Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
* * Bibliografia: Aula do curso de empreendedorismo “Empreendedorismo social” Professores Nelson Caldas e César Salim Contextualização histórica do Terceiro setor * * Filantropia: Desde o século XVI observam-se no Brasil ações de caráter filantrópico, como o aparecimento das Santas Casas de Misericórdia, que existem até hoje. Estas entidades se dedicavam ao atendimento a pessoas carentes. A filantropia no Brasil se desenvolveu sob a lógica da prática assistencialista, com base na caridade cristã. Ricos exerciam a filantropia sustentando escolas, hospitais, santas casas, asilos. * * 1920/1930 Industrialização do país agravou situação: massa de operários cresce, especialmente em áreas urbanas - problemas sociais aumentaram. Organizações sem fins lucrativos se multiplicaram, mas sempre com dependência econômica do Estado. * * Início do Século XX Estado passou a atuar intensivamente na área social: especialmente nos segmentos de saúde, higiene, educação. Estado interveio nas organizações existentes - condição para contribuir financeiramente com seus projetos - utilização dos recursos monitorada pelo governo * * Sindicatos, associações de classe e organizações para auxílio a imigrantes entraram nesta área de assistência. Nos anos 70, foram fundadas organizações para defender direitos humanos (ameaça da ditadura militar). As organizações contra o governo não recebiam dinheiro. Nome – Organizações Não Governamentais, passou a ser usado para essas organizações sem finalidade lucrativa. ANOS 70 * * ANOS 70 Lógica mudou: sobrevivência via contribuição de pessoas físicas e jurídicas, inclusive de organizações externas ao país (Fundação Ford, Rockefeller e agências de fomento internacionais). * * Anos 80 Abertura política e econômica nos países do Leste Europeu e a emergência das crises, inclusive de fome, na África, deslocaram o financiamento das entidades internacionais para aqueles locais. * * Anos 90 O termo “terceiro setor” passou a ser utilizado nos anos 90 para designar as organizações da sociedade civil, sem fins lucrativos, criadas e mantidas com ênfase na participação voluntária e com objetivo de gerar serviços de caráter público. As organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIP) não têm a participação do Estado, mas objetivam alcançar sua própria sustentabilidade. No Brasil, hoje, existem 250 mil organizações do terceiro setor, movimentando cerca de 1,5% do PIB brasileiro. * * Há também um engajamento crescente do setor privado nas questões sociais. Mesmo com enfoque social, aquelas fundações comportam-se como a iniciativa privada: planejam os investimentos, avaliam sua produtividade e mensuram outros indicadores de desempenho. * * O Empreendedor * * É uma pessoa visionária, criativa, prática e pragmática, que sabe como ultrapassar obstáculos para gerar mudanças sociais significativas e sistêmicas. Deve ter uma proposta verdadeiramente inovadora, com resultados de impacto social positivo na região onde atua e necessita de estratégias concretas para disseminação dessa idéia, nacional e/ou internacionalmente. * * É uma pessoa visionária, criativa, prática e pragmática, que sabe como ultrapassar obstáculos para gerar mudanças sociais significativas e sistêmicas. Deve ter uma proposta verdadeiramente inovadora, com resultados de impacto social positivo na região onde atua e necessita de estratégias concretas para disseminação dessa idéia, nacional e/ou internacionalmente. Pensaram em quem? * * * * Concebem novos campos de trabalho na área social; Criam instituições mais dinâmicas; Têm foco em um público-alvo específico, discriminado; Inventam processos sociais que mudam a prática de instituições; Propõem novas metas e objetivos para políticas e instituições públicas, alterando muitas vezes a maneira de se relacionarem com grupos sociais. Características dos líderes e empreendedores sociais: * * Aula 6 Assistencialismo X Empreendedorismo ASSISTENCIALISMO NÃO É EMPREENDEDORISMO * * Assistência é dar ao trabalhador condições de suprir suas necessidades imprevisíveis. Assistencialismo é dar ao cidadão que não trabalha meios de sustentação. O que se deve dar à pessoa humana é dignidade, por meio do trabalho. Empreendedorismo é essencial à prosperidade do país. Assistencialismo X Empreendedorismo * * O assistencialismo tem a sua importância quando subsidia pessoas que não possuem as mínimas condições de subsistência e não têm perspectiva de sair de sua situação calamitosa. Importante: Desvincular a ação da barganha eleitoral! O trabalho nas