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ART.330 CP - RESUMO

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DESOBEDIÊNCIA: ART 330 DO CÓDIGO PENAL 
Núcleo do tipo: a ação nuclear consiste em desobedecer, isto é infringir, transgredir, descumprir. Pode dar-se de maneira comissiva ou omissiva. 
Obs: Constitui elemento a determinação emanada por “funcionário público”. Este figura como vítima do crime, o que conduz a uma conceituação restrita desta elementar, fundada tão somente no caput do art. 327 do CP. Em outras palavras, não se aplica a equiparação contida no § 1º do dispositivo mencionado. Dessa forma, o descumprimento da ordem emitida por servidor lotado em autarquia, sociedade de economia mista ou empresa pública não figura desobediência. 
Bem jurídico protegido: A Administração Pública é o bem jurídico protegido. 
Elemento subjetivo do tipo: o dolo é o elemento subjetivo do tipo, não havendo previsão para a forma culposa. 
Classificação doutrinária: segundo Rogério Greco (2016, p. 1114) trata-se de crime comum, de forma livre, comissivo ou omissivo próprio, dependendo do modo como o delito é praticado, haja vista que o verbo desobedecer pode ser classificado tanto na forma comissiva, como omissivamente; crime instantâneo; monossubjetivo; unissubsistente ou plurissubsistente (dependendo no caso concreto, da possibilidade ou não de fracionamento do iter criminis) transeunte. 
Consumação: o delito se consuma quando o agente faz ou deixa de fazer alguma coisa contrariamente à ordem legal de funcionário público. 
Tentativa: dependendo da hipótese concreta, será possível o reconhecimento da tentativa, desde que se possa fracionar o iter criminis (Rogério Greco, 2016). Admite-se apenas na modalidade comissiva (Andreucci, 2011). 
Desobediência a decisão judicial: Caso a desobediência diga respeito a decisão judicial sobre perda ou suspensão de direito, terá aplicação, em virtude da adoção do princípio da especialidade, o art. 359 do Código Penal. 
Ação penal: a ação penal é de iniciativa pública incondicionada. 
Desobediência praticada por funcionário público – Ministério Público e delegado de polícia: informa Rogério Greco (2016, 1116) que essa questão tem sido muito discutida ao longo dos anos e até hoje não se pacificou. Isso porque um de seus fundamentos é o fato de o art. 330 do CP estar inserido no Capítulo II, que diz respeito aos crimes praticados por particular contra a administração em geral. O referido autor reconhece a o crime de desobediência quando o delegado de polícia, sem qualquer justificativa, e, agindo com dolo, não viesse a cumprir a ordem legal de funcionário competente. Afirma o autor que o STJ, contrariando parte da doutrina, assentou entendimento segundo o qual é possível a prática do crime de desobediência por funcionário público (STJ, HC 30390, Rel. Min. José Arnaldo da Fonseca, 5ª T, DJ 25/ 2/ 2004). 
Advogado que se recusa a prestar informações sobre fatos que importarão em prejuízo para seu cliente: o advogado não está obrigado a atender a suposta requisição do Ministério Público ou qualquer outra autoridade para prestar esclarecimentos sobre fatos que importarão em prejuízo para seu cliente, em virtude do disposto no inc. XIX do art. 7º do Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil.

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