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APOSTILA SOBRE PLÁSTICOS

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APOSTILA
DE 
POLIMEROS
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
EDIFICAÇÕES
MAR.2011
PROFA. CAROLINA BARROS
ESTA APOSTILA É UMA COMPILAÇÃO DE DIVERSOS MATERIAIS, 
COMO LIVROS, SITES E CATÁLOGOS INDICADOS NAS REFERÊNCIAS.
brita 0
agitador 
de peneiras
bandeijas conjunto de peneiras
brita 2 brita 3brita 1
escova de aço
balança de precisão 
 
Índice 
 
Introdução .................................................................................................................................................................................................. 2 
1. A origem dos polímeros ..................................................................................................................................................................... 2 
2. Definição de polímeros ...................................................................................................................................................................... 5 
3. Classificações ..................................................................................................................................................................................... 5 
3.1. Quanto à estrutura molecular ....................................................................................................................................................... 5 
3.1.1. Polímeros Lineares .................................................................................................................................................................... 5 
3.1.2. Polímeros Ramificados .............................................................................................................................................................. 5 
3.1.3. Polímeros com Ligações Cruzadas ............................................................................................................................................ 6 
3.1.4. Polímeros em Rede: .................................................................................................................................................................. 6 
3.1.5. Homopolímeros ........................................................................................................................................................................ 6 
3.1.6. Copolímeros: ............................................................................................................................................................................. 6 
3.2. Quanto ao comportamento térmico ............................................................................................................................................. 6 
3.2.1. Polímeros Termoplásticos ......................................................................................................................................................... 6 
3.2.2. Polímeros Termofixos ............................................................................................................................................................... 6 
4. Propriedades físicas dos polímeros ................................................................................................................................................... 6 
5. Principais aplicações dos polímeros na construção civil ................................................................................................................... 9 
5.1. Instalações hidráulicas prediais ..................................................................................................................................................... 9 
5.2. Instalações elétricas ...................................................................................................................................................................... 9 
5.3. Fechamento de fachadas – Esquadrias e portas ......................................................................................................................... 10 
5.4. Fechamento de coberturas – Telhas ........................................................................................................................................... 11 
5.5. Pisos, Revestimentos e Forros..................................................................................................................................................... 12 
5.6. Tintas e vernizes .......................................................................................................................................................................... 12 
6. Reciclagem ....................................................................................................................................................................................... 13 
6.1. Processos de Reciclagem de Plástico .......................................................................................................................................... 14 
6.1.1. Reciclagem Química ................................................................................................................................................................ 14 
6.1.2. Reciclagem Mecânica .............................................................................................................................................................. 14 
6.1.3. Reciclagem Energética ............................................................................................................................................................ 15 
6.2. O Plástico e a Geração de Energia ............................................................................................................................................... 15 
Referencias ............................................................................................................................................................................................... 15 
 
 
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 Introdução 
Os polímeros são mais conhecidos como “plásticos”. Mas nome “plástico” não se refere a um único material. 
Assim como a palavra “metal” não define apenas ferro ou alumínio, a palavra “plástico” caracteriza diversos materiais 
com estrutura, qualidade e composição diferentes. As qualidades dos plásticos são tão variadas, que frequentemente 
substituem materiais tradicionais como a madeira é o metal. 
“Plástico” é um adjetivo. Indica uma qualidade. Segundo o dicionário, plástico é: “capaz de ser moldado; que tem 
o poder ou a virtude de formar; suscetível de ser modelado com os dedos ou com instrumentos”. Ou conforme outra 
definição: “todas as matérias orgânicas que, sob oportunas ações térmicas e mecânicas, se deixam conformar ou moldar 
com relativa facilidade”. 
Pode-se imaginar o polímero como um novelo de lã com vários fios individuais. Retirar um único fio deste novelo 
é muito difícil. Bastante similar é o polímero, onde as macromoléculas “seguram-se” firmemente entre si. Como as 
macromoléculas são compostas de vários elementos individuais, chamados de monômeros (mono=um, meros=parte), a 
junção de muitos “meros” recebe o nome de polímeros (muitas partes). Fonte: IANINO, Alexandre. Polímeros (apostila) 
A evolução dos polímeros pode ser exemplificada em três fases 
1ª fase: Polímeros são compostos orgânicos e reações de difícil execução em laboratório. Até o século XIX 
somente era possível utilizar polímeros produzidos naturalmente, pois não havia tecnologia disponível para promover 
reações entre os compostos de carbono. 
2ª fase: Pesquisas sobre química orgânica se multiplicam. Em 1883 GOODYEAR descobre a vulcanização da 
borracha natural. Por volta de 1860 já havia a moldagem industrial de plásticos naturais reforçados com fibras, como a 
goma-laca e a guta-percha. Em 1910 começa a funcionar a primeira fábrica de rayon nos E.U.A. e em 1924 surgem as 
fibras de acetato de celulose. 
3ª Fase: REGNAULT polimeriza o cloreto de vinila com auxílio da luz
do sol. EINHORN & BISCHOFF descobrem 
o policarbonato. BAEKELAND sintetiza resinas de fenol-formaldeído. É o primeiro plástico totalmente sintético que surge 
em escala comercial. O período entre 1920 e 1950 foi decisivo para o surgimento dos polímeros modernos. Durante a 
década de 1960 surgem os plásticos de engenharia. Na década de 1980 observa-se certo amadurecimento da 
Tecnologia dos Polímeros. 
Finalmente na década de 1990 os catalisadores de metaloceno, reciclagem em grande escala de garrafas de PE 
e PET, biopolímeros, uso em larga escala dos elastômeros termoplásticos e plásticos de engenharia. A preocupação com 
a reciclagem torna-se quase uma obsessão, pois dela depende a viabilização comercial dos polímeros. 
1. A origem dos polímeros 
Os polímeros são macromoléculas constituídas por grande número de moléculas pequenas que se repetem na 
sua estrutura e que são denominadas de monômeros. As reações pelas quais elas se combinam são chamadas de 
polimerizações. 
As primeiras sínteses efetuadas destinavam-se a preparar substitutos para as macromoléculas naturais (caucho, 
seda...); desde então se desenvolveu uma extensa tecnologia que produz presentemente centenas de substâncias de 
que não existem equivalentes na natureza. Deste modo, o polímero é o primeiro material de engenharia sintético. 
O desenvolvimento dos polímeros: 
 Barateou enormemente bens de consumo e embalagem; 
 Tornou viável o desenvolvimento das áreas: eletrônica, aeronáutica, espacial, automobilística, 
eletrodomésticos, vestuário e até médica. 
Além disso, os polímeros apresentam processamento fácil e econômico, reduziram peso e melhoraram a 
apresentação, o desempenho, a durabilidade e a segurança. 
Atualmente há maciço investimento em pesquisa principalmente nas áreas de polímero condutor e polímero 
cristal líquido. Por apresentarem boas propriedades físicas e químicas, os polímeros rapidamente tornaram-se substitutos 
de alguns materiais de engenharia. 
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POLÍMEROS NATURAIS 
Tempos 
remotos 
 Asfalto (pré-bíblico), âmbar (Grécia), mastique de goma (Roma). 
 Celulose, algodão, lã, seda, borracha natural. 
 Proteínas, ácidos nuclêicos, queratina, cabelo. 
1826 
Fórmula empírica da borracha 
natural 
C5H8 
1860 
Isopreno obtido por destilação 
destrutiva do polímero 
~CH2-(CH3)=CH-CH2~ 
 