entidades com finalidade social requer pessoas com maior nível de preparo e, preferencialmente, profissionais da área social. Assistencialismo X Empreendedorismo * * Sob o aspecto legal, as organizações sem fins lucrativos podem ser constituídas como: Fundações públicas ou privadas Associações ou sociedades civis Cooperativas Cooperativas sociais Obs.: todo superávit será reinvestido na própria organização. Se este superávit for capaz de sustentar a organização, ela é auto-sustentável. Responsabilidade social Organizações do Terceiro Setor * * * Responsabilidade social Organizações do Terceiro Setor Certificados que podem qualificar as organizações e que são concedidos pelo poder público: Título de utilidade pública – federal, estadual e municipal Registro no Conselho Nacional de Assistência Social Certificado de entidade de fins filantrópicos Organizações da sociedade civil de interesse público – OSCIP Organizações sociais * * COMO AS ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR UTILIZAM A COMUNICAÇÃO Três modalidades: comunicação dos poderes públicos com o terceiro setor comunicação de empresas com o terceiro setor comunicação das ONGs, movimentos sociais, associação comunitária e similares * * Objetivos da comunicação do Terceiro Setor Contribuir para a solução de problemas sociais reduzindo a desigualdade (econômica, educacional, de acesso à saúde) e a superação de mecanismos estruturais geradores das contradições. Nesse processo, a comunicação, especialmente as relações públicas, se concretiza nos relacionamentos dentro das organizações e também com os outros tipos de público. * * OS PROCESSOS COMUNICATIVOS interpessoais e grupais e os que se servem de suportes impressos, eletrônicos e digitais VISAM: tornar públicas as propostas da instituição, mudar a cultura e solidificar propostas transformadoras da sociedade mobilizar os segmentos beneficiários da ação efetivar as mudanças pretendidas tornar as organizações conhecidas e respeitadas pela integridade de suas ações angariar apoios e recursos financeiros instruir e motivar a ação de voluntários; dirimir conflitos internos e externos; prestar contas das atividades desenvolvidas e das conquistas obtidas * * PROFISSIONALIZAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES Historicamente, as atividades de comunicação se desenvolvem de forma amadora e são feitas basicamente por membros ativistas dos próprios movimentos sociais e ONGs Atualmente, surge a necessidade de profissionalização da comunicação das organizações, otimizando o uso competente de instrumentos e técnicas de comunicação que levem a resultados mais eficientes A comunicação passa a contribuir tanto para atingir os objetivos-fins de cada atividade, quanto no relacionamento com os meios de comunicação de massa para dar visibilidade pública e difundir propostas de transformação social * * Os espaços da comunicação no âmbito das organizações do terceiro setor As organizações necessitam desenvolver seus próprios canais de comunicação institucional. Através deles, distinguir os objetivos institucionais e os de cidadania A comunicação deve usar materiais educomunicativos e de relacionamento com seu público beneficiário Pode ainda valer-se das produções realizadas por terceiros, e que se adaptam às suas necessidades comunicacionais. * * OUTRAS OPÇÕES DE COMUNICAÇÃO Rádios e televisões comunitárias e jornais alternativos São organizações que também se situam na esfera do terceiro setor, e, apesar de não executarem trabalho direto de promoção social, o fazem por meio da produção e difusão de conteúdos midiáticos alternativos dirigidos a grupos e entidades engajadas à transformação social. * * PARTICIPAÇÃO DO PÚBLICO A comunicação realizada dentro dos movimentos sociais e das organizações de base se norteia pela participação direta das pessoas No caso dos meios de comunicação populares e comunitários, a participação ocorre na criação do meio, na discussão sobre seu perfil editorial, na produção, difusão de conteúdos e assim por diante * * EXERCÍCIO DE CIDADANIA Promover ao cidadão o conhecimento especializado dos canais de comunicação. Garantir sua participação ativa no planejamento e nas definições das políticas de produção e difusão de mensagens, de relações públicas e das campanhas. O cidadão deve ser sujeito em todos os níveis da vida em sociedade, baseando-se nos princípios de igualdade e liberdade. Os beneficiários dos programas sociais devem ser vistos nessa perspectiva e não como objetos manipuláveis segundo os interesses dos apoiadores e gestores dessas iniciativas
Compartilhar