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Doença de Alzheimer: Causas, Sintomas e Tratamentos

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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
DOENÇA DE ALZHEIMER
SÃO PAULO
2014
UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
DOENÇA DE ALZHEIMER
SÃO PAULO
2014
Sumário
1. Introdução	4
2. Resumo.......................................................................................................................5
3. Objetivo	5
4. A Demência	6
5. Doença de Alzheimer (DA)	6
6. Fatores de risco	7
7. Diagnóstico	8
8. Tratamento	10
8.1 Tratamento farmacológico	10
8.2 Outras medicações e substâncias	11
8.3 Tratamento não farmacológico	12
8.3.1	Estimulação cognitiva:	13
8.3.2	Estimulação social.	13
8.3.3	Estimulação física	14
8.4 Organização do ambiente.	14
9. Conclusão	15
10. Bibliografia	16
�
1. Introdução
Este trabalho tem como objetivo abordar a patologia, conhecida como o mal Alzheimer.
Trata-se de uma doença degenerativa, e incurável, e que tende a piorar com o decorrer dos anos. Esta demência recebeu este nome oficial do Dr. Alois Alzheimer, psiquiatra e neuropatologia, que foi o primeiro a descrever a doença no ano de 1906. 
Foi assim nomeada a partir de estudos em sua paciente Auguste Deter, mulher saudável de 51 anos, que desenvolveu um quadro progressivo de desorientação, perda de memória, distúrbios de linguagem, dificuldades de compressão e expressão, vivenciando então, a incapacidade de cuidar de si mesma.
Após seu falecimento aos 55 anos, Dr. Alzheimer realizou exames anatomopatológicos em seu cérebro, onde foram observadas placas senis anormalmente produzidas em decorrência do deposito de proteína beta-amiloide e o emaranhado neurofibrilares, frutos da hiperfosforilação da proteína tau.
Outra alteração observada foi à redução do número de neurônios e das ligações entre elas sinapses, com redução progressiva do volume cerebral.
A doença de Alzheimer (DA) tem como consequência a demência, e pode ser relacionado aos fatores genéticos, traumatismo craniano, sexo, hereditariedade entre outros.
Existem estatísticas de que, em todo o mundo cerca de 35,6 milhões de pessoas, convivem com a doença de Alzheimer. Somente no Brasil, cerca de 1,2 milhões de casos ainda estão sem diagnostico. (M.F. Ribeiro, 2005, pg. 2)
2.Resumo
A doença de Alzheimer (DA) é a causa mais comum de demência em idosos. Geralmente se apresenta inicialmente como um prejuízo insidioso das funções intelectuais superiores, com alterações de humor e do comportamento. Posteriormente, ocorre manifestação de desorientação progressiva, perda de memória e afasia, indicando uma disfunção cortical grave. Finalmente, em 5 a 10 anos, o indivíduo afetado se torna profundamente incapacitado, mudo e imóvel. 
Os pacientes raramente se tornam sintomáticos antes dos 50 anos de idade, mas a incidência de doença aumenta com a idade, e sua prevalência dobra aproximadamente a cada 5 anos, partindo de um nível de 1% na faixa etária entre 60 e 64 anos e atingindo 40% ou mais na população que se encontra entre 85 e 89 anos. 
Este aumento progressivo da incidência da doença deu origem a sérios problemas médicos, sociais e econômicos em países com população idosa em crescimento. A maior parte dos casos de DA é esporádica, mas cerca de 5% a 10% é familial, sendo que os estudos de casos familiais permitiram importantes avanços no entendimento da patogenia da forma esporádica, bastante mais comum da doença. Enquanto o exame patológico definitivo de doença de Alzheimer, a combinação de elementos clínicos e métodos radiológicos modernos permite um diagnóstico preciso em 80% a 90% dos casos.(Patologia Robbins &Cotran)
Palavras Chaves:Alzheimer,doença de Alzheimer, demência, demências, envelhecimento
3. Objetivo
Este trabalho tem como objetivo, abordar os assuntos relacionados ao tema, doença de Alzheimer. Falaremos sobre as causas e o tratamento desta demência, levando assim, à compreensão sobre os cuidados que são necessários, para com os portadores da doença.
