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Artigo Fatores determinantes do consumo alimentar...

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Universidade de São Paulo
 
2009
 
Fatores determinantes de consumo alimentar:
por que os indivíduos comem o que comem?
 
 
Revista brasileira de nutrição clínica, Porto Alegre, v. 24, n. 4, p. 263-268, 2009
http://producao.usp.br/handle/BDPI/14114
 
Downloaded from: Biblioteca Digital da Produção Intelectual - BDPI, Universidade de São Paulo
Biblioteca Digital da Produção Intelectual - BDPI
Departamento de Nutrição - FSP/HNT Artigos e Materiais de Revistas Científicas - FSP/HNT
Fatores determinantes de consumo alimentar: por que os indivíduos comem o que comem?
263
Rev Bras Nutr Clin 2009; 24 (4): 263-8
Fatores determinantes de consumo alimentar: por que os indivíduos 
comem o que comem?
Determinants of food choice: why people eat what they eat?
Factores determinantes del consumo alimenticio: ¿Por que los individuos comen lo que comen?
Unitermos:
Consumo alimentar. Adolescentes. Escolhas alimen-
tares.
Key words: 
Food consumption. Adolescents. Food choices.
Unitérminos:
Consumo de alimentos. Adolescentes. Elección de 
alimentos.
Endereço para correspondência:
Sonia Tucunduva Philippi
Avenida Doutor Arnaldo, 715 - São Paulo, SP
CEP: 01246-904 
E-mail: philippi@usp.br
Submissão
1 de setembro de 2009
Aceito para publicação
22 de novembro de 2009
RESUMO
Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo realizar uma revisão de literatura sobre os 
fatores determinantes do consumo alimentar. Método: Foi realizada uma revisão de litera-
tura em bases de dados, como Medline e na biblioteca da Faculdade de Saúde Pública da 
Universidade de São Paulo (FSP-USP). Resultados: Foram criadas quatro categorias de 
fatores determinantes do consumo alimentar: biológica, econômica, oferta/disponibilidade dos 
alimentos e social. Entre os fatores biológicos, podem-se destacar as características sensoriais 
dos alimentos, principalmente o sabor, apontado como um dos principais determinantes. Na 
categoria econômica são incluídos a renda familiar, o preço dos alimentos e a escolaridade. A 
oferta e a disponibilidade dos alimentos abrangem as influências do meio ambiente na aquisição 
dos alimentos e quanto aos determinantes sociais estão relacionados à estrutura, dinâmica 
e influência da família. Pouco se conhece sobre os fatores que determinam as escolhas e o 
consumo alimentar dos brasileiros. É necessária a realização de mais estudos para conhecê-los.
ABSTRACT
Objective: The aim of the present study is to conduct a literature review on the determinants 
of food consumption. Methods: A literature review was performed. Results: Four categories 
of determinants of food consumption were created: biological, economic, food availability and 
social. Among the biological factors, the sensory characteristics of foods, especially the flavor, 
was described as one of the main determinants. In the economic category were included family 
income, price of food and schooling. The availability of food includes the influences of the 
environment in the acquisition of food and the social determinants are related to the structure, 
dynamics and influence of the family. Little is known about the factors that determine the choices 
and food consumption of the Brazilians. It is necessary to conduct more studies to know them.
RESUMEN
Objetivo: Este estudio tuvo como objetivo hacer una revisión de la literatura sobre los 
determinantes de la consumo. Métodos: Se realizó una revisión bibliográfica de bases 
de datos tales como Medline y bblioteca School of Public Health, Universidad de São 
Paulo (FSP-USP). Resultados: Se crearon cuatro categorías de factores determinantes 
del consumo de alimentos: biológicos, económicos, oferta y disponibilidad de alimentos 
y social. Entre los factores biológicos pueden destacar las características sensoriales 
de los alimentos, especialmente el sabor, descrito como uno de los principales factores 
determinantes. En la categoría económica se incluyen en el ingreso familiar, el precio de 
los alimentos y la escolarización. El suministro y la disponibilidad de alimentos cubre las 
influencias ambientales sobre la adquisición de alimentos y cómo los determinantes sociales 
están relacionados con la estructura, la dinámica y la influencia de la familia. Poco se sabe 
sobre los factores que determinan la elección y el consumo de alimentos de los brasileños. 