POLÍMEROS SINTÉTICOS 
1839 Polimerização do estireno ~[CH2-CH2-(C6H5)]~ 
1860 Preparação do poli(etileno glicol) ~[CH(OH)-CH(OH)]~ 
1879 Polimerização do isopreno ~[CH2-(CH3)=CHCH2]~ 
1880 Polimerização do ácido metacrílico ~[CH2-CMeCOO]~ 
 
CIÊNCIA DE POLÍMEROS – DATAS HISTÓRICAS 
1832 Polímeros compostos de PM múltiplos em contraposição a isômero Berzelieus 
1920 Aceitação da existência de macromoléculas Staudinger 
1920-1930  grupos terminais e propriedades físicas x 
 viscosidade de soluções diluídas x PM 
1930 Prêmio Nobel 
1935 Estudos sobre configuração dos átomos nas cadeias 
1929 - 1930 Comprovação da teoria macromolecular e dos estudos de Staudinger Carothers 
1937 Elucidou o mecanismo de polimerização em cadeia Flory 
1955 Existência de estereorregularidade na cadeia de polímeros vinílicos Natta 
 
DESENVOLVIMENTOS DE RELEVÂNCIA INDUSTRIAL 
tempos 
remotos 
utilização da borracha natural 
1839 vulcanização da 
industrialização nos USA e Inglaterra 
1838 descobrimento do nitrato de celulose 
1865 descobrimento do acetato de celulose 
1870 comercialização do nitrato de celulose (explosivos, fotografias, fibras sintéticas). 
1900 produção de borracha sintética 
copolimerização de estireno e dienos 
1900-1910 comercialização de acetato de Rayon e de celulose 
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1920 produção de resinas de cloreto acetato de vinila 
1930 produção de poliestireno na Alemanha e USA 
1951 patente e produção de borracha vulcanizada (Primeira Guerra Mundial) 
1952 produção de polietileno de baixa densidade 
1952-1953 descoberta dos catalisadores Ziegler-Natta (Prêmio Nobel em 1955) 
1957 produção do polietileno de alta densidade e do polipropileno 
1969 produção de nylon (poliamida) e poliésteres (fibras e plásticos) 
 
No quadro a seguir são apresentadas as datas aproximadas da introdução de alguns polímeros comerciais: 
ANO POLÍMERO APLICAÇÃO 
1870 Nitrato de celulose Aro de óculos 
1909 Fenólicos Peça de telefone 
1909 Fenólicos moldados a frio Peça de aquecedor elétrico 
1919 Caseína Agulha de tricotar 
1919 Poli(acetato de vinila) Adesivos 
1926 Alquídicas Suporte para artigos elétricos 
1926 Anilina formaldeído Terminais 
1927 Acetato de celulose Produtos moldados 
1928 Uréia Suporte para iluminação 
1931 Acrílicos Cabos de escovas, embalagens transparentes 
1935 Etil celulose Suporte para flash 
1936 Poli(cloreto de vinila) Capa de chuva 
1938 Poli(acetato de vinila) Camada intermediária de vidro de segurança 
1938 Polivinil butiral Vidro de segurança 
1938 Poliestireno Artigos domésticos 
1938 Acetato-butirato de celulose Adornos 
1938 Poliamidas Fibras 
1939 Poliamidas pós moldadem Engrenagens 
1939 Melaminas Artigos de mesa 
1939 Poli(cloreto de vinilena) Capas para assento de carro 
1942 Carboneto de diglicol alila Chapas fundidas 
1942 Polietileno Garrafas comprimíveis 
1942 Poliésteres Plásticos reforçados para barcos 
1943 Silicones Isolamento de motores 
1943 Teflon Juntas 
1945 Propionato de celulose Canetas 
1947 Organose e plastificação de polivinila Revestimentos, espumas 
1947 Epoxies Compostos de potes e adesivos 
1948 Acrilonitrila-butadieno-estireno Imitação de couro para malas 
1948 Poli(clorotrifluoretileno) Juntas e acentos de válvulas 
1953 Poliuretanos Chapas, espumas 
1955 Poliuretanos Revestimentos 
1957 Poli(metilestireno) Artigos domésticos 
1958 Poliacrilamida Artigos domésticos 
1958 Óxido de polietileno Embalagens 
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2. Definição de polímeros 
A palavra polímero origina-se do grego poli (muitos) e mero (unidade de repetição). Assim, um polímero é uma 
macromolécula composta por muitas (dezenas de milhares) de unidades de repetição denominadas meros, ligados por 
ligação covalente. A matéria-prima para a produção de um polímero é o monômero, isto é, uma molécula com uma 
(mono) unidade de repetição (Canevarolo, 2002). 
 