4.A Demência
O termo "demência" refere-se a uma série de sintomas que se encontram geralmente em pessoas com doenças cerebrais que cursam com destruição e perda de células cerebrais. A perda de células cerebrais é um processo natural, mas em doenças que conduzem à demência isso ocorre a um ritmo mais rápido e faz com que o cérebro da pessoa não funcione de uma forma normal. (Habib.M., 1989)
Os sintomas da demência implicam, normalmente, uma deterioração gradual e lenta da capacidade da pessoa para funcionar, que nunca melhora. O dano cerebral afeta o funcionamento mental da pessoa (memória, atenção, concentração, linguagem, pensamento) e isto, por sua vez, repercute no comportamento. 
Mas a demência não se limita apenas aos tipos degenerativos de demência. Refere-se a uma síndrome que nem sempre segue o mesmo curso de desenvolvimento. Em alguns casos, o estado da pessoa pode melhorar ou estabilizar por um determinado tempo. Existe uma pequena percentagem de casos de demência que se podem tratar, ou que são potencialmente reversíveis, mas na grande maioria dos casos, a demência leva à morte. (Habib.M., 1989).
A maior parte das pessoas morre devido a "complicações", tais como pneumonia, mais do que da demência, propriamente dita. No entanto, quando se declara muito tarde na vida, os efeitos tendem a ser menos severos. 
Apesar da doença de Alzheimer ser a forma mais comum de demência, existe um número de diferentes tipos de demência. (Habib.M., 1989).
5. Doença de Alzheimer (DA)
    O seu nome vem de Alois Alzheimer, um psiquiatra e neuropatologia alemão que, em 1906, foi o primeiro a descrever os sintomas assim como os efeitos neuropatológicos da doença de Alzheimer, tais como placas e entrançados no cérebro. A doença afeta a memória e o funcionamento mental (por exemplo, opensamento e a fala, etc.), mas pode também conduzir a outros problemas, tais como confusão, mudanças de humor e desorientação no tempo e no espaço. (Robbins &Cotranp, 1321)
Inicialmente, os sintomas, tais como dificuldades de memória e perda de capacidades intelectuais, podem ser tão subtis, que passam despercebidos, tanto pela pessoa em causa como pela família e pelos amigos. No entanto, à medida que a doença progride, os sintomas tornam-se cada vez mais notórios e começam a interferir com o trabalho de rotina e com as atividades sociais. As dificuldades práticas com as tarefas diárias, como vestir, lavar e ir à casa de banho torna-se gradualmente tão severas que, com o tempo, a pessoa fica completamente dependente dos outros. (Robbins &Cotranp, 1321)
A doença de Alzheimer não é infecciosa nem contagiosa. É uma doença terminal que causa uma deterioração geral da saúde. Contudo, a causa de morte mais frequente é a pneumonia, porque à medida que a doença progride o sistema imunológico deteriora-se, e surge perda de peso, que aumenta o risco de infecções da garganta e dos pulmões. (Robbins &Cotranp, 1321)
No passado, costumava-se usar o termo doença de Alzheimer em referência a uma forma de demência pré-senil, oposta à demência senil. Existe agora, contudo, uma melhor compreensão de que a doença afeta pessoas tanto abaixo, como acima dos 65 anos de idade. Consequentemente, a doença é, agora, referida como uma demência pré-senil, ou senil, de tipo Alzheimer, dependendo da idade da pessoa em causa. (Robbins &Cotran, p,1322)
    6.Fatores de risco 
   O principal fator de risco para o desenvolvimento da DA, é a idade, e tende a se desenvolver após os 65 anos, e este risco dobra a cada 5 anos, as mulheres parecem ter o maior risco de desenvolver a doença, mas talvez isso aconteça, pelo fato de viverem mais do que os homens.(Robbins &Cotran, p,1322)
Familiares de pacientes com DA, acabam por ter, maiores chances de desenvolver a doença no futuro, quando comparados aos pacientes que não possuem este histórico em família, o que não significa que adoença seja hereditária. Porem em casos que a doença se inicia Antes dos 65 anos, a herança genética é importante. Estes casos correspondem a 10% dos pacientes com a doença.
