÓPICOS DE DIREITO PÚBILCO
1) Direito (definição) – É o sistema de normas (jurídicas) coercitivas que rege o agir social do homem, objetivando a justiça e o bem comum.
2) Normas de Conduta Social
 Normas Éticas e Normas Técnicas;
Direito e Religião;
Direito e Moral;
Direito e as regras do trato social.
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3) Direito Público e Direito Privado:
Teorias monistas, dualistas e trialistas;
Direito Público:
 Constitucional;
 Administrativo;
 Financeiro;
 Tributário;
 Internacional Público;
 Penal;
 Processual.
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Direito Privado:
 Civil;
Comercial;
Do trabalho;
Internacional Privado.
Público ou Privado
Novos ramos do Direito:
Ambiental;
Sanitário;			
Eletrônico 
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A INFLUÊNCIA DA HISTÓRIA ECONÔMICA E POLÍTICA NO ÂMBITO DAS POLÍTICAS SOCIAIS
	Na antiguidade vamos encontrar basicamente a despesa pública voltada para o atendimento das necessidades dos monarcas, clérigos e aristocratas, bem com para o financiamento de guerras e o fundamento para a obtenção dos recursos necessários para fazer face a tais necessidades estava na vontade dos deuses, pois, de uma forma geral, as regras jurídicas que serviam de fundamento para as nações emanavam das vontades que se atribuíam aos deuses.
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Quase no fim da Idade Média surge o mercantilismo, fase da economia que teve sua evolução a partir da derrocada do sistema feudal, que dominou as formas econômicas de produção durante a maior parte da idade antiga, fase da história da economia, que era baseada substancialmente na exploração da terra e no comércio doméstico.
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No mercantilismo houve a evolução das práticas -*comerciais e o comércio passou a predominar como vetor principal da riqueza das nações e das pessoas. Foi nesta fase, principalmente a partir do século XV até o XVII, que se desenvolveram as grandes companhias de navegações, notadamente na Europa, e exemplo de Portugal, Espanha, Reino Unido e outros países que se consolidaram como potências marítimas.
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Foi no auge do mercantilismo que ocorreram os grandes descobrimentos, a exemplo do Brasil, Estados Unidos e muitos outros países. Os interesses comerciais ultrapassaram as fronteiras dos países e os mais desenvolvidos se lançaram aos mares em busca de mercadorias e especiarias, situação esta que propiciou os descobrimentos mencionados.
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Comenta-se na doutrina econômica que na fase de maior incremento do Comercio Internacional através dos mares, teria ocorrido a primeira globalização econômica da história. O oriente, principalmente a Índia, era o destino da maioria dos mercadores europeus.
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Na fase mercantilista da história o poder estatal era ao intervencionista, pois o governo cuidava apenas das funções básicas, como segurança interna e externa, justiça, obras públicas, saúde, educação, e outras tarefas que os governantes entendiam que deveriam atuar enquanto poder governamental.
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Após o mercantilismo iniciou-se a fase do liberalismo. Tal fase da economia era fundamentada pelo sentimento filosófico, cultural e político, o religioso baseado na liberdade dos indivíduos. Liberdade de manifestar livremente suas idéias, sua cultura, sua religião, etc. O liberalismo foi contemporâneo da Revolução Industrial que teve lugar na Europa, notadamente na França e Inglaterra.
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Nesta fase da história econômica, destacariam-se duas correntes principais. A corrente fisiocrata e a corrente clássica. A fisiocrata era liberada pelo economista e pensador François Quesnal, cuja obra mais importante foi o livro intitulado “Tableau Éconimique”, lançado em 1758. Esta corrente preconizava, entre outras coisas, que a produção econômica ou o desenvolvimento econômico tinha como esteio a exploração da terra e as atividades econômicas dela decorrentes. 
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Os tributos que tem como origem a exploração e a utilização de terras, a exemplo do imposto territorial rural – ITR (de competência federal) e o Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU (de competência municipal), tem como origem as teorias da corrente fisiocrata.
	A outra importante, talvez a mais, do liberalismo é a corrente clássica, cujo pensador mais destacado é Adam Smith. 
