Buscar

Aula 07 - Os jogos na Aula de Matemática

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Conteúdo, Metodologia e Prática do Ensino da Matemática
Aula 7 – Os Jogos na Aula de Matemática 
Objetivos da aula: 1. Identificar o papel pedagógico do jogo no ensino da Matemática. 2. Reconhecer os jogos no processo de ensino-aprendizagem da Matemática numa perspectiva de resolução de problemas. 
Esta aula vai apresentar o Jogo como recurso à aprendizagem de matemática. Num ambiente lúdico, proporcionado por diferentes atividades de jogo, emergem aspectos fundamentais relacionados ao processo de ensino-aprendizagem de matemática. Ainda no contexto dos jogos, você irá identificar a relação entre os procedimentos de resolução de problema e a formalização matemática. Dessa forma, estará percebendo com mais clareza o que a prática pedagógica com jogos exige do professor.
O Papel do Jogo no Aprendizado da Matemática
Os jogos além da brincadeira - Durante todas as nossas aulas, defendemos o uso de jogos e brincadeiras e convidamos você a vivenciar tópicos relativos à aula numa situação de jogo. Os jogos podem dar uma grande contribuição ao desenvolvimento do pensamento lógico matemático e do pensamento espacial das crianças. 
Ao jogarmos, vários aspectos do pensamento matemático são colocados em questão: Tentar, observar, analisar, conjectuar, verificar, reformular ações que constituem habilidades fundamentais para o pensamento matemático, para aprender e para viver. Jogar envolve, também, a aceitação de desafios, incluindo aqueles não relacionados aos conteúdos matemáticos. No jogo, somos desafiados a encontrar estratégias de ação que permitam transformar as condições da partida.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática (p. 48), que se encontram na Biblioteca desta aula, ao se referirem aos jogos como recurso, salientam o seu aspecto sociocultural em que a Matemática está presente. Além disso, por contribuírem para dar significado a conhecimentos matemáticos, possibilitam a compreensão, geram satisfação e formam hábitos. Por meio dos jogos, as crianças compreendem e utilizam convenções e regras que serão empregadas no processo de ensino-aprendizagem.  Assim, é fundamental que os jogos façam parte da cultura escolar, principalmente pelo aspecto relevante nos jogos que é o desafio genuíno que eles provocam no aluno e que gera interesse e prazer.  
Quais são os procedimentos desse jogog? As cartas são embaralhadas e colocadas no centro da mesa, em um monte, viradas para baixo. Depois de escolhida a ordem entre os jogadores, cada um retira a carta do monte, virando-a sobre a mesa. Na rodada seguinte, cada jogador pega mais uma carta do monte. A criança pode ser levada a verbalizar, antes de tirar a segunda carta, qual carta precisa juntar à que já possui para poder marcar pontos nessa rodada. Ganha um ponto quem consegue somar seis com apenas duas cartas. Caso nenhuma criança consiga somar seis, continua a retirada de mais uma carta até que obtenha esse total juntando duas ou mais cartas. A cada nova  partida, as cartas serão outra vez embaralhadas e agrupadas no monte inicial. Este jogo pode ser transformado em “Somando 7”, “Somando 8”, etc. Basta serem acrescentadas ao material as cartas necessárias para completá-lo: da carta zero à do total que se quer obter. Quando jogam, as crianças lidam com símbolos e se submetem a convenções e a regras, o que é importante não só para aprender a usar matemática, como para a vida em sociedade. No entanto, é fundamental que os jogos não fiquem reservados para os momentos informais de lazer ou relaxamento, desarticulados das aulas de matemática. Eles devem estar presentes como problemas a serem solucionados.
O jogo e a ressolução de problemas
Para que os jogos contribuam verdadeiramente para o ensino da matemática, é fundamental que o professor tenha claros os objetivos que deseja atingir com a atividade de jogo. As situações que a criança vivencia durante o jogo favorecem a elaboração de outras nas quais o seu desempenho pode vir a ser melhor. Para  que isso ocorra, é necessária a intervenção pedagógica do professor.  Assim, é importante que antes de iniciar o jogo os alunos se familiarizem com ele e com os materiais, se houver. Experimentar simulações de possíveis jogadas também é uma boa estratégia para estabelecer analogias com jogos já conhecidos. O reconhecimento das regras do jogo pelos alunos pode ocorrer mediante a explicação do professor, a leitura pelos alunos ou pela identificação a partir de várias jogadas entre o professor e um dos alunos, que aprendeu anteriormente o jogo. Os outros alunos tentam perceber as regularidades nas jogadas e identificar as regras. O jogar para garantir regras é o momento do “jogo pelo jogo”, momento do jogo espontâneo e de exploração de noções matemáticas contidas no mesmo. Assim, o intervir verbalmente nas jogadas por meio de questionamentos e observações, a fim de provocar os alunos para analisar suas jogadas, é uma atitude do professor que busca relacionar os procedimentos de resolução de problema de jogo dos alunos com a formalização matemática.
Exemplo:
O registro do jogo pode acontecer dependendo de sua natureza e dos objetivos que se têm com o registro. O registro dos pontos ou dos procedimentos realizados ou dos cáluclos utilizados pode ser considerado uma forma de sistgematização e formalização por meio de uma línguagem própria: a linguagem matemática. É importante que o professor crie intervenções que gerem a necessidade do registro escrito do jogo, havendo um sentido para este registro e não mera exigência.
 A resolução dos problemas de jogo propicia uma análise mais específica sobre o mesmo, na qual os problemas abordam diferentes aspectos que podem não ter ocorrido durante as partidas. O registro do jogo também se faz presente nesse momento. Como último momento do trabalho pedagógico com jogos, é  importante que o aluno retorne à ação do jogo para que execute estratégias definidas e analisadas durante a resolução dos problemas. Todo este processo favorece  uma atmosfera de criatividade, ludicidade e interação entre os jogadores.
Uma boa forma de estudar a Matemática, por muitos considerada uma disciplina sisuda e abstrata, fato que se dá pelo modo como foi apresentada ao longo dos séculos, é por meio da exploração de conceitos de maneira lúdica, de forma que o prazer, a criatividade e a satisfação pessoal estejam presentes no processo de resolução de problema. Pode-se garantir esta satisfação mediante a utilização de jogos no ensino de Matemática, não no sentido do prazer do novo, de consumir jogos, mas pelo prazer de ser ativo, pensante, questionador e reflexivo no processo de aprender.
O que exige a pratica pedagogica com jogos?
Dos alunos: a construção e aquisição de conhecimentos acontece de forma mais lenta, pois estes necessitam de tempo para se familiarizar, aprofundar e analisar o jogo. Dos professores: maior dedicação na preparação de materiais, atentando para as diferentes fases do jogo e suas possibilidades, sendo ele o mediador da construção do conhecimento pelos alunos, proporcionando a estes ambientes de aprendizagem nos quais possam criar, ousar, comprovar. Além disso, o jogo pode estimular a concentração, possibilitando o desenvolvimento de habilidades pessoais como exploração, investigação de um contexto, análise, comparação, interpretação, previsão, síntese e tomada de decisão – elementos essenciais para o resolvedor de problemas

Outros materiais