Fatores importantes também estão relacionados ao estilo de vida, e que são considerados fatores de risco: Sedentarismo, diabetes, tabagismos, hipertensão, obesidade. Alguns estudos apontam que os fatores relacionados aos bons hábitos, e quando controlados podem retardar o aparecimento da doença. (ABRAZ, 2013)
    7.Diagnóstico
  É comum os pacientes confundires os sintomas da doença, com o processo de envelhecimento, o que tende a adiar a busca de um profissional qualificado, e em alguns casos a doença é diagnosticado tardiamente. A recomendação é que diante dos primeiros sinais, o familiar deve procurar os profissionais ou um serviço de saúde especializado, para que o diagnostico ocorra precocemente, o que favorecera a evolução e o prognostico do quadro. (Gil, R., 1999).
Nos quadros desta demência, é comum observar o início lento dos sintomas (meses ou anos) e a piora progressiva das funções cerebrais. 
A certeza do diagnostico, só pode ser obtida via exames microscópico do tecido cerebral do paciente, após o seu falecimento. Antes disso os exames não são indicados, pois apresentam ao paciente. Na prática, o diagnóstico da Doença é clínico, ou seja, depende de uma avaliação feita pelo médico, que irá definir, a partir daí, a história do paciente, qual a principal hipótese para a causa da demência. (Gil, R., 1999)
É necessário realizar, exame de sangue, de imagem, como uma tomografia computadorizada, ou, preferencialmente, a ressonância magnética do crânio, para se excluir a possibilidade de outras doenças.
Também faz parte da bateria de exames complementares, uma avaliação aprofundada das funções cognitivas. A avaliação neuropsicológica que envolve o uso de testes psicológicos, também é importante para a verificação do funcionamento cognitivo em várias esferas. Estes resultados, quando associados a dado da história e da observação do comportamento do paciente, ajudam a identificar a intensidade das perdas em relação ao nível prévio, e o perfil de funcionamento permite a indicação de hipóteses sobre a presença da doença. (Gil, R., 1999).
Este mapeamento também é útil para a programação do tratamento de estimulação cognitiva, que considera as habilidades que merecem investimentos para serem preservadas e aquelas que precisam ser compensadas. 
A DA não deve ser considerada a principal hipótese para o quadro da demencial, quando houver evidências de outras doenças que justifiquem a demência, ou quando há uso de medicação que possa prejudicar a cognição. Por exemplo, doença vascular cerebral ou características típicas de outras causas de demência.
Existe uma fase da doença de Alzheimer anterior ao quadro da demência, que é chamada de comprometimento cognitivo leve, devido à doença. Esta hipótese é levantada a partir de alterações cognitivas, que são relatadas pelos familiares, ou até mesmo pelo paciente, com evidencias de comprometimento, porém ainda há a preservação da independência do dia a dia. (Gil, R., 1999).
Quando a doença se desenvolve, a pessoa pode apresentar problemas para executar tarefas anteriormente habituais, como por exemplo, preparar uma refeição, pagar contas ou fazer compras. O paciente pode ter suas habilidades diminuídas, podendo demorar mais para executar atividades, ou ser menos eficiente e cometer mais erros. Mas ainda assim é capaz de manter sua independência com mínima assistência. Não é possível saber se pacientes que apresentam esse quadro evoluirão para a demência. 
Existem alguns pacientes que chegam a apresentam um comprometimento cognitivo mais leve e que não tem como causa a Doença de Alzheimer, e existem alguns que não chega a evoluir para a demência, mas é importante que o pacienteprocure um profissional para a avaliação mais precisa. (Gil, R., 1999).