3. Classificações 
Dependendo do tipo de monômero (estrutura química), do número médio de meros por cadeia e do tipo de 
ligação covalente, poderemos dividir os polímeros em três grandes classes: Plásticos, Borrachas (ou Elastômeros) e 
Fibras (Canevarolo, 2002). 
Uma classificação mais abrangente cita ainda os Revestimentos, os Adesivos, as Espumas e as Películas 
(Callister, 2002). Muitos polímeros são variações e/ou desenvolvimentos sobre moléculas já conhecidas podendo ser 
divididos em quatro diferentes classificações (Canevarolo, 2002): 
 Quanto à estrutura química; 
 Quanto ao método de preparação; 
 Quanto ao comportamento mecânico; 
 Quanto ao desempenho mecânico. 
No entanto, para melhor compreensão da relação entre suas características e o efeito sobre o desempenho dos 
materiais compostos por polímeros, quando empregados na construção civil, será abordada a classificação de Callister 
(2002) quanto à estrutura molecular e quanto à sua resposta mecânica a temperaturas elevadas, ou seja, quanto ao 
comportamento térmico. 
3.1. Quanto à estrutura molecular 
3.1.1. Polímeros Lineares 
As unidades de mero estão unidas ponta a ponta em cadeias únicas. São cadeias flexíveis em que podem existir 
grandes quantidades de ligações de van der Waals entre si. Ex: Polietileno, Cloreto de Polivinila, Poliestireno, Polimetil 
Metacrilato, Nylon e Fluorocarbonos. 
 
A Poliamida, conhecida como "Nylon" é um material de ampla utilização, esta presente nos melhores 
tecidos e em diversas peças técnicas. 
Este nome "Nylon" foi dado pelos Americanos e Ingleses
que em parceria descobriram este material. 
Devido uma espécie de guerra fria contra os japoneses, numa disputa que envolvia o comércio da 
seda e a descoberta de um material que pudesse substitui-la. Quando os Americanos e Ingleses 
descobriram a Poliamida, material que viria a substituir a seda, principalmente para fabricação de 
paraquedas, deram então este nome “Nylon” que tem duas versões para tal: 
a) A soma das iniciais das duas principais cidades envolvidas: New York e London 
b) As iniciais da frase: Now You Lost Old Nipon ( Agora você perdeu velho japonês) 
3.1.2. Polímeros Ramificados 
Cadeias de ramificações laterais encontram-se conectadas às cadeias principais, sendo considerada parte das 
mesmas, sendo que a compactação da cadeia é reduzida, resultando em polímeros de baixa densidade. Polímeros 
lineares também podem ser ramificados. 
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3.1.3. Polímeros com Ligações Cruzadas 
Cadeias lineares adjacentes ligadas umas às outras, em várias posições por ligações covalentes. Estas ligações, 
não reversíveis, são obtidas durante a síntese do polímero a altas temperaturas e são encontradas em muitos dos 
materiais elásticos com características de borracha. 
3.1.4. Polímeros em Rede: 
Unidades mero com três ligações covalentes ativas, formando redes tridimensionais. Polímeros com muitas 
ligações cruzadas podem ser caracterizados como polímeros em rede e possuem propriedades mecânicas e térmicas 
distintas. Ex: Materiais de base epóxi e fenolformaldeído. 
3.1.5. Homopolímeros 
Quando todas as unidades repetidas dentro da cadeia constituem-se do mesmo tipo de mero. 
3.1.6. Copolímeros: 
Quando as unidades repetidas dentro da cadeia constituem-se de dois ou mais tipos de meros diferentes. 
 
3.2. Quanto ao comportamento térmico 
3.2.1. Polímeros Termoplásticos 
Sob efeito de temperatura e pressão, amolecem assumindo a forma do molde. Nova alteração de temperatura e 
pressão reinicia o processo, sendo, portanto, recicláveis. Em nível molecular, à medida que a temperatura é elevada, as 
forças de ligação secundárias são diminuídas (devido ao aumento do movimento molecular), de modo tal que o 
movimento relativo de cadeias adjacentes é facilitado quando uma tensão é aplicada. Os termoplásticos são 
relativamente moles e dúcteis e compõem-se da maioria dos polímeros lineares e aqueles que possuem algumas 
estruturas ramificadas com cadeias flexíveis. Ex: PE,PP, PVC, etc. 
3.2.2. Polímeros Termofixos 
Ou termorrígidos, sob efeito de temperatura e pressão, amolecem assumindo a forma do molde. Nova alteração 
de temperatura e pressão não faz efeito algum, tornando-os materiais insolúveis, infusíveis e não-recicláveis. Durante o 
tratamento térmico inicial, ligações cruzadas covalentes são formadas entre cadeias moleculares adjacentes; essas 
ligações prendem as cadeias entre si para resistir aos movimentos vibracionais e rotacionais da cadeia a temperaturas 
elevadas, sendo que o rompimento destas ligações só ocorrerá sob temperatura muito elevadas. Os polímeros termofixos 
são geralmente mais duros, mais fortes e mais frágeis do que os termopláticos, e possuem melhor estabilidade 
dimensional. Ex: Baquelite (resina de fenol-formaldeído), epóxi (araldite), algumas resinas de poliéster, etc. 
4. Propriedades físicas dos polímeros 
Existem diferentes tipos de materiais poliméricos (plásticos, borrachas, fibras, adesivos, espumas e filmes), os 
quais têm propriedades específicas e enumeras aplicações. Desde que se começou a usar esses materiais, enumeras 
tentativas foram efetuadas para melhorar as suas propriedades. De referir que a engenhosidade dos tecnologistas, não 
se limitou a melhorar os materiais orgânicos naturais, pelo contrario, muitas substancias sintéticas foram criadas 
(Kroschwitz; 1985). No campo dos plásticos as criações são espantosas, o que tem proporcionado, não só, à construção 
civil mas também a vários domínios uma variedade cada vez maior de materiais para sua aplicação. 
Os polímeros possuem propriedades químicas e físicas muito diferentes das que tem os corpos formados por 
moléculas simples. As principais propriedades dos polímeros são: 
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 -Elevada processabilidade – facilmente moldáveis isto é, a facilidade de converter o material numa 
determinada forma; 
 Resistentes à rotura e ao desgaste; 
 Resistente à ação dos agentes atmosféricos, não quebra, não formam pontes e não estilhaçam; 
 Elásticos; 
 Peso reduzido – é mais leves que os metais e que o vidro (3* mais leves que o alumínio); 
 Lubrificação – são materiais de baixo atrito; 
 Isolação – tem excelentes propriedades de isolamento eléctrico e acústico; 
 Baixo custo de produção; 
 Possibilidade de serem usados no fabrico de peças nas mais variadas formas, tamanhos e cores; 
 A maioria são recicláveis. 
Estas propriedades, juntamente com a sua fácil obtenção a baixas temperaturas, justificam a sua fabricação a 
grande escala (Kroschwitz; 1985 e Salvador; 2000). Porém os polímeros não apresentam só vantagens, eles também 
apresentam algumas, embora poucas desvantagens. Eles causam um problema ecológico. Os objetos plásticos não se 
decompõem por si só na natureza, visto não serem atacáveis pelos microrganismos, pelo que a sua decomposição pode 
levar dezenas de anos. De igual modo quando lançados à água (mar, rios ou lagos), podem causar diversos acidentes. 
Estes e demais problemas só serão solucionados com uma correta recolha de lixos de forma que sejam reciclados e 
tratados convenientemente. O acabar com este tipo de poluição depende de todos nós. Do ponto de vista técnico a 
reciclagem dos materiais termoplásticos é mais fácil que a dos materiais alternativos. 
Leves 
Mais leves que metais ou cerâmica. Ex: PE é 3 vezes mais leve que o alumínio e 8 vezes mais leve que o aço. 
Motivação para uso na indústria de transportes, embalagens, equipamentos de esporte... 
Propriedades Mecânicas Interessantes 
Alta flexibilidade, variável ao longo de faixa bastante ampla, conforme o tipo de polímero e os aditivos usados 
na sua formulação; 
Alta resistência ao impacto. Tal propriedade, associada à transparência, permite substituição do vidro em 
várias aplicações. Quais seriam? lentes de óculos (em acrílico ou policarbonato), faróis de automóveis (policarbonato), 
janelas de trens de subúrbio, constantemente quebradas por vândalos (policarbonato); 
Note-se, contudo, que a resistência à abrasão e a solventes não é tão boa quanto à do vidro. Lentes de acrílico 
riscam facilmente e é facilmente danificadas se entrarem em contato com solventes como, por exemplo, acetona! 
Baixas Temperaturas de Processamento 
Conformação de peças requer aquecimento entre Tamb e 250oC. Alguns plásticos especiais requerem até 
400oC. Disso decorre baixo consumo de energia para conformação. E também faz com que os equipamentos mais 
simples e não tão caros quanto para metais ou cerâmica. 
 
