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RELATÓRIO GEOLOGIA LEANDRO

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO – UFERSA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS E TECNOLÓGICAS
BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA
GEOLOGIA APLICADA A ENGENHARIA
PROFESSOR: Dr. MARCELO TAVARES GURGEL
LEANDRO NOGUEIRA VALENTE
RELATÓRIO da viagem à mina brejuí e à barragem eurico gaspar dutra
MOSSORÓ
2018
INTRodução
A segunda viagem técnica, referente à disciplina de Geologia aplicada à engenharia, ministrada pelo professor Dr. Marcelo Tavares, ocorreu no dia 17 de agosto de 2018, tendo como ponto de partida a UFERSA, campus Mossoró – RN, às 5:00 horas da manhã, com destino às cidades de Currais Novos (Onde encontra-se a Mina Brejuí) e Acari (Onde localiza-se a barragem Eurico Gaspar Dutra), ambas localizadas no estado do Rio Grande do Norte.
Teve como objetivo continuar o estudo das formações geológicas presentes no estado, como forma de auxílio prático ao conteúdo ministrado em sala de aula. Além disso, objetivou-se também, com a visita à mina, o estudo dos processos de extração/lavra dos recursos minerais (neste caso a Scheelita), bem como seu beneficiamento e utilização na indústria. Ademais, com a visita à barragem, objetivou-se também observar a aplicação da geologia na construção civil.
desenvolvimento
Memorial e museu dos minérios
O museu dos minérios consistiu na primeira parte da visita à mina Brejuí. Nele, além de diversos minerais e minérios, pode-se comtemplar um memorial em homenagem ao dono da mina, a saber, Tomáz Salustino, e também conhecer um pouco sobre a história da mina. 
As terras onde a mina se encontra, foram dadas a Tomáz pela família de sua esposa, Tereza Bezerra de Melo, como dotes para o casamento. De início, as terras não apresentavam potencial nenhum para aproveitamento, visto que não eram adequadas para a plantação e cultivo de algodão, atividade comum à época no Seridó, de modo que Tomáz resolveu abandoná-las.
Em certa ocasião, um vaqueiro da fazenda encontrou uma rocha diferente das demais, mais densa, e, depois de estudo feito no estado do Rio de Janeiro, descobriu-se que a rocha se chamava Scheelita, com a qual podia-se obter o tungstênio, metal com o qual é possível obter diversos materiais. 
Figura 01. Scheelita. 
 Fonte: (Geoparque Seridó, 2018)
A mina foi fundada em 1943, no período da Segunda Guerra Mundial, e foi neste período que teve o seu auge, visto que o tungstênio pode ser usado, entre diversos fins, na indústria bélica, ou seja, na confecção de balas, armas, aviões e submarinos. Tendo a guerra acabado, a empresa começou a cair de produção, de modo que veio a fechar as portas no ano de 1997, porém, em 2005, reiniciou suas atividades. Vale ressaltar que, em 1954, Tomáz Salustino foi considerado a 5° pessoa mais rica do mundo, não somente pela mina, mas também por sua carreira política e no direito.
Em se tratando da Scheelita, temos que ela pode ser diferenciada dos demais materiais por duas propriedades principais, a saber, sua densidade, que pode chegar ser quatro vezes maior do que a de qualquer material junto a ela, e também o seu brilho (eflorescência), que pode ser identificada através de um equipamento chamado mineralight, que emite uma luz negra que, ao passar pela Scheelita, faz com que a mesma emita uma luz branca, de modo que quanto mais branca for a luz emitida, mais pura é a Scheelita.
