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Aulas 14 
Terapia Familiar Sistêmica
 Entrevista e Genograma
 
Patrícia Chaves do Nascimento
Pré aula:
Textos base:
Fazer a leitura do texto:
 Coelho, S. V. A transmissão de padrões familiares: o ciclo de vida e recursos instrumentais. In: Aun, JG, Vasconcellos, MJE, Coelho, SV. Atendimento sistêmico de famílias e Redes Sociais. Vol II, tomo II, Belo Horizonte, Ophicina de Arte & Prosa, 2007.
Recursos instrumentais para compreensão do funcionamento da família (Bowen, 1989/1978)*
A entrevista inicial conjunta com a família: instrumento básico, visa compreender o processo emocional das famílias – nuclear e de origem;
O genograma familiar: forma esquemática de registro de observações sobre a estrutura familiar e de observações dos padrões familiares em várias gerações;
Tarefas: prescrição de visitas às famílias de origem para o resgate de certas relações interrompidas por conflitos (exercitando as destriangulações nas famílias, a aprendizagem da diferenciação do self)
A entrevista
Recurso para coleta de dados e intervenção.
Bowen propõe que sua teoria seja aplicada para se pensar em termos de sistemas familiares e não para colocar categorias diagnósticas e fazer a avaliação clínica individual
entrevista focaliza a história da família
Propõe­se a conhecer a família e seu desenvolvimento, principalmente a forma como lida com as suas tensões nos momentos de mudança 
A entrevista pode ser feita inicialmente com os pais/casal e também com toda a família em conjunto, tendo como objetivos:
identificar diretamente os padrões de relação do sistema emocional da família em atendimento;
 identificar os padrões de relação do sistema emocional das famílias de origem de cada membro do casal, focalizando pelo menos duas gerações;
identificar os recursos e os obstáculos das famílias ao desenvolvimento do seu sistema emocional, buscando a diferenciação do self de seus membros, principalmente nos momentos de transição do ciclo de vida familiar;
observar se padrões repetitivos transgeracionais podem estar impedindo o desenvolvimento da família e de seus membros na busca de individuação e da manutenção dos vínculos; ou se os padrões se apresentam flexíveis, quando a família busca outras formas de relação, que permitam a continuidade de seu desenvolvimento, nesses momentos.
Usar a entrevista em vários momentos do processo de atendimento sistêmico de famílias, compreendendo o processo emocional:
de uma família em torno de um problema,
 como o de várias famílias ligadas por um problema comum a elas
Isso dependerá do contexto específico em que é realizado o atendimento - escolar, jurídico, hospitalar, comunitário etc. -, do problema abordado e da distinção do sistema determinado pelo problema (SDP).
Bowen distingue 3 áreas de observação (levantar hipóteses e sistematizar as informações):
a) Como funciona a família nuclear e como o funcionamento da família extensa se interpõe ao funcionamento da família nuclear 
descrição da situação atual: como o problema foi se constituindo juntamente com os dados e as circunstâncias específicas do momento em que surge o problema - na família nuclear e na família extensa. 
interconexão entre as relações da família nuclear e das famílias de origem em torno do problema. 
Amplia a compreensão de quem está envolvido no problema, de como se envolvem nele, de quais as tensões que as famílias enfrentam nos momentos como nascimento, morte e mudanças, e de como vivem essas experiências.
b) Como se apresenta o processo emocional da família nuclear, desde seu início, com o casamento, até o momento atual.
Esse momento da entrevista permite ao profissional esboçar um quadro dos níveis de funcionamento do processo emocional da família, partindo do casal, desde seu início com o casamento, seguindo-se a mudança de papéis como pais, com o nascimento e criação dos filhos, até o momento atual. 
Pode-se ir evidenciando a sensibilidade ao stress, a flexibilidade e a rigidez de todo o sistema nos momentos de mudança, obtendo-se as percepções de outros membros da família. Permite conhecer a diferenciação entre os cônjuges, o modo como um escuta e observa o outro. 
c) Padrões gerais de relação presentes em aspectos específicos do relacionamento das duas famílias de origem.
A “união” se refere à definição de crenças, valores fundamentais comuns das duas famílias de origem - o que é semelhante para seus membros. Observa-se a linguagem "nós“.
A “diferenciação” enfatiza o posicionamento do eu, quando um membro da família define suas crenças e valores: "o que eu penso, sinto, sustento; o que farei ou não farei; o que eu respondo por mim mesmo". 
Como conduzir a entrevista:
Centro das atenções são as perguntas;
O profissional se coloca como terceiro elemento na relação focalizada, dando voz ora a um ora a outro, mediando a relação;
Manter postura de curiosidade na entrevista.
As perguntas irão explorar:
Como os membros da família percebem e descrevem o problema;
Como estão as relações familiares.