Es necesario realizar más estudios para conocerlos.
1. Doutoranda – Pós-Graduação em Interunidades 
– Nutrição Humana Aplicada (PRONUT) – Uni-
versidade de São Paulo (USP).
2. Departamento de Nutrição – Faculdade de Saúde 
Pública – Universidade de São Paulo (USP).
3. Pós-doutoranda - Departamento de Nutrição – 
Faculdade de Saúde Pública – Universidade de 
São Paulo (USP).
Camilla de Chermont Prochnik Estima¹ 
Sonia Tucunduva Philippi² 
Marle dos Santos Alvarenga³
AArtigo de Revisão
Estima CCP et al.
264
Rev Bras Nutr Clin 2009; 24 (4): 263-8
INTRODUÇÃO
O perfil nutricional da população brasileira mudou nos 
últimos anos. Desde a década de 1970, ocorre declínio da preva-
lência de desnutrição e crescimento do excesso de peso, 
que vem aumentando até os dias de hoje¹. Segundo dados 
da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2002-2003, 
a prevalência do excesso de peso em adolescentes foi de 
16,7% (sendo meninos com 17,9% e meninas com 15,4%) e 
cerca de 2% dos adolescentes brasileiros apresentam obesi-
dade, sendo nesse caso a prevalência maior nas meninas 
(2,9%) do que nos meninos (1,8%)².
A modificação do estado nutricional dos brasileiros veio 
acompanhada de mudança do padrão de consumo alimentar. 
Entre 1960 e 1990, houve declínio no consumo de cereais, 
feijões, raízes e tubérculos e aumento na ingestão de ovos, 
leite e derivados e a banha foi substituída pela margarina e 
manteiga. Os carboidratos foram substituídos pelas gorduras 
na contribuição energética da dieta³. Segundo dados da 
POF 2002-2003, foi observada alta aquisição de açúcar e 
baixa de frutas e vegetais. Nas regiões mais desenvolvidas, 
como a Sudeste, Sul e Centro-Oeste, observa-se a presença 
excessiva de gorduras em geral e saturada. Além disso, há 
um declínio no consumo de alimentos básicos como arroz 
e feijão e uma crescente aquisição de produtos industriali-
zados, como refrigerantes. Pode-se observar uma tendência 
desfavorável no padrão alimentar da população brasileira 4,5.
O consumo alimentar é determinado pelas escolhas 
alimentares dos indivíduos e constitui um processo complexo, 
que envolve fatores socioculturais e psicológicos5. A escolha 
alimentar está relacionada aos fatores do meio ambiente, 
história individual e personalidade, que são refletidos em 
valores pessoais6. O processo de escolha alimentar incorpora 
não só decisões baseadas em reflexões conscientes, mas 
também em automáticas, habituais e subconscientes7.
O ato de se alimentar se desenvolve de acordo com regras 
impostas pela sociedade, meio ambiente, história individual e 
valores do grupo social no qual o indivíduo está inserido7. A 
alimentação humana tenta suprir as necessidades fisiológicas, 
bem como os desejos, que podem ser social e culturamente 
definidos8,9.
No Brasil, as pesquisas normalmente avaliam o consumo 
de alimentos e de nutrientes em diferentes populações e 
localidades, mas sem o devido aprofundamento na avaliação 
dos fatores que são determinantes para a escolha, compra 
e consumo de alimentos. Sendo assim, há a necessidade 
de entender melhor por que os indivíduos comem e o que 
comem, para que possam ser desenvolvidas intervenções 
direcionadas para modificação do consumo, com objetivo 
de prevenir principalmente as doenças crônicas não trans-
missíveis (DCNT).
O presente trabalho teve como objetivo realizar uma 
revisão de literatura que discute os fatores determinantes 
do consumo alimentar. 
