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Concurso de crimes: pluralidade de delitos Concurso material ou real de crimes: art 64 cp , quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não. Requisitos: Mais de uma ação ou omissão A pratica de dois ou mais crimes Consequência: aplicação cumulativa das penas privativas de liberdade em que haja incorrido. A questão do chamado concurso material cuida da hipótese de quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, poderá ser responsabilizado, em um mesmo processo, em virtude da pratica de dois ou mais crimes. Sistema-cumulo material e exasperação Cumulo material: é o sistema para fixação de penas quando ocorre concurso de crimes, onde serão somadas as cominadas para cada crime Exasperação: aplica-se a pena do crime mais grave, e aumentada de certo percentual Espécies de concurso material Homogêneo : ocorrerá quando os crimes praticados forem idênticos, da mesma espécie Heterogêneo: ocorrera quando os crimes praticados forem distintos , de espécie diferente Regras de fixação no concurso de crimes Quando o crime for punido com reclusão e com detenção, tais penas não são somadas, portanto cabe ao magistrado fazer a somatória das penas de reclusão, com base nos critérios do art 33, escolher um regime de cumprimento da pena, e na sequencia, somar as penas de detenção e escolher outro regime de cumprimento de pena. Concurso Formal Quando o agente mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes idênticos ou não, aplica-se a mais grave das penas cabíveis ou , se iguais, somente uma delas, mas aumentada em qualquer caso de um sexto até a metade. Requisitos : Uma ação ou omissão Pratica de dois ou mais crimes Consequência: Aplicação da mais grave das penas, aumentada de um sexto até a metade. Aplicação de somente uma das penas, se iguais, aumentada de um sexto até a metade. Aplicação cumulativa das penas, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes resultam de desígnios autônomos. Espécies : Homogêneo: quando com um mesmo fato realiza varias vezes o mesmo tipo penal Heterogêneo: quando com um só fato se satisfazem as exigências de distintos tipos penais Concurso formal próprio(perfeito)- se vê a intenção do agente de praticar apenas um crime, lesando-se contudo, mais de uma vez os bens jurídicos titulados pela norma Concurso formal improprio-(imperfeito)- quando há na conduta do autor a presença de designios autônomos, onde mediante uma conduta apenas se alcança a pratica de mais de um delito. Concurso material benéfico: se a exasperação for mais gravosa que o cúmulo material, utiliza-se o cúmulo material no concurso formal próprio, o sistema da exasperação não pode fazer a pena ficar maior do que seria gerada pelo cumulo material. Se isso acontecer o juiz não poderá utilizar no concurso formal perfeito, o sistema da exasperação, devendo aplicar a regra do cúmulo material benéfico. Crime continuado- Quando o agente mediante mais de uma conduta(ação ou omissão) pratica dois ou mais crimes da mesma espécie em condições de tempo, lugar, maneira de execução, ou outra semelhança, cria-se uma suposição que os subsequentes são uma continuação dos primeiros, formando-se assim um crime continuado, com pena aumentada de 1/6 ate 2/3. Teorias do crime continuado Subjetiva-com valorização social , que varia de pessoa para pessoa Objetiva- sem valorização social, igual para todos Subjetiva e objetiva Requisitos: Continuidade do delito Mesmo crime(objetivo) Mesmo tempo-30 dias(objetivo) Mesmo lugar(objetivo) é aquilo que é próximo, não necessariamente sendo no mesmo espaço geográfico Mesma forma de execução : mesmo critério utilizado Outras semelhanças Crime continuado contra a vida- art 71§único Súmula 605 stf( anterior a lei) não se admite continuidade delitiva nos crimes contra a vida Posicionamento atual art 71 § único cp Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste Código SURSI- art 77 suspensão condicional da pena Trata-se de um instituto de politica criminal , que tem por finalidade suspender a execução da pena, e por conseguinte o recolhimento ao cárcere desde que a pena aplicada seja de ate determinada quantidade Espécie de sursi- Simples- residual Especial- etário e humanitário= maior de 70 anos, doença grava. Requisitos Quantidade de pena definida em lei( ate 2 anos sursi simples ate 4 anos sursi especial) Não reincidente em crime doloso Condições pessoais favoráveis Revogação obrigatória: condenação transitado e julgado em crime doloso, não reparar o dano, descumprir o §1 art 78 Revogação facultativa: condenação