No que diz respeito às pesquisas científicas, uma novidade é a análise de biomarcadores de beta-amiloide (das placas senis) e de proteína tau (dos emaranhados neurofibrilares), onde estão sendo estudados para auxiliar no diagnóstico preciso da doença, apesar de que, está analise não é a mais indicada nas práticas clinicas. (Robbins &Cotran, p,1322).
 8.Tratamentos
 Ao que sabemos, até hoje não existe a cura para a doença, os estudos, bem como os avanças da medicina permite aos pacientes uma sobrevida maios bem como uma qualidade de vida melhor, mesmo na fase grave da doença. 
As pesquisas progridem na compreensão dos mecanismos causadores da doença e no desenvolvimento das drogas para o tratamento, que tem como objetivo aliviar os sintomas já existentes, estabilizando-os, e permitindo que boa parte destes pacientes tenha uma progressão mais lente da doença, permitindo maior independência nas atividades da vida diária por mais tempo. Estes tratamentos podem ser farmacológicos e não farmacológicos. (Vilela,2006)
8.1 Tratamentos Farmacológicos 
Parte dos sintomas da doença de Alzheimer acredita-se ser decorrência de alterações em uma substância presente no cérebro, denominada de acetilcolina, que se encontra reduzida em pacientes com a doença. Um modo possível de tratar a doença é utilizar medicações que inibam a degradação dessa substância. . (Vilela,2006)
O primeiro medicamento testado há mais de 30anos foi à fisostigmina. Apesar de proporcionar uma melhora na memória, acabou por ser foi inutilizada por provocar muitos efeitos colaterais. 
No ano de 1993 a primeira droga utilizada em larga escala, e que foi aprovada pelas agências reguladoras, foi a Tacrina. Porém, a medicação deixou de ser usada com o aparecimento de novas medicações, pela dificuldade na administração e pelo risco de complicações e efeitos contrários. (Vilela,2006)
As medicações que atuam na acetilcolina, e que estão aprovada para uso no Brasil nos casos de demências leve e moderada, são a rivastigmina, a donepezila e a galantamina (conhecidas como inibidores da acetilcolinesterase ou anticolinesterásicos). 
As vantagens e as desvantagens de cada medicação e as condições de uso de cada um devem ser discutidas com o médico que faz o acompanhamento do paciente. A resposta esperada com o uso destas medicações é uma melhora inicial dos sintomas, que será acompanhada com a progressão da doença, mas existem evidências de que essas drogas podem estabilizar parcialmente essa progressão, de modo que a evolução se torne mais lenta, a resposta ao tratamento é individual e muito variada. (Vilela,2006)
A memantina é uma das medicações aprovadas para o tratamento da Doença de Alzheimer, a medicamentação atua reduzindo um mecanismo específico de toxicidade das células cerebrais, e acaba sendo possível que facilite a neurotransmissão e a neuroplasticidade. O uso da memantina, isoladamente ou associada aos anticolinesterásicos, é indicado no tratamento das pessoas com Doença de Alzheimer nas fases moderada a grave, pois ainda não há respaldo na literatura científica para o uso da memantina nos estágios iniciais da demência. (Vilela,2006)
O que diz respeitos aos sintomas psicológicos e também comportamentais sãotratados com medicações específicas e também controlados. Algumas destas medicações possuem expectativas de bons resultados, e podem ser indicadas para o tratamento e o controle de agitação, agressividade, alterações do sono, depressão, ansiedade, apatia, delírios e alucinações, sendo muito importante cumprir rigorosamente os horários e as doses da medicamentação. Caso aja alterações ou reações que não sejam esperadas, o médico deve ser comunicado para os ajustes necessários, sendo terminantemente desaconselhável os familiares e até mesmo os pacientes alterações de qualquer natureza no uso da medicamentação, pois pode acarretar reações indesejáveis e prejuízo no controle de sintomas. 