MÉTODO
Foi realizada uma revisão consultando obanco de dados 
Medline, utilizando as palavras-chave: determinantes, 
fatores determinantes, consumo alimentar. Além disso, 
foram consultadas bibliografias da Biblioteca/Centro de 
Informação e Referência em Saúde Pública, localizada no 
campus da Faculdade de Saúde Pública da Universidade 
de São Paulo. 
Não foi estabelecido período de publicação dos artigos 
que foram incluídos na revisão, pois se trata de temática 
recente nos estudos de consumo alimentar.
RESULTADOS
Neumark–Sztainer et al.10 realizaram um estudo qualitativo 
com 141 adolescentes divididos em 21 grupos focais, a fim de 
avaliar a percepção quanto aos fatores que influenciam suas 
escolhas e comportamento alimentar. Os resultados foram 
categorizados em três níveis: 1) fome, desejo/vontade por 
algum alimento específico, tempo disponível para consumo, 
praticidade de consumo do alimento; 2) disponibilidade 
dos alimentos, influência dos pais sobre o comportamento 
alimentar, efeitos benéficos dos alimentos; 3) sentimentos, 
imagem corporal, custo e mídia. 
Furst et al.7 desenvolveram um modelo do processo de 
escolha alimentar ao avaliar adultos de ambos os gêneros no 
momento em que faziam compras em um supermercado. A 
pesquisa tinha como objetivo avaliar os fatores que levavam 
essa população a escolher os produtos. Os fatores observados 
foram curso de vida, influências e sistema pessoal. O curso da 
vida inclui experiências passadas e pessoais e como a criação 
influenciou suas escolhas alimentares. Os ideais parecem ser 
bastante difundidos, e podem ser entendidos como expec-
tativas, padrões, esperanças e crenças que os indivíduos 
desenvolvem e que são derivados de fatores simbólicos e 
culturais associados aos alimentos. Como exemplo, são refei-
ções em ocasiões especiais e rituais que envolvem alimentos 
em particular, como, por exemplo, o bolo para comemorar o 
aniversário, batizado e casamento. 
Os fatores pessoais são baseados nas necessidades e 
preferências, resultantes de razões fisiológicas e psicológicas. 
As quatro categorias de fatores formam a tomada de decisão, 
que incluem os gostos e as preferências, estilos individuais de 
alimentação, o alimento centralizado nas emoções e caracte-
rísticas como gênero, saúde, preferências sensoriais e fome7.
Observados os trabalhos que pretenderam categorizar os 
fatores determinantes de consumo, podemos dividi-los de 
acordo com o Quadro 1. 
Quadro 1 - Categorias e seus fatores determinantes do consumo 
alimentar.
Categorias Fatores Determinantes
Biológica Fome, Apetite, Sabor
Econômica Custo, Renda, Disponibilidade
Oferta / 
Disponibilidade 
dos Alimentos
Acesso, Educação, Habilidades e Tempo
Social Cultura, Família, Amigos e Padrões de Consumo de 
Refeições
Fatores determinantes de consumo alimentar: por que os indivíduos comem o que comem?
265
Rev Bras Nutr Clin 2009; 24 (4): 263-8
BIOLÓGICOS
As características sensoriais dos alimentos, especialmente o 
sabor, são apontadas como um dos principais fatores determi-
nantes do consumo alimentar. O alimento provavelmente não 
será consumido se não parecer saboroso ou com odor agradável 
e característico, com uma boa aparência ou textura11. 
O sabor e as outras propriedades sensoriais são os principais 
fatores preditores da escolha humana pelos alimentos, indepen-
dentemente de sua situação econômica ou da disponibilidade12, 
sendo essas características menos negociáveis no momento da 
escolha e da compra dos mesmos7.
O sabor do alimento é uma das características apontadas 
como primeiro fator que determina a escolha alimentar. 
Neumark–Sztainer et al.13 avaliaram a correlação entre o 
consumo de frutas e vegetais e os fatores pessoais, comporta-
mentais e sócio-ambientais. A principal variável diretamente 
associada ao consumo de frutas e vegetais foi o sabor. Kris-
tjansdottir et al.14 avaliaram 1235 adolescentes residentes na 
Islândia com o mesmo objetivo e observaram que as preferências 
também estavam relacionadas ao sabor dos alimentos.
