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Plano Real

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Introdução
Aqui jaz a moeda que acumulou, de julho de 1965 a junho de 1994, uma inflação de 1,1 quatrilhão por cento. Sim, inflação de 16 dígitos, em três décadas... Perdemos a noção disso porque realizamos quatro reformas monetárias no período e em cada uma delas deletamos três dígitos da moeda nacional. Um descarte de 12 dígitos no período. Caso único no mundo, desde a hiperinflação alemã dos anos 1920.
	
—Joelmir Bering
Este trabalho abordará a mais ampla medida econômica realizada em nosso país.
Em meados dos anos 80 a máquina de remarcar preços ficou conhecida nacionalmente por sua “aparição” mais de uma vez ao dia nos mercados e lojas. Por atingir altos valores e consumir a renda da população, a inflação passou a ser apelidada de “dragão” vindo a atingir seu ápice em 1993 com 2700%
Em 1º de julho o real se tornou a 10ª moeda brasileira, entrando para a história como a ferramenta que daria fim a oscilação dos preços causada pela inflação. 
O papel do plano 
Ainda no ano de 1993 o Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso, se une a Edmar Barbosa, Pérsio Arida, André Lara Resende, Gustavo Franco e Pedro Malan para arquitetar uma medida de contenção à inflação que não parava de crescer. O plano foi elaborado em três fases onde a primeira delas seria o controle das contas públicas, feito através de um grande corte de orçamento, privatizações e congelamento de salários. A segunda parte seria a implantação da Unidade Real de Valor (URV) para desestabelecer os índices inflacionários. O fim do plano se daria com a implementação de uma nova moeda.
Com a estabilidade econômica o consumo explodiu e empresas aumentaram suas vendas em até 400% e o país passou a ter credibilidade internacional. Entretanto, nem todas as conseqüências eram boas. A equiparação de nossa moeda fez com que o custo das importações baixasse e as compras internacionais crescessem absurdamente. Nossa indústria, por possuir altos custos de fabricação, não conseguiu tabelares seus preços e foi aos poucos perdendo o mercado. 
A implementação 
Nos seis anos seguintes à implementação da nova moeda foram implantadas reformas estruturais e de gestão pública como intuito de sustentar e estabilizar a economia.
Entre as principais medidas temos:
Desindexação da economia
Era necessário interromper o círculo vicioso de corrigir valores futuros pela inflação passada, em curtos períodos de tempo. Essa atitude agravava a inflação, tornando-a cada vez maior. Era comum acontecer remarcação de preços várias vezes num mesmo dia. Medida adotada: O ajuste e reajuste de preços e valores passaram a ser anualizados e obedeceriam às planilhas de custo de produção.
Privatizações
A iniciativa privada tem meios próprios de financiar os investimentos das empresas, e isto não produz inflação, e sim, desenvolvimento, porque não envolve o orçamento do governo. Este deve alocar recursos para outras áreas importantes. E ainda, na iniciativa privada não há as regras administrativas orçamentárias e licitatórias, que prejudicam a produção das empresas e a concorrência perante o mercado. Medida adotada: A troca na propriedade de grandes empresas brasileiras eliminou a obrigação pública de financiar investimentos
 Equilíbrio fiscal
A máquina administrativa brasileira era muito grande e consumia muito dinheiro para funcionar. Havia somente no âmbito federal 100 autarquias, 40 fundações, 20 empresas públicas (sem contar as empresas estatais), além de 2 mil cargos públicos com denominações imprecisas, atribuições mal definidas e remunerações díspares. Como o país não produzia o suficiente, decidiu-se pelo ajuste fiscal, o que incluiu cortes em investimentos, gastos públicos e demissões. Durante o governo FHC, aproximadamente 20 mil funcionários foram demitidos do governo federal.
Abertura econômica
 Havia temor de que o excesso de demanda por produtos e serviços causasse o desabastecimento e a remarcação de preços, pressionando a inflação (fato ocorrido durante o Plano Cruzado em 1986). Existia também a necessidade de forçar o aperfeiçoamento da indústria nacional, expondo-a a concorrência, o que permitiria o aumento da produção no longo prazo, e essa oferta maior de produtos tenderia a acarretar uma baixa nos preços. Medida adotada: Redução gradual de tarifas de importação e facilitação da prestação de serviços internacionais.
Contingenciamento
Como efeito da valorização do Real, esperava-se um aumento das importações, com aumento da oferta de produtos e aperfeiçoamento da indústria nacional via concorrência com produtos estrangeiros. Medida adotada: Manutenção do câmbio artificialmente valorizado
Políticas monetárias restritivas
A taxa de juros teve inicialmente dois propósitos: financiar os gastos públicos excedentes até que se atingisse o equilíbrio fiscal, e reduzir a pressão por financiamentos, considerados agentes inflacionários (esfriamento da economia). Os financiamentos chegaram ter o prazo de quitação regulado pelo governo. O compulsório dos bancos teve o propósito de reduzir a quantidade de dinheiro disponível para empréstimos e financiamentos dos bancos, uma vez que são obrigados a recolher compulsoriamente uma parte dos valores ao Banco Central. Medida adotada: Aumento da taxa básica de juros e da taxa de depósito compulsório dos bancos.
	