Ajuste Fino de Propriedades através de Aditivação 
Cargas inorgânicas minerais inertes (ex. CaCO3) permitem reduzir custo da peça sem afetar propriedades. 
Exemplo: piso de vinil/cadeiras de jardim (PP), que contém até 60% de cargas. 
Uso de fibras (vidro, carbono, boro) ou algumas cargas minerais (talco, mica, caolim, wolastonita) aumentam a 
resistência mecânica; As cargas fibrosas podem assumir forma de fibras curtas ou longas, redes, tecidos. 
Negro de fumo em pneus (borracha) e filmes para agricultura (PE) aumentam resistência mecânica e a 
resistência ao ataque por ozônio e raios UV. 
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Charles Goodyear descobriu o processo de vulcanização que é o processo utilizado para 
fabricação de pneus e outros produtos de borracha sintética (plástico elastomérico). Porém 
não conseguiu desfrutar de sua descoberta e morreu pobre. O
nome vulcanização foi dado em 
honra ao deus Vulcano, deus das profundezas e do fogo. 
Aditivos conhecidos como plastificantes podem alterar completamente as características de plásticos como o 
PVC e borrachas, tornando-os mais flexíveis e tenazes. 
A fabricação de espumas é feita através da adição de agentes expansores, que se transformam em gás no 
momento da transformação do polímero, quando ele se encontra no estado fundido. 
Baixa Condutividade Elétrica 
Polímeros são altamente indicados para aplicações onde se requeira isolamento elétrico. Explicação: polímeros 
não contêm elétrons livres, responsáveis pela condução de eletricidade nos metais. 
A adição de cargas especiais condutoras (limalha de ferro, negro de fumo) pode tornar polímeros fracamente 
condutores, evitando acúmulo de eletricidade estática, que é perigoso em certas aplicações. Há polímeros especiais, 
ainda em nível de curiosidades de laboratório, que são bons condutores. O Prêmio Nobel de Química do ano 2000 foi 
concedido a cientistas que sintetizaram polímeros com alta condutividade elétrica. 
Baixa Condutividade Térmica 
A condutividade térmica dos polímeros é cerca de mil vezes menor que a dos metais. Logo, são altamente 
recomendados em aplicações que requeiram isolamento térmico, particularmente na forma de espumas. Mesma 
explicação do caso anterior: ausência de elétrons livres dificulta a condução de calor nos polímeros. 
Maior Resistência a Corrosão 
As ligações químicas presentes nos plásticos (covalentes/Van der Walls) lhes conferem maior resistência à 
corrosão por oxigênio ou produtos químicos do que no caso dos metais (ligação metálica). Isso, contudo, não quer dizer 
que os plásticos sejam completamente invulneráveis ao problema. Ex: um CD não pode ser limpo com terebintina, que 
danificaria a sua superfície. De maneira geral, os polímeros são atacados por solventes orgânicos que apresentam 
estrutura similar a eles. Ou seja: similares diluem similares. 
Porosidade 
O espaço entre as macromoléculas do polímero é relativamente grande. Isso confere baixa densidade ao 
polímero, o que é uma vantagem em certos aspectos. Esse largo espaçamento entre moléculas faz com que a difusão de 
gases através dos plásticos seja alta. Em outras palavras: esses materiais apresentam alta permeabilidade a gases, que 
varia conforme o tipo de plástico. 
A principal consequência deste fato é a limitação dos plásticos como material de embalagem, que fica patente no 
prazo de validade mais curto de bebidas acondicionadas em garrafas de PET. Por exemplo, o caso da cerveja é o mais 
crítico. Essa permeabilidade, contudo, pode ser muito interessante, como no caso de membranas poliméricas para 
remoção de sal da água do mar. 
Reciclabilidade 
Alguns polímeros, como termorrígidos e borrachas, não podem ser reciclados de forma direta: não há como 
refundi-los ou depolimerizá-los. A reciclagem de polímeros termoplásticos, apesar de tecnicamente possível, muitas 
vezes não é economicamente viável devido ao seu baixo preço e baixa densidade. Compare com o caso do alumínio... 
Somente plásticos consumidos em massa (PE, PET, ...) apresentam bom potencial econômico para reciclagem. 
Problema adicional: o plástico reciclado é encarado como material de segunda classe, ao contrário do que ocorre 
com aço ou mesmo o alumínio. Nos casos em que a reciclagem do polímero não for possível, sempre é possível queimá-
lo, transformando-o em energia, em incineradores ou altos-fornos. Esta última saída é mais favorável, pois o carbono do 
polímero seria usado na redução do minério. Contudo, plásticos que contém halogêneos (PVC e PTFE, por exemplo) 
geram gases tóxicos durante a queima. Solução: identificação desse material, que deve ser encaminhado para 
dealogenação antes da queima. 
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5. Principais aplicações dos polímeros na construção civil 
Nas últimas décadas, os polímeros têm sido cada vez mais solicitados na Construção Civil, e de forma 
concomitante, a eficiência desses materiais está invadindo os projetos de edifícios, buscando substituir materiais 
considerados até então, de maior nobreza como o aço, a madeira, o barro e o concreto na execução das obras. 
Para ter-se ideia da importância dos polímeros (plásticos) na construção civil, estes materiais detêm seu segundo 
maior mercado neste setor, perdendo apenas para o de embalagens, quanto à utilização como matéria-prima. Neste 
capítulo são apresentados os componentes construtivos e seus subsistemas, acentuando-se as características e 
propriedades dos mesmos e dos polímeros com os quais foram obtidos e suas reações de polimerização. 
5.1. Instalações hidráulicas prediais 
A qualidade das instalações hidráulicas prediais, no seu conceito mais amplo, é fundamental para a qualidade da 
edificação como um todo. O usuário final deseja que a instalação hidráulica predial possa suprir as suas necessidades 
com baixo custo, durabilidade, manutenção fácil e barata. Por outro lado, o construtor ou o empreendedor de uma 
edificação deve procurar componentes e sistemas com qualidade, baixo custo, facilidade de execução e também de 
manutenção. (Manual OPP/TRIKEM, 1998, p. 08). 
Os polímeros podem ser usados para instalações prediais de água, esgoto sanitário e captação e condução de 
águas pluviais. Em instalações hidráulicas prediais de água, há uma utilização cada vez maior dos seus componentes 
produzidos em polímeros. No caso do PVC (poli cloreto de vinila), segundo o manual TRIKEM (1988), é utilizado 
basicamente para a condução ou manuseio de água à temperatura ambiente e no caso da condução de água quente são 
indicadas às tubulações de CPVC (poli cloreto de vinila clorado), semelhante ao PVC, porém com maior estabilidade em 
relação à água quente. 
As tubulações baseadas em PVC são indicadas para aplicações em edificações residenciais, comerciais e 
industriais. Segundo ACETOZE (1996), e VANDERGORIN (1987) as características dos componentes, em PVC, são que 
estes possuem juntas estanques (soldadas ou rosqueadas), tem menor custo de material e de mão-de-obra em relação 
aos materiais tradicionalmente utilizados, são resistentes à corrosão, a lisura das paredes internas resulta em maior 
velocidade do fluxo e menos formação de depósito, não são condutores de eletricidade, coeficiente de expansão térmica 
muito maior que outros matérias, são praticamente imunes ao ataque de bactérias e fungos, possuem densidade menor 
que materiais tradicionais como cerâmica e ferro galvanizado. 
 