Neste geossítio ocorrem diferentes tipos de rochas. É comum identificar paragnaisses de cor cinza, constituídos de quartzo, feldspato e biotita, além de epidoto, microclina, muscovita, minerais opacos, tremolita/actinolita, por vezes destacando níveis centimétrico de calciossilicática composta principalmente de epidoto, titanita, quartzo, plagioclásio, apatita, hornblenda, malaquita, molibdenita e tremolita/actinolita. É principalmente nas rochas calcissilicáticas que ocorrem a mineralização de tungstênio, devido a presença de scheelita. Exibe forte foliação marcada pelas orientações de biotitas e nível calciossilicático, com granulometria fina (paragnaisse) a média (calciossilicática). As condições metamórficas destas rochas atingiram a fácies anfibolito superior evidenciada pela formação de microclina, plagioclásio e anfibólio substituindo a biotita. Além dessas rochas ocorrem ainda, sob a forma de camadas, mármores de cor cinza clara a branca e predominantemente monominerálica carbonática. A rocha é homogênea e compacta, formada essencialmente por calcita, tendo eventualmente minerais opacos, tremolita e mica branca, com granulometria média. [1]
Não foi possível fazer registros fotográficos do interior museu de minérios e do memorial por normas impostas pela empresa.
Figura 02. Museu. 
Fonte: (Autoria própria, 2018)
Mina
A segunda parte da visita à mina consistiu na entrada na própria mina. Entretanto, antes da entrada, algumas indicações e medidas de segurança foram passadas pelo estagiário Bruno, estudante de Engenharia de Minas, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Tais indicações foram: cuidado com a parede da direita, visto que há fiação elétrica, uso de capacetes, e orientação da turma em fila única, com o intuito de não haver dispersão e consequente perda de integrantes dentro da mina. 
Figura 03. Mina Brejuí. 
Fonte: (Google, 2018)
Figura 04. Entrada da mina. 
Fonte: (Google, 2018)
O trecho percorrido pela turma foi de 200 metros, distância relativamente curta em comparação com os 66 quilômetros de galerias que compõem a mina. Segundo o instrutor, a mina pode ser comparada a um edifício de dez pavimentos, sendo possui dez níveis, sendo que um nível dista 25 metros de altura do outro.
Figura 05. Túneis dentro da mina. 
Fonte: (Geoparque Seridó, 2018)
Além de conhecer o interior da mina, a visita possibilitou o entendimento, ainda que superficial, dos processos de extração/lavra, perfuração da rocha fonte, detonação e retirada do minério para a superfície, bem como as medidas de segurança para todo o processo. O método de extração/lavra utilizado é por câmaras e pilares, que é usado na mina pelo fato de a rocha constituinte favorecer o seu uso, ou seja, por ser uma rocha competente. O esquema do método é mostrado a seguir.
Figura 06. Método de extração por câmaras e pilares. 
Fonte: (Slideplayer, 2018)
O maior desafio do processo é a retirada à superfície do minério. Para isso, é necessário deslocar o minério lavrado para níveis da mina em que este deslocamento seja facilitado, isto é feito por um equipamento chamado Ore passage, ou “passagem de minério”, que se assemelha a uma chaminé. Este equipamento pode ser orientado de forma vertical ou inclinada. Outro equipamento chamado Ore shoot serve para controlar o fluxo de minérios que atravessa o ore passage e é derramado nos vagões de transporte. O carregamento destes vagões é feito por uma mini pá carregadeira chamada Bobcat, adaptada para entrar na mina. 
Beneficiamento 
Após a retirada do minério da mina, o volume retirado é carregado em caminhões e pesado, com o intuito de calcular quanto de material será aproveitado. O minério vai para uma grelha, que funciona como uma peneira e impede que blocos fora de especificação caiam no alimentador e venham a prejudicar o britador. 
O processo de britagem é composto por um britador de partícula, um alimentador de sapatas e um britador de mandíbula, que faz a britagem inicial, e manda o material para uma peneira. O material retido passa por uma britagem secundária em um britador de cone. O material resultante destes processos é armazenado em silos e transferidos para um moinho de martelo, que reduzirá o material a uma granulometria mais baixa. 
Após isto, ocorre uma pré-seleção dos materiais mais densos. Estes descem para mesas concentradoras vibratórias, onde o material mais denso permanece na mesa, e o menos denso é jogado para fora. Como a Scheelita é um material bem denso, é possível concentrá-la.