8.2 Outras medicações e substâncias
É muito comum a prescrições de outras substâncias e outras medicações para o tratamento da Doença de Alzheimer. Atéo momento, há evidencias de ineficácia do tratamento com ginkgobiloba, selegilina, vitamina E, Ômega 3, redutores da homocisteína, estrogênio, anti-inflamatórios e estatina. Sendo assim, acaba não sendo recomendado o uso dessas substâncias e medicações, como fins específicos de tratamento para a doença de Alzheimer. (Vilela,2006)
8.3 Tratamentos não farmacológicos
Existem evidencias cientificas que diz que, as atividades de estimulações físicas, sociais e cognitivas beneficiam a manutenção e as habilidades favorecendo a funcionalidade. (Vilela,2006)
Quando há o treinamento de algumas funções cognitivas como a memória, linguagem, atenção orientação e a utilização de estratégias compensatórias, acabam sendo bem úteis para o investimento em qualidade de vida e uteis também para estimulação cognitiva.
Quando falamos de pacientes que de alguma forma são mais ativos e acabam utilizado o cérebro de maneira mais ampla e frequente, se sentem mais seguros e confiantes caso necessite ser submetidos a tarefas prazerosas e alcançáveis. Nestes casos a distribuição de tarefas deve ser criteriosa e, como sempre com a orientação do profissional. (Vilela,2006)
É bem comum os familiares, ou os cuidadores dos pacientes, sobrecarreguem os mesmos, com atividades que inocentemente acabam julgando favorável no tratamento, e que por sua vez desfavorece os resultados, podendo acarretar riscos em criar resistência ou até mesmo tornar o ambiente tenso.
Tratando-se da qualidade e a quantidade de estímulos, os mesmos devem ser monitorados e avaliados a partir da resposta de cada paciente. Deve-se ressaltar que é muito importante, que estas atividades sejam agradáveis e sempre compatíveis com a capacidade de cada paciente.
Quando falamos dos tratamentos não farmacológicos, não significa que a pessoa com demência volte a funcionar como antes, quando se tinha uma vida normal, apenas espera-se que funcione o melhor possível a partir de novos e evolutivos parâmetros. (Vilela,2006)
Quando submetemos estes pacientes à alguma atividade que sejam capazes de realizar, eles apresentam ganho de autoestima e iniciativa, e assim tendem a otimizar o uso das funções ainda preservadas. Estas intervenções quando combinadas acabam obtendo melhor resultados, e mesmos assim requer cautela nos intervalos destas atividades,as intervenções ocorrem em três áreas diversas
8.3.1Estimulação Cognitiva
A estimulação cognitiva consiste em atividades ou programas de intervenção que visa a potencializar as habilidades mediante a estimulação sistemática e continuada em situações prática que requer o uso de pensamento, raciocínio lógico, atenção, memória, linguagem e planejamento, e tem como objetivo minimizar as dificuldades dos pacientes a partir de estratégias compensatórias, para que assim, possam fazer uso de recursos intelectuais presentes de maneira consistente. Podem ser realizadas atividades grupais ou individuais. Independente dos casos deve-se prestar atenção nas necessidades de cada paciente.
Durante as atividades são utilizadas técnicas para que aja o resgate de memórias antigas, explorando alternativas de aprendizado, e que promovam associação de ideias, exigindo assim, dos pacientes raciocínios e atenção dirigida, favorecendo o planejamento e consequências. Estas atividades proporcionam treino das funções motoras que oferecem controle comportamental relacionado aos impulsos e reações, e podem ser praticados em tarefas variadas como desafios mentais, jogos, treinos específicos, reflexões, construções, resgate de histórias e o uso de materiais que compensem dificuldades específicas. (ABRAZ,2013)
8.3.2Estimulação Social
Neste caso as iniciativas priorizam o contato social dos pacientes estimulando as habilidades de comunicação, bem como convivência e afeto. A estimulação social promove integração e evita a apatia e a inatividade diante de dificuldades, intervenções em grupo para estimulação cognitiva e física, pode-se até realizar atividades de lazer, cultura, celebração de datas importantes e festivas.