5.2. Instalações elétricas 
Dentre os componentes elétricos, podem ser citados os eletrodutos para a passagem de fios e cabos, 
internamente às paredes das construções; perfis para instalações elétricas aparentes; fios e cabos com isolamento; e 
componentes terminais da instalação (caixas, espelhos, tomadas, interruptores e outros). Estes componentes elétricos 
são bastante difundidos por permitir um bom isolamento elétrico e por minimizar os efeitos de curto circuito originados 
dos fios descascados. 
Há ainda, os dutos e subdutos responsáveis pela passagem de calor. Os polímeros mais largamente 
empregados para confecção destes materiais são: PVC (poli cloreto de vinila), PS (poliestireno), PE (polietileno), PP 
(polipropileno), PPO (polióxifenileno) e o PCTFE (politrifluorcloroetileno). O PVC é o único polímero aplicado na produção 
de todos os componentes elétricos; enquanto que o OS é aplicado com maior constância em cabos elétricos; o PE e PP 
em isolamento de cabos elétricos; o PPO em relés e interruptores e o PCTFE em diversos componentes para 
equipamentos elétricos. Os fios são filamentos formados por um condutor e os cabos, formados por vários condutores. 
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No caso destes componentes em PVC, podem ser utilizados em instalações elétricas, telefônicas, antenas de televisão e 
FM, localizados em edificações
residenciais, comerciais e industriais e subestações transformadoras. 
Os eletrodutos poliméricos são destinados ao alojamento e proteção dos 
fios elétricos e podem ser rígidos ou flexíveis e possuem em comum a elevada 
resistência à compressão, o que permite que sejam embutidos em lajes, paredes e 
pisos. Os dutos e subdutos de PVC são utilizados em instalações subterrâneas de 
redes elétricas e de telefonia, ou seja, têm a função de proteger cabos e fibras 
óticas. Conforme já mencionado existem ainda outros componentes como os relés 
e interruptores normalmente confeccionados em PPO. 
Dentre as características dos polímeros empregados na confecção dos 
diferentes materiais apresentados podemos destacar segundo ACETOZE (1996) 
que são auto extinguíveis, ou seja, se não houver presença de chama externa, o 
fogo se apaga naturalmente, em alguns casos o PVC pode ser tratado com aditivos resistentes a ação da luz solar para 
instalações de fiação externa, não sofrem corrosão e são imunes às composições das argamassas e concretos no caso 
dos eletrodutos, possuem baixa densidade, são bons isolantes elétricos, acompanham as acomodações do solo no caso 
dos dutos e subdutos. 
5.3. Fechamento de fachadas – Esquadrias e portas 
Os perfis de esquadrias de PVC foram lançados na Alemanha entre 1955 e 1960 e atualmente representam uma 
parcela significativa das esquadrias vendidas nos mercados europeu e americano. As primeiras tentativas de produção e 
comercialização de esquadrias sintéticas, no Brasil, datam de meados da década de setenta quando ainda se importava 
o PVC, e a partir de 1979 inicia-se no Brasil a produção, em maior escala, das esquadrias de PVC, basicamente com 
tecnologia alemã e austríaca. 
Atualmente o PVC domina 50% do mercado de esquadrias da Europa e supera os 30% nos EUA, sendo que no 
Brasil permanece estacionado na casa dos 5%. Segundo os fabricantes de esquadria de PVC a construção, em geral, vai 
demorar mais alguns anos até assimilar os benefícios desta tecnologia por dois motivos básicos: excesso de 
tradicionalismo e desconhecimento quanto à redução no consumo de energia elétrica, proporcionado pelo uso do PVC. 
A janela é um componente construtivo que pode ser discutido sob diversos pontos de vista, ou seja, para o 
arquiteto e projetista ela representa um elemento que corta a fachada, interrompe sistemas de divisórias ou tetos e 
requer detalhamento especial de suas interfaces em conjunto com estes sistemas. Na opinião do construtor, a janela é 
um elemento onde o funcionamento de vários matérias e componentes devem estar em harmonia, ou então, na opinião 
do usuário, a janela traz luz natural, ar fresco e uma vista do exterior. Em suma, independente de qualquer ponto de 
vista, a janela é um componente de fachada que filtra as condições externas para as internas e, ainda tem possibilidades 
de ser operável e oferecer certo grau de transparência à luz natural. 
Os parâmetros básicos para o comportamento das janelas são o bom desempenho durante o uso e a 
durabilidade ao longo do tempo. Estes fatores devem ser garantidos por um sistemático controle de qualidade, iniciado 
ainda na fase do projeto através da tipologia e do material que constituem a janela. A implantação de janelas de PVC no 
projeto e construção de edifícios tem sido realizada obedecendo a certas exigências da qualidade como segurança, 
habitabilidade, durabilidade e qualidade dos dispositivos complementares. Ao se comparar o custo de esquadrias 
fabricadas com materiais distintos, no caso o PVC e o alumínio, deve-se considerar determinados aspectos como o 
desempenho da esquadria; se a esquadria é fornecida com vidro e persiana; o custo de instalação da esquadria e do 
vidro, entre outros aspectos. 
 