O rejeito deste processo ainda pode conter Scheelita, logo, é necessário que passe pelo processo novamente, de modo a aproveitar aomáximo o material. O material residual ainda passa por um classificador, onde será retirada a fração de areia. A lama que sobra tem granulometria semelhante a da argila. Há um considerável montante de rejeito na empresa (areia) que, segundo o prof. Marcelo Tavares, constitui-se uma reserva considerável de material a ser usado na indústria cimenteira.
Para que a Scheelita obtida seja a mais pura possível, é usado um separador de partículas e um processo de queima para eliminar o máximo de sulfetos contidos no minério.
Barragem 
A segunda parada da visita foi na barragem Eurico Gaspar Dutra, em Acari. Fica na bacia hidrográfica do Rio Piranhas-Açu, tendo sido inaugurado em 1959. A mesma encontra-se seca, devido a falta de chuvas, não cumprindo seu propósito inicial de construção, que era abastecer as cidades circunvizinhas. Porém, é um local que contém muitas informações observáveis relevantes ao estudo da geologia de engenharia. Chama-se, também, gargalheiras, pois olhando-se de cima, a barragem tem o formato de um gargalo. 
É uma construção que aproveita muito bem a geologia da região, pois é construída no meio de dois granitos gigantescos, que é um rocha cristalina que se constitui um ambiente propício à construção de um reservatório.
Figura 07. Vista superior da barragem de gargalheiras. 
Fonte: (G1, 2018)
Figura 08. Geologia da barragem de gargalheiras.
Fonte: (Geoparque Seridó, 2018)
considerações finais
A segunda visita técnica da disciplina de Geologia aplicada a engenharia foi bastante proveitosa, por fazer-nos conhecer um pouco mais sobre a geologia do Rio Grande do Norte, bem como nos proporcionar conhecimentos sobre processos de extração e produção mineral. 
Observou-se a importância dos estudos geológicos na descoberta de um depósito, bem como na determinação da viabilidade de exploração de uma determinada área. Projetos de exploração feitos sem estudo prévio podem acarretar em danos de ordem econômica e também impactos ambientais. Vale ressaltar também a importância dos estudos e de medidas de segurança nas atividades que compõem a exploração mineral, visto que se trata de atividades consideravelmente perigosas, que já fizeram inúmeras vítimas desde os primórdios, logo, é essencial para qualquer processo de exploração, pessoas com experiência nestes processos, de modo a garantir a segurança, preservando assim a vida de quem vive da mineração.
Constatou-se também importância da Topografia no mapeamento das minas, visto serem compostas por diversos veios e galerias, que podem fazer com que pessoas se percam e não consigam sair da mina, caso não sejam referenciadas geograficamente. 
Na visita à barragem, observou-se que a seca no nordeste do Brasil causou grandes impactos negativos à região, sendo que a barragem se encontra totalmente seca. Porém, caso os regimes pluviais passem a ser mais frequentes, a barragem de gargalheiras constitui-se uma grande aliada no abastecimento de água para suas vizinhanças.
referências bibliográficas
ANGELIM, Luiz Alberto de Aquino. GEOLOGIA E RECURSOS MINERAIS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE: TEXTO EXPLICATIVO DOS MAPAS GEOLÓGICO E DE RECURSOS MINERAIS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE. Recife: Cprm, 2006.
CHIOSSI, Nivaldo. Geologia de engenharia. 3. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2013.
GOOGLE imagens. Disponível em: <www.google.com>. Acesso em: 27 ago. 2018.
IMAGEM aérea mostra nível mais baixo da história do açude Gargalheiras, no RN: Capaz de comportar até 44 milhões de metros cúbicos de água, o reservatório possui atualmente menos de 0,01% de sua capacidade.. Capaz de comportar até 44 milhões de metros cúbicos de água, o reservatório possui atualmente menos de 0,01% de sua capacidade.. 2017. Disponível em: <https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/imagem-aerea-mostra-nivel-mais-baixo-da-historia-do-acude-gargalheiras-no-rn.ghtml>. Acesso em: 27 ago. 2018.
SLIDEPLAYER. Disponível em: <https://slideplayer.com.br/slide/1257195/>. Acesso em: 27 ago. 2018.

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