Aula 03

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PSICOLOGIA DA PESSOA COM NECESSIDADES ESPECIAIS
Aula 3 - Os Principais Tipos de Deficiências: Conceitos, causas e categorias 
 
Os Principais Tipos de Deficiências: Conceitos, causas e categorias – Aula 3
PSICOLOGIA DA PESSOA COM NECESSIDADES ESPECIAIS
– Discutir o conceito de deficiência
– Registrar a diferença existente entre deficiência e doença
– Transcrever as causas possíveis para o acometimento das deficiências
Conteúdo Programático desta aula
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	 Ao analisar os diferentes textos e reportagens sobre o tema, percebemos que, muito embora se discuta a realidade da pessoa com deficiência, os vários termos ao longo da história, apesar de buscar uma minimização do preconceito ou mesmo tentar uma reformulação concreta, baseada cientificamente sobre o tema, não destituiu o deficiente do seu local institucionalizado que foi a margem da sociedade. De fato, a ciência evoluiu e descobriu formas preventivas de tentar evitar a deficiência, porém, à nível emergencial ainda nos colocamos diante de uma situação limite, que por um lado pode causar prejuízos emocionais, físicos, educacionais no deficiente. 
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 Em geral, quando falamos de deficiência, falamos de um sujeito que vive a margem da sociedade, que por muitas vezes não se sabia o que fazer com ele.
 Pensemos: Não sabendo ao menos como trata-lo, onde ele se enquadra e quais as possibilidades de atuação com este sujeito. Como ficava seu papel na sociedade?
 Afinal: Quem é ele? Qual o modelo pôde-nos nos dar suporte e a qual a forma mais específica de acompanhamento? Voltamos a pergunta inicial: O que é normal?
 Segundo Mazzota (1983) “De um modo geral, o termo excepcional tem sido empregado para designar pessoas que, como dito antes, se afastam da normalidade” (p.12). Assim situando-se antes ou depois, ser diferente já caracteriza uma excepcionalidade. Estando esta excepcionalidade e a deficiência atreladas, Mazzota também retrata: “ Os que se situam abaixo, que se desviam acentuadamente são os deficientes, por serem portadores de deficiências” (p.13).
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 “Ser excepcional é ser raro ou incomum, é toda a categoria desviante” (TELFORD E SAWREY, 1977, p15) Conclui-se que o termo excepcional, sinônimo de deficiência, foi sendo substituído por outros termos, entre eles portador de necessidades especiais, ou educacionais especiais, mas que traz uma grande discussão sobre o próprio significado do verbo portar e sobre o que caracteriza necessidades.
 Tanto deficiência, quanto doença mental, vai passar por um intricado meio de normas técnicas, termos vulgares, conceitos e pré conceitos que na verdade faz-nos perceber o total desconhecimento do assunto. Deficiência não é doença pois a doença simplesmente DOÍ. A deficiência se refere a um déficit, seja ele cognitivo, motor entre outros.
 Em 1989, a OMS (Organização Mundial de Saúde) elabora a Classificação Internacional de Deficiências, Incapacidades e Desvantagens (CIDID). Em 1997 surgem novos títulos e novas
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 conceituações, o CIDDM-2. O CIDDM-2 concebe “ a deficiência como uma perda ou anormalidade de uma parte do corpo ou função corporal, incluindo funções mentais”. Assim, a deficiência se refere a qualquer perda que impede a liberdade do sujeito de ir e vir, desenvolvendo uma vida cotidiana dentro da normalidade. 
	Quando falamos em doença mental, diz-se que é um termo que abrange problemas emocionais, comportamentais, cognitivos e sociais. Portanto, apesar de grandes semelhanças, a doença mental encontra-se na esfera da psiquiatria, ao contrário da deficiência. Porém, tanto uma quanto outra, podem sim se entrelaçar em seus serviços, pois o ser humano enquanto ser total, necessita de atenção especial.
	Entre os vários tipos de causalidades para as deficiências podemos apresentar três grandes momento: Pré-natal; perinatal e pós-natal.
 
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 Nas causas pré-natais, referimo-nos e toda e qualquer ação que interfere no desenvolvimento pleno da criança durante a gestação. Tais fatos podem ser: doenças infectocontagiosas, ações externas como raio X, doenças da mãe entre outros fatores; Já nas perinatais, nos referimos as ações que acometem a criança durante o parto e imediatamente após. Assim falamos de pressão alta gerando eclampsia entre os fatores mais preocupantes. Quando falamos de problemas que afetam a criança após o parto, falamos de causas pós-natais.
 A realidade social do nosso país, acaba nos impondo algumas dificuldades da ordem do social que facilitam o surgimento e a manutenção das deficiências. Podemos falar das dificuldades de orientações e esclarecimentos sobre as deficiências, a necessidade de acompanhamento específico para gestante, o trato com o recém-nato entre outros. Ainda sim, as dificuldades socioeconômicas da população, as dificuldades de acesso a rede de atenção básica, a saúde e a higiene. À nível estrutural, a dificuldade de acesso aos locais e ainda a falta de rampas.
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 O sistema de saúde acaba pode se transformar em mais um vilão, que não houve as queixas e ainda impossibilita a possibilidade de novas conquistas.
Os fatores etiológicos, através da investigação pelos estudos acadêmicos, podem sim propor mudanças estruturais, ambientais e sanitárias de forma a minimizar os problemas e reduzir os danos.
 Dentre estas causas possíveis temos, nos fatores citados acima, a educação para a saúde como uma das saídas da prevenção das deficiências. Assim, mesmo sendo causas ambientais, genéticas ou multifatoriais, os profissionais da área da educação e da saúde, podem influenciar a discussão que venha criar: frentes de trabalho, educação nas escolas, formação continuada e dispositivos de atenção na rede básica de saúde. É importante ressaltar a necessidade de atenção primária e secundária, ou seja, primária na atuação junto a vacinação, atenção a gestante evitando a deficiência física, motora, mental entre outras e a secundária, quando já existe o desenvolvimento da deficiência, buscando minimizar as consequências das mesmas.
	
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BIBLIOGRAFIA
TELFORD, CHARLES W, SAWREY, JAMES M. O Indivíduo Excepcional. 3ª edição Rio de Janeiro: Zahar, 1988.
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	Entendeu que a pessoa que o conceito de deficiência não significa doença e que existem múltiplos fatores que podem levar as diversas deficiências. 
Aprendeu que existem aspectos sociais, clínicos que interferem na formação da deficiência.
Percebeu que são várias as causas que levam a promoção da deficiência.Os Principais Tipos de Deficiências: Conceitos, causas e categorias – Aula 3
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CONCLUINDO ... 
Tipos de Deficiências 
http://youtu.be/tBGghskKRNo 
http://youtu.be/pJit8_t9c74 
http://youtu.be/5aDkMP2qkiI 
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PRÓXIMA AULA
 
Desvio intelectual, deficiência mental e altas habilidades
Nesta aula, discutiremos a diferença existente entre desvio intelectual e deficiência mental. Analisaremos os tipos de deficiências intelectuais existentes, os quadros clínicos e as possibilidades de atuação. Trataremos do tema desde a esfera do déficit cognitivo severo, até os que apresentam grande criatividade e as altas habilidades.
 
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