O estudo qualitativo de De Moura15 com 17 crianças inglesas 
encontrou também que as características mais relatadas foram 
o sabor, a textura, a crocância e a cor/aparência.
SOCIOECONÔMICOS
Quando há restrição monetária, a dieta se torna monótona e 
com pouca variedade de alimentos. Indivíduos com baixa renda 
normalmente residem em áreas desprovidas de serviços e têm 
acesso dificultado a locais de compra, como mercados, feiras, 
sacolões, entre outros. 
Em estudo realizado na Califórnia, Sloane et al.16 observaram 
que os supermercados e mercados menores localizados em 
regiões de baixa renda vendiam menos alimentos frescos e com 
mais baixa caloria. No mesmo local, fatores como a distância 
em relação a sua casa ou trabalho, preço, familiaridade com os 
alimentos vendidos e tipo de serviço foram determinantes para 
indivíduos de uma comunidade latina 17.
O acesso e a disponibilidade dos alimentos na casa dependem 
da renda familiar e da escolaridade do chefe da família e/ou dos 
membros dessa família. 
Estudos realizados em diferentes países mostram a influência 
da renda sobre o consumo alimentar. Nos EUA, Deshmukh–
Taskar et al.18 observaram que jovens com maior renda consu-
miam menos hamburgeres e sanduíches. No Canadá, o mesmo 
padrão socieconômico foi observado por Riediger et al.19, no 
qual a renda familiar foi associada positivamente ao consumo 
de frutas e vegetais. Enquanto que, na Espanha, Aranceta et al. 20 
observaram que crianças com nível sócioeconômico mais baixo 
tinham pior qualidade da alimentação, que normalmente era 
composta por doces e alimentos ricos em gordura.
Quanto ao preço dos alimentos, McManus et al. 21 avaliaram, 
na Austrália, os fatores relacionados ao consumo de peixe em 
crianças com idade entre 4 e 6 anos. Foram realizados grupos 
focais com as mães dessas crianças e a maioria informou que 
o preço era o fator mais determinante para o consumo desse 
grupo de alimento. 
A escolaridade influencia na escolha dos alimentos, pois 
está relacionada ao maior acesso à informação, assim como 
a renda, possibilitando escolhas variadas e mais saudáveis. 
Famílias que têm menor nível socioeconômico e as mães com 
menor nível de escolaridade consumem mais doces e produtos 
ricos em gordura20.
A escolaridade do chefe da família está relacionada ao acesso 
de alimentos dentro da casa. Quanto maior a escolaridade, 
entende-se que o chefe da família teve maior acesso a infor-
mações, inclusive nutricionais, refletindo em alimentação de 
melhor qualidade. Além do acesso a informações, os indivíduos 
com maior escolaridade normalmente apresentam renda maior, 
o que possibilita maior aquisição de alimentos e proporciona 
maior variedade aos membros da família 20.
A escolaridade do indivíduo também está relacionada 
ao conhecimento, o que inclui o nutricional, e proporciona 
melhores escolhas e, consequentemente, melhor consumo. No 
Brasil, Figueiredo et al.22 e Jaime & Monteiro23 observaram que 
em adultos de ambos os gêneros o consumo de frutas e vegetais 
aumenta positivamente com a idade e o nível de escolaridade. 
O mesmo foi observado por Devine et al.24.
OFERTA / DISPONIBILIDADE DOS ALIMENTOS
O acesso e a disponibilidade dos alimentos no domicílio 
têm sido descritos como um fator importante sobre a escolha 
de frutas e vegetais em crianças e adolescentes. A ausência do 
alimento na casa diminui a exposição a esse alimento e pode 
levar a uma não preferência pela criança14. 
A presença das frutas e vegetais na alimentação do brasileiro 
está significativamente e diretamente relacionada ao aumento 
da renda, segundo os dados da POF de 1998-1999. Além disso, 
fatores como a redução do preço desses alimentos e o aumento 
preço dos outros alimentos contribuíram positivamente para seu 
consumo entre os brasileiros25.