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A fabricação das portas de PVC baseia-se na mesma formulação utilizada para a fabricação de janelas em PVC 
rígido. Atualmente a porta sanfonada em PVC rígido é um produto bem sucedido devido à sua facilidade de limpeza, 
instalação e funcionamento, cujas funções são dividir e decorar os ambientes. Quando recolhidas ocupam pouco espaço 
e podem ser instaladas em paredes que já receberam acabamento. Ainda podemos citar as persianas e venezianas que 
são perfis que formam um sistema par escurecimento, proteção e resguardo dos ambientes que possuem caixilhos. As 
persianas são constituídas de cortinas rígidas ou semirrígidas de PVC, que podem ser recolhidas. As venezianas são 
elementos fixados em perfis de janelas ou porta-balcão, fazendo parte integrante do caixilho. É muito comum mesclar o 
uso de PVC com outros materiais nas venezianas como o alumínio. 
5.4. Fechamento de coberturas – Telhas 
As telhas plásticas utilizadas atualmente, são as telhas de PVC rígido, aplicadas em combinação com outros 
tipos de telhas; além das telhas de policarbonato, fibra de vidro e plipropileno, fabricadas no Brasil. 
No caso das telhas de PVC, podem ser utilizadas em edificações residenciais, comerciais e industriais, mas são 
especialmente indicadas para locais onde se deseja a passagem de luz natural, diminuindo assim a necessidade de luz 
artificial, durante o período diurno. Essa aplicação só é possível graças às propriedades do PVC neste caso de 
apresentarem-se translúcidos ou opacos, com grande resistência química e apresentarem boa absorção acústica e 
térmica. 
 
As telhas de fibra de vidro, também chamadas de fiberglass ou vitrofibra, e com sigla GRP ou RP, é na verdade 
um material que combina fibras de vidro e resina, ou seja, as fibras de vidro reforçam um laminado de poliéster 
conferindo-lhe ótimas propriedades. As características das telhas de fibra de vidro são baixo peso, permitindo fácil 
manuseio na aplicação e economia no transporte; alta resistência mecânica; boa resistência química; menor custo de 
acabamento; boa resistência a fortes intempéries, dispensa manutenções e oferece facilidade de reparos, no caso de 
danificação de uma estrutura. Essas telhas são caracterizadas por serem totalmente translúcidas, sendo projetadas para 
diversas funções como iluminação zenital, cobertura, divisão, decoração ou fechamento de ambientes. 
As telhas de polipropileno (PP) fazem parte de uma nova tecnologia que está sendo produzida em coberturas a 
partir de polímeros, e que consiste num sistema de módulos com encaixes, formadas por agrupamentos de até seis 
telhas de PP, reproduzidas com o mesmo design de telhas tradicionais. 
O acrílico (polimetacrilado de metila) apresenta grandes vantagens em suas características como a excelente 
transparência (transmite 90% da luz incidente), boa resistência a intempéries, mesmo sem estabilizantes, funcionamento 
contínuo até 75°C, não estilhaça, é brilhante e apresenta coeficiente de dilatação elevado. Entretanto o acrílico apresenta 
combustibilidade. Entre os grandes projetos de coberturas acrílicas podemos citar a cobertura da Expo Mundial do 
Canadá, e a cobertura da Estação Rodoviária de São Paulo. O PC (policarbonato) apresenta uma séria de vantagens 
como ótima resistência mecânica a fluência e ao impacto (250 vezes maior que o vidro e 30 vezes maior que o acrílico) 
boa resistência à deformação, mesmo com altas temperaturas (até 140°C), bom isolamento elétrico, não propaga chama, 
e boa resistência química. Graças a estas propriedades, o PC tem ganhado destaque nos últimos anos dentro do setor 
de construção civil. 
 
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5.5. Pisos, Revestimentos e Forros 
Os pisos vinílicos são materiais produzidos a partir do PVC e apresentados no mercado através de placas, pisos 
semiflexíveis ou mantas que são adaptados para aplicação em qualquer ambiente interno como residências. 
De acordo com SIMÕES E LEITE (1997), o piso vinílico é composto por resina de PVC ou de copolímeros de 
cloreto de vinila ou ambos, plastificantes, estabilizantes, aditivos, cargas
inertes e pigmentos. No caso das mantas 
flexíveis pode haver a associação das mesmas a uma manta de fibra de vidro, que aumenta a estabilidade dimensional 
do produto. Na categoria dos pisos semiflexíveis, há ainda ladrilhos que podem ser constituídos por fibra de amianto. Os 
pisos vinílicos podem apresentar as características interessantes, tais como: oferecem facilidade, economia e rapidez na 
sua aplicação, são versáteis, podendo ser aplicados em diferentes ambientes, resistência comprovada com relação à 
dureza e impacto, boa resistência a agentes químicos com bases, sais e ácidos. 
 