É muito importe que estas atividades sejam organizadas a partir das experiências anteriores de cada paciente e que envolva um “estudo”, para buscar temas que desperte o interesse e motivação, pois lugares com muita movimentação de pessoas podem dificultar o aproveitamento dos pacientes, uma vez que seus estímulos simultâneos podem os deixar confusos. Então se sugere que a família observe o comportamento de pacientes nestas situações sociais, para que verifique se a situação os deixa à vontade. Caso estas situações os deixem agitados, a conduta deve ser a de tornar o ambiente mais propício para ele, com menos estímulos simultâneos. 
Para o idoso que desenvolve está demência, o que lhe traz satisfação é o convívio com os familiares. O que ajuda no alcance desta satisfação, é estar sempre resgatando histórias antigas, que envolva lembranças agradáveis, contato físico e afetuoso, que disponha também de rotina e de atividades diárias. Agindo desta forma o paciente tende a ficar mais à vontade e aproveitar melhor o momento de encontro com familiares. (ABRAZ,2013)
8.3.3Estimulação Física
Quando o tratamento está associado a prática de atividade física e também fisioterapia, estes procedimentos oferecem benefícios neurológicos e melhora na coordenação, na força muscular, no equilíbrio e flexibilidade do paciente, e que de uma certa forma contribui para o ganho de independência, favorecendo a percepção sensorial, além de demorar mais tempo o declínio funcional nas atividades de vida diária. Alguns estudos mostram que atividades regulares estão associadas a evolução mais lenta da Doença de Alzheimer. Além de alongamentos, podem ser indicados exercícios para fortalecimento muscular e exercícios aeróbicos moderados, sob orientação e com acompanhamento dirigido. (ABRAZ,2013)
8.4 Organizações do ambiente.
O ambiente que a pessoa com Doença de Alzheimer está inserida, vai influenciar em seu humor, sua relação com os familiares que fazem parte deste meio, e até mesmo em sua capacidade cognitiva. Ambiente com agitações ou que seja desorganizado, podem influenciar na confusão mental e que prejudicar o funcionamento de modo geral. Sendo assim, é muito importante que o paciente usufrua de um ambiente adequado, o que até mesmo ser uma forma de minimizar sintomas, e até favorecer a qualidade de vida.
A organização do ambiente tem o objetivo acalmar e até controlar as manifestações de sintomas comportamentais, que são eles, os delírios e alucinações, a ansiedade e agitação, bem como as inadequações sociais. Este ambiente precisa ser tranquilo, evitando agitações que possa parecer ameaçadoras. Por Isso é importante utilizar tom de voz mais baixo, para evitar confrontos desnecessários, repetitivos e duradouros, manter o ambiente silencioso e amenizar estímulos, ou seja, deixar o ambiente sempre claro, limpo e organizado. (ABRAZ,2013)
9. Conclusão
Podemos observar que o mal de Alzheimer é uma doença degenerativa que ataca o sistema nervoso comprometendo seu equilíbrio natural. Buscar uma solução para a doença de Alzheimer é o objetivo estudado pela medicina. Mas, em curto prazo, cientistas procuram formas de retardar as lesões cerebrais que levam a doença e de postergar o máximo possível o aparecimento de problemas cognitivos que, aos poucos, reduzem a qualidade de vida de pacientes.
“Se conseguirmos atrasar em dez anos o aparecimento dos sintomas clínicos da doença de Alzheimer, isso equivalerá a praticamente não ter a doença para muitos idosos, explica o neurologista Ricardo Nitrini, da FMUSP”.
10. BIBLIOGRAFIA
Habib. M, (1989) Base Neurológicas do Comportamento; Paris. Masson
Gil, R., (1999). Manual Neuropsicologia. Barcelona. Masson
Robert, J, (1994). O cérebro. Flammarion. Collection Dominós
Robbins &Cotran (8º Edição) Patologia - Bases Patológicas das Doenças
Vilela LP, Caramelli P. A doença de Alzheimer na visão de familiares de pacientes. RevAssocMedBras. 2006;52(3):148-52.
Abraz. Associação Brasileira de Alzheimer. São Paulo, 2013. Acessado em: <<http://www.abraz.org.br/publicacoes/livros?cod=9788576799054>>21/10/2014 10:05

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