Atualmente, vive-se emuma sociedade cuja oferta de 
alimentos é abundante e constante. Diariamente são veiculadas 
mensagens e ofertas de alimentos, dietas e comportamentos26. A 
variedade dos alimentos nos mercados aumentou significativa-
mente ao longo do tempo, particularmente a respeito da oferta de 
alimentos de pior qualidade nutricional, especialmente aqueles 
com alta densidade energética27.
Uma das influências mais importantes dos nossos tempos é o 
consumo de alimentos fora do domicílio, especialmente do tipo 
fast food. Esse “estilo de alimentação” se torna cada vez mais 
presente. A proporção dos gastos realizados com alimentação 
fora do domicílio aumentou de 34% para 49%, entre 1972 e 
2006, nos Estados Unidos27,28. No Brasil, segundo os dados da 
POF, entre os gastos das famílias brasileiras com alimentação, 
cerca de 24% representam despesas com alimentação fora do 
domicílio, sendo o gasto maior com o almoço e jantar (10%) e 
4% com lanches2.
Bauer et al.29 realizaram um estudo longitudinal sobre 
a tendência de consumo de fast food em 2516 adolescentes 
norte-americanos entre 1999 e 2004. Foi observado aumento no 
consumo no período de 5 anos entre os adolescentes do gênero 
masculino pertencentes à menor camada de renda. A transição 
entre o começo e a metade da adolescência também foi um 
período de aumento no consumo desse tipo de alimentação.
Estima CCP et al.
266
Rev Bras Nutr Clin 2009; 24 (4): 263-8
French et al.30 avaliaram a frequência de consumo em 
lanchonetes do tipo fast food e associaram a práticas alimentares 
inadequadas em adolescentes. Os autores observaram que 75% 
dos participantes do estudo frequentaram uma lanchonete do tipo 
fast food na semana anterior à avaliação. Aqueles que frequen-
tavam lanchonetes mostravam maior tendência em dizer que 
alimentos saudáveis têm um gosto ruim, que possuíam pouco 
tempo para comer esses alimentos e que não se preocupavam 
em ter uma alimentação saudável. 
Normalmente, os alimentos ou preparações comercializados 
nesses locais são de pior qualidade nutricional e o consumo 
dessas preparações está relacionado a uma nutrição inadequada e 
ao excesso de peso. Os alimentos consumidos fora do domicílio 
contêm mais energia, gorduras totais, colesterol, açúcar e sódio, 
além do indivíduo consumir maiores porções31. 
O´Donnel et al.31 avaliaram a qualidade nutricional das 
preparações destinadas ao público infantil de 10 lanchonetes de 
fast food localizadas na cidade de Houston, nos Estados Unidos. 
Foram realizados cálculos de todas as possíveis combinações 
de preparações que o cliente poderia escolher e foi gerada 
a informação nutricional dessas preparações (n=1146), que 
foram comparadas às recomendações do programa nacional 
de merenda escolar. Os autores observaram que apenas 3% das 
combinações atingiam as recomendações do programa nacional, 
e eram as combinações que apresentavam frutas e leite como 
acompanhamentos.
Os consumidores de restaurantes e lanchonetes do tipo fast 
food eram homens, jovens, assalariados, com elevado Índice de 
Massa Corporal (IMC) e que residiam em grandes domicílios28. 
No mesmo estudo, Rydell at al.28 avaliaram 605 indivíduos 
norte-americanos com idade a partir de 16 anos, com objetivo 
de identificar os fatores que os levam a escolher e consumir 
alimentos do tipo fast food. Quase a totalidade dos indivíduos 
(92%) afirmou que esse tipo de alimentação é rápida, 80% 
mencionaram da facilidade em adquirir os alimentos e 69% 
justificaram o seu consumo pelo sabor dos produtos.