transitado e julgado em crime culposo, quando o beneficiado descumprir outras previsões em lei( fixado pelo juiz) Período de prova Simples de 2 a 4 anos Especial de 4 a 6 anos Prorrogação da sursi – quando no período de prova, o agente pratica nova infração, ficando prorrogado o beneficio ate o julgamento definitivo. O agente não precisara cumprir as condições além do tempo estabelecido como período de prova. Se ao final a sentença for absolutória, extara extinta a punibilidade diante do cumprimento do sursi. Se contudo a sentença for condenatória, o agente terá que cumprir a pena que estava suspensa pela sursi e mais a pena da nova condenação. Livramento condicional Instituto de politica criminal destinado a permitir a redução do tempo de prisão com a concessão antecipada e provisória da liberdade do condenado. Requisitos objetivos Fixação igual ou superior a 2 anos Ter cumprido 1/3- primário não hediondo (após) 1/2 reincidente não hediondo (após) 2/3 hediondo (após) Ter reparado o dano( não pode ser exigido a um crime que não tem como reparar) Requisitos subjetivos- não são iguais para todos Comportamento satisfatório na execução Bom desempenho para o trabalho que lhe foi atribuído Aptidão para o trabalho honesto Condições pessoais favoráveis Duração do livramento condicional o restante da pena a ser cumprida parecer do conselho penitenciário obrigatório não vincula o juiz exame criminológico ( verificar a possibilidade de delinquir novamente) revogação obrigatória (grave) cometer outro crime durante o beneficio aplicação de nova pena que torne incompatível o beneficio revogação facultativa(menos grave) deixar de cumprir obrigações impostas Efeitos da condenação: imposição de uma sanção. Os efeitos são dois Primário-condenaçao Secundário- acessórios penal ou extrapenal penal Impedir ou revogar a sursi Impedir ou revogar o livramento condicional Lançar o nome no rol dos culpados Reincidência Extrapenal Genéricos: tonar certa a obrigação de reparar o dano Perda de bens ou valores Específicos: perda do cargo ou função publica Incapacidade para o poder de família Inabilitação para dirigir veiculo Suspensão dos direitos políticos Militar(perda da patente) Medida de segurança É uma forma de sanção de caráter punitivo e curativo, visando evitar que o autor de uma infração que demonstra periculosidade excessiva vote ao convívio social sem tratamento adequado Sistemas- duplo binário( pena + medida de segurança) Vicariante(pena ou medida de segurança) Modalidades Internação – reclusão Tratamento ambulatorial- vai apenas para tomar remédio –detenção Duração da medida de segurança – indeterminado Inconstitucional (caráter perpetuo) Reexame – 1 a 3 anos ( avaliação para ver se a doença persiste) Conversão – é a loucura que vem depois do cumprimento da pena. Tempo a ser cumprido – o restante da pena, independente de cura ou não Medida de segurança superveniente – no caso de doença mental superveniente, ou seja a doença mentalque surge após o inicio do cumprimento da pena, faz com que a duração da mediada de segurança superveniente seja o restante da pena a ser cumprida. Ação penal – É o direito de pleitear ao poder judiciário a aplicação da lei penal do caso concreto, fazendo valer o poder punitivo do estado. Princípios da ação penal Pública e privada Publica- obrigatório oferecer denuncia Indisponibilidade – não pode desistir da denuncia Oficialidade-órgão oficial do estado que oferece a denuncia Intranscedencia ação penal não pode passar para o outro Privada- oportunidade ou conveniência – a vitima não é obrigada a oferecer queixa crime Disponibilidade- pode desistir da queixa-crime Não oficialidade Intranscêdencia Publica- condicionada ou incondicionada, quem é o titular da denuncia é o MP A condicionada é por meio de representação ou por requisição do ministério da justiça Somente se procede mediante representação Incondicionada- a lei não impõe condição nenhuma, silencio da lei. Ação penal privada- somente se procede mediante queixa- crime, a lei deve prever. É aquela em que o direito de acusar pertence, exclusiva ou subordiariamente, ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representa-lo denomina-se ação privada, por que seu titular é um particular. Prazo 6 meses do conhecimento do auto do fato Maior de 18 anos Menor de 18 anos – representante legal As ações penais privadas se classificam em: Propriamente ditas: são aquelas promovidas mediante queixa crime do ofendido ou de quem tenha qualidade para representa-lo Ação penal privada personalíssima: só pode ser intentada pelo ofendido Ação penal