	
	
Resultados
A estabilidade da moeda resistiu, mas é fato que a inflação não saiu da pauta. Em 2013, o IPCA se aproximou do teto da meta, apesar de todas as intervenções do governo para controlá-lo e esquentou o debate econômico. Mesmo assim, o país nunca mais passou perto do índice hiperinflacionário de 2708% alcançado em 1993. As máquinas de remarcação de preços, um dos grandes símbolos daquele momento, foram aposentadas.
Podemos apontar como resultados imediatos:
Manutenção de baixas taxas inflacionárias e referências reais de valores;
Aumento do poder aquisitivo das famílias brasileiras;
Modernização do parque industrial brasileiro;
Crescimento econômico com geração de empregos
Crises econômicas na história do real
O Plano Real enfrentou três grandes crises mundiais: a Crise do México (1995), a Crise Asiática (1997-1998) e a Crise da Rússia (1998). Em todas essas ocasiões o Brasil foi afetado diretamente, pois estava em reformas e necessitava de recursos, investimentos e financiamentos estrangeiros. Grandes somas de dinheiro deixaram o Brasil em cada um desses momentos devido ao medo que os grandes investidores tinham com os mercados emergentes. Além disso, as privatizações contribuíram para esgotar os recursos do governo em reservas cambiais e contribuíram para a desvalorização da moeda. 
 Como essas crises deixavam o Brasil sem meios de financiar seu plano de estabilização, o governo, fragilizado, via-se obrigado a aumentar a taxa básica de juros para remunerar melhor esses capitais, numa tentativa de impedi-los de abandonar o país. O objetivo era evitar um "default", ou seja, uma quebra generalizada que empurrasse o país a uma moratória externa. A taxa de juros do Brasil chegou a 45% ao ano em março de 1999. Como conseqüência, houve maior endividamento público, mais cortes de gastos públicos, retração de alguns setores da economia e desemprego. 
Outras crises menores, apesar de não prejudicarem tanto o processo de controle da inflação do Brasil, que já estava consolidado, trouxeram efeitos negativos na taxa de crescimento econômico. A Crise da Argentina (2001), a Crise de 11 de setembro (2001), e a Crise do Apagão (2001) ajudaram a derrubar a taxa anualizada de crescimento do PIB, pois também forçaram o aumento da taxa de juros interna. A crise do Apagão teve a causa ligada diretamente ao Plano Real, uma vez que o plano trouxe a ampliação do poder de compra da população, aumento do consumo, aumento da produção (que geram maior consumo de energia elétrica), somados ao recuo dos investimentos públicos nos setores estatais de energia (como parte do programa de estabilização econômica).
Conclusão – O Real Hoje
O planoreal foi sem sombra de dúvidas um sucesso, que restabeleceu a economia e devolveu o poder aquisitivo a população. Hoje o real é a segunda moeda mais negociada do mundo em transações futuras atrás apenas do dólar. A nossa força econômica tornou nossa moeda atrativa a investidores, pois inspira confiança, juntamente com nossa alta taxa de juros que traz grande rentabilidade, e o atrelamento a commodities. Apesar disto nossa moeda, com o passar dos anos perdeu cerca de 75% de seu valor. Perdemos poder aquisitivo mas ainda assim podemos considerar uma vitória devido ao histórico de nossas moedas.
Referências
pt.wikipedia.org
http://www.pibernat.com.br/index.php/noticias/323-real-ja-e-a-2o-moeda-mais-negociada-no-mercado-futuro-.html 
http://vestibular.uol.com.br/
http://www.ebc.com.br/noticias/economia
http://economia.estadao.com.br/

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