Podemos ainda mencionar os papéis de parede confeccionados em PVC. As 
características mais importantes de um papel de parede em PVC na opinião de 
ACETOZE (1995) são: a capacidade de suportar a lavabilidade, a estabilidade da cor, 
e a instalação fácil, rápida e econômica. 
Existem ainda com menos frequência às telas em vinil, confeccionadas a 
partir de uma base de tela de algodão recoberto com película de PVC, com espessura 
de 0,10 mm e gramatura de 175 g/m2. São produtos de última geração e apresentam 
boa resistência à ação mecânica, são laváveis e mantêm-se inalterados com o passar 
do tempo. O forro pode ser descrito como uma barreira utilizada no interior das 
edificações, entre a cobertura e os ambientes, com uma diversidade de funções como 
acabamento interior, isolamento térmico, absorções sonoras, delimitação espacial e ocultação de redes de instalação. 
Os painéis mais utilizados são os de gesso, fibras vegetais, resinas sintéticas (principalmente PVC e acrílico), de 
madeira e de metal. Entre as propriedades dos polímeros utilizados na confecção de painéis para forro de teto podemos 
destacar a instalação mais limpa e eficiente, a facilidade de limpeza, a baixa densidade, o ótimo isolamento acústico e 
elétrico, e um bom desempenho térmico devido às cavidades internas que formam vazios de ar. 
5.6. Tintas e vernizes 
Por muitos séculos as tintas foram usadas apenas por seu aspecto estético. Mais tarde quando foram 
introduzidas em países onde as condições climáticas eram mais severas, passaram a ser elaboradas dando importância 
ao aspecto proteção. De maneira simplista podemos afirmar que as tintas são uma composição líquida, geralmente 
viscosa, constituída de um ou mais pigmentos dispersos em um aglomerante líquido, que ao sofrer um processo de cura, 
quando estendida em película fina, forma um filme opaco e aderente ao substrato. 
Esse filme tem a finalidade de proteger e melhorar esteticamente às superfícies. Sendo assim podemos isolar 
quatro componentes principais da tinta: resina, pigmento, aditivo e solvente. A homogeneização destes componentes 
básicos resulta em um líquido viscoso que ao ser aplicado nas superfícies atua como um sistema de proteção, após a 
cura, contra o desgaste provocado por corrosão. No caso da construção, além de proteger as superfícies de paredes, 
muros, tetos, pisos, claraboias, esquadrias, entre outros, contra diversas intempéries e ataques químicos, a tinta é 
também uma solução que envolve um acabamento bonito, durável e de baixo custo. 
As tintas base aquosa para alvenaria no Brasil são produzidas em sua grande maioria com emulsões acrílicas-
estirenadas. Existem as emulsões acrílicas puras, as vinilacrílicas e os PVAs (poliacetato de vinila). Como importantes 
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propriedades das tintas podemos citar um baixo módulo de elasticidade, uma grande resistência a intempéries, e ótima 
aderência ao substrato onde é aplicada. 
 
6. Reciclagem 
Para a reciclagem de plástico é necessário separar, por 
categorias, os diferentes resíduos poliméricos urbanos utilizando-se de 
procedimento sistemático de identificação: 
Códigos – São números ou siglas inscritos no produto que 
indicam o material empregado na confecção da embalagem. 
Normalmente estão localizados na parte inferior dos frascos e potes e 
no interior das tampas. São eles: 
O lixo brasileiro contém de 5 a 10% de plásticos, conforme o 
local. São materiais que, como o vidro, ocupam um considerável 
espaço no meio ambiente. O ideal: serem recuperados e reciclados. 
Plásticos são derivados do petróleo, produto importado (60% do total 
no Brasil). A reciclagem do plástico exige cerca de 10% da energia 
utilizada no processo primário. 
Do total de plásticos produzidos no Brasil, só reciclamos 15%. Um dos empecilhos é a grande variedade de tipos 
de plásticos. Uma das alternativas seria definir um tipo específico de plástico para ser coletado. 
Os plásticos recicláveis são: potes de todos os tipos, sacos de supermercados, embalagens para alimentos, 
vasilhas, recipientes e artigos domésticos, tubulações e garrafas de PET, que convertida em grânulos é usada para a 
fabricação de cordas, fios de costura, cerdas de vassouras e escovas. 
Os não recicláveis são: cabos de panela, botões de rádio, pratos, canetas, bijuterias, espuma, embalagens a 
vácuo, fraldas descartáveis. 
A fabricação de plástico reciclado economiza 70% de energia, considerando todo o processo desde a exploração 
da matéria-prima primária até a formação do produto final. Além disso, se o produto descartado permanecesse no meio 
ambiente, poderia estar causando maior poluição. Isso pode ser entendido como uma alternativa para as oscilações do 
mercado abastecedor e também como preservação dos recursos naturais, o que podendo reduzir, inclusive, os custos 
das matérias primas. O plástico reciclado tem infinitas aplicações, tanto nos mercados tradicionais das resinas virgens, 
quanto em novos mercados. 
O plástico reciclado pode ser utilizado para fabricação de: 
 garrafas e frascos, exceto para contato direto com alimentos e fármacos; 
 baldes, cabides, pentes e outros artefatos produzidos pelo processo de injeção; 
 "madeira - plástica"; 
 cerdas, vassouras, escovas e outros produtos que sejam produzidos com fibras; 
 sacolas e outros tipos de filmes; 
 painéis para a construção civil. 
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6.1. Processos de Reciclagem de Plástico 
 