O genograma familiar 
Autores referência: McGoldrick e Gerson (1995/1989) e McGoldrick e Gerson (1987/1985).
Bowen: "diagrama familiar" usado para analisar os padrões de relação na família
"o genograma é um formato para desenhar uma árvore familiar) que registra informação sobre os membros de uma família e suas relações por pelo menos três gerações" (McGoldrick; Gerson, apud Coelho, 2007, p.342) 
São "Retratos gráficos da história e do padrão familiar, mostrando a estrutura básica, a demografia, o funcionamento e os relacionamentos da família" (McGoldrick; Gerson, apud Coelho, 2007, p.342).
Utilizado em diferentes contextos: clínico-psicoterapêutico, social e comunitário, com funções distintas 
Construção do Genograma
Colhemos os dados sobre a composição da família e sua história relacional, por mais de uma geração:
da família nuclear atual (imediata): pai, mãe, filhos;
das famílias de origem de cada membro do casal- famílias de origem paterna e materna;
da relação entre ambas, pelo casamento 
Usamos símbolos que representam a composição familiar, os relacionamentos familiares significativos e outras informações que nos dão dados sobre a família. 
Construção do Genograma
Colhemos os dados sobre a composição da família e sua história relacional, por mais de uma geração:
da família nuclear atual (imediata): pai, mãe, filhos;
das famílias de origem de cada membro do casal- famílias de origem paterna e materna;
da relação entre ambas, pelo casamento 
Usamos símbolos que representam a composição familiar, os relacionamentos familiares significativos e outras informações que nos dão dados sobre a família. 
A) Símbolos padronizados
Apresentam a disposição gráfica dos elementos de uma família, biológica e legalmente ligados, e suas relações e posições na estrutura familiar: Quem faz parte da família? Quem vive em casa? Qual a relação entre as pessoas? Onde vivem outros membros da família?
- Mostram os diferentes membros de uma família quanto a: gênero (masculino, feminino), nomes, data de nascimento, ocupação/ profissão, estado civil. Se está casado, nome do cônjuge, nomes, idades e sexos dos filhos. Inclui abortos, natimortos, filhos adotivos, datas de nascimentos e falecimentos, causas de falecimentos, separações, divórcios, uniões estáveis, ocupação e grau de educação dos membros da família antes mencionados.
- Mostram as ligações biológicas e/ou legais entre os membros da família, por meio de linhas, indicando casamento, nascimento de filhos, separações e divórcio.
- Abarcam as gerações anteriores: famílias de origem de várias gerações, registradas com os mesmos dados acima.
B) Padrões de interação familiar: sinais indicadores de padrões de relacionamentos, que podem ser mais bem verificados:
 Mostram os padrões de relação de aproximação, distanciamento, afastamento, superenvolvimento, conflito e suas combinações.Também mostram os subsistemas.
C) Informações especiais:
informaçõesdemográficas: nomes, idades, data de nascimento, etc;
informações funcionais: dados sobre comportamentos emocionais e dados de saúde de distintos membros,etc;
informações sobre acontecimentos críticos: mudanças importantes na estrutura familiar, etc;
outras informações consideradas importantes: origem étnica/data de migração; religião e mudança de religião; educação; ocupação ou desemprego, etc.
B) A entrevista do genograma
Recurso que viabiliza o registro dos dados acima descritos no genograma.
Pode ser feita como uma entrevista inicial, como uma ou várias entrevistas para exploração mais aprofundada, como tarefa para a própria família desenvolver.
Primeira área de investigação: o contexto do problema e seu impacto nas famílias nuclear e de origem;
Segunda área de investigação: conhecendo a história familiar e o significado de suas relações.
A interpretação do genograma
As observações sobre os fatos e o funcionamento familiar permitem:
levantar hipóteses sobre o sistema emocional da família e os padrões repetitivos de relações vinculares e triangulares na família imediata e nas outras gerações (alianças, coalizões, triângulos, rompimentos, superenvolvimentos);
fazer conexões por meio de coincidências de acontecimentos da história de vida familiar, dessa com acontecimentos sociais, econômicos ou políticos e com o aparecimento de sintomas;
identificar o impacto de transições não esperadas no ciclo vital, como uma gravidez e morte prematuras, doenças graves, divórcio etc.
Avaliação das facilidades e recursos que a família utiliza para resolver problemas. 
Compreensão da vulnerabilidade e da força das famílias, em diferentes momentos do seu ciclo vital.
Categorias para análise e interpretação:
A estrutura familiar;
Adaptação ao ciclo de vida,
Repetição de padrões ao longo das gerações,
Acontecimentos da vida e funcionamento familiar,
Padrões vinculares e triângulos,
Equilíbrio e desequilíbrio familiar (tensão)

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