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A obra mais importante deste líder maior do liberalismo clássico é o famoso livro conhecido aqui no Brasil como “Riqueza das Nações”, cujo título em inglês é “Inquire in to the nature and causes of wealth of nations”. Nesta obra Adam Smith concebeu para o mundo a imortal e atual teoria econômica da “mão invisível” ou teoria da “procura e da oferta”, onde o autor defendia que o Estado não deveria intervir ou se fazer presente na economia, pois esta seria equilibrada apenas pelo livre desenvolvimento do mercado. 
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Pregava Smith que a lei da procura e da oferta por si só propiciaria o equilíbrio de mercado e o pleno emprego, uma vez que o capitalista proprietário dos fatores de produção colocaria seus produtos e mercadorias, no mercado pelo valor que entendia fosse valer tais produtos ou mercadorias e os consumidores, por sua vez, tentariam adquirir tais itens de produção pelos preços que entendiam fossem justo e ainda de acordo com suas possibilidades. Desta forma, este confronto entre
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oferta e procura possibilitaria o equilíbrio de mercado, o pleno emprego, a geração de riqueza e as satisfações das necessidades, tanto dos capitalistas como dos consumidores. Ou seja, os consumidores uma vez empregados devido a expansão dos fatores de produção teriam renda para adquirir os produtos que seriam colocados no mercado para atendimento das necessidades de todos, inclusive dos consumidores de outras cidades
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ou mesmo de outros países, o que resultaria em mais produção, em mais lucro para os donos do capital aplicado nesta produção, em mais salários para os trabalhadores e, conseqüentemente, maior poder de consumo destes mesmos trabalhadores. Assim sendo, a economia estaria cada vez mais equilibrada e aquecida.
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Dentro deste contexto delineado por Adam Smith não justificaria o Estado intervir no mercado ou na economia, uma vez que o mercado, nestas condições, daria conta do seu próprio desenvolvimento sem a necessidade da atuação estatal. O Estado, segundo o mais famoso pensador econômico do liberalismo, deveria se ocupar simplesmente de suas funções básicas e mínimas, a exemplo de segurança interna e externa, diplomacia, justiça, produção de lei, saúde, educação e assistência social aos mais necessitados, etc.
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Embora a teoria da lei da procura e da oferta, chamada também de teoria da mão invisível, seja uma das mais importantes da área econômica, ainda hoje, seu precursor Adam Smith não previu que não seria apenas a mão invisível (lei da procura e da oferta) que equilibra o mercado e geraria riquezas para todos os trabalhadores, pois o pensador liberal esperava que tal teoria também propiciasse a distribuição de riquezas entre capitalistas e trabalhadores, porém tal perspectiva não ocorreu, 
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pois a história evidenciou que os donos do capital sempre se tornaram mais ricos e os trabalhadores mais pobres, com algumas poucas exceções. As razões para isto são muitas e podemos citar, entre outras, a ganância humana, a falta do espírito de solidariedade humana pela não sensibilização da necessidade alheia, a exploração dos mais fortes pelos mais fracos, o descumprimento das leis, inclusive das que definiam e definem os direitos universais do homem.
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Desta forma, o liberalismo veio a se enfraquecer quando a partir do final do século XIX, início do século XX, surgiu o intervencionismo. Esta fase da economia mundial é marcada pela intervenção do Estado na Economia, não só fomentando, incentivando e fiscalizando, porém, sobretudo com empresas em todos os ramos econômicos, a exemplo de industrias, comércio e fornecimento de serviços.
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O intervencionismo se deu a partir do momento em que ficou evidenciado que as idéias liberais já não resolviam os problemas econômicos de desemprego,
quebra de empresas, sub-emprego, o que deixava a grande maioria da população na miséria. Além das questões já mencionadas, também influenciou negativamente o liberalismo as grandes epidemias ocorridas no final do século XIX e início do século XX, bem com as grandes guerras mundiais (primeira e segunda) ocorridas na primeira metade do século XX.