6.1.1. Reciclagem Química 
A reciclagem química reprocessa plásticos, transformando-os em petroquímicos básicos que servem como 
matéria-prima em refinarias ou centrais petroquímicas. Seu objetivo é a recuperação dos componentes químicos 
individuais para reutilizá-los como produtos químicos ou para a produção de novos plásticos. Os novos processos 
desenvolvidos de reciclagem química permitem a reciclagem de misturas de plásticos diferentes, com aceitação de 
determinado grau de contaminantes como, por exemplo, tintas, papéis, entre outros materiais. Entre os processos de 
reciclagem química existentes, destacam-se: 
Hidrogenação: As cadeias são quebradas mediante o tratamento com hidrogênio e calor, gerando produtos 
capazes de serem processados em refinarias. 
Gaseificação: Os plásticos são aquecidos com ar ou oxigênio, gerando-se gás de síntese contendo monóxido de 
carbono e hidrogênio. 
Quimólise: Consiste na quebra parcial ou total dos plásticos em monômeros na presença de Glicol/Metanol e 
água. 
Pirólise: É a quebra das moléculas pela ação do calor na ausência de oxigênio. Este processo gera frações de 
hidrocarbonetos capazes de serem processados em refinaria. 
6.1.2. Reciclagem Mecânica 
A reciclagem mecânica consiste na conversão dos descartes plásticos pós-industriais ou pós-consumo em 
grânulos que podem ser reutilizados na produção de outros produtos, como sacos de lixo, solados, pisos, conduítes, 
mangueiras, componentes de automóveis, fibras, embalagens não-alimentícias e outros. 
Este tipo de processo passa pelas seguintes etapas: 
 Separação: separação em uma esteira dos diferentes tipos de plásticos, de acordo com a identificação 
ou com o aspecto visual. Nesta etapa são separados também rótulos de diferentes materiais, tampas de 
garrafas e produtos compostos por
mais de um tipo de plástico, embalagens metalizadas, grampos, etc. 
 Por ser uma etapa geralmente manual, a eficiência depende diretamente da prática das pessoas que 
executam essa tarefa. Outro fator determinante da qualidade é a fonte do material a ser separado, sendo 
que aquele oriundo da coleta seletiva e mais limpo em relação ao material proveniente dos lixões ou 
aterros. 
 Moagem: Após separados os diferentes tipos de plásticos, estes são moídos e fragmentados em 
pequenas partes. 
 Lavagem: Após triturado, o plástico passa por uma etapa de lavagem com água para a retirada dos 
contaminantes. É necessário que a água de lavagem receba um tratamento para a sua reutilização ou 
emissão como efluente. 
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 Aglutinação: Além de completar a secagem, o material é compactado, reduzindo-se assim o volume que 
será enviado à extrusora. O atrito dos fragmentos contra a parede do equipamento rotativo provoca 
elevação da temperatura, levando à formação de uma massa plástica. O aglutinador também é utilizado 
para incorporação de aditivos, como cargas, pigmentos e lubrificantes. 
 Extrusão: A extrusora funde e torna a massa plástica homogênea. Na saída da extrusora, encontra-se o 
cabeçote, do qual sai um "espaguete" contínuo, que é resfriado com água. Em seguida, o "espaguete" é 
picotado em um granulador e transformando em pellet (grãos plásticos). 
6.1.3. Reciclagem Energética 
É a recuperação da energia contida nos plásticos através de processos térmicos. A reciclagem energética distingue-se da 
incineração por utilizar os resíduos plásticos como combustível na geração de energia elétrica. Já a simples incineração 
não reaproveita a energia dos materiais. A energia contida em 1 kg de plástico é equivalente à contida em 1 kg de óleo 
combustível. Além da economia e da recuperação de energia, com a reciclagem ocorre ainda uma redução de 70 a 90% 
da massa do material, restando apenas um resíduo inerte esterilizado. 
 
6.2. O Plástico e a Geração de Energia 
 A presença dos plásticos é de vital importância, pois aumenta o rendimento da incineração de resíduos 
municipais. 
 O calor pode ser recuperado em caldeira, utilizando o vapor para geração de energia elétrica e/ou aquecimento. 
 Testes em escala real na Europa comprovaram os bons resultados da co-combustão dos resíduos de plásticos 
com carvão, turfa e madeira, tanto técnica, econômica, como ambientalmente. 
 A queima de plásticos em processos de reciclagem energética reduz o uso de combustíveis (economia de 
recursos naturais). 
 A reciclagem energética é realizada em diversos países da Europa, EUA e Japão e utiliza equipamentos da mais 
alta tecnologia, cujos controles de emissão são rigidamente seguros, anulando riscos à saúde ou ao meio 
ambiente. 
www.cetsam.senai.br/bolsa 
Referencias 
AGUIAR, J, “Apontamentos de Materiais de Construção 2”, Universidade do Minho, Guimarães, Volume 5, 2000; 
ANON. Curso Básico Intensivo de Plásticos. Jornal de Plásticos, Niterói, 1997. Itens 4.3.1. – Polietileno, 4.3.2., 
Polipropileno, 4.3.3. – Poliestireno, 4.3.4. – Poli(cloreto de vinila), 4.9.1. Poli(tereftalato de etileno) e 1.9.5. Policarbonato. 
BAUER, L, “Materiais de Construção”, Livros Técnicos e Científicos, Lisboa, 1988; 
BRANCO, C, “Mecânica dos Materiais”, Fundação Calouste Gulbenkian, 2ª Edição, Lisboa, 1994; 
CALLISTER Jr., William D. Ciência e Engenharia dos Materiais – Uma Introdução. LTC – Livros Técnicos e Científicos 
S.A. Rio de Janeiro, 2002. 
CANEVAROLO Jr., Sebastião V. Ciência dos Polímeros – Um Texto Básico para Tecnólogos e Engenheiros. Artliber 
Editora. São Paulo, 2002. 
CHAVES, André Luiz de Oliveira. Os Polímeros Utilizados na Construção Civil e seus Subsídios. EESC - Escola de 
Engenharia de São Carlos, Dissertação de Mestrado. São Carlos, 1998. 
CLARK, J, “Química”, Editora da USP, São Paulo, 1981; Boletim da Sociedade Portuguesa da Química, nº 24, série II 
CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente. Disposições sobre resíduos na Construção Civil. 
HOLLAWAY, Leonard C. (Ed.). Polymers and Polymers Composites in Construction. London, 1990. 
MICHAELI, W. e outros. Tecnologia dos Plásticos. Editora Edgard Blücher Ltda., São Paulo, 1995. Introdução e Lição 1, 
p. 1 a 13. 
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