Além de oferecer alimentos de pior qualidade nutricional, os 
restaurantes e lanchonetes passaram a aumentar o tamanho de 
suas porções. O consumo de porções maiores cresceu significati-
vamente nos últimos anos27. A promoção do consumo de porções 
adequadas é uma oportunidade de reduzir a ingestão energética, 
melhorar a qualidade da dieta e prevenir a obesidade32. 
Rozin et al.33 observaram o tamanho das porções comercia-
lizadas em restaurantes, embalagens de produtos vendidos em 
supermercados e receitas disponíveis em livros de culinária na 
França e nos Estados Unidos. As porções de alimentos ofere-
cidas em restaurantes americanos eram 25% maiores do que as 
oferecidas em estabelecimentos similares na França. De forma 
semelhante, as porções de alimentos individuais (ex: barra de 
chocolate) vendidas em supermercados norte-americanos eram 
maiores do que as vendidas para os franceses. Com relação à 
análise das receitas disponíveis em livros de culinária, prepa-
rações como carnes e sopas apresentavam porções maiores, 
enquanto que vegetais tinham porções menores.
A influência do tamanho das porções na escolha alimentar 
foi observada no estudo que Colapinto et al.32 realizaram com 
4996 crianças. Os indivíduos deveriam escolher o tamanho das 
porções de batata frita, carne, peixe, frango, vegetais cozidos 
e batata do tipo chips que eles consumiam normalmente. Foi 
observado que 63,5% das crianças escolheram a maior porção 
de batata frita e 36,5% escolheram a porção igual ou menor 
à recomendação. Entretanto, cerca de metade dos indivíduos 
(52,3%) escolheram as menores porções de vegetais.
Neste mesmo trabalho, algumas características foram 
relacionadas à escolha do tamanho das porções. Os meninos 
consumiam 2,46 vezes mais porções grandes de batata frita, 
vegetais e carne do que as meninas. As crianças que jantavam 
em frente à televisão mais de uma vez por semana consumiam 
maiores porções de batata frita e chips e aqueles que frequen-
tavam um restaurante do tipo fast food mais que uma vez na 
semana escolhiam maiores porções de batata frita e chips e 
menores porções de vegetais.
Outros tipos de influência do meio ambiente também são 
observados, como o hábito de assistir televisão, conforme 
comprovado nos trabalhos de Boynton-Jarrett et al.34 e Cullen 
et al.35, que observaram que acesso, disponibilidade, televisão, 
influência dos pais e amigos foram os fatores relacionados ao 
consumo de frutas e vegetais, pois à medida que aumentavam as 
horas em que o adolescente passava assistindo televisão, menor 
era o consumo desses alimentos. 
O acesso e a disponibilidade dos alimentos têm sido descritos 
como um dos fatores mais importantes sobre o consumo 
alimentar de frutas e vegetais entre crianças e adolescentes14. 
Na ausência do alimento em casa, a exposição a eles é reduzida 
e pode levar a uma não preferência desse alimento pela criança. 
Isto foi visto por Neumark–Sztainer et al.13, Hanson et al.36, 
Befort et al.37 e Kristjansdottir et al.14.
A oferta de refrigerantes também tem sido sugerida como um 
dos fatores determinantes para o seu consumo, especialmente 
nos adolescentes, que são uma população que frequentemente 
consome essas bebidas. Bere et al.38 avaliaram os fatores deter-
minantes de consumo de refrigerantes em 2870 adolescentes de 
ambos os gêneros que frequentavam escolas na Noruega. Os 
fatores mais citados foram a prática de dietas, o acesso, o modelo 
exercido pelos pais, as atitudes e preferências. Além disso, a 
escola tem um papel importante no consumo de refrigerantes 
nesse grupo. Isto foi observado por Fernandes39, em 2303 
escolas norte-americanas, 40% das escolas ofereciam refrige-
rantes, comercializados principalmente em máquinas de venda. 
SOCIAIS
A influência e a estrutura da família e o padrão de consumo 
de refeições influenciam diretamente o consumo e a escolha 
alimentar de crianças e adolescentes. Os pais têm um papel 
fundamental na influência dos filhos, tanto no modelo que 
representam, como também como a primeira referência que 
a criança tem no estabelecimento de seus hábitos, costumes e 
preferências alimentares40,41.