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Em decorrência dos problemas ocorridos no liberalismo, como já mencionado, afloraram as idéias do período intervencionista, o qual teve como maior pensador o Economista Inglês John Maynard Keynes, cuja obra mais importante e a partir da qual seu pensamento intervencionista foi divulgado foi intitulada de “General Theory of Employment Interst and Money”. Foi no intervencionismo estatal, após a segunda guerra mundial, quando os países, 
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notadamente os envolvidos com a guerra, estavam economicamente quebrados ou desequilibrados, que os principais estados do bloco aliado, tendo na liderança os Estados Unidos da América, reuniram-se na cidade de Bretton Woods, Estados Unidos, sendo que a partir dessa conferência foram constituídos o Fundo Monetário Internacional – FMI e o Banco Mundial – Bird, com o objetivo de financiar os países economicamente desequilibrados após a 2ª Guerra. 
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O intervencionismo defendia a plena intervenção do poder estatal na econômica e no mercado, principalmente como empresário, pois havia a concepção de que as empresas e a iniciativa privada como um todo, não tinham condições de recuperar a economia dos países e, desta forma, só o Governo constituindo empresas e gerando empregos era capaz de propiciar a retomada do desenvolvimento econômico e o soerguimento das nações.
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Foi nesta fase da economia que surgiram as grandes empresa estatais no mundo todo, pois o Estado passou a atuar não só como fomentador e regulador, mas como empresário, em todas áreas econômicas: na indústria, nos serviços e no comércio. Realmente a economia mundial passou a recuperar-se a partir da segunda metade do século XX, primeiramente na Europa e na América do Norte e depois no resto do mundo, pois além do Estado empresário, também foi o período das grandes obras públicas
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Desta fase também se derivou o grande endividamento público, o externo e também o interno.
Como visto, no liberalismo havia um estado mínimo, preocupado apenas com funções essencialmente estatais, porém no intervencionismo aparece o estado empregador e realizador das grandes obras e neste, sem dúvida, tanto as despesas como as receitas públicas tiveram uma dimensão muito grande, em comparação com o estado liberal.
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A partir dos anos setenta na Europa e dos anos noventa no Brasil, surge a fase chamada de neoliberal. Nesta fase há um esforço dos governantes para a volta do estado mínimo, pois o estado cresceu desmedidamente e já não mais suportada o seu próprio corpo. As estatais cresceram demais e a sua maioria passou a ser um peso muito grande para o erário público, uma vez que se tornaram ineficientes e, em muitos casos, viraram cabides de emprego, ressalvando as exceções de algumas empresas que atuavam com eficiência. 
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Foi a partir desta fase que iniciou-se, entre outras medidas para redução do tamanho do Estado, as privatizações das empresas estatais e as grandes reformas, destacando no Brasil a Reforma Administrativa (Emenda Constitucional nº 19 de 1998) e a Reforma da Previdência (Emendas Constitucionais nos 20 de 1998, 41 de 2003 e 47 de 2005). 
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Em andamento as reformas tributárias, política e trabalhista, além de outras ações implementadas na área fiscal, com o objetivo de proceder um ajuste fiscal na máquina pública brasileira (Lei Complementar nº 101 de junho de 2000). 
Este processo de reformas ainda não foi concluído, como já visto anteriormente.
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	Há uma corrente de pensadores que afirma que a fase Neoliberal teria se iniciado em seguida ao liberalismo e que o intervencionismo foi uma subfase da fase neoliberal. É preferível a corrente que entende ter sido o intervencionismo uma fase autônoma da história econômica, pois segundo esta corrente o neoliberalismo veio propiciar a redução do tamanho do Estado, defendido que o poder estatal passou a atuar no mercado enquanto empresário, passando a atuar apenas como fomentador e regulador do mercado e do desenvolvimento econômico. 
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No Neoliberalismo o poder estatal deixasse de atuar apenas em suas funções básicas de justiça, produção de leis, segurança interna e externa, diplomacia, educação, saúde, assistência social aos mais necessitados, além de outras áreas de atuação exclusiva do poder público.
O Orçamento Público em cada uma das fases da economia reflete tecnicamente a realidade de cada uma delas.
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