privada subsidiaria da publica- quando o MP não oferece denuncia no prazo legal, surgindo o direito do ofendido de oferecer a denuncia. Açao penal publica incondicionada- prazo para oferecer a denuncia (5 dias se estiver preso) e (15 dias se o réu estiver solto) Açao penal publica condicionada- autorização da vitima , somente se procede mediante representação. Prazo de representação 6 meses a contar do momento que conhece o autor do fato Quem pode apresentar Maior de 18 anos Menor de 18 anos; representante legal Representante legal não quiser, quando a vitima fizer 18 anos começa a contar o prazo. Se o crime foi praticado por representante legal, o juiz nomeia um curador com poderes especiais Retratação: é possível antes do mp oferecer a denuncia Ação penal publica condicionada a requisição do ministério da justiça: crime contra brasileiro no estrangeiro Injuria contra presidente da republica Não tem prazo para a requisição- Retratação, decadência e renuncia – antes Perdao e perempção – depois Renuncia- tácita ou expressa Perdao – somente na ação penal privada Bilateral- aceite indivisível Perempção- pouco caso Autor- 30 dias seguidos Cadi- 60 dias Deixar de comparecer, deixar de fazer o pedido de condenação Extinção da punibilidade- Desaparecimento da pretensão punitiva ou executória do estado, em razão de específicos obstáculos previstos em lei Momento da ocorrência- antes da sentença penal condenatória extingue a pretensão punitiva Após a sentença penal condenatória extingue a pretensão executória Morte do agente Abolitio criminis: quando for editada lei nova que tal fato não é considerado mais crime. Anistia – por meio de lei Graça- decreto pelo presidente- individual Indulto- decreto coletivo Perdao judicial: quando o sofrimento é maior do que qualquer pena Perdao e reincidência: não é considerado para efeitos de reincidência Prescrição: é a perda do poder de dever de punir do estado pelo não exercício da pretensão punitiva ou da pretensão executória durante um certo tempo Efeitos: extinção da punibilidade por força do art 107 IV do cp, apaga todos os efeitos penais Imprescritibilidade- racismo, ação de grupos armados do estado de direito Art 109 cp – prescrição antes spctj Pretensão punitiva- regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime. Pena acima de 12 anos – prescreve em 20 anos Acima de 8 anos ate 12 anos- prescreve em 16 anos Acima de 4 anos ate 8 anos prescreve em 12 anos Acima de 2 anos ate 4 anos prescreve em 8 anos Igual a 1 ano ate 2 anos prescreve em 4 anos Inferior a 1 ano prescreve em 3 anos Prescrição punitiva- e´aquela que acontecerá antes do transito em julgado da sentença Simples, retroativa e superveniente Simples- leva em consideração a pena em abstrato Retroativa: leva em consideração a pena concreta Superveniente: pena inconcreto Prescrição executória – é a prescrição que acontecerá após o transito em julgado Prescrição contada pela metade : Menor de 21 anos na data do fato Maior de 70 anos na data da sentença Causas interruptivas da prescrição – Recebimento da denuncia ou queixa crime Pronuncia no procedimento no tribunal do júri Decisão confirmatória da pronuncia Publicação da sentença ou acordão Inicio do cumprimento da pena Reincidência ( não gera efeitos na punitiva, mas na executória) aumenta se ate 1/3 Termo inicial da prescrição da pretensão punitiva Data que o delito se consumou Tentativa dia em que cessou a atividade Crimes permanentes no dia em que cessou a permanência Bigamia e nas falsificações- data em que o fato tornou-se conhecido Dignidade sexual de crianças e adolescentes – a parti da data em que a vitima completar 18 anos – lei de 2012 Prazo inicial da prescrição da pretensão executório- Do dia do transito em julgado a sentença penal condenatória Do dia da interrupção da pena Prescrição no caso de concurso de crimes- pena isoladamente Crime continuado- sumula 497 é computada a partir da pena aplicada para o crime Prescrição da pena de multa- em 2 anos quando a multa for a única punição Mesmo prazo estabelecido para a prescrição da pena privativa de liberdade Prescrição da pena restritiva de direito Mesmo prazo previsto para a privativa de liberdade Prescrição retroativa – Após a aplicação da sentença, vai retroagir para ver se houve a prescrição. Data do crime, data do recebimento da denuncia, data da publicação da sentença, pena fixada na sentença condenatória, atendendo-se as regras do concurso de crimes. Transito em julgado da sentença condenatória para a acusação e idade do réu.
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