 O comportamento alimentar dos filhos pode ser aprendido 
por meio do modelo de comportamento alimentar dos pais, 
expresso por práticas alimentares e mensagens verbais a respeitode alimentação41. Os pais influenciam seus filhos pela forma 
como se alimentam, com mensagens verbais sobre alimentação, 
na prática ou não de atividade física e no controle do acesso 
Fatores determinantes de consumo alimentar: por que os indivíduos comem o que comem?
267
Rev Bras Nutr Clin 2009; 24 (4): 263-8
aos alimentos na casa. A mãe é a principal figura na dinâmica 
alimentar da família, pois cabe a ela a escolha e compra dos 
alimentos, confecção e fornecimento das refeições40,42-44.
Boutelle et al.45 avaliaram as mães dos adolescentes com 
objetivo de analisar a preocupação materna em ter uma alimen-
tação saudável, o comportamento dela e de seu filho e o ambiente 
alimentar familiar. Foram analisados 917 pares de mães e filhos 
e os autores observaram que as mães com maior preocupação 
sobre a alimentação de seus filhos tinham mais frutas e vegetais 
em casa, sempre serviam vegetais no jantar e compravam menos 
salgadinhos e refrigerantes. Entretanto, a preocupação materna 
não se refletiu no consumo de frutas, vegetais, leite e derivados 
e consumo regular de refeições de seus filhos. 
A dinâmica familiar, como a realização de refeições e o 
envolvimento dos adolescentes nas compras de alimentos, faz 
parte do ambiente familiar saudável associado à alimentação, e 
está relacionada à melhor qualidade da alimentação e a escolhas 
alimentares saudáveis46. Gillman et al.47, Befort et al.37 e Larson 
et al.46 confirmaram essa afirmativa. Os dois primeiros autores 
observaram que os adolescentes que realizavam refeições em 
família consumiam mais porções de frutas e vegetais e menos 
alimentos fritos e refrigerantes. O terceiro autor observou que 
o preparo dos alimentos foi inversamente proporcional ao 
consumo de refrigerantes entre as meninas e de alimentos fritos 
entre os meninos. 
A estrutura da família também influencia as escolhas alimen-
tares. Atualmente, é crescente o número de divórcios e de novas 
formações familiares a partir dessa condição. O estado civil 
dos pais parece contribuir para um ambiente mais saudável e 
melhores escolhas alimentares. Domicílios nos quais os pais 
são casados atingem as recomendações nutricionais, enquanto 
que quando os pais são divorciados a qualidade da dieta é mais 
pobre18. 
É possível observar diferenças quanto ao consumo alimentar 
de adolescentes, dependendo de seu gênero. As influências que 
os adolescentes apresentam sobre sua escolha alimentar também 
são diferenciadas pelo gênero, como podemos observar em 
estudos realizados em diferentes locais no mundo. 
No Brasil, Carvalho et al.48 observaram que os meninos 
consumiam significativamente mais alimentos de alto valor 
calórico do que as meninas, como refrigerantes, pizza, lasanha, 
manteiga e sucos industrializados. Na Islândia, Kristjansdottir 
et al.14 também observaram diferenças entre os gêneros, com 
consumo mais elevado de frutas e vegetais entre as meninas. 
Na Noruega, o consumo de refrigerantes se diferenciou entre 
os gêneros. Os meninos consumiam com maior frequência e em 
maior quantidade o refrigerante comum e as meninas o diet 38. 
No Brasil não foram realizados estudos específicos avaliando 
os fatores determinantes da escolha e do consumo alimentar de 
nenhuma população etária, regional ou econômica. É importante 
conhecer esses fatores a fim de que possam ser realizadas inter-
venções para o planejamento e desenvolvimento de políticas 
públicas para o combate ao excesso de peso e à obesidade. 
Faz-se necessária a realização de estudos com populações 
brasileiras para que se conheçam os fatores determinantes de 
consumo no país.
REFERÊNCIAS
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